M ai o d e 2012 . e d i ç ão n º11
revista
Natal/RN, maio de 2012. Ed. nº11
R E V I S TA G L A M
JURACI LIRA RENATO TELES E AS TESOURADAS DE GETÚLIO SOARES MODA DURANTE A SEGUNDA GUERRA E UMA VIAGEM A NATAL DOS ANOS 40 LONDRES 2012, MINAS TREND, CARUARU E FASHION RIO
Poder Classicos O
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editorial
Por que amamos os
CLÁSSICOS “Você já escolheu seu cloche para ir dançar ançar o charleston? Que bacana! Mas tem que tomar cuidado do com os gorilas pra ninguém ir parar no xilindró”...oi? Imagino magino que o leitor deve estar se perguntando em que língua ua foi escrita essa frase. Para explicar melhor, imagine-a, hipoteticamente, fazendo uma viagem no tempo igual ao filme “Meia-Noite em Paris”, de Woody Allen, que conta a história de um roteirista de cinema tentando se estabelecer belecer na França para escrever um romance, mas de forma ma mágica viaja de 2010 aos anos 1920 do século anterior, e reencontra seus ídolos da época, como Hemingway, Scott e Zelda Fitzgerald, Salvador Dali, Joséphine Baker... As palavras acima também são de tempos e culturas diferentes; algumas, de tão velhas, já figuram no divertido “Pequeno dicionário brasileiro ro da língua morta”, de Alberto Villas. Mas o passado ado sempre encontra novos caminhos de volta. É o caso de 'bacana', que com certeza é do tempo do seu avô. Não é...bacana?! Assim também é o mundo da moda. Como forma de expressão artística, é natural que m estilistas, criadores e fotógrafos mergulhem o no passado para criar algo novo e repleto de frescor, que nada tem de nostálgico.
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índice É uma reconstrução da memória e da afetividade humana — como tão bem definiu o arquiteto Renato Teles em entrevista à GLAM. O mundo, a moda e nós também estamos nessa 'vibe', uma verdadeira mania de clássicos. Em reportagens de Tádzio França e Gladis Vivane, voltamos a 1940 para contar um capítulo de nossa história que foi a chegada dos norte-americanos por aqui durante a Segunda Guerra mundial. A partir de dois olhares, a reportagem mostra como a moda, os costumes e a cultura local também sofreram influências e contribuíram de alguma forma para aquele pequeno mundo formado por jovens norte-americanos. A moda brasileira também tem resgatado as franjas, pérolas, plumas e o estilo melindrosa ou, como são conhecidas na moda as “flappers girls”, que caracterizaram as jovens dos anos 20. Aproveitamos para revisitar o clássico vestido de gala, no editorial Bonequinha de Luxo com Monique Rêgo fotografada no Hotel Majestic. Reunimos as melhores 'tesouradas' do cabeleireiro Getúlio Soares, uma figura que é a cara do Plano Palumbo. A costureira Juraci Lira ganha um perfil emocionante sobre seus 20 anos de moda assinado pelo repórter Paulo Araújo. O dream team se completa com a matéria “Moda e Olimpíadas”, de Márcio Rodrigo Delgado, direto de Londres, e os textos com as atrizes Nathália Klein e Titina Medeiros, assinadas por Yuno Silva. E Caruaru, no agreste pernambucano, também ganhou reportagem assinada por João Bezerra, que foi conferir de perto um dos maiores pólos de moda do Brasil. É a GLAM fazendo história, a nossa! CINTHIA LOPES, EDITORA
reportagens Londres: Das passarelas para o Esporte
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Tendências: Fashion Rio e Minas Trend
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Os anos 40 na Esquina do Continente
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Natal e a moda nos tempos da Guerra
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Modelando para o futuro
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editoriais A liberdade é verde Águias em pouso na Base Aérea de Parnamirim Bonequinha de luxo
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Fera Radical
120
Tendências e Shops Glam
161
gente e mais As reinações de Renato Teles
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Juraci Lira: 20 anos esta noite
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O olhar detalhista de Lourdinha Alencar
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Nathália Klein, a adorável retrô
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Maria do Socorro chegou para ficar
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beleza A Liga das Ruivas
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As Tesouradas de Getúlio Soares
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Makes e mais
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glam mossoró Lílian Moura: Primeira, única
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Editorial sombras de inverno
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Giros e muito mais
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As lentes de Mathws Aires
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nossa capa
MONIQUE RÊGO VESTE JAQUETA LE LIS BLANC, SAIA BÁRBARA DESIGN PARA GUILHERMINA, PELE MAISON YOLLA, PULSEIRAS JURACI LIRA E CLUTS SOL BIJOUX. FOTO: LUÍS MORAIS NO HOTEL MAJESTIC
GEORGE AZEVEDO georgeazevedo@tribunadonorte.com.br
expediente Direção geral George Azevedo Editora executiva Cinthia Lopes cinthialopes@tribunadonorte.com.br Textos e reportagens Cinthia Lopes, Paulo Araújo, Tadzio França, Gladis Vivane, George Azevedo, Márcio Rodrigo Delgado, Yuno Silva, Priscilla Luna, Florence Melo e Georgiano Azevedo Capa Luís Morais Fotografia de moda e reportagens Luís Morais, Humberto Lopes, Aurino Neto, Mathws Aires, Eduardo Kennedy e Luciano Toscano Contato comercial e cartas Rua Alberto Silva, 1317 - 1º andar Lagoa Seca - Natal/RN 84 3206.3052 Projeto Gráfico e Diagramação Terceirize Projetos Gráficos 84 3211.5075 (www.terceirize.com) Tiragem 15.000 exemplares Impressão Halley Gráfica e Editora
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MODELO
FICHA TÉCNICA EDIÇÃO DE MODA: GEORGE AZEVEDO FOTOS: LUIS MORAIS STYLING: WAGNER KALLIENO ASSISTENTE: LUIS HENRIQUE AZEVEDO BELEZA: WAGNER KALLIENO MODELO: MONIQUE REGO
Nasce uma Top model
MONIQUE REGO
Lá no pé da serra de Portalegre se avista a pequena Riacho da Cruz, povoada por portugueses e hoje um dos menores municípios do Rio Grande do Norte. Com pouco mais de 3 mil habitantes, era até difícil imaginar que tivesse encantos mil, como a bela Monique Sandrielly Rêgo. Rosto clássico, Monique reforça a proposta atemporal da edição e chega para “quebrar” as regras. Uma delas: até hoje, foi a mais nova top da capa de Glam. Em 2008, aos 14 anos, venceu o concurso Tráfego Look. Foi o começo de uma bela carreira. No ano seguinte foi uma das vencedoras do Beleza Mundial by John Casablanca 2009, promovido pelo midas das top models, o homem que lançou Cindy Crawford, Cláudia Schiffer, Linda Evangelista e Gisele Bündchen. Seu 3º lugar lhe garantiu o contrato com a agência Joy Models, do próprio Casablanca. Nos três anos que morou em São Paulo, fez trabalhos para Zoomp, Impala, Casa dos Criadores, São Paulo Fashion Week, editoriais para as revistas Criativa, Capricho e Marie Claire. Aos 18, Monique está de volta a Natal para terminar os estudos. Enquanto completa o último ano do ensino médio, ela se prepara para a carreira internacional. Coisa que não está longe de acontecer.
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JOGOS OLÍMPICOS
Na Passarela da Moda, atletas posam com uniforme britânico assinado pela filha de Paul McCartney
Das passarelas para as quadras de
ESPORTE Competindo em elegância, vários países investem em estilistas e grifes para a confecção de uniformes dos Jogos Olímpicos de Londres POR MÁRCIO RODRIGO DELGADO | Londres Nos últimos meses virou moda falar dos Jogos Olímpicos em Londres. Se o trânsito atrasa, foi alguma obra relacionada ao período esportivo que vem por aí. Se o transporte público sofre alguma interrupção é algum reparo que está sendo feito. Se o aluguel aumenta, foi por causa dos jogos também. Mas a moda, na sua pura essência, nunca esteve de fato tão próxima quanto nesta edição dos jogos olímpicos, programada para acontecer em Londres de 27 de Julho a 12 de Agosto. Certamente ela vai ser lembrada como o ano em que as grifes decidiram vestir os atletas dos pés a cabeça. Em março, a estilista Stella McCartney apresentou o uniforme que os atletas do Reino Unido irão usar nos Jogos Olímpicos de Londres e que foi confeccionado a partir de material esportivo da Adidas. Cerca de 500 atletas olímpicos e 350 paraolímpicos vestirão o novo uniforme que foi lançado com o mesmo requinte dos desfiles da alta costura na Torre de Londres, uma fortaleza real da capital inglesa construída em 1078 às margens do rio Tâmisa.
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VERMELHO DA DISCÓRDIA A criação bem que tentou inspirar-se nas cores da bandeira do país, com todas as equipes e atletas, inclusive a seleção de futebol usando uniformes com desenho semelhante. Mas nem mesmo dois anos de pesquisa e desenvolvimento garantiram a Stella, filha do ex-beatle Paul McCartney, a aprovação de público e crítica. A imprensa logo apontaria que a falta da cor vermelha no material esportivo, que ficou restrita a detalhes na gola e nas mangas de algumas modalidades é uma afronta a Gales, que, assim como Inglaterra, Escócia e Irlanda do Norte, integra o Reino Unido. A cor quase esquecida também é usada por Gales em seus uniformes de rúgbi e de futebol. Mas o malfeito dever de casa da estilista aparentemente tem implicações que vão além do resultado estético: segundo o psicólogo esportivo Robert Barton em entrevista ao jornal inglês "The Guardian" o uniforme foi infeliz ao deixar a cor vermelha em segundo plano e a decisão pode inclusive vir a influir nos resultados atingidos pelos atletas. Em 2005, Barton escreveu um relatório que conclui que a performance dos esportistas é melhor quando usam vermelho. ‘Obviamente ela criou o uniforme olímpico sob o ponto de vista da moda e não levou em conta os possíveis efeitos que as cores podem ter no desempenho humano. Mas se levarmos em consideração que há justificativas para o efeito da cor vermelha, comprovadas por cientistas, o resultado final foi um erro’. Com mais estudos em andamento sobre o quesito cores e seus impactos, outro psicólogo esportivo, Dr. Victor Thompson, também acredita que a Grã-Bretanha tenha perdido a chance de dar uma mãozinha aos atletas da casa. ‘Quando o esporte significa tanto para uma nação e a vitória é decidida em milésimos de segundos, nós deveríamos estar fazendo de tudo para ajudar os nossos atletas a conseguir o resultado desejado’, defende o psicólogo explicando que usar a cor vermelha aumenta a auto-estima, contribui para uma atitude mais agressiva e faz com que tenhamos uma sensação de domínio mais apurada – algo que independente de jogos olímpicos facilmente explica o sucesso dos vestidos e batons vermelhos entre o público feminino ao longo dos anos. Outro jornal da Inglaterra, o ‘The Independent’, foi mais além e definiu o uniforme da seleção inglesa como ‘o pior uniforme esportivo da história’.
No alto, a nova camisa Nike da Seleção Olímpica de futebol do Brasil; no centro, o tenista Andy Murray com o polêmico uniforme criado por Stella McCartney, que recebeu duras críticas por ter economizado no vermelho, a cor de Gales. E um dos modelos Ralph Lauren para a seleção dos EUA.
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Stella McCartney, centro, assina o uniforme da seleção britânica
Moderna, Stella McCartney reagiu às críticas através do seu Facebook, defendendo que a sua intenção foi manter a linguagem e a força da bandeira, mas usá-las de forma mais delicada. ‘Olhando para a história dos uniformes britânicos, este é o que tem o maior uso da bandeira e da cor vermelha desde 1984", garante a estilista. Esta não é a primeira experiência de Stella trabalhando com a Adidas. Há alguns anos a estilista lançou, com sucesso, uma linha esportiva. GRIFES NA PASSARELA ESPORTIVA Stella McCartney está muito longe de ser a única sensação na passarela dos jogos olímpicos de 2012. Diversos países parecem ter ido buscar inspiração na moda para agregar valor ao desempenho dos seus atletas, e os nomes de estilistas famosos, antes confinados à revistas de moda, estão em alta demanda na Vogue tanto quanto nas publicações esportivas. Os Estados Unidos optaram mais uma vez pelo clássico uniforme da grife Ralph Lauren para a cerimônia de encerramento. Já a África do Sul está apostando na grife japonesa ERKE para vestir suas equipes em Londres e no Rio de Janeiro, em 2016. A Nike assina os uniformes da seleção brasileira nos dois eventos. E já lançou as novas camisas que Neimar, Ganso e cia vão usar em Londres, que trazem faixas nas mangas. E tem país que está indo mais adiante e abusando dos nomes de peso do mundo da moda. A marca italiana Prada, por exemplo, está por trás do uniforme que os times de iatismo e vela da Itália estarão vestindo durante a competição e o estilista italiano Giorgio Armani é o responsável pelo uniforme da equipe italiana para os Jogos Olímpicos de 2012. A paixão de Armani pelo esporte já rendeu à grife, em 2004, a linha E7. Seja qual for o resultado dos jogos, em julho e agosto, no que depender do quesito moda já tem time competindo seriamente à vitória.
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EVENTO
ESTAÇÕES Apostas das semanas de moda carioca Destaques de inverno no Fashion Rio e Business
África e Japão no mix de Filhas de Gaia
No Brasil tropical onde as estações não estão tão definidas, fazer moda inverno não é tarefa fácil. Quando a questão é tendência, fica ainda mais difícil propor novidades entre uma estação e outra. As semanas de moda de janeiro de 2012 comprovaram isso. No recente Fashion Rio, os destaques na passarela foram para aqueles que adaptaram melhor as tendências internacionais de inverno ao gosto brasileiro, mantendo uma identidade própria. De tudo o que se viu nas passarelas "invernais", algumas inspirações já estão (ou continuam) sucesso nas vitrines, como os brilhos e rendas. O veludo molhado ganha novos usos, e as camisas femininas ressurgem em tecidos mais nobres — leia-se os brocados — e mais sofisticados, que devem fazer a festa desta temporada. Os casacos aparecem mais compridos até a altura dos quadris e devem ser usados sobre vestidos longos ou justos e curtos. A marca Auslander apostou no veludo molhado, tricôs, cobertores, ponchos, jaquetas de couro e diversas estamparias em xadrez, tudo em contraponto com um certo ar de romantismo. O estilista Walter Rodrigues inspirou na austera cultura do povo Amish. Silhuetas novas e modelagens diferenciadas com sobreposições oportunas, tendo as calças como destaque — retas e mais curtas. Pelerines, casacos cropped, coletes, paletós variados e camisas de corte perfeito, trazendo um toque de elegância à coleção do estlista. A marca Ágatha veio com um mix de texturas em patchworks e materiais com destaque para o veludo, que aparece aplicado em paetês e tricôs. As estampas e elementos étnicos e primitivos vindos do oriente também dão um tom forte à temporada. A marca Filhas de Gaia mostrou uma inspiração étnica entre dois mundos: o Japão e o continente
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Giulia Borges
Bianca Marques
Walter Rodrigues
Patachou
Espaรงo Fashion
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Maria Fil贸
Barbarella
Sta Ephig锚nia
Victor Dzenk
Sacada
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africano, formando um mix bastante harmonioso onde as linhas retas do japonismo se misturam com a etnia das estampas de animais. As peças fluídas e fendas estão em muitas peças. A marca mineira Printing trouxe tecidos tecnológicos como rendas prensadas em lãs e couros recortados, tudo com requinte e leveza. Giulia Borges focou no preto, branco e fluor, e o resultado foi surpreendente em vestidos construídos com muitos cortes e recortes. Nica Kessler, mais contida, continua firme nos vestidinhos curtos de pregas, bordados, calças mais folgadas e longões, o novo é a variedade de estampas. Acquastudio e Patachou também buscaram inspiração no Japão com quimonos e formas tradicionais da cultura oriental. Brocados dourados, sedas e cetins brilhantes são sucesso. Andrea Marques retorna com suas estampas animais, florais e de folhas secas em vestidos no melhor estilo lady like mais comportados e longos bem amplos com muita fluidez. Alexandre Herchcovitch apresentou sua linha de jeans wear onde foram mostradas peças trabalhadas em camuflagem, destroyed e o azulzíssimo. Algumas peças apareceram num mix com rendas e tules no melhor estilo lingerie. Quando o assunto é moda, a capital fluminense é a que mais arejada, a que atrai mídias e mais negócios. A próxima edição de verão 2013 será de 22 a 26 de maio de 2012 e a rodada de negócios do Rio-à-Porter ficará entre 22 a 25 de maio. Outra novidade no calendário da moda é que este foi o último Fashion Rio de inverno. A partir do ano que vem, 2013, as coleções desta estação serão apresentadas apenas na SPFW. As temporadas de verão continuam sendo apresentadas no Rio e em São Paulo, somados a dois novos eventos, um em cada capital, dedicados às coleções de altoverão (também conhecidas como cruise ou resort collections).
SENAC RIO FASHION BUSINESS A 19º edição do Fashion Business, evento coordenado por Eloysa Simão, aconteceu também em janeiro no Jockey Club do Rio de Janeiro. O evento continua à frente com sua badadalada rodada de negócios, atraindo centenas de expositores de todo país, e como não poderia deixar de ser, alguns ótimos desfiles. A Cavendish foi uma dessas coleções de destaque, com muitos tecidos brocados, jaqquard, tricôs e veludo devore, em vestidos fluídos e levinhos sob casacos pesados que virou uma tendência do nosso inverno. Sta Ephigênia com sua Tempestade Tropical e muitas opções de vestidos, pantalonas e chemises e ótimas estampas digitais. A cearense Cholet apresentou em sua coleção de inverno excelentes peças em linha reta e quadrados num harmonioso grafismo, em peças soltas ou numa alfaiataria desconstruída. A transparência aparece nas organzas e a leveza em tecidos como seda e musseline. Já os florais saem de cena para dar espaço as estampas digitais. Cholet | 29
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PREVIEW 2013
Um verão doce e
DELICADO
Candy colors, década de 20 e rendas dominam o Minas Trend
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Lembram das aquarelas pintadas na idade escolar? Tintas e água para dilu diluir e logo surgiam nuvens azul-bebê, verde água, rosinha e todos os ton tons pasteis que conhecemos. Esses tons clarinhos vão tornar o próximo ver verão mais doce, alegre e delicado. A tendência, já devidamente batizada de Candy Colors, foi a grande novidade do Minas Trend Preview edição Ver Verão 2013, realizado na última semana de abril em Belo Horizonte-MG. Ae equipe da GLAM esteve por lá e destacou as principais propostas da Sem Semana de Moda mineira. O Candy Colors apareceu até nos sofisticados ves vestidos da estilista alagoana Martha Medeiros, que é famosa pelas suas peç peças femininas de delicada renda renascença. Quem também usou os tons açucarados foi a Chouchou, grife jovem da Pat Patachou cujo preview traz inspiração na Califórnia dos anos 50. Também ade adepta desse “perfume retrô”, a marca de Patrícia Motta usou como pano de fun fundo o tema “Liberdade” para viajar até os anos 20 e no movimento Arte
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1- Martha Medeiros | 2- Vivaz | 3 - Alessa 4 - Victor Dzenk | 5 - Chou Chou | 6 - Vivaz 7 - GIG | 8 - Patrícia Mota | 9 - Vitor Zerbinato
Déco. Impossível não lembrar do encantador filme “MeiaNoite em Paris”, de Woody Allen. Muitos cocktail dresses de python, adornados com franjas nas barras e jaquetas e saias confeccionadas em couro leve e com estampas geométricas. A estilista Gina Guerra (GIG) foi mais longe, no final do século XIX, inspirando-se na poetisa norte-americana Emily Dickinson. Tudo muito leve, para um verão romântico e floral, novamente usando os tons de salmão, verde água e rosa. Já a Alessa mergulhou fundo na vida marinha. Larguinhos e plissados se destacaram e muitas estampas do mar. A Vivaz sempre muito chique, bebeu na fonte do modernismo e do concretismo, de Niemayer a Lygia Clark. Peças com o uso do crinol em detalhes e o estilo de comprimento mimolet (vestidos com a frente curta e costas mais longas). A marca As silhuetas geométricas e as estampas foram o foco de Vitor Zerbinato, com destaque para os vestidos rabos de peixe. Victor Dzenk explorou a flora brasileira, destacando através de estampas e folhagens a nossa verdadeira beleza natural. Como toda abertura do Minas Trend Preview, houve o grande desfile com todas as marcas juntas. Dessa vez foi organizado por Mary Arantes, da Mary Design. Ela escolheu todas as roupas nos tons de off-white e cru, colocou nas modelos enfeites e chapéus feitos de papel de jornal pelas artesãs da cooperativa Futurarte e apoiou-se no competente cenário de telas transparentes e de escultura montadas em retalhos coloridos. Depois do desfile de abertura esse looks seguiram para exposição dentro do evento.
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agreste POLO INDUSTRIAL
O
POR JOÃO BEZERRA JR
de Pernambuco
na rota da moda brasileira
Caruaru-PE realiza sua 13ª Rodada de Negócios da Moda e comprova a ascensão de um dos maiores pólos de confecção do Brasil — ao lado de Toritama, Santa Cruz do Capibaribe e Surubim 38 |
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Rodada de Negócios de Moda de Caruaru atraiu mais de 500 compradores do Brasil e exterior
Desde o século passado o agreste pernambucano é um ponto estratégico de comércio que atrai gente de todo o Brasil. Como diria o mestre Luiz Gonzaga, “na Feira de Caruaru dá gosto de vê/De tudo que há no mundo/nela tem pra vendê...” Mas o município deixou de ser só o eldorado das sacoleiras e das coloridas quinquilharias cantadas nos versos de cordel e nos forrós. A cidade e boa parte do agreste se transformou em um dos celeiros mais abastecidos do mercado de vestuário brasileiro. O Pólo de confecções do agreste é formado pelos municípios de Caruaru, Santa Cruz do Capibaribe, Toritama e Surubim, entre outras e detém mais de 12 mil empresas de confecções. Por lá são fabricadas quase 60 milhões de peças por mês. Para se ter uma ideia, somente em Toritama, cidade a 165 km de Recife conhecida como a “capital do jeans”, existem 900 pequenas indústrias de confecção e 50 lavanderias industriais. Caruaru, a maior das cidades pernambucanas, exporta moda feminina, infantil, íntima, jeans, masculina, praia, fitness, surf e streetwear, além de confecções e ecológicas e plus size. Entre os dias 14 e 16 de março, foi Caruaru quem se “vestiu” com o melhor da sua moda para lançar as coleções outono/inverno 2012, na 13ª Rodada de Negócios da Moda Pernambucana, evento que reuniu 120 expositores no Shopping Difusora, e atraiu para a conhecida Cidade do forró compradores nacionais e internacionais. A 13ª Rodada comercializou aproxima-
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Ilustrações: Brum
damente 1 milhão de peças, fechando vendas estimadas em R$ 13 milhões, contando com a participação de 550 compradores, incluindo grupos de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, além de profissionais do Norte e Nordeste. GLAM esteve presente nesta edição do evento e constatou o balanço positivo feito pelo Presidente da Associação Comercial e Empresarial de Caruaru, João Bezerra: “a cada rodada o volume de negociações aumenta, e isso só fortalece a cadeia produtiva da região”. A edição outono/inverno 2012 superou em 40% o número de compradores e expositores com relação à última rodada, segundo Christiane Fiúsa, da J&B Consultores, empresa organizadora do evento, que tem patrocínio do Governo do Estado e participação dos sistemas Sesi/Senai e Sebrae. Além de fomentar negócios, a rodada busca qualificar ainda mais o empresário e seu negócio, e para isso desenvolve parcerias com entidades como o Sebrae. “Chegamos onde estamos por um conjunto de esforços”, disse Débora Florencio, Gerente Regional do Sebrae. Compradores de outros países já iniciaram as negociações com o pólo de confecção de Caruaru. Para o Sebrae, a estratégia maior da rodada é “ganhar mercados”. Mesmo com o crescimento de 60% na indústria têxtil em 2011 e o fortalecimento das empresas, os números da balança comercial no estado não foram favoráveis ao setor, que teve um déficit de 26% na produção industrial. Nos dois primeiros meses de 2012, o estado de Pernambuco já conta com uma leve desaceleração na cadeia produtiva de confecção. Profissionalizar as empresas e torná-las mais eficientes e competitivas é uma das preocupações do poder público municipal e estadual para combater a concorrência com os produtos importados, principalmente vindos da China. Segundo Mario Cesar Freitas Lins, do Sebrae/PE, o evento foi a melhor edição de março entre as demaisrodadas que acontecem no período. A 14ª Rodada de Negócios da Moda Pernambucana/Edição Verão acontecerá em agosto, que além da comercialização de vestuário, poderá contar com acessórios e calçados. __________________________________________ Glam viajou a convite da Prefeitura de Caruaru-PE
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De espírito ecológico, a marca beach wear Rota do Mar produz 350 mil peças/mês e tem parceria com a Mormaii ormaii
EM SINTONIA, MARCAS BUSCAM DIFERENCIAL IAL MICHELLE LINGERIE: Veterano no rodada, empresário Luiz Carlos Bezerra busca o diferencial na sofisticação das peças. Em parceria com o estilista pernambucano Melk Zda, desde 2010 desenvolvem uma linha para ser apresentada em grandes eventos. Body e top em cetim e tule, apresentado na coleção de Melk na edição inverno 2012 do Fashion Rio, saiu da Michele Lingerie. O body foi pintado à mão e bordado com flores em barro resinado. Uma peça incrível! Para 2013, Melk Zda e a Michelle irão desenvolver lingeries para noivas. ALGODOEIRO ECO FASHION: Um dos stands mais comentados foi o do Algodoeiro Eco Fashion. Roupas ecologicamente corretas e de excelente acabamento. O empresário Valtecio Pedro de Souza há dois anos iniciou a confecção das peças com algodão cultivado de forma orgânica no sertão da Paraíba, já que o estado oferece incentivos para o setor. O beneficiamento é realizado em
Patos, a tecelagem em João Pessoa, fiação em Campina Grande e confecção em Caruaru. A marca está presente em 19 estados e já comercializa para um cliente no Japão. Entre os projetos ambientais, o “Algodoeiro plantando sementes”. ROTA DO MAR: GLAM visitou a fábrica da “Rota do Mar”, em Santa Cruz do Capibaribe. A alma “ecosocial” é um dos pilares da empresa. Está desde os copos de água até em projetos e possui um dos maiores clubes ambiental e esportivo do estado. Sua moda é surf e street e produz 350 mil peças/mês, sendo 150 mil de sublimação. Todo o papel utilizado na técnica é reaproveitado para as sacolas da marca. A Rota do Mar possui parceria com a Mormaii, onde atualmente gerencia toda a coleção infanto juvenil da marca. A equipe de criação da Rota do Mar está com viagem agendada para o Hawaii/EUA, onde irão realizar pesquisa de tendência para a próxima coleção, que terá o ator Rodrigo
Hilbert como garoto propaganda. anda. GRAZIELLE: Há 24 anos na confecção da moda infantil, as empresárias Lucineide e Lucilene Cabral, de Surubim/PE celebram agora ora o uso da técnica da sublimação, onde a tinta que está no papel transfer entra em contato com o tecido, cido, penetrando de forma intensa,, o que dará mais durabilidade à peça. eça. FLORA JOVEM: Com roupas upas que trazem brindes criativos e aromáticos, a marca aposta em looks oks com riqueza de detalhes utilizando ndo rendas, aplicações, e uma cartela rtela de cores bem diversificada. A empresámpresária Ana Paula Silva Ferreira ira tem entre os seus principais clientes entes as regiões norte e nordeste. ISKA VIVA: A beach wearr da empresária Vera Lucia Barbosa a Ramos celebra o sucesso de vendass durante a rodada, e contatos firmados irmados com empresas internacionais, is, como de Portugal e Espanha. Em m breve, estará no Panamá para negociar gociar a exportação de suas peças.
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ÍCONE
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20 ANOS esta noite
O talento e a criatividade de Juraci Lira, estilista auto-didata que transforma sonhos em roupas POR PAULO ARAÚJO Ela tinha tudo para desistir no meio do caminho. Mas não o fez. Uma infância sofrida com os pais sempre fugindo da seca entre o seridó potiguar e o Ceará, onde nasceu em 1957, um ex-marido que lhe proibiu de costurar durantes os dez anos em que viveram às margens da Transamazônica, no Pará, uma filha levada aos 4 anos por um tumor no cérebro e um outro, aos 7, pela leucemia e até um arquiteto badalado que tomou-lhe dinheiro e sumiu com o projeto do espaço que idealizou durante as duas últimas décadas, finalmente inaugurado em março passado. Mas quem chega nesse novo endereço na rua Mossoró, no bairro de Petrópolis, encontra em Juraci Lira uma mulher doce e de sorriso farto, traços fortes no rosto, pele cor de canela e cabelos negros como a asa da graúna da índia Iracema, criação literária do seu conterrâneo José de Alencar, a receber as centenas de clientes que conquistou nesse período no qual calcula, por alto, ter produzido mais de 25 mil vestidos —– uma média de 20 por semana. “Passei por cima disso tudo e decidi aos 30 anos, quando voltei para Natal só com duas malas de roupa, que iria me reerguer e viver só de moda”. E conseguiu. Auto-didata por natureza e possuidora de um dom para a criação que só os grandes estilistas exibem, Juraci começou a costurar roupas para suas bonecas com os lençóis e panos de pratos da mãe, aos seis anos de idade, no Alto da Serra de Santana. Essa “técnica”
de enrolar corpos com panos, batizada pelos fashionistas de “moulage”, foi o grande diferencial da modista. De posse de um tecido e de frente para o corpo da cliente, ela “esculpe” uma roupa em menos de cinco minutos. Depois, repassa a criação a uma das 13 costureiras da sua equipe e fica de olho em cada ponto, prega, costura e arremate. Fica tudo muito leve, suave, sofisticado. É uma verdadeira escultura, digna de figurar nos catálogos das grandes maisons. “Depois das bonecas, passei a fazer e vender minhas roupas às colegas da escola, não sobrava nada”, lembra, com emoção. No retorno doloroso do Pará, quando já era funcionária do Incra-RN, Juraci não perdeu mais tempo: costurava durante todo o final de semana e, nas folgas do expediente, mostrava as criações às colegas de trabalho no banheiro da repartição. Para driblar a “censura” oficial e a ira do chefe, montou um pequeno ateliê num “puxadinho” que construiu no térreo no conjunto Flamboyant, coberto com telha de amianto. “Não me envergonho nunca da minha trajetória simples”, confessa. Da zona sul para o endereço que ocupou durante muito tempo na rua Potengi, no coração do chamado Plano Palumbo, foi um pulo. Agora, no novo espaço de três andares da rua Mossoró, que também abriga sua casa e uma loja de mil metros quadrados, Juraci sente-se finalmente segura para conquistar o mundo.
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PELO MUNDO, DE "CARONA" NOS VÔOS CHATERS No começo dos anos 1990, Natal recebia o primeiro vôo charter vindo de Milão, trazendo turistas que passavam uma semana desfrutando das nossas belezas. Para não voltar vazio para a Itália e depois refazer o caminho para o Brasil, as agências de viagens ofereciam lugarem nas aeronaves a preços imperdíveis, muitas vezes mais baratos do que para São Paulo ou Rio de Janeiro. Muitos potiguares foram à Europa pela primeira vez assim, como atestam as colunas sociais da época. Uma delas foi Juraci, louca para conhecer os segredos da moda e dos moldes na terra de Giogio Armani e Roberto Cavalli, dois de seus ídolos. “Desembarquei em Milão morrendo de frio, sem saber falar nada de italiano, com pouco dinheiro e a certeza que só tinha oito dias para percorrer lojas, fábricas de tecido e voltar para Natal com alguma novidade”. De cara, a simpatia brasileira falou mais alto e no segundo dia ela já havia travado amizade com os vendedores das lojas chiques que percorreu e descoberto o segredo do negócio: as pontas de tecidos que sobravam nas fábricas depois de
costuradas as grandes coleções. Aquela seria apenas a primeira das mais de 50 viagens que Juraci já fez à Itália nos últimos vinte anos em busca de tecidos raros, finos e delicados para surpreender às clientes. A maioria ela tintura, amassa, plissa e funde com outros para criar vestidos únicos, exclusivos. Não perde uma edição de Vogue Itália, Portugal e Elle francesa, nem os desfiles (já assistiu mais de 20, só em Paris) e em cerimônias como o Oscar e o Globo de Ouro. Se um vestido de Cavalli custa cerca de R$ 20 mil, Juraci consegue fazer uma peça tão exclusiva por R$ 1 mil. Suas maiores inspirações, no entanto, são o libanês Elie Saab, o italiano Valentino, o alemão Karl Largefeld (que durante anos comandou a maison Chanel, “a maior de todas”, diz ela) e os brasileiros Alexandre Herchcovitch e Samuel Cirnansck. “Adoro pérolas e estampas de bolas, como Chanel”, revela. “Quase morri de emoção quando vi clientes chegando na inauguração do meu ateliê com vestidos que fiz há quinze anos, só para me homenagear”.
No fundo, o sucesso está na sensibilidade de captar o que uma cliente vai buscar no seu ateliê: querer vestir uma peça e ser única. Hoje, Juraci se dá ao luxo de não aceitar mais nenhuma exigência pouco ortodoxa das noivas, sempre cheias de dúvidas e influenciadas por modismos como o vestido da princesa Kate Middleton, um hit planetário analisado na Glam 10. “Não tenho mais papas na língua para dizer que certa peça não vai ficar bem, além de mostrar que imperfeições do corpo vou disfarçar com a armação que farei com o tecido”. A sinceridade vale no final das contas. Uma cliente confessou que tinha em casa um armário só com criações de Juraci Lira e outro com roupas compradas em grandes magazines. “Todas as vezes que usava um Juraci Lira, mesmo com mais de dez anos de feito, recebia elogios. No caso dos prêt-a-porter, passava desapercebida nas festas e não me sentia bem com o caimento”. Resultado: doou os outros e ficou só com aqueles feitos por ela.
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ARQUITETURA E MODA
As reinações de
RENATO TELES Badalado arquiteto fala sobre sua relação com moda e atuais paixões: pintar e cozinhar POR FLORENCE MELO Criatividade, muito bom gosto e alto astral são as palavras-chave para descrevê-lo. Com 30 anos de carreira, e reconhecido como arquiteto de sucesso, Renato Teles é uma verdadeira bagagem de vida. Uma conversa com ele é como entrar em um museu: por fora você percebe os retoques da modernidade e por dentro, descobre as histórias de um passado permeado por grandes experiências. Carioca de berço e potiguar de coração, Teles de cara adotou Natal como sua cidade, há mais de 20 anos. "Sinto-me até no direito de reclamar", arrisca dizer. Reconhecido pela autoria de grandes projetos de arquitetura e interiores, Teles sempre teve conexões estreitas com o mundo da moda. Ambas andam lado a lado. “É tudo arte", atesta. “Criar é o resultado de um somatório de coisas. O essencial é buscar um acervo do imaginário. A moda e a arquitetura são resultado de uma mistura de tudo. As pessoas vão buscar inspiração na Renascença, na art déco ou na pré-história. Tudo serve como um referencial estético." O arquiteto recebeu a reportagem de Glam em seu novo escritório da rua Apodi, “que ainda está sem número, no reboco”, brincou. A casa, nas proximidades da avenida Hermes da Fonseca, ganhou uma fachada moderna. Na con-
versa, ele falou sobre sua história e ligação com marcas de moda, como a carioca Overend e as potiguares Avohai e Toli. E confessou seus desejos secretos — felizmente não reprimidos: pintar e cozinhar. Na Overend, Teles está à frente dos projetos de arquitetura para as lojas e visual merchandising. E para dar vida - e alma - a primeira “concept store” da marca, ele restaurou um belíssimo casarão no tradicional bairro do Jardim Botânico, no Rio de Janeiro. Segundo Renato, a iniciativa não é meramente um conceito retrô. "Essa tendência existe sim, mas ela vem de um conteúdo emocional que está dentro das pessoas, de conservação do seu passado como verdadeiros guardiões de sua história", acrescenta. Segundo Renato, a questão do restauro é uma prática que mostra a cultura e a educação de quem a promove, seja por um órgão ou uma empresa. "Só é possível evoluir e se desenvolver com ordem, quando você conhece e reconhece o seu passado". Apesar de seu talento para as artes e sua bagagem criativa, Renato afirma que nunca encabeçou um projeto direto na área de moda, como criar uma coleção, por exemplo. Sua história com esse universo começou quando recém formado, entrou para um escritório de
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"Eu faço uma coisa, e quando aquilo me completa e me satisfaz, eu paro. Não quero o gosto da frustração."
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arquitetura no Rio de Janeiro. "Na época, o Rio passava por uma explosão como núcleo produtor de moda, justamente ali em Ipanema". Renato afirma que teve a sorte de estar em um lugar que participou da montagem de muitas lojas no Fórum de Ipanema, o prédio que até hoje está localizado na praça Nossa Senhora da Paz. Foi o primeiro a arrojar tantas marcas de moda como uma verdadeira "Torre de Babel Fashion". Reunia as principais marcas cariocas, que a partir dali, viraram febre no Brasil todo. "Minha afinidade com a moda começou aí. Foi a percepção de que a imagem da loja atribui DNA à marca. Trata-se de um conjunto de coisas que mostram a identidade do produto. Não se trata só da roupa".
TELES REALIZOU PROJETOS DE ARQUITETURA E VISUAL MERCHANDISING PARA A OVEREND, INCLUÍNDO O CASARÃO DE JARDIM BOTÂNICO, PRIMEIRA CONCEPT STORE DA MARCA Sobre a existência de tendências no ramo da arquitetura, assim como na moda ele foi pontual. "Hoje não existe mais uma ditadura de tendência para nada. Mas até a falta, ou o desprendimento dela é uma tendência. O universo inteiro acompanha esse movimento". Ao perguntar sobre o seu hobby, ele apontou com um olhar entusiasmado para a mini cozinha funcional que tem dentro do seu novo escritório. "Adoro cozinhar", afirma ele sorrindo. Pintar e desenhar também são coisas que ele diz lhe fazem bem por que estimulam seu lado criativo. "Ano passado peguei nos pincéis depois de 20 anos. Fiz verdadeiras obras de arte. Você sabe que eu posso falar isso não é? Afinal, modéstia é uma coisa para quem não se conhece. Eu sou meu maior crítico". Ainda adolescente, Renato tinha desejo de aprender a tocar piano. Fazia aulas durante o dia, mas como não tinha o instrumento em casa, fez amizade com o vigia noturno da loja de pianos que tinha vizinho à sua casa no Leblon, e ia todas as noites escondido praticar. "Mas tudo isso é sazonal, eu faço uma coisa e quando aquilo me completa e me satisfaz, eu paro. Não quero o gosto da frustração", sentencia.
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M AIÔ E BRINCO DE C ÔCO COM SAIA D RESS T O
Á GUA
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A LIANÇA
COM COLAR I ORANE PARA Y OLLA E C OLLEZIONE
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PROFISSÃO MODA
O OLHO CLÍNICO DE LOURDINHA ALENCAR Dizem que os artistas já nascem com aquele olhar detalhista e intuitivo que exerga além do que a maioria vê. Foi sempre assim com a administradora e designer Lourdinha Alencar. A mão para o desenho começou com as bonecas da infância. O tino para os negócios vem desde os anos 80, quando abriu a primeira franquia da marca Ellus em Natal, junto com Eliana Ferreira. Já teve confecção própria (com João Henrique Baía), pronta-entrega na Visconde de Pirajá-RJ, abriu a Garagem 37, trabalhou na Fórum e Zoomp. Casou, foi mãe, investiu na gastronomia com o famoso boteco Berlin, mas hoje faz o que gosta. “Desenhar e criar são coisas que faço com paixão”, confessa. Após passar por um sério problema de saúde e uma cirurgia para a retirada de um tumor na cabeça, hoje está recuperada e de volta ao mercado — "graças a Deus estou aqui viva para contar a história". Recentemente desenvolveu algumas estampas para a marca Têca, de Helô Rocha. Também comanda o Garimpo Chic e o Bazar do Garimpo, espaços que comercializam peças de marcas locais e nacionais com preços em conta. Seus mais de vinte anos no setor são postos à prova quando presta serviços de consultorias. Já teve
como clientes a Jogê Lingerie, Maison Bagatelle, Maison Tereza Tinoco, Têca Home entre outras. Ele faz desde seleção de pessoas até o preparo da equipe de vendas. "Muitos lojistas de Natal acabam contratando pessoas de fora para fazer esse tipo de trabalho, e eles não conhecem a realidade local. É algo que o mercado exige por que é fundamental abrir o negócio com uma equipe formada
pela própria empresa”, garante ela. “E convenhamos, o atendimento hoje nas lojas deixa a desejar”. Lourdinha também atua como personal stylist e personal shopper . “Vou às compras com a cliente, posso sair para escolher o vestido para uma ocasião especial. Para a lojista, escolho a peça certa para a cliente, dou dicas de moda, cores, tecidos,texturas, tendências”.
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SOCORRO CHEGOU PRA FICAR! A atrapalhada vilã Socorro, personagem da atriz potiguar Titina Medeiros na novela “Cheias de Charme” me” (TV Globo), poderia facilmente cair na armadilha de uma ma interpretação caricata e afetada. Pelo contrário, a desaforada rada e engraçada Socorro tem personalidade e vem cativando vando o público com seu jeito tresloucado, que a cada dia conquista mais espaço no folhetim. Nem o visual carregado do e colorido do figurino tira o brilho da atriz de Acari. “Ela tem um perfil cômico muito forte e os autores da novela souberam aproveitar muito bem isso”, o”, disse o ator Henrique Fontes, com quem Titina já dividiu o palco. “O pouco aindo muito bem que vi da novela, sinto Titina segura. Está se saindo ncipalmente por pois a televisão é bem diferente do teatro, principalmente a construção do não ter grandes períodos de ensaios e para ais espaço.” personagens. Acredito que deverá ganhar mais aria do Socorro, Na telinha, Titina Medeiros dá vida à Maria uma doméstica do Piauí interessada em se dar bem a todo custo — nem que para isso elabore os planos mais mirabolanudia Abreu), ela tes e absurdos. Fã da cantora Chayene (Cláudia faz qualquer negócio para trabalhar na casa da artista. Para o telespectador acostumado a ouvirr atores do Sul e ino, ver e ouvir Sudeste tentando imitar o sotaque nordestino, Titina é um verdadeiro deleite , seguido de muitas risadas.
Fotos: Divulgação Rede Globo
POR YUNO SILVA
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DESTAQUE
Foto: Biju Caldeira
NATÁLIA KLEIN, A ADORÁVEL RETRÔ O jeito maluquete e o visual retrô-descolado da personagem Natália, protagonista da série de humor “Adorável Psicose” do canal Multishow, tem tudo a ver com sua criadora, a atriz e redatora Natália Klein, inclusive o figurino. Inspirado nos anos quarenta, cinquenta e sessenta, e pontuado por elementos contemporâneos, o estilo adotado por Natália (a original!) faz uma releitura atualizada das pin-ups que tanto mexem com a imaginação de homens e, por que não, mulheres. “O visual da Natália (do programa!) partiu do meu guarda-roupa, do estilo que gosto de me vestir, mas foi além”, garante. A personagem é uma versão superlativa de sua personalidade. “Mas”, avisa, “boa parte das questões retratadas no programa partiram das neuroses inerentes a qualquer pessoa.” Natália Klein é carioca de nascimento, mas deu seus primeiros passos no teatro e na universidade aqui em Natal, onde morou por oito anos. Graduada em Comunicação Social, Rádio e TV, e de volta ao Rio de Janeiro desde 2004, passou a colaborar como redatora do humorístico Zorra Total, da Globo. Seguiu atuando nos bastidores até seu blog – adoravelpsicose.com.br – ganhar as telas em 2010. É lá que a atriz exorciza todas as suas ‘psicoses’, principalmente afetivas. “Tenho a impressão que saboto todos os meus relacionamentos para ter material para o programa”, brinca. Ela contou à GLAM que toda a equipe que participou da produção do programa piloto, continua trabalhando na série. “É bacana ver a evolução profissional de cada um, e o fato de trabalharmos entre amigos ajuda muito a manter o clima descontraído no set. As brigas também são mais intensas”, confessa. Ela faz questão de acompanhar todo o processo criativo, do roteiro até a edição, dar sugestões, “sempre respeitando o espaço dos outros”, porém nos quesitos cenário e figurino é onde menos discorda. Natália conheceu a figurinista Mel Akerman em uma loja, e a sintonia foi imediata: “Convidei Mel para fazer o figurino do programa quando ainda era apenas um projeto piloto, e ela entendeu perfeitamente a proposta de levar para a tela da tevê uma roupa com toque retrô sem parecer falsa ou carregada. Um estilo que as pessoas pudessem se identificar e usar na rua”, aposta. A atriz também colaborou como redatora da série “Junto & Misturado”, estrelada por Bruno Mazzeo, e atuou em “Macho Man” (ambos da TV Globo), interpretando a personagem Nikita.
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NEWS
“MODA. ESTILO. TECNOLOGIA”: VEM AÍ, A CASA COR RIO GRANDE DO NORTE Com 26 anos no mercado, a Casa Cor, maior evento de decoração do País, faz sua estreia no Rio
Grande do Norte. Será de 09 de outubro a 20 de novembro, no galpão da antiga fábrica da Sam's,
no cruzamento das avenidas Salgado Filho com Amintas Barros, no bairro de Lagoa Nova. O local é emblemático pelo seu caráter histórico. Símbolo da industrialização potiguar, a antiga fábrica de balas e bombons tem uma arquitetura diferenciada e sua fachada ainda traz um painel colorido pintado pelo artista plástico Aécio Emereciano, em 1970. O próprio artista será responsável pela restauração da obra. "O local foi durante décadas um ponto de referência para a cidade", lembra Eduardo Gadelha Simas, presidente da Simas Industrial, proprietário do prédio e um dos parceiros do evento. A Casa Cor RN terá coordenação do artista César Revorêdo e da decoradora e empresária Nereide Britto Figueiredo, que coordenou por cinco anos a Casa Cor Ceará — ambos em foto com o presidente do grupo Casa Cor, Ângelo Derenze, e o empresário Eduardo Gadelha. Uma novidade: a modelo Fernanda Tavares, a cantora Roberta Sá e a atleta Virna serão homenageadas com lounges próprios.
ENTRE O PASSADO E O PRESENTE Uma jóia do patrimônio arquitetônico de Natal inspirou outra obra da hotelaria contemporânea. Trata-se do hotel Best Western Premier Majestic, um novo conceito em hospedagem de alto padrão inaugurado pelo grupo Arituba em março deste ano, na praia de Ponta Negra. O hotel tem uma ambientação clássica e elegante, com uma
mistura de estilos de diversas épocas (art déco) repleto de adornos, lustres, vasos e espelhos importados, além de imagens de época. O Majestic é o primeiro da rede no Brasil nessa categoria e possui em suas instalações o restaurante de cozinha francesa La Brasserie de La Mer, cujo menu é assinado pelo chef francês Erick Jacquin.
O prédio que inspirou o hotel é na verdade um casarão em estilo art nouveau construído entre 1910 e 1912, na Ulisses Caldas com Pedro I, Cidade Alta, tombado pelo patrimônio histórico estadual, que pertenceu à família do médico Afonso Moreira de Loyola Barata, o famoso Dr Barata. O casarão virou um hotel na década de 1940.
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EDITORIAL
A liberdade é
VERDE Uma residência cercada de verde, com jardim em vez de muros e espaço para o lazer, tem sido o sonho de consumo de dez entre dez cidadãos que tiveram a oportunidade de crescer numa Natal ainda bucólica e tranquila. Tempo em que as ruas eram arborizadas, o vento brincava com as folhas nas calçadas largas, e a cidade ainda não tinha sofrido com o crescimento urbano, verticalização acelerada e o trânsito caótico. Aquela Natal pode até ter ficado no passado, entretanto, uma espécie de “volta pra casa” tem sido a tônica de alguns novos empreendimentos imobiliários, em sintonia com os projetos de perfil ecológico que
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JULIANA FLOR V ESTIDO : N ATHY D AY BY D AY PARA A LIANÇA C ENTER
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SUZANA FONSECA L OOK T OTAL : B O .B Ô
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surgem a todo momento nas grandes cidades. Afinal, verde é hoje um item de primeira necessidade e cada vez mais pessoas correm atrás de uma melhor qualidade de vida, longe do burburinho urbano e próximo à natureza. A maioria dessas novas construções está sendo erguida na Grande Natal, que contempla os chamados municípios da região metropolitana. Localizamse dentro da cidade, mas conservam o clima tranquilo dos bairros de antigamente. É o caso dos Jardins Amsterdã, um condomínio horizontal de alto padrão com uma proposta de ir além da convencional casa-com-varanda. Seu diferencial é possuir 240 mil metros quadrados de área verde! Um climão, em plena área urbana da cidade. O Jardins Amsterdã fica em Cajupiranga, entre os municípios de Parnamirim e Pium. Apesar do nome “rural”, o endereço é a vinte minutos do Midway Mall. O empreendimento é uma parceria da da FGR Urbanismo, grupo Fonseca e Filhos e a Penta Incorporadora, cujos sócios são os artistas Zezé de Camargo e Luciano. Em sintonia com essa busca por uma vida verde, GLAM convidou dez mulheres bem sucedidas em suas profissões, que defendem a ideia de que viver em um lugar é diferente de morar. Em comum, elas estão, aos poucos, buscando o caminho de casa.
ODETE GUERRA BARROS L OOK T OTAL : T EREZA T INÔCO
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DANIELA FONSECA | V ESTIDO : C ECÍLIA P RADO
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LARISSA GURGEL V ESTIDO : M OB PARA Y OLLA C INTO E P ELE : T EREZA T INOCO
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FLÁVIA PIPOLO V ESTIDO : A DRIANA D EGREAS PARA T EREZA T INÔCO C INTO : J ULIANA J ABOUR PARA T EREZA T INÔCO
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BELLE AZEVEDO V ESTIDO : N ATHY D AY BY D AY PARA A LIANÇA C ENTER
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SOVANIA MONTE L OOK T OTAL : T EREZA T INOCO
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FICHA TÉCNICA E DIÇÃO DE MODA : G EORGE A ZEVEDO F OTOS : H UMBERTO L OPES S TYLING : W AGNER K ALLIENO E L UIS H ENRIQUE A ZEVEDO B ELEZA : A NILSON K NIGHT , J UNIOR O LIVEIROS E W AGNER K ALLIENO T EXTO : C INTHIA L OPES A GRADECIMENTO : C ONDOMÍNIO J ARDINS A MSTERDÃ LARISSA COSTA C AFTÃ : R ENATA C AMPOS PARA Y OLLA
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MEMÓRIA
OS ANOS
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do continente POR TÁDZIO YURI FRANÇA
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Fotos: Time Life/Hart Preston / 1941
Entre a agitação, o medo e a euforia da Segunda Guerra, a provinciana Natal foi sacudida pela chegada dos norte-americanos em 1941, com seus aviões, dólares e novos costumes
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Foi preciso uma guerra para que a “fazenda iluminada” ganhasse ares de cidade grande. Natal, a graciosa província, era uma capital com feições de cidade do interior até que a quarta década do século XX anunciasse uma nova Guerra Mundial. A vida cultural, social e econômica da cidadezinha recebeu uma lufada de vida extra, que veio junto aos aviões que pousavam no rio Potengi, com os dólares americanos, a necessidade de mais diversão, e o medo da guerra. Tudo isso rendeu bailes e histórias que são contadas até os dias de hoje.
Natal entrou na II Guerra Mundial como uma base de transporte de carga para os norte-americanos.
Pertenceu ao Comando de Transporte Aéreo, portanto, os sons de tanques, bombas e metralhadoras estavam bem distantes do cotidiano potiguar. A guerra estava entre nós, mas muito longe. Sobrou para cá a movimentação, a expectativa, a sensação de que algo novo e importante estava acontecendo naquela cidade de feições coloniais, parada no tempo. A capital potiguar tinha na época uma população de 60 mil pessoas. Todas sentiram a emoção dessa nova época. A vida social em Natal se concentrava entre a Cidade Alta e a Ribeira, apesar de já existirem o
Alecrim e os distantes bairros de Petrópolis e Tirol, ainda sem muita expressão. A Ribeira capitalizava as atenções, devido a concentração de bares, cabarés, e do simpático Grande Hotel – cujo cassino reservava noites só para os oficiais norteamericanos de alta patente, regadas a vinho, jogatina, e mulheres vindas da Argentina e da Espanha só para servi-los. Durante o dia eles poderiam ser vistos conversando e tomando ar tranquilamente na varanda do hotel. A vida boêmia em Natal começava às nove horas da noite, horário em que as famílias já haviam se recolhido e os notívagos ganhavam as ruas. A bebida mais consumida era a cerveja, vendida a 1.500 réis. As mulheres da zona pediam martini aos acompanhantes, que era servido ao preço de cinco mil réis a dose. O uísque só ficou popular com a chegada dos americanos. Na Ribeira, o point favorito era o Wonder Bar, um casarão centenário que já havia sido palácio do governo e agora servia às noitadas boêmias. Hoje funciona no local a Escola de Dança do TAM. Quem não ia para a Ribeira, tinha outra pousada divertida nos confins da Cidade Alta, num local onde certa moça paraibana estava ganhando uma clientela cada vez mais cativa. Maria Oliveira Barros, mais conhecida como Maria Boa, tinha a ‘casa de tolerância’ mais badalada da capital, e
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Foto que imortalizou o encontro entre os presidentes Franklin Delano Roosevelt e Getúlio Vargas, em janeiro de 1943, em Natal. Roosevelt vinha de Casablanca, na África, e Vargas, do Rio de Janeiro; As demais imagens da reportagem mostram Natal e Parnamirim em 1941, e fazem parte de uma série feita por Hart Preston, para a revista americana Time-Life.
nem precisava dos dólares americanos. Foi adotada com adoração pela clientela natalense e assim foi até meados dos anos 90, quando faleceu. Os drinques e paqueras rolavam ao som de maxixes e tangos, que passaram a dividir espaço nas radiolas de ficha com o jazz trazido pelos ianques. No quesito “diversão para a família”, o cinema era o favorito. O mais frequentado da época era Cine Polytheama, na praça Augusto Severo, onde os espectadores poderiam ver as atuações de Ingrid Bergman, Diana Durbin, Judy Garland, entre outros astros daquele tempo. E os natalenses da época não esquecem que, “graças” à guerra, puderam ver duas estrelas hollywoodianas em pessoa por aqui: Humphrey Bogart, no melhor estilo Casablanca, sentado numa cadeira de vime do Grande Hotel, bem como
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Tyrone Power se refrescando na famosa varanda, ao fim de tarde.
Os americanos trouxeram para Natal novidades como a máquina de chope, goma de mascar, fliperama e a Coca-Cola — mas não foram tão presentes na vida social local como se imagina. O pesquisador Leonardo Barata conta que a maior parte da cidade era considerada “off-limits”, ou seja, de acesso permitido só a um pequeno número de oficiais graduados. Os soldados ficavam restritos à base aérea de Parnamirim, ou pequenos pontos entre Areia Preta, Ponta Negra, São José de Mipibu e Macaíba. “Os soldados se divertiam mais em Macaíba do que em Natal. Eram na maioria meninos caipiras e proletários descobrindo um paraíso nos trópicos. Apenas as moças mais pobres os procuravam, as meninas ricas e decentes da cidade nem chegavam perto”, afirma ele, ressaltando que há muito mito na presença americana em Natal. O inglês só imperava realmente à distância de uma hora e meia da capital, na Base Aérea de Natal, a famosa Parnamirim Field. Por lá os americanos fizeram sua base e seu pequeno mundo, com trilha sonora e costumes típicos. O primeiro comboio pousou em 11 de dezembro de 1941. Os americanos devolveram a base
à FAB em 1946. Foram quase cinco anos de uma movimentação onde trabalho e lazer dividiram espaços quase iguais. De acordo com o Sargento Correia, da BANT, estima-se que tenham passado cerca de cinco mil americanos em solo potiguar durante o período. Os americanos deixaram na Base um pequeno conjunto de marcos que foram tombados pela Aeronáutica, e constituem história viva. Há os hangares “de nariz”, a antiga torre de controle, a capela ecumênica, alguns prédios ainda em funcionamento, e o famoso cine teatro Trampolim da Vitória. “Era o local oficial de lazer para os combatentes aqui sediados. Havia projeções de filmes, apresentações de bandas de música, grupos de teatro e orquestras”, lista Sgt. Correia, assessor de imprensa do Catre-RN. O gramado com palco ao estilo de uma concha acústica recebeu as apresentações históricas das big bands de Tommy Dorsey e Glenn Miller, que deve ter tocado “Moonlight serenade” e “In the mood” para o deleite dos soldados. Também estão na BANT os aviões bombardeiros B-25 e B-26, duas relíquias da época. Visitas podem ser realizadas por agendamento via telefone. O ato militar mais importante realizado em Natal ainda permanece sendo o histórico encontro entre o presidente norte-americano Franklin Delano Roosevelt e Getúlio Vargas, no dia 28 de janeiro de 1943. Roosevelt vinha de Casablanca, na África, e Vargas, do Rio de
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O ator Carlos Tourinho em cena de For All (1997), comédia dirigida por Carlos Lacerda sobre a presença dos EUA neste pedaço dos trópicos.
Janeiro. Ambos ficaram hospedados em navios no rio Potengi, almoçaram no fim da manhã e seguiram em inspeção pelas bases americanas na cidade. O presidente brasileiro ofereceu o envio de tropas nacionais para o conflito armado na Europa, e o Brasil entrou efetivamente na II Guerra. Foi uma das maiores decisões de política internacional realizada no País. O momento foi imortalizado numa foto com os dois presidentes sorridentes em um jeep. Coisas de uma Natal entre guerras. Alguns resquícios da Ribeira boêmia, noir, podem ser vistos ainda hoje. Na Rua Câmara Cascudo está o elegante casarão número 184, onde atualmente funciona o restaurante Consulado. O prédio centenário pertenceu ao comerciante italiano Guglielmo Lettieri. Cônsul da Itália no Estado, ele fez na sala de sua casa um piso com ladrilhos da suástica nazista. Foi preso e
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acusado de espionagem. As acusações foram comprovadas, mas Lettieri recebeu anistia e foi embora de Natal. O casarão foi comprado por Leonardo Barata e recuperado. No primeiro andar do local será futuramente instalado um museu, onde Leonardo vai expor seu riquíssimo acervo. Em 1997, o cineasta Luís Carlos Lacerda resolveu levar essa história para o cinema. E assim nasceu a comédia musical “For All, o Trampolim da Vitória”, vencedor do Festival de Gramado daquele ano. A Fundação Rampa, instituição que conserva a história militar da Natal na II Guerra, está articulando a criação do Museu da Rampa, no belo prédio branco às margens do Rio Potengi, em Santos Reis, que terá recepção, bilheteria, auditório, espaço para eventos e um museu. O convênio para a obra foi assinado em março de 2012 com o Governo do Estado. O brilho das estrelas hollywoodianas ofuscou a imaginação dos natalenses durante a Segunda Guerra. Muitas lendas, boatos e informações desencontradas surgiram das passagens entre Natal e Parnamirim. De acordo com os historiadores, escritores, jornalistas e os registros da própria base aérea, era comum astros e estrelas visitarem as tropas e darem uma eventual esticadinha até a cidade, ou não. É certo que estiveram em solo potiguar nomes como James Stewart e Henry Fonda, e Kay Francis, a estrela do filme “O homem que se perdeu”. Também vieram saldar os soldados Jackie Coogan e Joel MacCrea, e o comediante Joe E. Brown. Este último, conhecido por “Boca Larga”, bebeu várias na avenida Dr Barata e tomou banho em Areia Preta. Brown ficou célebre por ter dito a frase que encerra “Quanto mais quente melhor” (1959), de Billy Wilder: “Ninguém é perfeito!”, ao ver Jack Lemmon tirando a peruca e se revelando homem. A lista de estrelas inclui ainda Clark Gable, Tyrone Power, Humphrey Bogart, Buster Crabbe, Bruce Cabot, Nelson Eddy, Frederick March, Jack Benny e Don Ameche. Dentre as atrizes, teriam vindo Jeanette MacDonald, Paulette Godard e Ilona Massey.
Era comum astros e estrelas visitarem as bases norte-americanas durante a II guerra. Segundo historiadores e registros militares, por aqui passaram Humphrey Bogart, Clark Gable, Tyrone Power e a orquestra de Glenn Miller
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MEMÓRIA
A moda sofreu com as restrições impostas pela guerra. Com a falta do náilon e da seda na Europa (usados para fabricação de pára-quedas), as meias-calças sumiram das lojas. Mas na Casa em pleno centro comercial de Natal, o estoque era abundante, fazendo a alegria dos americanos, que iam até a loja para comprar dezenas delas para presentear esposas, namoradas e mães. Na foto, com o proprietário Alcides Araújo
Meia-calça e Chanel nº5
A MODA EM NATAL na época da Segunda Guerra POR GLADIS VIVANE 84 |
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Foto: Clyde Smith
Natal, rua Ulisses Caldas, um dia qualquer do ano de 1943. Um grupo de soldados americanos visita uma loja à procura de um item raro e valiosíssimo no período. Eles não são os primeiros. A fama da loja atravessou o oceano, e, antes mesmo de chegarem a Natal, eles já sabem que precisarão visitar o lugar. A loja é a Casa Rio — que anos depois deu origem às lojas Rio Center, que existem até hoje na cidade. Os jovens americanos, como sempre, vestem seus uniformes cáqui e chamam atenção por onde passam. O que eles procuram de tão valioso? Meia-calça de seda! Um par delas vale a felicidade de uma noiva, uma irmã, uma mãe, e a gratidão eterna dessas figuras femininas quando ele voltar para casa.
Com boa provisão de produtos do guarda-roupa feminino, a Casa Rio fez fama no outro lado do oceano | 85
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A meia de seda foi um dos itens mais raros no vestuário feminino durante a ocupação da Alemanha Nazista em países como a França. Muitas mulheres chegam a fazer desenhos nas pernas simulando a costura
A cena repetiu-se durante todos os anos em que os americanos estiveram por aqui. Quem conta é dona Guiomar Araújo, viúva de Alcides Araújo, que administrava a loja junto com o pai. “Os americanos ficavam doidos quando viam que a gente vendia meia-calça. Eles diziam que não tinha mais meiacalça no mundo por causa da guerra. Compravam muito, pagavam em dólar. Eu e Alcides tivemos que pedir muito mais peças para o fornecedor em São Paulo. Era um pedido tão grande que o fornecedor achou que a gente estava de brincadeira, e ligou muito pra mim muito chateado. Eu disse 'mande as meias que eu pago adiantado'! Enquanto os americanos estiveram por aqui, vendi mais meia-calça que na minha vida toda, eu acho” relembra ela, com uma memória irretocável para os seus 90 anos. A história contada por dona Guiomar nos diz muito sobre a realidade de Natal no período da Segunda Guerra, principalmente sobre a moda e sua ligação com os hábitos e costumes da população — que é o que interessa a este artigo. Mas para entender o que acontecia, precisamos primeiramente entender como a Segunda Guerra Mundial modificou a moda no mundo. A GUERRA E O MUNDO No início dos anos 40, Paris ainda dominava a geografia da moda. Podia-se dizer que a capital francesa era o centro do mundo no mapa da alta costura. E foi a partir de Paris que vieram as mudanças drásticas, impostas pela Ocupação, que transformou o visual das mulheres da década de 40. A estética do glamour dos anos 30 foi declarada decadente pela política nazista alemã. No livro 'A moda do século', François Baudot registrou: “A parisiense emagrece, suas roupas ficam mais pesadas e as solas de sapatos também. (...) assim, a partir de 1940 está proibido mais de que quatro metros de tecido para um mantô e um metro para chemisier (exceção feita apenas para as grávidas). Nenhum cinto de couro deve ter mais de quatro centímetros de largura.” Durante toda a década, a estética será dominada pelo racionamento de roupas, a economia de botões e outros aviamentos e a reciclagem de peças antigas
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— teria surgido aí a customização? Além disso, as mulheres sofrem com o sumiço da meia-calça. Todo o naylon e a seda produzidos na Europa eram aproveitados na fabricação de pára-quedas, e as - antes elegantíssimas - parisienses agora tem que se contentar com o uso de meias soquetes. Com o tempo, as meias curtas passam a ser utilizadas até mesmo com vestidos de festas. Outra alternativa é maquiar as pernas e desenhar um traço fino na parte de trás, lembrando a costura da meia-calça. Essa é uma imagem icônica do período. É famosa — e curiosa — também a história contada no livro 'Moda & Guerra: Um retrato da França ocupada' , de um soldado que, ao fim da guerra, levou o pára-quedas na mala para fazer o vestido de noiva da namorada. E assim as pessoas sobreviviam nos duros anos 40. O tailleur com ares Foto: Acervo Fundação Rampa
"Enquanto os americanos estiveram por aqui, vendi mais meias-calças que na minha vida toda, eu acho” Guiomar Araújo
Soldados iam às compras no Grande Ponto, o centro comercial de Natal
Guiomar, ainda mocinha, posa em frente à Casa Rio, loja que deu origem a Rio Center
de uniforme militar, de ombros largos e saia reta, é o modelo mais usado no período. O único elemento do visual feminino que não sofreu racionamento foram os chapéus. Isso fez com que a moda subisse — literalmente — à cabeça das mulheres, e se a roupa e os sapatos eram bem modestos, os chapéus e turbantes eram verdadeiras esculturas. Serviam para dar um ar mais arrumado ao visual, mas também para esconder cabelos mal cuidados e mal cortados, carentes de um salão de beleza. O lenço na cabeça, usado pelas moças que foram trabalhar nas fábricas, logo foi incorporado ao visual feminino em todas as camadas da sociedade. Da operária à mulher do oficial — a única que ainda tinha algum dinheiro para comprar roupas novas. Foi com o dinheiro das mulheres dos oficiais nazistas que a alta costura conseguiu sobreviver, mesmo que em coma, nesse período. Os historiadores são categóricos em afirmar que, caso a alta costura tivesse parado de produzir por completo durante os anos de
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guerra, a França haveria perdido para sempre o lugar que ocupa no mapa da moda, o que mudaria completamente o panorama da moda atual. A GUERRA E NATAL Se à época da guerra Paris era um grande parque de diversões que foi fechado por falta de energia, Natal não passava de uma pequena vila que começava na Ribeira e terminava no Tirol. É difícil para as novas gerações imaginar essa antiga ordem da cidade, onde Ponta Negra era uma distante praia de veraneio. Com os americanos veio também uma revolução significativa nos costumes da cidade. A professora e pesquisadora Josimey Costa registrou no documentário 'Imagem sobre imagem - a Segunda Guerra em Natal' depoimentos que remontam a influência que a guerra e a chegada dos americanos tiveram sobre Natal. E o que mais chamou atenção da pesquisadora foi que a guerra era excitante para os moradores da então pacata capital potiguar. “Quando comecei a pesquisa eu tinha a ideia de que foi um período de tensão, que as pessoas viviam oprimidas, com medo da guerra chegar aqui. Mas o que percebi é que as pessoas vivem apesar disso e encontram - mesmo nos períodos mais trágicos - momentos de alegria”. Os momentos de alegria trazidos pela guerra eram os bailes, a bebida, os chicletes, a música e os belos e jovens soldados de cabelos loiros e olhos azuis - biotipo totalmente diferente dos potiguares. Um dos entrevistados de Josimey no documentário, Alvamar Furtado, fez uma comparação interessante: “Natal foi invadida por uma multidão de príncipes encantados”. E quem tem tempo para ficar oprimido com tanta novidade na cidade? Talvez só mesmo os rapazes natalenses, que p perdiam feio para os americanos na hora da paquera. Os nativos e eram formais, usavam terno e chapéu de palhinha. Já os esttrangeiros, quando não estavam de uniforme, usavam camisas ccoloridas por fora da calça - sem “ensacar” como dizemos por a aqui - e as mulheres achavam isso um charme. Dona Guiomar le lembra que os soldados também iam à Casa Rio comprar Chanel n 5, outro item escasso que fazia sucesso durante a guerra. E que isso deu margem para um golpe que ficou famoso na época: q “ “tinha gente em Natal querendo dar uma de esperto. Eles peg gavam vidros de Chanel n 5 e dividiam em vários frascos. C Completavam com outro perfume barato e vendiam para os a americanos. Eles eram loucos por esse perfume, e compravam muito. Muitos caiam no golpe”, conta. m Também foram os americanos que trouxeram os calções
A estrela de Hollywood Marlene Dietrich ditou moda e o uso das calças comprindas chegou por aqui através do cinema. Em foto menor, o perfume eternizado por Marylin Monroe Chanel Nº 5, item cobiçado por soldados e civis, homens e mulheres, independente de raça e ideologias
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curtos de helanca para os banhos de mar em Ponta Negra e Areia Preta. Antes disso, os rapazes natalenses usavam calções compridos na praia. As moças passaram a querer usar maiô aberto nas costas, como as atrizes de Hollywood e as pin-ups dos calendários. Mas por aqui a vigilância dos pais ainda era severa, e as mães geralmente cobriam as costas do maiô com uma peça de croché. Foi a época também em que as mulheres começaram a usar calças compridas à la Marlene Dietrich. Só as solteiras usavam, não ficava bem para uma mãe de família andar de calças por aí. E as moças que usavam eram “mal faladas”. Os cabelos eram cacheados com bobs, as moças perdiam horas ondulandos os fios. Apesar do racionamento de tecidos no resto do mundo ter feito as saias minguarem, por aqui elas ainda eram rodadas. Ideais para balançar e rodopiar nos bailes do América. Há estudos que defendem que nem tudo foram flores nesse período. Os preços por exemplo subiram vertiginosamente. Havia muito dólar circulando, e o comércio cobrava como se todos tivessem o mesmo rendimento dos americanos, quando na realidade a cidade era, de uma forma geral, muito pobre. Mesmo assim, a maioria das pessoas que viveu aqueles anos lembra com saudosismo, como uma época de ouro da cidade. Talvez porque, em termos de moda e estética, Natal era uma maravilha nos trópicos e uma bolha de glamour num mundo castigado pelo racionamento. Não faltava meia-calça nem Chanel n 5, mesmo que a maioria da população não tivesse o hábito de usar nem um nem outro.
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EDITORIAL
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PELE E CINTO
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ÁGUIAS
em pouso O legado dos anos 40 para a moda é enorme, e muito do que se vestiu na conturbada década do século XX pode ser visto hoje em clássicos como o estilo militar e os elegantes trajes femininos de passeio. Para os homens, o militarismo ficou imortalizado em casacos de bolsos grandes, os tons terrosos e os calçados pesados. O closet feminino elegante é dominado pelas saias na altura dos joelhos, cinturas ajustadas e camisaria. Os trench coats, o xadrez inglês, peles e plissados também são dos tempos da Ocupação. O louro platinado segue a tendência da época. Em um rápido pouso na Base Aérea de Parnamirim, GLAM revisita um tempo que marcou também a história potiguar. Voe com a gente...
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C AMISA A MÍSSIMA PARA Y OLLA , SAIA EM COURO C HICLETS COM G UARANÁ PARA M AISON T RÁFEGO , CINTO B LU K, SAPATOS V IA U NO , ANEL A NDREA M OURA
FICHA TÉCNICA E DIÇÃO DE MODA : G EORGE A ZEVEDO F OTOS : H UMBERTO L OPES T RATAMENTO DE IMAGEM : S TUDIO HUM (A NDREW F RANÇA ) S TYLING : L UIZ H ENRIQUE A ZEVEDO B ELEZA : A BISS F ONTES M ODELOS : C AROL P ACHECO , N ICHOLAS C ESCONETO , A RTHUR M UNIZ , P EDRO V ILARIM E R ODRIGO S ILVA (T RÁFEGO M ODELS ) A GRADECIMENTOS : B ASE A ÉREA DE P ARNAMIRIM E S ARGENTO C ORREIA
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Uma bela mulher e um hotel inesquecível como cenário. Nada remete tanto ao filme protagonizado pela estonteante Audrey Hepburn, em 1961, quanto esta imagem em preto e branco. A modelo Monique Rêgo é o rosto delicado de boneca digna de uma Holly. Para completar, as dependências de um hotel que, se não é o histórico Plaza de Nova York — local onde foi rodado o filme de Blake Edwards celebrado até hoje como ponto histórico da Big Apple
Bonequinha — está a altura do glamour imortalizado pelo filme. O novíssimo e elegante hotel Best Western Premier Majestic fez as honras para estaa Bonequinha de Luxo num tributo ao clássico de todos os clássicos da moda: o vestido de festa. São roupas atemporais, que sempre farão a diferença em um grande salão. Tecidos nobres como organza, paetês, aveludados, rendas, alfaiataria, pérolas e joias comprovam que o que é bom sempre estará na moda.
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FICHA TÉCNICA E DIÇÃO DE MODA : G EORGE A ZEVEDO F OTOS : L UIS M ORAIS S TYLING : W AGNER K ALLIENO A SSISTENTE DE S TYLING : L UIS H ENRIQUE A ZEVEDO B ELEZA : W AGNER K ALLIENO M ODELO : M ONIQUE R EGO (T RÁFEGO M ODELS ) T EXTO : C INTHIA L OPES A GRADECIMENTO : H OTEL B EST W ESTERN P REMIER M AJESTIC
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FERA
radical Que a onça é um clássico, todo mundo já sabe. O pretexto para revisitar a estampa mais charmosa do reino animal, é mostrar que os excessos são permitidos quando se sabe brincar com as padronagens. O novo é usar um mix com tons e tamanhos diferentes deixando o look marcante. Radicalize se for capaz!
C ALÇA E C INTO : L E L IS B LANC R EGATA : B O .B Ô P ELE : T EREZA T INÔCO C OLAR : S OL B IJOUX
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FICHA TÉCNICA E DIÇÃO DE MODA : G EORGE A ZEVEDO F OTOS : L UIS M ORAIS S TYLING : W AGNER K ALLIENO A SSISTENTE DE S TYLING : L UIS H ENRIQUE A ZEVEDO B ELEZA : A BISS F ONTES M ODELO : T HAIS V IANA (T RÁFEGO M ODELS )
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Projeto da Trรกfego prepara jovens para as demandas do mercado de Moda e Publicidade
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para o futuro
Até o início da década de 90, a profissão de modelo no Rio Grande do Norte não era delineada em padrões e normas de mercado. Bastava ser bem relacionada e ter "sex-appeal" para tirar uma onda na passarela. Quem primeiro sentiu a carência de profissionais de moda foi o segmento publicitário. Era comum ver campanhas de empresas locais com modelos de outras cidades como Recife e Fortaleza. Duas décadas depois e nada é como antes. O segmento se ativou, a demanda cresceu e a mão de obra tornou-se mais especializada. Hoje, é corriqueiro encontrar modelos potiguares atuando em editoriais para revistas, ou nas campanhas e desfiles para o mercado nacional e até internacional. No setor há 18 anos, a Agência Tráfego Model se destaca como uma empresa catalisadora das melhores models em atividade nas duas maiores cidades do Estado - Natal e Mossoró. Além de realizar anualmente o concurso Tráfego Look, a agência tem um casting de experiência e padrão nacional. Com a correria e as exigências que surgem a cada hora, a Tráfego vai acelerar o processo de formação daquelas meninas que tem interesse em entrar na profissão. Trata-se do projeto Modelando, que teve início em março com o crivo do próprio diretor da agência, George Azevedo. “O Estado está muito bem em matéria de profissionais para a moda. Isso é um fato. Mas observo que quando uma empresa ou fotógrafo quer contratar um modelo para uma campanha, a escolha pende sempre para as veteranas, as que
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tem mais experiência”, argumenta o produtor, axresxentando que isso não é uma particularidade local. “Seja em Natal ou São Paulo, uma produção envolve muita gente. E uma modelo que não rende poderá colocar todo o trabalho a perder”. O objetivo do Modelando é fazer dessas meninas boas modelos com menos tempo possível. “Eu não chamaria de curso, é um projeto de preparação para suprir a demanda dos setores que mais contratam. Precisa ser versátil; saber posar para fotos, se vestir corretamente, ter um repertório expressivo para aquilo que o cliente quer", explica ele. Por outro lado, George alerta para alguns modismos: “Comerciais que usam os próprios funcionários do cliente contratante, isso inclusive estudantes, familiares destes... É raro ficar bom, geralmente o resultado é amador. Quem tem um produto precisa ter o melhor profissional para mostrá-lo". O Modelando tem duração de três meses e começou com 42 adolescentes e 12 crianças. Em um mês, elas já tiveram aulas de passarela com Luis Henrique Azevedo, de moda com Wagner Kallieno, fotografia com Humberto Lopes, entre outros. Dessa turma, várias já estão sendo solicitadas a fazer pequenos trabalhos antes mesmo do final do curso. A próxima temporada do Modelando começa em agosto. O produtor George Azevedo está diretamente envolvido com o projeto, em contato diário com as modelos. “Ao final da aula temos muitas conversas, abordamos o emocional para uma possível futura carreira profissional. Isso inclui trabalhar as negatividades inerentes à profissão, frustrações que são impostas para quem está começando na carreira”.
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01 - Livia Barbosa | 02 - Julia Severo | 03 - Vitoria Lins | 04 - Thainara Walesca | 05 - Nayara Suassuna 06 - Betânia Tavares | 07 - Beatriz Azevedo | 08 - Rebeca Lins | 09 - Vanessa Muniz| 10 - Paula Lima 11 - Joana Costa | 12 - Lorena Marques | 13 - Aline Nagy | 14 - Mariana Oliveira | 15 - Thayrrane Senna 16 - Anna Clara Oliveira | 17 - Bruna Beatriz | 18 - Stephane de Camargo | 19 - Priscilla Cortez | 20 - Fernanda Vilella | 21 - Raquel Pinheiro | 22 - Mariana de Oliveira| 23 - Hyngrid França| 24 - Rosa Lima | 25 - Bruna Maciel 26 - Cibele Abbott | 27 - Mariângela Costa | 28 - Louise Godoy | 29 - Helena Di Choff | 30 - Milena Balza 31 - Marina Graziela | 32 - Sarah Torres | 33 - Fernanda Miranda | 34 - Ana Clara Lira | 35 - Cecília Nóbrega 36 - Sabrina Bezerra | 37 - Ana Flávia Perez | 38 - Alice Di Carli | 39 - Jessyca Gabriela | 40 - Rebeca Câmara
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FORMANDO UM CASTING INFANTIL
Fotos: Hu,berto Lopes | Beleza: Junior Oliveiros
Quando o assunto é criança, a responsabilidade é redobrada. Talvez por isso mesmo seja a primeira vez, em 18 anos no mercado, que a Tráfego Models agencia e prepara um casting de modelos kids. As aulas acontecem aos sábados e o conteúdo difere daquele aplicado as modelos adolescentes. "O aproveitamento tem sido excelente, pois todas as 12 meninas continuam no curso", destaca Sandra Máximo, que coordena as aulas temáticas, com brincadeiras e jogos. O grande objetivo é formar um casting infantil o mais qualificado possível, buscando de forma tranquila familiarizá-las com o meio publicitário, dando dicas sobre as características dos trabalhos fotográficos para catálogos de coleções, comerciais para televisão e desfiles. “É difícil trabalhar com crianças onde já existe uma oferta natural, mesmo que informal. Geralmente partem das mães que gostam de corujar as filhas. Mas sem um mínimo de experiência, ninguém pode garantir as surpresas que acontecem quando se está lidando com elas, em ambientes que possam causar estresse", alertou George Azevedo. “Essa familiaridade já facilita na hora do trabalho. Já vi muita produção onde a criança não gosta da roupa e começa a chorar. O curso orienta as mamães nesse sentido também”. 41 - Amanda Rodrigues | 42 - Jhenifer Cunha | 43 - Kemile Terto | 44 - Laura da Matta | 45 - Elika Vilar | 46 - Ingrid Collier | 47 - Ana Julia Fontes | 48 - Analu | 49 - Letícia Nogueira | 50 - Maria Alyce | 51 - Sthéfanny Barreto
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NEWS
JETSONS: RETROMANIA NA DRESS TO Se você tem mais de trinta anos, já deve ter ouvido falar na série de animação Os Jetsons, ons, produzida pela Hanna-Barbera nos anos 60. Os desenhos eram exibidos na TV brasileira até a décaécada de 80 e retratavam um futuro tecnológico e idealizado, onde existiam carros voadores, cidades des suspensas e robôs para fazer as tarefas domésticas. A marca Dress To fechou uma parceria com a Warner Bros para usar as imagens dos Jetsons em suas coleções. A primeira delas, que já chegou nas lojas de todo do o País, leva de produtos com os clássicos personagens em camisetas descoladas num estilo bem sessentinha, moletons, olet lingeries e necessaires. A linha Jetsons é edição limitada.
VIAGEM AO MUNDO DE HARRY POTTER Lumos é o título da nova exposição do fotógrafo potiguar Andrey Lourenço, baseada na saga literária Harry Potter, escrita por JK Rowling. O casting de modelos Tráfego Models encarna os personagens do best seller mundial em fotografias conceituais. A exposição será apresentada em evento neste ano, e contará com várias atrações inspiradas na temática do jovem bruxo - fotografia, música, performances teatrais, dança e desfile de moda que contará com criações conceituais assinadas pelos estudantes do curso de estilismo do SENAI.
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MISS BRASIL, UMA NOVA HISTÓRIA O concurso Miss Brasil vai passar por uma de suas maiores mudanças. A partir de 2012, vai se chamar “Miss Universo Brasil”, seguindo a nomenclatura internacional. Com a parceria firmada entre o Grupo Bandeirantes de Comunicação e o Miss Universe Organization, a rede de televisão brasileira ganhou os direitos da coordenação e exibição do concurso nacional, através da Enter, empresa de eventos do grupo. Durante encontro com as coordenações estaduais e nacional realizado em abril, foi definido o novo regulamento dos concursos estaduais e reforçado o padrão de qualidade da marca, mantida ao longo de seus 60 anos de história e mais de 50 anos no Brasil. Como coordenador no Estado, o produtor George Azevedo celebra a parceria com a Band local para a realização do Miss Rio Grande do Norte 2012, no início de julho. As inscrições para todos os municípios já começou na Tráfego Models, nos escritórios de Natal (84-3206-3052) e Mossoró (84-3316-1120). Na foto ao lado, o coordenador George Azevedo e a Gerente de Marketing da Band Natal, Meyre Dutra.
INSTAGRAM, A POLAROID DOS NOVOS TEMPOS Antes da era digital, o mundo era mais simples e cabia numa Polaroid. A popular máquina analógica de fotos instantâneas já não existe mais. Até a poderosa Kodak, fabricante dos filmes, faliu! Mas a nostalgia continua por aí. Tanto que o hit do momento é o Instagram, o aplicativo fotográfico para celulares iPhone, iPad e Android que captura e edita imagens através de filtros que dão aquele efeito vintage, muitos contrastes e luz estourada. Criada há dois anos pelo americano Kevin Systrom e o brasileiro Mike Krieger, a nova rede social de fotos alcançou a marca de 30 milhões de usuários e recentemente foi vendida ao Facebook. O mundo da arte e, claro, da moda tem feito bom uso do aplicativo. Estilistas, jornalistas, artistas e fotógrafos usam para divulgar, registrar e dar efeitos diferentes aos seus ensaios. O fotógrafo de moda Luís Morais já é um usuário desse e de outros aplicativos, e diz que é uma maneira de treinar novas ideias: “Uso para divulgar o meu trabalho. Mostro making das campanhas, mas gosto mesmo é de fotografar coisas interessantes, treinar criatividade com diversos filtros; na verdade misturo vários aplicativos para poder postar fotos”, diz ele. Outro que também já utiliza para criar efeitos é Humberto Lopes, que já realizou alguns editoriais e costuma compartilhar de forma instantânea o making of das campanhas que faz. 140 |
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NEWS
NATAL SHOPPING EM EXPANSÃO O Natal Shopping entre em uma nova era. O mais antigo shopping center da cidade faz sua primeira grande intervenção em vinte anos de funcionamento. Até setembro de 2013, o maior centro comercial do bairro de Lagoa Nova deverá inaugurar 69 novas lojas. Serão 66 ‘satélites’, uma âncora e duas megastores. Seis lojas 'já foram confirmadas: a franquia das Havaianas, Sunglasshut, Ibyte, Graciosa Solaris, Rutra e Gato e Sapato. As duas megastores são a Centauro e Cinépolis, que vai operar as salas de cinema numa segunda etapa. Falase também na loja de departamentos espanhola Zara e do restaurante e churrascaria Outback, mas são nomes ainda não confirmados. O prazo anunciado para a entrega das primeiras lojas é a partir do segundo trimestre de 2012, então espera-se uma movimentação grande no shopping para as compras do período natalino. No local onde funcionava a âncora Rio Center (que está em obras e ganhará um novo espaço) está sendo construído um estacionamento, ampliando a capacidade para 1,2 mil veículos. De acordo com o superintendente do Natal Shopping, Rodrigo Vitali, a expectativa é que a maioria dos contratos seja assinada até o segundo semestre de 2012. O lançamento do projeto de expansão teve dois momentos no final de março. Um café da manhã para apresentar o projeto, realizado no Olimpo, e uma festa no Ocean Palace. As lojas devem ser entregues a partir do segundo trimestre e entrar em operação dois ou três meses depois. Segundo Rodrigo, não é possível estimar quanto será investido por loja, mas ele dá pistas. "Operacionalizar uma loja satélite normal custa R$ 300 mil; uma satélite maior, R$ 1 milhão. Uma mega loja, R$2 milhões, R$ 3 milhões". O projeto e as marcas confirmadas serão apresentados hoje a investidores e convidados.
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A blogueira Flávia Pipolo foi conferir o lançamento Overend.
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Imersão nos anos 70
Fotos: Aurino Neto
Nova York era o epicentro da revolução cultural de 70 e convivia com dualidades: de um lado criminalidade; do outro a arte em ebulição. Um pedaço desse universo ganhou releitura da Overend em sua nova coleção, que teve lançamento em Natal com direito a desfile, show de Mad Dogs e toda a atmosfera de Frank Serpico e companhia. Juiz Francisco Dantas Pin to
Larisa Lima, a Miss Natal 2012, linda e loura.
Cyrus Benevides e sua Gabriela.
Modelo Isaac Avelino em ação.
Neto Mozart, George Aze vedo e Nicácio Jr.
Queridas. Soraya Simonetti e Léa Marinho.
Show da banda Mad Dog
Renato Telles, arquitetan do
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Lívia Barbosa, Rebeca, Vito ria Lins e Stefany de Camarg o. Lindinhas!
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GIRO
Fotos: Aurino Neto
À moda mineira Consagrada pelo seu brilhante trabalho à frente da marca Squadro, a estilista mineira Renata Campos que agora investe no próprio nome para suas coleções desembarcou em Natal para ver, in loco, o lançamento de sua coleção outono/inverno 2012. No movimentado Espaço Tereza Tinoco, um desfile bárbaro e concorrido!
Daniele, Sovânia... Conver sa boa.
Nathália Faria vestindo sua própria marca.
Cecília Nobrega, modeland o...
Tereza Tinoco em momento MODA & ATITUDE com Erik a Nesi.
New face Sabrina Bezerra , mostra coleção TT.
Wanda Fernandes na assess oria.
Kelly Fonseca e Joana Cos ostta, a, na passarela...
Tereza Tinoco recebendo Marta Tatche e Cláudia Galindo
Bebel Tinoco. Salve simpat ia!
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Renata Campos, sรณ elogio s ao casting Trรกfego Models.
Sofia Macedo, It Girl.
Tereza Tinoco recebendo Gorete Tito.
Toda simpatia de Priscila Gimenez.
Rossana Fonseca
Barbara Varela, brilho tot al!
Renata Campos e George Azevedo.
Todo charme de Janine Far ia.
Erika Nesi, de olho...
Daniele Fonseca. Querida !
Melina Ferreira de Souza foi conferir o lanรงamento.
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GIRO
Fotos: Aurino Neto
Expansão em festa O lançamento da expansão do Natal Shopping foi digna de duas celebrações. Primeiro no café da manhã, com direito a presença da atriz Flavia Alessandra, que veio abrilhantar o evento. Depois, uma festa animadíssima no Ocean Palace. E claro que Glam esteve por lá fazendo um registro todo especial.
Djalma Correa e sua esposa Priscila em uma conversa animada com Larissa Cos ta.
Rodrigo Vitali e Suzana Sch ott no comando da festa.
Djalma, Habib Chalita e Mey re Dutra... Conversa animada.
Odete Guerra, super Glam!
Larissa de Paula e Daniele Monte.
Flávio Monte, Odete Gue rra, Sovânia e Antonio Carlos. ..
Luanda Galvão, cheia de cha rme.
Orismar Almeida e Miriam , casal querido.
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Anilson Knight recebe o car riinho de Suzana Schott.
Com a palavra... Jota Oliv eira.
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Nati Bandeira soltando as trilhas.
Gustavo Grandi e Juliana .
Fotos: Luciano Toscano e Suely
Priscila Gimenez e Kelly Fon seca encerrando o fashion show.
Nathalia Faria e Juliana Flo r, no registro para o blog Nathi& Ju.
Allan Felipe e Luan Pericle s, causando frisson...
Se Victoria’s Secret tem as suas ‘’angels’’ a gente também pode ter as nossas. Uma prova foi o desfile da Jogê no Midway Mall, com ‘’dream team’’ da Tráfego em ação: Larissa Costa, Andreia Schultz, T Clarice Mousinho, Cloe Padilha, Daliane Menezes, C Carol Pacheco, Kely Fonseca e Thaysa Bello. C
Fotos: os: Gilen Gi Gileno lenoo Escócia len Escó Escó cóci ciaa
Angels na Jogê
Andréia Schultz, maravilho sa!
Luciana Toscano Cristina Pinto
Luzia Mara Marinho e Car men Macedo
Bebel Tinoco
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Leonardo Marques, Priscila e Elizabete Gimenez, Luciana Lima e Gustavo Grandi
O cast poderoso Tráfego Mod els e a moda Jogê
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Ana Rê Emereciano
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Helô Rocha entre amigas
Ana Flávia Peres modeland o...
Na casa de Têca
Flávia Pípolo confere peç a da nova coleção Têca
Fotos: Luciano Toscano
A estilista Helô Rocha recebeu amigos e clientes para apresentar as novas coleções. O lugar não poderia ser mais charmoso: a loja Têca/Home, na Afonso Pena, Petrópolis. A linha Vintage Têca & Friends é tudo de linda! Amamos.
Múcio e Aldaniza Sá tietand o
Priscila e Valéria Cavalcanti conferem as tendências
Helô Rocha "só no carão!" Sabrina Silveira super glam
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Fotos: Eduardo Federice
TANTAS EMOÇÕES Um dos mais emocionantes eventos sociais da temporada foi sem dúvida o casamento de Camilla Siqueira e Carlos Eduardo, dia 20 de abril, na capela de Nossa Senhora do Brasil, em São Paulo. A recepção aconteceu na Estação São Paulo, com buffet assinado pelo chef francês Christian Jean-Marie Formon. O casal é filho de Pedro Roberto Siqueira e Patrícia do Monte Brasil Siqueira e de Carlos Eduardo Lopes e Fátima Lélia Tizon. Camilla, linda de viver, vestiu um modelo confeccionado pela Rosa Clará. Cenas que ficarão na memória dos noivos e convidados.
Pedro Siqu eira condu zindo sua filha Cam illa
Nossa O belo cenário da igreja sil Bra Senhora do
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Só alegria !
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Juras de a mor...
os a e Carl o: Fátim lh fi e e Mã Eduardo
Pais da noiva, Patrícia e Pedro Siqueira
A tradição ao som de Ave Ma ria
A família completa
Mimo dos pais | 159
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SHOPS
ANIMAL PRINT, PAETÊS, METALIZADOS E ANOS 20 FAZEM A FESTA DAS VITRINES NA TEMPORADA
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Jaqueta Yolla, regata e calça Bob Store, bolsa Bagatelle
PURO METAL
Metalizados continuam em alta também nesta temporada de inverno, aplicados ao couro ou em tecidos com brilho como o lurex. Harmonize com peças lisas para não ficar over. Uma pegada rock, mas muito chique.
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Saia dourada Estrela Viva
Bolsa Sol Bijoux
Jaqueta BoB么
Cinto BoB么 Estre Viva Short Estrela Jaqueta Botswana para Yolla, blusa Day by Day para Alian莽a, saia Love It para Yolla, cinto e colar Sol Bijoux
Blusa Estrela Viva, colar e brinco Sol Bijoux, cluts Myosotis, bracelete S Design
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SHINE!
Regata BoBô, saia M & Guia, pepper toe Via Uno, bracelete S. Design
Enquanto houver noite e glamour, o paetê terá seu lugar no pananteão da moda. E ele sempre ressurge com novo frescor. Você pode de usar tanto as peças sofisticadas para a noite, como de dia em pequeuenos detalhes, blazers, sapatos, bolsas, coletes, cintos. Um detalhe he pode fazer toda a diferença no seu look.
Colete Dress To
Carteira Via Uno Ca
Cinto Dress To
Casaco Love It para Yolla, saia Dress To, sapatos Carmen Steffens, cluts S Design Vestido paetê Toli
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Blazer paetê Le Lis Blanc
Scarpin Yolla
Short Estrela Viva
Sandália Schutz oara Myosotis
Blusa BoBô, short Bagatelle, scarpin Bobô, bolsa Carmen Steffens e bracelete S Design
Vestido azul Lee Loo para Bagatelle e pepper toe Via Uno
Blazer Bob Store, saia Agilitá para Yolla Village, scarpin BoBô
Blusa paetê vermelha Bain Douche, short BoBô, sapatos Carmen Steffens
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Sapatilha Sapati ilha dourada Mr Cat Saia Day by Day para Aliança Center
Carteira Sol Bijoux
Sapato dourado Schutz para Myosotis
Carteira Mr Cat Cat
Colar Sol Bijoux
Sapatilha prata Dress To
Bolsa Schutz para Myosotis
Blusa Bob Store, calça Letarge para Bagatelle, cinto Via Uno, sandália BoBô, bracelete S Design e brincos Sol Bijoux
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Cluts Le Lis Blanc
JOGO DO
BICHO Cinto C Ci n o Via nt Via Uno Unno
Aposte da onça e arrisquese no visual poderosa sem cair no clichê. A dica é misturar os tamanhos e os tons das estampas. Também pode contrapor contr estampas com preto e outras estam de felinos, como tigres e leopardos. É chique!
Cinto Dolce & Gabanna
Bracelete Sol ol Bijoux
Scarpin Carolina Martori Camissa Yolla, Short Bobstore, Bolsa e Tênis Carmen Steffens
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Bolsa Dolce & Gabnna
Bolsa Luz da Lua para Myosotis
Blusa Alianรงa Center, saia franja Estrela Viva, Sapatos Via Uno
Dolce Saia Dol Gabnna & Gabn
Short Estrela Viva Viiva
Bolsa Carolina Martori
Vestido Estrela Viva
Peper Toe Mr Cat
Botinha Mr Cat
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INFORME PUBLICITÁRIO
BAZAR LA BOUTIQUE Sucesso de vendas e público
1ª Edição Natal
O
Bazar La Boutique vem se firmando como um importante ponto de encontro das melhores marcas e estilos com descontos de até 70% OFF, além de oferecer uma eclética programação cultural, musical e de responsabilidade social a um público exigente e formador de opinião.
Após quatro edições de sucesso em Fortaleza, capital cearense, o Bazar La Boutique chega à Natal com a proposta de unir moda, estilo e oportunidade em um só lugar. Nos três dias de evento, o público visitante teve a oportunidade de comprar produtos de grandes marcas com descontos de até 70% OFF. A sofisticação, cultura e filantropia interagiram harmoniosamente através dos diferentes espaços criados pelos organizadores do evento, os empresários Manuela e Angelo Bau. ‘O grande diferencial do BlB, é o cuidado que temos com a diversidade e qualidade das marcas participantes, os valores e descontos e, principalmente, o projeto organizacional, que envolve exposição de moda e arte, música de qualidade, brinquedoteca cultural, decoração e gastronomia, tudo isso com muito charme e sofisti- cação’, diz Manuela Bau. Segundo Angelo, o evento surgiu da necessidade do mercado escoar seus produtos, porém de uma forma diferenciada, em um ambiante aconchegante e com infraestrutura adequada para receber toda família. Firmando seu conceito de responsabilidade social, o Bazar La Boutique, doou um espaço de destaque para o GACC – Grupo de Apoio à Criança com Câncer, para a comercialização dos seus produtos junto a ações informativas e preventivas.
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Marcas participantes na 1ª edição Levi’s . Scala . Santa Lolla . Love . Kayland . Mc Garvey . Cronic . Stalker . Dólmen . Collezione . New York New York . IL-K . Skyler . Ap Acessórios . Lasso Lingerie . Cipolla . Vieux Gitan . Rihomo . Linda Clara . It! . PortoFit . Moda. Com . Dorothy . Handara . Tibum . Hirus . Quezoa . Vakko . Shioó . Northwind . Hollister . Abercrombie & Fitch. Morena Rosa . Maria Valentina . Zinco e muito mais...
Lounges Interativos Responsabilidade Social: GACC - Grupo de Apoio à Criança com Câncer Espaço Gourmet: Neuma Leão Buffet e Decoração Espaço Café: Kopenhagen Gelateria: Originale Brinquedoteca Cultural: Safari na Brinkids Espaço Saúde: Academia Ponta Negra Fitness Exposição de Arte: UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte G Programação P r Musical: Curadoria com Dj Dilvan e Djs convidados Música M ú ao Vivo: Denice Maria Espaço Glam: Revista Glam Esp Decoração Deco e Paisagismo: Abitare e Carlos Leão com assinatura de Neuma Neum Leão
Assessoria de Imprensa: Simone Silva Apoiadores: Stand Show, Tribuna do Norte e Espacial Eventos Promoção: Mix FM
Local: Centro de Convenções Data: 10, 11 e 12 de Maio de 2012 Horário: 10:00h às 21:00h Entrada e Estacionamento Gratuitos
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Aceitamos todos os cartões de crédito
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MENINA DE
FRANJA Nada foi tão moderno quanto viver nos anos 1920. Uma década de encantamento e prosperidade nas artes e no vestuário. Uma verdadeira ode a esse tempos modernos chegou para dominar a cena no melhor estilo das 'flappers girls''. Franjas, canudilhos, pérolas, plumas e peles relembram as melindrosas que tanto sensualizavam nos salões da Belle Époque.
Blusa com pedras e plumas Letarge para Bagatelle
Vestido em tule da Le Lis Blanc
Pele Lee Loo para Bagatelle
Vestido Maison Tereza Tinoco, sapatos Myosotis pulseira e brincos de pérolas Andrea Moura
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Lingerie Jogê
Colar gola em pérolas da Sol Bijoux
Colar com pérolas Sol Bijoux
Vestido em franjas Red Carpet para Guilhermina, bolsa e sandálias Myosotis e pulseira Andrea Moura
Saia franja da Estrela Viva
Bolsa Laura Lima para Bagatelle Cluts em pérolas Sol Bijoux
Scarpin Esdras para Myosotis
Sandália Mr Cat
Sandália Esdras para Myosotis | 173
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DUELO EM
Camisa xadrez Overend
PRETO E
BRANCO... Quando juntos, eles retratam o mais clássico traje do guarda-roupa masculino, o smoking. Mas no dia a dia, o preto e branco tem suas regras, sobretudo para os homens. Veja como você pode usar alguns looks em dois tons.
T-shirt Overend, colete Rockstter para Yolla Village, óculos Diniz Prime
brran b a ca ca Calçaa branca Adji A Ad dji ji
Bolsa esportiva Lacoste
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Polo e cardigan Lacoste, calça Adji, sapatos Overend
Blazer Rockstter para Yolla Village
Bermuda com estampa geométrica Overend
Cueca Overend
Sapatênis Mr Cat | 175
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Cinto Overend
Suéter tricô Lacoste
Polo marrom Adji
TERROSOS NO FRONT Entre os tons terrosos, o marrom geralmente está em segundo plano. Aqui, ele aparece protagonista em várias possibilidades, para um homem moderno e urbano. Polo Lacoste Bota Raphael Steffens
Camisa Rockstter e calça Fórum para Yolla Village, cinto Adji e sapato Mr Cat
Sapato Mr Cat
FICHA TÉCNICA - SHOPS EDIÇÃO DE MODA: GEORGE AZEVEDO | FOTOS: HUMBERTO LOPES | TRATAMENTO DE IMAGENS: STUDIO HUM (ANDREW FRANÇA) STYLING: WEUQUENS QUEIROZ | BELEZA: JUNIOR OLIVEIROS | MODELOS NA SEQUÊNCIA: MONIQUE RÊGO (CAPA); RECEBA CÂMARA (METAL); SABRINA BEZERRA E VITÓRIA LINS (PAETÊS); MILENA BALZA, MARIANA OLIVEIRA E JOANA COSTA (ONÇA); BEATRIZ AZEVEDO (ANOS 20); LUAN JÁCOME E RODRIGO FERNANDES (HOMENS) | AGÊNCIA: TRÁFEGO MODELS 176 |
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BELEZA
A onda retrô também foi pega pelos cabelos. A vez agora são as ruivas naturais, cujos cabelos tem um tom de acobreado e ferrugem. O ruivo fashion da modelo Helena Dichoff é criação do hair stylist Abiss Fontes.
ACENDA ESSE
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CABELOS
A LIGA DAS
RUIVAS POR PRISCILLA LUNA
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Existe algo de muito misterioso no mundo dos ruivos. E isso vem dos primórdios da humanidade. A história mostra que a figura de cabeleira cor de cobre sempre esteve associada ao místico e diferente. Homens e mulheres de cabelos de fogo já foram alvo de todo tipo de tabu, na vida real ou nos romances da literatura clássica. Só para se ter uma ideia dessa atração, até Eva, a primeira mulher da face da terra, ganhou nas telas dos artistas as madeixas avermelhadas. Na obra do escritor inglês Arthur Conan Doyle, o criador do detetive Sherlock Holmes, uma das histórias mais famosas é “The Red-Headed League”, a “Liga dos Ruivos”, uma entidade misteriosa que dava dinheiro a certos tipos de homens pelo simples motivo deles serem...ruivos! O motivo desse culto é a raridade dessa característica genética, já que apenas 2% da população mundial tem cabelos avermelhados naturais. Por serem tão exclusivas, as mulheres ruivas são vistas principalmente como figuras de personalidade forte e que atraem olhares tanto dos homens quanto de seu próprio gênero. De uns anos para cá, as ruivas voltaram com muita força aos holofotes mundiais, já que várias personalidades de cabelos acobreados surgiram no mundo dos famosos, todas mulheres muito interessantes. A cantora americana Florence Welch, a atriz brasileira Camila Morgado, a modelo Cinthia Dicker, Christina Hendricks, do seriado americano “Mad Men”, a super estilista Vivienne Westwood, a fashionista e blogueira Julia Petit, dona do ruivo não-natural mais desejado do Brasil, e por aí vai. A lista de mulheres de personalidade forte e cabelos poderosos é enorme. Outra característica que ficou associada a elas, na década de 40 e 50, foi a sensualidade, já que muitas pin ups — modelos cujas imagens eram sempre em poses sensuais e exerciam grande apelo entre os homens — tinham cabelos avermelhados. O passado é fértil de mulheres ruivas poderosas. A rainha Elizabeth I da Inglaterra era ruiva. As atrizes de Hollywood também foram responsáveis por popularizar o ruivo. Lucille Ball, Ann Margaret, Maureen O´hara, Debora Kerr, Betty Grable e Marylin Monroe, que era ruiva natural, fizeram grande sucesso não só por suas atuações, mas também pelo visual exótico e chamativo. Olhando para o mundo da moda, vai e vem os cabelos cor de ferrugem ressurgem com força. Para as mulheres que não tem esse gene, mas querem ser ruivas, é preciso um tanto de coragem. E também de paciência, já que se trata de uma cor complexa até chegar ao ruivo mais natural possível. É preciso antes de tudo procurar um especialista no assunto, já que o tom desejado exige diversas visitas ao salão para chegar à cor perfeita. Alguns especialistas, como Branca di Lorenzo, contam que não necessariamente é preciso descolorir os fios antes da tinta, já que há bases claras o suficiente para tingir de ruivo. Já Vinícius Silveira comenta que o processo, às vezes tem duas etapas: “se a pessoa ainda tiver resquícios de tinta nos fios, é preciso fazer uma remoção do
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pigmento, para só então aplicar a tinta”. A própria Julia Petit já comentou que não descolore os fios, já que só retoca a tinta nas raízes do cabelo virgem. É preciso escolher produtos adequados para cabelos coloridos e fazer hidratações freqüentes para manter os fios saudáveis. Os tons vão do vinho/acaju mais escuros até o alaranjado queimado. As cores mais escuras (os vermelhos) já tiveram sua fase na década de 90, mas as cores acobreadas claras são as must have da estação, procurando o tom mais parecido com o ruivo natural. A cor fica melhor em pessoas de tom de pele mais claro, já que é uma nuance muito forte. As "morenas e negras devem escolher outro tom de vermelho, que não os puxados para o laranja”, informa Vinícius Silveira. Após começar este processo de tingir os cabelos, é necessário cuidado diário para evitar o máximo de desbotamento da coloração. Prepare-se para investir, já que produtos de boa qualidade custam caro. A linha profissional Vitamino Color, da L’Oreal, o Bain Miroir, da Kérastase e a linha Radiant Red do John Frieda, este com preço mais acessível, são ótimas opções para o cuidado diário com as madeixas. O hair stylist Abiss Fontes, responsável pelo visual ferrugem da modelo Helena Di Choff — capa desta seção de beleza — observa que é preciso separar o vermelho do ruivo. "O ruivo vai do cobre aos tons de mel. São esses os tons mais acertados".
Ruivas: a sueca Ann-Margret de 'Viva Las Vegas', e Marina Ruy Barbosa
Sucesso na série Mad Men, Christine Henchicks foi eleita a mais sexy
MAQUIAGEM PARA QUEM VIROU RUIVA Cabelos tingidos, e agora? Como combinar este tom de cabelo com maquiagem? É mais simples do que você imagina e não tenha medo e apostar em um belo batom vermelho (laranja já é mais arriscado). Fica chique e atraente! Tons de sombras como lilás, verde-musgo, marrom e tons terrosos são perfeitos para as ruivas. Ruivas sempre foram e sempre serão sinônimo de mulheres de personalidade forte e atraentes e estão, mais uma vez, em alta. Por isso, se estiver com aquela pontinha de vontade de experimentar a cor, vá em frente, mas lembre-se de procurar um profissional que entenda do assunto e evite experiências caseiras com o acobreado... as chances de dar errado são enormes.
Hollywood: a irlandesa Maureen O-Hara e a escocesa Deborah Kerr
Ruiva do tipo "arrasa-quarteirão", a atriz Jessica Chastain (A Árvore da Vida e Histórias Cruzadas) em ensaio da Vogue francesa
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PROFISSÃO
AS TESOURADAS de Getúlio Soares Recordações e risos de um mestre na arte dos cabelos, que conquistou seu espaço e hoje faz parte da iconografia do Plano Palumbo POR PAULO ARAÚJO Plic, plic, plic. Era este o som que vinha de um quarto fechado a sete chaves, habitado por um jovem de 14 anos, na Natal provinciana de 1968. Guiado por informações de um curso por correspondência em fascículos, guardado numa caixa de madeira embaixo da camadapara o pai aos 20 avenida Hermes Fonseca, não descobrir tamanha ousadia, as mãos hábeis de Getúlio fabricaram as primeiras anos,Soares e entrar para o Panteão da Glória dos perucas genuinamente potiguares. “Eram belíssimas, feitas fionatalenses a fio, e nãofoicosturadas má- pezinhos coiffeures um pulo –àcom quina, como as de hoje”, conta o hair designercalçados (anglicismo utilizado por todo cabeleireiro hoje, em pantufas com estampas de pele de onça, mas que na verdade só deveria dizer respeito a quem realmente sabe “arrumar” fios de da cidadiga-se de passagem. Naquela época, ososgrandes forma graciosa) em meio às sonoras risadasBosco, – umaSeverino de suas marcas registradas. Tudouma sob verdadeira a de eram e Da Luz, esta última cumplicidade da irmã, Neuma, de quemdodepois se das tornaria sócio eblushes parceiroe de toda a vida. “Éramos divindade mundo tesouras, pós-compactos. Naquele tempo, o quatro salão mais chique e bem freqüentado de Natal era Bosco amigos, mesmo concorrentes, vivendo nossos Cabeleianos dourados”, reiro, localizado compara. na já fervilhante rua Afonso Pena. “Quando achei que estava pronto, fui “Tínhamos grandes festas na cidade e as pessoas se arrumavam não lá e pedi um estágio, na maior cara de pau”, relembra Getúlio, que na época estudava só para se casar, mas também para pegar um simples avião”, recorda. pela manhã no colégio Sete aliás, de Setembro. fazer de carreira. tudo no Quando salão, ninguém Foi utilizando aviões, que Getúlio“Bosco Soares me fez omandou diferencial da sua menos cuidar das clientes”. Foi certamente a melhor escola, porque só assim o aprendiz sonhava fazer intercâmbio, ele desembarcou em Paris, em 1976, para passar seis meses na casa do amigo pôde observar bailado da de profissão “Umaque vez já pedi potiguar Amaro Lima,o maquiador cinemapara que além entãodo eraplic-plic casadodas comtesouras. uma francesa brilhava nos para lavar o cabelo de uma senhora e quase matei ela afogada. De outra feita, tentei salões locais. Rapidamente, Getúlio ingressou na Ecòle de Maquillage Professionnel et de Maquillage Artistique maquiar uma colegafrancês manicure e elapara ficouo parecendo uma ‘prejura’”, compara, (ITM), centro de excelência até hoje ensino dos truques cênicos com pincéissacando para o teatro e a da memória o arsenal de vocábulos regionais que fazem a delícia da sua prosa. televisão. “Saíamos de lá para pegar o metrô pintado de todos os tipos: vampiros, bruxas, mocinhas, bandidos. Deblasés tentativa tentativa, o talento natural aflorou e adoravam Getúlio Soares fama Os franceses, comoem são, fingiam que não estavam nem aí, mas nossasganhou performances”. e projeção Bosco Cabeleireiro. Daí a abrir o próprio salão comalém o seu na o granDe volta à Natal, em desta vez num endereço da Afonso Pena, Getúlio tornou-se, de nome, cabeleireiro, gran anan d m de maquiador aquiiad ador dor d das as mulheres mulh ullhe here ere res potiguares. po oti tigu ua arres res. es “Cansei es “C “ “Can Can anssei sei de se de trabalhar traba raba ra balh balh lha arr até até té poucos pou ouco uco cos minutos cos min mi nu uto tos antes do réveillon”,, lembra, lembr em e mbr bra, a, a, cco com om um um p pouco ouco ou c de de nostalgia. nostal no nost sttal alg giia. a. “Naquela “Na “Na Naqu qu uel ela la época, époc ép oca, oc a, as as clientes clie cl i nttes ie es não nã ão o tinham ttin iin nham ha h am disponíveis disp di spon onív on ívei ív eiss ass informações ei inf n orma orma or açõ õess que qu ue e tem tem em hoje h hoj oje oj e na internet, por por or exemplo. exe xemp mplo lo. Meus M us Me us pincéis pin incé cé éis i eram era r m lei. le ei.. Ganhei Gan a he heii muito m it mu ito to dinheiro dinh di nhei nh hei eiro e soube sou ub be e gastá-lo ga asstá stá á-llo muito mu m uito iitto bem”, be b em m” ”, reforça, rre e efo ffo orçça, a, sem um pingo de remorso. Nessa época, épo poca ca, formou-se forrm fo mo ou u-s u-s -se em em Artes Art Art rtes es Cênicas Cên ê ic icas cas as na na UFRN, UFRN UF RN,, fez RN fe ez teatro teat te ea attr trro o com com m o ator atto or Jesiel Jessiiel Je el Figueiredo e integrou o Corpo de Baile do Balé Municipal, sob so ob a batuta batu ba tuta tuta ta rigorosa rig igor oro ossa de de Roosevelt Roo oosse evve elt lt Pimenta. Pim imenta. “Éramos “É “ Éramos
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cute cu cute te, cute, ma m a s se se mas ttiive esssse perperr-pe tivesse ma m an ne e ccii do d o no no manecido ra amo mo hoje hoje ojje eu eu era era ao ramo JJo ohn hn C assab a ablla anc n a potiguar po poti oti tg gu ua arr John Casablanca n o ele”, nã ee el e” ”, exagera, exag ex ager era, a, com com om o – e não bo b om humor humo hu mor de mor d sempre. sem mpr pre e.. O e nde ndend e-bom endere reço eço ç dos dos os p rriime m ir iros oss “catwalks” “ca atw twal wal alks ks” ks ” de de primeiros Ge G ettú úli lio o era era a lendária er lend le ndár nd á ia ár a Boutique Bou outi uti tiqu que Getúlio Mara Ma raca ra aca cang ng n ga allh ha a, dos doss paulistas do paul pa ullis u ista sta tas Nino Nino n e Maracangalha, Zé é Carlos, Carrlo los, s, endereço en nd der e eç e o fashion fashio fa sh hio on qu que e ma arrcco ou u época ép po occa an a cidade. cida ci d de da de.. “Recrutei “Rec “R ecru ec rute ru teii te marcou na as meninas as men enin nas as d a so soci occiied edad ade ad e e fiz fiz desfi d sde sda sociedade ffi ile les me m em mo orá ráve áve veis is n o Ia IIate, ate te, na Rampa Ram mpa p files memoráveis no e clube ccllu ub be América. be Am A mér é ic ica. Tudo Tud udo com com o apoio co apoi apoi ap oiio o do colunista do col olun unis nista issta t social soccial ial Jota ia Jo ota ta Epifânio, Ep piiffâ âni âni nio o,, da T da rriib ibu buna na do do Norte, No No ort r e, rt e, de de quem qu ue em m fui fui ui Tribuna vvi izi zin nh ho d du u ura rra ant nte e muitos muittos mu os anos ano nos e a vizinho durante qu q ue em m sempre sem empr pre serei sere se rei muito re muit mu ito grato”. grat gr ato o” ”. quem Nos anos No an a no oss 80, 80 0,, quando qua uan nd do a crise criisse exiscr exis exis ex issNos tte enc enc ncia ial dos dos 30 do 30 anos an no os se se instalou ins nstta alo ou e tencial um u ma de d esilu sillu si uçã ção amorosa ção am a mo orrosa ossa falou falo fa lou mais lou mais ma is uma desilução al a ltto o, Getúlio Getú Ge túlio lio deixou li deix de ixo ixou ou u o ssalão alã al ão o ssob ob o b os os alto, ccu uid idad ados os da da irmã iirrm mã ã e foi fo oii passar pas p assa as assa sar um m cuidados a an no em mB osssto o t n, to n, nos nos o E stados st ado ad oss Unidos. Un niid do os. s. ano Boston, Estados “ “F F Faz azzia a ad e tu ttudo: ud do o: era erra faxineiro, faxi fa xine xine neir eir iro, iro o, gargarr“Fazia de
çom, çom, b ço baby abyy sitter, ssiitt tter tte er, mas mas sempre se emp pre re de de olho ollho o ho no no jeito jeit jeit je io das das americanas da am mer eriiccan anas as se se arrumaarrrru a uma marem”. rem” re m”. Noutra No N outra utra ut a viagem via iag ge em à Paris, Pari Pa ari r s, s, cconquistou co on nq qui uist uist stou tou u a confiança con onfi fian ança an ça de de ninguém ning ni ngué ng ué ém menos me m eno nos os do do q que ue u e Jean Je ea an Philippe Phil Ph hilliip ppe e Page, Page, ag ge, e, llenda le end nda vi vviva va d va das ass ttesouras a eso es sou ourra oura as francesas fran fr ance an cesa ce sas para p pa ara ra quem que uem Getúlio, Getú Ge t li lio, o, certo ce errto to dia, dia, ia, pediu ia p di pe diu u para p pa ara ra ficar fic ica arr só só olhando ollha o hand ndo o movimento movi mo v ment vi ment me nto o no salão. no sal alão ão. “P “Peguei Peg gu ue ei uma um u ma cabeça cabe ca abeça beça be ç de de manequim ma m ane neq qu uim m e fiz fiz iz uma um ma a trança trra anç nça raborabora bobo de-peixe de-p de -p pei ex xe e com com om motivos mottiv ivo os indígenas os indíg nd n díg ígen enas en as peruca. numa numa nu ap eruc er uca. a. O coiffeur a. coiff oiff oi ffe eu ur pirou, piiro p rou, u, me me cconvidou co nvid nv vid dou u para par ara almoçar almo al lmo moçça a arr para para espanpa esp e span sp a an da to d to a secretária se ecr cret cret etár etá ária ária i dele del ele e me deixou ele dei eixo xou xo u ficar fi icca ar trabalhando trrab aba allha h n nd do com co om ele elle durante du ura rant ne nt seis sse eiss meses. mes eses ess. Foi es. F i fantástico!”. Fo f nt fa ntássti tico co o!”. !” ”. De De volta vol olta ta a pela pel e a se ssegunda egu gund gu gund nda a e definidefi de fiini ntiva tiva a vez vezz à Natal, Natal Nat attal, all, agora agor ag o a para or para o atual atu tual al endereço, Trairi, ende en de ere reço ço,, na rrua ço ua T ua rair ra irii, ir i, Getúlio Getúl etú et úllio o tamtam am-bém bém passou pass pa ssou a dar ss ssou dar a aulas aul ulas as no as no Senac, S na Se ac, c Ativa outros núcleos educacioAtiv At iva e em mo utro ut ro os nú núcl cclleo eoss ed ducac uccac a io i nais. nais na aiiss. Certa Ce C e ert rtta vez, rta vez,, ensinando ve ens ens nsin nan ando do d o sseus e s trueu t utr u ques q ess de qu de maquiagem maq ma qu uiage iia ag ge em e cortes co ort rtes es num num m barraco barr ba rrac rr aco ac o ao ao lado lad ado do lixão lix i ão o de de Cidade C da Ci dade de de Nova, No N ova, va, precisou va prrecis p eciisso ec ou u convencer con onve venc encer ncce err um um senhor se enhor nhor nh or a deixar assistir de eix ixar xar ar o ffilho ilho il ilho ho a ssssissti tir as tir as suas sua uas aulas. au a ula las. “Ele “Elle “E e fficou ico ic ou u ttão ão ggrato rato ra rato to ccom om m o ssucesso uces uc e so so do do salão sal alã ão o que que ue a família fa am m míl ília íl iia a montou monto onto on tou em m Felipe Feli Fe liip pe p e Camarão Cam ama arrão ão que que ue depois dep poi o s queria qu uer eria ia me me presentear pre esse e en nttea n tear ea ar com cco om um um porco!”. por orco orco co!” !. !” Para Para Pa ara aa além llé ém do do ttrabalho raba ra raba balh alh lho o de de propro p ro-ro fessor, fess fess fe sso orr, af aflorou flo orro ou no n ccoiffeur oiiff f eu eur o talento tale ta ent nto o
““QUE QUE G GEORGE EORGE A AZEVEDO ZEVEDO N NÃO ÃO M ME EE ESCUTE, SCUTE, M MAS AS S SE E T TIVESSE IVESSE P PERMANECIDO ERMANECIDO N NO OR RAMO AMO H HOJE OJE E EU UE ERA RA O JOHN JOHN C CASABLANCA ASABLANCA POTIGUAR POTIGUAR – E NÃO NÃO E ELE”. LE”. | 187 187
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avenida Hermes da Fonseca, aos 20 anos, e entrar para o Panteão da Glória dos coiffeures natalenses foi um pulo – com pezinhos calçados em pantufas com estampas de pele de onça, diga-se de passagem. Naquela época, os grandes da cidade eram Bosco, Severino e Da Luz, esta última uma verdadeira divindade do mundo das tesouras, blushes e pós-compactos. “Éramos quatro amigos, mesmo concorrentes, vivendo nossos anos dourados”, compara. “Tínhamos grandes festas na cidade e as pessoas se arrumavam não só para se casar, mas também para pegar um simples avião”, recorda. Foi utilizando aviões, aliás, que Getúlio Soares fez o diferencial da sua carreira. Quando ninguém sonhava fazer intercâmbio, ele desembarcou em Paris, em 1976, para passar seis meses na casa do amigo potiguar Amaro Lima, maquiador de cinema que então era casado com uma francesa que já brilhava nos salões locais. Rapidamente, Getúlio ingressou na Ecòle de Maquillage Professionnel et de Maquillage Artistique (ITM), centro de excelência francês até hoje para o ensino dos truques cênicos com pincéis para o teatro e a televisão. “Saíamos de lá para pegar o metrô pintado de todos os tipos: vampiros, bruxas, mocinhas, bandidos. Os franceses, blasés como são, fingiam que não estavam nem aí, mas adoravam nossas performances”. De volta à Natal, desta vez num endereço da Afonso Pena, Getúlio tornou-se, além de cabeleireiro, o grande maquiador das mulheres potiguares. “Cansei de trabalhar até poucos minutos antes do réveillon”, lembra, com um pouco de nostalgia. “Naquela época, as clientes não tinham disponíveis as informações que tem hoje na internet, por exemplo. Meus pincéis eram lei. Ganhei muito dinheiro e soube gastá-lo muito bem”, reforça, sem um pingo de remorso. Nessa época, formou-se em Artes Cênicas na UFRN, fez teatro com o ator Jesiel Figueiredo e integrou o Corpo de Baile do Balé Municipal, sob a batuta rigorosa de Roosevelt Pimenta. “Éramos
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magros feito umas arribaçãs”, brinca, lembrando de colegas como Arruda Sales, hoje a performática drag queen Danuza D’Sales. Ele também cursou um semestre de Psicologia e sempre teve um desejo imenso de ser jornalista. Para ampliar os negócios, Getúlio começou a produzir em Natal os primeiros desfiles de moda – uma forma de reunir, no mesmo espaço, cabelo, maquiagem e roupas. “Que George Azevedo não me escute, mas se tivesse permanecido no ramo hoje eu era o John Casablanca potiguar – e não ele”, exagera, com o bom humor de sempre. O endereço dos primeiros “catwalks” de Getúlio era a lendária Boutique Maracangalha, dos paulistas Nino e Zé Carlos, endereço fashion que marcou época na cidade. “Recrutei as meninas da sociedade e fiz desfiles memoráveis no Iate, na Rampa e clube América. Tudo com o apoio do colunista social Jota Epifânio, da Tribuna do Norte, de quem fui vizinho durante muitos anos e a quem sempre serei muito grato”. Nos anos 80, quando a crise existencial dos 30 anos se instalou e
uma desilução amorosa falou mais alto, Getúlio deixou o salão sob os cuidados da irmã e foi passar um ano em Boston, nos Estados Unidos. “Fazia de tudo: era faxineiro, garçom, baby sitter, mas sempre de olho no jeito das americanas se arrumarem”. Noutra viagem à Paris, conquistou a confiança de ninguém menos do que Jean Philippe Page, lenda viva das tesouras francesas para quem Getúlio, certo dia, pediu para ficar só olhando o movimento no salão. “Peguei uma cabeça de manequim e fiz uma trança rabode-peixe com motivos indígenas numa peruca. O coiffeur pirou, me convidou para almoçar para espanto da secretária dele e me deixou ficar trabalhando com ele durante seis meses. Foi fantástico!”. De volta pela segunda e definitiva vez à Natal, agora para o atual endereço, na rua Trairi, Getúlio também passou a dar aulas no Senac, Ativa e em outros núcleos educacionais. Certa vez, ensinando seus truques de maquiagem e cortes num barraco ao lado do lixão de Cidade Nova, precisou convencer um senhor a deixar o filho assistir as suas aulas. “Ele ficou tão grato com o sucesso do salão que a família montou em
Felipe Camarão que depois queria me presentear com um porco!”. Para além do trabalho de professor, aflorou no coiffeur o talento para comunicador. Getúlio estreou na Tribuna do Norte assinando um pequeno conjunto de notas dentro da coluna de Jota Epifânio intitulada Poder Jovem. Dali partiu para fazer o jornal da boate Royal Salute, de Paulo Galindo, e teve uma coluna já com seu nome nos jornais Dois Pontos, Podium, de Toinho Silveira, e Na Semana, de Diógenes Dantas (reproduzidas no portal No Mimuto). Sempre recheada de notas com personagens anônimos e divertidos, que geralmente fazia muita gente da alta sociedade perder o sono, as colunas de Getúlio Soares movimentavam a cidade e foram parar na tela da TV Tropical, onde o coiffeur dava dicas de etiqueta social e “carões” inesquecíveis nas pessoas. Uma senhora escreveu para o programa pedindo conselhos, pois não sabia mais o que fazer com o filho adolescente que vivia com os olhos vermelhos, assaltando a geladeira. Getúlio foi taxativo: “Minha senhora, seu filho tem é larica!”. Não se falava em outra coisa no dia seguinte. “Meu maior sonho é fazer rádio”,
“QUE GEORGE AZEVEDO NÃO ME ESCUTE, MAS SE TIVESSE PERMANECIDO NO RAMO HOJE EU ERA O JOHN CASABLANCA POTIGUAR – E NÃO ELE”. | 189
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entrega, certo de que ainda receberá um convite para espalhar o vozeirão pelas ondas médias ou moduladas. Dos clientes famosos, Getúlio lembra-se de ter cortando, durante anos, os fios de Câmara Cascudo e dona Dalia, assim como da filha Anna Maria. “Nas duas vezes que a TV Globo levou ao ar a novela “O Astro”, perdi as contas de quantas vezes tive que fazer o penteado de Clô Ayala nas clientes”. Fã dos paulistas Wanderley Nunes e Celso Kamura – este último um amigo pessoal que também é cabelereiro e maquiador da presidente Dilma Roussef –, Getúlio sabe que sempre esteve a poucos centímetros dos poderosos, mas o brilho da sua carreira vem exatamente de nunca querer aparecer mais do que suas criações.
avenida Hermes da Fonseca, Fonsec ecca a,, aos aos os 20 20 a an anos, noss, e entrar para o Panteão da Gló Glória órriia dos dos do cco coiffeures oiifffe eu urres e natalenses na attalenses foi um pulo – com pezinhos peziinh nhos os cca calçados alç alç lçad ado oss em em pantufas pa p antuf uffas as com com estampas de pele de onça, on nçça n a,, di diga-se ig ga a-s -se de de passagem. pa asssa sag ge em. Naquela Naq que uela l época, os grandes da cidaciida dad e de eram ram ra m Bo B Bosco, osc sco, o, SSeverino eve ev erriin no e Da D Luz, Lu uz, esta e ta última uma verdadei es verdadeira eiirra a divi di divindade v nd ndad ad de d do o mundo mu un ndo do das dass ttesouras, e ou es ourra ass,, blushes blush hes es e pós-compactos. “Éramos quat qu quatro atro at ro a amigos, migo gos, s, m mesmo esm es mo cconcorrentes, mo onco on corrrre corr en nte tes, s, vvivendo do o n nossos ossos anos dourados”, cco compara. omp m ar ara. a. “ “Tínhamos Tính Tí nham ham amos os g gra grandes rand nde nd es festas es fesstta as na na cidade cid dade ade e as pessoas ad pes essso soas se arrumavam não só ó para par ara a se casar, cas asar ar,, mas mas também tamb ta mbém ém para par ara a pegar pega pe ar um um simples sim imp plle ess avião”, ”, recorda. recorda. Foi Foi ut util utilizando iliz izan an ndo aviões, avi a viõe ões, õe s aliás, aliliás ás,, que ás qu ue Getúlio G tú Ge túliio Soares So oar are ess fez fez ez o diferencial diiffe errenci enciial en al da da sua carreira. carr rrrei eirra a. Quando ninguém so sonhava onh nhav ava a fazer faze fa zerr intercâmbio, i te in terc rccâm â bi bio, o, ele ele desembarcou des d esem sem e ba barc rcou ou e em m Pa Paris, ari riss, s, e em m 19 1976, 976 76, pa p para ara ar ra p passar asssa as ar seis mes meses esse ess na na casa do amigo poti po potiguar tigu uar ar A Ama Amaro ma aro oL Lima, ima, im a,, maquiador maq aqui uiad ador o de or de cinema cine ci ne ema m que que e então ent e nttão ntão ã era era a casado cas a ad ado com cco om uma um u ma francesa f ancesa que fr que e já j brilhava nos sa salões alõ lões es locais. loc ocai aiis. Rapidamente, Rap apid idam am a mente nte,, Getúlio Ge etú túli lio o ingressou ingr in grres e so sou u na Ecòle Ecò E còle le e de de Maquillage Ma M aqu quil uil illa lag lage ge e Professionnel Pro rofe fessio fes ssio ss ion nn nel el et et de Maquillage Maqu uill ui lla ag ge Artistique ((I (ITM), ITM T ),, centro cen e tro tro de excelência exccel elên ênci ciia francês f an fr ancê cêss até a é hoje at hoje para par ara a o ensino e si en sino no o dos doss truques tru tru uqu que ess cênicos cên ênic êni icos os com com om pincéis pincéis para parra o teatro e a ttelevisão. te ele levi levi visã são o.. “Saíamos “Sa Saía íamo mos os de de lá lá para pa ara pegar peg pegar ar o metrô met etrô rô pintado pin p inta tado do o de de todos todo to odo os os tipos: tiip pos: os: vampiros, os vamp va mpirro oss, s, bruxas, brru ux xas, mocinhas, mocinhas ass, bandidos. ba b a andidos. Oss ffranceses, O ranc ra anc nces eses es, blasés bla bl assés como com mo são, são, fingiam ffin ingi giiam a que que não não estavam est stav avam am m nem nem em aí, aí, í, mas mas as adoravam ado dora rava rava am nossas no n oss ssas as performances”. per e formance ess” ”. De e volta vvo ollta o ta à Natal, Nat atal al, l, desta desta de sta vez st ve ez num num endereço en nde d re reço ço d da a Af Afon Afonso onso so o Pen Pena, e a, Getúlio Getúl etú et úlllio io tornou-se, io tor ornouno ou u--se se, além allém a ém de de cabeleireiro, cabeleireiro, o grangrrang de d em maquiador aq aqui qui u ad ad do or d or das ass mulheres mul ulhe ere es potiguares. pottiigu po guar arres es.. “Cansei “Can “C anse seii de trabalhar ttra ra aba b lh lhar a até até poucos pou uco os minutos minut minu mi nuto nu tos antes an nte es do do réveillon”, réveillon”, lembra, lem mb brra, a cco com om um um pou p pouco ou o uco uco co de de nostalgia. no ost stal algi giia a. “Naquela a. “N “ Naqu Na quel ela a época, époc ép oca, a, as as clientes clie cl ie entte ess não não tinham tin nha ham disponíveis disp di spon onív ívei eiis as as informações inf nfor orma orma maççõ ões que tem hoje hoj oje na n a iinternet, nte nt errne net, t, por por or exemplo. exe xemp m lo. mp lo o. Meus M us pincéis Me pin p incé céis is eram era e ram m lei. lei Ganhei Gan G a he an ei muito muit mu ito o dinheiro dinh di nhei nhei eiro eiro o e soube sou oube oube e gastá-lo ga g asstá a tá-llo muito muiitto bem”, reforça, muit mu a, sse sem em um um p pin pingo ingo in go g od de e re remo remorso. m rsso. N mo Nessa essa es sa época, épo poca ca,, formou-se form fo rmou ou-se e em e Artes Art r es Cênicas Cê ên niiccas as na na UFRN, UF FRN N, fez ffe ez teatro tte eat atro tro o com co om m o ator Jesiel Fi F Figueiredo igu guei eirre ei edo o e integrou in ntteg eg gro rou ou o Corpo C rpo Co rp po de d Baile Bai aile le do do Balé Balé é Municipal, Mun M un nic icip ipal al,, sob sob a batuta ba atu tuta tuta a rigorosa rigo igor ig oro ossa de de Roosevelt Roo oos osse evelt veltt Pimenta. ve Pim me en nta. “Éramos
“NAQUELA ÉPOCA, AS CLIENTES NÃO TINHAM DISPONÍVEIS AS INFORMAÇÕES QUE TEM HOJE NA INTERNET, POR EXEMPLO. MEUS PINCÉIS ERAM LEI."
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magros feito umas arribaçãs”, brinca, lembrando de colegas como Arruda Sales, hoje a performática drag queen Danuza D’Sales. Ele também cursou um semestre de Psicologia e sempre teve um desejo imenso de ser jornalista. Para ampliar os negócios, Getúlio começou a produzir em Natal os primeiros desfiles de moda – uma forma de reunir, no mesmo espaço, cabelo, maquiagem e roupas. “Que George Azevedo não me escute, mas se tivesse permanecido no ramo hoje eu era o John Casablanca potiguar – e não ele”, exagera, com o bom humor de sempre. O endereço dos primeiros “catwalks” de Getúlio era a lendária Boutique Maracangalha, dos paulistas Nino e Zé Carlos, endereço fashion que marcou época na cidade. “Recrutei as meninas da sociedade e fiz desfiles memoráveis no Iate, na Rampa e clube América. Tudo com o apoio do colunista social Jota Epifânio, da Tribuna do Norte, de quem fui vizinho durante muitos anos e a quem sempre serei muito grato”. Nos anos 80, quando a crise existencial dos 30 anos se instalou e
uma desilução amorosa falou mais alto, Getúlio deixou o salão sob os cuidados da irmã e foi passar um ano em Boston, nos Estados Unidos. “Fazia de tudo: era faxineiro, garçom, baby sitter, mas sempre de olho no jeito das americanas se arrumarem”. Noutra viagem à Paris, conquistou a confiança de ninguém menos do que Jean Philippe Page, lenda viva das tesouras francesas para quem Getúlio, certo dia, pediu para ficar só olhando o movimento no salão. “Peguei uma cabeça de manequim e fiz uma trança rabode-peixe com motivos indígenas numa peruca. O coiffeur pirou, me convidou para almoçar para espanto da secretária dele e me deixou ficar trabalhando com ele durante seis meses. Foi fantástico!”. De volta pela segunda e definitiva vez à Natal, agora para o atual endereço, na rua Trairi, Getúlio também passou a dar aulas no Senac, Ativa e em outros núcleos educacionais. Certa vez, ensinando seus truques de maquiagem e cortes num barraco ao lado do lixão de Cidade Nova, precisou convencer um senhor a deixar o filho assistir as suas aulas. “Ele ficou tão grato com o sucesso do salão que a família montou em
Felipe Camarão que depois queria me presentear com um porco!”. Para além do trabalho de professor, aflorou no coiffeur o talento para comunicador. Getúlio estreou na Tribuna do Norte assinando um pequeno conjunto de notas dentro da coluna de Jota Epifânio intitulada Poder Jovem. Dali partiu para fazer o jornal da boate Royal Salute, de Paulo Galindo, e teve uma coluna já com seu nome nos jornais Dois Pontos, Podium, de Toinho Silveira, e Na Semana, de Diógenes Dantas (reproduzidas no portal No Mimuto). Sempre recheada de notas com personagens anônimos e divertidos, que geralmente fazia muita gente da alta sociedade perder o sono, as colunas de Getúlio Soares movimentavam a cidade e foram parar na tela da TV Tropical, onde o coiffeur dava dicas de etiqueta social e “carões” inesquecíveis nas pessoas. Uma senhora escreveu para o programa pedindo conselhos, pois não sabia mais o que fazer com o filho adolescente que vivia com os olhos vermelhos, assaltando a geladeira. Getúlio foi taxativo: “Minha senhora, seu filho tem é larica!”. Não se falava em outra coisa no dia seguinte. “Meu maior sonho é fazer rádio”,
“QUE GEORGE AZEVEDO NÃO ME ESCUTE, MAS SE TIVESSE PERMANECIDO NO RAMO HOJE EU ERA O JOHN CASABLANCA POTIGUAR – E NÃO ELE”. | 191
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PASSO-A-PASSO
1: Contorne os olhos com o lápis para olhos azul.
2: Em seguida, preencha toda a pálpebra móvel com as sombras azul claro e chumbo da pallete de sombras e blush cor 4.
3: Esfumace o contorno do lápis e aplique a Máscara para cílios preta.
4: Aplique o blush coral da palette de sombras e blush cor 4. Para finalizar, passe o gloss labial coral cor 30 da mesma coleção.
Azul como o céu de
OUTONO
Marcos Costa apresenta passo a passo com olhos coloridos para realçar o olhar O azul foi uma das cores mais usadas na maquiagem durante o verão. A cor favorece quase todos os tipos de pele e é uma ótima opção destacar os olhos. Por isso, o tom vai continuar a aparecer durante o outono e o inverno também. A nova coleção de Natura Aquarela, “Bordado à Mão”, aposta na cor e lança produtos com embalagens exclusivas e fáceis de usar. Além do azul, a coleção também traz sombras nude e marrom, cores que, segundo Marcos Costa, maquiador da Natura, serão hits nas próximas estações. O maquiador Marcos Costa sugere o seguinte passo a passo para criar o look perfeito da estação. Usando a pallete cor 5 da nova coleção de Natura Aquarela, o maquiador cria um olho com textura cintilante, acabamento que também vai permanecer no Inverno junto com as texturas metalizadas. Veja o passo a passo: 192 |
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UM CENTRO DE BELEZA EM PLENO SHOPPING Uma ilha de beleza, onde é possível fazer cursos rápido, comprar e testar produtos bacanas. Essa é a proposta do Espaço Make B que a franquia de O Boticário aqui em Natal inaugurou ao lado da sua loja do NATAL SHOPPING. A ideia é oferecer às clientes da marca um espaço diferenciado, intimista. Uma espécie de centro de beleza sofisticado e confortável, ideal para cursos de maquiagem. Aliás, o espaço vem atraindo um bom público para suas turmas. O foco continua sendo as demonstrações da coleção outono/inverno Fashion Collection de Make B., lançada no São Paulo Fashion Week 2012. São 36 itens de maquiagem de alta tecnologia, além da fragrância LINDA FASHION. FASHION O conceito do espaço local é o mesmo que a marca havia utilizado no SPFW 2012. O espaço fica ao lado da loja de O Boticário, no primeiro piso do Natal Shopping. O local terá disposição para receber turmas com até 18 pessoas no período de terça-feira a sábado. Outro diferencial do Espaço Make B. é o agendamento para realização de maquiagens individuais para eventos em geral, como confraternizações e aniversários, além de cursos personalizados e exclusivos para empresas e grupos. O curso é aberto para o público em geral e custa o valor de R$ 100 em cartão presente, ou na compra de dois itens de maquiagem O Boticário e um cartão no valor de R$ 60.
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NEWS
BELEZA COM ÉTICA Fala-se muito em responsabilidade social, sustentabilidade e ética no trabalho, mas
RUIVA, O PASSO A PASSO A ruiva da capa é uma criação do hair stylist Abiss Fontes, numa parceria com a L' Oréal. Fontes usou os produtos da linha Richesse de L'Oréal, num mix de 60% louro avalã (número 643) e 40% hi chroma acobreado (040). O processo inicia com a decapagem de cor até chegar ao tom louro claro 8. Depois é tonalizado com os produtos da linha. Um detalhe: o tonalizante Richesse possui uma inovadora combinação de produtos que garantem suavidade e naturalidade ao cabelo sem provocar agressão ao fio. É um tonalizante que não contém amônia e tem a função de garantir brilho, tratar, hidratar e reavivar a cor do cabelo. Para quem vai mudar tanto, é um grande aliado.
poucas empresas no mundo caminham para a excelência neste sentido de contribuir com um mundo melhor. N o ranking de empresas mais éticas do mundo, segundo o Instituto Ethisphere, a Natura é a única a figurar na lista. A marca de cosméticos e beleza já havia figurado no levantamento no ano passado e em 2007. As empresas foram avaliadas segundo os quesitos: ética, inovação, responsabilidade social e governança corporativa. O ranking deste ano contemplou 145 empresas de mais de 30 setores, do setor aeroespacial a produção de energia eólica. O Instituto Ethisphere tem sede nos Esttados Unidos e dedica-se em divulgar mund dialmente práticas de ética no trabalho e a anticorrupção empresarial, a partir de pesq quisas qualitativas e quantitativas. O ranking rreconhece as empresas que aplicam a ética a além do exigido pela O desenvolvimento sustentável orienta a m maneira de a empresa fazer negócios desde ssua fundação em 1969. A paixão pelas relaçções fez a companhia adotar a venda direta ccomo modelo de negócios e atualmente rreúne mais de 1,421 milhão de consultoras, ssendo 1,175 milhão no Brasil e cerca de 246 m mil no exterior, que disseminam a proposta d de valor da empresa aos consumidores.
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ANUNCIO HALLEY
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MOSSORÓ
NUVEM feminina Uma cidade é feita de pessoas e paisagens. Mas em certos casos, elas podem ser as duas coisas. Lilian Moura é, portanto, a menina-paisagem eleita para esta edição de GLAM Mossoró, em um ensaio deslumbrante de Mathws Aires.
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GENTE
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Lílian Moura
PRIMEIRA, ÚNICA A eterna musa da moda mossoroense POR CINTHIA LOPES Se ela tivesse crescido entre as décadas de 40/50, certamente seria uma musa imortalizada pelos críticos de cinema. Com olhos da cor do mar e rosto feito para as lentes, Lílian Regina Bezerra Moura é uma espécie de flor que brotou do sertão potiguar. Nascida e criada em Mossoró, segunda maior cidade do RN, seu nome figura entre os mais marcantes da safra surgida durante a ebulição dos concursos de modelo e beleza que aconteciam de norte a sul, em meados dos anos 90. Pós geração Top Model (novela de sucesso da Rede Globo) e pré advento da revolução digital, aos 15 anos Lílian Moura despontou pelo olho clínico do produtor George Azevedo, então um iniciante na carreira de agenciador de modelos. “Foi paixão à primeira vista”, conta George Azevedo. Lilian Moura assina embaixo: “o título dessa reportagem deveria ser meu primeiro amor”, diverte-se. Foi nessa empatia mútua que o produtor e sua musa iniciaram suas respectivas carreiras. O ano era 1995. Lilian Moura recebeu o convite de George para participar do concurso Top Face. Venceu e, no ano seguinte, foi selecionada para o concurso nacional Vogue Face, promovido pela Revista Vogue. George acompanhou a modelo na viagem a São Paulo, já que como semifinalista regional foi a única a representar o Estado. Desta vez o pódio não foi seu, mas de lá recebeu o convite para integrar a agência Elite Model no Rio de Janeiro. E os convites foram muitos, apesar de seus 1,73m de altura ser considerado baixo para o mercado de São Paulo. “Lá no Rio era melhor para as modelos que tinham menos de 1,75m", conta. "Logo que voltei a Mossoró, já comecei a me preparar para morar na cidade maravilhosa”. Devidamente integrada ao cast da agência Elite e morando no Rio, fez campanhas | 203
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importantes para grifes como Fabricatto e Tandor, além de vários desfiles, incluindo a então badalada “Semana Barra Shopping de Estilo” que acontecia no Rio Centro e foi o embrião do “Fashion Rio”. O rosto de bonequinha não passou despercebido pelos olheiros e logo a beldade enfrentaria um novo desafio: fazer televisão. Fez testes para integrar o núcleo da recém criada novela Malhação. “Eu concorri com meninas que já faziam teatro e algumas tinham experiência com televisão, como Aline Morais. Apesar de nunca ter atuado, meu teste foi considerado bom, o único problema era o sotaque”, recorda-se. A carreira de atriz ela não quis levar adiante, mas os trabalhos continuavam a surgir, Lílian fez grandes amizades e foi parar em colunas de Ricardo Boechat (na época no Globo) e Fred Sutter de O Dia (já falecido). Mas o fato de viver longe da família começava a pesar. “Quando estava morando no Rio de Janeiro, vi que não queria aquela vida lá, me sentia um peixe fora d’água. Tinha saudade da minha família e da vida sossegada. Comecei a traçar outras metas para a minha carreira profissional”, revela. A decisão de retornar para casa e cuidar dos estudos aconteceu, mas não foi definitiva. Pouco depois voltava às passarelas e campanhas. Entre 1998 a 2000 projetou-se em Fortaleza-CE, o que facilitava muito sua vida pois a capital do Ceará é "parede e meia" com Mossoró. Foi bastante requisitada em comerciais para o Shopping Iguatemi, desfiles do Centro Cultural Dragão do Mar e Semana Maraponga Mart Moda. Fez campanhas para Cholet, Santana Têxtil e Jeans Ron’s. Naturalmente era solicitada em Natal, onde fez campanhas da Avohai, Etnia, Natal Shopping, desfiles para Maison Letícia, Tereza Tinoco, Veredicto, Hortência e Myosotis, sem falar nos primeiros desfiles do Natal Shopping Fashion. Em 2003, novamente o vento sudeste começava a soprar. “Diz o ditado que um cavalo selado não passa duas vezes, mas no caso de Lilian ele passou sim. Ela teve uma segunda chance no concurso do portal Terra The Girl, onde foi selecionada, finalista e convidada a ficar em São Paulo”, relembra George Azevedo frisando o fato de ela ter concorrido com
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mais de 34 mil meninas de todo o Brasil. Ela explica: “O The Girl aconteceu um tempo depois e meu foco já não era mais modelar. Cursava Marketing na UnP e a meta era seguir na área. Georgiano, irmão de George, me inscreveu no concurso e para minha surpresa eu fui selecionada”, conta. Como estava com um peso fora da média de modelo, a correria para entrar em forma mobilizou os amigos. “Foi uma experiência ótima, o evento foi grandioso. Mas o sonho de ser uma modelo famosa já não existia mais, tinha outros planos de vida”. O produtor George Azevedo lamentou na época, mas sabia das convicções de sua musa. “Lilian sempre foi firme nas opiniões. Imagine que ela chegou a ser chamada para fazer uma campanha publicitária de uma cervejaria famosa, mas não aceitou por que, na época, foi-lhes sugerido colocar silicone”, conta. “Dizem que Mossoró nunca haverá outra igual a ela”.Sobre o cenário atual, as opiniões dela não mudaram: “Acompanho o mundo da moda de longe e vejo como é difícil para quem atua no mercado local. E se hoje é difícil, imagine há 17 anos! Os trabalhos não aparecem com frequência e poucas aqui sobrevivem só do salário de modelo”. Hoje, Lilian atua no setor de marketing do Mossoró West Shopping e escreve há 8 anos no jornal Correio da Tarde uma coluna jovem com conteúdo diversificado, publicada às terças e sextas. “Às vezes sou convidada para campanhas publicitárias. Dependendo do convite gosto de fazer, me sinto bem, como qualquer mulher vaidosa. Mas para viver da moda não mais”. Para quem está começando a modelar, Lilian deixa um recado: “Independente do tamanho do seu sonho e vontade de ser modelo tem que conciliar com os estudos e ter uma formação acadêmica. É muito difícil uma pessoa ganhar dinheiro como modelo por muito tempo.”
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FICHA TÉCNICA E DIÇÃO DE MODA : G EORGE A ZEVEDO P RODUÇÃO : G EORGIANO A ZEVEDO F OTOS : M ATHWS A IRES B ELEZA : M ARINALDO R OCHA L OOKS : M AISON T RÁFEGO
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EDITORIAL
Jogo de SOMBRAS Para contrapor com a luminosidade de Mossoró, o inverno se readapta trazendo todos os clássicos da estação em looks mais leves. Os tons mais sóbrios e pasteis reaparecem e as mangas vão até o pulso para compensar os ventos que teimam em esfriar durante a noite. Neste primeiro trabalho para a Glam, o fotógrafo Mathws Aires propõe esse quase teatro de sombras em pleno Memorial da Resistência.
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MAISON CHIQUÊ VESTIDO: AGILITÁ
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SARJA VESTIDO: FORUM BOLSA: SAGIAN SANDÁLIA: SAGIAN
CALÇA: FORUM CAMISA: COCA-COLA CLOTHING BLAZER: ELLUS SAPATO: SAGIAN
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NEW MARLUCE MODAS VESTIDO: TAN TAN
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ON LINE FOR MEN
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MAISON TRテ:EGO VESTIDO: RENATA CAMPOS
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INSIDE SAIA: LANÇA PERFUME BLAZER: LEZ A LEZ
CAMISA: OGOCHI CALÇA: TNG CINTO: OGOCHI
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V.HALL CAMISA: RICARDO ALMEIDA CALÇA: CAVALERA CINTO: SÉRGIO K
TRENCH-COAT: SACADA CALÇA: DATSKAT CLUTHS: ALPHORRIA CULT
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MAISON FÁTIMA CARLOS VESTIDO: BÁRBARA BELLA
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PRISMA JAQUETA: ELLUS CAMISA: TRITON CALÇA: ELLUS
JAQUETA: ELLUS REGATA: 284 SAIA: TRITON SAPATO: AREZZO
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CONTAINER VESTIDO: COCA-COLA CLOTHING
CAMISA: MANDI CALÇA: TRITON TÊNIS: REDLEY
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COLCCI
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FICHA TÉCNICA F OTOS : M ATHWS A IRES S TYLING : G EORGIANO A ZEVEDO B ELEZA : M ARINALDO R OCHA (V INTAGE H AIR & M AKE U P ) M ODELOS : L UAN P ÉRICLES E L ÍDIA T ELLES (T RÁFEGO M ODELS ) A GRADECIMENTOS : M EMORIAL DA R ESISTÊNCIA DE M OSSORÓ
CARMEN STEFFENS BOLSA E ABOTINADO
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NEWS
LUZ NA PASSARELA
CHEIA DE CHARME
passado, a Maison nhou no final do ano ga zia Lu nta Sa de A Terra mãe e filha de bom eli e Taciana Rosado, Su de os mã las pe ê, sChiqu m chave de ouro, mo s páginas de GL AM co gosto que estreiam na se ama. ra fazer feliz a quem trando que moda é pa casual à festa, encontrados por lá, do ser m de po s ilo est Todos os Litt’, Mob, Linda de como, Coven, Agilità, , fes gri de io he rec com aço agradável, acons, Jeanseria... Num esp Morrer, Jovani Fashion imento especial. chegante e com atend
Conhecida por realizar sempre um dos melhores desfiles do Senac Rio Fashion Business, a Sacada (foto) destaca no outono-inverno 2012 o metalizado, a cor preta, comprimentos longo e midi para mulheres elegantes, como, as clientes de Kênia Marques, que possui loja nos melhores shoppings de Mossoró, com marcas bombadas, como, Ricardo Almeida, Afghan, Alphorria Cult, LIX, Reserva, Trettiore, Basthianna, Cavalera, Richards, Datskat, Oh,Boy! e Sérgio K.
V.HALL Shopping Liberdade Rua: Coronel Gurgel, 1268, loja 116, Centro | CEP: 59.600-220 Tel: (84) 3316-3987.
MAISON CHIQUÊ
Chaves, 53 Rua Raimundo Nonato l.: (84) 3316-3225. Bairro Aeroporto | Te Loja 69 Nova ão da Escóssia, 1516, Jo Av. | g pin op Sh st Mossoró We 30 Tel: (84) 3422-7287 Betânia | CEP.: 59.607-0
PRIMEIRA VELINHA!!! A empresária Patrícia Lima está em festa com seu primeiro aniversário à frente da loja Sarja, inclusive, colocou uma campanha nas ruas da cidade, super bacana, destacando a nova coleção Coca-Cola Clothing, onde também destaca as redes sociais da loja e outras marcas que vende por lá: Ellus, Carmim, Wöllner e Forum.
SARJA Mossoró West Shopping Av. João da Escóssia, 1516, Loja 81 Nova Betânia | Tel.: (84) 3422-7050
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PURO GLAMOUR
SAFARI CHIC A empresária Sânzia Fernandes sempre sai na frente e lançou no dia 30 de abril a sua coleção Alto Inverno, super chic e sensual com peças em tons terrosos, estampas de bichos, detalhes de metal e muita atitude, no melhor estilo “Safari Chic”, tema desta coleção, que trás a imagem da top Fabiana Semprebom e do modelo Leonardo Tanus, unindo as linhas Carmen Steffens e Raphael Steffens.
Para a temporada de outono-inverno, a estilista e empresária Fátima Carlos investiu na marca Patrícia Bonaldi, famosa por seus vestidos de festas glamourosos, que tem ponto de vendas em várias cidades do Brasil e outros países, como, Estados Unidos, Europa, Rússia e até no Oriente Médio. A proposta desta coleção são os tons terrosos e o brilho, peça chave de toda estação. É de encher os olhos!!! Aliás, as marcas da Maison de Fátima são um luxo: Vivaz, FH by Fause Haten, Alessa, Apartamento 03, Regina Salomão, Bárbara Bella... São algumas que encontramos por lá.
MAISON FÁTIMA CARLOS Rua: Veríssimo Maia, 07, Abolição I CEP: 39.619-170 Tel.: (84) 3321-4290
CARMEN STEFFENS Mossoró West Shopping Av. João da Escóssia, 1516, Loja 72 Nova Betânia CEP.: 59.607-030 Tel: (84) 3422-7121
HOMEM EM EXPANSÃO Desde 2006 à frente da On Line, a empresária Ana Paula Lamas comemora o sucesso da marca que já existe há 16 anos, e sempre em expansão. No momento, existem nove lojas próprias no mercado entre cidades do nosso Rio Grande e na Paraíba. E a Terra de Santa Luzia é privilegiada por possuir duas lojas em badalados shoppings. “Qualidade, diversidade e preço competitivos, são nosso foco”, é assim que Ana Paula resume seu estilo.
ON LINE FOR MEN Shopping Liberdade: Praça Rodolfo Fernandes, 168 – Centro, loja 117 CEP: 59.600-220 Tel: (84) 3316-9930 Mossoró West Shopping: Av. João da Escóssia, 1516, loja 14 CEP.: 59.607-030 Tel: (84) 3318-2272
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NEWS
TEMPERO POTIGUAR Consagrada por vender marcas, como, Victor Dzenk, Renata Campos, Neon e Chicletes com Guaraná, a Maison Tráfego resolveu investir, também, em marcas potiguares que são destaque no cenário nacional, inclusive, fizeram maior sucesso na última edição do Senac Rio Fashion Business, no Rio de Janeiro/RJ, dentro do projeto “Natal Pensando Moda”. A LOR (foto 01), de Lorena Ciarlini, trouxe para o outono-inverno 2012 um mix do étnico com o romântico, destacando muitas roupas com franjas, penas e plumas. E Wagner Kallieno (foto 02) é conhecido por vestir mulheres sexy e arrojadas, com uma linguagem que traduz novos recortes mostrando uma nova estética da moda. Couro, rendas e franjados é o grande lance da sua coleção.
NEW MARLUCE MODAS Mossoró West Shopping: Av. João da Escóssia, 1516, Loja 123 Nova Betânia CEP.: 59.607-030 Tel: (84) 3422-7066
RECHEANDO OS CORNERS BOM GOSTO NÃO SE DISCUTE!!! A loja Prisma, da empresária Lucineide Dias, é alvo das mulheres de bom gosto da cidade. Não é à toa que já existe no mercado a mais de 10 anos, sempre com marcas poderosas, como, Ellus, Triton, Botswana, Animale, A.Teen, 284 e Cia.Marítima. Agora, no outono-inverno, mais duas chegaram para reforçar o time: Anamac e [FYI] que é a nova queridinha do grupo Animale.
A empresária Marluce Bezerra, sempre nos melhores eventos Brasil afora, anuncia a chegada de uma nova marca na sua loja do Mossoró West Shopping, a M.Officer. E garante que não irá vender somente a linha básica, mas também, a linha fashion que vem com peças em sêda, lurex, couro e muito luxo. A campanha é estrelada pelos modelos catarinenses Ana Claudia Michels e Diego Miguel (foto). Além da M.Officer, você encontra por lá: Lado Avesso, Lez a Lez, Sommer, Divina Pele e Dimy.
NEW MARLUCE MODAS Mossoró West Shopping Av. João da Escóssia, 1516, Loja 123 Nova Betânia CEP.: 59.607-030 Tel: (84) 3422-7066
PRISMA Shopping Liberdade, 2º Piso Praça Rodolfo Fernandes, 168 – Centro | CEP: 59.600-220 Tel.: (84) 3315-1051
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DE VOLTA!!!
NOVA DIREÇÃO A loja Inside agora esta no comando Kyanne Kamylla e Karla Freire, que já começaram a movimentar o mercado fashion mossoroense com marcas super bacana: Lança Perfume, Lezalez, Ogochi e Tng. Esta última, foi destaque no Fashion Rio em seu desfile de outonoinverno 2012 com a participação dos atores Marcelo Serrado e Carolina Dieckman.
A Colcci, que por muito tempo funcionou no Shopping Boulevard, mudou de dono e de endereço. Agora, pertence à empresária Ana Maria Filgueira, que divide seu tempo com a Transportadora Zé Agostinho, e está muito bem instalada no Mossoró West Shopping, no formato Special Store, uma loja linda, aconchegante e com ótimo atendimento. A inauguração aconteceu no dia 03 de abril com uma grande badalação fashion.
COLCCI Mossoró West Shopping Av. João da Escóssia, 1516, Lojas 83/84 Nova Betânia CEP.: 59.607-030 Tel: (84) 3318-2279
INSIDE Centro Empresarial Caiçara, primeiro andar. Fone (84)33171269
CONCEITO E MODA JUNTOS As lojas Container sucesso no Brasil inteiro, também é sucesso em Mossoró. Possuindo uma proposta arrojada e diferente, a loja proporciona ao cliente não apenas roupas, mas tendências, exclusividades, cores, beleza, luxo, e claro muito bom gosto. Seu designer moderníssimo, foi elaborado e pensado pela arquiteta Camila Teixeira em parceria com a matriz Container. O resultado é sem dúvida um ambiente lindíssimo, confortável, encantador, onde você pode conferir peças maravilhosas de marcas poderosas: Triton, Coca - Cola Clothing, Hollister, Abercrombie e Fitch, Mandi & CO e Redley.
CONTAINER Av. Rio Branco, nº 2322, Centro, Mossoró/RN. CEP: 59600-145 Telefone: 84.3314-0583 ou 84.8701-4988
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fotos: Paulo Eduardo Oliveira e Eduardo Kennedy
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BUTECO DO GEGê IV O colunista Georgiano Azevedo realizou a quarta edição da sua a festa “Buteco do Gegê”, no dia 14 de abril, com ares de granndiosidade no Requinte Buffet com assinatura da Master Produções es e Eventos, que conseguiu criar três ambientes diferentes para a abrigar as atrações: Forró Salgado, Forró dos 3, Samba Nobre, e, Radiola Club, Dayvid Almeida/Axé de Barzinho, André Luvi, Dj Luciana Lins e Dj Balinha. Foi festão!!!
dinha Vieira e Bruna Vale, Clau alegria!!! Carol Souza. Só
A pre fei “pref ta Fafá Ro eitáv el” C sado e a Papo láudi anim aR ado, viu!!! egina.
cisco José Jr O vereador Fran élia Ciarlini e com a esposa Am que Bessa a maninha Muni
go, Mariana Fátima Tereza Rê íza Borges. De Lu a Ferreira e An !! bem com a vida! Itamar N ogueira e Lucine Dias. Bo ide ns parce iros.
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Micheline Fontes e Lucineide Queiroz. Dupla queri da!!!
Lima Neto e sua musa Ana Lívia Queiroz.
Deputa das San dra e L num en arissa R trevist osado a para Presen Marilen ça on li e Paiva ne!!! .
Gegê Azevedo faz endo a festa com a turma Tráfego Models/Natal.
Will Vicente registrando tudo para o programa Première, da TCM.
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Carol M alala. Felicíss ima!!!
com Kênia Kleber Azevedo Freire e Marques, Adriana a. Wanderlânia Lim | 227
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fotos: Eduardo Kennedy
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Não seria um buteco do gegê se não tivesse o clima de boemia e animação . Samba Nobre, Forró dos 3, André Luvi, Radiola Club, Axé de Barzinho e DJ Balinha num embalo que fez tremer os salões do Requinte Buffet. A produção foi da Master Produções e Eventos que transfomou o lugar num grande boteco. Os espaços ganharam nomes de butecos que marcaram época na cidade. Teve o Chap Chap, onde os convidados foram recebidos; o Barganha; o Buteco Teco, onde está montado o bar principal; o Papel marchê e o Burburinho.
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Fotos: Eduardo Kennedy
RAINHA DA LAJE A empresária Singride Marcelino brindou idade nova com uma festa pra lá de animada, no melhor estilo “Pagode na Laje” no Garbos Recepções e Eventos, no dia 21 de abril, começando ao meio-dia enrolando noite adentro com agito de André Luvi e da banda Vitrola.com.
Edmur Rosado Filho recebe ndo abraço da mui amada Sin gride.
Na laje não pode faltar roupa no varal. Terezinha Gadelha com as filhas Vilaine, Vilneide e Vileide.
Fábio Oliveira e sua chiquérrima Raíza Leite.
Jonas Filho e sua musa Roberta Rosado. Gustavo Rosado num pap o com Edmur Rosado.
Zilene Marques e a filha Stella Maris.
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Singride Marcelino, toda exibida, com a faixa Rai nha da Laje.
A bela Maria Cristina Ros ado. Uma simpatia!!!
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M O S S O R Ă“
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W E S T
S H O P P I N G
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Fotos: J.Belmont e Karenine Fernandes
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S.DESIGN EM MOSSORÓ! Mariana Dias e Tha T ís Ciarlini com a blogueiraa Karen Pra xedes
As irmãs Helena e Eloah Belmont reu-niram a mulherada chique de Mossoró ó para apresentar a nova coleção S.De-sign com burburinho fashion no Josué é Buffet, na noite de 12 de abril, com a presença das poderosas da marca, Ana a Lígia Pelocha e Sheila Morais.
Jarda Jacinta e Zélia Mac êdo. Queridas!!!
Francisquinha Furtado e Mar y Simone Rosado. Alinhadas!! !
fotos: Vinicius Santos
Eloah Belmont, Sheila Morais, Ana Lígia Pelocha e Helena Belmont. Bons parceiros!!!
Neuza Lins não poderia faltar
Noono N Non noonn ono o ono on no nonnnoon on ono oonno noo noooonno no oono on nBer ooooonntha oon ono nMou oo noo oo nra. oonno oo Sem o nnoo pre ooo on on lind ono o a!!! nnoo no oon on ono onnooon oono nnon onnoo ono on oono oon noo oonnnon on on
SALTO ALTO A empresária empresárria P Patrícia Lima lançou ç ou a cole coleção eção outono-inverno 2012 de bo bolsas, olsas sapatos e acessórios da Sagian Sagia com uma grande badalaçã badalação ão n no dia 22 de março no Mossoró ó West We Shopping.
O colunista Georgiano Aze vedo num papo animado com Vinicius Santos
Patrícia Lima recebendo Paulo Moura e a colunista Lílian Moura
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O apresentador do progra ma Entre no Clima/TCM, Day vid Almeida, deu uma passad inha
Sâm maara ra Car C los com o namorado Chico c Neto e o filho Luan
Jaciara Pereira entrevista ndo Patrícia Lima para TV Mos soró
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DUPLO LANÇAMENTO
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A emp empresária presária Kênia K Marques, agora, no comando de duas lojas lo ojas V.HALL, V.HA fez lançamento do outono-inverno 2012, 20 012, em ambas: Primeiro, no Mossoró West Shopp ping, e depois, de Shopping, no Shopping Liberdade. Foram dois d dias ias inteir inteiro de badalação com direito a sorteio para a clientel clientela que passou pelas lojas.
Fotos: Georgiano Azevedo/Trafegando.com
Ana Paula Felipe com Ber nardo Cavalcanti.
Renatinha Praxedes em momento “show room”. Linda!!!
Roberta Duarte de olho na nova coleção.
Equipe V.Hall do Shopping Liberdade fazendo a fest a com Kênia Marques.
Mário Filho recebendo o scouter Jocler Turmina, dire to de São Paulo/SP. Rosa Fernandes. Alvo dos paparazzis!!!
Tatiana Cantídio e Maria Izabel Cabral sempre nos evento s da V.Hall.
A blogueira Karen Praxed es registrando todos os looks.
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Ione Brasil, Irlanda Carlos e Simone Mendes conferindo os lançamentos.
Kênia Marques exibindo o barrigão de sete meses na loja do West Shopping.
Kênia Marques num brinde com Leide Dias e as Praxedes: Luma, Renatinha e Karen.
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Vera Leão e Alciza Torqua to
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A anfitriã Zaíra Azevedo recebendo Guia Brasil
Graça Queiroz e Toinha Paiv a
Lúcia Negreiros, Vilaine e Vilneide Gadelha
Marília Paiva e Leomar Fernandes
Elas mantém uma amizade de anos e sempre se reúnem para celebrar. São cerca de 80 senhoras da colônia Mossoroense residente em Natal que fazem o Consórcio da Amizade. Em abril, aconteceu mais uma edição no Buffet de Renata Motta sob a batuta de Zaira Azevedo, que batizou sua festa de “Noite Glam” em homenagem a nossa revista. E claro, ficamos felicíssimos com o tema e distribuímos várias exemplares de edições anteriores. Festa boa, muita animação e muita gente querida no pedaço
Fotos: Gileno Escócia
CONFRARIA MOSSOROENSE
Ilnar Escóssia com as filhas Nadja e Lúcia
Florina Escóssia animando a festa
Nadja Escóssia e Lúcia Negreiros
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Jeane e Concita Escóssia | 235
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Fotos: Paulo Eduardo Oliveira
SPECIAL STORE Paulo Queiroz, supervisor Colcci Nordeste, com sua trupe Junior Macedo e Rosane Albuqu erque.
A Colcci voltou para Mossoró e ancorou no West Shopping, sob o comando da empresária Ana Maria a Filgueira que fez um grande auê ê no dia 03 de abril para festejar a chegada da Special Store com diireto aos hits do Dj Balinha e serrviços do Josué Buffet.
A Musa do Verão 2012, Mar isa Silveira, roubando a cen a!!!
Turminha da Tráfego Mod els em ação: Camylla, Queiroz Jr, Miriam e Jackson.
Georgiano Azevedo num papo animado com o stylist Kai o Assumpção. Helena e Eloah Belmont com a amiga Cris de olho no catálogo Colcci.
Ana Maria, a toda podero sa da Colcci Mossoró, ao lad o do maridão Eduardo Filguei ra.
A colunista Lílian Moura, sempre linda. Morgana e Valéria Escóss ia com a colunista Carol Fernandes. Os maninhos Caio e Lívia Rosado não poderiam falt
Lenilton Jr e Milene Melo foram ver tudo de pertinh o.
ar!!!
apresentadora do progra ma Mixtura/TCM, Mayara Amorim, pura fechação. 236 |
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Marcelo Melo, o alemão Daniel Blank, Eduardo Segundo e Jair Carlos.
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Arliane deu show na dança do
Fotos: Eduardo Kennedy, Luis Henrique Azevedo e Trafegando.com Tra
Ingrid Paiva, linda de vive r, na festa da priminha Arliane .
ventre.
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DEBUTANDO O casal Ismar Saraiva e Elen Paiva não poupou nadinha para realizar a festa de 15 anos da filha Arliane. Foi maior festão com tema Árabe no dia 03 de março nos salões do Requinte Buffet, com assinatura da Master Produções e Eventos. A banda cearense Nagib Acário agitou os convidados, assim como, o cantor Pedro Lucas e Dj Balinha
Ambientação assinada pel a Master Produções e Evento s. Um luxo!!!
Fabiano Torralba e a mui amada Grécia Rebouças. Ellen Paiva, mãe da aniversariante, abalando no look Patrícia Bonaldi.
ns!!! Hora dos parabé Cllézi Clé ziaa Barreto e a filha linda Darra. a.
Gumeerc Gum G rcílília ia Paiva e o filho Igor.
Bailando com o paizão Ism ar Saraiva.
Arliane escoltada pelos irm ãos Államo Henrique e André.
O cantor Pedro Lucas div idindo o palco com Débora Paiva, Ingrid e Berguinho Moura.
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Talibãs levando a debutante para arrasar na coreografi a. | 237
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Making off
Modelos, fotógrafos, produtores, redatores, convidados e toda a equipe por trás de GLAM 11
A reportagem sobre a presença dos americanos em Natal na Segunda Guerra rendeu um segundo momento: o editorial na Base Aérea de Parnamirim. Na foto, modelos, styling, o fotógrafo Humberto Lopes, o produtor George Azevedo e o sempre simpático sargento Correia, relações públicas do BANT, que possibilitou o acesso da equipe ao Catre.
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01 - Modelo Luan Péricles | 02 - O fotógrafo Mathws Aires checa a luz do editorial Mossoró | 03 - A editora de Glam, jornalista Cinthia Lopes |04 - Momento descontraído com as convidadas do editorial A Liberdade é Verde, no Jardins Amsterdã | 05 - O produtor George Azevedo, Larissa Borges e Luiz Henrique Azevedo | 06 - Momento natureza no ensaio do Jardins Amsterdã, com Suzana Fonseca | 07 - Wagner Kalieno, no styling de Glam| 08 - Érika Nesi na checagem do seu ensaio para Glam, com Humberto Lopes e Luiz Henrique | 09 - George Azevedo no Estúdio para mais uma produção de moda com a modelo Cloe Padilha
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PROFISSÃO DE MODA
MATHWSAires Das terras potiguares, um novo olhar para moda POR ANA EDITE ULISSES Cores, ângulos e iluminação são elementos fundamentais na composição de uma fotografia. E nada melhor do que o fotógrafo Matheus Aires — ou Mathws como prefere assinar seus trabalhos — para retratar, através de câmeras e lentes, essa tarefa genial. É com criatividade que ele se destaca atualmente no universo regional da fotografia de moda e arte, com ensaios ousados que atraem muitos olhares. A paixão pelas lentes vem dos tempos da faculdade de Publicidade & Propaganda, em 2005, quando descobriu que a fotografia poderia fazer parte de seu cotidiano. Com o tempo, passou a buscar conhecimento na área através de pesquisas, onde teve seu trabalho de conclusão de curso voltado para a imagem de moda, especificamente sobre Marc Jacobs. Nascido em Mossoró/RN, Mathws deixou falar mais alto o seu amor pela imagem e, de estudante, passou a ser um profissional em busca da perfeição. “Eu sempre soube que eu queria trabalhar com imagem. Há dois momentos fundamentais que me proporcionaram um visível amadurecimento no meu trabalho; uma foi a minha temporada na Europa, experiência que me proporcionou uma sensibilidade mais apurada, e a outra foi o trabalho na São Paulo Fashion Week, onde pude ver de perto a logística de um grande evento de moda”, destaca ele. Atualmente, desenvolve trabalhos de freelancer, atendendo ao mercado de moda, publicidade e gastronomia. Mas seus planos não param por aí. Mathws pretende retornar ao exterior para uma pós-graduação na área da fotografia de moda e continuar com o seu projeto pessoal, o site houseofmathws.com. Além disso, vai realizar a exposição “Pessoas: em moda, arte, personalidade”, de 8 a 30 de junho, no salão de exposição Joseph Boulier, no Memorial da Resistência, em Mossoró, levando em breve a mesma para Natal.
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M ai o d e 2012 . e d i ç ão n º11
revista
Natal/RN, maio de 2012. Ed. nº11
R E V I S TA G L A M
JURACI LIRA RENATO TELES E AS TESOURADAS DE GETÚLIO SOARES MODA DURANTE A SEGUNDA GUERRA E UMA VIAGEM A NATAL DOS ANOS 40 LONDRES 2012, MINAS TREND, CARUARU E FASHION RIO
Poder Classicos O
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