Incorporação da teleconsultoria como instrumento de regulação Sandra Silva Mitraud Ruas* , Ceila Maria Silva* Ana Pitchon*, Zeila de Fátima Abrão Marques* *Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte
INCORPORAÇÃO DA TELECONSULTORIA COMO INSTRUMENTO DE REGULAÇÃO
Introdução Em Belo Horizonte, a teleconsultoria está disponível há 8 anos, entretanto sua utilização não está contemplada no escopo de atividades da Unidade Básica de Saúde (UBS) configurando-se como uma atividade extra e dependente da capacidade do profissional em embutir o manejo da ferramenta na sua rotina (Ruas & Assunção, 2012). Além de incentivar o uso espontâneo, a gestão vem investindo na inserção de tais recursos nos fluxos institucionais de regulação (Pitchon et al, 2012) ). Com base na literatura (Stroetment et al, 2010; Chem et al , 2013) e nas experiências anteriores a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte (SMSA) está aprimorando a incorporação da teleconsultoria nos processo de regulação para qualificar ou evitar encaminhamentos desnecessários. A “telerregulação” é efetuada em situações críticas (especialidades ou procedimentos com grande fila ), de forma temporária e articulada aos processos de educação permanente. O objetivo deste trabalho é descrever o projeto de Telerregulação da Endoscopia nas UBS de Belo Horizonte.
Objetivos da Telerregulação na Endoscopia • Rever e repactuar o protocolo de endoscopia • Qualificar os processos regulatórios da SMSA. • Evitar solicitações indevidas de endoscopia • Incorpora conhecimento • Qualificar as práticas cotidianas nas UBS.
Procedimentos Inicialmente os médicos são sensibilizados a respeito da necessidade de atuação sobre os encaminhamentos da endoscopia. A seguir são capacitados pelo teleconsultor no protocolo da endoscopia e no sistema de teleconsultoria (Sistema BHTelessaúde). O teleconsultor designado para esse projeto é médico regulador na SMSA. Além de responder as teleconsultorias orientando o médico da UBS, ele opera o sistema de regulação (SISREG). O projeto atua sobre os pacientes em fila de espera no sistema de regulação (fluxo a) e sobre os novos encaminhamentos (fluxo b).
*Ao iniciar o projeto, define-se uma cota mínima de agendamento o que possibilita a inserção dos pacientes no SISREG mas a maioria dos agendamento se dá por teleconsultoria.
Resultados
Conclusões
O projeto está em fase de execução e os dados serão coletados por meio de dois instrumentos: planilha indicando para cada usuário o resultado da reavaliação clínica e da teleconsultoria e um questionário semiestruturado com foco na percepção dos médicos.
O objetivo desse artigo é antecipar uma breve apresentação do projeto relatado. Pretende-se oportunamente consolidar os dados e realizar ampla disseminação nos meios científicos.
Contato: sandramitraud@pbh.gov.br Referências CHEN AH et al. E-Referral: a new model of integrated care. N Engl J Med 2013; 368:2450-2453June 27, 2013DOI: 10.1056/NEJMp1215594 .Disponível em http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMp1215594 PITCHON A et al..Teleconsultoria como recurso de regulação assistencial e educação permanente na atenção primária à saúde no município de belo horizonte. Anais 14º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva. Porto Alegre. 2012. Disponível em http://aconteceeventos.sigevent.com.br/anaissaudecoletiva/ RUAS SSM, ASSUNÇÃO AA. . FACILITADORES E BARREIRAS À UTILIZAÇÃO DAS TELECONSULTORIAS OFF-LINE: A EXPERIÊNCIA DOS MÉDICOS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA DE BELO HORIZONTE. RECIIS. Revsista Eletrônica de Comunicação , Informação e Inovação em Saúde, Março; 7 (1) 2013. Doi: 10.3395/reciis.v7i1.593pt. STROETMENT KA et al. How can telehealth help in the provision of integrated care? Health systems and policy analysis, policy brief, 13. World Health Organization. 2010. Disponível em http://www.euro.who.int/__data/assets/pdf_file/0011/120998/E94265.pdf