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Tele-Acolhimento : Apoio para Atendimento à Distância em Atenção Básica. Roberto Silva Associação Saúde da Família – São Paulo – SP. Objetivos Ultimamente tem-se denominado Acolhimento o atendimento mais ou menos imediato às queixas trazidas às Unidades Básicas de Saúde sem marcação prévia de consulta. Esta demanda não estruturada pode causar uma série de dificuldades, já que tem volume imprevisível, abarcar diferentes especialidades e necessitar de equipes de sobreaviso, o que nem sempre ocorre. Por outro lado, dado as características do domínio biológico, várias nosologias podem ocorrer ao longo do tempo e que estas intercorrências podem não ser contempladas pelas agendas preenchidas as vezes com bastante antecedência. O interesse foi construir uma ferramenta que pudesse ser usado no Acolhimento, de forma presencial ou online para unidades desprovidas de equipes completas e assim contribuir para dar um atendimento ágil, com qualidade e resolutivo e secundariamente ordenar o fluxo. Métodos Selecionamos os principais diagnósticos em atenção primária e seus descritores. Este conjunto inclui algumas condições ocorrentes em crianças, adultos, idosos, grávidas e bebês. Um mecanismo de inferência foi pensado no sentido de apresentar as melhores hipóteses frente às queixas apresentadas. As condutas foram disponibilizadas para os principais diagnósticos. Questões podem ser geradas pelo sistema ao operador no sentido de ajudar o esclarecimento do quadro. Resultados Um sistema especialista focado em demandas de Acolhimento foi desenvolvido em linguagem de Internet e pode ser disponibilizado em qualquer local com acesso à rede. Pode ser usado no lado cliente, mas por ser um sistema baseado na Internet pode ser atualizado em servidor central o que facilita sua manutenção. O uso é simples estando todas a informações reunidas numa única tela. Pode ser operado por pessoal de enfermagem. As condutas, muitas na linha do autocuidado, estão disponibilizadas ao lado dos diagnósticos. Casos complexos serão remetidos aos profissionais médicos. Discussão Estudo internacional mostra que em atendimento telefônico envolvendo Saúde da Família 95% das demandas se resumem a 50 queixas principais. A maioria dos casos não envolve um causa orgânica específica. A pesquisa minuciosa de sintomas em ambulatórios pode se tornar cara. No caso de “dor de cabeça” e “dor nas costas” pode chegar a mais U$ 7.000 para cada uma e mesmo assim só achar a causa em 16% dos casos estudados. Quadros incompletos, indiferenciados e em evolução são uma constante em medicina, mais ainda no Acolhimento, o que não implica que não existam condutas para seu manejo. Nesse sistema, as condutas, mesmo para


as hipóteses não colocadas em primeiro lugar, são disponibilizadas ao lado da lista de diagnósticos favorecendo a tomada de decisão e o atendimento ágil do paciente. Conclusões A distribuição heterogênea de população e esquipamentos médicos no país criam vazios assistenciais que podem ser preeenchidos em parte por equipamentos de Telemedicina. O uso equilibrado destes sistemas pode permitir uma democratização de acesso ao SUS, um de seus pilares. Um sistema de Acolhimento online pode contribuir para diminuir estas dificuldades trazendo até o paciente remoto uma qualidade de atenção disponível nos grandes centros.

Roberto Silva contato@decisaomedica.com


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