Revista tm 166 pagina net

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Ano 17

Número 166

PAI, UM FAROL NA VIDA DO FILHO

Agosto 2016

Distribuição

G r at u i tA


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EDITORIAL

CARTA DE UM PAI AO FILHO Amado Filho, O dia em que este velho já não for o mesmo, tenha paciência e me compreenda. Quando eu derramar comida sobre minha camisa e esquecer como amarrar meus sapatos, tenha paciência comigo e se lembre das horas que passei te ensinando a fazer as mesmas coisas. Se quando conversa comigo, repito e repito as mesmas palavras e sabes de sobra como termina, não me interrompas e me escute. Quando era pequeno, para que dormisse, tive que contar-lhe milhares de vezes a mesma estória até que fechasse os olhinhos. Quando estivermos reunidos e, sem querer, fizer minhas necessidades, não fique com vergonha e compreenda que não tenho a culpo disto, pois já não as posso controlar. Pensa quantas vezes quando menino te ajudei e estive pacientemente a seu lado esperando que terminasse o que estava fazendo. Não me reproves porque não queira tomar banho; não me chames a atenção por isto. Lembre-se dos momentos que te persegui e os mil pretextos que tive que inventar para tornar mais agradável o seu banho. Quando me vejas inútil e ignorante na frente de todas as coisas tecnológicas que já não poderei entender, te suplico que me dê todo o tempo que seja necessário para não me machucar com o seu sorriso sarcástico. Lembre-se que fui eu quem te ensinou tantas coisas. Comer, se vestir e como enfrentar a vida tão bem com o faz, são produto de meu esforço e perseverança. Quando em algum momento, enquanto conversamos, eu chegue a me esquecer do que estávamos falando, me dê todo o tempo que seja necessário até que eu me lembre, e se não posso fazê-lo não fique impaciente; talvez não fosse importante o que falava e a única coisa que queria era estar contigo e que me escutasse nesse momento. Se alguma vez já não quero comer, não insistas. Sei quando posso e quando não devo. Também compreenda que, com o tempo, já não tenho dentes para morder, nem gosto para sentir. Quando minhas pernas falharem por estarem cansadas para andar, dá-me sua mão terna para me apoiar, como eu o fiz quando começou a caminhar com suas fracas perninhas. Por último, quando algum dia me ouvir dizer que já não quero viver e só quero morrer, não te enfades. Algum dia entenderás que isto não tem a ver com seu carinho ou o quanto te amei. Trate de compreender que já não vivo, senão que sobrevivo, e isto não é viver. Sempre quis o melhor para você e preparei os caminhos que deve percorrer. Então pense que com este passo que me adianto a dar, estarei construindo para você outra rota em outro tempo, porém sempre contigo. Não se sinta triste, enojado ou impotente por me ver assim. Dá-me seu coração, compreenda-me e me apóie como o fiz quando começaste a viver. Da mesma maneira que te acompanhei em seu caminho, te peço que me acompanhe para terminar o meu. Dê-me amor e paciência, que te devolverei gratidão e sorrisos com o imenso amor que tenho por você. Atenciosamente, Teu Velho

A Flor da Vida Editora MARCO ANTONIO TABET GOME$

CNPJ 06.772.164/0001-13 SCLRN. 715 bl G - ent 57 - sl 203 - Brasília - DF

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Distribuição gratuita em 480 locais de Brasília e 80 na Chapada dos Veadeiros Alto Paraiso - São Jorge Assinantes em todo pais

Os artigos aqui editados são de inteira responsabilidade dos seus autores.

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O COMPLEXO OPPOSITORUM DA NATUREZA HUMANA

O cérebro, que é uma máquina viciante e unilateral, por ser regida exclusivamente pelo princípio do prazer e pela necessidade de segurança territorial, sempre irá valorizar a dimensão material e instintiva presente ...

MOVIMENTO “BEBA ÁGUA E ALIMENTE A PAZ”

Recebi pelo WhatsApp uma mensagem muito interessante sobre o lançamento de uma campanha em prol do Planeta Terra. Como funciona. Cada vez que tomarmos água, devemos falar ou mentalizar ...

ALMA E AS COISAS – PARTE I

Um dos maiores conflitos na conquista do autoconhecimento, capaz levar a pessoa ao encontro de sua genuína identidade interna, é a relação entre a alma e as coisas ou se preferirem a personalidade...

UMA PROSA COM MARCOS SILVEIRA

Nesta edição e na próxima, a Revista Terceiromilênio traz a transcrição de uma inesperada conversa que tivemos com o Marcos Silveira, proprietário do Restaurante Terraviva e do Parque Ecológico Terraviva. ..

INDIVIDUAÇÃO A LONGA JORNADA DA ALMA

Individuação é um dos principais conceitos da abordagem junguiana. Trata-se de um processo no qual o sujeito está inserido que proporciona a ampliação da consciência para o além do aceito ...

Prática do Silêncio Interno

Para vivermos uma vida plena e cheia de realizações pessoais é importante colocarmos em prática algumas normas. Pense no que irá dizer antes de falar. Seja breve e preciso...

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SAÚDE

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UMA PROSA DE FIM DE TARDE COM MARCOS SILVEIRA

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esta edição e na próxima, a Revista Terceiromilênio traz a transcrição de uma inesperada conversa que tivemos com o Marcos Silveira, proprietário do Restaurante Terraviva e do Parque Ecológico Terraviva. Logo após degustarmos um saboroso caldo no final da tarde, o Marcos chegou, ofereceu-nos um delicioso suco de mexericas e começamos a conversar. Com a autorização dele, aproveitamos para gravar o bate-papo. Aqui, a primeira parte da prosa. Marcos, como surgiu o Terraviva? O restaurante tem dez anos. Ele começou no dia 18 de julho de 2006, que foi o dia que inauguramos na 307 Norte. De onde surgiu a ideia do restaurante? Você já trabalhava com alimentação? Não. Surgiu a partir do Parque Terraviva. As coisas em que eu acredito, que me fizeram bem, eu acabo ficando um pouco militante. Então, eu senti necessidade de expandir a alimentação natural, o vegetarianismo. Qual é a relação entre o restaurante e o Parque? Na época, eu ficava muito tempo no Parque, eu ficava lá todo os dias, fins de semana, tomava banho de cachoeira praticamente sete vezes por semana, porque era todos os dias. Acabou que eu precisei assumir um compromisso profissional na cidade de Taguatinga e perdi um pouco isso. Então, eu pensei em criar um restaurante natural para criar um link com o Parque. Daí apareceu a oportunidade de vir para cá. Você pode explicar quais as diferenças entre alimentação natural, vegetariana e vegana? Posso, mas posso também explicar qual a nossa proposta. Primeiro, a alimentação natural é a que utiliza alimentos naturais, que evitam ou não utilizam – no nosso caso, não utilizamos – alimentos refinados.

Não utilizamos açúcar branco. Aqui, qualquer suco adoçado ou qualquer sobremesa é feita com açúcar mascavo. Não utilizamos arroz branco e utilizamos o mínimo de farinha branca, porque utilizamos mais a integral, não utilizamos praticamente nada de enlatados e sempre damos preferência para os alimentos orgânicos. A alimentação natural refere-se a comer um alimento mais natural, que não tenha sido modificado ainda. Se você pegar um arroz branco, ele já foi modificado, já tiraram a fibra, já alteraram o arroz. Então, nós temos essa opção de utilizar os alimentos o mais natural possível. A nossa proposta é lacto-vegetariana. Excluímos carnes e ovos de qualquer tipo e utilizamos laticínios. Uma alimentação vegana é quando se exclui, além de tudo isso, também os laticínios e há uma linha que exclui o mel e outra linha que inclui o mel. A nossa linha, então, é lacto-vegetariana, sendo que temos várias opções veganas. Por exemplo, um prato com queijo, que nosso restaurante oferece, é lacto-vegetariano e o vegano não quer, porque não utiliza derivados do leite. Os veganos são 100% vegetarianos. Você mencionou que quando você se envolve com alguma coisa importante, você milita nesse campo. Nessa sua proposta, o Parque está incluído numa proposta de militância pelo meio ambiente? Sim. Lá no Parque nós temos uma proposta de recuperação ambiental e ecológica e de ecologia humana, também, para as pessoas se conhecerem melhor. Acreditamos que o ser humano faz parte do sistema e é a peça chave da melhoria da natureza, da sociedade e, se ficar comprometido como o todo, será um reitor do planeta; mas, se não tiver um comprometimento como o todo, acaba se tornando um predador do planeta. Então, trabalhamos com essa visão de melhorar a consciência do ser humano.

O que podemos perceber, então, é que você se preocupa não apenas com a qualidade de vida da pessoa, num sentido mais restrito, mas também com a coletividade e a do planeta, num sentido mais amplo. É porque, na realidade, isso está tudo junto. Se você olhar de pertinho, você vê aqui a pessoa. Se olhar um pouco mais de longe, você vê a comunidade e se olhar de fora, você vê o planeta todo. Então depende só do foco, da distância que você estiver olhando. Em relação à qualidade de vida, você poderia dar alguns exemplos de melhoramento, de transformação na qualidade de vida da pessoa que adota uma alimentação natural? Posso explicar como é o processo. O ser humano tem que se cuidar em vários aspectos e a primeira coisa que ele tem que fazer é cuidar do veículo dele. O nosso corpo é um veículo e então, temos que nos cuidar bem fisicamente para podermos caminhar melhor no planeta. Se nos cuidarmos bem, vamos sentir menos dores, vamos nos sentir bem. Então, cuidando bem do seu aspecto físico, a pessoa ficará mais conectada com tudo e vai se sentir bem. Mas somente isso não resolve, porque há outros aspectos, como o aspecto mental. A pessoa precisa estar bem mentalmente, tem que entender o que está acontecendo, tem que saber por onde estamos caminhando, tem que entender o que está acontecendo na sociedade, com a própria pessoa, para poder ter saúde mental, sem medo, sem complexo de superioridade. É preciso ter a mente ajustada para poder entender o que está acontecendo para poder ficar mais livre. Se estiver vivendo com dogmas, com dificuldade de compreensão, com medo de várias formas, a pessoa acaba não tendo uma saúde mental plena. Então, faz parte do nosso eu, além do físico e do mental, o espiritual ou intuitivo, de conexão. A


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nossa estrutura aqui [do restaurante Terraviva] é toda baseada nos ensinamentos de P.R. Sarkar (Prabhat Ranjan Sarkar), que é o nosso mestre espiritual, que seguimos de acordo com a nossa capacidade. A filosofia é perfeita, mas nós somos bem mais imperfeitos que a filosofia. Nós seguimos os ensinamentos de Sarkar de como se ajustar na Terra, na comunidade. Participando de uma forma contributiva, positiva É, pelo menos com esse pensamento, nosso norte é esse. Não estou dizendo que não temos contradições no dia-a-dia, mas nosso norte é esse. Voltando à questão do restaurante, você mencionou que o restaurante é lacto-vegetariano. Existem críticas de algumas pessoas, que são os veganos, sobre qualquer alimento de origem animal. Que benefícios os alimentos derivados do leite trazem para o organismo? A nossa classificação é um pouco diferente. Nós somos ligados à Yoga, à meditação e utilizamos uma classificação de alimentos que são sutis, alimentos que expandem a capacidade como ser humano, fisicamente, mentalmente e intuitivamente. A questão do uso dos laticínios é pertinente, porque o sofrimento, no próprio momento de se tirar o leite, é uma coisa muito negativa a forma como isso se transformou. Nós não avançamos muito nesse aspecto, eu, pelo menos tenha essa visão, de que a sociedade não dá saltos. Tendo em vista que o leite é um alimento sutil, que ele não é um alimento

que chamamos de tamásico, consideramos que os laticínios, em si, são benéficos, agora, a forma dessa exploração está equivocada, mas como se diz, a natureza não dá saltos, ela caminha. Então, para poder se organizar uma estrutura em que se teria um corte mais abrupto culturalmente na alimentação, eu ainda não estou vivenciando isso, eu estou na minha fase lacto-vegetariana. Então, eu não sei como conceber isso. Se eu fosse vegano, o restaurante seria vegano, mas, como eu ainda não sou vegano, eu estou de acordo com o meu fluxo de vida. No momento em que eu me tornar vegano, acho que o restaurante vai se tornar vegano. Mas eu não penso muito nisso porque, filosoficamente, os laticínios são considerados alimento sutil, portanto saudável, positivo. Claro que há pessoas que são intolerantes e aí ele se torna negativo, mas são questões individuais. Mas Krishna gostava de manteiga... Sim. Naquela época não se falava disso, não tinha isso, nem se questionava isso. É o hoje em dia, com o capitalismo, pegaram os animais e colocaram dentro de uma estrutura de alta produção completamente em detrimento dos direitos deles. Com relação a essa questão senciência, do sofrimento, da dor do animal e o alimento com que você trabalha, tem uma preocupação com a forma com que ele é produzido, a origem dos produtos derivados do leite, como você verifica essa qualidade? Você confia no produtor? Existe algum mecanismo de acompanhamento?

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Na realidade, na parte de laticínio, o alimento que mais utilizamos é a muçarela. Nós temos uma pizza. Essa pizza ajuda a incluir as pessoas. Vamos supor que você tenha um amigo que está com a alimentação completamente desestruturada, você traz esse amigo para o restaurante natural e ele acaba não conseguindo se defender em alguma coisa, mas se pelo menos ele tiver ao menos uma pizza. A muçarela é de ótima qualidade, é a melhor do mercado, mas o sentido dela está, mesmo, pelo produto. Eu não conheço profundamente como ela é produzida, mas é a melhor do mercado. É uma empresa grande, não é nem de Brasília. Eu confio na qualidade do produto dele, mas ecologicamente, se ele respeita os direitos sociais, eu não sei, eu não conheço o processo. A farinha de trigo utilizada é orgânica, vem lá do Rio Grande do Sul. Na maioria das vezes o molho de tomate também é orgânico. A pizza Margarita, por exemplo, é feita tomate orgânico, manjericão orgânico, molho de tomate orgânico, farinha de trigo orgânica e a melhor muçarela do mercado. Considerando essa questão da responsabilidade socioambiental, os produtos com que você trabalha aqui no restaurante são produzidos por você ou você tem outros produtores? Sim, em parte. A proposta do restaurante é que as saladas sejam 100% orgânicas, isso conseguimos cumprir. Depois, além disso, temos sempre a farinha integral 100% orgânica, na maior parte dos períodos o arroz é orgânico, há períodos em que não e depois há vários produtos de acordo com a oferta que temos em Brasília, produtos sazonais. Lá no Parque Ecológico nós temos 3 estufas e estamos indo para 7, então estamos aumentando a produção de produtos orgânicos e em algum momento, quase tudo, pelo menos 75%, 80%do que oferecemos no restaurante será produzido por nós mesmos e isso está aumentando consideravelmente nos últimos meses. O Editor e Marcia Godoy


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Acredite, se puder...Creia! E

is que, de repente, surgem razões para você ter medo de tentar, muitas razões para falhar, muitas razões para desistir, muitas razões para voltar a sua “concha” e esperar a vida se esgotar, aos poucos, jogando fora um dia de cada vez. Ainda há muitas razões para você acreditar naquela voz dentro da sua cabeça que tenta mesmo anular você, corromper o seu potencial, convencê-lo de que é um desperdício tentar dar um passo em falso. Esta voz diz: “Para que escrever essa história? Assista a TV e viva a história de outros; coma mais e não se exercite, para destruir a sua principal máquina de mudar seu mundo; esqueça o amor, anule-se!” Essas são as mensagens que tentam derrubar você. Há muitas razões para desistir. Todas, absolutamente todas, falsas. Mas os limites estão em você, não em regras criadas por outros. Nossa sociedade é dominada pela absurda “Lei das médias”. Se a maioria não consegue fazer, então, espera-se que você acredite que jamais conseguirá. Aleijadinho não acreditava na voz que dizia, com toda lógica do mundo, que “aleijados não podem ser escultores”. Era lógico, mas era falso. Santos Dumont não acreditou nos compatriotas que insistiam em dizer que “o homem não poderia voar com um veículo mais pesado que o ar”. Também era lógico, mas era falso. Há muitas coisas nas quais você acredita, com lógica, mas que são absolutamente falsas. É fácil inventar uma razão, um motivo aparentemente lógico, para qualquer coisa. Mas sua vida pode ser muito mais que um amontoado de desculpas lógicas. Sua vida é muito mais que qualquer razão para desistir de um sonho. Sua vida é mais que seu passado ruim, suas experiências de dor e de seus medos ancestrais.

Sua vida é tudo o que virá. Não importam os limites do seu passado, eles não existem mais. O seu futuro poderá ser tudo o que você imaginar e desejar. E escolha os companheiros de viagem... E vá. Por isso toda vez que escutar uma voz dentro de você dizendo: “Você não é um pintor, então pinte sem parar, de todos os modos possíveis, e aquela voz será silenciada”, como afirmou Van Gogh, um dos maiores

pintores da história. Se quiser, substitua a palavra pintor por engenheiro, arquiteto, policial, cantor, ator, motorista, professor, pai, mãe, jornalista ou terapeuta, e mesmo uma pessoa próspera ou a quem você desejar. E acredite nisso, sua mente e seu corpo são obedientes a suas obrigações e seguem suas decisões, ações e suas crenças. Silencie a voz que tenta derrubar você... Siga em frente, pois para todo lado há gente! Porquanto a vida é um dom que o Universo nos deu e deve ser tratado como um pássaro leve e solto. Aproveite que, neste momento, você também está voando e comece o treino da simplicidade. Procure alongar bem a coluna vertebral e apoiar confortavelmente as solas dos pés no chão, inspire profundamente e traga sua atenção para o aqui e agora. Para isso, basta fazer os ciclos profundos de respiração conscientemente. Alongue a inspiração e a expiração e perceberá que, após alguns minutos, o corpo começa a relaxar e a mente vai se inquietando. Agora, tenha uma atitude de gratidão. Agradeça pela oportunidade de estar aqui e agora. Mas, não obstante, é preciso ficar atado às suas atitudes porque, muitas das vezes, não manifestamos mesmo carinho e ficamos a esperar por receber em troca o amor que não oferecemos! Na verdade, o que a maioria não entende mesmo é que, quando damos atenção, recebemos atenção também, não? Justo assim... J.Marcos Terapeuta Holístico (CRT45948). Fitoterapeuta e Iridólogo. Pós-Graduado pela UnB j.irisfito@gmail.com


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Combinando os alimentos para melhor nutrição

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aber alimentar-se é condição indispensável para conservar e também para recuperar a saúde. O valor nutritivo de um alimento não está na sua composição química, mas no seu grau de digestibilidade. Mesmo com alimentos naturais, boa mastigação e lenta deglutição, não está completamente assegurado o êxito do processo digestivo, pois há alimentos que misturados com outros produzem má combinação, dando lugar a subprodutos tóxicos. Evita os incovenientes das más combinações. intuição. Além disso, esteja atento à versatilidade dos alimentos e às leis da fisiologia da digestão. 1. Evite líquidos durante as refeições, principalmente os que contém açúcares, pois estes auxiliam o processo de fermentação. Os líquidos apressam a deglutição antes de completar a mastigação e a ensalivação dos alimentos impedindo também a ação do suco gástrico até que sejam absorvidos. As bebidas geladas ou muito quentes reduzem a temperatura do conteúdo do estômago, cuja digestão não se pode operar até que seja atingida novamente a temperatura normal. 2. Evite ingerir mais de dois alimentos amiláceos na mesma refeição. A ingestão destes termina na elaboração de um só que o corpo seleciona; o outro ficará muito mais tempo para ser digerido. Isto provoca gases, arrotos, fermenta e acidifica o estômago. Ex: macarrão, batata, pão. 3. Evite ingerir alimentos ácidos e amidos na mesma refeição. A digestão dos amidos começa na boca pela ação da Pitalina, que os transforma em maltose (tipo de açúcar). A Pitalina só atua em meio alcalino. A presença de ácidos danificam esta enzima favorecendo sua fermentação. A associação ácido-amido é muito rara na natureza. Ex: macarrão com molho de tomate. 4. Evite ingerir amidos e açúcares na mesma refeição. A digestão dos amidos começa na boca e prossegue, em condições apropriadas, no estômago. Os açúcares não são digeridos nem na boca nem no estômago, a sua digestão se dá no intestino delgado. Quando consumimos isoladamente, passam rapidamente do estômago ao intestino.

Quando consumidos em mistura com amiláceos, ficam retidos no estômago aguardando a digestão destes. Como os açúcares tem a tendência à fementação rápida, nas condições de calor e umidade existentes no estômago, a combinação amido e açúcares produz fermentação ácida (ácido acético, álcool, gás carbônico, água). Além disso, o açúcar faz segregar muita saliva sem pitalina, o qual, no entanto, é necessária à elaboração dos corpos amiláceos. Ex: arroz, purê de batata e doce de abóbora com côco. 5. Ingerir somente uma proteína concentrada na mesma refeição. Para uma digestão eficiente, duas proteínas exigem sucos gástricos de composições diferentes e tempo necessário à sua digestão, que é diferente para cada espécie de proteína. Ex: enquanto o suco gástrico necessário à digestão da carne tem seu PH máximo no início da digestão, o leite um PH máximo do suco gástrico no final. Evite misturar carne com leite, carne e ovos, leite e nozes, etc, na mesma refeição ! 6. Ingerir proteínas e ácidos na mesma refeição – evitar. O início da digestão das proteínas se dá no estômago em presença da enzima pepsina que atua em meio ácido (ácido clorídrico do suco gástrico). A ingestão de ácidos em excesso inibe a ação desta enzima. A paralização da digestão das proteínas, leva-as a putrefazerem-se, o que ocasiona a intoxicação do organismo. • Exceção: constituem exceção as combinações das nozes, queijo ou abacate, com as frutas ácidas. As nozes, queijos e abacates possuem grande quantidade de gordura ou óleo; sabemos que as gorduras inibem a secreção gástrica por um tempo maior que os ácidos. Além disso, essas proteínas não se decompõem com a mesma facilidade que outras espécies. 7. Evite proteínas com gorduras: a presença das gorduras nos alimentos, diminui a atividade glandular

da secreção gástrica, baixa a quantidade de ácido clorídrico e da pepsina no suco gástrico, atrasando a digestão por tempo considerável. OBS: abundância de vegetais verdes, especialmente crus, contrapõem-se ao efeito inibitivo das gorduras. 8. Melões: a melancia e os melões, quando ingeridos isoladamente, permanecem alguns minutos no estômago, porém quando ingeridos com outro alimento, ficam retidos no estômago como os açúcares, produzindo gases e fermentações. Comer melancia e melão isoladamente ! 9. Leite: devido a proteína e gordura que o leite contém, combina sofrivelmente com frutas ácidas. Quando o leite entra no estômago, ele coalha, envolvendo as partículas dos outros alimentos, isolando-os do suco gástrico. 10. Sobremesas (doces e sorvetes): a sobremesa já constitui um excesso sobre a alimentação, sobrecarregando a capacidade digestiva. Além disso, é geralmente açucarada, o que acarreta os transtornos anteriormente mencionados. 11. Frutas oleaginosas e frutas doces: na mesma refeição não se digerem bem,porque as gorduras ao misturarem-se com os açúcares, produzem fermentação alcoólica, sobrecarregando o sangue. 12. Frutas ácidas com amido: neste caso os ácidos, impedindo o desdobramento normal dos amidos em maltose e glicose, originam fermentação ácida, que favorece a acidificação do sangue. 13. A quantidade é outro fator que intervém na digestão. Comer sem fome ou em excesso são fatores desequilibrantes na digestão, pois o corpo não assimila o que introduzimos em excesso. “Combinar os alimentos e introduzí-los de forma consciente, dá condição de se comer de tudo e manter uma boa saúde”. Colaboração Dr Herval Martins


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Individuação – A Longa Jornada da Alma

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ndividuação é um dos principais conceitos da abordagem junguiana. Trata-se de um processo no qual o sujeito está inserido que proporciona a ampliação da consciência para o além do aceito e conhecido sobre si, possibilitando a descoberta e o diálogo com aspectos internos (inconscientes) que se encontram exilados da experiência da vida cordata. Essa caminhada busca desvendar uma meta, um sentido para a vida, o mito pessoal de cada um que jaz escondido nas profundezas do desconhecido – inconsciente. Com ênfase, a jornada que somente aquela alma (aquele indivíduo) pode realizar, considerando-se todas as particularidades de sua personalidade – da totalidade de sua configuração psíquica. Não se deve confundir individuação com individualismo. A individuação está a serviço da alma, por vezes se distanciando dos valores coletivos, porém sem ignorá-los. O individualismo, por sua vez, tem ambição egoica e/ou de poder e repele os valores grupais e coletivos, via de regra. Muitas vezes, o indivíduo que adere de “bom grado” à sua individuação passa a incorporar o servir ao coletivo como forma de devolver à vida o que ela lhe trouxe nessa caminhada. Quando me refiro a aderir de “bom grado”, quero dizer que estar mais disponível para o processo pode ampliar a capacidade de apreensão do porvir que reveste a vida. Pois ela (a vida) acontece e acontecerá sem ou com a concordância do sujeito; o que muda é a forma como é acolhida a diversidade do que ocorre na jornada – principalmente das noites escuras que invadem o dia e contrariam a lógica e o desejo do Ego. Destaco três requisitos essenciais que marcam o processo de individuação, aderido voluntariamente ou não. De forma alguma pretendo afirmar que são os únicos ou colocá-los em níveis de priorização. Não são criações ou passo a passo (receita de bolo), somente frutos de observações, discussões, leituras e muita reflexão sobre essa temática. Essas pré-condições são transgressão; sacrifício; e redenção. A transgressão é necessária para romper com algumas verdades absolutas que são respiradas desde o nascimento (ou antes), com regras que perpetuam um caminhar automatizado pela vida (sem reflexão).

Podem ser coletivas, cumpridas para atender a uma adaptação externa mais serena, em princípio; ou individuais, que buscam satisfazer demandas subjetivas, muitas vezes internas, inconscientes, oriundas de complexos que insistem em confundir o dito “livre arbítrio”. A submissão a essas regras é tão passiva que o próprio refletir sobre pode ser o início do movimento de transgressão. Esses axiomas, externos ou internos, colocam o sujeito em uma zona de conforto – seja ela boa ou não: muitos de nós preferimos uma dor conhecida a uma desconhecida! Esse pensar que, invariavelmente, atrai a angústia é uma reflexão da alma, não só da razão. A transgressão, para fins do processo de individuação, somente será efetiva se em conformidade com a alma, legitimada pela alma. Não pode ser apenas um capricho egocêntrico. Muitas vezes, a transgressão regida pela alma pode representar, na vida cotidiana, um rompimento com uma crença religiosa, ou um reposicionamento moral, político ou social, ou com um jeito de vestir (simples assim). Por exemplo, quando Prometeu rouba o fogo dos deuses, no mito grego, está cometendo uma transgressão. Existe uma metáfora de roubar a luz divina para “clarear” a vida humana (ampliação da consciência) – há de se pagar um preço para isso. Assim que há a transgressão, o indivíduo sai de uma zona confortável, aceita pela coletividade, geralmente, e embarca numa viagem para algo incognoscível que pode trazer encontros e/ou confrontos com aspectos seus totalmente desconhecidos até então.

Sem colocar as questões em uma ordem causal, mas com o intuito de deixar o texto mais compreensível, pode-se inferir que quando há a transgressão, algo perde espaço para algo ocupar esse espaço – a vida busca a “homeostase”, na grande maioria das vezes, de maneira não linear. Esse algo que perde espaço pode ser a oferenda em sacrifício. A descoberta de que o saber e o controlar são (muito) parciais desconstroem a segurança da zona de conforto – sacrifício – e trazem a reflexão e, consequentemente, a angústia, pois as respostas estão além dos ditames da razão. Existe um preço (sacrifício) a ser pago, pois alma não aceita uma vida medíocre, principalmente quando ela enxerga a possibilidade de uma existência única, possibilidade de viver a sua missão. No dia-a-dia, constata-se o sacrifício com a “perda” de emprego, da estabilidade, de relacionamentos, da saúde, mudança de cidade, país etc. Quebra de situações que de alguma forma corroboravam para uma vida unilateralizada, sem sentido, sem ligação com o mito pessoal. O último quesito, talvez o mais difícil de ser alcançado, é a redenção, principalmente pelas limitações do Ego heroico. Às vezes, existe a transgressão momentânea, mas vem em seguida a tentação de voltar ao trilho (normose), voltar ao caminho conhecido, sem conflitos, pueril (útero). Sucumbimos e negligenciamos a peregrinação da alma. Em outras ocasiões, há o sacrifício compulsório, mas a tentativa da recuperação é maior do que o sentimento de abrir mão. Em última instância, o Ego heroico não quer “perder” nada. Não quer trocar com a vida. Almeja o status quo anterior como forma de se preservar. Existe uma dificuldade muito grande em enxergar que existe uma instância interna, que nos habita, que sabe qual o caminho que precisamos trilhar. Alguns chamam de inconsciente, Self, alma, psique etc. Seja qual for o nome, há uma resistência em se render a esse desconhecido que tenta, se esforça e busca resgatar uma vida com sentido, com significado, a missão, de estar a serviço de.


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Na redenção está implícita a aceitação de que há a necessidade imperativa da transgressão e do sacrifício e todas as suas consequências, pois existe algo dentro de nós que rege todo esse processo. Na vida de Cristo (mito cristão que atravessa o mundo ocidental) e na vida de Buda, podemos observar claramente esses três aspectos – transgressão, sacrifício e redenção – que emancipam a consciência e podem trazer sentido à existência. Os aforismos “Torna-te quem tu és” (Píndaro) e “Conhece-te a ti mesmo” (Oráculo de Delfos) são convites para o mergulho nesse processo de individuação – transgredir, sacrificar e se render –, às vezes angustiante, perigoso, mas libertador. Como o próprio C. G. Jung enfatizou, “Não há despertar de consciência sem dor. As pessoas farão de tudo, chegando aos limites do absurdo para evitar enfrentar a sua própria alma. Ninguém se torna iluminado por imaginar figuras de luz, mas sim por tornar consciente a escuridão.” Para os pecados mundanos, as cortes humanas se incubem do julgamento; porém, com relação aos pecados que negligenciam a alma, somente os deuses – que lá habitam (na alma) - têm autoridade para arbitrar. E é a eles que havemos de responder. Geraldo A. B. Araújo Psicoterapeuta Junguiano – CRT 45.148 Pós-graduação em Psicologia Junguiana -Facis Dependências, Abusos e Compulsões - Ijep. geraldobalbuena64@gmail.com www.temenos.com.br

Errata do editor. Esse artigo foi dividido em duas partes a serem editadas em seqüencia. Estava restando a publicação da 2 parte na edição 165, e não foi publicado. Por questões eticas, fazemos a publicação completa do artigo nessa edição solicitando a compreensão do autor e também dos nossos leitores.

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RESPIRAÇÃO

ocê sabia que nossa maneira de respirar pode mudar nossa percepção da vida é um caminho para o autoconhecimento e auto-cura? Reparem nas grandes mudanças qualitativas que podem ocorrer em sua vida. Somente através da respiração. É mágico! Uma vez que você respira melhor, que alivia as tensões inconscientes, que você liberta a respiração, começa a se perceber mudando em todas as particularidades e níveis, e se descobre com todas as habilidades mais afi nadas. Quando a respiração é perfeita, todo o resto se equilibra, respirar é vida! Respirar é mesmo sinônimo de vida, sim; mas a quase totalidade das pessoas prefere ignorar esse fato. E, claro, paga um preço por isso. O resultado dessa conta pode ser visto em qualquer ser humano desse mundo moderno: Problemas de coluna, pressão alta, enxaquecas crônicas, gastrite, ansiedade, síndrome do pânico, fibromialgia, e tantos outros. A sua dispersão se transforma em atenção, a insegurança em confiança, os seus medos vão simplesmente se dissipando e você repentinamente encontra entusiasmo para levar a sua vida à frente. A respiração desbloqueada se torna música para você. E como benefício adicional, como o pulmão envolve o coração, respirar plenamente massageia o coração melhorando a circulação do músculo do coração, evitando e prevenindo todas as doenças RESPIRAÇÃO Encontre o equilíbrio em tudo, com esta prática relacionadas a ele, ao mesmo tempo em que torna você uma pessoa mais amorosa e emocionalmente alimentada. E sem amor, não há ponte possível entre você e seu criador. Os tipos que se designaram de respirações: Respiração lenta: acalma, deixa a pessoa pacífica e compreensiva, produz clareza de pensamento. Ajuda a desenvolver uma percepção mais ampla de todos os fenômenos, aprofunda o autoconhecimento e a consciência universal. Diminui o ritmo das atividades

biológicas e a temperatura tende a baixar. Respiração longa: dá poder de concentração e sintoniza a pessoa com o ritmo do universo; traz paciência, calma, tolerância, desenvolve uma visão profunda das coisas e a consciência do aqui e agora. A memória e a visão do futuro tornam-se mais extensas e claras. Respiração profunda: gera harmonia entre todas as funções do corpo e, com isso, há mais satisfação, estabilidade emocional, confiança e capacidade de expressão. Facilita a meditação e o sentimento amoroso. Respiração rápida: excita, produzindo um estado mental instável. A pessoa muda de emoções bruscamente e tem reações inesperadas de ataque e defesa; torna-se mais subjetiva e egocêntrica, vê mais os detalhes que o todo, fica mesquinha. Respiração superficial: gera carência, já que não supre as necessidades orgânicas de oxigênio e isso se reflete no estado mental e emocional. A pessoa fi ca medrosa, volúvel, insegura, ruim de memória e de intuição. A angústia tem muito a ver com isso. Respiração curta: é dispersiva, traz impaciência, cria um ritmo irregular; a pessoa muda muito de idéia, tende à intolerância e ao mau humor. Custa-lhe adaptar aos ambientes, vive sempre em conflito e se apega mais aos detalhes que ao todo. Daí se conclui, sem muito esforço, que uma respiração longa, lenta e profunda pode criar dentro de cada um de nós um oásis particular de harmonia, paz e saúde. Da redação

A respiração como caminho de cura “Durante alguns meses, foram dois tipos de suplício; a dor de ouvido que persistia e a falta de solução para combater o mal. Em conversa com amigos, me foi indicada uma dentista. Uma dentista, imagine! Mas, afinal, diante dos relatos a respeito da profissional, doutora Rozângela, lá fui eu para mais uma consulta. Depois de narrar o que se passava comigo, a doutora Rozângela começou a fazer alguns testes e identificou problemas de respiração, além de problema de mordida. Ao final da consulta, ela me recomendou mais algumas sessões e o uso de uma placa na arcada superior, para dormir. O tratamento continuaria em casa, pressionando a ponta da língua no céu da boca. Em pouco tempo, com esse exercício e o uso contínuo da placa, observei que a dor não aparecia com tanta frequência. Tornou-se esparsa até desaparecer por completo. Posteriormente indiquei o tratamento para um conhecido que roncava muito e sentia dores de cabeça. Ele me relatou, mais tarde,

que os roncos e as dores de cabeça haviam desaparecido. Foi assim que me conscientizei de que tratamentos alternativos podem ser úteis ao nosso organismo, liberando-nos de drogas que, em muitos casos, tem efeitos desastrosos.” Estes são trechos do depoimento de Patrícia para o Livros A CURA PELO AR, LÍNGUA E DENTES, da dentista Rozângela Auxiliadora Candido. Além de depoimentos e outras informações, a dentista descreve no livro, com detalhes, a técnica para melhor respirar. Ela cita uma placa de acrílico confeccionada por ela mesma, para ao dormir, melhorar as disfunções da oclusão e facilitar o posicionamento da língua no palato, proporcionando a respiração correta. A intenção da autora é mostrar como uma prática relativamente simples de respiração correta, pode proporcionar bem estar e ser via de acesso para melhora e/ou cura de boca e olhos secos, rinite, bronquite, roncos, apneia, dores de cabeça, insônia, distúrbios nos ouvidos e outras disfunções do corpo.


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REGISTROS AKÁSHICOS

s Registros Akáshicos são uma espécie de biblioteca etérica que armazena as memórias energéticas relativas às experiências vivenciadas no passado, no presente e as que tendem a se manifestar no futuro (não confunda com previsão de futuro). Nas “camadas dimensionais”, onde os Registros Akáshicos se encontram, não existe o nosso tempo tridimensional e linear que conhecemos, somente um campo de potenciais e possibilidades. Esse compilado de campos energéticos tem uma vibração muito específica, ou seja, uma assinatura energética exclusiva, pois ele irá ressoar diretamente com a sua individualidade, com sua essência. Os Registros existem independentemente de você estar consciente deles ou não, de acreditar ou não, pois, somos todos primordialmente campos de energia, antes de termos qualquer tipo de identidade ou personalidade. Cada pensamento, sentimento, emoção e experiência que possuímos irão criar registros energéticos que constituirão o seu Akasha. Nosso Akasha não é bom nem ruim, certo ou errado, pois não há julgamento em relação ao que foi ou será vivenciado. São somente experiências registradas que nos serviram e servem de aprendizado contínuo para criarmos nossa realidade de acordo com o grau de consciência que temos no momento. Kryon (uma entidade do Serviço Magnético canalizada por Lee Carroll), em muitas de suas canalizações, refere-se aos Registros Akáshicos como algo que naturalmente passaremos a acessar em nosso es-

tado meditativo, a partir do processo de desbloqueio das nossas camadas de DNA adormecidas por meio da influência direta da grade magnética planetária. No entanto, enquanto você não consegue se conectar sozinho com seu Akasha, é possível que um profissional treinado possa fazer a leitura dos Registros Akáshicos. Mediante um curso internacional com certificação, o leitor profissional desenvolve sua sensibilidade e habilidade, inicialmente para ler seus próprios registros, e depois para ler os Registros Akáshicos de outros seres e situações (eventos, relacionamentos, empresas; até o Planeta Terra possui Registros Akáshicos), atuando como um intermediário, um canal. A leitura é uma ferramenta de autoconhecimento valiosa para nos apresentar informações que estão presentes no nosso campo energético e que podem estar bloqueando manifestações, sonhos e projetos em nossa jornada ou podem não estar

sendo vistas, como talentos e dons naturais não valorizados. Por meio da leitura é possível trazer à consciência de forma sutil e simbólica questões que possam estar impedindo a sua conexão com você mesmo, nessa ou em outras vidas. Dessa maneira, a leitura irá direcionar a melhor forma de iniciar o processo da sua reconexão com você, por meio de instruções repassadas pelos seus guias guardiões dos seus registros. Eles poderão responder perguntas que você preferir e poderão repassar instruções, exercícios e terapias complementares que lhe auxiliarão da melhor forma. Na leitura de registros, você poderá compreender melhor o porquê da repetição de certos acontecimentos na sua jornada, que inclui relacionamentos que nutre e situações que atrai habitualmente, a partir de crenças e padrões que estão inconscientemente gravados no seu Akasha, gerando bloqueios que impedem você de viver sua jornada plenamente. As áreas que a leitura poderá ser feita são: geral, pessoal, amorosa, profissional, saúde, familiar, espiritual e financeira. Além da leitura individual, poderá também ser feita leitura para relacionamentos, empresas e eventos. A sessão será feita à distância, onde serão encaminhados 2 áudios: um com o acesso aos seus registros e a conversa com seus guias; e outro com minhas recomendações, insights e interpretações da leitura. Rebeca Crivelaro Campos


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Arquitetos do Próprio Destino

No dia 16 de agosto, comemora-se, no Brasil, o Dia do Filósofo. ilosofia, que significa Amor à Sabedoria, é o estudo de temas relacionados à reflexão sobre a existência humana, da natureza, do Universo, dos valores éticos e morais e as suas transformações, da política, da religião, entre outros assuntos. Para expressar suas ideias, eles utilizam métodos como a análise conceitual e a argumentação lógica. Os primeiros filósofos surgiram durante o século VI a.C, na Grécia Antiga. Alguns dos principais nomes da filosofia grega clássica são Sócrates, Platão, Aristóteles, Pitágoras, Tales, entre outros, que formaram a base do pensamento filosófico ocidental. Outros filósofos famosos são Friedrich Nietzsche, Bertand Russell, Jean-Paul Sartre. No Brasil, atualmente, podemos destacar Mario Sergio Cortella e Renato Janine Ribeiro, este último ex-Ministro da Educação. “O truque da filosofia é começar por algo tão simples que ninguém ache digno de nota e terminar por algo tão complexo que ninguém entenda” (Bertrand Russell).

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A alegria de nos descobrir criadores

muito natural para todos nós, entendermos, que no processo de construção de uma casa, tudo começa com um desejo, na forma de um pensamento que quer se tornar manifesto. Esse desejo vai evoluindo num delineamento mais detalhado do que se quer, até tomar a forma de um projeto definido. Daí em diante, a ação toma lugar para que finalmente o processo de criação se conclua, na forma da casa tão sonhada. Infelizmente, a maioria de nós, não percebe que esse mesmo processo que se inicia com um pensamento, ocorre também na construção da pessoa que vamos nos tornando e da realidade que experimentamos. Acreditamos que a vida é determinada pela genética, pela sorte ou pelo destino, e portanto nos colocamos numa posição passiva, de desânimo e apatia diante das circunstâncias. Entretanto, se observamos com atenção, percebemos a verdade dos ensinamentos de tantos mestres espirituais, que nos ensinam que os pensamentos que nutrimos a cada instante, estão criando a realidade diante de nossos olhos. Os pensamentos que escolhemos alimentar, com o tempo se tornam nossas crenças, que por sua vez direcionam nossas atitudes, determinando nossas ações, e em última instância criando nossa realidade. Conscientes ou não, somos igualmente criadores. Ao nos darmos conta dessa auspiciosa responsabildade, começamos a nos comprometer com a autoobservação e o auto-questionamento. Começamos um processo de observar e selecionar os pensamentos que nutrimos, mudar as atitudes perante a vida e as ações que escolhemos realizar.

Nos colocamos como arquitetos do nosso próprio destino. Saímos do lugar de espectadores e com alegria, começamos a nos permitir sonhar, escutar o anseio do nosso coração e a desenhar uma nova realidade. Quando essa transformação ocorre, mudanças e acontencimentos considerados impossíveis, que chamávamos milagres, começam a se manifestar diante de nossos olhos. O livro perfeito surge, a pessoa certa aparece, a oportunidade perfeita se apresenta, o recurso necessário se faz presente. Tudo parece conspirar a nosso favor. Sentimos imensa gratidão pela vida e o desejo de retribuir, contribuindo para o bem–estar do outro brota de forma natural. Pessoas com essa nova visão, começam a se reconhecer e a se conectar, e com o espírito renovado, vão experimentando níveis de criação cada vez maiores. O mundo, deixa de ser uma tela acabada e vai se tornando um divertido canteiro de obras, de todas as possibilidades, onde o amor, a apreciação e o espírito de fraternidade se tornam companhias constantes. Será isso, o prenúncio da possibilidade de se viver o paraíso na terra? Maria Teresa Guimarães. Certificação Internacional em Coaching, graduada em Educação Física e Mestre em Ciências do Esporte pela UFMG, formação em Hatha Yoga e Ashanga Yoga, permaneceu por mais de 3 anos na India, estudando o caminho da meditação e do yoga. Atualmente atua como Life Coach se dedicando a ajudar as pessoas a criarem uma vida com mais significado, mais saudável e mais feliz. www.mtglifecoaching.com


TERAPIAS

ALTERNATIVAS

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Prática do Silêncio Interno P

ara vivermos uma vida plena e cheia de realizações pessoais é importante colocarmos em prática algumas normas. Pense no que irá dizer antes de falar. Seja breve e preciso, pois cada vez que fala deixa sair uma parte de sua energia. Nunca faça promessas que não possa cumprir. Não se queixe (reclamar da vida, falta de dinheiro, falta de amor, ingratidão etc.) não utilize palavras que projetem imagens negativas (piadas denegrindo imagem alheia) porque como as palavras são repletas de energia fará reproduzir tudo que tenha mentalizado. Se não tem nada de bom, útil ou verdadeiro a dizer é melhor não dizer nada. Aprenda a ser como o espelho. Observe e reflita a energia. A Natureza é o melhor exemplo de um espelho que o Universo nos deu; porque aceita sem condições os nossos pensamentos, emoções, palavras e ações e envia-nos o reflexo de nossa própria energia através das diferentes circunstancias que se apresentam em nossas vidas. Se se identifica com o êxito terá êxito. Se se identifica com o fracasso, terá fracasso. Assim podemos observar que as circunstancias que vivemos são simplesmente manifestações externas do conteúdo de nossa conversa interna, ou melhor: NOSSA REALIDADE É AQUILO QUE ACREDITAMOS.

Aprenda com a Natureza a refletir as energias sem emoções densas e sem preconceitos. Com equilíbrio mental isto é com o poder mental tranquilo controlando as reações emocionais excessivas e sem impor opiniões pessoais terá uma comunicação sincera e fluida. Não se dê demasiada importância, pois quanto mais se mostra superior, inteligente, prepotente mais se torna prisioneiro de sua própria imagem vivendo num mundo de tensões e desilusões. Seja discreto. Preserve sua vida íntima, desta forma libertar-se-á da opinião de terceiros e terá uma vida tranquila. Não entre em competição com os demais. O espírito competitivo faz com que o ego cresça e inevitavelmente crie conflitos. Tenha confiança em sim mesmo. Preserve sua paz interior evitando entrar na provocação dos outros.

Não se comprometa. Reflita e só depois tome uma decisão. Com essa forma de agir desenvolverá confiança e Sabedoria. Se realmente desconhece ou não sabe alguma coisa aceite o fato. Não saber é incomodo para o ego porque ele gosta de saber tudo e ter sempre razão e quer dar sua opinião. Na realidade o ego nada sabe, simplesmente faz acreditar que sabe. Evite julgar e criticar. Cada vez que julga alguém só está expressando sua opinião. É pura perda de energia! Julgar é uma maneira de esconder nossas fraquezas. O sábio não critica ninguém! Deixe que cada um resolva seus problemas, concentre sua energia em sua vida. Ocupe-se de si mesmo. Não dê atenção à opinião dos outros, são simplesmente opiniões e não necessita de convencê-los ou se defender para ser feliz. Faça uso regular do silêncio para educar seu ego que tem o mau costume de falar o tempo todo. Pratique o silêncio interno. Pratique a arte de não falar. É um exercício excelente! Desenvolva a arte de falar sem falar. Com essa prática deixará aparecer sua natureza interna e a luz do seu coração. Sentirá a realização e libertação! No entanto só terá Poder quando o ego se mantiver tranquilo e em silêncio. Fique em silêncio; cultive seu próprio Poder interno. Respeite a vida. Não force, não manipule, nem controle o próximo. CONVERTA-SE NO SEU PRÓPRIO MESTRE E DEIXE OS DEMAIS SEREM O QUE TEM A CAPACIDADE DE SER. BeatrizAjè


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MILHO DE PIPOCA N

O Dia do Folclore é celebrado anualmente em 22 de agosto. Folclore é a cultura de um povo, o conjunto das tradições culturais dos conhecimentos, crenças, costumes, danças, canções e lendas dos indivíduos de determinada nação ou localidade. O termo folclore se originou através de um neologismo criado pelo britânico William John Thoms, que uniu as palavras inglesas “folk” (que significa “povo”) e “lore” (que quer dizer “conhecimento”). Assim, folclore ganha o significado literal de “conhecimento do povo” ou “aquilo que o povo faz”. O folclore brasileiro é muito rico, seja pelas tradições populares, rituais, música, remédios, comidas típicas, festividades, lendas etc., que são a base da cultura do povo brasileiro. O folclore brasileiro resulta da síntese da cultura indígena, europeia e africana, tendo recentemente adquirido também componentes asiáticos, notadamente a partir da imigração japonesa no início do Século XX. O Saci-Pererê, o Curupira, o Boitatá, o Boto Cor de Rosa, a Mula-Sem-Cabeça, e muitos outros personagens, por exemplo, tornam o folclore do Brasil único! Origem do Dia do Folclore O Dia do Folclore Brasileiro foi definido oficialmente através do Decreto de Lei nº 56.747, de 17 de agosto de 1965, aprovado pelo Congresso Nacional. A partir de então, conforme definia a lei, o dia 22 de agosto passou a ser celebrado como o Dia do Folclore em todo o país. Aliás, a escolha do dia 22 de agosto está relacionada com a data em que o britânico William John Thoms utilizou pela primeira vez, em público, o termo folclore (folk-lore), em 1846.

esta edição, ofereço um texto inspirador a você, que precisa de um empurrãozinho para encarar as mudanças e transformações tão necessárias na vida. O texto mostra-nos que as dificuldades e os momentos difíceis pelos quais passamos, sempre trazem um ganho, uma recompensa. Mais que isso: a conseqüência de todo esse processo é o amadurecimento pessoal. É como se uma nova pessoa nascesse no lugar da outra, que passou por tantos desafios. Ou seja, surge alguém mais forte. Por certo alguém muito, muito melhor. “Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho de pipoca para sempre.” Assim acontece com a gente: as grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito a vida inteira. Milhos de pipoca que não estouram são pessoas de uma mesmice e uma dureza assombrosas. Mas elas não percebem, e acham que seu jeito de ser é o melhor jeito de ser. De repente vem o fogo. O fogo é quando a vida nos lança numa situação nunca imaginada: a dor. Pode ser fogo de fora - perder um amor, um filho, o pai, a mãe, ficar sem emprego ou tornar-se pobre. Pode ser fogo de dentro - pânico, medo, ansiedade, depressão ou sofrimentos cujas causas ignoramos. Sempre há o recurso de apagar o fogo. Sem fogo, o sofrimento vai diminuir, mas diminuirá

também a possibilidade da grande transformação. Imagino que a pipoca, fechadinha dentro da panela, cada vez mais e mais quente, pensa que sua hora chegou: “vou morrer!” Dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não consegue imaginar um destino diferente para si. Não imagina a transformação para a qual está sendo preparada. A pipoca não sabe do que é capaz. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transformação acontece: BUM! E ela aparece como outra coisa completamente diferente. Algo que ela nunca havia sonhado ser. Bom, mas ainda temos o “piruá” - aquele milho de pipoca que se recusa a estourar. É como aquela pessoa que insiste em não mudar. Ela acha que não pode existir nada mais maravilhoso que sua própria maneira de ser. A presunção e o medo são as duras cascas do milho que não estoura. No entanto, o destino dele é triste: será duro pela vida inteira! Deus é o fogo que amacia nosso coração e tira dele o que há de melhor. Acredite: para extrairmos o melhor de dentro de nós, temos de, assim como a pipoca, passar pelas provas da vida. Talvez hoje você não entenda o motivo de estar passando por algo. Mas, quanto mais quente o fogo, mais rápido a pipoca vai estourar. “Só há uma casta, a casta da humanidade. Só há uma linguagem, a linguagem do coração. Só há uma religião, a religião do amor. Só há um Deus, e Ele é Onipresente.” Sathya Sai Baba


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ALEGRIA DE MEDITAR - ASCENDER

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comum que interessados em praticar algum tipo de meditação experimentem dificuldade, esforço ou desânimo durante os primeiros passos, ou ao longo da jornada. E pode surgir ainda a ideia de que o caminho, desde onde se encontram, é muito longo até o objetivo a atingir: em geral a paz e alegria. Tudo isso pode redundar em abandono precoce da atividade meditativa. No entanto, afirmamos que o ato de meditar pode ser uma atividade alegre, leve e divertida. Precisamos deixar ir a ideia de que a paz é o objetivo final para o meditante. Não existe objetivo ou meta na meditação. Por quê? Porque meditar já é o objetivo, já é o destino final. Todo e cada momento do ato de meditar já é onde você quer chegar. Não é necessário esperar por resultado futuro. Se o estudante percebe isso logo, pode poupar muito tempo de angústia e decepções ao longo da prática. É importante que ele esteja simplesmente disposto a sorrir desde o primeiro instante da meditação e durante a jornada, e o resto não terá importância. Qualquer expectativa de resultado, no instante em que medita ou para o futuro, obstaculiza a felicidade do caminhar. Uma queixa comum são as concessões à “mente tagarela”, ao pensar compulsivo. A realidade é que um fluxo de pensamentos é natural e até recomendável na meditação. Sim! É preciso abandonar a crença de que meditação se resume na finalidade de esvaziar a mente. Isso não é verdade! Meditar é experimentar a realidade tal como se apresenta no momento presente, sem resistência interna. É a entrega ao fluxo natural da vida. Se o pensamento surge na prática - e ele de fato surge naturalmente -, por que brigar contra ele? A realidade é que tanto a paz quanto os pensamentos são elementos intrínsecos ao caminho em direção a nós mesmos. Brigar contra pensamentos traz frustração; aceitar toda vez que você os experimenta traz alegria. Aqui ressaltamos que mesmo os estudantes que vivenciam uma quietude interna com mais frequência vão experimentar pensamentos, emoções e sensações corporais. Logo, deixar ir a resistência a eles é a melhor maneira de usufruir da alegria de meditar desde já. A seriedade e controle sobre a prática são também atitudes que em geral distorcem a alegria de

meditar. Pode surgir o pensamento de que, quanto mais eu me dedicar e quanto mais me esforçar na prática, terei paz e satisfação mais rapidamente. Ocorre que a tranquilidade e o descanso chegam no exato momento em que você deixa de ter o controle sobre a meditação, quando a entrega ao momento do meditar é total. É preciso deixar que a meditação funcione por si mesmo. Desista de ter controle sobre ela, e a alegria chegará mansamente à sua prática. Só tenha a intenção de praticar - e pratique - e deixe que o meditar trabalhe para você. Tentar compreender a meditação também resulta em sofrimento. É muito produtivo perceber que a meditação consubstancia numa entrega à vida em totalidade. A Vida é muito maior que nossa mente. Não tente compreender a paz que surge da prática, pois não está acessível ao nosso mundo mental. Deixe ela simplesmente estar aí. Ao longo do tempo, vamos cada vez mais desistindo de padrões antigos ligados a uma ilusória supremacia da mente sobre as coisas. Encorajamos a deixar de tentar entender o silêncio e a quietude que surge do meditar, e a passar simplesmente a permitir e a experienciar essa paz. A descontinuidade na prática diária também costuma encher a mente do estudante de cobranças. E ele pode carregar culpa pelo dia anterior, ou dias anteriores, em que não se dedicou ao ensinamento. Aqui resulta muito conveniente relembrar que a meditação é a arte de viver no momento presente.

Jamais existiu um tempo em que você não meditou, nem vai existir um tempo em que você meditará, pois esses momentos não existem. O único momento de praticar é o agora, o único que existe. Não importa se você não meditou ontem, nem importa se você será um exímio meditador amanhã. Sempre que se der conta da meditação, inicie e pratique, inclusive de olhos abertos, onde quer que esteja. As técnicas de Ascensão dos Ishayas, por exemplo, são muito simples e podem ser praticadas em qualquer momento e de olhos abertos, o que em muito facilita a arte de viver a meditação - e a vida - com alegria. Devemos ainda lembrar a questão do hábito. Meditar é um processo de pacificação da vida interior. Estamos mudando o hábito interno de sofrer, de batalhar, de controlar, e passando a vivenciar o hábito de descansar internamente, de aquietar-se, de silenciar-se. Compreender que há um padrão interno e repetitivo de resistir e julgar a experiência, e que esse padrão está sendo substituído pelo padrão de soltar, de pacificar, é fundamental para o estudante. Sabendo disso, podemos logo ver que sofremos por causa de um hábito adquirido, seja da experiência pessoal, seja de padrões coletivos a que aderimos, e que é possível mudar esse hábito de forma gentil e eficaz, com a Ascensão dos Ishayas por exemplo. Esse será o hábito da vida: o hábito da consciência, o hábito de colocar atenção na alegria, na paz e na tranquilidade. Finalmente, meditar é escolher a paz, estando na quietude ou experimentando os movimentos internos (emoções, pensamentos, sensações, percepções). É permitir essa paz e também é permitir esses movimentos. Deixar ir a resistência e o controle é o ponto principal. Como? A Ascensão dos Ishayas é uma maneira gentil de transcender as resistências, apegos e julgamentos internos, substituindo-os por pensamentos elevados de apreciação, gratidão, alegria e amor. Isso nos leva imediatamente à experiência de plenitude do Agora, com a qual não estamos acostumados. À medida que ascendemos, o hábito de resistir e de julgar vai cedendo lugar ao de soltar e de permitir, e então passamos a seguir o fluxo do coração e a viver a vida tal como desejamos. Nandisvara Ishaya nandisvaraishaya@gmail.com


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SER PAI,

ser verdadeiro, ser constante, ser afetuoso, ser firme, ser exemplo, ser bússula, ser companheiro, ser amigo... é ser presença marcante na vida do filho, para amanhã no futuro, poder ser farol, que ilumina e orienta mesmo distante... sempre, e por toda vida! li certa vez que, ao pé do Farol, não SE VÊ a luz! Mas, e o que dizer, quando falamos não de uma proximidade geográfica, mas emocional, como na relação entre pai e filho, por exemplo? Somente hoje, distante de meu pai, vejo o suficiente para enxergar, com relativa nitidez, a luz de seu Farol e para compreender OS LIMITES QUE ME IMPUNHA e a liberdade acolhedora de seu amor, que a época, eu percebia como sufocante e limitador. Foi preciso jogar-me ao mar, navegar nas ondas daquilo a que chamamos vida, para vislumbrar, não somente em quem me tornei, mas também para reconhecer a segurança do porto de onde parti. Só assim pude entender não apenas o que hoje sou, mas de que raízes brotei... “Vossos filhos não são vossos filhos. São filhos e filhas da ânsia da vida por si mesma...” Eles veem através de vós, mas não de vós, embora vivam convosco, não vos pertencem...” Sábio Gibran... temos que criar os filhos para vida! Eu, como toda criança e todo jovem, clamava por liberdade. E quando jovem, ignorante e esquecido dos perigos do desconhecido, enxergava apenas o mar que à minha frente se expandia... Dar o livro a meu pai era como dizer a ele: me deixa viver, me conceda a liberdade plena da experiência.” Lembro que toda vez que falávamos sobre liberdade, ele me falava com muito amor, dos perigos que

a vida nos reserva... Mas eu que estava ao pé do Farol seguro, enxergava apenas a beleza do horizonte e meus olhos não percebiam a dureza do percurso... Hoje sou pai! A gente pensa que não, mas o tempo passa rápido... filhos crescem, e percebo que, como muitos pais, continuo a tratá-los como se tivessem sempre a mesma idade, que não fossem crescer...que um dia não fossem partir... Como hoje eu entendo que, para aprender a navegar, precisamos desafiar os tormentos e as borrascas do mar, é chegada a hora de aceitar um dos inevitáveis desígnios da vida: se nossos filhos estão ao pé do Farol, eles só poderão ver a luz se entrarem mar adentro... Com a certeza no coração de que demos todas as orientações necessárias,o melhor que podemos fazer neste momento,é desejar-lhes boa viagem... Tudo isso tem que ser feito enquanto eles são crianças, para que amanhã no FUTURO, possa se alegrar de SER um FAROL na vida de seus filhos! “Acreditar que basta ter filhos para ser um pai é tão absurdo quanto acreditar que basta ter instrumentos para ser um músico”. Mansour Chalita Que deus os ilumine, inspire e abençoe todos os dias, para que amanhã sejam farois na vida dos seus filhos!

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VISÃO DE UM FILHO: MENSAGEM PELO DIA DOS PAIS 4 anos: meu pai pode fazer tudo. 5 anos: meu pai sabe muitas coisas. 6 anos: meu pai é mais esperto do que o seu pai. 8 anos: meu pai não sabe exatamente tudo. 10 anos: no tempo antigo, quando o meu pai foi criado, as coisas eram muito diferentes. 12 anos: ah, é claro que o papai não sabe nada sobre isso. É muito velho para se lembrar da sua infância. 14 anos: não ligue para o que meu pai diz. Ele é tão antiquado! 21 anos: ele? Meu Deus, ele está totalmente desatualizado! 25 anos: meu pai entende um pouco disso, mas pudera! É tão velho! 30 anos: talvez devêssemos pedir a opinião do papai. Afinal de contas, ele tem muita experiência. 35 anos: não vou fazer coisa alguma antes de falar com o papai. 40 anos: eu me pergunto como o papai teria lidado com isso. Ele tem tanto bom senso, e tanta experiência! 50 anos: eu daria tudo para que o papai estivesse aqui agora e eu pudesse falar com ele sobre isso. É uma pena que eu não tivesse percebido o quanto era inteligente. Teria aprendido muito com ele. Ann Landers


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ALMA E AS COISAS – parte I

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m dos maiores conflitos na conquista do autoconhecimento, capaz levar a pessoa ao encontro de sua genuína identidade interna, é a relação entre a alma e as coisas ou se preferirem a personalidade e a individualidade. É necessário esclarecer que, para a Psicologia Analítica que tem como foco a exploração do inconsciente como um mundo dinâmico, poderoso, que funciona à revelia dos interesses da personalidade, a alma constitui uma “entidade” autônoma, que não está sujeita à classificação conceitual e nem às ideologias religiosas, que propõem através de suas doutrinas conceitos e meios de se conectar a ela, a alma. Considero o autoconhecimento, tão-somente, a capacidade de a pessoa interagir com o inconsciente, sendo esta iteração uma conquista essencialmente individual, que não envolve conceitos eufemísticos, por mais bem elaborados que possam ser. Cada pessoa é responsável por descobrir e interagir com seu inconsciente, pois cada um tem sua sagrada identidade, onde outros não podem visitar nem mesmo em sonho. A necessidade de conhecimento interior sempre foi defendida pelos grandes guias da humanidade, Sócrates sentenciou: “Conheça a ti mesmo”, o Novo Testamento fala da fé interior como realizadora de milagres: “Se tiveres fé fareis o que eu faço e muito mais...”, já Nietzsche aconselha: “torna-te quem és”. Em todos esses textos, apenas para citar alguns mais conhecidos, há uma pressuposição da existência de uma identidade subsistente em si mesma. A descoberta de uma ideia constante de busca de uma divindade sagrada, criadora e mantenedora de todas as coisas, em várias culturas de diferentes sentidos e consciência, faz com que Jung entenda e existência de um núcleo primordial e numinoso, ao qual ele denominou Self, que, por sua vez, se constitui na meta do crescimento psíquico. Essa é uma das ideias principais que constitui a separação de Freud e Jung, marcada pela publicação em 1912, pelo livro de Jung “símbolos da transformação”. Nesta obra fantástica Jung estende o significado da vida para além das lutas entre o sujeito e o objeto, na consagrada teoria freudiana das relações objetais. Há que não se esquecer, no entanto, que a Teoria da Individuação de Jung não nega os pressupostos da teoria de Freud, apenas, a partir dela, evidencia um outro objetivo para a vida. Precisamos compreender que quando nos identificamos apenas com nossa personalidade, entramos num estado de confusão que pode ser profunda e de natureza filosófica, estabelecendo uma dialética sem solução, entre a personalidade comprovada pelas leis cartesianas, onde os sentidos definem a verdade e a individualidade que nos mostram que nossos sentidos podem, muitas vezes, nos enganar. Nessas reflexões, começamos a fazer perguntas sobre o significado da vida, sobre o bem e o mal, sobre o que realmente pensamos e sentimos, em oposição àquilo que os outros nos ensinaram a sentir e pensar. Essas perguntas, podem se tornar muito significativas e têm uma relação direta com as escolhas que fazemos a cada momento de nossa vida. Nesse ponto, muitas vezes olhamos para nós mesmo e questionamos: “Quem somos”? “É isto que queremos”? Às vezes começamos a descobrir que fazemos tantas coisas sem questionar, de forma automática. Por exemplo: nossas compras em grande parte são feitas por impulso, por isso, o jogo publicitário, faz tanto sucesso. Esses questionamentos

podem nos fazer dar um passo para trás para avaliarmos nossas necessidades, um passo na profundeza de nosso ser. Um passo para dentro de nós mesmo. É exatamente neste ponto que precisamos trabalhar com nossos sonhos, pois iniciamos a descoberta do inconsciente e ele começa a nos mostrar, de forma simbólica, aonde precisamos trabalhar para eliminar os “entulhos” reprimidos e dar expressão a nosso Ser. O inconsciente não falha, ele não é subjugado pelos conceitos racionais da personalidade. Jung escreveu o Livro Vermelho onde ele descreve seus sonhos, suas visões, reflexões, assim como suas conclusões alinhando textos de várias fontes. O texto variado e extenso foi mantido em segredo, sendo disponibilizado para poucas pessoas ligadas a suas atividades profissionais, às quais ele sugeria as mesmas experiências e colhia delas suas opiniões e reflexões sem reservas, o que muito enriqueceu seu trabalho. Deixou a recomendação que esse material só fosse publicado cinquenta ou oitenta anos após sua morte, ou, então, que nunca fosse publicado, embora muitas reflexões do Livro Vermelho fizeram parte de sua autobiografia, “Memórias Sonhos e Reflexões’, a qual ele recomenda que não fosse incluída em suas obras completas. Tais recomendações se deve ao cuidado de atender o acervo científico de sua obra evitando que ele fosse taxado como um visionário guru místico, ao invés de um cientista que se aprofundou no conhecimento do inconsciente para compreensão ampla do drama humano e o real objetivo da vida. Jung desenvolveu um método de imaginação ativa a partir de uma experiência ingênua da infância, na qual ele sentava numa pedra e “conversava” com ela. Para sua surpresa a pedra “respondia”. Depois de algum tempo ele descobriu que na realidade quem de fato respondia era ele mesmo. Daí ele chegou à conclusão que ele possuía as duas personalidades, a número 1 e a número 2. Em pouco tempo ele descobriu a diferença entre as duas. Estava então

descoberta o que mais tarde ele denominou de “imaginação ativa”, que nada mais é que o desenvolvimento de um diálogo interno. Com a prática da imaginação ativa as “respostas” ganham autonomia e a “ferramenta” passa a ter a mesma importância dos sonhos para a análise. Robert Johnson publicou na década de oitenta o livro “A Chave do Reino Interior”; mais tarde o texto foi revisto e melhorado com o título de “Imaginação Ativa”, que foi publicado no Brasil em 2003, atualmente esgotado. Neste texto Johnson, de forma simples, oferece uma explicação clara sobre o inconsciente e sua interferência em nossa vida diária, ensinando a interpretação dos sonhos e a imaginação ativa. Tenho dito ao longo de todos os meus artigos, a importância fundamental de nos apropriarmos de nosso inconsciente e interagirmos com todas as suas “entidades”, caso contrário continuaremos a terceirizar a tarefa mais importante da nossa vida as instituições e gurus de plantão, assim como incluiremos em nossa vida procedimentos evasivos, às vezes beirando ao ridículo. Acho importante a liberdade de cada um escolher seu caminho e o esforço para encontrar uma saída para as crises existenciais é sempre louvável e deve ser respeitada, porém, a nossa essência só pode ser acessada por nós mesmos. Assim como Kalil Gibran disse em seu lindo texto “O Profeta”, ao ser questionado por uma mulher sobre os filhos: “vossos filhos não são vossos. São os filhos e as filhas da ânsia da vida por ela mesma. Eles vêm através de vós mas não de vós e embora vivam convosco, não vos pertence. Podeis outorgar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos. Porque eles têm seus próprios pensamentos. Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas; pois suas almas moram na mansão do amanhã, que vos não podeis evitar nem mesmo em sonho. Podeis esforçar-vos por ser como eles, mas não procureis fazê-los como vós; porque a vida não anda para trás e não se demora com os dias passados. Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas. O arquiteto mira o alvo na senda do infinito e vos estica com toda a sua força para que suas flechas se projetem, rápidas e para longe. Que o vosso encurvamento na mão do arquiteto seja a vossa alegria: pois, assim como ele ama a flecha que voa, também ama o arco que permanece estável. ” A imaginação ativa proporciona a gravação da experiência na mente lógica de forma imediata, o que não acontece com os sonhos, pois enquanto a personalidade está “desligada” o inconsciente se manifesta de forma exclusiva em uma linguagem simbólica, que se refere à realidade inconsciente. Precisamos anotar os sonhos, dos quais, às vezes, pouco nos lembramos e entender seus significados, nunca literalizando-os, ou seja, interpretando-os ao pé da letra, como significado direto de nossa vida do dia-a-dia. A principal resistência na prática da imaginação ativa é a crítica que fazemos de algo sem propósito; outra dificuldade é a revelação imediata de traumas reprimidos no inconsciente, pois vivemos pelo princípio do prazer como disse Freud. No próximo número transcreverei parte do texto O encontro da alma, do livro vermelho de C. G. JUNG, onde é possível aos leitores por analogia deduzirem um exercício pessoal de encontrarem suas próprias almas. INSTITUTO HOLÍSTICO DO SABER osmar.santos@institutohs.com.br


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MOVIMENTO “BEBA ÁGUA E ALIMENTE A PAZ” UMA MOLÉCULA DE ÁGUA R

ecebi pelo WhatsApp uma mensagem muito interessante sobre o lançamento de uma campanha em prol do Planeta Terra. Como funciona. Cada vez que tomarmos água, devemos falar ou mentalizar um mantra " “O MUNDO ESTÁ EM PAZ E EU TAMBÉM!” Sem nenhum esforço, seremos milhões de pessoas por hora, repetindo ou mentalizando a frase.” Vamos formar uma corrente de elevada freqüência vibratória a favor da paz. O poder da intenção positiva será multiplicado cada vez que alguém aderir ao movimento. Segundo as tradições orientais respaldadas hoje pela Física Quântica, a repetição sistemática de pensamentos, sons, palavras ou mantras, cria meios propícios que facilitam a concretização dos objetivos mentalizados. É provável que bons resultados sejam produzidos com tamanha corrente de bons pensamentos que se formará! Como é uma grande idéia, acredito que ficaria muito melhor se cada um de nós fizer o mantra bebendo a melhor água que já apareceu no Planeta Terra. Chama - se AQUADIO, extraída da fonte mais limpa que existe "Aqüífero Guarani" contém 10,1 de Ph, 0,39 de Vanádio, 20,8 de Silício alem de vários oligoelementos que fazem muito bem a sua saúde. Além de ajudar o Planeta a se curar cantando o Mantra, você estará se curando espiritualmente, e fisicamente. O MUNDO ESTA EM PAZ E EU TAMBÉM ESTOU. MEU CORPO ESTÁ SAUDÁVEL E QUERO AJUDAR O PLANETA TERRA FICAR CADA VEZ MAIS SAUDÁVEL. Vamos fazer!!! Avise seus amigos a ajudar o Mundo a viver em Paz! Juntos somos mais! TRANSPORTE E ACONDICIONAMENTO Para informações aos nossos clientes, apresentamos algumas preocupações que nós distribuidores da água mineral AQUADIO temos em relação ao transporte, o acondicionamento e a entrega. O transporte de Guaraniaçu até Brasilia é feito em caminhão baú fechado e lacrado, onde mantém uma temperatura de 25°, a mesma que sai direto da fonte.

Para o acondicionamento é utilizado local seco e arejado, sem iluminação solar, a fim de manter a temperatura e a qualidade que só a água AQUADIO pode oferecer. No transporte para entrega ao cliente, é feito em uma caminhonete com cobertura e com mantas de papelão afim de não permite a entrada de raios solares e nem o calor. Por isso nós distribuidores da água mineral AQUADIO nos orgulhamos em manter o alto nível de qualidade que faz da AQUADIO a melhor água já distribuída em Brasília.

Nós, seres humanos, somos compostos 75% de água. Se um simples obrigado muda uma molécula de água, imagine o que um perdão, uma prece, palavras de amor, fraternidade, solidariedade, encorajamento, amizade, podem trazer percorrendo nosso corpo carregado de água. Se acontece fora do nosso corpo, ocorrerá dentro dele também, cada vez que agirmos com amor e retidão! Mas convém lembrar que o inverso também ocorrerá com palavras ou sentimentos de ódio: inveja, vingança, etc. E é com isso que a gente pode adoecer, com água arregrada de energia má e destrutiva circulando pelo nosso corpo. Muitas enfermidades começam a partir de nós! Contudo, se quisermos, tudo acabará a partir de nós também! Assim sendo, se água poluída faz mal á saúde; pensamentos e palavras ruins também fazem! Por isso, devemos ter a iniciativa de MUDAR. Mudar hábitos, perspectivas, atitudes e sentimentos. Mesmo porque “a mudança é a única coisa permanente no Universo” (Heráclito 450 a.C,). Qual a molécula que nós queremos dentro de nós? A molécula dos bons sentimentos, de bons fluidos ou a dos pressentimentos poluídos? Se agirmos com amor solidariedade, retidão, paz e benevolência e perdão conseguimos reestruturar nossas vidas, dando-lhes felicidade, saúde e beleza interior! “E de dentro do peito que a nave sai”(Zé Ramalho). Beba muita água a partir de hoje, e seja uma eterna fonte de saúde! No mais, pratique exercícios com frequência e tenha sempre uma boa saúde... Do Congresso Internacional de Irisdologiaem Guarulhos São Paulo,para o Jornal Nova Mídia. J.Marcos Terapeuta Holístico (CRT45948) Fitoterapeuta e Iridólogo Pós-Graduado pela UnB j.irisfito@gmail.com


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A LUA E A MULHER Q

ual a ligação da mulher nos dias de hoje com o seu útero? Muitas de nós só lembramos de nosso útero quando sentimos cólicas e distúrbios menstruais ou estamos grávidas. O útero da mulher é um receptáculo de energias, simbolizado esotericamente pelo cálice sagrado, o Santo Graal. Precisamos desenvolver a capacidade de conhecer a fundo nosso útero e todo o aparelho sexual feminino. Necessitamos, com urgência, descobrir os motivos de tantos distúrbios em nossos ciclos. É urgente a nossa reconexão com a natureza. Nada ilustra melhor o ciclo sexual feminino, do que a passagem da luz para escuridão e da escuridão para luz. Como parte da natureza, vivemos influenciadas pelos movimentos da Lua, que atua sobre as marés, as colheitas, as plantações, o ciclo menstrual da mulher, partos e sobre tudo que palpita na terra. Assim como a Lua leva 28 dias para completar seu movimento em volta da Terra, nós, mulheres, temos, em regra, um ciclo menstrual de 28 dias aproximadamente. Somos como a Lua. Vivemos todos os meses as quatro fases: Lua Nova, Quarto Crescente, Lua Cheia e Quarto Minguante. Dentro desse ciclo, nós, mulheres, passamos por quatro etapas de nosso ciclo sexual: ovulação, pré-menstruação, menstruação e pré-ovulatória.

FAZENDO AS PAZES COM A LUA A LUA NOVA – É quando a Lua escurece e os raios de luz não são mais refletidos nela. É uma etapa de introspecção e profunda meditação. Podemos dizer que é um período de germinação e plantio. Tempo oportuno para fazer limpezas e renovar as energias negativas. A LUA CRESCENTE – É quando a Lua aparece em sua metade. É uma etapa de crescimento, em que contamos com muita energia. É um período ideal para iniciar novos projetos e empreendimentos. Bom período para cortar o cabelo, por exemplo. Podemos dizer que é período de trabalhar no plantio. Tudo que tiver início nessa fase, terá êxito. Tempo de muita criatividade e fertilidade. A LUA CHEIA – É quando a Lua alcança a metade do mês lunar, aproximadamente 14 dias. Nesta etapa, o Sol e a Lua se encontram em posições opostas; a

Lua funciona como um espelho, refletindo a luz solar. É um período de florescimento, amadurecimento e colheita dos frutos que foram plantados na Lua nova. Tempo de muita sensibilidade. A LUA MINGUANTE – É quando aparece em sua outra metade, igual a Lua crescente, mas em sentido contrário. Esta etapa serve para terminar e finalizar o que se iniciou na Lua nova; é uma etapa de finalização, desintegração, reorganização, limpeza, reflexão e descanso. Nós, mulheres, devemos observar nossas mudanças de fases, nossas etapas durante o ciclo, e compará-las com as fases da Lua. Devemos aprender a observar nossos movimentos e registrar tudo o que seja necessário, como nos sentimos física, emocional e espiritualmente, em cada momento do ciclo. Depois de vários meses, poderemos ver uma sequência de condutas; isso será de grande utilidade para começarmos a compreender a nós mesmas. E assim, de forma consciente, podemos utilizar essas anotações a nosso favor a cada vez mais sincronizadas com a Mãe Natureza. (...) O calendário do ciclo sexual da mulher pode ser encontrado, para impressão, no seguinte link: mulhergnostica.com.br/calendarios-do-ciclo-sexual-feminino/ JAYA MATAJI! (Vitória Grande Mãe!) Helen Sarto de Mello Fonte: mulhergnostica.com.br/a-lua-e-a-mulher/ Seleção do texto sob responsabilidade da Escola Gnóstica do Distrito Federal (GnoseDF).


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13 de agosto O Dia Mundial do Canhoto

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data surgiu no Reino Unido e foi criada com o intuito de conscientizar as pessoas sobre os desafios que um canhoto enfrenta em uma sociedade onde 90% da população é destra. Os canhotos já sofreram muito preconceito no passado e, ainda hoje, muitas culturas ainda discriminam as pessoas que utilizam a mão esquerda. Houve uma época em que os canhotos eram impedidos de escrever ou realizar qualquer outra tarefa com a mão esquerda sendo, assim, forçados a utilizar a mão direita, considerada a mão correta. Os utensílios e objetos construídos para facilitar o dia a dia das pessoas foram feitos predominantemente para pessoas destras, que são a maioria no mundo (apenas cerca de 10% da população é canhota). Entretanto, nos últimos anos, os canhotos puderam comemorar muitas conquistas, com o surgimento de objetos, instrumentos e demais utensílios desenvolvidos exclusivamente para eles. O Dia do Canhoto também serve para comemorar essas conquistas em um mundo quase que totalmente “direito”. O Dia do Canhoto foi celebrado pela primeira vez em 13 de agosto de 1976. Porém, esta data só foi oficializada na década de 1990, por iniciativa do clube britânico Left-Handers Day Club, que lutavam contra o preconceito que sofriam por serem canhotos. Alguns Canhotos famosos: Albert Einstein, Ayrton Senna, Bill Gates, Kurt Cobain, Leonardo DaVinci, Ludwig Van Beethoven, Machado de Assis, Mahatma Gandhi, Napoleão Bonaparte, Paul McCartney, e como sou canhoto, olha quantos canhotos famosos eu descobri.

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A J U DA N D O O S E U CO R P O A S E C U R A R V

ocê tem mais influência sobre a sua saúde do que imagina porque você é responsável por seus pensamentos, crenças e sentimentos, e eles afetam a fisiologia do seu corpo de uma forma muito profunda. Cada pensamento negativo que você tem é veneno para o seu corpo, principalmente se ele vier vezes sem conta à sua consciência. Cada crença negativa, cada sentimento de raiva, de amargura, de falta de esperança, de depressão, de solidão machuca o seu corpo. Também, se está infeliz no seu casamento ou estressado no seu trabalho, você está ferindo o seu corpo. E, ao contrário, quando pensa com otimismo, se sente conectado com o seu propósito espiritual, apoiado por amigos, alegre e esperançoso, você se cura e se fortalece. Você não é uma vítima indefesa do azar ou de genes ruins. Você pode ajudar muito a sua cura protegendo a sua mente de sentimentos e crenças autossabotadoras. A amídala, presente no cérebro, é afetada por todas as formas de estresse e, através dela, todo o corpo é afetado. A maior parte dos casos de cura de “câncer terminal” ou de doenças “incuráveis” ocorre quando mudamos a forma de ver a vida e fazemos transformações no nosso dia a dia que nos permitem ter mais alegria e felicidade.

O estresse agudo da vida produz respostas psicológicas temporárias das quais o corpo se recupera. É o estresse crônico – frequentemente causado por atitudes negativas condicionadas e sentimentos de impotência – que representa o verdadeiro desafio a ser curado. Estudos revelam que a inabilidade de se sentir no controle do estresse mais do que o evento estressante em si, é o que ocasiona o pior dano à imunidade. A maioria de nós eventualmente sentirá que a vida está fora de controle de alguma forma. Você pode encarar isso como uma situação temporária que está lhe ensinando alguma coisa ou como uma prova de que a vida é perigosa. E é essa visão da situação que é crucial para a sua qualidade de vida e sua saúde. A forma como você vê o mundo e a si mesmo afeta profundamente a sua vida e a sua saúde. Anna Maria de La Rocque Ormonde annamariaormonde@gmail.com


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MULHERES QUE MUDARAM O MUNDO: A GNOSE DE HILDEGARD VON BINGEN

m 16 de setembro de 1098 nasce Hildegarda na cidade de Bingen, Alemanha. Como costume da época, aos oito anos de idade foi entregue à Igreja local. A partir desse dia, Hildegarda inicia sua vida de monja, pois a espiritual já começara aos 3 anos de idade com sua primeira visão. Ela descreve essa visão como uma luz muito forte que incendiava sua alma e que lhe disse: “Ó mulher frágil, cinza de cinza e corrupção de corrupção, proclama e escreve o que vês e ouves”. Assim, a futura naturalista, musicista, poetisa, dramaturga e doutora da igreja continuou vacilante com suas visões e por muito tempo se achava indigna de recebê-las. Sua saúde, desde tenra infância, era muito frágil. Ela acreditava que quando não obedecia às ordens do Senhor, Ele a advertia através das enfermidades. Até que compreendeu que deveria aceitar com amor e resignação seu dom em prol de todos. Através de suas visões e experiências espirituais, escreveu livros sobre medicina holística, mesmo sem nunca desempenhar o labor oficial da medicina. Como naturalista, trabalhava com plantas e ervas utilizando além dos princípios ativos e alopáticos, também os princípios espirituais das mesmas através da Magia Elemental. Como musicista, compôs cantos para suas irmãs e deixou mais de 75 obras de belas melodias. Aplicou seu próprio alfabeto conhecido como língua Ignota (língua desconhecida) – por isso até hoje é lembrada como Padroeira do Esperanto. Foi uma mulher muito à frente de seu tempo e sua sabedoria a levou a palestrar para papas e reis, um grande feito naquela sociedade patriarcal. Com-

bateu duramente a corrupção política e espiritual que se instalava dentro da igreja. Dizia que as respostas para muitas indagações do homem estavam no Universo e as explicações para o Universo estavam no homem; demonstrando, assim, um conhecimento profundo dos ensinamentos gnósticos. Em 1584 o Papa Gregório XIII autorizou a inclusão do seu nome como Santa no Martirológio Romano. O Papa Bento XVI reafirmou oficialmente sua santidade e a proclamou Doutora da Igreja em 2012. Porém o que levou a igreja a santificá-la foram seus milagres, sendo os mais conhecidos a restauração da visão de um menino, apenas lavando seus olhos com a água do Rio Reno, e a cura de uma das irmãs beneditinas de seu mosteiro, que estava com um edema no peito e na garganta, fazendo somente o sinal da cruz nas partes enfermas. Hildegarda foi uma grande mulher, tanto pelo amor a todas as pessoas quanto pela entrega à vida espiritual, realizando sempre a vontade do Pai. Este gênio da humanidade igualou seus feitos aos de Joana D’arc, Santa Catarina, Clara de Assis e tantas outras, cada uma a seu tempo, revolucionando a si mesmas ao trilharem o caminho iniciático e deixando ao mundo muitos exemplos a serem seguidos, sendo um deles o seu forte “Thelema” (vontade consciente). Hildegarda é a prova concreta do que enfatiza o mestre gnóstico contemporâneo, Samael Aun Weor: “A mulher tem os mesmos direitos que o homem e pode se autorrealizar profundamente”. Venha conhecer mais sobre essa revolucionária mulher no cine-palestra da Associação Gnóstica de Brasília, em 27/08/2016 às 17h30. Josi da Silva Corrêa Diretora e instrutora da AGB.

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Chama Violeta é uma energia espiritual capaz de consumir vibrações negativas, libertando a energia divina aprisionada em nossos registros cármicos, em matrizes que construímos com base no mundo material. Quando essas energias aprisionadas em matrizes imperfeitas são libertadas, retor-

nam a sua fonte original, ao nosso corpo

causal.

A Chama Violeta é o fogo do Espírito Santo que contém as qualidades do perdão, da misericórdia, da alquimia, da transmutação e da liberdade. O ensinamento sobre a Chama Violeta não é algo novo, criado recentemente. Ela sempre existiu e foi utilizada pela Grande Fraternidade Branca por milhares e milhares de anos. As civilizações da Lemúria e da Atlântida já faziam uso dela, mas, devido aos abusos que fizeram das leis sagradas, esse conhecimento foi retirado do planeta por decisão do Conselho Cósmico. Saint Germain dirigiu-se ao Conselho Cósmico, pedindo que esse conhecimento fosse novamente disponibilizado para a humanidade. Após ceder parte da luz que acumulou em seu corpo causal, Saint Germain foi autorizado pelo Conselho Cósmico a revelar e divulgar o conhecimento e a aplicação da Chama Violeta. Além de ser o hierarca da era de Aquário e o seu patrocinador, ele também é o Chohan (Senhor) do Sétimo Raio. O Arcanjo Zadkiel e a Arqueia Santa Ametista, como hierarcas do reino angélico,


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CHAMA VIOLETA? e os Elohim Arcturus e Vitória, como hierarcas do reino elemental, e outros mestres compõem a hierarquia celeste que trabalha com a energia da Chama Violeta. Nossa Senhora, em 11 de maio de 1987, disse o seguinte: “Se dezenas de milhares de pessoas fizessem a Chama Violeta diariamente, posso garantir que a mudança na Terra seria tão extraordinária que não apenas perguntaríeis para onde tinham ido os problemas, como até os esqueceríeis”. FIAT DA CHAMA VIOLETA EU SOU UM SER DE FOGO VIOLETA! EU SOU A PUREZA QUE DEUS DESEJA! Decretos de Raio Violeta [Decretos para Transmutação] Os decretos do raio Violeta são para transmutação ou transformação de energias mal qualificadas, seja no corpo, na mente ou no espírito. Os responsáveis por esse raio são: o Elohim Arcturus e Vitória, o Mestre Ascenso Saint Germain e os Arcanjos Zadkiel e Santa Ametista. Sábado é o dia da semana em que este raio é mais ativo. Estes ensinamentos foram transmitidos aos Mensageiros Mark. L. Prophet e Elizabeth Clare Prophet. Copyright ©Summit Lighthouse do Brasil. Todos os direitos reservados.

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O TAROT E O AGORA

os últimos tempos, muito tem sido falado sobre focarmos nossos pensamentos e ações no hoje, sobre o poder do momento presente, único em que se pode efetivamente fazer algo, uma vez que não podemos mudar o passado e que o futuro ainda não está ao nosso alcance. Nesse contexto, em que ressentimentos em relação ao passado perdido levam à depressão e a angústia com o futuro incerto conduz à ansiedade, consultar o Tarot pode parecer contraditório e, até mesmo, ruim, dada a imagem altamente difundida do tarólogo como adivinhador de um futuro fatal. Todavia, temos aqui uma contradição apenas aparente. O Código Ético do Tarot (sim! Nós temos um! E você pode consultá-lo em https://eticatarot. wordpress.com/) ressalta que o futuro é apenas consequência de nossos atos presentes. Dessa maneira, o Tarot nos ajuda a compreender nosso momento e as escolhas passadas que nos trouxeram a ele, para que, por meio de ações concretas, pautadas no agora, possamos criar nosso futuro em conjunto com o Universo. Noutras palavras, o trabalho do tarólogo é o de auxiliar o consulente a ver com mais clareza onde ele está e para onde está indo, a fim de que possa, por si próprio, decidir por prosseguir ou por mudar a rota, já que o futuro é sempre mutável e que sempre somos nós os responsáveis por nossas ações e por suas consequências. Boa parte das pessoas que me procuram o fazem por desejarem uma solução rápida e efetiva para seus problemas. Nesse sentido, o Tarot é uma ferramenta

bastante poderosa que pode auxiliar enormemente no processo de identificação das causas que levaram à situação, possibilitando ao consulente agir sobre elas, modificando padrões destrutivos que atrasam sua vida. Ocorre que, após evidenciados, tais causas e padrões requerem das pessoas uma ação positiva em prol da mudança. Crescimento exige esforço e o melhor modo de melhorarmos é, muitas vezes, seguir o caminho que queremos evitar. Pode parecer tentador esquivar-se de encarar os desafios que a vida nos impõe, mas, no fim das contas, os atalhos que buscamos normalmente terminam por ser mais trabalhosos que o percurso de que queremos fugir. Além de conhecer a si mesmo, é preciso encarar o desafio de se modificar. Não se preocupe com todo o caminho, apenas com aquela porção a qual você necessita caminhar HOJE. Agindo assim, o Universo interferirá a seu favor e chegará ao destino muito antes do que espera. Avance com confiança. Talita Dantas Taróloga em Santuário de Delfos


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O CALEIDOSCÓPIO E A ROCHA A

Vida é mágica e linda. Vejo-a como um caleidoscópio cheio de imagens e formações que se modificam o tempo todo, imagens únicas, aleatórias, que não se repetem e nem se mantém por muito tempo: um único movimento e algo novo surge. O caleidoscópio é o devir, o vir-a-ser: o conceito de que nada no Universo é permanente, a não ser a mudança e a transformação. Quando eu brinco com um caleidoscópio e fico encantada com o que vejo, não estou pensando na energia envolvida no movimento das peças que compõem a imagem, não as vejo como peças individuais, mas em seu conjunto. O movimento de apenas uma das contas modifica toda a configuração do caleidoscópio, numa transformação que por fora não se nota, sendo necessário olhar por dentro para descobrir o segredo. Essa impermanência da Vida, como a das imagens do caleidoscópio, é um alento para algumas almas: saber que não há mal que sempre dure nem bem que nunca se acabe é um chamado à consciência de que tudo se resume ao aqui e ao agora, que é quando e onde se vive cada instante, quando e onde se faz cada movimento. O fato de não ser estático torna o caleidoscópio um desafio a quem prefere a invariância, que imagino como uma grande rocha, firme, resistente, forte e compacta, aparentemente imutável. Sinto, com um leve riso por dentro, que quem observa a solidez da rocha não percebe o vento que a tange e dela leva pequenas lasquinhas, não percebe a água do mar que a lava e dela tira pedacinhos, não repara no calor do sol que a aquece e ativa as partículas que se modificam, não se dá conta da vegetação, ainda que rasteira, que cresce em suas frestas ou dos animais, ainda que minúsculos, que nela fazem ninho e abrigo. Claro, esse movimento é muito lento, sutil, quase imperceptível, mas a rocha está em constante transformação e também experimenta o

O COMPLEXO O

devir, tanto quanto o mais frágil ser humano. E isso também é mágico. A aparentemente imutável rocha oferece lições tão valiosas quanto as que oferece o inconstante caleidoscópio. A primeira, ensina sobre a lenta transformação provocada pela insistente ação do vento, da água e do calor ou pela evolução da vida que cresce incessantemente e o segundo ensina sobre a surpresa das imagens aleatórias surgidas dos movimentos da mão que segura o caleidoscópio para que olhos curiosos observem as imagens imprevisíveis. O importante, entretanto, é que em cada um dos casos, tenhamos sempre em mente que sempre estamos em movimento e transformação, não importando se somos fortes e resistentes, como a rocha, ou frágeis e cambiantes, como as imagens do caleidoscópio. Por isso, em cada situação, devemos estar atentos para identificarmos em que momento somos rocha e em que momento somos caleidoscópio. Em qualquer caso, podemos inspirar e encantar, surpreender, revelar a impensável fragilidade da rocha sofrendo as cócegas do vento ou o incogitado poder do caleidoscópio em determinar que imagem aleatória será revelada. Marcia Godoy

cérebro, que é uma máquina viciante e unilateral, por ser regida exclusivamente pelo princípio do prazer e pela necessidade de segurança territorial, sempre irá valorizar a dimensão material e instintiva presente ancestralmente no animal primitivo em busca da Bio-Sobrevivência. Por outro lado, temos a alma, também chamada de psique, numa atitude opositiva e incomodativa ao cérebro, que nos leva para a dimensão espiritual em busca da virtuosidade, possibilitando a instalação do princípio da governança servidora, que implica na descentralização do poder, na transparência e, acima de tudo, nas atitudes altruístas do servir para poder ser. Obviamente, por conta deste complexo oppositorum, entre a ditadura do cérebro, que funciona na polaridade binária, e a alma, é que surgem a angústia e todas as tentativas de alívio alienante, como medicações psicoativas, drogas ou fanatismos obsessivos, como ser medalha olímpica, ficar milionário, ser o mais belo ou o mais puro e fiel seguidor de qualquer religião. Quando o cérebro domina o que surge é uma espécie de escravidão monotemática. Sem perceber, quanto mais o indivíduo deseja a riqueza, mais ele fica as voltas com a pobreza. Da mesma forma, quanto mais ele quer a cura, mas ele encontrará a doença. Porque o cérebro trabalha pela oposição e para evidenciar um lado na consciência, o outro também terá que ficar evidenciado no inconsciente. Escrevo isso motivado pelo drama de uma mulher que atendo como analista junguiano. Ela sofre profundamente com as questões de território. Na sua fantasia paranoide, tudo e todos querem tirar


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OPPOSITORUM DA NATUREZA HUMANA CÉREBRO E PSIQUE

seu poder. Obviamente já foi medicada e toma, como a grande maioria da população, antidepressivos, estabilizantes de humor e soníferos, mas como esses medicamentos tentam modificar o comportamento pela mudança bioquímica do cérebro, mas não são capazes de modificar as crenças, eles servem apenas como paliativos. Enquanto a crença de que ela é um ser superior e inteligente, injustiçado e perseguido, porque ninguém consegue lidar com sua imaculada ética e infalibilidade, na sua capacidade de controle e planejamento, e por isso a desprezam, rejeitam ou excluem, jamais conseguirá sair desse complexo oppositorum sofrido e dramático. Esse é o desafio da análise, porque até o analista é absorvido pelo complexo, correndo o risco de ser colocado na mesma dimensão do seu entorno relacional, que a discrimina e rejeita, criando um ciclo vicioso dominado pelo cérebro, que exigirá, cada vez mais, remédios, até que um colapso aconteça. Neste caso, a saída é parecida com o que aconteceu com a história bíblica de Jó, que teve que lidar com a ambivalência de Javé, ao ter que pedir ajuda a Deus contra o próprio Deus, porque esse é o drama tremendo e fascinante da dualidade humana, que é sagrada por excelência, porque Javé, assim como o Self, que é representante da totalidade psíquica, contém a dualidade e é representado pela imagem de Deus. Para complicar um pouco mais, a mudança de

atitude que possibilite a diminuição da autonomia do complexo, necessita do ato da vontade. Este, por sua vez, acontece pela influência do desejo, que representa o vazio ou a falta, produzindo mais um paradoxo, porque exige a aceitação da angústia como condição existencial. Como o cérebro sempre vai tentar criar padrões de repetição, em busca de prazer, segurança, gratificação e recompensa imediatos, com o menor esforço possível, as possibilidades viciantes são as mais frequentes. Com isso, toda a dimensão e potencialidade inconsciente acaba sendo negada pelo ego fascinado com a ilusão do poder e a equivocada sensação de controle e segurança advinda do padrão de repetição do complexo dominante. O objetivo da análise é o de promover a diferenciação do ego, possibilitando a conscientização de que ele é, na perspectiva material do cérebro, uma realidade binária, linear, lógica, egoísta, temporal e finita, fazendo-o reconhecer e servir a existência

da alma, que é única, complexa, relacional, criativa, analógica, altruísta, imaterial, atemporal e infinita. Isso irá contribuir para a conscientização da nossa condição plural e diversa e a existência dos nossos aspectos sombrios, fazendo-nos perceber que o perfeito e o absolutamente bom é uma ilusão, porque temos o lado oposto, antes dessa conscientização projetado no outro. Estar consciente entre as polaridades não é tarefa fácil, porque o tempo todo somos forçados, pela dimensão biológica e material, para assumirmos posições unilaterais. A consequência dessa desintegração consciente para quem sucumbe a um dos lados é a de deixamos de viver simbolicamente, com alegria, diversão e criatividade, percebidas nas crianças saudáveis. Neste caso, no lugar do simbólico assumimos, inconscientemente, a vida diabólica, independente do lado da escolha, porque a unilateralidade nos deixa partidos e em conflito pela divisão, sem capacidade de amar, mas com muito desejo de controle e poder. Waldemar Magaldi Filho, analista junguiano, psicólogo, mestre e doutor em ciências da religião, autor do Livro: “Dinheiro, Saúde e Sagrado” - editora Eleva Cultural, sócio fundador do IJEP – Instituto Junguiano de Ensino e Pesquisa, onde atua como coordenador dos cursos de pós-graduação em Psicologia Junguiana, Arteterapia e Expressões Criativas e Psicossomática www.ijep.com.br


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