MANIPULAÇÃO DE CATETERES SONDAS E DRENOS Letícia Spina Enfermeira e Fisioterapeuta Pós-Graduada em Docência do Ensino Superior e Fisioterapia Dermato-Funcional Pós-Graduanda em Educação à Distância
MÓDULO 5 – Duração 30 minutos Assistência de Enfermagem na manipulação de Sondas
Assistência de Enfermagem com sondas na: Colocação Manutenção e retirada Considerações sobre dietas
Assistência de enfermagem: colocação de sondas gastrointestinais
Cuidados Gerais com Sondagem Gástrica: A passagem da sonda gástrica requer alguns cuidados importantes de enfermagem, será descrito o passo a passo para colocação:
Assistência de enfermagem: Colocação de sondas gástrica
Assistência de enfermagem: Colocação de sondas gástrica
Fig. 1 – (a) Representação da medição da sonda gástrica em relação ao comprimento que será introduzido no paciente (b) Sonda de Levin Fonte: EEP
Assistência de enfermagem: Colocação de sondas gástrica
Assistência de enfermagem: Colocação de sondas gástrica
Fig. 2 – Representação da fixação da sonda com fita adesiva Fonte: Hospital das Clínicas – Unicamp, 2011
Assistência de enfermagem: colocação de sondas gastrointestinais Cuidados Gerais com Sondagem Nasoenteral: Segundo a Lei do Exercício Profissional 7.498/86 art. 11 compete ao Enfermeiro privativamente: Cuidados de Enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos de base científica e capacidade de tomar decisões imediatas
Assistência de enfermagem: colocação de sondas gastrointestinais Cuidados Gerais com Sondagem Nasoenteral: Ainda, segundo a RDC no. 63 de 06 de julho 2000: É responsabilidade do enfermeiro estabelecer o acesso enteral, por via oro/nasogástrica ou transpilórica, para administração da nutrição enteral, conforme procedimento pré-estabelecido
Assistência de enfermagem: colocação de sondas gastrointestinais Cuidados Gerais com Sondagem Nasoenteral: Para aplicação de tubos entéricos, aplicam-se os mesmo passos determinados na introdução de tubos gástricos discutidos anteriormente, porém, por se posicionar no intestino delgado, deve ser medido como o gástrico somando-se aproximadamente 15 cm ao comprimento pré-estabelecido para alcançar o intestino
Assistência de enfermagem: colocação de sondas gastrointestinais Cuidados Gerais com Sondagem Nasoenteral: A progressão da sonda para o intestino delgado se dará por gravidade auxiliada pelo próprio peristaltismo Essa progressão poderá levar até 24 horas Esses tubos enterais possuem ainda uma ponta de tungstênio que auxiliará nessa progressão
Assistência de enfermagem: colocação de sondas gastrointestinais
Ponta de tungstênio Fig. 3 – Sonda nasoentérica Fonte: EEP
Assistência de enfermagem: colocação de sondas gastrointestinais Confirmando posicionamento da sonda: Para garantir a segurança do paciente é importante que a sonda seja colocada de modo correto Inicialmente pode ser realizada RX (sondagem nasoenteral) Outros 4 métodos podem ser utilizados para confirmação do posicionamento:
Assistência de enfermagem: colocação de sondas gastrointestinais Confirmando posicionamento da sonda:
Assistência de enfermagem: manutenção de sondas gastrointestinais Teste de volumes gástricos residuais: É importante testar o resíduo gástrico antes da instalação de uma nova dieta intermitente ou a cada 4 ou 6 horas durante alimentações contínuas Qualquer líquido aspirado deverá ser re-administrado ao paciente Manter a infusão de dieta se o volume residual não exceder 200 ml
Assistência de enfermagem: manutenção de sondas gastrointestinais Teste de volumes gástricos residuais: Volume residuais excessivos (acima de 200 ml) que ocorrerem em duas ocasiões deverão ser notificados ao Enfermeiro/Médico para que analise o volume que deverá ser administrado e a infusão A presença de resíduo gástrico deverá ser avaliada criteriosamente pela Enfermeira/Médico, as alimentações não precisam necessariamente ser suspensas em todos os pacientes
Assistência de enfermagem: manutenção de sondas gastrointestinais Garantir a permeabilidade da sonda: Para diminuir a possibilidade de crescimento bacteriano, formação de crostas ou oclusão da sonda, pelo menos 30 a 50 ml (ou volume menor de o paciente tiver restrição hídrica) de água deverão ser administrados em algumas situações:
Assistência de enfermagem: manutenção de sondas gastrointestinais Garantir a permeabilidade da sonda:
Assistência de enfermagem: manutenção de sondas gastrointestinais Administração de Medicamentos por sonda: Quando diferentes medicamentos forem prescritos para administração por sonda, deverão ser macerados separadamente e administrados um por vez lavando a sonda com 10 ml de água entre um e outro no mínimo e com 20 ml de água quando o último comprimido for administrado
Assistência de enfermagem: manutenção de sondas gastrointestinais Reduzindo o risco de aspiração: Paciente que fazem uso de sondas deverão permanecer em decúbito de 30º a 45º para reduzir o risco de refluxo e aspiração pulmonar Mesmo após o término da alimentação está posição deverá ser mantida pelo menos por 1 hora (para dieta interminte), sendo mantida em todos os momentos em pacientes com dieta contínua
Assistência de enfermagem: manutenção de sondas gastrointestinais Manutenção da hidratação adequada: As irrigações com água deverão ocorrer a cada 4 ou 6 horas com volume de água filtrada prescrito para evitar desidratação Observar os sinais de desidratação (mucosas ressecadas, sede, débito urinário diminuído) e comunicar estas alterações ao Enfermeiro/Médico Controlar o volume ingerido de água e dieta, volume residual e balaço hídrico
Fig. 4 – Tipos de sondas gastrointestinais
Assistência de enfermagem: manutenção de sondas gastrointestinais Considerações sobre administração de dietas: A administração de dieta por sondas faz-se necessária nos pacientes em que a ingesta oral for insuficiente ou contraindicada Existem dois tipos de dietas por sondas:
Assistência de enfermagem: manutenção de sondas gastrointestinais Considerações sobre administração de dietas: Sistema Aberto dieta manipulada pelo serviço de nutrição e envasada ou industrializada para administração a cada 3 ou 4 horas, com validade de 4 horas Pode ser administrada por controle de gotejamento ou BIC
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Sistema Fechado dieta industrializada e envasada pelo fabricante (normalmente frascos de 1 litro) com validade de 24hs e administrada em BIC
Assistência de enfermagem: manutenção de sondas gastrointestinais Considerações sobre administração de dietas: Lavar as mãos antes e após a administração da dieta Controlar a velocidade de infusão (deverá ocorrer entre 2 e 4 horas dependendo do volume) Pesar o paciente diariamente Controle de refluxo antes de iniciar cada dieta intermitente ou a cada 4-6 horas em dietas contínuas Identificar o frasco de dieta com nome do profissional, data, horário e volume que está sendo instalado
Assistência de enfermagem: manutenção de sondas gastrointestinais Considerações sobre administração de dietas: Posicionar o paciente em decúbito de 45º. Atentar para sinais de intolerância: náuseas, vômitos, diarreias, flatulência, aerofagia, distensão abdominal, refluxo ou obstipação Conferir a validade da dieta: Dietas preparadas para sistema aberto deverão ser administradas em até 4 hs Dietas para o sistema fechado deverão ser administradas em até 24 horas É preferível a administração de dietas por BIC para melhor controle de gotejamento
Assistência de enfermagem: manutenção de sondas gastrointestinais Considerações sobre administração de dietas: O equipe utilizado para administração de dietas normalmente possuem a cor azul (dependendo do fabricante) e sua conexão não é compatível com dispositivos endovenosos para maior de segurança do paciente Estes equipos deverão ser desprezados no prazo máximo de 24 hs Alguns protocolos institucionais realizam a troca deste equipo a cada dieta para o sistema aberto e a cada 24 horas para sistema fechado
Sistema de conexĂŁo seguro
Fig. 5 – Equipo e frasco para dietas por sonda Fonte: EEP
Assistência de enfermagem: colocação de cateter vesical Cuidados Gerais na cateterização vesical: Falamos dos dois tipos de cateterização vesical (intermitente/alívio e contínua/de demora), independente do tipo de cateterização, no ambiente hospitalar, a técnica deverá ser asséptica diferenciando apenas os materiais que serão utilizados
Assistência de enfermagem: Colocação de cateter vesical
Fig. 6 – Materiais necessário para cateterização vesical de demora Fonte: EEP
Assistência de enfermagem: Colocação de cateter vesical
Assistência de enfermagem: Colocação de cateter vesical
Assistência de enfermagem: Colocação de cateter vesical
Insuflar com ĂĄgua destilada para verificar a integridade do balonete
Fig. 7 – Teste do balonete do cateter vesical
Conexão do sistema de drenagem com o cateter vesical
Fig. 8 – Demonstração da conexão do sistema de drenagem ao cateter vesical Fonte: EEP
Assistência de enfermagem: Colocação de cateter vesical
Assistência de enfermagem: Colocação de cateter vesical
Assistência de enfermagem: manutenção de cateter vesical Considerações sobre cateterização vesical Nunca desconectar o sistema de drenagem da sonda nem deixar que a bolsa coletora toque o chão Não tentar desobstruir o cateter vesical, se ocorrer a obstrução o sistema deverá ser trocado conforme recomendação do parecer do Coren 040/2010 disponível no AVA
Assistência de enfermagem: manutenção de cateter vesical Considerações sobre cateterização vesical Se a bolsa coletora tiver que ser elevada acima do nível da bexiga do paciente, clampear o tubo de drenagem para evitar um fluxo retrógrado de urina contaminada da bolsa para bexiga do paciente Esvaziar a bolsa coletora sempre que tiver 2/3 da capacidade preenchida
Assistência de enfermagem: manutenção de cateter vesical Considerações sobre cateterização vesical Evitar trocas rotineiras do cateter, este só deverá ser substituído se ocorrer problemas como obstrução, extravasamento ou formação de incrustações Realizar a higienização das mãos antes e após o manuseio do cateter vesical
Assistência de enfermagem: manutenção de cateter vesical Considerações sobre cateterização vesical Realizar higiene da área perineal com água e sabão pelo menos duas vezes ao dia e secar bem a região Se for necessária coleta de amostra de urina pelo cateter dever seguir o protocolo da instituição e ser coletado no orifício específico para isso presente no cateter, nunca abrir o sistema
Assistência de enfermagem: manutenção de cateter vesical Considerações sobre cateterização vesical Controlar o aspecto da drenagem e o volume e anotar Atentar para alterações de volume e coloração e comunicar ao Enfermeiro/Médico
Assistência de enfermagem: remoção de cateter vesical Considerações sobre cateterização vesical Quando a retirada do cateter estiver indicada deverá constar em prescrição médica O paciente dever ser orientado que poderá sentir discreto incômodo no momento da retirada Realizar a lavagem das mãos e preparar o material: gaze, seringa de 20 ml, saco para descarte de material infectante
Assistência de enfermagem: remoção de cateter vesical Considerações sobre cateterização vesical Posicionar o paciente adequadamente e desinflar o balonete com a seringa de 20 ml garantindo que não fique qualquer resíduo Apoiar a uretra com a gaze e tracionar a sonda lentamente para evitar traumatismos na uretra Desprezar o sistema em saco para resíduo infectante
Assistência de enfermagem: remoção de cateter vesical Considerações sobre cateterização vesical Orientar o paciente a comunicar quando apresentar micção espontânea e estar atento a sinais de retenção urinária Realizar anotação de enfermagem para documentar o procedimento realizado
Assistência de enfermagem: outros dispositivos Sistema de drenagem urinária não invasiva Podem ser utilizados para o homem dispositivos para escoamento da urina confeccionados de látex e com formato de uma camisinha com orifício de saída para urina popularmente conhecidos como Uripen®
Fig. 9 – Sistema de drenagem de urina masculina não invasiva Fonte: EEP
Assistência de enfermagem: outros dispositivos Sistema de drenagem urinária não invasiva Estes dispositivos são indicados quando não é necessária a cateterização vesical mas o paciente pode apresentar-se incontinente ou ainda para melhor controle do débito urinário Deve ser realizada rigorosa higiene do pênis antes da colocação e proceder a fixação com fita adesiva de modo que não promova lesão na pele do paciente
Assistência de enfermagem: outros dispositivos Sistema de drenagem urinária não invasiva Este dispositivo deverá ser trocado a cada 24 horas Se for necessária a tricotomia do local deverá ser realizada com tesoura ou tricotomizador para fixar adequadamente a fita adesiva
1. Agora que você conhece os cuidados de enfermagem relacionado a sondas sugerimos que você faça a leitura do material complementar disponível no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA): Manual de Nutrição Enteral do Hospital das Clínicas, o parecer do Coren sobre Desobstrução De Sonda Vesical E Sondagem Vesical No Domicílio onde são abordados vários aspectos relacionados aos cuidados com sondas e cateterização vesical para aprofundar seus conhecimentos 2. Ao final de sua leitura responda ao questionário no AVA para avaliar o seu aprendizado
Parabéns Você acaba de finalizar os três módulos sobre assistência de enfermagem no cuidado com sondas Gostaríamos de saber como foi o seu aprendizado, os principais pontos compreendidos e se apresentou alguma dificuldade Preencha com essas informações o DIÁRIO disponível no AVA e nos conte como foram seus estudos Esse preenchimento é necessário para que você avance para os próximos módulos então: Mãos a obra!!!