RN Educação 2014

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2014

revista

[Assunto]

www.rneditora.com.br | Ano VIII | edição 8

Novas Tecnologias Saiba como orientar a geração digital

Concurso Estabilidade motiva sonho para o futuro

ENEM Exame é

via principal para universidade

Cidadãos do futuro o conhecimento que se forma na infância

50

anos

Maurício de Sousa Cartunista

encanta gerações há

50

anos comwww.rneditora.com.br| a Turma da RNEducação Mônica

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[Sumário]

[Editorial]

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Maurício de Sousa Turma

da Mônica chega aos 50 anos com novidades

Educação

desde os primeiros passos

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Pasquale Professor Pasquale sobre a nova fase do

fala Enem

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Família e Escola Educadores

recomendam parceria mútua

Com a compreensão de que a transformação da realidade no país está relacionada à melhoria e atenção à formação educacional, a nova edição da Revista RN Educação propõe-se a enriquecer esse debate e destaca a importância da educação infantil para a formação cidadã, a partir da entrevista com a especialista Claudia Santa Rosa. A RN Educação também apresenta ao leitor entrevistas especiais com nomes de peso da educação brasileira como o professor Pasquale Cipro Neto, que comenta a nova fase do Enem e as recentes mudanças da linguagem, e o quadrinista Maurício de Sousa, criador da “Turma da Mônica”, fe-

expediente

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Metrópole Digital Projeto

leva inclusão social somada à tecnologia

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nômeno editorial que atravessa gerações com seus gibis. A preparação para concursos e a capacitação em um novo idioma, incentivada pela proximidade da Copa do Mundo, também ganham espaço nas páginas da RN Educação, que dentro do mundo digital pontua a opinião de educadores e psicólogos a respeito da inovação tecnológica e sua influência sobre a educação. Atenta à importância da inclusão social na educação, traz ainda matérias especiais sobre o autismo e o projeto do lutador do UFC Ronny Markes que une esporte e disciplina para a formação de futuros campeões na vida. Boa Leitura!

Edição Júlio Rocha Marcela Cavalcanti

Diretor Idalécio Rêgo

Projeto e diagramação Terceirize Editora | 3211-5075 www.terceirize.com

Marketing Sandra Oliveira

Impressão Gráfica Sul

Endereço: Av. Prudente de Morais, 507 - Sala 103 - Petrópolis. Natal/RN | Fone: (84) 3222-4001 Site: www.rneditora.com.br | E-mail: rneditora@rneditora.com.br



[Capa]

Educação Infantil é a base para um futuro brilhante

Primeiros anos de vida são fundamentais para o desenvolvimento da criança Que mãe e pai não desejam para o filho um futuro brilhante, em que ele seja capaz de desenvolver as suas potencialidades e tornar-se um adulto bem-sucedido? Segundo a especialista em psicopedagogia, mestre e doutora em Educação, Cláudia Santa Rosa, os primeiros anos de vida da criança são fundamentais para o seu desenvolvimento integral e pleno. No Rio Grande do Norte, são muitas crianças entre 0 e 3 anos sem o direito à creche, que é a primeira etapa da educação infantil, e outras tantas sem acesso à Pré-Escola. Confira a entrevista que a especialista concedeu a RN Educação:

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Qual a importância da educação para a formação de cidadãos? Os primeiros anos de vida da criança são fundamentais para o seu desenvolvimento integral e pleno, por isso mesmo é necessário que ela seja cuidada e educada para vivenciar experiências positivas de convívio com os outros, com o ambiente e com o meio, já na educação infantil. Uma escola comprometida com a formação cidadã fará com que a criança, desde a mais tenra idade, vivencie práticas de cidadania. Dessa forma ela aprende a estar no mundo enquanto cidadã e não somente para uma cidadania no futuro. A educação básica está conseguindo transmitir os valores de conhecimento e formação continuada? A escola brasileira, estatal e particular, sofre as mazelas da sociedade. Isso acontece porque a escola não é uma ilha. Ela se insere em um contexto de muitas outras instituições e absorve as mudanças de comportamento das pessoas. Percebo que a escola tem sido frágil para transmitir valores, porque enfrenta o poder e o fascínio de outros canais, no processo de globalização das informações, costumes e orientações. Porém, como uma ins-

tituição legitimada para certificar o conhecimento, a escola se mantém firme na tarefa que, em primeiro lugar, justifica sua existência. As crianças hoje em dia estão dando mais trabalho no processo educacional que em anos anteriores? As crianças, sobretudo da última década, vivem o processo de democratização do acesso a outras tecnologias com as quais a escola ainda não aprendeu a lidar ou não se equipou adequadamente, com honrosas exceções. A falta de limites da família e até mesmo dos professores e de outros que estão nas escolas, dos adultos em geral, exerce um efeito perverso para a formação das crianças. Isso tudo faz com que se tornem, sim, crianças mais trabalhosas. A educação das crianças é responsabilidade apenas do professor? É tarefa primeira da Família e, em seguida, das demais instituições que a criança faça parte, a igreja, por exemplo. É salutar lembrarmos que educar uma criança precisa ser tarefa de toda sociedade. Não vamos esquecer que, cada vez mais cedo, a criança interage com a TV, com as mídias sociais, com o computador, com os jogos

eletrônicos e essas ferramentas influenciam a educação delas. Os pais estão conscientizados da importância deles nesse processo? Os pais quase sempre desejam o melhor para os seus filhos. Mesmo quando educam de maneira incorreta, eles sempre acham que estão fazendo o melhor. Porém, não é raro ver família e escola dialogando como se fossem rivais. As escolas, geralmente, queixam-se da ausência de muitos pais quanto ao acompanhamento das crianças e isso nos faz acreditar que os pais ainda não entenderam que fazem a diferença quando acompanham o processo educacional dos filhos. As escolas do RN precisam ter uma atenção redobrada quanto à educação infantil? A educação infantil ainda não foi universalizada. No Rio Grande do Norte são muitas crianças entre 0 e 3 anos sem ter o direito à creche, que é a primeira etapa da educação infantil, e outras tantas sem acesso à Pré-Escola. Parte da rede de atendimento à educação infantil ainda não dispõe de infraestrutura adequada à faixa etária e os projetos pedagógicos também precisam de atenção.

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[Capa]

Um novo olhar da escola para a infância Entrar na escola na primeira infância oportuniza a prática da convivência. Aprender a conviver é um dos principais pilares da educação, pois favorece a socialização com outras pessoas - crianças ou adultos, princípio para que todo trabalho pedagógico ocorra. Esse processo acontece durante todo o momento em que a criança permanece na escola, desde sua chegada ao espaço coletivo, quando é recepcionada pelos colegas e professores, como também ao partilhar objetos com outras crianças e o próprio espaço físico, que deixa de ser exclusivamente seu e passa a ser dividido pelo grupo. Para contemplar as ações pedagógicas do dia é estabelecida uma rotina a fim de corroborar com a noção de tempo que as crianças precisam estruturar desde cedo. Sendo assim, os horários e as atividades que serão desenvolvidas na escola necessitam 12

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estar bem articulados, para, dessa forma, a organização pessoal começar a ser instaurada, devendo ser complementada no contraturno pela família, ou mesmo pela escola, se a criança participa do programa de tempo integral. Para isso, faz-se necessário o apoio técnico de um profissional pedagogo. O espaço escolar com foco na infância deve ser planejado e organizado para atender as necessidades da criança. Deve-se pensar em salas arejadas e iluminadas, mobílias adequadas, recursos pedagógicos, espaços variados de aprendizagem e parques apropriados para cada faixa etária. Além disso, a proposta pedagógica deve conter documentos referenciais, como as Leis de Diretrizes e Bases (LDB) e de Diretrizes Curriculares Nacionais de Educação Infantil (DCNEI), que entendem o aluno como o centro de tudo.

Outrossim, a criança, ouvida e instigada a pensar de diferentes formas o mundo, atribui sentido às atividades significativas do seu cotidiano. Nesse contexto, os educadores refletem sobre suas práticas pedagógicas, observando-as e redimensionando-as para atender as especificidades de cada criança, a partir da interação entre as próprias crianças e a individualidade delas. A escola, com foco no que acontece na sociedade, deve apresentar projetos pedagógicos que contemplem temas atuais, reflexo de discussões sobre situações-problema, a fim de que a criança busque alternativas para solucioná-los desde cedo. Refletir sempre é um passo para tornar indivíduos pensantes. Tudo isso deve ser iniciado logo na primeira infância com o apoio da família e na escola a fim de promover o desenvolvimento integral das crianças.



[eSCOLA CRISTO REI]

Cristo Rei

realiza projeto sobre o meio ambiente

Projeto “Nosso planeta, nossa casa” foi desenvolvido durante o segundo Festival Literário e Cultural 14

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[Assunto] Mais uma vez, o Colégio Cristo Rei desenvolveu um projeto com seus alunos sobre questões relacionadas à cidadania. Na segunda edição do Festival Literário e Cultural Cristo Rei, as crianças trabalharam a tônica do meio ambiente, por meio do projeto ‘Nosso planeta, nossa casa’. Temas como água, energia, animais e plantas foram abordados durante o evento, que se encerrou com uma apresentação cultural do Forró Ecológico, prestando uma homenagem a Luiz Gonzaga. Segundo a diretora do colégio, Marilú Lourenço, todos os anos são desenvolvidos projetos para envolver família e escola de uma forma dinâmica e criativa. “O objetivo é estimular as crianças e as famílias a terem compromisso com alguma coisa que seja fundamental para a humanidade. O projeto ‘Nosso planeta, nossa casa’ chama a atenção de todos para o meio ambiente. Nós

temos que cuidar da nossa casa, do nosso planeta. Nós vivemos em um planeta e não cuidamos dele, as pessoas jogam copos e latinhas na rua, na presença de filhos, de maridos, de mulheres. Isso é falta de educação, falta de conscientização, de respeito ao meio ambiente”, disse. Este ano o Colégio Cristo Rei contou com o apoio da Junior Achievement - organização de educação prática em negócios, economia e empreendedorismo. A equipe trouxe uma cartilha para cada aluno, reportando o zelo que se deve ter com o meio ambiente. “Os alunos tiveram a oportunidade de fazer um estudo e o apresentaram para a Achievement, da qual receberam certificados. Eles se envolveram muito, visitaram o Parque das Dunas, onde tiveram aulas com os biólogos sobre a conscientização, os cuidados que temos que ter com os animais”, afirmou.

Alunos participam de atividades lúdicas durante festival literáro

No próximo ano, além de trabalhar a literatura, o festival contará com lançamentos de livros. “Sempre focalizando a leitura, a literatura, os alunos produzirão vários tipos de livros, de tecidos e de reciclagem. É uma forma de estimular a criatividade da criança”, adiantou a diretora.

Aprender junto na terceira idade

O Instituto de Ensino Superior Cristo Rei iniciou um projeto voltado para 50 idosas: Aprender Junto na Terceira Idade (Ajunti), a partir do qual serão realizados trabalhos manuais, pilates, hidroginástica, uma educação bem completa e exclusiva para o idoso. As aulas começaram em outubro, mas antes disso algumas alunas já estavam trabalhando para desenvolver seus próprios produtos. “Quem sabe ensina a quem não sabe. Elas criaram boneca, cestaria, pintura de tecido, alimentação, licor, entre outros”, finalizou.

escola cristo rei Rua Salto Veloso, 2865 - Conj. Santa Catarina - Natal/RN E-mail: escolacristorei@uol.com.br Fone: 84 3214-5470 www.rneditora.com.br| RN educação 15


[Artigo] Edileide Lima e Marinete Araújo Professoras de Literatura

O lúdico na literatura

Educadores em ação A formação de leitores deve ser uma das principais metas nas séries iniciais, por meio de um ensino que centraliza os processos de compreensão de leitura e seus determinantes o leitor, o texto e o contexto. A construção do leitor resulta do encontro entre o mundo do leitor e o mundo do texto. Trata-se de um processo cognitivo que precisa ser fomentado em um contexto escolar. Silva (1988) diz que mostrar o valor da leitura ao educando não é uma tarefa difícil, se esse processo for produzido numa linha de experiências bem sucedidas para o sujeito. Neste sentido, é necessário oportunizar situações a serem concretamente vivenciadas de modo que o valor da leitura seja, paulatinamente, sedimentado na vida da educandos. Para que isso ocorra, entretanto, são indispensáveis professores competentes, que sintam o prazer pela

leitura, possuam um amplo repertório de leituras a ser compartilhado com os educandos e coloquem à disposição da criança uma variedade de materiais escritos a fim de que ela satisfaça seus interesses e necessidades. Professores sem o prazer pela leitura não podem formar leitores ávidos por essa prática e, como afirma Amarilha (1993), “ninguém pode gostar de um objeto que ele não tem possibilidade de experimentar ou de compartilhar. É preciso, então, criar as seguintes possibilidades: - Fazer com que o amor pelos livros transforme-se o tema central das conversas em sala de aula; - Ler com a criança e para a criança; - Não fazer da leitura uma obrigação; - Oferecer a criança um ambiente propício à leitura, tornando esse momento prazeroso; - Trabalhar os textos de forma crítica, mas sem exageros, para que a criança se encante pelo hábito de ler”.

Na pesquisa “O ensino de leitura: as respostas do aprendiz” (Amarilha, 1993), 90% dos alunos manifestaram gostar do gênero poesia, uma vez que, é nela que o lúdico da linguagem faz-se mais notório, comprovando um apelo evidente para a sensibilidade pueril. A infância, como se sabe, é, por excelência, o momento das brincadeiras e dos jogos. E o brincar com as palavras e os ritmos é o primeiro passo para se pensar a presença da poesia na escola. A linguagem poética é portadora de elementos lúdicos que proporcionam prazer ao texto, e essas manifestações do lúdico na poesia se dão por diferentes mecanismos relacionados ao brincar com os sons, ritmos e palavras.

Poesia Família

Minha família é legal É também muito bonita Tenho uma família feliz É tudo o que eu sempre quiz Família é coisa de Deus É feita de carinho e amor Família é alegria É uma grande poesia. Brunna Freire de Macedo Almeida 4º ano “B”

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[Escola]

Inovação e tecnologia sem perder a essência Instituto Maria Auxiliadora de Natal investe em novas tecnologias com visão no futuro sem perder suas raízes Fundado em 1951, o Instituto Maria Auxiliadora, ao longo de sua história, vem marcando presença na sociedade potiguar como referência em educação voltada para crianças e adolescentes á luz dos ensinamentos de Dom Bosco e Madre Mazarello . O Instituto Maria Auxiliadora de Natal atento a essa necessidade de aliar a interatividade no processo educacional conta com um processo gradativo de inclusão de Material Didático Digital – MDD, a Plataforma Educacional da Rede Salesiana de Escolas (RSE). O processo está sendo implantado de forma gradativa, como foi na implantação dos livros impressos, entre as séries do nível Fundamental e Médio. É um projeto de orientação da Rede Salesiana que utiliza o MDD como ferramenta pedagógica, cuja implantação prevista para 2014 contemplará os alunos do 6º Ano do Ensino Fundamental e da 1ª série do Ensino Médio, seguindo um cronograma de implantação das demais anos/ séries até 2016. O Auxiliadora pertence hoje a maior rede de escolas Católicas da América Latina, atendendo ás 18

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exigências de mercado , da tecnologia e da legislação educacional, sem esquecer da espiritualidade Salesiana que é o diferencial para aqueles que escolhem estudar na casa de Irmã Maria Auxiliadora. Dessa forma, a escola se torna acolhedora para alunos novos e antigos. Na arquitetura do prédio, tradição e modernidade se misturam de acordo com as exigências dos dias atuais. Contamos com salas amplas e climatizadas, parque esportivo, parque aquático, praça de alimentação, espaços amplos, arborizados e acessíveis. Uma das marcas mais expressivas do Instituto Maria Auxiliadora é formar bons cristãos e honestos cidadãos, segundo os ensinamentos de Dom Bosco, que vislumbrava na juventude a possibilidade de construir protagonistas de sua própria história.

Av. Hermes da Fonseca, 603 Petrópolis - Natal/RN

84 4006.4350

www.auxiliadoradenatal.com.br





[Quadrinhos]

Maurício de Sousa

contagia leitores em Natal Cartunista conversou sobre os 50 anos da Turma da Mônica Na abertura da III Feira de Livros e Quadrinhos de Natal (Fliq) houve um momento especial para leitores de todas as idades, o criador da turma mais famosa dos quadrinhos brasileiros, Maurício de Sousa, conversou sobre os 50 anos da “Turma da Mônica” com milhares de fãs dos gibis que lotaram o Anfiteatro da UFRN. O cartunista falou sobre o segredo do sucesso dos personagens e novos projetos. O autor já alcançou o número de um bilhão de revistas publicadas e suas criações abrangem cerca de 30 países. O ano de 2013 foi marcado por lançamentos nas revistas da Turma da Mônica: graphic novels; edições 22

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comemorativas dos 50 anos da Mônica – celebrados este ano; o crescimento do Chico Bento. Entre as novidades virão o lançamento da Turma da Mônica Adulta e o filme sobre Horácio. A maioria dos personagens nasce de pessoas que Maurício convive ou conheceu. “Esse é o segredo do sucesso. A Mônica e Magali foram inspiradas nas minhas filhas. Uma é meio enfezada, brava, e a outra come demais, é gulosa, e não engorda uma grama. Mônica diz que exagero nas histórias, que ela não é daquele jeito. Já Magali nem liga, é muito tranquila. Cascão, por outro lado, foi inspirado em um amigo do meu irmão.

Quando pequeno, ele não gostava de tomar banho e tinha esse apelido”, brincou. Durante a conversa com o público, Maurício contou como tudo começou, quando criou o personagem Bidu aos 17 anos, até a Turma da Mônica Jovem – hoje, o maior fenômeno editorial do Brasil com tiragem de 600 mil exemplares. O cartunista avisa que tem o cuidado para acrescentar conteúdo educativo em todo o material, e critica: “Em um país tão maltratado pelas autoridades de ensino, temos que cumprir nossa parte. A revista Turma da Mônica é a maior e mais forte cartilha de alfabetização do Brasil”, garantiu.



[Artigo]

Maria Anunciada Fernandes Psicopedagoga

Em casa ou na escola, ler é sempre um prazer

Despertar na criança o hábito de ler tornou-se um desafio a ser vencido pelos profissionais da educação. Tal discussão não é recente. Convém mencionar as técnicas, estratégias, atividades dentre outras que instigam e auxiliar a tornar concreto o hábito de ler. Entender e fazer bom uso de práticas significativas no dia a dia para que o aluno aprenda a ler, superando os limites da decodificação, deve ser meta para educadores. Entretanto, para isso se tornar real e concreto, é necessário usar estratégias adequadas à apreensão do sentido dos diferentes tipos e gêneros textuais. De maneira a relacionar a família ao lar e à segurança gerada pelos pais, foi organizada, de forma lúdica, a proposta de o aluno levar para casa um livro emprestado da biblioteca, mais que isso, levar o kit da leitura. Esse projeto resgata e proporciona ao aluno ler e registrar os momentos desse processo e também de expor 24

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em sala de aula essa experiência vivida no âmbito familiar. O kit da leitura é composto por: tapete, almofada, livro emprestado da biblioteca, pasta com informações de uso e uma ficha de registro, que deverá ser preenchida após o aluno ler o livro. Essa ficha deverá, também, conter imagens desse saudável hábito de ler. Ao devolver o kit, no dia seguinte, a ficha será exposta em um mural em sala de aula. As situações em que o professor lê para os alunos não podem deixar de acontecer, pois esse exercício coloca o aluno em contato com textos diversificados e oferece um exemplo de como se lê (fluência, ritmo e entonação). Em consonância com o prazer de ler em casa, na escola foi criado o Restaurante da Leitura. Acontece de forma vivencial dentro da biblioteca. A turma é conduzida ao espaço proposto onde o professor fará uso de articulações de encantamento para oferecer o cardápio do restau-

rante. O cardápio contempla, em seu recheado menu, a oportunidade de estar em contato com diferentes gêneros textuais. Os alunos fazem as escolhas e o professor serve o pedido explicando o gênero escolhido. Ao fazer a leitura, o aluno recebe uma cédula simbólica para pagar a conta. Nessa cédula, ele fará o registro escrito ou ilustrado do livro que leu. O pagamento será exposto no mural da biblioteca e, na aula seguinte, o professor deverá usar esse registro e dar a oportunidade de o aluno expressar verbalmente suas impressões sobre o livro degustado. Com isso, conseguimos ampliar a diversidade de gêneros textuais conhecidos pelos alunos, garantindo um repertório de textos com boa qualidade e incentivando a leitura. Mesmo os que ainda não sabem ler convencionalmente desenvolvem algumas habilidades de aprendizagem importantes, como atenção, concentração e observação.



[Comportamento]

MORDIDA na infância Saiba como agir quando os dentes viram um recurso de expressão de si A brincadeira está muito divertida em sala de aula e, de repente, ouve-se um choro de dor de uma criança. Não demora muito para surgir reclamações de algum pai indignado. Apesar de comum, a mordida é um desafio na Educação Infantil e começa a ocorrer por volta dos 18 meses, momento em que a primeira dentição surge. Um dos motivos é a descoberta do próprio corpo. Para constatar sensações e movimentos, as crianças mordem brinquedos, sapatos e até os próprios pais, professores e amigos. De acordo com a psicóloga Jane Dantas, nessa fase, conhecida como fase oral, a criança tem a nutrição como prazer vital, por isso, sente necessidade de levar à boca tudo o que estiver ao seu alcance, como forma de explorar e ter acesso ao mundo ao seu redor, explica. A psicológa 26

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acrescenta que outra razão que motiva a mordida aos amiguinhos é a ânsia para comunicar-se. “Como eles ainda não dominam com tanta propriedade a linguagem verbal, a mordida ajuda-os a expressar alguns sentimentos, como descontentamento, irritação e a carência de atenção. A mordida pode, inclusive, ser uma demonstração de amor e carinho, como fazem os adultos ao afagar os bebês”, destaca. Cabe aos professores o papel de administrar bem a situação. Explicar para o mordedor que seu ato foi errado e induzi-lo a se desculpar com o coleguinha. “O professor precisa tentar perceber qual sentimento está em jogo e agir de forma natural”, explica Jane. Já com relação aos pais, a psicóloga explica que é importante que entendam a situação como uma etapa intrínseca ao desenvolvimento infantil, podendo

ser desenvolvida tanto em casa como na escola, e esses episódios não, necessariamente, são decorrentes de negligência por parte dos adultos. Conforme relata a coordenadora pedagógica do Pequeno Prince, Girlene Vital, as crianças que mordem não podem ser rotuladas, pois ainda estão construindo sua identidade. “Quando estigmatizadas, sentem dificuldade em desempenhar outro papel que não o de agressoras”, pontua. Com relação aos adultos, a opinião de Girlene é que eles devem trabalhar com coerência, sem supervalorizar a mordida. “Tanto a criança que agride, quanto à criança que não pôde se defender são inocentes. A coerência e a naturalidade dos adultos em conduzir a situação pode ser a melhor forma de suavizar esses pequenos conflitos”, finaliza.







ENEM bate recorde e torna-se principal caminho para a universidade Edição 2013 foi a primeira aceita em todas as universidades federais O maior exame para estudantes do Brasil, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), entrou em uma nova fase ao completar 15 anos. A edição 2013 foi a primeira em que o certame foi aceito pelas 59 universidades federais como forma de ingresso para o Ensino Superior, atingindo os 7.173.574 milhões de inscritos e culminando em recorde de inscrições. O ministro da Educação Aloízio Mercadante informou que o Enem deste ano registrou abstenção média de 29%. De acordo com dados preliminares do MEC e do Inep, 5 milhões de candidatos fizeram as provas este ano. “Foi um grande êxito. Não registramos nenhum problema que tenha prejudicado o exame. Aprendemos a cada ano e estamos sempre buscando aprimorar”, ressaltou Mercadante ao site do MEC. O professor de Leitura e Produção de Textos, Rosemberg Ramalho, também fez uma avaliação positiva sobre o Exame que se tornou a principal porta de entrada de estudantes potiguares para as universidades. “A prova de Linguagens e Códigos continuou com a prerrogativa moderna explorando o poder de interpretação 32

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Professor Rosemberg aprovou a proposta de redação do Enem

do aluno. Uma prova cansativa, mas o aluno que tem uma boa prática de leitura de forma diversificada se deu bem. Já em Matemática e Física houve questões que fugiram do esperado, enquanto em anos anteriores havia uma interpretação mais reflexiva, esse ano foi uma exigência mais de conteúdo”, disse Rosemberg. Sobre a proposta de Redação, “Efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil”, o professor considerou a escolha relevante para o contexto atual e de conhecimento público. “É um tema frequente em virtude das pessoas ainda não terem tomado a devida consciência da aplicação da lei,

o que facilitou um pouco a vida dos alunos”, explicou o professor. Rosemberg afirmou que o novo momento do Enem também traz desafios aos professores. “Com o Enem trabalhando temas com matrizes curriculares, é necessário que o Brasil todo passe a se adequar a esse cenário para que se tenha uma realidade nacional”, conclui o professor. Números do Enem Alunos Inscritos: 7.173.574 Alunos Presentes: 5 milhões Ausentes: 2,1 milhões Eliminados: 36 Gabarito: www.enem.inep.gov.br



[Entrevista]

PROFESSOR

PASQUALE

Educador defende critérios para avaliação do Enem Com mais de 30 anos de atuação no magistério e um dos mais conhecidos professores de Língua Portuguesa do Brasil, Pasquale Cipro Neto, que assina colunas em jornais e apresenta programa de TV e rádio para o ensino do Português conversou com a revista RN Educação sobre o momento de afirmação do ExaRN Educação: Qual a sua expectativa sobre a aceitação do Enem pela primeira vez em todas as universidades federais? Professor Pasquale: Durante muito tempo o Enem buscou seu caminho, ficou meio na dúvida, se se tornava de fato uma prova com consistência suficiente para ser nacional. Houve anos que algumas perguntas tinham caráter tão local, que ficamos em dúvida se seria um exame de postura nacional, pelo menos na área de línguas. Agora com a adoção das universidades federais, imagina-se que o Enem se firme como uma prova nacional e definitiva para a classificação dos interessados em ingressar nas universidades. Falta ao Enem encontrar um padrão de exigência para ser considerada uma prova nacional? A prova do Enem tem que encontrar um padrão de como ela é. Ainda há falta de uniformidade. Ninguém quer uma prova previsível, mas precisamos saber com clareza como é a abordagem para que os alunos possam se preparar, sabendo o que o Enem costuma tratar de forma mais transparente. 34

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me Nacional do Ensino Médio (Enem) após o primeiro ano de sua aceitação nas 59 universidades federais, a influência das redes sociais sobre a linguagem, as polêmicas a respeito do acordo ortográfico e o nível de ensino das escolas brasileiras. Confira o bate papo na íntegra:

Como o senhor avalia a nova linguagem utilizada nas redes sociais? Atrapalha o conhecimento da língua padrão? Nada contra a linguagem que a garotada usa e se comunica pela internet, muito pelo contrário. Eles criaram um novo código de comunicação, são tribos, cada uma tem sua própria linguagem e cria barreiras de compreensão para pessoas que não são desse grupo. Porém quando se faz uma redação de Enem, não é essa linguagem que se adota. É fundamental que o aluno demonstre o conhecimento sobre a norma padrão, que é democrática. As regras valem para o candidato de Porto Alegre-RS, como o de Natal, como o do Rio Branco-AC. O aluno tem que lembrar que deve se valer o conhecimento padrão, não é aceitável o uso de “vc”, “pq”, uma vez que ele não está no ambiente virtual. Paulo Freire, um dos maiores educadores do país, dizia que a linguagem de cada um deve ser respeitada, mas com o tempo o professor precisa mostrar a esse aluno, que essa linguagem é ótima para determinadas situações, enquanto que para outras é necessário o conhecimento da sintaxe dominante, e cabe à escola ensinar.

Com relação à reforma ortográfica, era necessária? Do jeito que essa reforma foi formulada, não houve avanços! Ela meteu os pés pelas mãos umas 500 vezes. A verdade de que esse “desacordo” ortográfico era necessário para que os países que falam a língua portuguesa tivessem uma só grafia, é um argumento fraco de que o Português encontraria barreiras para o cenário internacional. Avançaram em coisas que não fazem parte da unidade gramatical, foram mexer no hífen, e fizeram uma bagunça, ficou a subjetividade da subjetividade e a exceção da exceção, sem critério claro e com muitas dúvidas. O grau de dificuldades de aprendizado das pessoas continuou o mesmo. O senhor fará parte de uma comissão no Senado para readequar o acordo? Eu integro um Grupo de Trabalho na Comissão de Educação do Senado, junto ao professor Ernani Pimentel, para apresentar ao próprio Senado propostas de reelaboração desse acordo, correção, bem como, se possível, outras propostas de readequação.



[Longevidade]

Universidade da

TERCEIRA idade Iniciativa mostra que a vida acadêmica continua depois dos 40

Em busca de uma melhor qualidade de vida, um dos desafios é não se acomodar à rotina, buscando sempre caminhos que ofereçam possibilidades para dar um novo significado à existência, com base nos valores que são mais importantes para cada um. Neste sentido, uma boa dica são os cursos oferecidos pela Universidade Aberta para a Terceira Idade, a Unati – da Universidade Potiguar. Após os 40 anos de idade, qualquer pessoa continua apta a adquirir novos aprendizados e realizar atividades que promovam saúde e bem estar, reforçando também, o legado individual de conhecimentos científicos e culturais. Aliás, é um bom momento para começar a, por exemplo, aprender um novo idioma, fazer um curso de dança. Para a coordenadora da Unati, Deneide Guedes, é uma proposta de educação permanente para pessoas acima de 40 anos, por meio da realização

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Interessados devem apresentar atestado médico e documentação

de cursos, oficinas e eventos, oportunizando ao participante o constante aprendizado, estimulando o cérebro, exercitando o corpo e a mente. A programação inclui cursos de idiomas, hidroginástica, dança de salão, pintura em tela, entre outros. “Um dos objetivos principais é promover a qualidade de vida das pessoas”, enfatizou. Há cinco anos participando das aulas de dança, Maria Nadete Araújo, 60 anos, fala sobre a alegria que a atividade proporciona. “Quando me aposentei, tive medo de ficar ociosa, então busquei uma atividade. Comecei com as aulas de informática, e depois me matriculei na dança. Adoro. A dança me traz muito prazer e alegria”, disse.




[Parceria ]

FAMíLIA e escola de mãos dadas na educação

A escola tem uma parcela importante de responsabilidade na educação dos jovens. É lá que acontece toda a educação formal das crianças e adolescentes. E importante, porém, dizer que ela não substitui o papel da família. São os pais, avós, irmãos, tios e tias que preparam a criança para o mundo, por isso, é crucial que a família dê o exemplo, mostre o que é certo, o que é errado e incentive a criança ou adolescente a estudar sempre. Segundo a

diretora do Complexo Educacional Contemporâneo, Irany Xavier de Andrade, é importante que os pais assumam as suas responsabilidades na educação dos filhos, principalmente no que se refere à formação e aos bons hábitos. “Quando antigamente se falava em berço, não é porque vinha de uma família tradicional, com boas condições socioeconômicas. Eu considero que berço significa um lar estruturado, família, ter pai e mãe cuidando dos

filhos, de forma que cresçam sadios, conhecendo regras e disciplinas. O pai e a mãe mostrando que amor não é só dar aquilo que consideram necessário. As crianças crescem sem essa estruturação da personalidade, por falta desse cuidado dos pais em dizer o ‘não’ na hora certa”, disse. A gente prepara o aluno para a vida, mas sem a família, nada podemos fazer. O mínimo para que eles cresçam sadios, é a família e a escola caminharem juntos”, afirmou. www.rneditora.com.br| RNEducação

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[Parceria] Irany Andrade alegou que os alunos de hoje em dia dão mais trabalho que os de antigamente. “Eles estão sendo muito estimulados, aprendem muito rápido, e não possuem mais aquela presença forte dos pais em casa. Também é próprio da idade do jovem gostar do perigo. Hoje criar filhos está mais difícil. A família precisa estar bem estruturada. Conviver, dialogar, brincar, curtir as coisas mais simples, que fazem o sujeito sonhar e ser mais humano: É isso que está faltando”, ressaltou. De acordo com a psicóloga Mariana Feitosa, não há como analisar o desempenho do aluno sem levar em consideração que o mesmo é parte de um todo. “A princípio pode até parecer meio confuso, mas é preciso compreender que a criança é fruto de um histórico social e familiar. As boas ou más ações são oriundas do reflexo proporcionado principalmente pela família”, afirmou a psicóloga. Além disso, Mariana Feitorsa acredita que os papéis da escola e da família não estão claros para os professores, educadores, diretores e pais. “A divisão de trabalhos entre escola e família está embaralhada. O fato de que esses dois territórios não têm fronteiras bem definidas

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Irany Xavier defende participação da família na vida escolar

ocasiona muita tensão. Quando a mãe está em casa e o filho fala que tem uma lição e precisa de ajuda, ela xinga a professora. Quando o aluno

está na escola e se comporta mal, o professor diz que aquela mãe não sabe o que faz. Não há respeito mútuo”, pontua.



[Copa 2014]

do you speak

English? Copa do Mundo em Natal movimenta busca por cursos de inglês Aprender um novo idioma tem se tornado cada vez mais importante. Requisito básico exigido em grandes empresas ou a garantia de uma possível efetivação, o conhecimento da língua estrangeira pode trazer mais um benefício: em 2014, o Brasil sedia a Copa do Mundo e Natal é uma cidade-sede. Milhares de pessoas de diversas localidades devem circular pelo país e, por isso, desde garçons, taxistas, vendedores até empresários precisam se adaptar a essa realidade. Com a proximidade do evento, escolas de idiomas perceberam o aumento da demanda de alunos. A fluência em uma segunda língua – principalmente inglês e espanhol, os idiomas que mais crescem no mun-

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do -, poderá ser definitiva na hora de agarrar uma chance. Na opinião de uma das franqueadas da escola Wise Up, com sede em Natal e patrocinadora oficial da Copa do Mundo, Luciana Cavalcante, houve um aumento na busca pelos cursos de inglês devido à proximidade do evento. No entanto, ainda se espera um crescimento maior nessa procura. “O aumento houve, porém inferior ao esperado. Com certeza, o interesse será ainda mais intensificado nos próximos meses. As pessoas estão acostumadas a deixar as coisas para cima da hora. É importante lembrar que a Copa é um ponto isolado, ela chega e vai embora, e o inglês é uma realidade permanente. Cabe às pessoas aten-

tar, preparar-se para a oportunidade e não deixar apenas para correr atrás depois que ela aparece”, afirmou. A boa notícia é que ainda dá tempo de aprender inglês até junho de 2014. Segundo Luciana, a Wise Up ensina o idioma em 18 meses. “Tudo depende do quanto você se determina para isso. Com certeza alguém que se matricula agora, estará se comunicando bem até lá. De acordo com a coordenadora do curso, aprender o inglês tornou-se necessidade. “Não tem mais opção. O conceito de analfabeto hoje em dia não é mais quem não sabe ler e escrever. É quem não fala inglês. Com o aprendizado da língua inglesa você se comunica em qualquer lugar no mundo”, finalizou.



[Inclusão]

Cilmaria Coêlho e os filhos gêmeos, Caio e Lucas de Andrade

O que você precisar saber sobre o

AUTISMO Inclusão escolar é um dos meios para a melhor adaptação

Autismo é um transtorno global do desenvolvimento marcado por três características fundamentais: inabilidade para interagir socialmente; dificuldade no domínio da linguagem para comunicar-se ou lidar com jogos simbólicos; padrão de comportamento restritivo e repetitivo. Esse distúrbio apresenta intensidade variável, desde quadros mais leves, como a síndrome de Asperger (na qual não há comprometimento da fala e da inteligência), até formas graves em que o paciente mostra-se incapaz de manter qual44

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quer tipo de contato interpessoal e é portador de comportamento agressivo e retardo mental. Os estudos iniciais consideravam o transtorno resultado de uma dinâmica familiar problemática e de condições de ordem psicológica alteradas, hipótese que se mostrou improcedente. A tendência atual é admitir a existência de múltiplas causas para o autismo, entre elas, fatores genéticos e biológicos. Cilmaria Coêlho, mãe dos gêmeos de nove anos, Caio e Lucas de Andrade, contou que até os 18 meses os filhos tiveram

um desenvolvimento aparentemente dentro da perspectiva de uma criança típica. Engatinharam, andaram e falaram no período adequado. “Após essa idade eles pararam de falar e começaram a portar-se diferentemente das demais crianças. Então procurei uma neuropediatra que diagnosticou autismo, mas não aceitei o diagnóstico e procurei outra médica que, discordando da primeira, pediu que eu os colocasse em uma escola, pois era um atraso normal. Após um ano começaram a se acentuar as características mais comuns e foi quando meu esposo e eu começamos a pesquisar sobre o autismo, e confirmamos que condizia com o comportamento deles. Então aceitei o diagnóstico da primeira neuropediatra e decidimos procurar um tratamento especializado. Até o momento não tinha o conhecimento sobre a Síndrome, e esse foi o maior obstáculo para aceitação do diagnóstico”, afirmou. A mãe dos gêmeos contou que eles sofrem preconceitos com olhares, comentários e perguntas maldosas. “Um caso que ficou mais evidente aconteceu em um playground quando meu filho entrou na cama elástica e não queria sair quando acabou o tempo. Na frente de todos, a monitora começou a chamá-lo de mal educado, e quando fui explicar que ele era autista, ela foi rude e ficou falando alto que meu filho era doente, chamando atenção das pessoas que frequentavam o ambiente. Embora atualmente o autismo seja um pouco mais discutido, a falta de informação e o cumprimento da lei que os acoberta, ainda são os maiores empecilhos”, ressaltou.



[Esporte]

Ronny Markes incentiva projeto social na Vila de Ponta Negra

Lutando para vencer

No esporte e na vida dos estudantes

Esporte e educação são parceiros que se dão bem quando o assunto é formação de estudantes e cidadãos com noções de disciplina e aprendizado, conduzindo-os para uma vida longe dos perigos das drogas e criminalidade. Quando a iniciati-

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va parte de um atleta reconhecido em um esporte que se popularizou em todo o mundo, o Ultimate Fight Championship (UFC), a motivação é ainda maior. O lutador potiguar Ronny Markes, da categoria médio do UFC lançou em

parceria com empresas, o Alecrim Futebol Clube e o Centro Comunitário da Vila de Ponta Negra, o projeto “Lutando pra Vencer” que oferece a crianças carentes entre 6 e 14 anos a prática do jiu-jitsu como forma de incentivar o esporte e melhorar o desempenho na escola. “Sempre foi um objetivo meu ter um projeto social, em que eu pudesse ensinar crianças e jovens sobre a importância do exercício físico. Mesmo que não revele futuros campeões, só ensinar a disciplina e o respeito ao próximo, que o jiu-jitsu me ensinou, já é suficiente”, afirmou o atleta. O programa atende cerca de 40 crianças e adolescentes que moram na comunidade e receberam quimonos para a prática do jiu-jitsu. Além de Ronny Markes, as aulas da modalidade são ministradas por outro lutador profissional da Kimura Nova União, Dinarte Júnior. “Para participar do projeto, todos precisam estar matriculados em escolas e com boas notas. Além disso, caso algum aluno esteja passando por uma dificuldade, vamos à casa dos pais para saber o que está acontecendo”, afirmou o atleta do UFC. As aulas acontecem todas as segundas, quartas e sextas, das 18h às 19h no Centro Comunitário da Vila de Ponta Negra e a inscrição é gratuita.



[Oportunidade]

concursos: sonho possível

Estabilidade e remuneração são objetivos dos concurseiros O sonho da estabilidade financeira com bom salário em uma carreira de servidor no Município, Estado ou União, é o que motiva cada vez mais a busca pela aprovação em um concurso público. Na corrida pela melhor preparação, muitos “concurseiros” buscam o apoio em cursinhos especializados, com equipes de professores experientes quanto à orientação para os certames. O professor e diretor do Overdose Colégio e Curso, Carlos André, explica que com a maior competitividade entre os candidatos alguns diferenciais nesse processo de estudo podem ser decisivos para a aprovação. “Uma das melhores formas para estudar é contar com a estrutura de um cursinho preparatório, em que os professores já trazem experiência na preparação de turmas para grandes concursos e, por isso, além de indicar os principais assuntos, conseguem até prever questões que serão cobradas nas provas”, esclareceu o diretor. Em 2013, o Overdose já abriu cinco turmas para grandes concursos, sejam o da Assembleia Legislativa e o da Polícia Rodo48

viária Federal (PRF), e segundo Carlos André, a satisfação dos alunos matriculados mostra que a tendência é uma maior procura pela modalidade de cursinho para concursos, com uma carga horária de aulas de disciplinas comuns, como Língua Portuguesa e Matemática, ou específicas, como Direito Previdenciário. “Mantivemos a mesma característica do cursinho pré-vestibular, com a equipe número um de professores, que incentivam os alunos a buscar sempre o melhor resultado. Temos alunos que passaram em três, quatro concursos e continuam se preparando conosco para chegar à aprovação nas oportunidades que sonham”, enfatizou Carlos André. Para 2014, concursos como o da Caixa Econômica Federal e da Petrobras, são alguns que devem chamar a atenção dos candidatos. “Para quem ainda não passou no concurso desejado, a dica principal é continuar estudando, não pode relaxar, é terminando um concurso, almejando fazer outro, até conseguir a aprovação”, conclui o professor.

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[Universidade]

Confiança na formação superior

UNI-RN tem a credibilidade da população potiguar quanto à qualidade de ensino O Centro Universitário do Rio Grande do Norte (UNI-RN), credenciado em 2012 pelo Ministério da Educação (MEC), é uma instituição que busca sempre qualidade de ensino. Em seus 14 anos de existência, desde o tempo da FARN, recebeu da população potiguar um grande grau de confiabilidade, conforme enfatiza o reitor Daladier da Cunha Lima. “A confiança é uma palavra-chave na vida do UNI-RN, confiança que a população tem no valor educacional da instituição. A gestão do UNI-RN está nas mãos de educadores reconhecidos pela comunidade norte-rio-grandense, fator que faz aumentar a credibilidade da população”, afirmou o reitor do UNI-RN. O Centro Universitário atualmente possui 13 cursos de graduação, além de 30 cursos de pós-graduação lato sensu, totalizando 5.500 alunos. “Buscamos crescer principalmente na qualidade de ensino e de forma planejada. No começo de 2014, teremos um novo curso, Engenharia Civil, e outros cursos na área de Engenharia irão surgir gradativamente. Na pós-graduação, também temos cursos novos, com destaque para a área de Educação Física voltada para o futebol, um dos poucos do Nordes50

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Daladier da Cunha Lima, Reitor da UNI-RN

te e do Brasil”, explicou Daladier. Pela excelência da formação acadêmica, o UNI-RN investe ainda em melhorias físicas, como a ampliação da biblioteca, que terá a expansão de quase o dobro da área, além de projetos de modernização de instalações, laboratórios, salas de professores, atendimento ao aluno e gestão interna.

Oferece ainda ambiente acadêmico favorável ao estudo e à pesquisa, com um programa ousado de iniciação científica. O UNI-RN dispõe de bolsas PIBIC (do CNPq) e do Programa Ciência Sem Fronteiras, para contemplar os alunos da graduação. Outra meta vitoriosa é o intercâmbio crescente com instituições do exterior.



[Tecnologia]

novas tecnologias na aula ajudaM ou atrapalhaM? Saiba como orientar os filhos para um uso controlado Antes cadernos e quadro-negro reinavam absolutos nas salas de aula, hoje dividem espaço com tablets, smartphones e netbooks. Se os novos estímulos tornam as aulas mais dinâmicas e interessantes, eles podem ser uma ameaça ao rendimento escolar. Para assegurar o bom desempenho de jovens e crianças, especialistas alertam: o acesso às ferramentas tecnológicas deve ser constantemente monitorado. Segundo a coordenadora pedagógica do colégio Salesiano São José, Regina Montenegro, a tecnologia educacional só funciona se for cuidadosamente planejada e controlada, para se evitar desperdícios de tempo e recursos financeiros. “Em meio à complexidade do aprender faz-se necessário a busca por novas metodologias de ensino, e o surgimento das novas mídias traz possibilidades que geram maneiras diferentes de se ensinar. Nesse sentido é necessário reavaliar a conduta dos profissionais da área pedagógica como também administrativa da escola, diante de tantas ferramentas tecnológicas que estão sendo inseridas no meio educacional. Moran salienta que a internet é um grande apoio à educação, uma âncora indispensável à embarcação. Ele ressalta a importância da formação continuada 52

dos professores, pois a tecnologia aponta saídas e levanta problemas, como saber de que maneira gerenciar essa grande quantidade de informação e transformá-la em conhecimentos significativos”, afirmou. Para a coordenadora pedagógica, os estudantes devem ser orientados sobre o uso controlado dos smartphones e outras tecnologias em sala de aula. “Educar é o caminho mais seguro para proteger a todos, desde as instituições de ensino e professores até os responsáveis pelos alunos. Como dizem os especialistas no assunto, é importante criar regras que orientem a presença digital e estimular que os pais e alunos as leiam. A escola deve possibilitar uma maior discussão sobre esse tema, ou seja, não adianta a escola fingir que a tecnologia não existe. Ao invés de coibir o uso do celular, as escolas deveriam incorporá-lo como um recurso, que já está intrínseco à rotina dos estudantes. Devemos lembrar o nosso papel que é orientar”, disse. O apoio da família no controle do uso das tecnologias na escola é fundamental. “Sabemos que as escolas precisam inserir seus alunos no mundo virtual, fazer um elo entre a educação e as tecnologias midiáticas. Para que isso ocorra, devemos contar com o apoio familiar”, finalizou.

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[Expansão]

mais vagas para

medicina Ufersa terá 120 vagas para novos médicos no RN

Para quem sonha em seguir carreira universitária na Medicina poderá contar com mais uma opção no Rio Grande do Norte. O Ministério da Educação (MEC) autorizou a criação do novo curso na Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa) com 120 vagas, e entrará em funcionamento a partir de 2016, nos campus de Assú e de Mossoró. No campus de Assú, que será inaugurado junto com o curso, as vagas serão escalonadas em dois anos, sendo a primeira turma com 30 alunos, já em 2016, e mais 30 vagas no ano seguinte, 2017. Em Mossoró, as primeiras 60 vagas para atender o Campus Central serão distribuídas da seguinte maneira, 30 entradas também em 2016, e outras 30 vagas no ano seguinte. O reitor da Ufersa, professor José de Arimatea de Matos, destacou a importância deste feito para o Ensino Superior no Estado. “A conquista da Ufersa reflete a política de interiorização das ofertas de vagas do Ensino Superior por parte do Governo Federal, sobretudo na área da Saúde, que é um setor prioritário nas reivindicações da sociedade. Ganha o Rio Grande do Norte e principalmente o interior”, explicou. O curso em Mossoró contará com toda estrutura disponibilizada pela universidade e rede de saúde. “O município de Mossoró e a Ufersa cumprem todas as exigências, como os 661 leitos disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS), 54

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Reitor José de Arimatéia de Matos

suficientes para atender 133 vagas. Hoje, por meio da Universidade Estadual do RN (Uern), são apenas 26 vagas para Medicina”, justificou Arimatea. Já na região do Vale do Assú, as obras do novo campus já começam no próximo ano, a fim de proporcionar conhecimento científico e desenvolvimento para a cidade. “A região do Vale do Assú realiza um antigo sonho com a chegada da Universidade. A nova Unidade da Ufersa irá funcionar como um Centro de Saúde, assim como em Mossoró”, ressalta o professor. Os graduandos irão ingressar no Curso de medicina exclusivamente através do Sistema de Seleção Unificada (SiSU) para entrada em 2016, de modo que os candidatos deverão ter prestado o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), em 2015.



[Informatização]

metrópole digital Projeto já formou mais de 470 alunos para o mercado e criou novas empresas

Em um mundo cada vez mais globalizado e competitivo, quem domina a Tecnologia da Informação (TI) tem um diferencial na busca por uma carreira de sucesso. Pensando na qualificação profissional por meio da inclusão digital, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) desenvolve o Instituto Metrópole Digital (IMD), que já formou mais de 470 alunos e criou mais de 10 empresas no segmento. O diretor do IMD, Ivonildo Rêgo destacou a importância do projeto que recebeu mais de R$ 40 milhões em investimentos, para o desenvolvimento econômico e social. “O projeto começou em 2010, com uma média de sucesso de 30%, acima da média nacional que é de 18%, além do caráter de inclusão social, em que disponibilizamos 70%de nossas vagas para alunos de escolas públicas, entre 15

e 18 anos que estejam cursando o Ensino Médio”, explicou Ivonildo. Atualmente o Instituto Metrópole Digital apresenta-se em três segmentos: ensino; pesquisa e inovação; incubação de empresas. A porta de entrada é o curso técnico em Tecnologia da Informação, voltado para os estudantes que estão concluindo o Ensino Médio. “Uma parte considerada dos alunos do nosso curso técnico nem segue na área de tecnologia, mas se tem uma boa formação em informática, isso certamente ajudará na carreira profissional, não importa em qual área esteja. O nível técnico da formação visa atrair jovens para a área de TI com ênfase em desenvolvimento de software e hardware”, destacou o diretor. Em nível de graduação, o IMD conta com o curso de Bacharelado em TI, que dispõe de 240 vagas, ofertadas por meio do Exame Na-


Metrópole Digital formou mais de 470 alunos

cional do Ensino Médio (Enem) e com duração média de 3 a 5 anos. Quem desejar também pode fazer uma Residência ou até mesmo o Mestrado Profissional em Engenharia de Software. Para estimular a pesquisa e inovação, o IMD tem um amplo corpo de professores, pesquisadores e doutores que desenvolvem pesquisa aplicada e realizam consultorias com soluções inovadoras para o desenvolvimento de sistemas. O próximo passo será a rede “Giga Metrópole” para o incentivo do acesso à internet nas escolas públicas. “Fizemos uma pesquisa no Metrópole Digital e identificamos que 50% das escolas do Estado não estão conectadas virtualmente. Com este projeto iremos instalar 380 km de fibra óptica para conexão de dados para que os alunos e professores possam usufruir de uma estrutura de videoconferência”, explicou Ivonildo. A fim de inserir os alunos formados no mercado de trabalho, o IMD também atua como

Diretor do IMD, Ivonildo Rêgo

incubadora de empresas. Com o projeto “Inova Metrópole”, até o momento existem 10 empresas, que já estão atuando no mercado e a expectativa é que nos próximos anos, com a construção de um parque tecnológico, a demanda de capacitação cresça e, da mesma forma, a geração de renda no setor de TI. Para tanto, o instituto está com um edital aberto para a captação de mais 20 empresas para a incubadora Inova Metrópole. Com a previsão para finalizar o processo ainda neste semestre, o IMD passará a ter a maior incubadora do estado, com mais de 30 empreendimentos em gestação. “Temos um objetivo bem claro de fomentar no Estado a criação de um polo na área de tecnologia de informação, criar empresas, gerar renda. Formamos mão de obra capacitada no instituto e novas empresas através da incubadora para estimular o desenvolvimento econômico e social”, afirmou Ivonildo Rêgo.

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