Módulo IV - i. Seguimento no câncer do colo do útero - Dr. Denise

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Seguimento no Câncer do Colo do Útero Denise Naomi Sano Kawamoto Médica ginecologista colaboradora do Setor de Ginecologia Oncológica do ICESP


Seguimento • Profissional especializado

• Objetivos: - identificação de complicações decorrentes do tratamento oncológico; - identificação precoce e manejo da recorrência tumoral - avaliação sobrevida - incremento qualidade de vida


Seguimento Avaliação clínica com exame ginecológico completo, incluindo exame especular, toque bimanual e toque retal e coleta de citologia vaginal. Periodicidade: - no 1º. e 2º. ano: a cada 3 – 4 meses - do 3º. ao 5º. ano: a cada 6 meses - Após : anual com ginecologista geral


Recorrência • 50% são detectadas no 1º. ano e 85% ao final do 2º. ano • Sintomas: - sangramento vaginal - dor pélvica - dor lombar baixa (irradiação para membros inferiores) - inchaço de membro(s) inferior(es) - caquexia, perda de peso - alterações psicológicas


Recorrência Tratamento Não há um padrão-ouro para o tratamento das recorrências.

A decisão terapêutica deve considerar em cada caso o tratamento primário realizado, a performance status da

paciente, a localização e a extensão do acometimento tumoral / metastático e a opinião da paciente e familiares.


Recorrência Tratamento da Recorrência Local após tratamento cirúrgico primário

- Radioterapia - nível de evidência C - Radioterapia concomitante à quimioterapia com 5-Fluoracil e/ou Cisplatina - nível de evidência B - Exenteração pélvica (principalmente na presença de fístula), em pacientes sem sinais de acometimento de parede pélvica - nível evidência C


Recorrência Tratamento da Recorrência Local após tratamento radioterápico primário

- Recorrência confinada ao colo uterino e com tamanho ≤ 2 cm: considerar histerectomia radical – nível de evidência C - Recorrência central e sem evidência de doença metastática: considerar exenteração pélvica – nível de evidência C


Recorrência Equipe multiprofissional: -

ginecologista oncológico oncologista clínico radioterapeuta enfermagem especializada grupo de dor grupo de estomaterapia equipe de cuidados paliativos assistência psicológica assistência a familiares


Prognóstico Melhor prognóstico em pacientes com intervalo livre

de doença maior do que 6 meses, recorrência com diâmetro ≤ 3cm e ausência de acometimento de parede pélvica.


Sobrevida Sobrevida em 5 anos, segundo estadiamento FIGO: -

Estádio Ia1 - 97,5% Estádio Ia2 - 94,8% Estádio Ib1 - 89,1% Estádio Ib2 - 75,7% Estádio IIa - 73,4% Estádio IIb - 65,8% Estádio IIIa - 39,7% Estádio IIIb - 41,5% Estádio IVa - 22,0% Estádio IVb - 9,3%


Bibliografia -

"Follow-up for women after treatment for cervical cancer”, Elit L et al. Curr. Oncol. 2010 Jun; 17(3): 65-9

-

“Manual de Orientação Ginecologia Oncológica”, Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, 2010

-

"Rastreamento, Diagnóstico e Tratamento do Carcinoma de Colo do Útero", Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia, 16 de maio de 2001

-

“Staging Classifications and Clinical Practice Guidelines for Gynaecologic Cancers – FIGO Committee on Gynecologic Oncology”, Int J Gynaecol Obstet, 70 (2000) 207-312


• HCFMUSP e ICESP

Complexo do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Instituto do Câncer do Estado de São Paulo


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