Aspectos Legais em APH Nathรกlia Vieira Novaes Enfermeira - COREN- 185794
MÓDULO II
Protocolo de Atendimento Parada Cardiorrespiratória ADULTO : SBV – AHA 2010
Objetivo Orientar os profissionais de saúde quanto ao protocolo de Atendimento da Parada Cardiorrespiratória no Suporte Básico de Vida – SBV.
Alteração A.H.A • Publicada em 18/10/2010; • American Heart Association; • Novas diretrizes (guidelines), para RCP; • Algoritmo universal simplificado do suporte básico de vida para adultos; • Iniciar as compressões antes das 2 ventilações de resgate; • ( C-A-B ) AO INVÉS (A-B-C);
Guidelines • Os guidelines médicos são protocolos de conduta que visam melhorar a qualidade de saúde e controle de custos; • Criados a partir de um consenso; • Pesquisas e experiências médicas; • Práticas em geral não se estabelecem por diferenças econômicas e culturais;
Guidelines
• As Diretrizes da AHA 2010 para RCP se baseiam em um processo internacional de avaliação de evidências, envolvendo centenas de cientistas e especialistas em ressuscitação de todo o mundo que avaliaram, discutiram e debateram milhares de publicações revisadas.
Guidelines
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Ênfase permanente em RCP de alta qualidade;
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Frequência de compressão mínima de 100/minuto (em vez de "aproximadamente" 100/minuto, como era antes);
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Profundidade de compressão mínima de 2 polegadas (5 cm), em adultos;
Guidelines
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Retorno total do tórax após cada compressão;
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Minimização das interrupções nas compressões torácicas;
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As ventilações de resgate, devem ser aplicadas à frequência de cerca de uma ventilação a cada 6 ou 8 segundos (cerca de 8 a 10 ventilações por minuto);
O que é Parada Cardíaca? Cessação abrupta das funções cardíacas, respiratórias e cerebrais. É comprovada pela ausência de pulso central (carotídeo ou femoral), de movimentos respiratórios (apneia) ou respiração agônica (gasping), inconsciência que ocorre 8 a 12 segundos após a PCR e midríase completa em menos de 3 minutos. Principais causas: obstrução das vias aéreas, estimulação vagal, arritmias, IAM, distúrbios respiratórios e hidroeletrolíticos, drogas e anestésicos: excessos, administração rápida, iatrogenias.
Respiração GASPING
É caracterizada por altas amplitudes (VC – volume corrente: quantidade de ar inspirado) de curta duração com períodos de apneias subsequentes.
Exemplos
MidrĂase
O que é importante saber em uma PCR?
Tipos: assistolia, atividade elétrica sem pulso, fibrilação ventricular e taquicardia ventricular sem pulso.
• • • •
Que é uma situação de risco IMINENTE de morte; Na maioria das vezes o atendimento é tumultuado e estressante; Necessita de pessoas capacitadas para o atendimento; O atendimento precisa ser sistematizado (equipe qualificada e comunicação entre a equipe);
PCR: caso a vítima não receba atendimento...
Em 10 a 15 segundos: Perda da consciência;
Entre 3 e 10 minutos: Lesão cerebral;
Depois de 10 minutos: Ressuscitação quase zero;
O que é RCP?
RCP significa reanimação ou ressuscitação cardiopulmonar.
A RCP é uma tentativa para restabelecer a circulação espontânea através de uma ampla gama de manobras e técnicas.
Atendimento na PCR
• Abordagem Primária: Suporte Básico de Vida – SBV: leigos treinados e profissionais da saúde;
• Abordagem Secundária: Suporte Avançado de Vida – SAV: médico e enfermeiro no local;
Abordagem Primรกria: SBV
Abordagem Primรกria: SBV
Abordagem Primária: CABD O objetivo básico dessa abordagem é:
•Identificar e tratar situações que ameaçam a vida de forma imediata. •Identificar uma parada; •Realizar manobras de reanimação/ressuscitação cardiopulmonar (RCP); •Providenciar desfibrilação precoce;
Abordagem Primária: CABD C – Circulação
A - Vias Aéreas
B - Boa Respiração
D - Desfibrilação
C – Circulação: RCP de alta qualidade • Checar pulso carotídeo ou femoral em até 10 segundos;
• Antes de começar as compressões deve ser colocado a tábua nas costas do paciente caso o mesmo não esteja em uma superfície rígida;
• Região hipotenar de uma das mãos (dominante) na linha mamilar sobre o osso esterno, e a outra mão (não dominante) apoiada sobre o dorso da 1ª;
• Realizar 30 compressões para 2 ventilações (aproximadamente 18 segundos), "comprimir forte e rápido“, checar pulso carotídeo ou femoral a cada ciclo;
C – Circulação: RCP de alta qualidade • Frequência de compressão mínima de 100/minuto (em vez de "aproximadamente" 100/minuto, como era antes);
• Profundidade de compressão mínima de 5 cm em adultos;
• Retorno total do tórax após cada compressão;
• Minimização das interrupções nas compressões torácicas;
Cuidados Gerais • Posicione o cliente sobre uma superfície rígida, isso permite uma eficácia maior das compressões torácicas;
• Defina o ponto de compressão torácica externa: sobre o esterno, localize o centro da linha intermamilar;
• Posicione a região hipotenar da mão e entrelace os dedos da outra mão;
• Mantenha os cotovelos retos, com os ombros em ângulo de 90º em relação aos braços;
A - Vias Aéreas: Abrir as Vias Aéreas No paciente inconsciente ocorre uma obstrução das vias aéreas causada pela queda da língua e epiglote.
A - Vias Aéreas: Abrir as Vias Aéreas • O socorrista deve inclinar a cabeça do paciente e elevar o queixo (Manobra Chin - Lift), colocar a cânula orofaríngea (cânula de Guedel) se disponível para manter a permeabilidade das VAS. • Uma vez realizada a abertura das vias aéreas, a mesma se mantém nos próximos ciclos de RCP.
A - Vias Aéreas: Abrir as Vias Aéreas Vítima de trauma: Manobra Jaw -Trust
B – Boa respiração: realizar ventilação
•
A avaliação da respiração "Ver, ouvir e sentir” foi removida do
algoritmo de SBV. Estes passos demonstraram-se inconsistentes, além de consumir tempo;
• Após a aplicação de 30 compressões, o socorrista que atuar sozinho deverá abrir a via aérea da vitima e aplicar duas ventilações;
B – Boa respiração: realizar ventilação • Com a nova sequência “compressões torácicas primeiro”, a RCP será executada se o adulto não estiver respondendo e nem respirando ou não respirando normalmente (como já mencionado, os socorristas leigos serão instruídos a aplicar a RCP se a vítima que não responde “não estiver respirando ou estiver apenas com gasping”). A sequência da RCP começa com compressões (sequência C-A-B). Logo, a respiração é verificada rapidamente como parte da verificação quanto à PCR; após a primeira série de compressões torácicas, a via aérea é aberta e o socorrista aplica duas ventilações.
• Após as 30 compressões, o socorrista deve realizar duas ventilações com bolsa + válvula + máscara, verificar a elevação do tórax a cada ventilação.
D- Desfibrilação: choque se houver FV / TV sem pulso •Deixar o desfibrilador em local de fácil acesso; •Após
5 ciclos de 30x2 instalar o DEA, enquanto se instala o DEA, outro
socorrista mantém a RCP;
•Uma vez instalado, interromper a RCP para análise do ritmo pelo DEA; •No
DEA após a colocação das pás, o aparelho faz a leitura do traçado
eletrocardiográfico e indica ou não o choque de acordo com o tipo de PCR;
D- Desfibrilação: choque se houver FV / TV sem pulso • Se fibrilação ventricular (FV) ou taquicardia ventricular sem pulso (TV sem pulso), indicará o choque. Após o choque, checar pulso carotídeo, se ausente reiniciar 5 ciclos de 30x2, após chocar novamente, até a chegada do SAV.
• Se assistolia ou atividade elétrica sem pulso, o choque não será indicado, nesse caso reiniciar 5 ciclos de 30x2 até a chegada do SAV.
Desfibrilação A desfibrilação é o uso terapêutico do choque elétrico de corrente elétrica contínua, com grande amplitude e curta duração, aplicado no tórax ou diretamente sobre o miocárdio. Durante uma atividade elétrica irregular, a desfibrilação despolariza todas as células cardíacas, permitindo o reinício do ciclo cardíaco normal, de forma organizada em todo o miocárdio.
Desfibrilação
• Ao ser aplicada, a corrente elétrica causa uma assistolia momentânea, propiciando que o marca-passo natural do coração reassuma as atividades. Quando houver a repolarização das células, o marca-passo deverá assumir o comando do coração.
Desfibrilação A desfibrilação elétrica é um procedimento terapêutico que consiste na aplicação de uma corrente elétrica NÃO SINCRONIZADA, no músculo cardíaco. Esse choque despolariza em conjunto, todas as fibras musculares do miocárdio, tornando possível a reversão de arritmias graves como a TV e a FV sem pulso, permitindo ao nó sinusal retomar a geração e o controle do ritmo cardíaco.
Tipos de Desfibriladores
• Desfibrilador externo automático (DEA): utilizado por leigos no atendimento
a
PCR,
tem
a
capacidade
de
ler
o
traçado
eletrocardiográfico e indicar ou não o choque.
• Desfibrilador monofásico – 360J: o fluxo de corrente passa pelo coração em uma única direção, geralmente utilizada em aparelhos mais
antigos.
• Desfibrilador bifásico – 120 a 200J: o fluxo de energia é aplicado em duas fases: a corrente se move em uma direção por um
Monofรกsico X Bifรกsico
DEA Aparelho computadorizado, que é fixado por pás adesivas no tórax desnudo do paciente sem pulso. Fornece mensagem sonora e visual que orienta o manuseio assim que é ligado. Nesse momento, mantenha-se afastado do cliente; aguarde a análise do ritmo; aplique o choque, se recomendado; e reinicie imediatamente RCP por 5 ciclos de 30X2;
Para utilizar o DEA, observar se há pelos no tórax; havendo, realizar tricotomia e limpar os pelos; secar o tórax se estiver molhado;
DEA • Em cliente portador de marca-passo, as pás autoadesivas devem ser colocadas distantes do dispositivo implantado, porém a preocupação com o posicionamento preciso das pás em relação a um dispositivo médico implantado, não deve retardar a tentativa da desfibrilação;
• Em clientes que utilizam adesivo de medicação, removê-lo e limpar o local;
• O DEA não deve ser utilizado na presença de água, portanto, em atendimentos em piscinas, lagos e outros, retirar o cliente da água e secá-lo antes do procedimento;
• As pás autoadesivas não devem ser retiradas até que o SAV assuma a continuidade do tratamento;
Desfibrilador Externo Automรกtico - DEA
Desfibrilador Monofรกsico
Desfibrilador Bifรกsico