Autismo infantil - Fabio Sato

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TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO Fábio Sato – Ambulatório TGD


Os Transtornos Globais do Desenvolvimento incluem um grupo de condições caracterizadas por dificuldades nas interações sociais recíprocas, desenvolvimento anormal da linguagem e repertório comportamental restrito


Transtornos Invasivos do Desenvolvimento

comportamento

comunicação

socialidade


  

 

Transtorno Autista Transtorno de Asperger Transtorno de Rett Transtorno Desintegrativo da Infância Transtorno Global do Desenvolvimento sem outra especificação (SOE)


Eugene Bleuler, 1906 Leo Kanner, 1943

AUTISMO Distúrbio Autístico do Contato Afetivo

Hans Asperger, 1944

Psicopatia Autística

Micahel Creak, 1961

Os Nove Pontos

Rimland, 1964

Publicação de Autismo

Michael Rutter, 1965

Critérios das Psicoses

CID 8, 1967

Subgrupo da Esquizofrenia


Kolvin, 1971

Distinção dos quadros clínicos

Lorna Wing, 1979

Transtorno do Espectro do Autismo

Bryon Rourke, 1982

Transtorno do Aprendizado não-verbal

Elizabeth Newson, 1983

Donald Cohen, 1986

Dorothy Bishop, 1989

DSM IV, 1994

Transtorno de Evitação Patológica às Demandas

Multiplex

Síndrome Semântico-Pragmática

TID com 04 subgrupos


Desintegrativo

Síndrome semântico-pragmática

Rett

Autismo Asperger

TANV

TID

TID-SOE Multiplex (?) - TDMC T. evitação patológica às demandas(?) RBP


1ª pesquisa epidemiológica Autismo Infantil

Lotter, 1966, na Inglaterra 4,4/10.000

TID  27,5/10.000

Após 1987

TID-SOE  15/10.000 TA  2,5/10.000

Baird et al., 2000 Bertrand et al., 2001 Chakrabarti e Fombonne, 2001

6/1.000  Espectro


Fombonne, 2002

8,7/10.000  T Autista 27,5/10.000

Fombonne, 2006

TID

60 – 70/10.000  TID


termo “psicose” : perda do teste da realidade (insight) representada por delírios e alucinações doenças classificadas como psicóticas: Esquizofrenia, Transtorno Delirante Persistente, Transtorno Psicótico Pós- Parto, induzido por drogas etc


    

  

idade de início: após os 5 anos incidência: 0.1 – 1% proporção por sexo: M/F – 1.67:1 história familiar relevante complicações pré-natais e perinatais associadas a disfunções cerebrais pouco comuns presença de delírios e alucinações, além de alterações específicas do pensamento QI preservado baixa comorbidade epilepsia


idade de início: antes dos 3 anos incidência: 8.7 em 10.000 proporção por sexo: M/F – 3-4:1 história familiar inexpressiva complicações pré-natais e perinatais e disfunções cerebrais mais comuns  ausência de delírios e alucinações, como alterações do pensamento  QI prejudicado  alta associação com quadros epilépticos     


Transtorno Global do Desenvolvimento prototípico, caracterizado por comprometimentos qualitativos da interação social e da comunicação, e em padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades


 Socialidade

 Comunicação e Linguagem  Comportamento (restrito e repetitivo)


início marcado por falha em desenvolver a linguagem e na própria relação com os pais:

“desligamento” e “independência”: a ausência do outro/coisificação do mundo “surdez” – queixa mais frequente “eventos desencadeantes”

 


prejuízos no uso de comportamentos não verbais:  contato visual direto  expressão facial  gestos comunicativos

 

dificuldade para estabelecer relacionamentos com seus colegas dificuldades para compartilhar prazer, interesses ou desconforto falta de reciprocidade social e/ou emocional


atraso ou ausência total da linguagem falada nos que falam, dificuldade para iniciar ou manter uma conversação  uso estereotipado e repetitivo da linguagem; linguagem pedante  dificuldades na compreensão, na contextualização  alterações na prosódia e na articulação  


   

preocupação insistente com um ou mais padrões estereotipados e restritos de interesse maneirismos estereotipados e repetitivos preocupação persistente com partes de objetos apego a rotinas


De acordo com o DSM-IV-TR (2002), as alterações/prejuízos devem estar presentes antes dos 3 anos de idade 2/3 (80%) dos casos apresentam QI<70 – paradoxo com os “sábios inteligentes” (ilhas de conhecimento)

1/4 (35%) dos casos apresentam crises epilépticas


Hipóteses:

genética

neurodesenvolvimento: estruturas e circuitos cerebrais


Genetic and Environmental Factors in Complex Neurodevelopmental Disorders K.M.J. van Loo and G.J.M. Martens* Current Genomics, 2007, 8, 429-444

HERDABILIDADE DOS TRANSTORNOS GENÉTICOS EVIDENCIA QUE EXISTEM OUTROS FATORES CAUSAIS ALÉM DOS GENES


MODELO DA ETIOPATOGENIA DOS TRANSTORNOS MENTAIS

Fatores de Risco ambientais

genes

Endofen贸tipo 1

Endofen贸tipo 2

Transtorno Psiqui谩trico

Endofen贸tipo 3


Fetal origins of mental health: Evidence and mechanisms Wolff Schlotz a,*, David I.W. Phillips Brain, Behavior, and Immunity 23 (2009) 905–916


DESENVOLVIMENTO CORTICAL É COORDENADO POR GENES PAR3/PAR6

DISC1 neurogenese Ac. retinóico

Diferenciação neuronal NRG1-ErbB4 Reelina/VLDLr ApoER2 Migração neuronal BDNF Bloc-1/SNARE Crescimento de neurito

(Dysbindin/SNAP25)

CAMs (NLGN, NRXN, SALMs)

Sinaptogenese/poda sináptica

C-Abl/Cables


os transtornos do neurodesenvolvimento


AUTISTAS APRESENTAM AUMENTO DE SUBSTANCIA BRANCA E CINZA NA INFĂ‚NCIA

Neuroanatomy of autism David G. Amaral1, Cynthia Mills Schumann2 and Christine Wu Nordahl1 Trends in Neurosciences Vol.31 No.3



Pruning e conexões cerebrais • Pruning é o processo que fisiologicamente elimina conexões disfuncionais no final dos 2 anos de idade • Córtex cerebral: • Em média são maiores e mais pesados • Ao nascimento são normais, mas entre 2 e 4 anos se modificam (Lainhart et al., 1997; Courchesne et al., 2001) • Falha do pruning normal (Frith, 2003), após a onda de sinaptogenese (Huttenlocher & Dabholkar, 1997)


aumento do volume total do cérebro alargamento geral dos ventrículos hipoplasia neocerebelar hipoplasia da amígdala acondicionamento celular aumentado nas estruturas do lobo temporal  mal formações corticais     


Embora a maioria das crianças autistas apresentem melhora no relacionamento social e capacidade de linguagem à medida em que crescem, o Transtorno Autista continua sendo uma incapacidade vitalícia, impondo as pessoas afetadas uma dependência parcial ou total


2/3 dos autistas: mau prognóstico (incapacidade de levar uma vida independente)

1/4 dos autistas: prognóstico satisfatório (progresso social e educacional)

1/10 dos autistas: bom prognóstico (capacidade de levar uma vida quase normal)


      

Autism Behavior Checklist – ABC Autism Screening Questionnaire – ASQ Escala de Avaliação de Traços Autistas – ATA Child Autism Rating Scale – CARS Autism Diagnostic Observation Schedule – ADOS Autism Diagnostic Interview – ADI Autism Diagnostic Interview-Revised – ADI-R


MEDICAMENTOSO

EDUCACIONAL

PSICOTERÁPICO


       

individualizado Curriculum especializado Hiper-investimento em comunicação Envolvimento familiar Ensino sistematizado e estruturado Engajamento (mínimo 20 horas/semana) Práticas adequadas para o desenvolvimento Contato com crianças “típicas”


Pontual  sintoma alvo

 

Agitação psicomotora Ansiedade Obsessões e compulsões Depressão

   

Irritabilidade Distúrbios do sono


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