Manipulação de cateteres, sondas e drenos módulo 2

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Manipulação de Cateteres, Sondas e Drenos Letícia Spina Enfermeira e Fisioterapeuta Pós-Graduada em Docência do Ensino Superior e Fisioterapia Dermato-Funcional Pós-Graduanda em Educação à Distância


MÓDULO 2


Assistência de Enfermagem na manipulação de Cateteres

•Complicações mecânicas, infecciosas e trombóticas; •Prevenção de complicações; •Segurança do paciente;


COMPLICAÇÕES MECÂNICAS


Acesso Venoso – Complicações Mecânicas


Acesso Venoso – Complicações Mecânicas Considerações sobre infiltração: A infiltração é a administração acidental de uma solução não vesicante ou medicamento no tecido adjacente e, pode ocorrer, quando a cânula se descola ou perfura a parede da veia; Apresenta-se com edema, desconforto da área, resfriamento da área e diminuição significativa na velocidade da infusão;


Acesso Venoso – Complicações Mecânicas Cuidados em caso de infiltração: •Suspender a infusão de líquidos e remover o cateter •Observar o tamanho da extensão desta infiltração e realizar um curativo estéril no local; •Iniciar a infusão de líquidos em um novo local; •Aplicar uma compressa quente no local se a infiltração foi por longo período, com soluções isotônicas ou compressa fria, se a infiltração for recente com soluções hipertônicas;


Acesso Venoso – Complicações Mecânicas Considerações sobre extravasamento: Similar à infiltração, com uma administração inadvertida de medicamento ou solução vesicante ou irritante, dentro do tecido adjacente poderá causar dor, queimação, rubor, formação de bolhas e até necrose de tecidos;


Acesso Venoso – Complicações Mecânicas Cuidados em caso de extravasamento: •A infusão deve ser interrompida e o médico notificado de imediato; •Depois da avaliação do local pelo médico ou enfermeiro, a remoção da cânula deve ser feita e aplicação de compressas mornas é indicada; •Não utilizar o membro afetado para nova punção; •Exames adicionais podem ser necessários, dependendo do comprometimento do local, como também, o uso de condutas tópicas no local;


COMPLICAÇÕES INFECCIOSAS


Acesso Venoso – Complicações Infecciosas • As infecções primárias de corrente sanguínea (IPCS) estão entre as mais comuns relacionadas à assistência à saúde; • Estima-se que cerca de 60% das bacteremias nosocomiais sejam associadas a algum dispositivo intravascular; • Dentre os mais frequentes fatores de risco conhecidos para IPCS, podemos destacar o uso de cateteres vasculares centrais principalmente os de curta permanência; Segurança e qualidade em serviços e saúde n4.indd 2, 2012


Acesso Venoso – Complicações Infecciosas

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Acesso Venoso – Complicações Infecciosas

ANVISA, 2010


COMPLICAÇÕES TROMBÓTICAS


Acesso Venoso – Complicações Trombóticas Alguns fatores contribuem para trombose de veias que possuem acessos vasculares:


Acesso Venoso – Complicações Trombóticas A tromboflebite refere-se à presença de um coágulo mais a inflamação da veia, evidenciada por:

•Dor, rubor, calor e edema ao redor do local da inserção ou ao longo do trajeto da veia; •Imobilidade do membro por causa do desconforto e do edema; •Diminuição da velocidade do fluxo do líquido que está sendo infundido •Febre e mal estar também podem estar presentes;


Acesso Venoso – Complicações Trombóticas Considerações nos casos de tromboflebite: •A tromboflebite pode ser evitada ao se prevenir o trauma da veia no momento em que a linha IV (intravenosa) é aplicada, observando o sítio de inserção a cada hora, além de se verificar a compatibilidade medicamentosa; •No paciente com sinais de tromboflebite, o cateter não deve ser lavado. Deve ser retirado imediatamente e se possível encaminhado para cultura; •Medidas de alívio e conforto no local devem ser tomadas de acordo com a orientação médica e prescrição do Enfermeiro;


COMPLICAÇÕES GERAIS


Acesso Venoso – Complicações Gerais 1. Flebite Mecânica: dor, eritema, edema, endurecimento da veia, drenagem no local da inserção; Causas: material e tamanho do cateter, técnica de inserção, características da veia, posicionamento da terminação do cateter; 2. Flebite Química: Causas: medicações irritantes, pH extremos ou osmolaridade, diluição inadequada, infusão rápida e localização da terminação do cateter; Segurança e qualidade em serviços e saúde n4.indd 2, 2012


Acesso Venoso – Complicações Gerais 3.

Flebite Bacteriana:

Causas: falta de lavagem das mãos, preparo inadequado da pele, técnica e manutenção inadequada, contaminação do cateter;

4.

Infecção de Local da Inserção (Celulite): área com eritema, inflamação, edema e exsudato;

Causas: contaminação do local de inserção, preparo inadequado do local, condições clínicas do paciente, falta de lavagem das mãos, técnicas inapropriadas;

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PREVENÇÃO DE COMPLICAÇÕES E


Prevenção de complicações Cuidados Gerais: •A lavagem das mãos é fundamental e reduz a incidência de sepse relacionada ao cateter; •Utilização de luvas é indispensável e seu uso não exclui a lavagem das mãos; •Limpeza da pele com soluções antissépticas reduz a flora bacteriana da pele;

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Prevenção de complicações Cuidados Gerais: •Evitar instalação de cateteres próximos a locais com lesões de pele; •Evitar o uso do cateter em região jugular quando houver a presença de traqueostomia; •A troca do curativo deverá ocorrer sempre que necessária e, conforme o protocolo da instituição; •Atenção ao tempo de uso do cateter, curta, média e longa permanência;

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Prevenção de complicações Cuidados Gerais: •Suspeita-se de obstrução quando há dificuldade de infundir ou aspirar sangue. Neste caso, talvez seja necessário realizar uma radiografia do local, caso seja Acesso Venoso Central, para observar se há dobras ou ângulos. Esta imagem deve ser avaliada pelo médico;

•Nunca usar guias ou agentes trombóticos para desobstruir o cateter; Segurança e qualidade em serviços e saúde n4.indd 2, 2012


Prevenção de complicações Cuidados Gerais: •A remoção do cateter deve ser considerada quando ocorrer obstrução ou a presença de sinais flogísticos; •Antes de administrar medicamentos e fluidos por via intravenosa ou coletar sangue utilizando o dispositivo, higienize as mãos, use luvas e limpe a abertura do cateter com solução antisséptica; •A mesma conduta deve ser aplicada ao trocar a cobertura que recobre o local de inserção do cateter; Segurança e qualidade em serviços e saúde n4.indd 2, 2012


Prevenção de complicações Cuidados Gerais: •Verifique diariamente a necessidade de manutenção do cateter em cada paciente. Este deverá ser retirado logo que não seja mais necessário

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SEGURANÇA DO PACIENTE


Segurança do Paciente A Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, desde a sua criação em 2004, tem elaborado programas e diretrizes que visam sensibilizar e mobilizar profissionais de saúde e a população para a busca de soluções que promovam a segurança do paciente, divulgando conhecimentos e desenvolvendo ferramentas que possibilitem a mudança da realidade no cenário mundial;

Conselho Regional de Enfermagem São Paulo, 2010


Segurança do Paciente O Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo – COREN-SP – ciente de que a equipe de enfermagem possui um papel fundamental nos processos que envolvem a atenção ao paciente, assumiu, para o ano de 2010, o compromisso de promover uma grande campanha pela segurança do paciente, esclarecendo a categoria de enfermagem e chamando-a à responsabilidade de lançar um novo olhar sobre suas práticas cotidianas e identificar falhas no processo possíveis de gerar erros; Conselho Regional de Enfermagem São Paulo, 2010


Segurança do Paciente Assim, a cartilha 10 Passos para a Segurança do Paciente foi elaborada a partir de ampla discussão com membros do Polo São Paulo da REBRAENSP em parceria com a Câmara Técnica do COREN-SP, no sentido de contemplar os principais pontos que teriam impacto direto na prática assistencial de enfermagem, capazes de serem implementados em diversos ambientes de cuidados; Esta cartilha esta disponível para consulta no AVA; Conselho Regional de Enfermagem São Paulo, 2010


Segurança do Paciente Além de campanhas elaboradas pelo Conselho Regional de Enfermagem, o Ministério da Saúde em 2010 criou o Programa Nacional de Segurança do Paciente para monitoramento e prevenção de danos na assistência à saúde Você pode conferir mais informações no link: http://www.anvisa.gov.br/hotsite/segurancadopaciente/index.html

Ministério da Saúde, 2010


Segurança do Paciente

Ministério da Saúde, 2010


Segurança do Paciente

Ministério da Saúde, 2010


Segurança do Paciente

Ministério da Saúde, 2010


Segurança do Paciente

Ministério da Saúde, 2010




Segurança do Paciente

Ministério da Saúde, 2010


Segurança do Paciente

Ministério da Saúde, 2010


Segurança do Paciente

Os nove certos no preparo e administração de medicamentos


Segurança do Paciente No Brasil, notícias relacionadas a eventos adversos estão se tornando frequentes. Um dos casos mais recentes, ocorrido em 2 de março de 2012, envolve um recém-nascido, com 1 mês de vida, que recebeu leite materno via intravenosa, resultando em sua morte. Com o mesmo infeliz desfecho, idosa de 88 anos faleceu em 8 de outubro de 2012, doze horas após ter recebido “sopa na veia”. Boletim Informativo de Tecnovigilância, Ano III no. 2, 2012


Segurança do Paciente

Boletim Informativo de Tecnovigilância, Ano III no. 2, 2012


Avaliação do módulo 1.

Agora que você conheceu as principais medidas de segurança relacionadas ao uso de cateteres venosos, sugerimos a leitura complementar do Boletim Informativo de Tecnovigilância, 2012, página 6,7 e 13, para que tome nota das principais medidas práticas que devem ser adotadas para evitar erros de conexão de cateteres;

2.

Ao final de sua leitura responda ao questionário no AVA para avaliar seu aprendizado;


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