Rastreamento de doenças não
ginecológicas
Rui Alberto Ferriani Setor de Reprodução Humana Departamento de GO - FMRP - USP
O que não pedir de rotina • • • • • • •
Função Hepática Função Renal Eletrólitos PCR Sorologias USTV Trombofilias
Dislipidemia
10% de prevalência de dislipidemia na população. Redução de 25% de DAC com o controle da dislipidemia.
Perfil Lipídico III Diretrizes Brasileiras sobre Dislipidemia e Prevenção da Aterosclerose – SBC •12-14 h de jejum, sem álcool nas 24 horas •Se pós-operatório, postergar por 8 semanas o exame
•Dosar CT, triglicérides e HDL
•LDL será deduzido da fórmula de Friedewald, caso TG < 400 mg/dL LDL= CT – (HDL+TG/5)
Perfil Lipídico •Periodicidade: –Sem fator de risco para DAC: •40-55 anos: 5 anos (se normal) •> 55 anos: anual
–Com fator de risco •≥ 40 anos: anual se normal •Se anormal: repetir após 3-6 meses, se não melhorar, encaminhar para tto.
Diabetes Mellitus Glicemia de jejum:
GTT 75g (após 2h):
• < 100 mg/dL: normal
• < 140 mg/dL:
• 100 -125 mg/dL : glicemia de jejum
normal
• 140 -199 mg/dL:
alterada (pedir GTT-
Intolerância à
75g)
glicose
• ≥ 126 mg/dL (em duas ocasiões) : DM
• ≥ 200 mg/dL: DM
Glicemia • 40 anos (SBD, ADA): – Sem fatores de risco: glicemia de jejum a cada
3 anos (se nl) – Com fatores de risco: glicemia de jejum
anualmente (pelo menos um) – Se glicemia de jejum alterada ou intolerância à glicose: glicemia de jejum ou GTT 75g anualmente
Fatores de risco para DM tipo 2 IMC ≥ 25 Kg/m2
PA ≥ 130/85 mmHg
Parente de 1 grau com DM2
Parto de RN com peso ≥ 4 Kg
Doença vascular
HDL < 35 mg/dL ou TG ≥ 150 mg/dL
Intolerância a glicose ou glicemia de jejum alterada
Diabetes gestacional prévio
Condições associadas a hiperinsulinemia: SOP , acantose nigricans
ADA (2004), SBD (2006), USPSTF (2008)
Tireoidopatia •Prevalente: 2,4% de doença clínica; 23,8% subclínica (73,8% de hipo) •Conseqüências: FA (hiper),
Redução da massa óssea (hiper), DCV (hipo), depressão, déficit cognitivo (hipo), Dislipidemia. •Tratamento simples •Rastreamento: barato e ótima sensibilidade (98%)
TSH •TSH (2 exames): a cada 5 anos •VN: 0,3 a 4 (laboratório dependente) •4-10: tratar em situações especiais
•> 10: sempre tratar. •Jamais pedir T4total com TSH normal.
•T4L, T3 e T3L são indicados após constatar TSH anormal.
C창ncer coloretal
Sangue Oculto • Rastreamento com Sangue oculto após 50 anos, anual. • Idade de parada: não definida (80 anos?) • Se +, encaminhar • Sensibilidade de 40-60%, especificidade de 96 a 98%. • Colonoscopia de rotina não reduz mortalidade INCA, USPSTF
Câncer de cólon • Paciente de risco, encaminhar ao proctologista para seguimento diferenciado. • Risco: – Histórico familiar de câncer de cólon e reto (parente de 1o grau);
– Síndrome de Lynch I e II; – Polipose adenomatosa familiar; – Passado de pólipos intestinais; – Colite ulcerativa e Doença de Crohn.
Osteoporose OMS Normal
T-score acima -1,0
Osteopenia
T-score entre -1 e -2,5
Osteoporose
T-score abaixo -2,5
Osteoporose severa-
Fraturas fragilidade
Diagnóstico osteoporose Objetivos
•Excluir doenças (osteomalácia, mieloma) •Identificar causa osteoporose e fatores contribuintes •Avaliar risco fratura subsequente •Selecionar forma tratamento National Osteoporosis Guideline Group UK – Maturitas 2013, 75:392
Diagnóstico osteoporose Anamnese e Exame Físico História pessoal ou familiar fratura Perda estatura Baixo peso Dor lombar localizada
Densitometria óssea
National Osteoporosis Guideline Group UK – Maturitas 2013, 75:392
Fatores de Risco Osteoporose Idade Sexo Baixo BMI ≤ 19 kg/m2 Fratura fragilidade prévia (quadril, pulso, coluna) História familiar fratura quadril Uso corticóides atual (2,5 a 7,5 mg prednisona/dia) Fumo atual Ingestão álcool mais de 3 unidades /dia Causas secundárias osteoporose Artrite reumatóide Hipogonadismo não tratado Imobilidade prolongada Transplante órgão Diabetes tipo I Hipertireoidismo Doença gastrintestinal Doença hepática crônica Doença pulmonar obstrutiva
DMO- Quando Pedir Pós menopausa com causas médicas perda óssea Fratura pós menopausa
Baixo peso IMC menor 21kg/m2 História fratura quadril em parente Fumante atual
Mulheres acima 65 anos independente de riscos Mulheres com fratura fragilidade – tratar sempre
Outros fatores risco – usar FRAX National Osteoporosis Guideline Group UK – Maturitas 2013, 75:392
• http://www.shef.ac.uk/FRA
http://www.shef.ac.uk/FRAX/
Quando referir casos de osteoporose Severidade
DMO muito baixa (t 3 ou Z 2) Osteoporose em idades precoces Fraturas apesar DMO normal ou borderline
Condição clínica conhecida Hipertireoidismo, hiperparatireoidismo, hipercalciuria, Síndrome Cushing
Falha de resposta ao tratamento clássico AACE Guidelines, 2001
Quando tratar •DMO t-score -2,5 •Mulheres com fraturas prévias •T-score entre -2,5 e -2,0 com fator risco adicional Fratura não vertebral prévia
Peso abaixo 57 kg ou menor 21kg/m2 Parente 1º grau fratura quadril ou vertebral NAMS
O que não posso deixar de pedir • Mamografia – 40-50: bi-anual – ≥ 50: anual (até 70?)
• Colpocitologia – Início da atividade sexual até 60-65 anos: anual – 2-3 negativas: trienal
• TSH – 40: 5/5 anos
• Sangue Oculto – 50 anos: anual
• Lipidograma / Glicemia – 40 anos: anual
• Densitometria Óssea – > 65 anos: 2-3 anos (alt) e 5 anos(nl) – Doença que reduz massa óssea: qq idade – Pós-menopausa < 65 anos se fator de risco (tabagismo, IMC< 21, história familiar, fratura)