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Mais custos para empresas no eSocial

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A temida celulite!

A temida celulite!

Mudança traz necessidade de contratação de serviços de medicina ocupacional para empresas com funcionários

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João Balthazar (estagiário) terromper os voos do Farol de São Thomé durante o período de isolamento da pandemia, opera atualmente no Heliporto da praia campista com cerca de 10 a 20 aeronaves, com movimento variando em função das atividades offshore. A empresa não informou as rotas tomadas.

O Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial), que entrou em sua quarta e última fase de implantação no mês de janeiro, agora passa a exigir das empresas o envio de informações dos eventos de saúde e segurança do trabalho (SST) do quadro de funcionários para a sua plataforma online.

Para cumprir a nova exigência, empresas deverão contratar serviços especializados em medicina ocupacional para a realização de exames e do envio das informações para o sistema eletrônico, alerta Alex Batista dos Santos, coordenador do departamento de pessoal da empresa Cesar Queiroz Contabilidade & Assessoria.

De acordo com Santos, anteriormente, a fiscalização referente a esta documentação era presencial. Agora, será feita de forma online. O objetivo, segundo o Governo Federal, é "facilitar o controle de dados e proteger os funcionários".

Ainda segundo Santos, o custo médio da contratação de serviços especializados em medicina ocupacional varia conforme a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (Cnae) das empresas e o grau de risco do trabalho executado pelo funcionário.

“A principal mudança é a centralização dos dados de trabalhadores e empregadores para agilizar o acesso a essas informações.

Além de estabelecer uma relação justa e transparente entre empregadores e funcionários.

E também, ao criar um ambiente de trabalho seguro, lucra-se com diversos outros benefícios, como: redução das faltas, menor rotatividade, maior produtividade e, é claro, diminuição dos custos com acidentes e ações trabalhistas”, conclui.

Nas fases anteriores, que começaram em 2018, já eram enviadas as informações da empresa, dos empregados e da folha de pagamento. Agora, o envio das informações de saúde e segurança no trabalho visa substituir os formulários usados, até então, para emissão e entrega da CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) e PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário). O eSocial é um sistema informatizado da Administração Pública e todas as informações nele contidas estão protegidas por sigilo.

Os documentos que devem ser atualizados na plataforma são: Comunicação de acidente do trabalho, Monitoramento de saúde, Condições do ambiente de trabalho e o S-2240 — neste evento vão todas as informações do Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho (LTCAT), do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR).

“É importante que as empresas criem uma cultura de segurança dentro de seus ambientes, para que todos fiquem cientes dos riscos, evitando assim acidentes e doenças ocupacionais”, diz Santos. O envio do eSocial é obrigatório para todas as empresas que possuem empregados. Quem não fizer o envio está sujeito a multa que varia de R$ 3,1 mil a mais de R$ 310 mil.

“As rotas dos helicópteros na região da Bacia de Campos são regradas pelo DECEA (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), através da publicação aeronáutica AIC-N 31-21, seguida pelas operadoras aéreas”, disse a estatal.

Heliporto

do Açu

Em São João da Barra, o Heliporto do Açu também deve movimentar o espaço aéreo. No entanto, o empreendimento privado que, segundo informações da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), há dois anos tem licença para operar, ainda não está em atividade.

“A empresa proprietária da infraestrutura é a Aeropart Participações Aeroportuárias S.A”, disse o órgão regulador em nota.

O Heliporto do Açu tem área total de 210 mil m² e capacidade para pouso e decolagem de 20 aeronaves de grande porte com embarque e desembarque de 30 mil pessoas/mês. A unidade tem ainda capacidade de abrigar até 20 helicópteros de grande porte e estrutura semelhante à de um aeroporto, sendo também desenvolvido para ser usado em transporte de pessoas e cargas para as atividades das petroleiras offshore.

A empresa responsável chegou a concorrer em edital da Petrobras, mas não venceu o processo, que teve como resultado a continuidade das atividades da estatal no Heliporto do Farol.

Questionada sobre expectativa de início das atividades, a empresa Aeropart Participações Aeroportuárias S.A. não se posicionou até o fechamento desta edição. Desenvolvimento Para Wellington Abreu, secretário de Petróleo e Gás de São João da Barra, as atividades vão se intensificar ainda mais, refletindo em avanços para a região. “Todo este movimento offshore demanda mão de obra, o que vem aumentando e ainda promete aumentar mais o tráfego aéreo da região. O Heliporto situado em São João da Barra está em condições de operação e deve entrar em funcionamento em breve. A transição energética vai passar, o ciclo do petróleo tem fim e não podemos esquecer este detalhe, assim como foi a cana de açúcar e outros ciclos passados. Precisamos alçar voos mais altos que os helicópteros apenas. Chegou a hora de transformar essa região”, opina.

Para Felipe Knust, subsecretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Campos, o crescimento da movimentação de trabalhadores do setor offshore também aponta o crescimento da região. “Estamos na expectativa de uma nova empresa que vai começar a operar no Aeroporto Bartolomeu Lisandro, para voos offshore. Campos, como uma cidade polo para a atividade, assim como Macaé, tem a característica de transporte dos trabalhadores, concentradas no Aeroporto e no Heliporto do Farol, assim como o próprio Porto do Açu tem suas demandas específicas. Isso nos mostra uma grande evolução nesse processo de modernização e investimentos no transporte para essa cadeia produtiva”, disse.

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