Revista Bíblica

ANO I – Nº01 – SETEMBRO - 2015

“TODA A ESCRITURA É INSPIRADA POR DEUS, E ÚTIL PARA ENSINAR...”

(2TM 3,16)

Fundadores: Mons. Lucas Batista Neto e Prof. Itamar de Souza | Paróquia de Mirassol – Natal/RN

O Papa Francisco

quer uma igreja nas ruas

Mons. Lucas Batista Neto:

Um sacerdote fascinado pela bíblia

EDITORIAL

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Um Sacerdote fascinado pela Bíblia

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A trajetória do Papa Francisco na Igreja Católica

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Pensamentos, reflexões e exortações do Papa Francisco

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A esterilidade e os nascimentos milagrosos na Bíblia

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Como a Bíblia Católica chegou ao Brasil

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O avanço das Bíblias Católicas no Brasil

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As alianças que Deus fez com a humanidade

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Os cuidados da igreja Católica com a Bíblia ao longo dos séculos

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Ester, a mulher que salvou o seu povo

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O que eles disseram sobre a Bíblia

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Paróquia de Santo Afonso Maria de Ligório

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Mirassol em Nightfever

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O canto do Magnificat

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Como justificar a igreja que Jesus fundou

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Os prodígios realizados pelo Profeta Elias

O Concílio Vaticano II (1962 – 65) estabeleceu um tempo de muita renovação da Igreja Católica em todos os setores da sua atividade pastoral. Sem dúvida, a liturgia é o setor onde a renovação tornou-se mais evidente, sobretudo no que diz respeito à celebração da Missa, que, antes, era rezada em Latim. Após o Concílio, esta cerimônia passou a ser feita no idioma nacional de cada país. Outro setor que mereceu grande atenção dos Padres Conciliares foi o relacionamento da Igreja com a Bíblia. Verdade é que, no documento DEI VERBUM (Palavra de Deus), os Padres Conciliares exortaram os sacerdotes, os diáconos, os catequistas, enfim, todo o povo de Deus para ler assiduamente a Sagrada Escritura e divulgá-la em todos os meios de comunicação.

Antecipando-se a esta diretriz do Concílio Vaticano II, o Mons.

Lucas Batista Neto mostrou-se, desde a sua juventude, ser um sacerdote fascinado pela Bíblia. Por isso, para festejar os 45 anos de vida sacerdotal, nós, seus paroquianos, resolvemos homenageá-lo editando o Nº 01 desta Revista Bíblica. Por fim, ao encerrar esta edição, agradecemos a todos aqueles que colaboraram para a realização deste sonho.

EXPEDIENTE Paróquia de Santo Afonso Maria de Ligório.

Av. Santos Dumont, Conj. Mirassol - Natal (RN) (84) 3615.2855 secretariasantoafonso@gmail.com facebook.com/santoafonso www.santoafonso.com

PROJETO E DIAGRAMAÇÃO Terceirize Editora www.terceirize.com PRODUÇÃO

Diretor Mons. Lucas Batista Neto Chefe de Redação Prof. Itamar de Souza COORDENAÇÃO EDITORIAL Suyenne Lettieri suyenneldamasio@terra.com.br FOTOGRAFIAS Divulgação

A Revista Bíblica é uma publicação da O. S. Comunicação Editora, Eventos e Marketing Promocional, com distribuição gratuita. Os anúncios publicitários contidos na revista são de responsabilidade de seus anunciantes.

Os conceitos emitidos em matérias e artigos são de exclusiva responsabilidade de seus autores.

Um

Sacerdote fascinado pela

Bíblia

O Mons. LUCAS BATISTA NETO é um seridoense legítimo. Nasceu em Caicó, aos 23 de junho de 1943. Provém de famílias tradicionais do Seridó: Medeiros e Araújo. São seus pais: João Lucas de Medeiros e Julieta Cristina de Araújo. Seus primeiros passos na Igreja Católica foram dados na Catedral de Santana (Caicó), onde foi batizado, aos 05 de julho de 1943, pelo então Mons. Walfredo Gurgel. Seus primeiros estudos foram em Caicó: Curso Primário no Grupo Escolar Senador Guerra e no Seminário Santo Cura D´Ars. O Curso Ginasial ( 1958 – 1961) foi realizado também na sua terra natal.

Tendo já optado pela vida religiosa, ele veio para o Seminário de São Pedro ( Natal—RN), onde fez o Curso Médio, de 1962 a 1963.

Para um jovem ser sacerdote da Igreja Católica é exigido, entre outras coisas, que ele tenha formação superior filosófica e teológica. Por isso, o então jovem Lucas Batista cursou Filosofia e Teologia (1964 – 1969), no Seminário Regional do Nordeste, em Recife (Pernambuco).

Naquela época, este educandário era bastante inovador, pois, já ecoava aí o espírito renovador do Concílio Vaticano II ( 1962 – 1965).

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Mons. Lucas Batista Neto

O PADRE LUCAS Uma vez preparado intelectualmente, Lucas Batista Neto foi ordenado sacerdote da Igreja Católica aos 26 de setembro de 1970, por D. Nivaldo Monte, Arcebispo de Natal, na Igreja de São Pedro, bairro do Alecrim, em Natal/RN. A partir de então, começou a sua vida de padre diocesano, servindo à Igreja onde o Bispo o designasse. Na década de 70, do século passado, a Arquidiocese de Natal contava com poucos padres. No interior, haviam muitas paróquias sem assistência eclesiástica. Por isso, o Arcebispo D. Nivaldo nomeou, em 09 de outubro de 1970, o Padre Lucas para ser coordenador das paróquias de Macau, Pendências e Ipanguaçu. Nestas cidades, ele enfrentou muitos desafios, tais como a pobreza e a falta de meios para se locomover.

Mesmo assim, ele envidou todos os esforços da sua juventude para evangelizar aquelas populações interioranas. Enquanto isto, Natal crescia em ritmo acelerado.

Milhares de pessoas migravam do interior para a capital em busca de melhores condições de vida para os seus

familiares. Por isso, o Bispo achou por bem transferir o Padre Lucas para trabalhar em Natal, a fim de trabalhar, como cooperador, nas paróquias de Nossa Senhora da Apresentação (Catedral – Cidade Alta) e Nossa Senhora das Graças e Santa Teresinha (no Tirol). Assim, de abril de 1972 até 1999, o Padre Lucas exerceu o seu ministério sacerdotal na paróquia de Santa Teresinha, onde demonstrou muita criatividade. Graças à sua simplicidade e capacidade de fácil comunicação, cativou os seus fiéis e realizou um grande apostolado. No governo de Dom Matias Patrício, ele foi transferido para a paróquia de Santo Afonso Maria de Ligório, situada no Conjunto Mirassol, na zona Sul de Natal. Esta área da cidade havia crescido muito. Esta transferência aconteceu em 04 de dezembro de 2006. Até hoje, ele permanece nesta paróquia como administrador paroquial.

Em reconhecimento aos seus grandes méritos pastorais, o Papa João Paulo II lhe outorgou o honroso título de MONSENHOR, em 29 de novembro de 1991.

A PAIXÃO PELA BÍBLIA A paixão do Monsenhor Lucas pela Bíblia manifestou-se logo cedo, quando ainda era criança. Já adulto, escolheu o dia da Bíblia para ser ordenado sacerdote.

No dia seguinte, ele, no altar, tirou uma foto, cercado por doze coroinhas, lendo a Bíblia. Por onde passou exercendo o seu ministério sacerdotal, o Mons. Lucas procurou divulgar a Sagrada Escritura, através da organização de Ciclos Bíblicos, que, naquela época, era uma novidade pastoral no Brasil. Além disso, já faz quarenta anos que, diariamente, ele lê e comenta o Evangelho do dia na Rádio Rural.

Na década de 80 do séc. XX, o Mons. Lucas trouxe a Natal o grande exegeta católico, brasileiro, Frei Carlos Mesters, para fazer conferências no auditório do SESC (Cidade Alta), em comemoração ao mês da Bíblia (setembro).

Uma prova admirável do seu amor à Bíblia são as peregrinações que ele costuma fazer à Terra Santa (Palestina) sempre acompanhado de peregrinos. Já foi nove vezes à Terra Santa. Lá, nos lugares santos, ele lê a Bíblia e explica aos peregrinos o significado de cada lugar visitado, de conformidade com as narrativas dos Evangelhos.

Prostrado no chão o Padre Lucas Batista Neto consagrou-se à Igreja diante de D. Nivaldo Monte

Logo que foi nomeado Administrador Paroquial de Mirassol, em dezembro de 2006, no ano seguinte, isto é, em 2007, o Mons. Lucas criou a Escola Bíblica “São Jerônimo”, que proporciona estudo bíblico aos seus paroquianos, toda terça-feira. O primeiro diretor desta Escola foi o Dr. Luciano Nóbrega, procurador aposentado do Estado. O corpo docente desta Escola Bíblica é formado pelo Cônego José Mario, Padre João Medeiros e o Prof. Itamar de Souza. Com o falecimento do Dr. Luciano, passou a dirigir a referida Escola o Prof.

Eliezer Camilo de Gouveia.

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Mons. Lucas, lendo a Bíblia no Mar da Galiléia

ENTREVISTA COM MONS. LUCAS COMO SURGIU A SUA VOCAÇÃO RELIGIOSA? Quase que eu diria como a vocação do Profeta Jeremias: “Antes de formar-te no ventre materno, Eu te conheci; antes de saíres do seio de tua mãe, Eu te consagrei e te fiz profeta das nações” (Jr. 1,5-10). Aos oito anos de idade, participando da Cruzada Eucarística, já evangelizava crianças ajudando os padres lazaristas nas missões das ruas de Caicó.

COMO ERA O SEMINÁRIO MENOR, QUANDO O SR. CURSOU O GINASIAL E O CLÁSSICO? Foi uma grande surpresa! Antes, eu pensava que ia passar o dia inteiro rezando. Apesar de termos as horas para rezar, a prioridade era dada aos estudos.

Além das aulas pela manhã e à tarde, naquele calor de Caicó, havia salões de estudo.

NO CURSO DE FILOSOFIA, QUAIS PENSADORES MAIS LHE CAUSARAM IMPACTO? O curso de Filosofia é fascinante para um jovem!

Nos obriga a desenvolver a nossa capacidade de raciocinar sobre a vida, o destino do homem, sobre o universo em que vivemos, etc... Os filósofos gregos – Platão , Aristóteles e Sócrates me chamaram a atenção, além de outros dos tempos modernos.

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NO CURSO DE TEOLOGIA, QUAIS SETORES LHE ATRAÍRAM MAIS? Cursei a Teologia Dogmática no Seminário Regional do Nordeste, em Olinda e Recife. Naquela época, havia lá um excelente corpo docente, formado por homens intelectualmente maduros e sábios, tais como Pe. Diomar, que lecionava Eclesiologia (tratado sobre a Igreja), Pe. Zeferino Rocha, Prof.

Ariano Suassuna, Pe. Marcelo Cavaleira, Pe. José Comblin, Pe. Eduardo Hoonaert, o Pe. Nércio Rodrigues lia para nós a Bíblia no hebraico, no grego, latim e francês. Ele sempre dizia: “Só participo de algum debate bíblico, se for no original!”

Mons. Lucas no Cenáculo do Monte Sião

QUANDO O SR. FOI ORDENADO SACERDOTE, EM 26 DE SETEMBRO DE 1970, O CONCÍLIO VATICANO II JÁ HAVIA TERMINADO (1965). QUAL FOI O IMPACTO QUE A NOVA VISÃO DO CONCÍLIO CAUSOU NA SUA VIDA PASTORAL? As quatro Constituições Dogmáticas – A Sagrada Liturgia, a Dei Verbum (A Palavra de Deus), a Lumen Gentium (Luz dos Povos) e a Gaudium et Spes (Alegria e Esperança) causaram grande impacto em toda a Igreja. Saímos para a ordenação sacerdotal cheios do Espírito Santo. Para nós, era um novo Pentecostes.

COMO O SR. EXPLICA ESTA DEDICAÇÃO Á PASTORAL BÍBLICA? Tudo começou quando ainda era criança, quando ganhei uma Bíblia numa competição catequética. A partir daí, comecei a ler a Bíblia e me encantar com as suas histórias. E este amor pela Sagrada Escritura foi crescendo ao ponto de escolher o Dia da Bíblia para a minha ordenação sacerdotal. Verdade é que, ao longo da minha vida sacerdotal, sempre procurei promover a divulgação da Bíblia. Criei Ciclos Bíblicos, Grupos de Audiência pela Rádio Rural, onde há quarenta anos , leio e explico o Evangelho do dia para todos os ouvintes. Promovi Conferências sobre a Sagrada Escritura em Natal, Encontros e Gincanas, Semanas Bíblicas, e outras coisas mais.

COMO O SR. VÊ A SITUAÇÃO DA IGREJA CATÓLICA NO BRASIL? O QUE É MAIS URGENTE SE FAZER? Os documentos oficiais são bem claros. Todos dizem que a Igreja é essencialmente missionária. Infelizmente, batizamos, mas não evangelizamos. A Igreja, no Brasil, se afastou muito das camadas populares. O povo gosta de ouvir as histórias e parábolas da Bíblia.

Até Fidel Castro, numa entrevista a Frei Beto, disse: “Da religião Católica, o mais importante e verdadeiro são as histórias da Bíblia”.

O QUE O SR. ACHA DO PONTIFICADO DO PAPA FRANCISCO? Deus enviou o Papa Francisco para os nosso dias, assim como , no século XIII, chamou São Francisco de Assis. A igreja precisa voltar aos seus primórdios, como viviam os primeiros cristãos.

AO COMPLETAR 45 ANOS DE VIDA SACERDOTAL, O QUE O SR. TEM A DIZER PARA A NOVA GERAÇÃO DE PADRES DA ARQUIDIOCESE DE NATAL? Até agora tenho feito uma caminhada de amor, fidelidade e compromisso pastoral com o povo de Deus e a Igreja. Quem desejar se ordenar, prepare-se para realizar o que diz o Evangelho: “Eis que nós deixamos tudo e te seguimos” (Mc 10, 28-31).

Mons. Lucas com sua mãe, D. Julieta

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Mons. Lucas orando no Muro das Lamentações (Jerusalém)

QUAIS SÃO OS SEUS PLANOS, QUANDO A IDADE CANÔNICA (75 ANOS) BATER NA SUA PORTA? O Código de Direito Canônico, no seu cânon 538, estabeleceu 75 anos como uma idade limite para o exercício da vida paroquial. Quando chegar a esta idade, estou pronto para obedecer. Ficarei como pároco emérito e com o uso de ordem em toda a Arquidiocese. Mas, continuarei à disposição daqueles que me procurarem. Será sempre uma grande alegria servir a todos. Enfim, direi como São Paulo (2 Tm 4,7): “Combatí o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé. Resta-me agora receber a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia”.

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CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO Além das suas atividades pastorais, o Mons. Lucas procurou aperfeiçoar os seus conhecimentos teológicos, fazendo vários cursos no Brasil e no exterior.

01 – Curso Intensivo de Teologia, no Instituto de Teologia de Recife (ITER), 28/08/1970.

02 – Curso de Cristologia e Eclesiologia no ITEPAN. Natal, 22/04/1971.

03 – 1º Corso Nacionale Sul Método Dell’Ovulazione Billings. Universitá Catolica Del S. Cuore. Roma, 15/12/1978.

04 – Corso Annuale de Aggiornamento Teológico Pastoral. Pontifícia Studiorum Universitá Salesiana. Roma, 1979.

05 – Curso de “La Biblia em la Catequese”. Instituto Teológico –Pastoral da América Latina (ITEPAL, Montevideu. Uruguai, 11/02/1989.

OUTRAS ATIVIDADES PASTORAIS 01 – o MONS. Lucas empenhou-se bastante para a implantação do Ensino Religioso nas Escolas da Rede Pública do Estado (RN). Seu esforço culminou com a criação da ESER – Escola Superior de Educação Religiosa.

02 – Seu trabalho se refletiu também na criação do Curso de Ciências da Religião pela Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN) 03 – Por último, ajudou a criar e dirigiu a Faculdade de Filosofia e Teologia “Dom Heitor Sales” (Natal).

PUBLICAÇÕES 1 – CARTILHA DE DEUS – em parceria com a equipe de Ensino Religioso 2 – PERSPECTIVAS DE UMA EDUCAÇÃO DA FÉ NA ESCOLA PÚBLICA. Pequena Tese defendida na Pontifícia Universidade Salesiana, de Roma.

3 – VEU – UMA EXPERIÊNCIA DE 10 ANOS DE PASTORAL 4 – DIÁRIO DE UM ANO SABÁTICO

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A trajetória do

Papa Francisco na igreja católica

Prof. Itamar de Souza

A renúncia inesperada do Papa Bento XVI ensejou o aparecimento do Cardeal Jorge Mario Bergoglio para sucedê-lo.

A eleição do novo Papa foi, sem dúvida, uma grande novidade na história da Igreja Católica. Verdade é que, pela primeira vez, a Igreja teve um Papa latino-americano ( argentino), um jesuíta e um pontífice com o nome de Francisco. Além disso, pela primeira vez, o mundo viu um Papa pedir aos milhares de fiéis que estavam na Praça de São Pedro, que rezassem por ele. Este gesto de humildade conquistou a simpatia do mundo inteiro.

Seu nome de batismo é Jorge Mario Bergoglio.

Nasceu em 17 de dezembro de 1936, em Buenos Aires. Descende de uma família de imigrantes italianos. É oportuno ressaltar que, no final do século XIX, milhares de trabalhadores italianos, impelidos pelo desemprego, deixaram a sua terra natal para tentar a vida nos Estados Unidos, Brasil e Argentina. Os pais do Papa Francisco – Mario José Bergoglio e Regina Maria Sívori – fizeram parte desta corrente migratória internacional.

Em 1953, com 17 anos de idade, quando já namorava, o jovem Jorge Bergoglio sentiu-se chamado para a vida religiosa. Porém, somente aos 22 anos foi que ingressou, como noviço, na Companhia de Jesus ( Ordem dos Jesuitas). Antes de tomar esta decisão, ele estudava Química. Durante o seu noviciado, estudou as ciências humanas no Chile. Seus estudos superiores – Filosofia e Teologia – foram realizados em Buenos Aires. Em 1969, aos 33 anos de idade, foi ordenado sacerdote jesuíta. Logo em seguida, isto é, de 1970 a 1986, ele trabalhou como professor e reitor em várias instituições educacionais da Ordem dos Jesuítas. Em 1986, o então padre Jorge Mario Bergoglio foi para a Alemanha fazer um Doutorado sobre a Teologia de

Romano Guardini (1885 – 1968). Logo depois, retornou para a Argentina.

Por causa do seu talento de escol e fidelidade à Igreja, o Padre Bergoglio foi nomeado, em 1992, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Buenos Aires. Não obstante o elevado cargo que exercia, ele andava de ônibus e visitava os pobres da periferia de Buenos Aires. Alguns anos depois, em 1998, ele foi nomeado Arcebispo da Arquidiocese de Buenos Aires. No ano de 2001, o Papa João Paulo II o nomeou Cardeal. Com esta nomeação, o Arcebispo Jorge Bergoglio passou a integrar a mais alta cúpula da hierarquia católica. Por ocasião do Sínodo dos Bispos, realizado no Vaticano, em 2001, ele destacou-se dos demais prelados participantes pelo seu alto desempenho intelectual naquela reunião.

Sua liderança sobre o episcopado argentino ficou comprovada quando presidiu a Conferência Episcopal Argentina, de 2005 a 2011. No conclave que elegeu o Cardeal Ratzinger para suceder a João Paulo II na cátedra de Pedro, o então Cardeal Bergoglio foi o segundo mais votado. Finalmente, aos 13 de março de 2013, o Cardeal Jorge Mario Bergoglio foi eleito Papa para suceder a Bento XVI. Logo que entrou em atividade, o Papa Francisco conquistou o mundo com a sua simplicidade. Desde então, prega constantemente a misericórdia de Deus e demonstra uma profunda preocupação com os pobres.

Não obstante a sua formação de jesuíta, o seu espírito é franciscano. Esta é a razão da escolha do seu nome.

Além disso, alerta constantemente a Igreja sobre os perigos do aburguesamento do clero, do conformismo com o que já foi conquistado. Quer que a Igreja seja aberta, acolhedora, que vá para as periferias, onde os pobres são o alvo principal dos falsos profetas.

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PENSAMENTOS, REFLEXÕES E EXORTAÇÕES FONTE: Kevin Cotter – Papa Francisco: Reflexões Diárias. São Paulo: Figurati, 2014.

A EVANGELIZAÇÃO É FEITA DE JOELHOS “Sem um relacionamento constante com Deus, a missão torna-se um trabalho. Não, não é trabalho, mas algo mais. O risco do ativismo, de confiar demais em estruturas, é um perigo sempre presente. Se olharmos para Jesus, veremos que antes de qualquer decisão importante ou evento, Ele recolhia-se em oração intensa e prolongada” – Homilia, 07/07/2013.

Quinta-feira Santa, no Vaticano, o Papa Francisco lavando os pés de um popular

QUERO QUE A IGREJA VÁ PARA AS RUAS “Mas, eu quero que vocês se façam ser ouvidos em suas dioceses, quero que o barulho saia lá fora, quero que a Igreja vá para as ruas, quero que resistamos a tudo o que é mundano, estático, confortável, tudo o que tem a ver com o clericalismo, tudo o que pode fazer com que nos fechemos em nós mesmos. As paróquias, as escolas, as instituições são feitas para sair lá fora” – Dia Mundial da Juventude, 25/07/2013.

CRISTÃOS DE MEIO-EXPEDIENTE “Nós não podemos ser cristãos de “meio-expediente”, apenas em certos momentos, em algumas circunstâncias; ninguém pode ser cristão dessa forma – SOMOS CRISTÃOS O TEMPO TODO! TOTALMENTE! “ – Audiência Geral, 15/05/2013.

UM GRANDE “SIM !”

“Os mandamentos não são um rosário de proibições – Você não deve fazer isso, você não deve fazer aquilo; pelo contrário, eles são um grande “SIM !”: um sim a Deus, ao Amor, à Vida”. – Homilia, 16/06/2013 MARIA, NOSSA MÃE “Maria passou por muitos momentos difíceis em sua vida, desde o nascimento de Jesus, quando “não havia lugar para eles na hospedaria” (Lc 2,7), até o Calvário (Jo 19,25). E como uma boa mãe, ela está perto de nós para que nunca percamos a coragem diante das adversidades da vida....” Discurso, 04/05/2013.

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A MAIS PODEROSA MENSAGEM DO SENHOR “Eu acho – e digo-o com humildade – que esta é a mais Poderosa mensagem do Senhor: a MISERICÓRDIA” – 17/4/2013.

A ALEGRIA DA EVANGELIZAÇÃO “Vamos testemunhar a novidade, a esperança e a alegria que o Senhor traz para a vida. Vamos sentir dentro de nós a deliciosa e reconfortante alegria de evangelizar. Porque evangelizar, proclamando Jesus, dá-nos a alegria. O egoísmo, por sua vez, nos torna amargos, tristes, e nos deprime. Evangelizar eleva-nos.” – Homilia, 22/05/2013.

DEUS É PURA MISERICÓRDIA “Revestí-vos de Cristo”: Ele espera por você no sacramento da Penitência, e com sua misericórdia vai curar todas as feridas causadas pelo pecado.

Não tenha medo de pedir o perdão de Deus, porque Ele não se cansa de nos perdoar, como um pai que nos ama. DEU É PURA MISERICÓRDIA! – Homilia, 25/07/2013.

A CREDIBILIDADE DA IGREJA “Vamos todos nos lembrar disto: não se pode anunciar o Evangelho de Jesus sem o testemunho tangível da vida de alguém. A incoerência por parte dos pastores e dos fiéis entre o que dizem e o que fazem, entre a palavra e o modo de vida, está afetando a credibilidade da Igreja”.

– Homilia, 14/-4/2013.

proclamar o Evangelho: esse é um comando que o Senhor confia a toda a Igreja, e isso inclui você”. _ Dia Mundial da Juventude, Missa de Encerramento, 28/07/2013.

O QUE A IGREJA NÃO É “A Igreja não é uma organização cultural, religiosa nem social; não é isso. A Igreja é a família de Jesus.

A Igreja confessa que Jesus é o Filho de Deus que veio em carne. Esse é o escândalo, e é por isso que perseguiram a Jesus.” Homilia, 1º /06/2013.

O Papa Francisco transmite alegria aos peregrinos que visitam Roma

O DEUS DE HOJE “Jesus já não pertence ao passado, mas vive no presente e se projeta em direção ao futuro. JESUS É O ETERNO “HOJE” DE DEUS”. – Homilia Vigília Pascal, 30/03/2013.

ELE NUNCA DECEPCIONA NINGUÉM “A CRUZ DE CRISTO contém todo o amor de Deus; nela encontramos sua misericórdia incomensurável. Somente no Cristo crucificado e ressuscitado podemos encontrar a salvação e a redenção” – Dia Mundial da Juventude, 26/07/2013.

A CULTURA DO CONFORTO “Esta cultura do conforto, que nos faz pensar apenas em nós mesmos, torna-nos insensíveis aos clamores de outras pessoas. Neste mundo globalizado, a cultura do conforto nos leva à indiferença globalizada” – Homilia, 08/07/2013.

ASSUMA CRISTO “Assuma Cristo”, e você verá as asas da esperança espalhando-se e fazendo-o caminhar com alegria rumo ao futuro. Assuma Cristo, e sua vida será plena de seu amor, será uma vida produtiva”. _ Dia Mundial da Juventude, 25/07/2013.

A VIDA CRISTÃ É UMA CORRIDA “A vida cristã é também uma espécie de esporte, uma luta, uma corrida em que devemos nos desapegar das coisas que nos separam de Deus”.

O QUE É ADORAR A DEUS? “Eu já me perguntei qual ídolo está escondido na minha vida e me impede de adorar o Senhor? Adorar é despojar-se dos ídolos, mesmo os mais ocultos, e escolher o Senhor como o centro, como estrada de nossas vidas” – Homilia, 14/04/2013.

A FÉ É UM ELEMENTO ORNAMENTAL? “A fé é um elemento decorativo ou ornamental?; a fé viva não significa decorar a vida com um pouco de religião, como se fosse um bolo que confeitamos com creme. Não, isso não é a fé. Fé significa escolher Deus como critério e base da vida. Angelus, 11/08/2013.

DEUS TEM UM SEMBLANTE REAL “Depois que Jesus veio ao mundo, é impossível agir como se não conhecêssemos a Deus, ou como se Ele fosse algo abstrato, vazio, uma referência puramente nominal. Não, Deus tem um semblante real.

Deus é misericórdia, Deus é fidelidade, Ele é a vida dada a todos nós” – Angelus, 11/08/2013.

A FÉ É FORTALECIDA PELA PROCLAMAÇÃO “Será que somos capazes de levar a Palavra de Deus ao meio em que vivemos? A fé nasce do ouvir e é fortalecida com a proclamação”. Homilia, 14/04/2013.

PROCLAMAR O EVANGELHO INCLUI VOCÊ “Jesus não disse: “Vá se você quiser, se você tiver tempo”, mas disse: “Ide e fazei discípulos de todas as nações” Compartilhar a experiência da fé, dar testemunho da fé,

Papa Francisco: ternura e simplicidade

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“NADA É IMPOSSÍVEL PARA DEUS” Lc 1,37

A esterilidade e os nascimentos milagrosos

na Bíblia

Prof. Itamar de Souza

Na Bíblia, a fecundidade humana é dom de Deus (Lc 1,25) e, ao contrário, a esterilidade é castigo de Deus (Gn 20,18). A Sagrada Escritura narra diversos nascimentos milagrosos acontecidos no Antigo e no Novo Testamento em mulheres que, antes, eram estéreis. Na cultura judaica, a esterilidade da mulher, isto é, a incapacidade para conceber e gerar filhos, era considerada como uma maldição, um castigo, uma vergonha, uma desonra. Era uma maldição que só Deus podia tirar. Os remédios existentes na época – “mandrágoras” – mostraram-se impotentes para curar a mulher da sua infecundidade. Por isso, a Bíblia registra vários nascimentos milagrosos, acontecidos graças à intervenção poderosa de Deus. Assim, foram os nascimentos de Isaac, Sansão, Samuel, João Batista e Jesus.

SARA – ABRAÃO – ISAAC Sara era casada com Abraão, a quem Deus prometera ser pai de uma grande descendência (Gn 12,2s; 13,16; 15,5). O tempo ia passando, e Sara não conseguia engravidar porque, como diz a Bíblia (Gn 11, 30) ela era estéril. Diante desta situação, Sara disse a seu esposo Abraão: “Vê, eu ti peço: Javé não permitiu que eu desse à luz. Toma, pois, a minha serva. Talvez, por ela, eu venha a ter filhos.

Abraão ouviu a voz de Sara. Assim, depois de dez anos que Abraão residia na terra de Canaã, sua mulher Sara tomou Agar, a egípcia, sua serva, e a deu como mulher a seu marido” (Gn 16,2-3). Do relacionamento de Agar com Abraão nasceu um filho, ao qual deram o nome de Ismael. Abraão tinha 86

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anos, quando gerou Ismael. A atitude de Sara baseava-se no direito matrimonial da Mesopotâmia, que era aceito pelos judeus daquela época. Anos depois, referindo-se a Sara, Javé disse a Abraão: “Eu a abençoarei, e dela te darei um filho... Abraão começou a rir das palavras de Javé, dizendo:” Acaso nascerá um filho a um homem de cem anos, e Sara que tem noventa anos dará à luz? Mesmo diante da dúvida de Abraão, Javé disse: “mas tua mulher Sara te dará um filho: tu o chamarás Isaac; estabelecerei minha aliança com ele, como uma aliança perpétua, com sua descendência depois dele” (Gn 17,15-19). Tudo aconteceu como Deus anunciara.

Não resta dívida de que o nascimento de Isaac foi um fato miraculoso, operado por Deus.

ESPOSA – MANUÉ – SANSÃO A Bíblia não diz o nome da esposa de Manué, que era do clã de Dã. Mas, diz: “Sua esposa era estéril e não tinha filhos. O anjo de Javé apareceu a essa mulher e lhe disse: “Tu és estéril e não tiveste filhos, mas conceberás e darás à luz um filho “(Juízes 13,2-3). E disse o que ela deveria fazer:” não beber vinho e não comer nenhuma coisa impura, “porque o menino será nazireu de Deus desde o ventre de sua mãe até a morte” (Juízes 13,7). A mulher contou ao seu esposo, Manué, tudo o que o anjo de Javé lhe disse. Então, diz a Bíblia:” A mulher deu à luz um filho, ao qual deu o nome de Sansão. O menino cresceu, Javé o abençoou, e o espírito de Javé começou a impelí-lo para o acampamento de Dã, entre Saraá e Estaol” (Juízes 13,24-25). Sansão ficou famoso pela grandiosidade dos seus cabelos e pela sua força demonstrada na luta contra os filisteus.

ELCANA – ANA – SAMUEL Elcana tinha duas mulheres: Ana e Fenena. Esta tinha filhos; Ana, não tinha nenhum. Por isso, ela se sentia humilhada. Certo dia ela foi ao santuário rezar para ter filhos. Chorando muito, ela pediu a Javé: “Se quiseres dar atenção à humilhação da tua serva e te lembrares de mim, e não te esqueceres da tua serva e lhe deres um filho homem, então eu o consagrarei a Javé por todos os dias da sua vida, e a navalha não passará sobre a sua cabeça” (1 Sam 1,11). Javé ouviu as preces de Ana. Assim, ela concebeu e, “no devido tempo, deu à luz um filho a quem chamou de Samuel (1 Sam 1,20). Logo que Samuel desmamou, Ana e seu esposo foram ao santuário de Silo agradecer a Javé. Prostrada diante de Javé, Ana proferiu uma belíssima oração, que, na Bíblia, chama-se Cântico de Ana (1Sam 2,1 -10).

ISABEL–ZACARIAS–JOÃOBATISTA O Novo Testamento narra dois nascimentos milagrosos: o de João Batista e o de Jesus. João Batista, precursor de Jesus, era filho do sacerdote Zacarias e de Isabel. Diz o evangelista Lucas: “Não tinham filhos, porque Isabel era estéril e os dois eram de idade avançada “(Lc 1,7). Certo dia, quando Zacarias estava desempenhando suas funções no Templo de Jerusalém, um anjo lhe apareceu, dizendo: “Não temas, Zacarias, porque tua súplica foi ouvida, e Isabel, tua mulher, te

dará um filho, ao qual porás o nome de João. (Lc 1,13).

Mas, Zacarias duvidou da promessa do anjo. Por isso, lhe perguntou: “De que modo saberei disso? Pois, sou velho e minha esposa é de idade avançada”. (Lc 1,18) . Irritado com o questionamento de Zacarias, o anjo lhe respondeu: “Eu sou Gabriel; assisto diante de Deus e fui enviado para anunciar-te essa boa nova.

Eis que ficarás mudo e sem poder falar até o dia em que isso acontecer, porquanto não creste em minhas palavras, que se cumprirão no tempo oportuno”. (Lc 1,19-20). Verdade é que, no tempo determinado por Deus, Isabel concebeu e se manteve oculta por cinco meses, dizendo: “isto fez por mim o Senhor, quando se dignou retirar o meu opróbrio (esterilidade) perante os homens!” (Lc 1,24). Depois do nascimento de João batista, seu pai, Zacarias, voltou a ter uma vida normal.

O NASCIMENTO DE JESUS Este nascimento foi maravilhoso, porém, totalmente singular. Nenhum outro assemelha a ele. Maria, mãe de Jesus, era uma jovem inteiramente sadia.

Deus a escolheu para ser a mãe do seu divino Filho.

Para isso, enviou o anjo Gabriel à cidade de Nazaré para lhe fazer o convite, dizendo: “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo! “Admirada com aquelas palavras, ela começou a pensar sobre o significado daquela saudação. Enquanto isso, o Anjo acrescentou: “Não temas, Maria! Encontraste graça junto de Deus.

Eis que conceberás no teu seio e darás à luz um filho, e o chamarás com o nome de Jesus” (Lc 1,28-31). Perplexa, Maria perguntou ao Anjo: “Como vai ser isso, se eu não conheço homem algum?”. Então, o Anjo a tranquilizou, dizendo: “O Espirito Santo virá sobre ti e o poder do Altíssimo vai te cobrir com a sua sombra; por isso o Santo que nascer será chamado Filho de Deus. Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice, e este é o sexto mês para aquela que chamavam de estéril. Para Deus, com efeito, nada é impossível” (Lc 1,35 – 37). Satisfeita com a explicação do Anjo, Maria aceitou o convite que Deus lhe fez, dizendo: “Eu sou a serva do Senhor; faça-se em mim segundo tua palavra!”. (Lc 1,38) É escusado dizer que, dos nascimentos milagrosos que a Bíblia nos informa, este foi o mais importante e o mais bonito. Nenhuma ciência humana tem o poder de explicar o nascimento de Jesus. Esplêndido milagre de Deus!

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Como a Bíblia católica

chegou ao Brasil I - A BÍBLIA HEBRAICA Ela é o começo de tudo. Sabemos que a Bíblia Sagrada, livro sagrado dos cristãos, começou a ser escrita nos países do Oriente. A língua original em que ela foi escrita é o Hebraico, idioma falado pelos antigos israelitas.

Por isso, a primeira Bíblia que existiu foi a Bíblia Hebraica, chamada também de Toráh.

Ela compreende três partes: 1 – “A LEI” (Toráh) que abarca os cinco livros do Pentateuco.

2 – Os PROFETAS – compreende os livros Históricos, desde Josué até os dois livros de Reis e os livros Proféticos propriamente ditos.

3 – OS ESCRITOS – Isto é, os Salmos, o livro de Jó e os demais livros Sapienciais

II – A BÍBLIA SEPTUAGINTA OU DOS SETENTA Para se compreender o surgimento desta Bíblia é preciso evocar a diáspora, isto é, a dispersão dos judeus no século VI a.C. Assim, por volta do ano 587 a 538 a.C. , Nabucodonosor, rei da Babilônia, invadiu Jerusalém, destruiu esta cidade e o seu famoso Templo, e exilou para o seu país grande parte da elite judaica. Na História da Salvação, este acontecimento é conhecido como o Cativeiro da Babilônia, que durou 49 anos. Por uma providência divina, Ciro, rei da Pérsia, destronou Nabucodonosor e passou a dominar a Babilônia. Então, para aliviar o sofrimento

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dos judeus, Ciro autorizou o retorno deles para a Palestina e chegou até a auxiliar na reconstrução de Jerusalém. Na verdade, muitos judeus não retornaram à Palestina, mas preferiram continuar vivendo em outros países.

Muitos foram para Alexandria, cidade situada no Norte do Egito. Esta cidade chegou a possuir cerca de 500 mil judeus. Distantes da pátria, eles foram se esquecendo do hebraico, sua língua materna.

Cessada a dominação de Ciro na Palestina, sobreveio a dominação grega, no século IV a.C., imposta por Alexandre Magno, rei da Macedônia. Por isso, a língua grega tornou-se o idioma mais falado pelas populações do Egito e de outros países dominados por Alexandre Magno. Foi, então, neste contexto da cultura grega, que a Bíblia judaica foi traduzida do hebraico para o grego. Convocados pelo rei do Egito, Ptolomeu II, 72 sábios (06 de cada Tribo de Israel) vieram de Jerusalém para Alexandria e realizaram essa tradução entre os séculos III e I a. C. Foi assim que surgiu a versão da Bíblia SEPTUAGINTA (palavra latina, que significa setenta), chamada também de Bíblia dos Setenta. Nesta versão estavam presentes os Livros Deuterocanônicos. A Bíblia SEPTUAGINTA foi a primeira tradução que se fez do Texto Sagrado, do hebraico para outra língua, o grego. É importante assinalar que a Septuaginta só contém o Antigo Testamento, pois o Novo Testamento ainda não existia.

III - A BÍBLIA VULGATA (Séc. IV d.C.) Insatisfeito com as versões latinas da Bíblia feitas desde o século II, nas províncias romanas da África, as chamadas Vetus Latinas, o Papa Dâmaso I , que governou a Igreja entre os anos 366 e 382, encarregou São Jerônimo de fazer uma versão da Bíblia em latim popular. Naquela época, o Latim era falado por todo mundo. Ele começou o seu trabalho em Roma e, logo depois, foi morar na Palestina, onde, ao longo de 35 anos, estudou profundamente a cultura oriental. A tradução de Jerônimo foi realizada entre os anos 390 e 405. Desde o século XIII, que se deu a esta versão o nome de VULGATA. Ela teve grande aceitação ao longo dos séculos em toda a cristandade europeia. Por isso, o Concílio de Trento (1545 – 1563), através do Decreto Insuper, promoveu a VULGATA à categoria de Bíblia oficial da Igreja Católica. Este Decreto reconheceu a sua autenticidade quanto à fé e à moral. Mas, para aperfeiçoá-la, os Papas nomearam diversas e sucessivas comissões ao longo do tempo. A VULGATA de São Gerônimo manteve o seu prestígio até o inicio do século XX, quando as traduções das Bíblias católicas passaram a ser feitas a partir dos originais hebraico e grego.

Brasil, inclusive na religião. Durante o período da colonização portuguesa (Colônia e Império) o catolicismo era a religião oficial do Brasil. Por isso, aqui, não entrava legalmente nem protestante e nem livros protestantes. Mas, com a vinda da família Real para o Brasil, em 1808, a situação começou a mudar.

Pressionado pela Inglaterra, D. João VI decretou a abertura dos portos brasileiros às nações amigas. Então, a Sociedade Bíblica Britânica, em 1809, lançou a 1ª edição de 12 mil exemplares do Novo Testamento em português. Parte destes exemplares foi enviada para o Brasil. Deste então, o envio de edições bíblicas para o Brasil continuou.

Em reação a isto, Frei Joaquim de Nossa Senhora de Nazaré publicou, em 1847, em São Luís do Maranhão, o NOVO TESTAMENTO em português, traduzido por ele, a partir da VULGATA. É importante ressaltar que este foi o primeiro texto bíblico traduzido no Brasil.

IV – TRADUÇÕES DA BÍBLIA PARA AS LINGUAS MODERNAS (Séc. XVI – XVIII) Segundo o Padre Vaccari, entre os anos 1450 e 1500, já circulavam na Europa 125 edições da Bíblia em diversas línguas modernas. Segundo o biblista Heirich Mertens, antes de Lutero, foram realizadas na Alemanha, 18 edições da Bíblia em alemão, no período de 1466 até 1522. A Bíblia traduzida por Lutero, num alemão popular, foi lançada em 1534.

E teve grande repercussão em toda a Alemanha.

V – A BÍBLIA NO NOVO MUNDO Em todos os países do Novo Mundo, colonizados pelos ingleses e holandeses, a Bíblia veio na bagagem de todos eles. John Eliot, missionário protestante inglês, foi quem primeiro publicou uma Bíblia em Roxbury, Estados Unidos, em 1658. Enquanto isso, nos países colonizados por portugueses e espanhóis, a Bíblia só veio chegar no século XIX.

VI – D. JOÃO VI E A BÍBLIA NO BRASIL (1847) A vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil, em 1808, ocasionou grandes transformações no

VII – A BÍBLIA DO PADRE ANTONIO PEREIRA DE FIGUEIREDO (1864) Este sacerdote nasceu em Macau, na Ásia, em 1725 e faleceu em Lisboa em 1797. Tratava-se de um homem culto, escritor, latinista e teólogo. A sua Bíblia começou a circular em Portugal, em 1790.

No Brasil, a sua primeira edição é de 1864; e a segunda edição data de 1881. Foi lançada em Salvador (Bahia) com o apoio de D. Manoel Joaquim, Arcebispo da Bahia e Primaz do Brasil.

VIII – A BÍBLIA DO PADRE MATOS SOARES ( 1932) Escrita também em Portugal, esta Bíblia circulou, pela primeira vez no Brasil, em 1932, num só volume, e teve várias reedições. É importante observar que, até 1940, circulavam no Brasil, de maneira restrita, somente estas duas Bíblias: a do Padre Antonio Pereira de Figueiredo e a do Padre Matos Soares.

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O avanço das

bíblias católicas no Brasil

Depois do Concílio Vaticano II, que realizou-se entre os anos 1962 e 65, verificou-se um avanço admirável das Bíblias Católicas no Brasil. A DEI VERBUM (Documento do Concílio sobre a Bíblia) deixou recomendações bem claras: "Todos os sacerdotes, diáconos e catequistas, que atendem legitimamente ao ministério da Palavra, mantenham contato íntimo com as escrituras, mediante a leitura assídua e o estudo apurado... Compete aos sagrados pastores "depositários da doutrina apostólica" ensinar oportunamente os fiéis que lhes foram confiados a usarem retamente os livros divinos (...) para que os filhos da Igreja se familiarizem de modo seguro e útil com a Sagrada Escritura e se embebam do seu espírito" (Nº 25). Noutras palavras, o Concilio determinou que a Igreja católica coloque a Bíblia nas mãos do povo. É importante ressaltar que, antes de Concilio Vaticano II, apenas, cinco Bíblias

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Católicas tinham sido publicadas no Brasil.

Mesmo assim, em edições muitos reduzidas.

Porém, depois do Concílio, já foram editadas no Brasil cerca de 15 Bíblias Católicas, as quais, conjuntamente, somam mais de dois milhões de exemplares.

Eis os nomes de algumas: 1967 – Bíblia Sagrada do Pontifício Instituto Bíblico de Roma; 1981 – A Bíblia de Jerusalém; 1982 – Bíblia Sagrada – Editora Vozes; 1984 – Bíblia Sagrada – Editora Santuário; 1990 – Edição Pastoral da Bíblia; 1994 – Bíblia Mensagem de Deus; 1994 – Tradução Ecumênica da Bíblia ( TEB); 1997 – Bíblia Sagrada – Tradução da CNBB; 2002 – Bíblia do Peregrino; 2006 – Bíblia Sagrada de Aparecida; 2012 – Bíblia Católica do Jovem, que foi amplamente divulgada na Jornada Mundial da Juventude, que realizou-se no Rio de Janeiro, em 2013, com a presença do Papa Francisco.

Entre os dias 17 e 19 de julho p.p., Dom Jaime Vieira Rocha, Arcebispo de Natal, fez visita às paróquias do 2º Zonal. Todos os padres deste Zonal (região sul de Natal) e numerosos agentes pastorais, participaram do evento.

D. Jaime Vieira Rocha Arcebispo de Natal

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As alianças

que Deus fez com a humanidade A Aliança é um dos temas centrais da Sagrada Escritura. Basta dizer que a palavra Aliança aparece 286 vezes no Antigo Testamento. Além de ter criado a humanidade, Deus fez várias Alianças para protegê-la.

A relação que se estabelece entre Deus e o homem, por meio de uma Aliança, é semelhante a uma relação matrimonial.

Compreende escolha livre, amor recíproco e fidelidade para sempre.

Não foi o povo de Israel que deu origem a esta instituição chamada Aliança. Ele a recebeu de povos vizinhos – assírios, ba-

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bilônios, hititas e outros – com quem , ao longo do tempo, foi obrigado a conviver.

Em hebraico, língua original da Bíblia, a palavra Aliança é Berit; em grego, é Diateke; e em português, ela foi traduzida por Testamento. Mas, em que consiste uma Aliança? Ela é um pacto, um compromisso, que se expressa através de um ritual solene, feito entre pessoas ou grupos iguais ou desiguais, que gera direitos e deveres recíprocos. No Antigo Testamento, a oferta do sangue de animais à divindade era um elemento essencial.

A ANTIGA ALIANÇA Nas páginas do Antigo Testamento, vemos que Deus se serviu deste elemento cultural para conduzir os homens a uma vida de comunhão com Ele. Por isso, fez vários Alianças a começar com Noé ( Gn 6,18ss), com Abraão (Gn 17,1ss) e com o rei Daví (2 Samuel 7,8ss; 23,5; Sl 89,4ss). Porém, a mais importante foi a Aliança que Deus fez com Israel, o povo eleito, realizada no Monte Sinai, que é narrada no livro do Êxodo, do capítulo 19 ao 24. Moisés foi o grande Mediador desta Aliança. Naquela

ocasião, houve uma maravilhosa teofania! Deus estabeleceu o Decálogo, isto é, os Dez Mandamentos, para orientar a caminhada do seu povo (Israel). O povo, por sua vez, prometeu obedecer às ordens divinas que Javé lhe apresentou. Assim, foi feito um juramento. Os dez mandamentos foram escritos em duas Tábuas (Tábuas da Lei), que foram depositadas na Arca da Aliança. Por causa das infidelidades de Israel, Javé renovou a Aliança do Sinai, em Siquém, sob o comando de Josué ( Jos 8,30-35; 24,1ss).

A NOVA E ETERNA ALIANÇA Mesmo sabendo que o povo de Israel não estava levando a sério os compromissos assumidos na Antiga Aliança, Javé não desistiu; permaneceu fiel ao seu povo.

Por isso, por volta do inicio do século VII a.C., Ele mandou o profeta Jeremias anunciar a realização de uma Nova Aliança ( Jer 31,3-34), que é mais perfeita do que a Antiga. Assim falou o profeta: “Eis que dias virão em que concluirei com a casa de Israel (e com a casa de Judá) uma Aliança nova. (.....). Porei minha lei no fundo de seu ser e a escreverei em seu coração. Então serei seu Deus e eles serão meu povo. Eles não terão mais que instruir seu próximo ou seu irmão, dizendo: “Conhecei a Javé!" Porque todos me conhecerão, dos menores aos maiores – porque perdoarei sua culpa e não me lembrarei mais de seu pecado.”.

Esta Nova Aliança traz algumas novidades: Deus perdoa os pecados do seu povo; ela será inscrita no coração das pessoas, na sua interioridade, e não mais em tábuas; pelo influxo do Espírito Santo, todos conhecerão Javé como o seu Deus. Além

disso, não precisará de sangue de animais.

Pois, ela será inaugurada pelo sacrifício de Cristo, Cordeiro de Deus (Jo 1,36), que se imolou na Cruz, derramando o Seu próprio sangue para a nossa redenção. Na Última Ceia, quando Jesus instituiu a Eucaristia, deixou isto bem claro. Falando aos discípulos, Ele disse, referindo-se ao cálice: “BEBEI DELE TODOS, PORQUE ISTO É O MEU SANGUE, O SANGUE DA NOVA ALIANÇA, DERRAMADO POR MUITOS HOMENS EM REMISSÃO DOS PECADOS” (Mt 26,27-28). A Carta aos Hebreus mostra com toda clareza o caráter definitivo da Nova Aliança: 7,27; 9,12.26.28; 10,10.12.

Comparando as duas Alianças, chegamos a esta conclusão: A Antiga Aliança era transitória porque era terrena; a Nova Aliança, ao contrário, é definitiva porque a vítima que se imolou foi o próprio Deus (Jesus). A Antiga Aliança tinha um sacerdote mortal; a Nova Aliança tem um Sacerdote eterno, Jesus Cristo, que penetrou no Santuário Celeste uma só vez e está assentado à direita do trono de Deus Pai.

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Os cuidados da Igreja católica

com a bíblia ao longo dos séculos

Setembro é o mês da Bíblia na Igreja Católica. Desde que foi fundada por Jesus Cristo, que a Igreja Católica tem se conduzido como guardiã e incentivadora da divulgação da Sagrada Escritura. Assim, ao longo dos séculos, ela preservou – contra hereges, perseguidores e ateus – o tesouro da Divina Palavra. É fato histórico incontestável que, nos três primeiros séculos do Cristianismo, os Imperadores romanos mandavam seus soldados queimarem os vasos sagrados e a Bíblia, na tentativa de destruir pela raiz a Boa Nova de Cristo. Por conseguinte, os primeiros mártires do Cristianismo, arriscando a própria vida, defenderam a Sagrada Escritura. Foi graças à coragem e à valentia destes mártires católicos que a Bíblia chegou até nós.

SÃO JERÔNIMO (342-420)

S. Dâmaso

A FORMAÇÃO DO CÂNON Nos séculos IV e V, quando surgiram dúvidas sobre os livros que eram inspirados ou não, os PAPAS DÂMASO (366-384), CIRÍCIO ( 384398) e INOCÊNCIO I (401 – 417), reunidos em Concílios Regionais, decidiram que o verdadeiro Cânon da Bíblia (isto é, a lista dos livros inspirados que compõem a Bíblia) compreende 73 livros. Desde então, por decisão destes Papas, a Bíblia Católica tem 73 livros, sendo 46 no Antigo Testamento e 27 no Novo Testamento. Por conseguinte, desconhece a história da formação do Cânon da Bíblia Católica quem afirma que somente no Concílio de Trento (1545-63) foi que a Igreja Católica resolveu admitir que a sua Bíblia tivesse 73 livros. Puro engano! O que aconteceu foi o seguinte: o Concílio de Trento fez apenas homologar as decisões conciliares já tomadas pelos referidos Papas nos séculos IV e V.

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Com o objetivo de proporcionar aos católicos uma tradução bem feita e acessível ao povo, o Papa Dâmaso I encarregou São Jerônimo de traduzir a Bíblia dos textos originais (grego, hebraico e aramaico) para o Latim popular. Daí surgiu a Bíblia chamadaVULGATA, concluída em 405. graças a mais de 30 anos de trabalho paciente e sábio de São Jerônimo. É importante ressaltar que, naquela época, toda a Europa falava e escrevia o Latim vulgar, isto é, popular.

NA IDADE MÉDIA (DO SÉC. V AO XV) Durante a invasão dos Bárbaros, foram os Monges e os Frades, trancados em seus conventos e mosteiros, que salvaram a Bíblia, recopiando os textos sagrados e preservando-os contra o ataque silencioso das traças. Ora, na Idade Média, editar um livro era muito difícil! Somente depois que Gutemberg inventou a imprensa, em 1455, a impressão de livros ficou mais fácil e veloz. Por isso, segundo o Padre Vaccari, entre os anos 1450 e 1500, circulavam na Europa 125 edições da Bíblia em línguas modernas.

LUTERO (1517 – 1522) No século XVI, Martinho Lutero, frade da Ordem de Santo Agostinho, rebelou-se contra a Igreja Católica e fundou o protestantismo. Traduziu a Bíblia para o alemão popular, alterou alguns textos e retirou, por conta própria, sete livros da Bíblia, que nós chamamos de Dêuterocanônicos. Por que ele agiu assim? Porque aqueles livros, chamados de apócrifos pelos protestantes, contêm passagens que contrariam as suas doutrinas. Por isso, a Bíblia dos protestantes tem 66 livros, enquanto a Bíblia católica tem 73 livros.

O CONCÍLIO DE TRENTO (1545 – 1563) Este famoso Concílio reafirmou todas as doutrinas católicas negadas anteriormente por Lutero. Além disso, proclamou como Bíblia oficial da Igreja Católica a VULGATA e, ao mesmo tempo, confirmou o Cânon da Bíblia Católica (73) livros como já fora anteriormente definido nos concílios regionais, realizados nos séculos IV e V.

Leão XIII

PRUDÊNCIA A partir da tradução da Bíblia que Lutero realizou em 1534 para o alemão popular, surgiram, em toda a Europa, traduções da Bíblia em quase todas as línguas modernas, tanto do lado protestante quanto do lado católico. Então, com o objetivo de evitar deturpações do texto sagrado (como, de fato, aconteceram), a Igreja Católica assumiu uma atitude de prudência, concretizada em documentos publicados pelos Papas Pio VII (1816), Leão XII (1824) e Gregório XVI (1844). Estes pontífices condenaram as deturpações do texto sagrado cometidas por várias “Sociedades Bíblicas” protestantes. Por outro lado, eles recomendaram que as Bíblias, publicadas nos idiomas nacionais, deviam conter anotações tiradas dos Santos Padres e dos Doutores Católicos.

A REVOLUÇÃO DE LEÃO XIII Este Papa, que governou a Igreja entre 1878 e 1903, fez uma verdadeira revolução no campo bíblico ao publicar a encíclica - PROVIDENTISSIMUS DEUS – em 18 de novembro de 1893. Ele reafirmou o papel do Magistério da Igreja na interpretação da Bíblia. Sua revolução consistiu nisto: para melhorar a compreensão da Bíblia, Ele recomendou o “estudo das antigas línguas orientais”, isto é, grego, hebraico e aramaico, línguas nas quais foram escritos o Antigo e o Novo Testamento. Além disso, incentivou a confrontação entre a Bíblia e as descobertas científicas realizadas pelas ciências naturais, históricas e culturais. Por último, em 1902, Leão XIII criou a PONTIFÍCIA COMISSÃO BÍBLICA com autoridade para responder às indagações dirigidas ao Vaticano sobre a Sagrada Escritura. A partir desta encíclica de Leão XIII, a Igreja Católica dedicou-se mais ao estudo da Bíblia, fundando institutos e faculdades nos quais são formados grandes biblistas.

PIO X E PIO XII Estes Papas continuaram incentivando o estudo da Bíblia na Igreja. Assim, em 1909, Pio X fundou o INSTITUTO BÍBLICO DE ROMA que vem formando novos estudiosos da Bíblia dentro da Igreja católica. Por sua vez, PIO XII, em 1942, lançou a encíclica - DIVINO AFFLANTE SPIRITU - na qual reconhece a importância do método histórico-crítico e o recomenda aos exegetas católicos.

O CONCÍLIO VATICANO II (1962-1965) Este Concílio dedicou à Revelação Divina a Constituição Dogmática – DEI VERBUM-, em cujo capítulo VI aborda o tema da Sagrada Escritura. O Concílio afirma que a nossa vida cristã deve se alimentar da Eucaristia e da Palavra de Deus contida na Bíblia. Exorta os Religiosos e os fiéis leigos a aprenderem “a iminente ciência de Jesus Cristo” com a leitura freqüente das Divinas Escrituras. Assim, graças ao incentivo dado pelo Concílio Vaticano II, a Bíblia está sendo cada vez mais lida, amada e divulgada por milhões de católicos no Brasil e no mundo inteiro.

VIVA A BÍBLIA! LEIA A BÍBLIA! DIVULGUE A BÍBLIA!

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Ester perante o Rei Assuero

Ester,

a mulher que salvou o seu povo Ester é um nome que significa escondida. Era uma jovem judia, órfã, muito bonita, que foi criada por Mardoqueu. O povo judeu estava vivendo sob a dominação do Império Persa, o mais poderoso daquela época. O gesto salvador de Ester aconteceu no reinado de Assuero, que governou a Pérsia de 485 a 465 a.C.. Este soberano resolveu oferecer um gigantesco banquete para os oficiais e os príncipes de todo o seu Império. A festa já alcançara o sétimo dia, quando ele ordenou aos seus auxiliares que trouxessem à sua presença a rainha Vasti, sua esposa. Mas, a rainha recusou o convite do rei. Então, Assuero, enfurecido, mandou procurar uma virgem bonita para substituir Vasti. A escolhida foi Ester. Uma vez que ela agradou ao rei, ele “colocou sobre a sua cabeça o diadema real e a fez rainha no lugar de Vasti” (Ester,2,7ss). Amã, um dos conselheiros de Assuero, encolerizou-se contra Mardoqueu, porque este não lhe prestava as devidas vênias. Formou-se, então, uma briga palaciana!

Ao saber que Mardoqueu era judeu, Amã elevou a sua cólera ao extremo, propondo ao rei o extermínio de todos os judeus que estavam no Império persa. Por outro lado, agindo com habilidade, Mardoqueu fez chegar ao conhecimento do rei, que Amã tramava a

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sua derrubada do trono. Sabendo que Amã pretendia exterminar os judeus, então, Ester resolveu oferecer um banque ao rei e a Amã. Mas, antes, ela fez muitas orações para que Deus a iluminasse. Depois de beber bastante vinho, o rei Assuero disse a Ester: “Qual o teu pedido, rainha Ester? Será atendido. Ainda que me peças a metade do reino, te será concedido”. Então, Ester respondeu: “Se achei graça a teus olhos, ó rei, e se ao rei lhe parece bem, concede-me a vida – eis o meu pedido; SALVA MEU POVO – eis o meu desejo.

Fomos vendidos eu e meu povo, ao extermínio, à morte, ao aniquilamento”. Respondendo à rainha Ester, o rei perguntou: “Quem é e onde está quem maquina tal projeto em seu coração? O opressor, o inimigo – disse a rainha – é Amã – eis aí o infame! ( Ester 7,1ss).

Sem dúvida, o rei ficou encolerizado com a denúncia da rainha! Incontinenti, mandou enforcar Amã, no jardim do palácio, na mesma forca que ele preparara para matar Mardoqueu.

Em seguida, Assuero publicou um edito concedendo amplos favores aos judeus (Ester 8,3ss). Para comemorar esta salvação, os judeus criaram a festa de Purim, celebrada por eles no mês de Adar, ou seja, entre 14 e 15 de fevereiro ( Ester 9,17ss).

O que

eles disseram sobre a bíblia Dom Pedro II

George Washington

Imperador do Brasil

Presidente dos Eua

“Eu amo a Bíblia. Eu a leio todos os dias e, quanto mais a leio, mais a amo. Há alguns que não gostam da Bíblia. Eu não os entendo, não compreendo tais pessoas. Mas, eu a amo, amo sua simplicidade e amo suas repetições e reiterações da verdade.

Como disse, eu a leio todos os dias e gosto dela cada vez mais.”

“É impossível governar corretamente o mundo sem Deus e sem a Bíblia”.

Abraão Lincoln

Presidente dos Eua “Creio que a Bíblia é o melhor presente que Deus já deu ao homem. É por meio desse livro que nos é comunicado todo o bem da parte do Salvador do mundo”.

Immanuel Kant Filósofo Alemão

“A existência da Bíblia como livro para o povo é o maior benefício que a raça humana já experimentou.

Todo esforço por depreciá-la é um crime contra a humanidade”.

Thomas Huxley Biólogo Britânico

“A Bíblia tem sido a Carta Magna dos pobres e oprimidos. A raça humana não tem condições de passar sem ela.”

Charles Dickens Escritor Inglês

“O Novo Testamento é, de longe, o melhor livro que o mundo já conheceu ou virá a conhecer”.

São Jerônimo

Grande Biblista Católico “Ignorar as Sagradas Escrituras é ignorar o próprio Cristo”.

Isaac Newton Físico Inglês

“Existem mais indícios seguros de autenticidade na Bíblia do que em qualquer história não-cristã”.

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Paróquia de Santo Afonso Maria de Ligório Divisão do agir pastoral ministério sacerdotal

MOVIMENTOS

Mons. Lucas Batista Neto – Pároco Padre Carlos Sávio – Vigário Paroquial Padre João Medeiros Filho – Colaborador Diácono João Batista de Oliveira Diácono Eugenio Lima de Souza

Campanha da Mãe Peregrina – Coord. Célia Maria O. da Costa Terço dos Homens – Coord. Rui Medeiros Liga dos Enfermos – Coord. Maria de Lourdes Feitosa Legião de Maria – Coord. Maria de Lourdes Gonçalves Coral Infantil – Coord. Catarina Shin Renovação Carismática – Coord. Ivone Tenório Oficina de Oração e Vida – Coord. Maria Elida Santos de Souza Missão Adorai – Leonardo Cavalcanti A. Teixeira Caravana do Amor Fraterno – Coord. Juliano Silva V. Leite Grupo de Jovens Santo Agostinho Terço da Saúde – Coord. Christiane Rosado

PASTORAIS Pastoral da Acolhida – Coord. Abigail Fernandes Pastoral Familiar – Coord. Elias Simões e Angelina G. de Araújo Ministério da Liturgia – Coord. Régia Mª Nobre da Costa Pastoral da Música – Coord. Flávio Victor Iniciação Cristã: Batismo, Crisma e Catequese. Coord. Márcia Regina Pastoral Vocacional – Coord. Ana Cristina Silva de Melo Silveira Pastoral da Boa Vizinhança – Coord. Mª Nascimento e outros Pastoral da Comunicação – Coord. Aluízio, Larissa e outros Pastoral do Morador de Rua – Coord. Sésiom F. da Silveira Pastoral do Dízimo – Coord – Fernando e Karina Pastoral do Idoso – Coord. Ana Medeiros Caetano e outros Pastoral do Bem – Estar – Coord. Sunday e Ionara Pastoral de Eventos – Coord. Massilon e Iara

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SERVIÇOS ESCOLA BÍBLICA “SÃO JERÔNIMO” – Dir. Eliezer Camilo ESCOLA DA FÉ “SANTO AGOSTINHO” – Coord.

Adelúzia Miranda SEGUE-ME – Coord. Padre Carlos Sávio ENCONTRO DE CASAIS COM CRISTO – (ECC) – Geraldo e Silvana

Mirassol em

Nightfever O Padre Carlos Sávio, vigário da Paróquia de Santo Afonso, no bairro de Mirassol, zona Sul de Natal (RN), é sacerdote da Arquidiocese de Natal. Mas, graças às suas habilidades pastorais, passou cerca de seis anos trabalhando na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), no setor da Juventude. Por isso, teve a oportunidade de viajar por todo o Brasil, e também pelo Exterior, vendo vários tipos de experiência pastoral. Assim, retornou para Natal cheio de novidades pastorais. Em boa hora, o Padre Sávio tomou a iniciativa de realizar, na paróquia de Mirassol, um Nightfever. Trata-se de um evento eucarístico realizado de maneira diferente. Este evento realizou-se na noite do dia 23 de maio de 2015. Foi um grande sucesso, digno de todos os encômios. Cerca de 1.700 pessoas católicas atenderam ao seu convite, vindo de várias partes da cidade e, até, da Paraíba e do Recife.

O Nightfever começou com a celebração da Missa, presidida pelo coordenador geral, Padre Carlos Sávio, e concelebrada pelo Pároco, Mons. Lucas Batista Neto. O lugar escolhido foi a Igreja de Santo Agostinho, situada na Praça Hélio Galvão, que dispõe de amplo espaço adequado à realização de grandes eventos. Após a Missa, os fiéis acenderam as suas velas e as colocaram diante do Santíssimo Sacramento. Nesta ocasião, receberam um texto da Bíblia para ser meditado. Por outro lado, no espaço da Praça, foram armadas várias tendas, onde grupos de fiéis debateram vários temas sociais e religiosos. Enquanto isso, fiéis mais piedosos permaneceram dentro da Igreja em adoração do Santíssimo

Pe. Carlos Sávio

Sacramento. Ao mesmo tempo, vários sacerdotes convidados atenderam os fiéis que aproveitaram aquele momento para receber o Sacramento da Confissão. Por outro lado, diversos jovens missionários foram a vários bares da Zona Sul da cidade, convidando as pessoas que lá estavam para virem participar deste evento. O Nightfever penetrou noite a dentro e, às cinco horas da manhã do dia 24 , houve a Missa de encerramento, que contou com a presença de D. Jaime Vieira Rocha, nosso Arcebispo. Para surpresa dos pessimistas, a Igreja de Santo Agostinho estava lotadíssima de fiéis naquele alvorecer do domingo 24 de maio.

O Nightfever surgiu na Alemanha, em 2005, na região de Colônia, algumas semanas depois da realização da Jornada Mundial da Juventude. De lá, propagou-se para outros países da Europa e Estados Unidos. No Brasil, o primeiro Nightfever realizado foi este de Natal.

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QUEM FOI A PESSOA QUE TEVE O PRIVILÉGIO DE CONVIVER COM DEUS 33 ANOS, AQUI NA TERRA?

A VIRGEM MARIA, MÃE DE DEUS.

O CANTO DO MAGNIFICAT Logo que soube que Isabel, sua parente, de idade avançada, estava grávida, Maria, já grávida do Menino Jesus, foi às pressas visitar Isabel, que morava na aldeia de Ain Karen. De Nazaré até esta aldeia, a distância era de 130 km. Maria fez este percurso passando por cima das montanhas da Judeia, no seu jumentinho, em companhia provavelmente de José, seu esposo, ou do seu pai.

Assim que recebeu a saudação de Maria, Isabel ficou

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A visita da Virgem Maria a Santa Isabel na aldeia de Ain Karen

cheia do Espírito Santo. E exclamou em alta voz: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Senhor? Pois assim que a voz de tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria no meu seio. Bem-aventurada és tu que creste, pois se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas!”. Em resposta às palavras de Isabel, Maria recitou o belo hino do Magnificat. Ei-lo a seguir: “Minha alma glorifica ao Senhor, Meu espírito exulta de alegria, em Deus, meu salvador, Porque olhou para sua pobre serva.

Por isso, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações, Porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é santo.

Sua misericórdia se estende, de geração em geração, sobre os que o temem.

Manifestou o poder do seu braço: desconcertou os corações soberbos.

Derrubou do trono os poderosos e exaltou os humildes.

Saciou de bens os indigentes e despediu de mãos vazias os ricos.

Acolheu a Israel, seu servo, lembrado da sua misericórdia, conforme prometera a nossos pais, em favor de Abraão e sua posteridade, para sempre”.

COMO IDENTIFICAR

A IGREJA QUE

JESUS FUNDOU? Estamos vivendo uma época, em que se constata uma proliferação de “igrejas” em ritmo acelerado.

Abrir uma “igreja” virou um negócio lucrativo para muitas pessoas inescrupulosas. Em meio a esta enxurrada, o povo mais simples fica em dúvida, e começa a indagar: E agora? Qual é a Igreja fundada por Jesus Cristo? Em qual Igreja devemos acreditar ?

Ora, sabemos que, quando Jesus esteve aqui na terra fundou uma Igreja para continuar a sua missão redentora. Verdade é que, escolheu doze Apóstolos (Mt 10,1-4) e, dentre eles, escolheu Pedro para dirigir a Igreja que Ele fundou, dizendo-lhe: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno nunca prevalecerão contra ela.

Eu te darei as chaves do Reino dos céus e o que ligares na terra será ligado nos céus, e o que desligares na terra será desligado nos céus” ( Mt 16,18-19) .

Ver também João 21,15-18. É importante ressaltar que Jesus Cristo falou no singular: “edificarei a MINHA IGREJA”. Por conseguinte, Jesus só fundou uma Igreja, e não muitas Igrejas. E a Igreja que Ele fundou é a que vem dos Apóstolos, cuja direção Ele confiou a Pedro. Ora, esta Igreja que vem dos Apóstolos é a que chamamos de Igreja católica e apostólica. As outras “igrejas” que você encontra por aí, nas esquinas das cidades, foram criadas por Lutero, Calvino e Zwinglio no século XVI e por outros reformadores dos séculos XVIII e XIX. O Concílio Vaticano II ( 1962-1965) nos ensina que, ao longo dos séculos, a Igreja que Jesus Cristo fundou “SUBSISTE NA IGREJA CATÓLICA, GOVERNADA PELO SUCESSOR DE PEDRO E PELOS BISPOS EM COMUNHÃO COM ELE” (Lúmen Gentium nº 8 ).

Então, como identificar, hoje, a Igreja verdadeira, fundada por Jesus Cristo? O sinal inconfundível é este: ONDE ESTÁ O SUCESSOR DE PEDRO, AÍ ESTÁ A VERDADEIRA IGREJA FUNDADA POR JESUS CRISTO. ATUALMENTE, O SUCESSOR DE PEDRO É O PAPA FRANCISCO. O resto é conversa fiada para enganar pessoas ingênuas.

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OS PRODÍGIOS REALIZADOS PELO

PROFETA ELIAS

Foi alimentado milagrosamente pelos corvos (1 Rs 17,6) Predisse ao rei Acab uma grande seca (1 Rs 17,1) Ressuscitou o filho da viúva de Sarepta (1 Rs 17,21 – 22) Enfrentou os profetas de Baal no monte Carmelo (1Rs 18,20) Matou os profetas de Baal (18,40) Mandou que descesse fogo do céu para consumir os soldados do rei Ocozias (2 Rs 1,9-12) Dividiu as águas do rio Jordão (2 Rs 2,8) Foi arrebatado ao céu num carro de fogo (2 Rs 2,11) O profeta Malaquias (4,5) profetizou a sua volta Na transfiguração de Jesus, ele apareceu no Monte Tabor (Mt 17,3) Jesus esclareceu: João era o Elias que estava por vir (Mt 11,14)

O HOMEM QUE TINHA UM PROFUNDO

DESEJO DE DEUS (SALMO 62)

“Ó DEUS, TU ÉS O MEU DEUS, EU TE PROCURO. MINHA ALMA TEM SEDE DE TI, MINHA CARNE TE DESEJA COM ARDOR, COMO TERRA ÁRIDA, ESGOTADA, SEM ÁGUA. SIM, EU TE CONTEMPLAVA NO SANTUÁRIO, VENDO TEU PODER E TUA GLÓRIA. VALENDO TEU AMOR MAIS QUE A VIDA MEUS LÁBIOS TE GLORIFICARÃO. ASSIM , EU TE BENDIREI EM TODA A MINHA VIDA, E A TEU NOME LEVANTAREI AS MINHAS MÃOS. QUANDO TE RECORDO NO MEU LEITO PASSO VIGÍLIAS MEDITANDO EM TI; POIS FOSTE SOCORRO PARA MIM, E, À SOMBRA DE TUAS ASAS, GRITO DE ALEGRIA.”

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POR QUE JESUS ESCOLHEU

DOZE APÓSTOLOS E NÃO VINTE?

Jesus poderia ter escolhido um número qualquer de Apóstolos. Mas, porque escolheu doze? Este número evoca as doze tribos de Israel, mas reflete também uma longa tradição bíblica deste número, que vai do Gênesis ao Apocalipse. A Bíblia contém 189 referências ao número doze.

Mas, o que simboliza, na Bíblia, o número doze? Segundo o biblista Dan Duke, este número simboliza a ordem divina, governo e perfeição governamental.

Mateus, Apóstolo e Evangelista

Mateus 10,1 Jesus escolheu os doze Apóstolos, que, no juízo final, se sentarão em doze tronos (Mt 19,20).

Gênesis 35,23 Os filhos de Jacó eram doze Doze eram as tribos de Israel (Gn 49, 28) Êxodo 28,21 O sumo sacerdote usava um peitoral com 12 pedras preciosas, que representavam as 12 tribos de Israel 1 Reis 4, 7 Salomão tinha 12 intendentes espalhados sobre todo o Israel Josué 4, 1-9, 19-24 Por ordem de Javé, Josué escolheu doze homens, um de cada tribo, e fixou doze pedras como memorial da passagem miraculosa do rio Jordão a pé enxuto.

Levítico 24, 5 -9 Javé ordenou a Moisés que fizesse doze bolos cozidos, um para cada tribo de Israel.

Atos 7,8 Doze eram os patriarcas Mateus 26,53 Jesus diz que, para se defender dos seus inimigos, poderia pedir ao Pai que enviasse mais de doze legiões de anjos.

Apocalipse, capítulos 21 e 22, contém onze referências ao número 12: Capítulo 21,12 – doze portas; doze anjos; (v. 14) doze fundamentos; Os doze apóstolos; v. 16 doze mil estádios; v. 19 a 21 doze pedras Capítulo 22,2 – os doze mil frutos Capítulo 12,1 – A mulher que trazia na cabeça uma coroa de 12 estrelas.

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NOTAS SOBRE OS

DOZE APÓSTOLOS PEDRO Aparece em primeiro lugar em todas as listas dos Apóstolos.

Seu nome original era Simão, o qual Jesus mudou para Pedro (Kefas, em aramaico, que significa pedra, rocha : João 1,42). Era pescador da Galileia, nascido em Betsaida. É o Apóstolo mais citado no Novo Testamento: 161 vezes. Era o líder dos Apóstolos e foi escolhido por Jesus para chefiar a sua Igreja ( Mt 16,18; Jo 21,15-17). Morreu martirizado em Roma.

ANDRÉ Era irmão de Pedro (Mt 10,2) e também pescador no mar da Galileia. Nasceu também em Betsaida. Antes de ser chamado por Jesus, fora discípulo de João Batista (Jo 1,44). Foi ele que conduziu Pedro a Jesus (Jo 1,42). Segundo a tradição eclesiástica, André teria pregado na Bitínia, Cízia, Macedônia e na Acaia, onde teria sido crucificado em Patrasso.

TIAGO, O MAIOR Era filho de Zebedeu. Foi chamado por Jesus juntamente com o seu irmão João, quando ambos estavam no barco consertando redes de pescar (Mt 4, 2122). Sua mãe, Salomé, pediu a Jesus que os dois filhos pudessem sentar ao lado de Jesus no seu reino ( Mt 20,20-23) . É designado, o “Maior” por ser o irmão mais velho de João. Por causa dos seus temperamentos explosivos, Tiago e João foram chamados por Jesus de Boanerges, isto é, “Filhos do Trovão” ( Mc 3,17) Sua mãe, Salomé, era irmã de Maria, mãe de Jesus.

Portanto, era primo de Jesus. Ela era uma das mulheres que sustentava o Divino Mestre com os seus bens.

No ano 42 d. C., o rei Herodes Agripa I mandou decapitá-lo. Foi o primeiro Apóstolo a ser martirizado.

Uma lenda do século IX diz que ele evangelizou a

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Espanha, particularmente, na região de Compostela. Por isso, esta cidade, onde estão localizadas as suas relíquias, tornou-se um grande centro de peregrinação dos cristãos. São Tiago é o padroeiro da Espanha.

JOÃO Era filho de Zebedeu e irmão de Tiago, o Maior.

Sua mãe era Salomé, como já vimos. Trata-se de João, o Apóstolo, autor de um Evangelho, de três Epístolas e do Apocalipse. Era pescador de Betsaida. Jesus confiava muito nele, ao ponto de lhe entregar a sua mãe, quando estava pregado na cruz (Jo 19,25-27).

Foi o único Apóstolo que acompanhou Cristo até o último minuto (Jo 19,26). Após a morte de Jesus, ele passou algum tempo em Jerusalém, onde era considerado uma das colunas da Igreja (Gal 2,9).

Por volta do ano 60 d.C., talvez coincidindo com a morte de Maria, Mãe de Jesus, ele foi trabalhar em Éfeso; onde ele escreveu o seu Evangelho.

No tempo do Imperador Domiciano (81 – 96), João foi levado para Roma como inimigo do culto imperial. Aí foi torturado, julgado e exilado para a ilha de Patmos. Ele foi o único Apóstolo que morreu de morte natural, em Éfeso, com 104 anos de idade, sob o governo do imperador Trajano (98 – 117). Faleceu provavelmente em 98.

FELIPE Ele era de Betsaida, a cidade de André e de Pedro (Jo 1,44).

Nos evangelhos sinópticos, ele só aparece nas listas dos Apóstolos. É o evangelista João que faz algumas referências a ele: ( Jo 6,5.7; 12,21; 14,8) Segundo a tradição, depois do dia de Pentecostes, Felipe foi evangelizar na Ásia Menor. Sob o governo do imperador Dominiano (81 – 96), ele foi crucificado como Jesus Cristo. Faleceu aos 87 anos de idade.

BARTOLOMEU Seu nome só aparece nas listas dos Apóstolos nos evangelhos sinópticos. Os exegetas acham que Bartolomeu é o Natanael a quem o apóstolo Felipe diz que viu o Messias (Jo 1,45ss). Nesta passagem há indícios de que Natanael era um escriba ou um discípulo dos escribas. Nasceu em Caná da Galileia.

Segundo uma tradição, Bartolomeu pregou o Evangelho na Índia e foi esfolado vivo na Armênia.

MATEUS OU LEVI Era cobrador de impostos, provavelmente a serviço de Herodes Antipas. Seu posto de arrecadação ficava em Cafarnaum, cidade onde nasceu.

Marcos e Lucas chamam-no de Levi (Mc 2,14 e Lc 5,27). Mateus é uma forma helenizada do nome hebreu Mattai. Segundo Marcos (2,14) seu pai era Alfeu.

Segundo Papias de Hierápolis, que viveu entre os anos 60 e 135, Mateus escreveu um Evangelho. Foi queimado e decapitado na Etiópia.

Suas relíquias estão em Salerno, onde até hoje são veneradas.

TOMÉ Seu nome só aparece nos evangelhos sinópticos. A tradução do seu nome arameu para o grego deu “Dídimo”. É provável que não fosse pescador.

Era radical discípulo de Jesus, mas não acreditou na sua ressurreição (Jo 20, 24-29). A tradição eclesiástica afirma que ele evangelizou na Índia. Foi martirizado em Malabar. Um evangelho apócrifo lhe é atribuído.

JUDAS TADEU Em Lc 6,16 e em At 1,13, ele é chamado de “Judas, filho de Tiago”. Há fortes indícios que este Apóstolo fosse parente de Judas Macabeu, nacionalista, que lutou contra a dominação romana. É o autor da Epístola canônica que está na Bíblia. Foi missionário na Arábia, na Siria, Mesopotâmia e Pérsia. Foi martirizado em Arado ou em Beirute.

TIAGO, O MENOR É assim chamado porque o outro Tiago, o Maior, o havia precedido no seguimento de Jesus. Era filho de Alfeu (Mt 10,3 e Mc 3,18). Em outras passagens, ele aparece como filho de Cleofas.

Tanto “Alfeu” como “Cleofas” são helenizações diferentes do arameu Halphai ( Calphai)”. É chamado também de “Irmão do Senhor”, de quem era apenas primo.

Sua mãe chamava-se Maria e é mencionada entre as mulheres que assistiram à crucifixão de Jesus e que, na manhã de Páscoa, foi ao túmulo para embalsamá-lo. Ele é o autor da Epístola que enfatiza a necessidade de a fé ser acompanhada de boas obras Ele foi Bispo de Jerusalém, onde foi martirizado em 62 d. C.

SIMÃO, O ZELOTE Este Apóstolo recebeu o nome de Zelote, isto é, o Zeloso (Mt 10,4; Mc 3,18). É provável que tenha pertencido ao grupo radical dos zelotas nacionalistas. É o mais desconhecido dos Apóstolos.

A tradição eclesiástica sustenta que ele pregou o Evangelho no Egito e mais tarde na Pérsia. Ele foi martirizado, com 120 anos de idade, no tempo do imperador Trajano (97 – 117).

JUDAS ISCARIOT Este é o Apóstolo que traiu Jesus. Seu sobrenome “Is – kariot” significa “homem de Kariot”, isto é, um lugar que se localiza no Sul da Judéia. Este Judas foi provavelmente o único discípulo propriamente judeu que Jesus teve, uma vez que os demais eram galileus.

Segundo alguns estudiosos, este Judas foi, durante um certo tempo, espião do Sinédrio junto a Jesus. Mas, por algum tempo, acreditou que Jesus era o Messias esperado. Depois, resolveu traí-lo por trinta moedas. Arrependido, suicidou-se.

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O mais belo hino

À caridade cristã Na 1ª Carta aos Coríntios, capítulo 13, São Paulo escreveu o mais belo hino à virtude da Caridade Cristã. Ei-lo: “Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se eu não tiver caridade, sou como bronze que ressoa, ou como címbalo que tine.

Ainda que eu tenha o dom da profecia e conheça todos os mistérios e toda a ciência, ainda que possua a fé em plenitude, a ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, nada sou.

Ainda que distribua todos os meus bens em esmolas e entregue o meu corpo a fim de ser queimado, se não tiver caridade, de nada me aproveita.

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A caridade é paciente, a caridade é benigna, não é invejosa; a caridade não se ufana, não se ensoberbece, não é inconveniente, não procura o seu interesse, não se irrita, não suspeita mal, não se alegra com a injustiça, mas rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

A caridade nunca acabará. As profecias desaparecerão, as línguas cessarão e a ciência findará. (....) Agora subsistem estas três: a fé, a esperança e a caridade; mas a maior delas é a caridade” (1ª Cor 13, 1-13).

Os sagrados pensamentos de

SÃO PAULO

“Não me envergonho do Evangelho, pois ele é uma força vinda de Deus para a salvação de todo o que crê” (Rm 1,16).

“Deus retribuirá a cada um segundo as suas obras. A vida eterna aos que, perseverando em fazer o bem, buscam a glória, a honra e a imortalidade; mas ira e indignação aos contumazes, rebeldes à verdade e seguidores do mal” (Rm 2,6-8).

“Sustentamos que o homem é justificado pela fé, sem a observância da Lei (mosaica). ( Rm 3,28) “A linguagem da cruz é loucura para os que se perdem, mas, para os que foram salvos, para nós, é uma força divina” (1ª Cor 1,18).

“Nós pregamos Cristo crucificado, escândalo para os judeus e loucura para os pagãos” ( 1ª Cor 1,23) “É como está escrito: coisas que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou (Is 64,4) tais são os bens que Deus tem preparado para aqueles que O amam” (1ª Cor 2,9).

“Assim como pela desobediência de um só homem foram todos constituídos pecadores, assim pela obediência de um só todos se tornaram justos” (Rm 5,19).

“Mas, onde abundou o pecado, superabundou a graça” (Rm 5,20).

“Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são eleitos, segundo os seus desígnios” (Rm 8,28.)

“Se alguém ama a Deus, esse é conhecido por Ele” (1ª Cor 8,3) “Ai de mim, se eu não anunciar o Evangelho! ( 1ª Cor 9,16) "Se Deus é por nós, quem será contra nós? (Rm 8,31) “Se alguém está em Cristo, é uma nova criatura: passou o que era velho; eis que tudo se fez novo” ( 2ª Cor 5,17).

“Se vivemos pelo Espírito, andemos também de acordo com o Espírito”. (Gal 5,25) “Não desanimemos na prática do bem, pois, se não desfalecemos, a seu tempo colheremos” (Gal 6,9) “Não vos inquieteis com nada; mas apresentai a Deus todas as vossas necessidades pela oração e pela súplica, em ação de graças” (Fil 4,6)

“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para instruir, para refutar, para corrigir, para educar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito, qualificado para toda boa obra” (2ª Tm 3,16-17) “Tenho para mim que os sofrimentos da presente vida não têm proporção alguma com a glória futura que nos deve ser manifestada”. ( Rm 8,18 ) "Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são eleitos, segundo os seus desígnios”. ( Rm 8,28) “Estou convencido de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente, nem o futuro, nem as potestades, nem as alturas, nem os abismos, nem qualquer criatura nos poderá apartar do amor que Deus nos testemunha em Cristo Jesus, nosso Senhor”.

(Rm 8, 38-39)

“Tudo posso n’Aquele que me fortalece” ( Fil 4,13) “O meu Deus proverá magnificamente todas as vossas necessidades, segundo a sua riqueza, em Cristo Jesus “ ( Fil 4,19)

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A ESCOLA BÍBLICA

SÃO JERÔNIMO

O Mons. Lucas Batista tomou posse na paróquia de Santo Afonso Maria de Ligório, zona sul de Natal/RN, na condição de administrador paroquial, em 04 de dezembro de 2006. Sensível aos apelos do Papa Bento XVI, feitos no discurso de abertura da Conferência dos Bispos Latino-americanos em Aparecida, para que a Igreja católica se empenhasse na formação bíblica dos seus fiéis, então, o Mons. Lucas criou a Escola Bíblica São Jerônimo, em 25 de setembro de 2007.

A aula inaugural foi ministrada pelo Padre Ednaldo, professor de Bíblia do Seminário São Pedro (Natal), que falou sobre a “Memória Escrita de um Povo: formação do Povo de Deus”. Esta reunião realizou-se no Centro Pastoral Santo Afonso Maria de Ligório, da qual participaram cerca de cem pessoas. Desde o inicio, que o Cônego José Mario, que é possuidor de grande cultura bíblica, ministra aulas de introdução aos livros do Antigo Testamento.

Outras pessoas têm dado aulas sobre assuntos do Novo Testamento.

Estão matriculados na Escola Bíblica São Jerônimo cerca de 50 alunos,

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Paróquia de Santo Afonso Maria de Ligório

dos quais 42% têm curso superior.

A freqüência é em torno de 90 %.

Esta escola funciona gratuitamente, toda terça-feira, às 20 horas, no Centro Pastoral da Paróquia. O primeiro Diretor foi o Dr. Luciano Nóbrega, ex-secretário de Educação do Estado do Rio Grande do Norte e profundo conhecedor da Bíblia.

Após o seu falecimento, assumiu a direção da referida Escola o Prof.

Eliezer Camilo da Gouveia. Integra também a Direção desta Escola a Senhora Adelúzia, leiga missionária desta paróquia.

Prof. Elieser C. de Gouveia, Diretor atual da Escola Bíblica São Jerônimo

Professores da Escola Bíblica: Pe. João Medeiros, Prof. Itamar de Souza

Dr. Luciano Nóbrega

Con. José Mário

Professores em aula da Escola Bíblica São Jerônimo

Alunos em momento de aula da Escola Bíblica São Jerônimo

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O ELOGIO DA FÉ

NO ANTIGO TESTAMENTO Reprodução do capítulo 11 da Carta aos Hebreus, na versão da Bíblia de Jerusalém.

“A FÉ EXEMPLAR DOS ANTEPASSADOS” V. 1 -“A fé é a garantia dos bens que se esperam, a prova das realidades que não se vêem.

V. 2 – “Foi por ela que valeu aos antigos seu belo testemunho.

V. 3 – “É pela fé que compreendemos que os mundos foram organizados por uma palavra de Deus. Por isso é que o mundo visível não tem sua origem em coisas manifestas.

V. 4 – “Foi pela fé que ABEL ofereceu a Deus sacrifício melhor que o de Caim. Graças a ela foi declarado justo, e DEUS apresentou o testemunho dos SEUS DONS. Graças a ela, mesmo depois de morto ainda fala!

V. 5 – “Foi pela fé que HENOC foi arrebatado, a fim de escapar da morte; e NÃO O ENCONTRARAM PORQUE DEUS O ARREBATOU. Antes de ser arrebatado, porém, recebeu o testemunho de que foi agradável a Deus.

V. 6 – Ora, SEM A FÉ É IMPOSSÍVEL SER-LHE AGRADÁVEL. Pois aquele que se aproxima de Deus deve crer que ele existe e que recompensa os que o procuram.

V. 7 – “Foi pela fé que NOÉ, avisado divinamente daquilo que ainda não se via, levou a sério o oráculo e construiu uma arca para salvar sua família. Pela fé, condenou o mundo, tornando-se o herdeiro da justiça que se ontem pela fé.

V. 8 – “Foi pela fé que ABRAÃO, respondendo ao chamado, obedeceu e partiu para uma terra que devia receber como herança, PARTIU SEM SABER PARA ONDE IA. v. 9 – “Foi pela fé que residiu como estrangeiro na terra prometida, morando em tendas com Isaac e Jacó, os co-herdeiros da mesma promessa.

V. 10 – “Pois esperava a cidade que tem fundamentos, cujo arquiteto e construtor é o próprio Deus.

V. 11 – “Foi pela fé que também SARA, apesar de idade avançada, se tornou capaz de ter descendência, porque considerou fiel o autor da promessa.

V. 12 – “É por isso também que de um só homem, já marcado pela morte, nasceu a multidão COMPARÁVEL À DOS ASTROS E INUMERÁVEL COMO A AREIA DA PRAIA. V. 13 – “Na fé, todos estes morreram, sem ter obtido a realização da promessa, depois de tê-la visto e saudado de longe, e depois de se reconhecerem ESTRANGEIROS E PEREGRINOS NESTA TERRA.

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V. 14 – “Pois aqueles que assim falam demonstram claramente que estão à procura de uma pátria.

V. 15 – “ E se lembrassem a que deixaram, teriam tempo de voltar para lá.

V. 16 – “Eles aspiram, com efeito, a uma pátria melhor, isto é, a uma pátria celeste. É por isso que Deus não se envergonha de ser chamado o seu Deus. Pois, de fato, preparou-lhes uma cidade...

V. 17 – “Foi pela fé que ABRAÃO, TENDO SIDO PROVADO OFERECEU ISAAC; ofereceu O FILHO ÚNICO, ele que recebera as promessas, V. 18 – “ele a quem foi dito: É POR ISAAC QUE UMA DESCENDÊNCIA TE SERÁ ASSEGURADA.V. 19 – “Mas ele dizia: Deus é capaz também de ressuscitar os mortos. Por isso, recuperou seu filho, como um símbolo.

V. 20 – “Foi pela fé, ainda, que ISAAC, abençoou Jacó e Esaú, em vista do futuro.

V. 21 – “Foi pela fé que JACÓ, à beira da morte, abençoou cada um dos filhos de José e se PROSTROU APOIADO NA PONTA DO SEU BASTÃO. V. 22 – “Foi pela fé que JOSÉ, aproximando-se do fim evocou o êxodo dos filhos de Israel e deu ordens a respeito dos seus restos mortais.

V.23 – “Foi pela fé que MOISÉS, depois do seu nascimento, FOI ESCONDIDO DURANTE TRÊS MESES PELOS SEUS PAIS, QUE VIRAM A SUA BELEZA E NÃO TIVERAM MEDO DO DECRETO DO REI. V. 24 – “Foi pela fé que MOISÉS, na idade adulta, renunciou a ser chamado filho de uma filha do faraó.

V. 25 – “Preferiu ser maltratado com o povo de Deus a gozar por um tempo de pecado.

V. 26 – “Ele considerou a HUMILHAÇÃO DE CRISTO uma riqueza maior do que os tesouros do Egito, por ter os olhos fixos na promessa.

V. 27 – “Foi pela fé que deixou o Egito, sem temer o furor do rei, e resistiu, como se visse o Invisível.

V. 28 – “Foi pela fé que celebrou a Páscoa, e fez a aspersão do sangue, para que o Exterminador não ferisse os primogênitos de Israel.

V. 29 – “Foi pela fé que atravessaram o mar Vermelho como se fosse terra enxuta, ao passo que os egípcios, tentando-o também, foram engolidos.

V. 30 – “Foi pela fé que as MURALHAS DE JERICÓ CAÍRAM, depois do cerco de sete dias.

V. 31 – “Foi pela fé que RAAB, a prostituta, não pereceu com os indóceis, porque recebera pacificamente os espiões.

V. 32 – “Que mais devo dizer? Não teria tempo para falar com pormenores de GEDEÃO, BARAC, SANSÃO, JETFÉ, DAVÍ, SAMUEL E OS PROFETAS. V. 33 – “Estes, pela fé, conquistaram reinos, exerceram a justiça, viram se realizar as promessas, amordaçaram a boca dos leões, V. 34 – “extinguiram o poder do fogo, escaparam do fio da espada, recobraram saúde na doença, mostraram-se valentes na guerra, repeliram exércitos estrangeiros.

V. 35 – “Algumas mulheres reencontraram seus mortos pela ressurreição. Outros foram torturados, recusaram o resgate para chegar a uma ressurreição melhor.

V. 36 – “Outros ainda sofreram a provação dos escárnios, experimentaram o açoite, as correntes e as prisões.

V. 37 – “Foram lapidados, foram cerrados e morreram assassinados com golpes de espada. Levaram vida errante, vestidos com peles de carneiro ou pêlos de cabras; oprimidos e maltratados, sofreram privações.

V. 38 – “Eles, de quem o mundo não era digno, vagavam pelos desertos e pelas montanhas, pelas grutas e cavernas da terra.

V. 39 – “E não obstante, todos eles se bem que pela fé tenham recebido um bom testemunho, apesar disso não se beneficiaram da realização da promessa.

V. 40 – “Pois Deus previa para nós algo de melhor , para que sem nós não chegassem à plena realização.

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Notícias MONS. LUCAS BATISTA NETO CELEBRA 45 ANOS DE VIDA SACERDOTAL A celebração desta data consta de um Trido, que envolve as Paróquias onde o Mons. Trabalhou: 23/09 – Noite de Pendências, Macau e Caicó; 24/09 – Noite da Paróquia de Santa Teresinha e Seminário de São Pedro (Natal); 06/09 – Aniversário de 45 anos de vida sacerdotal do Mons. Lucas, na Igreja de Santo Agostinho (Zona Sul de Natal) Em cada noite, um sacerdote convidado abordará um tema pertinente à vida sacerdotal. Além disso, durante estes dias festivos, o Mons. Lucas doará 45 bíblias a 45 residências de paroquianos de Santo Afonso Maria de Ligório.

A ENCÍCLICA DO PAPA FRANCISCO SOBRE O MEIO AMBIENTE Há mais de meio século, que vem crescendo no mundo inteiro a consciência de que o nosso planeta TERRA está passando por grandes mudanças climáticas. A civilização urbano-industrial que o mundo moderno construiu tem aspectos negativos, preocupantes. A encíclica LAUDATI SI, que o Papa Francisco lançou em 24 de maio de 2015, é um alerta para todos os dirigentes de países ricos e pobres. Preservar a Natureza é um dever de todos os cidadãos, diz o Papa Francisco.

PHILIA Este é o título do mais novo livro que o Padre Marcelo Rossi lançou em março do corrente ano... Já vendeu mais de um milhão de exemplares em todo o Brasil. Philia é uma palavra grega, que significa amor fraterno... Nesta obra, ele ensina como vencer a depressão. O Padre Marcelo, da Diocese de Santo Amaro, São Paulo, é um dos maiores comunicadores católicos do Brasil rádio e tv).

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PARA COMPREENDER O EVANGELHO DE

SÃO MARCOS

Este é o título do livro que o Prof. Itamar de Souza lançou no mercado, em setembro do corrente ano. Trata-se de um comentário objetivo e claro sobre o texto do Evangelho de São Marcos para torná-lo mais acessível aos leitores.

LIVRARIAS CATÓLICAS DE NATAL FAZEM PASTORAL BÍBLICA Além de vender milhares de Bíblias para abastecer as comunidades católicas de Natal e do interior, as livrarias Paulinas e Paulus promovem cursos de formação bíblica em Natal e no interior.

Pela Livraria Paulinas, os Cursos Bíblicos são ministrados, todos os anos, por Alberto Gondim de Freitas, bacharel e licenciado em filosofia (UFRN), e por Antonio Alves Bezerra Sobrinho, bacharel em Teologia pelo Instituto Franciscano de Teologia de Olinda (PE). É importante ressaltar que a rede de livrarias Paulinas promove anualmente Cursos Bíblicos em todo o Brasil.

Por sua vez, pela Livraria Paulus, os Cursos de Formação Bíblica são ministrados por wahshington Luiz Marques Fernandes, bacharel em Administração de Empresas, e animador litúrgico da Paróquis Santuário Nossa Senhora de Fátima, Natal/RN.

Museu Católico

DA BÍBLIA Em breve, o Mons. Lucas Batista, pároco da Paróquia Santo Afonso Maria de Logório (Mirassol – Natal/RN) criará o Museu Católico da Bíblia para incentivar a cultura bíblica na Arquidiocese da Natal.

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“A Palavra de Deus é viva, eficaz, mais penetrante do que uma espada de dois gumes e atinge até a divisão da alma e do corpo, das juntas e medulas, e discerne os pensamentos e intenções do coração”.

(Carta aos Hebreus 4,12)

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