Negócios 65

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Natal - RN | Ano IX | Edição 65 | Julho Agosto 2016 | R$ 6,00

Windpower Brazil Windpower 2016 reúne os melhores no Rio de Janeiro

10 gw

País comemora nova capacidade de geração de energia eólica

Startups É o ramo mais promissor para novos investimentos

Nasce no Brasiltecnologia

inovadora para construir

torres eólicas

DTS - Dois A Tower System (Dois A Engenharia e Tecnologia + T&A Construções + ATS Advanced Tower System) fecham parceria com Lafarge Holcim S.A. para o desenvolvimento de torres de concreto de ultra alta performance Ductal Julho Agosto 2016 <

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Editorial

Inovação e tecnologia a serviço das eólicas Chegamos à 65ª edição da Revista Negocios.Net apresentando novidade que deverá revolucionar a construção de torres para produção de energia eólica. Uma das empresas sócias desta empreitada é potiguar e está se associando a duas gigantes, uma nacional e outra internacional, com objetivo de oferecer ao mercado a melhor tecnologia para construção de parques eólicos.

O Brasil está comemorando, durante a realização da Brazil Windpower 2016 – Conferência & Exposição, no Rio de Janeiro, o alcance dos 10 GW de capacidade de geração de energia eólica, dos quais 30% são produzidos no Rio Grande do Norte. E espera alcançar 20 GW de capacidade até 2020, segundo previsões otimistas. É de olho neste cenário que a DTS - Dois A Tower System, empresa pertencente à norte-rio-grandense Dois A Engenharia e Tecnologia Ltda e à T&A Construções Ltda, em conjunto com a ATS - Advanced Tower System, do grupo MECAL BV, anunciaram a parceria com a DUCTAL, empresa da LH - Lafarge Holcim S.A., para o desenvolvimento tecnológico de torres eólicas de concreto de ultra alta performance Ductal. Esta parceria combina a expertise de cada empresa de forma complementar.

A assinatura do protocolo de intenções que vai dar vida a esta revolucionária tecnologia de construção de torres eólicas acontece durante a Brazil Windpower 2016, entre 30 de agosto e 1 de setembro, no Rio de Janeiro. O Ductal é um material de alta tecnologia que combina matriz mineral de ultra alta performance com fibras metálicas ou poliméricas. A tecnologia

expediente Direção Executiva Jean Valério jeanny damas

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Fotografia

demis roussos

Canindé Soares Diagramação - Terceirize www.terceirize.com E-mail jeanvalerio@gmail.com jeanny.damasceno@gmail.com

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trará ganhos aos projetos eólicos, com a redução dos custos de implantação e manutenção das torres. Possibilitará alcançar maiores alturas de geração com a utilização de guindastes já disponíveis no mercado.

Outro tema interessante abordado nesta edição é o mercado brasileiro de Startups, com ênfase a duas jovens empresas potiguares que se destacam no cenário nacional como boas opções de investimento: Findme, pelo segundo ano consecutivo entre as 100 empresas inovadoras mais promissoras do país e Surfmappers, com uma comunidade virtual ativa de 5 mil usuários, entre fotógrafos e surfistas. As startups já são consideradas o setor mais próspero da economia mundial da próxima década.

Uma nova reportagem aponta que o mercado imobiliário potiguar já começou a sentir os indícios de que um novo momento está por vir.

De acordo com última pesquisa divulgada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), o estoque de imóveis existente no mercado foi reduzido em 45% em relação a junho de 2015, um claro sinal de que o consumidor voltou a investir em imóveis.

A coluna Negócios em Pauta traz informações de bastidores como a possível entrada do milionário Marcelo Alecrim na política e a chegada do Uber em Natal. Tem ainda artigo sobre o mercado de energia eólica, entrevista, informações sobre a evolução do Empretec e muito mais.

Boa leitura Jean Valério – Editor Executivo

Reportagens Jean Valério, Louise Aguiar Comercial (84) 98856-1662 (84) 99451-4577 Email: jeanvalerio@gmail.com Unigráfica Tiragem 6 mil exemplares

As matérias assinadas não expressam necessariamente a opinião da Revista Negócios.Net

Endereço Av. Romualdo Galvão, 773, Sala 806 8º andar Edifício Sfax - Tirol - Natal-RN Fone: 84-3302-7212 - 988561662 Site: www.revistanegocios.net.br

Índice 10 Inovação e Tecnologia

Revolucionária tecnologia de construção de torres eólicas (concreto de ultra alta performance Ductal) é apresentada ao mercado brasileiro.

16 Startups É hora de Investir!

8 Negócios em Pauta

Após vender ALE, Marcelo Alecrim pensa em entrar para a vida pública

26 Imóveis

Empresários e Sinduscon apontam mais vendas e crêem em retomada

24 Empretec

Programa atinge marca de mais de 6 mil empreendedores capacitados apenas no RN

12 Pioneirismo em Eólicas

Entenda parceria de players brasileiros e internacionais para tecnologia pioneira

30 Artigo

Elbia Melo - Presidente da ABEEólica, fala sobre o potencial da energia eólica

28 Mais opções

Aeroporto Internacional de São Gonçalo do Amarante, no RN, confirma novos vôos comerciais

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Cristiano Maia: Empresário, dono da Potiporã

“Vamos ampliar a produção” por Jean valério

Cristiano Maia é empresário, cearense, presidente da Associação Cearense de Criadores de Camarão, e é o mais novo dono da empresa Potiporã, a maior produtora de camarão e também de pós larvas do Rio Grande do Norte. Por R$ 100 milhões, pagos à vista, ele comprou a empresa que pertencia à Queiroz Galvão, envolvida na Lavajato. A sede da Potiporã está localizada no município de Pendências, onde ficam os viveiros de

camarão, com mais de 900 hectares de lâmina d`água. Além das terras da empresa, Cristiano, que também é sócio majoritário da Samaria Aquicultura, no Ceará, arrendou mais outras três propriedades vizinhas para o cultivo do camarão. Junto com os viveiros, passou a administrar a indústria de beneficiamento e o laboratório de pós larvas, em Touros. Ao todo, lidera no Estado um exército de 1 mil funcionários.

REVISTA NEGOCIOS.NET - Num momento em que o Brasil atravessa uma crise econômica, adquirir uma empresa pagando este valor de R$ 100 milhões é um tiro calculado?

CRISTIANO MAIA - Isso. A Queiroz vendeu pra nós empreendimentos em três unidades. Em Touros a produção de pós larvas, que dali saem para o processo de engorda. Ali estamos investindo em tecnologia, contratamos os melhores profissionais em genética, temos um laboratório de ponta.

Trouxemos os melhores das universidades estaduais e federais.

Pra desenvolver larvas resistentes. Hoje este é o maior gargalo do setor. Passamos a administrar também as fazendas e a indústria de beneficiamento.

CRISTIANO MAIA - Estamos mostrando o contrário.

Adquirimos toda a operação investindo alto. A carcinicultura tem um futuro promissor no Brasil. É proteína boa. O país ainda consome pouco camarão. Por falta de informação.

Antes era caro comprar camarão. Hoje não é mais. A gente vê proteína de file de salmão, de carne bem mais caras até do que o camarão. Então acreditamos no mercado. Há muito espaço para crescer.

REVISTA NEGOCIOS.NET -Vocês agora são detentores de toda a operação que antes era da Queiroz Galvão?

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REVISTA NEGOCIOS.NET – Vocês esperam aumentar a produção de camarão?

CRISTIANO MAIA - Temos 960 hectares de espelho d´água. Estamos já recuperando a produção. Vamos dobrar a produção. Há um mercado grande. No Brasil. E em seguida

Entrevista pretendemos sim voltar a exportar. Falta camarão no mundo todo. E o Brasil não consome tudo. Já exportamos há 14 anos para Estados Unidos e França. Hoje está tudo concentrado no Brasil. Mas vamos chegar lá novamente.

REVISTA NEGOCIOS.NET – Quantos empregos estão sendo gerados pelas suas empresas no Rio Grande do Norte?

CRISTIANO MAIA - São muitos e estamos ampliando o quadro de contratações. Isso nas três unidades: Laboratório, fazenda e indústria de beneficiamento. Acho que fecharemos com cerca de mil funcionários. Muitos com nível superior.

estas dificuldades. Mas o Governo criou as Câmaras Setoriais do Agronegócio. Cada Câmara é operada por 25 membros do setor produto, inclusive pessoas do meio ambiente, de universidade, banco, produtores. Ali é debatido quais os entraves que travam o setor. E são encaminhadas soluções em consenso. No Ceará, em 5 anos, dobramos a produção e triplicamos a área explorada. Passamos o Rio Grande do Norte. 60% da produção do país hoje é do Ceará REVISTA NEGOCIOS.NET – Quais seus objetivos investindo no Rio Grande do Norte?

Cheguei no Rio Grande do Norte para elevar a produção.

Este exemplo das Câmaras é importante. Vamos levar ao Governo para eles considerarem. Tudo o que trava o setor é debatido. Se é meio ambiente, tem Ibama e Idema. Se o problema é crédito, tem os bancos. Se é pesquisa, tem universidades. Se é produção, o setor produtivo está.

REVISTA NEGOCIOS.NET – A Potiporã responde por qual percentual de todo o camarão produzido no Estado?

Temos alta tecnologia além da estrutura o que nos permite trabalhar forte. Produzimos 20% do camarão do Rio Grande do Norte, que sai da nossa fazenda. Além da que compramos arren- O setor público é damos mais três que são coladas a Potiporã. Com elas ampliamos para 1100 hectares só de espelho d´água. Ao todo, lento. a gente são 2200 hectares a fazenda toda, inclusive uma parte preservada, gerando emprego na região de Pendências, Macau e não espera. chega Carnaubaus.

REVISTA NEGOCIOS.NET – Quais são os principais entraves hoje para desenvolver a criação de camarão?

O setor público é acostumado com lentidão. Nós não. A gente não espera acontecer. A gente chega e faz. Porque temos compromissos a honrar, funcionários pra pagar, despesas, temos eu correr.

REVISTA NEGOCIOS.NET – e faz acontecer Porque a decisão de investir no Rio REVISTA NEGOCIOS.NET – Grande do Norte?

Está nos planos a médio prazo voltar a Nossa vontade foi de vir para cá produzir alimentos aqui exportar camarão? e para o país. Hoje nos grandes restaurantes se come camarão.

Camarão é a bandeira que mais é recomposta. Tenho origens Sim queremos voltar a exportar. Os compradores interpotiguares. Meu pai é do Rio Grande do Norte, era de Jardim nacionais estão exigindo regularidade. Temos que ter capade Piranhas. Sou cearense mas tenho raízes do RN. Também cidade de fornecer, garantir continuidade e temos tudo isso. temos fazendas no Ceará.

A França e Europa exigem esta postura. Temos capacidade de fornecer. Estamos conversando com o mercado internaREVISTA NEGOCIOS.NET – Como está sendo feito cional permanente. Temos produção e máquinas de descascar o controle da doença que prejudica o camarão? de 700 mil dólares cada uma. Temos velocidade no processo.

Não existe remédio. Existem boas práticas de manejo. Tudo pronto pra funcionar quando aumentar a produção.

Cobrir os berçários e cuidar muito da nutrição. Investir em Mas o preço ainda não é viável. Melhor vender para o Brasil. larva de qualidade, apostar em biossegurança. Não há remédio como falei, há boas práticas de segurança.

REVISTA NEGOCIOS.NET –Há ainda muito valor a agregar, que tipos de produtos vocês disponibilizam?

REVISTA NEGOCIOS.NET – Como superar buroVendemos filé de camarão ou inteiro. Temos como becracia e entraves dos órgãos ambientais governamentais? neficiar agregar valor. Temos muito a crescer. Hoje a gente O segmento é muito forte mesmo porque não pega di- faz vários tipos de file, eviscerado, pré cozido, em várias nheiro de agente financeiro. A maioria dos micro e pequenos quantidades. Quem dita é o mercado. Vendemos o que o não tem licença porque, não consegue. No Ceará existem mercado pedir.

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Negócios em Pauta< jeanvalerio@gmail.com

Da ALE para a política

O empresário potiguar Marcelo Alecrim, presidente do grupo ALE, vendida para a Ipiranga, do Grupo Ultra, num negócio de mais de R$ 1 bilhão, tem sido visto em eventos políticos no Rio Grande do Norte. Marcelo sempre esteve próximo das grandes lideranças políticas norte-rio-grandenses, como Garibaldi Alves (PMDB) e João Maia (PR) e nunca escondeu sua vontade de entrar para a vida pública. Mais milionário ainda, Alecrim se prepara para deixar a gestão da companhia que criou. Agora, com mais tempo para pensar em algo que não seja a ALE, há quem garanta que ele vai apostar numa candidatura de deputado federal em 2018. Marcelo Alecrim está andando e visitando algumas campanhas, como a de Tião Couto (PSDB), em Mossoró, onde esteve recentemente.

Uber chega ao RN

Mesmo sem regulamentação municipal, a Uber – multinacional de transporte privado urbano – chega em Natal com a proposta de oferecer um serviço confortável e cerca de 50% mais barato do que o oferecido atualmente pelos taxistas de Natal. O início da operação da empresa deverá mexer com o segmento dos taxistas.

Onde o Uber entra os taxistas de alguma forma são forçados a adotar estratégias de combate que acabam beneficiando o consumidor final. Sou e sempre fui favorável ao Uber, observando o princípio da livre concorrência, desde que sejam recolhidos os devidos impostos.

Liquida Natal

A Liquida Natal completa 15 anos em 2016 e nesta edição, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Natal) ampliou a premiação. A Liquida Natal inicia dia 26 de agosto e segue até o dia 06 de setembro. Este ano, a campanha - que é a maior do varejo na cidade e a segunda melhor data de vendas no ano - vai sortear 01 Fiat Toro, 07 TVs Led de 50”, 07 vales compras em supermercado no valor de R$ 500,00 durante um ano para os consumidores que comprarem nas lojas participantes da Liquida Natal. A ideia da CDL Natal é levar os consumidores as compras na expectativa de concorrer aos prêmios da promoção, e assim movimentar o comércio.

EXPANSÃO

O Shopping Cidade Jardim passa por processo de atualização e melhorias, envolvendo tanto a sua estrutura física, quanto o mix de lojas. O mall ganhou oito novas marcas, concluiu um projeto pioneiro em acessibilidade e está com um novo piso, conferindo um ambiente mais aconchegante aos clientes. A mais recente novidade, foi a inauguração primeira loja da Litoraneus em Natal.

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IMPOSTOS

O governo já decidiu que não vai aumentar impostos este ano e em 2017 para alcançar a meta fiscal. A informação foi dada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, ao reconhecer que a sociedade brasileira não tem mais como arcar com aumentos da carga tributária.

Padilha disse que, como o governo não vai cobrar da sociedade, a diferença para o equilíbrio das contas públicas terá que vir do cortes de despesas.

INDICES

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), aumentou 1,0% em agosto, na comparação com julho, na série com ajuste sazonal. Apesar da menor variação, é o quarto aumento mensal consecutivo, e o resultado foi influenciado pela melhora na avaliação das condições correntes (+8,3%) e nas intenções de investimentos (+1,8%). Em relação a julho do ano passado, o Icec aumentou 9,4%, segunda taxa positiva nessa base de comparação desde julho de 2013. No entanto, o índice ainda se encontra em patamar abaixo do nível de indiferença (100 pontos), reflexo da contínua redução das vendas e da atividade do comércio.

NOVAS EMPRESAS

O Rio Grande do Norte encerrou o primeiro semestre do ano com a criação de 6.325 novos negócios, enquadrados como Microempreendedor Individual (MEI). Com isso, o estado já possui 83.785 negócios nessa categoria jurídica, que envolve empresas e profissionais que trabalham por conta própria e faturam até R$ 60 mil por ano. Apesar do avanço, a quantidade de formalizações no acumulado de janeiro a junho é 5,6% menor do que foi registrado no mesmo período do ano passado, quando foram criadas 6.682 empresas no estado.

POLO INDUSTRIAL

EXPORTAÇÕES

Os produtos mais exportados do RN foram o sal marinho (US$ 15,1 milhões), as castanhas de caju (US$ 13,8 milhões), melões (US$ 13,6 milhões) e mamões (US$ 6,2 milhões). Já as importações foram lideradas pelo trigo e as misturas de trigo, que comercializou US$ 27,8 milhões. Também apareceram nas importações do semestre os fornos não elétricos para ustulação (expelir uma substância de outra) de minérios e metais, que totalizaram US$ 6,5 milhões. O estado também importou polietileno (US$ 2,9 milhões), ferro e aço fundido (US$ 2,8 milhões) e PVC (US$ 2,4 milhões).

Uma boa notícia para a economia do Rio Grande do Norte é o início das atividades da Cerâmica Elizabeth, previsto para o final deste mês de agosto. A indústria produzirá azulejos e pisos cerâmicos. A empresa está investindo R$ 62 milhões nesta fase inicial e, ao final de todo o projeto, os investimentos devem chegar a R$ 179 milhões. Os incentivos pleiteados ao Governo do Estado, através do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Industrial - PROADI e do programa RN Gás Mais, foram decisivos para a instalação da empresa. A nova unidade da Elizabeth, no Distrito Industrial de Goianinha, será a quinta do grupo - que já possui outras três unidades na Paraíba e uma em Santa Catarina -, e deverá ser a maior delas, com 177 metros, entre os galpões de produção e armazenamento de matéria-prima. Na primeira etapa serão gerados 232 empregos diretos, mas a meta é chegar a 450 no terceiro ano de funcionamento.

SIMPLES INTERNACIONAL A proposta de criação do Simples Internacional - programa que visa desburocratizar e facilitar as exportações - deverá ficar pronta até o fim do mês. Um grupo de trabalho formado por técnicos já se reuniu e está formulando a proposta, que deverá beneficiar as empresas de

pequeno porte que têm intenção de entrar no mercado internacional. Entre as metas estipuladas para a formatação do projeto de criação do Simples Internacional estão as simplificações de tarifas e de procedimentos burocráticos, logísticos e de meios de pagamento.

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Inovação

ENERGIA

nova tecnologia pode revolucionar construção de torres

Se há um setor pulsante hoje na economia brasileira é o de energia eólica. Além de alimentar os ventos que sopram para sustentar a retomada econômica nacional, as eólicas têm sido protagonistas na ampliação da participação das energias renováveis na matriz elétrica brasileira. E vem muito mais por aí, de acordo com os números.

O Brasil comemorou o último Dia Mundial do Vento, celebrado 15 de junho, com 9,77 GW de energia eólica instalada. Pelos números, 7% da matriz elétrica brasileira hoje vem da energia dos ventos.

No ano passado, a energia eólica abasteceu população equivalente a todo o sul do País, investiu R$ 20 bilhões, foi a fonte que mais cresceu no mundo e criou 41 mil empregos. É de olho neste cenário que as grandes empresas nacionais e internacionais investem pesado em tecnologia e inovação. Três relevantes companhias atuantes no segmento se uniram em torno de um projeto inovador. Juntas, estão apostando alto no desenvolvimento tecnológico de torres eólicas de concreto de ultra alta performance Ductal, método que vai revolucionar a construção de torres de energia eólica de concreto.

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Tecnologia

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Inovação Da união de players nasce tecnologia pioneira A DTS - Dois A Tower System, empresa pertencente à Dois A Engenharia e Tecnologia Ltda e à T&A Construções Ltda, em conjunto com a ATS Advanced Tower System, do grupo MECAL BV, anunciaram e estão oficializando a parceria com a DUCTAL, empresa da LH - Lafarge Holcim S.A., para o desenvolvimento tecnológico de torres eólicas de concreto de ultra alta performance Ductal.

O Ductal é um material de alta tecnologia que combina uma matriz mineral de ultra alta performance com fibras metálicas ou poliméricas. A aplicação dessa tecnologia trará ganhos significativos aos projetos eólicos, através da redução dos custos de implantação e manutenção das torres. Possibilitará ainda, alcançar maiores alturas de geração com a utilização de guindastes já disponíveis no mercado brasileiro, uma vez que os elementos de concreto pré-moldado das torres terão uma redução aproximada de 50% do seu peso, com um aumento de até 300% da sua resistência à compressão.

Sergio Azevedo (DTS e DOISA Engenharia) destaca ganhos aos projetos eólicos

Esta parceria combina a expertise de cada empresa de forma complementar. Estarão juntas a capacidade de engenharia e inovação em materiais especiais da Ductal, a tradição de projetos para torres de concreto e híbridas da ATS e a capacidade de execução de

projetos eólicos da Dois A Tower System. “Investimos no estudo desta tecnologia. E encontramos os parceiros ideais. Esta inovação trará ganhos substanciais para os projetos eólicos”, destaca Sérgio Azevedo, diretor da DTS e DOISA Engenharia.

Protocolo será assinado na Brazil Windpower 2016 A assinatura do protocolo de intenções que vai dar vida a esta revolucionária tecnologia de construção de torres eólicas (concreto de ultra alta performance Ductal) acontecerá dia 30 de agosto de 2016, às 18h30, durante programação dentro do maior evento de energia eólica da América Latina, o Brazil Windpower 2016, que acontece entre 30 de agosto e 1 de setembro, no Rio de Janeiro.

Além da presença dos representantes da DTS - Dois A Tower System, Dois A Engenharia e Tecnologia Ltda , T&A Construções Ltda, ATS - Advanced Tower System, e DUCTAL (empresa da 12 >

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Lafarge Holcim S.A.), o evento contará com participação do Ministério da Ciência, Indústria, Tecnologia e Comunicações, que está apoiando a união das empresas nacionais com a internacional.

O Brazil Windpower 2016 – Conferência & Exposição traz as melhores oportunidades de network e negócios que envolvem este mercado. O evento acontece no Rio, em 3 dias consecutivos, de 30 de agosto a 1º de setembro, trazendo as principais autoridades do setor para debater o crescimento deste mercado durante o congresso e as principais empresas do mercado para a feira de negócios.

Tecnologia

Brasil comemora 10 GW e larga rumo aos 20 GW O Brasil está comemorando, durante a realização da Brazil Windpower 2016 – Conferência & Exposição, o alcance dos 10 GW de capacidade de geração de energia eólica. E espera alcançar 20 GW de capacidade até 2020, segundo previsões mais otimistas. Tudo isso a uma taxa de crescimento anual média de 20%.

Hoje, 6% da energia da matriz elétrica brasileira vem do vento, o que significa 45 milhões de pessoas abastecidas ou todas as residências da região nordeste. Este percentual, no entanto, pode chegar a 12% segundo o ‘Plano Decenal

de Expansão de Energia 2024’, produzido pelo Governo brasileiro.

De acordo com o GWEC – Global World Energy Council, o Brasil foi o quarto país em crescimento de energia eólica no mundo em 2015, considerando os números de capacidade instalada, atrás da China, Estados Unidos e Alemanha e representando 4,3% do total de nova capacidade instalada no ano passado no mundo todo. Em percentual, foi o País que mais cresceu no mundo.

A situação favorável da indústria eólica pode ser explicada pela ótima qualidade

dos ventos brasileiros e também pelo forte investimento das empresas que, nos últimos cinco anos, construíram uma cadeia produtiva nacional para sustentar os compromissos assumidos e o enorme potencial de crescimento desta fonte de energia.

A contratação de energia eólica no Leilão de Reservas e a devida atenção aos conceitos de segurança energética também se mostram fundamentais para dar um sinal de investimento para toda a cadeia de energia eólica, que já investiu mais de R$ 48 bilhões nos últimos seis anos.

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Chapéu Inovação RN é o maior gerador de energia eólica do Brasil, aponta IBGE O Rio Grande do Norte é o maior produtor de energia eólica do Brasil. É o que aponta o estudo ‘Logística de Energia 2015 – Redes e fluxos do território’ do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o estudo, o estado é responsável por mais de 30% da energia eólica produzida no país. O estudo também revela que o RN também é o maior produtor de petróleo de toda a região nordeste.

Segundo o IBGE, a região nordeste é responsável pela maior parte da produção eólica no país. O RN, com 31,3% é seguido pelo Ceará (23,4%) e o interior da Bahia (16,9%). Ainda de acordo com o estudo divulgado nesta quinta-feira (23), apesar de ter crescido 461% entre 2010 e 2014, a energia eólica representa apenas 2,1% da matriz energética brasileira.

Além de informações do IBGE, o estudo utilizou dados do Ministério de Minas e Energia, da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Agência Nacional de Águas (ANA), Operador Nacional do Sistema (ONS), Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), da Associação Brasileira de Empresas Distribuidoras de Gás Natural (ABEGÁS) e das Agências Reguladoras de Energia dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro.

PARQUES - O estado do Rio Grande do Norte atingiu a marca de 102 parques eólicos em operação comercial. Segundo o Centro de Estratégias em Recursos Naturais & Energia – CERNE, a inauguração dos parques eólicos Baixa do Feijão I, II, III e IV, propriedade da EDP Renováveis, que ficam no município de Jandaíra, foram os responsáveis pelo estado atingir a marca. O complexo eólico possui 60 aerogeradores e 120 MW em potência.

DTS inaugura centro produtivo de torres eólicas em São Bento do Norte A empresa DTS Dois A Tower System, formada pela DoisA Engenharia e T&A Pré Fabricados, colocou em funcionamento um centro produtivo de torres eólicas de concreto na cidade de São Bento do Norte, no Rio Grande do Norte. A fábrica produzirá 149 torres de concreto, em uma área de 50 mil metros quadrados, e gerará cerca de 350 empregos diretos e 150 indiretos, levando grandes benefícios para as

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cidades de São Bento do Norte e Pedra Grande.

A nave principal da fábrica contará com um prédio de 60 mil metros quadrados, equipados com pórticos sobre trilhos com capacidade de até 40 toneladas, para movimentar os elementos pré-moldados no interior da fábrica e no pátio de estocagem. A produção dessas torres consumirá mais de 60 mil metros cúbicos de concreto e 8.500 toneladas de aço.

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Investimentos

Startups now uma grande opção de investimento

Empresas de tecnologia potiguares ganham o mercado brasileiro com produtos inovadores e recebem investimentos por Louise Aguiar

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As startups já são consideradas o setor mais próspero da economia mundial da próxima década. Este é o melhor momento para investir em uma empresa do futuro, segundo o levantamento feito com 5.200 entrevistados com patrimô-

nio acima de um milhão de dólares, o World Wealth Reporter, da consultoria Capgemini. No Brasil, elas já se tornaram a melhor opção de investimento e o Rio Grande do Norte se diferencia com duas startups de enorme potencial:

Investimentos

Findme, pelo segundo ano consecutivo entre as 100 empresas inovadoras mais promissoras do país e Surfmappers, com uma comunidade virtual ativa de 5 mil usuários, entre fotógrafos e surfistas.

A pesquisa indica que este segmento só vai perder para os serviços financeiros – 35,7% dos entrevistados acreditaram que este é o setor que mais renderá milionários nos próximos anos. Em contrapartida, 30,9% dos pesquisados acreditam ser a Alta Tecnologia o segundo setor mais próspero da próxima década. No Brasil a expectativa também é otimista: a Anjos do Brasil divulgou os resultados atualizados de uma pesquisa sobre o perfil dos

investidores anjo no país e perspectivas para 2017, que mostrou um potencial de investimento de R$ 1,7 bilhão.

A Findme, fundada em 2014 por um grupo de empresários potiguares, certamente estará entre as startups brasileiras a receber investimentos nos próximos anos. Nascida durante o Startup Weekend, promovido pelo Sebrae em fevereiro de 2014, a empresa começou com a ideia de criar um equipamento para trazer mais segurança aos pais de crianças pequenas.

“Começamos com as Findme tags, mas desde sempre sabíamos que este não seria nosso produto principal. Essa ideia inicial era fazer com que as pessoas tivessem mais controle sobre seus objetos, crianças pequenas, animais de estimação e idosos, com etiquetas que eram coladas e sempre que se perdesse, era possível encontrar pelo QR code, que ficava armazenado em nosso banco de dados”, explica Breno Fontes, um dos diretores.

Mas como esta era uma ideia secundária e acabou se tornando difícil colocar este produto no mercado, os sócios potiguares passaram a investir no que se tornaria o produto principal da Findme, e que hoje a alçou ao posto de uma das 100 empresas mais promissoras para se investir no Brasil pelo segundo ano consecutivo.

O findme, que leva o mesmo nome da empresa, é um software que se tornou a solução para gestores e grandes empresas que precisam fazer rotas em seus turnos de trabalho. O exemplo mais clássico são os seguranças privados, que precisam cumprir certas rotas em condomínios e grandes estabelecimentos.

“Com o findme é possível acompa-

nhar em tempo real se o funcionário está cumprindo a rota, seu índice de eficiência, turno, quanto tempo passa em cada tarefa. A partir do desenvolvimento desse produto começamos a faturar”, conta Fontes.

Outro exemplo de uso da ferramenta é para equipes de limpeza: o gestor poderá saber quanto tempo seu funcionário passa limpando determinando ambiente e com isso redistribuir tarefas e turnos de trabalho. Segundo Breno, os meios de controlar essas atividades ainda são muito arcaicos em todo o Brasil e o software aparece como solução rápida, fácil e barata. “É uma maneira inteligente de monitorar funcionários e está virando o produto principal da nossa empresa”, registra o empresário. Para se ter uma ideia de como o segmento ainda funciona de maneira arcaica, no caso das empresas de segurança o padrão é uma tecnologia chamada bastão de ronda. Na parede dos condomínios ficam os bottons e o segurança precisa encostar o bastão no local para comprovar que completou a ronda.

“Essa tecnologia nos dá apenas a informação de que ele foi lá, mas nada mais. A nossa solução utiliza bluetooth e GPS ao mesmo tempo e o funcionário utiliza o crachá inteligente e um aplicativo no celular para se comunicar com o aparelho que instalamos no local – o beacon. Esse beacon detecta a informação e envia para nosso servidor com todas as informações de quanto tempo ele passou lá, a tarefa que executou e a partir daí montamos um relatório inteligente para o cliente”, detalha Breno.

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Investimentos

Surfmappers traz plataforma segura de compra e venda de fotos de surf Fundada em janeiro deste ano pelo empresário Victor Fernandes, a Surfmappers é outra startup potiguar que está em franco crescimento e atraindo investidores do Brasil. Considerada um marketplace para fotógrafos de surf, a plataforma funciona como ferramenta de trabalho para o fotógrafo para conectá-lo com seus clientes, os surfistas. Lá, o fotógrafo cria seu portfólio e tem disponí18 >

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vel um e-commerce para vender suas fotos em qualquer lugar do mundo.

“Nosso objetivo é nos tornarmos a melhor plataforma de trabalho para fotógrafos de surf do mundo”, destaca Victor Fernandes. O crescimento tem sido gradual, principalmente com o feedback dos clientes.

“Temos crescido e evoluído a plataforma com os depoimentos de clientes que conseguiram

Investimentos

Victor Fernandes: ideia já rende faturamento e fideliza 5 mil usuários na rede

aumentar as vendas com o uso do Surfmappers”, emenda.

O empresário não quer apenas atingir fotógrafos e surfistas de todo o Brasil, mas do mundo inteiro. Na plataforma há fotos catalogadas de todos os estados do Brasil, do Ceará ao Rio Grande do Sul, além de quatro outros países. A plataforma já está disponível em português, inglês e espanhol e os pagamentos podem ser realizados por meio de transferência, PagSeguro ou PayPal – ampliando o alcance da ferramenta.

O portal oferece um canal para compra e venda de fotos de surf de forma

transparente, ágil e segura e o melhor – de graça. Em formato beta, está em constante transformação para melhor atender os clientes. O fotógrafo, profissional ou amador, faz fotos de surf e as disponibiliza no Surfmappers para venda. Após indicar a data, local e preço das fotos, elas ficarão automaticamente disponíveis para os surfistas.

Surfistas da comunidade poderão visualizar as fotos em tamanho reduzido e com uma marca d’água sobre a imagem. Ao efetuar a compra, eles receberão automaticamente a foto original e sem marca d’água em seu e-mail. O paga-

mento é realizado online por boleto, cartão de crédito ou débito. O surfista recebe as fotos logo após a confirmação do pagamento. O fotógrafo recebe 90% do valor diretamente em sua conta corrente e a plataforma fica com uma comissão de 10%. Não há limite no número de fotos para venda.

“No Surfmappers estamos buscando o nosso espaço no cenário nacional, fotógrafos de diferentes lugares estão usando recorrentemente a plataforma e isso atrai muitos surfistas daquela região, todo mundo que usa gosta, então recomenda pro amigo”, finaliza Fernandes.

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Investimentos Ida para São Paulo e processo de aceleração Com o produto principal já desenvolvido, a Findme conseguiu alguns clientes do ramo de segurança em Natal, mas logo os sócios viram que o grande mercado estava mesmo em São Paulo. Enquanto em Natal uma grande empresa de segurança tinha em torno de mil funcionários, na capital paulista isso significava uma empresa de pequeno porte.

“Começamos a participar de eventos em São Paulo e entramos na lista das 100 maiores startups para receber investimentos do país. Depois de um ano em um processo de encubação no IFRN, fomos atrás de um processo de aceleração”, relata. O processo de aceleração se deu com a Ace – maior aceleradora de startups da América Latina, depois de a empresa abrir um edital junto ao grupo Algar, de Minas Gerais.

Os potiguares foram uma das únicas startups do Brasil dentro do segmento “internet das coisas” que se encaixaram no processo de aceleração da Ace. Conforme explica Breno, tal processo ainda é incipiente no Brasil, mas tem como objetivo selecionar startups com modelo de negócio e produto bem definido e clientes satisfeitos e acelerar para dar um

Gabriel e Diogo: Mudança para São Paulo, onde aceleram o projeto Findme

gás nas vendas e comunicação.

Desde que entrou em processo de aceleração, poucos meses atrás, a Findme já cresceu em torno de 10 vezes. Atualmente são sete clientes entrando na empresa e outros 14 na fila para serem atendidos. “Hoje fazemos parte da Associação Brasileira de Segurança, participamos de reunião com as maiores empresas de segurança do Brasil e com isso prospectamos muitos clientes. Estamos co-

meçando um projeto piloto com a GPS, a maior do Brasil”, comemora Breno.

Entre os clientes da Findme estão Marseg, RN Segurança, Fortaleza Segurança e em São Paulo a Sant Fer e Grupo Tivit. Dos cinco fundadores da empresa, apenas quatro se mantém nas operações – dois moram em São Paulo e dois em Natal. Além de Breno Fontes, diretor de operações, há ainda Diogo Vinícius, Reginaldo Silva e Gabriel Ranyer.

Investidores anjo devem crescer 4% ao ano no Brasil Ainda segundo a Anjos do Brasil, ao final de 2015 foram contabilizados 7.260 investidores anjos no país, com uma previsão de crescimento de 4% ao ano. E o mais interessante: a pesquisa também levantou os setores de interesse dos investidores e que mais uma vez foi de encontro aos resultados apontados pela Capgemini.

Cerca de 52% dos entrevistados responderam ter interesse na área de TI; 36% em aplicativos para smartphones; 43% em saúde/biotecnologia; 41% em educação; 36% em e-commerce; 37% em energia; 27% em entretenimento e indústria e 23% em outros setores.

Um claro retrato de que investir em startups é o caminho e será o melhor caminho muito em breve.

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Investimentos

Startup potiguar participa de programa do governo dos Estados Unidos A startup potiguar AgroMarra, que está desenvolvendo um aplicativo para otimizar a gestão de fazendas agropecuárias, foi um dos projetos digitais do Brasil selecionados para participar do Young Leaders of the Americas Initiative (YLAI), um programa do governo norte-americano idealizado por Barack Obama para capacitar empresários e líderes inovadores. O projeto é resultado da Trilha Apollo 13 – Missão Agrotech, uma metodologia desenvolvida pelo Sebrae no Rio Grande do Norte no ano passado para levar empreendedores a descobrir novas oportunidades de negócios e a criar soluções inovadoras para problemas do agronegócio.

A proposta do programa YLAI é promover o desenvolvimento econômico e social das comunidades. A iniciativa consiste em um processo de imersão de quatro semanas, que começa na segunda quinzena de outubro, com profissionais de várias organizações americanas para trabalhar

em conjunto com a startup, desenvolvendo um plano de ação a ser implementado após o retorno ao seu país de origem, além de participação do empreendedor em vários encontros e conferências.

A startup potiguar vai participar da turma 2016 do programa, que espera gerar 1 bilhão de dólares com as empresas e empreendedores sociais emergentes até o final de 2017, ajudando os participantes a atrair investimentos e recursos para os seus negócios, além de promover treinamentos e oportunidades de networking entre os demais participantes e empresas seniores que estão vinculadas ao programa.

Três empreendedores estão à frente da AgroMarra, Diego Fernandes, Lucas Gurgel e Ystallonne Alves, e este último representará a startup nos Estados Unidos. Todas as despesas do programa são custeadas pela Secretaria de Estado do Governo dos EUA e os treinamentos presenciais acontecem nas cidades de Dallas

e na capital Washington. “O programa nos dará uma projeção internacional. Esperamos que a participação proporcione a expansão do negócio em âmbito internacional em função da rede de relacionamentos. Além de conhecimentos adquiridos no programa, queremos potencializar novos negócios e atrair investidores”, diz Diego Fernandes.

Segundo Lucas Gurgel, outro sócio do projeto, participar do projeto será uma maneira de divulgar a AgroMarra para atrair novos clientes. “A seleção para este programa foi bastante difícil e criteriosa e ter sido selecionado mostra que estamos no caminho certo”. O empreendedor Ystallonne Alves, que vai participar dos treinamentos em solo norte-americano, acredita que será grande oportunidade de conhecer lideranças americanas. “O acesso a grandes empresários e o networking promovido pelo programa vão ajudar bastante no processo de internacionalização da empresa” Julho Agosto 2016 <

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Chapéu Investimentos

Missão

Empreendedores apostam em ideia e ganham capacitação internacional

Aplicativo

Isso porque o projeto AgroMarra apresenta consistência. Os três jovens estão desenvolvendo um aplicativo, que leva o nome do projeto, capaz de auxiliar no gerenciamento de rebanhos. O app auxilia na gestão da propriedade ao reunir informações personalizadas sobre cada animal.

Através de um QR Code que é etiquetado no rebanho e abastecido com informações, o produtor tem acesso instantâneo a dados precisos, como peso, produtividade e ciclo reprodutivo de cada um dos espécimes do plantel. Os relatórios ajudam na gestão administrativa e financeira da fazenda, minimizando custos.

Além do aplicativo, há a opção de usar a web como plataforma para acessar as informações.

O aplicativo já funciona em fase de testes, mas, será lançado oficialmente na Festa do Boi, prevista para 22 >

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ocorrer em outubro. Antes mesmo do lançamento, o app já tem uma lista de espera com cerca de 400 clientes, a maioria criadores potiguares e nordestinos, mas também de estados de outras regiões, como é o caso do Acre, Goiás, Mato Grosso e Pará.

Além de vencer a Trilha Apollo 13, os empreendedores também participaram da Like a Boss, competição realizada na Campus Party em fevereiro, na qual a AgroMarra foi finalista e eleita uma das 18 melhores startups do evento. Há três meses, a startup está em processo de incubação na Incubadora Tecnológica Natal Central, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRN), que está ligada ao Programa de Incubadoras do Sebrae. Esse acompanhamento e suporte dado ao projeto tem duração de dois anos.

Para o gestor do Programa de Tecnologia da Informação e Comunicação (Protic) do Sebrae-RN e coordenador da Trilha Apollo 13, Carlos Von Sohsten, a AgroMarra é um exemplo da importância de incentivar a criação de startups voltadas para sanar problemas dos setores produtivos. “A proposta da Trilha Apollo está se concretizando ao formar empreendedores capazes de implementar projetos inovadores a partir de startups. Temos a satisfação de ver a consistência do Sebrae nesse segmento, apoiando, incentivando tanto quem já tem uma ideia de negócio quanto quem não tem ideia nenhuma, como foi o caso dos jovens da AgroMarra. Tudo surgiu na Missão Agrotech”, ressalta o gestor.

Os jovens empreendedores também reconhecem esse suporte. “Tudo aconteceu devido ao Sebrae que nos estimulou a pensar e criar uma startup, assim como entrar no processo de incubação.

Antes Não tínhamos a menor ideia do que criar e conseguimos ter um projeto interessante que foi vencedor da trilha”,revela Diego Fernandes. O prêmio da competição foi uma viagem ao Vale do Silício, onde os três rapazes conheceram as maiores empresas digitais do planeta. “Muito da administração e gestão da nossa startup está baseada no que vimos por lá”.

Serviço http://www.rn.sebrae.com.br http://www.facebook.com/SebraeRN http://www.twitter.com/SebraeRN Call Center: 0800 570 0800 Agência Sebrae de Notícias (ASN RN): 84 3616-7873 | 3616-7873

Chapéu Capacitação

Empretec desperta potencial empreendedor de 6,1 mil potiguares Em 18 anos, o Sebrae capacitou 6.114 pessoas através do seminário Empretec, que trabalha as características do comportamento empreendedor O Sebrae no Rio Grande do Norte ultrapassa a marca de 6,1 mil empreendedores capacitados no Empretec, seminário com metodologia desenvolvida pela Organização das Nações Unidas (ONU) e implementada no Brasil com exclusividade pelo Sebrae. Desde a primeira turma no estado, em 1998, o seminário vem desenvolvendo as características do comportamento empreendedor dos potiguares e ajudando a identificar novas oportunidades de negócio.

A próxima turma do seminário será realizada em Natal no período de 19 a 24 de setembro. As inscrições já estão abertas pelo 0800 570 0800.

Serão 25 vagas abertas para 245ª turma, cujo período de entrevistas com os candidatos ocorre na semana anterior à capacitação, ou seja, de 12 a 16 de setembro. O processo de seleção acontece em duas etapas. Primeiro, é preciso preencher um formulário de inscrição que pode ser solicitado através da Central de Atendimento ou disponibilizado na sede da Instituição. O investimento é de R$ 1 mil, que pode ser parcelado em até dez vezes no cartão de crédito.

As entrevistas, que são pré-requisito para participação na capacitação. O seminário é voltado para quem tem vocação empreendedora e pretende abrir um negócio. A carga horária é de 60 horas, dividas em seis dias de imersão, no qual o participante é desafiado em atividades práticas, cientificamente fundamentadas, que apontam as atitudes de um 24 >

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Conceição Moreno destaca que capacitação ajuda desempenho empresarial

empreendedor de sucesso.

O foco é desenvolvimento de características de comportamento empreendedor, identificando novas oportunidades de negócios, tendo como base nas características comportamentais empreendedoras: busca de oportunidade e iniciativa; persistência; correr riscos calculados; exigência de qualidade e eficiência; comprometimento; busca de informações; estabelecimento de metas; planejamento e monitoramento sistemáticos; persuasão e rede de contatos, e, independência e autoconfiança.

De acordo com a coordenadora do Empretec no RN, Conceição Moreno, o seminário contribui tanto para o cres-

cimento de alguém que já possui uma empresa quanto pode influenciar a carreira de quem ainda não é empresário.

“Quem participa do Empretec tem grandes melhorias no desempenho empresarial, apresentam maior segurança na tomada de decisões e ampliam a sua visão empreendedora aumentando novas oportunidades”, destaca.

O Seminário Empretec é promovido em 34 países. No estado, o Empretec é realizado desde 1998. Depois da capital, será a vez de Mossoró e Assú, que realizam o seminário simultaneamente no período de 17 a 22 de outubro, seguidos de Currais Novos, onde acontece na semana que vai de 24 a 29 de outubro.

Construção

Mercado imobiliário inicia retomada em Natal Diminuição de 45% no estoque de imóveis da capital anima empresários, que acreditam no retorno da confiança do consumidor e em um segundo semestre mais promissor para o segmento Com o fim do primeiro semestre de 2016, a economia parece dar sinais de recuperação e a confiança do consumidor recomeça uma curva crescente. No Rio Grande do Norte, particularmente em Natal, o mercado imobiliário já começou a sentir os indícios de que um novo momento está por vir. De acordo com última pesquisa divulgada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil 26 >

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(Sinduscon), o estoque de imóveis existente no mercado foi reduzido em 45% em relação a junho de 2015, um claro sinal de que o consumidor voltou a investir em imóveis.

Segundo o diretor de mercado imobiliário do Sinduscon, Francisco Vasconcelos, os empresários vêm observando uma retomada da procura por casas e apartamentos nos últimos meses, o que se refle-

tiu na última pesquisa do IVV – Índice de Velocidade de Vendas, respondida por 28 empresas associadas ao sindicato.

“Tivemos uma subida no IVV de 4% para 6,32% em junho, um número muito bom se considerarmos as pesquisas anteriores. Os estoques continuam se reduzindo e a estimativa é que caia ainda mais”, prevê o empresário, um dos diretores da construtora Constel.

Construção Indicadores

Francisco Ramos, da Constel, aponta mais vendas e aceleração

Aos se analisar os dados do último trimestre, é possível perceber a crescente que o mercado protagonizou no mês de junho. O IVV dos imóveis residenciais saiu de 5,73% em abril para 4,38% em maio e subiu para 6,32% em junho.

Nos comerciais, os números foram ainda mais animadores. O IVV saiu de 3,14% em abril para 15,61% em maio e chegou a 8,43% em junho. Embora tenha tido uma queda expressiva no mês de junho, o IVV comercial registrou alta nos meses de abril e maio. O fechamento deste trimestre foi 6,3 pontos percentuais superior ao do último mês do primeiro trimestre.

O índice atingido em maio foi o maior desde o início do estudo, em julho de 2013.

Para Francisco Vasconcelos, o processo de impeachment – que pode confirmar o afastamento definitivo da presidente Dilma Rousseff ainda este mês – deve contribuir para uma mudança nos

rumos da economia, trazendo o retorno definitivo da confiança do consumidor. “Essa confiança é primordial para que o brasileiro e o potiguar voltem a procurar e investir em imóveis”, pontua.

Os sinais apresentados na pesquisa do Sinduscon indicam perspectivas melhores para este segundo semestre e o início do ano que vem, e deixaram os empresários do setor mais otimistas. Fala-se até em, caso o estoque de imóveis chegue perto de zero, as construtoras voltarem a lançar novos produtos no mercado.

“Estamos com todo o estoque em promoção, então a melhor hora de comprar é agora. Depois que esse estoque zerar, novos lançamentos virão e pela lei de oferta e procura, a tendência é que essas promoções atuais acabem. Então quem ainda está na dúvida, este é o melhor momento para realizar o sonho do apartamento ou casa própria”, acrescenta Vasconcelos.

A oferta de imóveis residenciais caiu ao longo do trimestre abril-junho como reflexo das vendas e a falta de lançamentos no período. A oferta de imóveis saiu de 2.843 em abril para 2.877 em maio e voltou a cair para 2.816 em junho. Já os comerciais sofreram queda nos três meses da pesquisa: saíram de 414 unidades em oferta em abril, para 410 em maio e 356 em junho.

Quase 90% da oferta de imóveis se concentra em Natal e Parnamirim. Em Natal, a maior parte da oferta de imóveis residenciais está em bairros da Zona Sul. Segundo a pesquisa, Natal tinha, entre abril e junho, 1.477 unidades para venda, respondendo por 52,5% do total disponível.

Parnamirim apareceu em segundo lugar com 1.020 unidades e 36,2% do total.

Apesar de o IVV ter crescido em junho, no trimestre abril-junho foram vendidas 467 unidades residenciais, 82 a menos que no primeiro trimestre. Isso representa uma queda de 14,9% nas vendas neste segundo trimestre comparado ao primeiro.

O retrato é oposto nos comerciais: o acumulado de vendas no segundo trimestre de 2016 (107 unidades) foi 613,3% maior que as vendas do primeiro trimestre (15 unidades). As maiores vendas do trimestre ocorreram em maio e junho (64 e 30 unidades respectivamente).

Cidades Mais de 97% das vendas em junho de 2016 ocorreram em Natal e em Parnamirim.

A grande maioria das vendas em Natal aconteceu em bairros da Zona Sul. Fora da Zona Sul, o bairro com maiores vendas foi Nossa Senhora se Nazaré com 11,8% do total.

No mês de junho os apartamentos foram os imóveis que mais venderam proporcionalmente, 8,9% das unidades ofertadas. Em seguida aparecem os imóveis comerciais com 8,4%. Os lançamentos, entretanto, ficaram em zero nos três últimos meses tanto para os residenciais quanto comerciais.

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Chapéu Economia

Empenho do governo garante

novos voos para o RN GOL e LATAM confirmam novos vôos e pretendem manter projeto de expansão no estado, apesar da crise nacional Mesmo com a retração na quantidade de voos e fluxo de passageiros em todo o Brasil, o Rio Grande do Norte ganha novos ares. No início de agosto, o governador do Estado, Robinson Faria, e o secretário de Estado do Turismo, Ruy Gaspar, estiveram em São Paulo para visitar companhias aéreas e sensibilizá-las da importância da retomada de voos diretos para o RN. E, apesar da queda generalizada no país – de 6,63%, de janeiro a julho de 2016, se comparado com o mesmo período de 2015, de acordo com a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear)-, as duas principais companhias aéreas do país anunciaram movimentos significativos em suas operações. A Gol confirmou novos voos diretos do RN com destino a 28 >

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Congonhas (SP), Salvador (BA) e Fortaleza (CE), num total de 18 frequências semanais, incluindo sábados e domingos, começando a operar a partir de 1° de setembro. Já a LATAM, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), apresentou solicitação de autorização, também para implementação de novos voos entre o RN e o CE para outubro.

“Sabemos das dificuldades do cenário nacional, mas estamos empenhados em fortalecer cada vez mais o turismo.

E o governador, que desde o início de sua gestão tem foco intenso no setor, nos acompanhou em mais essa articulação determinante para a conquista de novos voos domésticos”, comemora o secretário. “Nossas perspectivas são ainda mais positivas devido ao resultado da recente

pesquisa do Ministério do Turismo que coloca o Nordeste como o destino mais desejado para os próximos seis meses”, revela o gestor.

A pesquisa a que se refere o secretário é uma Sondagem do Consumidor para Intenção de Viagem, encomendada, no último mês de julho, pelo Ministério do Turismo, realizada pela Fundação Getúlio Vargas. O trabalhou percorreu as grandes cidades brasileiras para verificar a perspectiva de intenção dos brasileiros em viajar nos seis meses seguintes. Dos entrevistados, 21,9% pretendiam viajar no período destacado; desses, 78,4% visitariam destinos nacionais, com a região Nordeste na primeira colocação de intenções com 44,8%, seguida do Sudeste com 23,7% do interesse.

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Artigo

Elbia Melo - Presidente da ABEEólica

Brasil um potencial gigante de produção de energia eólica A energia eólica é a energia produzida através da força dos ventos, que transforma energia cinética em energia elétrica.

Muito recente no Brasil, esta fonte de energia já vem contribuindo em grande grau para o desenvolvimento do país, abastecendo nos dias de hoje cerca de 4 milhões de lares brasileiros, ou 12 milhões de pessoas o que corresponde a uma cidade do tamanho de São Paulo.

Embora venha sendo pesquisada há mais de 50 anos, a energia eólica economicamente viável é relativamente nova, não possui mais de 20 anos e teve como seu principal percursor os países europeus com destaque para a Dinamarca e Alemanha. Foram esse países que no início da década de 1990 fizeram grandes esforços em tecnologia com o objetivo de produzir energia a partir de fontes renováveis e, portanto, de recursos naturais como o vento e o sol. A Europa a partir da segunda grande crise do petróleo, ocorrida no final dos anos 70, percebeu a sua forte dependência energética na medida em que utilizava para a produção de energia elétrica o carvão e os derivados do petróleo, sendo esses insumos importados.

No início dos anos 90, com o objetivo de reduzir essa dependência e ter mais autonomia na produção de um insumo vital para qualquer economia, a energia elétrica, os países europeus fizeram grandes investimentos na produção de tecnologia das até então chamadas fontes alternativas. Tais fontes trariam naturalmente por um lado a independência desses países em termos energéticos e, portanto, maior segurança nacional e, por outro, a possibilidade de produção de energia a partir de fontes limpas e renováveis contribuindo para a redução da emissão de CO2 e o consequente aquecimento global.

Por possuir um drive diferente e um tempo diferente, o Brasil por sua vez iniciou fortes investimentos na fonte eólica a partir do final da década de 2010, uma vez que a produção de energia do país sempre obedeceu o quesito de independência energética e de baixa emissão CO2, dada a grande fatia da produção de energia elétrica do Brasil proveniente de uma fonte renovável, a hidroeletricidade.

Em tempos que os grandes potenciais hidrelétricos estão se tornando cada vez mais escassos e que a necessidade de aumentar a oferta de energia para atender o mercado brasileiro muito crescente, em termos de consumo de energia, o Brasil vem diversificando fortemente sua matriz elétrica, construindo um mix de geração de energia com forte predo-

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minância hidrelétrica e inserindo cada vez mais outras fontes renováveis. É neste contexto que a indústria de energia eólica brasileira, que teve seu início a partir de 2009, vem ocupando capa vez mais espaço no país, sendo hoje a segunda fonte mais competitiva e também a mais contratada. Foram contratados desde 2009, a partir do primeiro leilão competitivo com participação eólica, mais de 12 GW de capacidade eólica instalada, isto significa cerca de 10% do que o Brasil possui hoje somando todas as demais fontes, como nuclear, hidrelétrica, carvão, biomassa e outras. A energia eólica hoje já instalada representa cerca de 4% do total de energia para o sistema e vai crescer fortemente nos próximos anos podendo chegar a cerca de 10% em 2018. Em termos de potencial, a possibilidade de produção de energia eólica no Brasil é quase infinita, temos potencias eólicos de altíssima qualidade no Nordeste e Sul do país, e, mais recentemente, os estudos eólicos têm apresentado potenciais em São Paulo, Minas Gerais, Espirito Santo e outros estados que estiveram fora da rota da energia dos ventos no passado. Com essa velocidade de crescimento, em breve, o país vai estar entre os líderes mundiais na produção e no investimento em energia eólica. O Brasil encerrou o ano de 2013 como 13º colocado no ranking mundial de parques eólicos instalados, sendo neste ano o sétimo país que mais instalou novos parques de energia eólica, abaixo, somente, da China, Alemanha, Reino Unido, Índia, Canadá e EUA. Para 2014, estimamos encerrar o ano entre a nona e décima posição do ranking, sendo um dos cinco primeiros em termos de novos parques instalados e, consequentemente, em investimentos. A energia eólica é uma fonte limpa e renovável, que gera empregos e renda para o Brasil.

Até hoje, considerando a capacidade já instalada, foram criados mais de 70 mil empregos. Do ponto de vista socioeconômico, a geração de empregos e renda em regiões carentes demonstram um papel relevante das externalidades positivas decorrentes da geração eólica.

Embora venha enfrentando grandes desafios, a indústria, hoje em franco processo de consolidação, ainda precisa superar alguns entraves, como os problemas de logística para o transporte de equipamentos. Esses desafios podem ser considerados como “bons desafios”, pois estamos os enfrentando a fim de avançar para cumprir uma próxima etapa desta indústria virtuosa, alcançando a sua sustentabilidade de longo prazo.