TRANSFORMANDO VIDAS

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A Casa Rosa, instituição socioassistencial de acolhimento a pessoas LGBTQIAP+ em situação de vulnerabilidade, abre 40 vagas em cursos gratuitos de formação profissional

Transformando Vidas

Projeto educacional visa formar pessoas nas áreas de Corte e Costura e em Tecnólogo de Som e Luz Cênica

Ambos os cursos, gratuitos e de longa duração, serão oferecidos nas dependências da Casa Rosa, em Sobradinho 1, nos meses de abril, maio e junho. O período de inscrições será entre os dias 3 e 28 de março e têm prioridade pessoas LGBTQIAP+, que já atingiram a maioridade, moradoras do DF e Entorno e em situação de vulnerabilidade.

A Casa Rosa é um espaço que atua em favor do acolhimento e reinserção social assim como no mercado de trabalho de pessoas LGBTQIAP+ (adultas), em situação de vulnerabilidade. A Casa fica em Sobradinho 1 e atende moradoras e moradores do DF e Entorno.

Mantida por doações de pessoas físicas e parcerias com o setor privado, a instituição firma neste ano de 2023, pela primeira vez, parcerias com órgãos governamentais e gabinetes de parlamentares Todas as atividades promovidas pela Casa Rosa são gratuitas e conduzidas por um corpo coeso de cerca de 30 voluntários e voluntárias.

Os e as profissionais, que dedicam tempo e conhecimento, com o intuito de promover a melhoria na qualidade de vida e emancipação das pessoas (atendidas pela instituição), são advogados/as, psicólogas/os, artistas, terapeutas ocupacionais, produtores/as culturais, profissionais liberais e da saúde, auxiliares de serviços gerais, dentre outras e outros.

Sobre as pessoas que procuram a Casa Rosa, Marcos Tavares, idealizador e presidente, relata que elas chegam bastante fragilizadas, “com vínculos afetivos e familiares rompidos, com distintas formas de lidar com a orientação sexual, algumas delas sem ter onde morar e desempregadas”.

Dado esse perfil de público, os serviços oferecidos e trabalhos desenvolvidos no espaço requer dos e das profissionais voluntários empatia, compreensão e afeto, “aqui, nós prezamos pela liberdade individual e a privacidade, com respeito aos costumes, às tradições e à diversidade de ciclos de vida como arranjos familiares, raça e etnia, religião, gênero e orientação sexual”, comenta Marcos.

Para bem acolher essa população, o corpo de voluntários ministra oficinas e cursos formativos, oferece acolhimento psicológico e social, orienta acerca de assuntos jurídicos, encaminha para as redes públicas de saúde e educacional, dentre outros atendimentos. Um dos principais é a distribuição de cestas básicas. Só em 2022, mais de 200 indivíduos e famílias foram atendidos.

Mais que socioassistencial, a Casa Rosa se abre a essa comunidade em específico como um espaço de arte e cultura, com a promoção de cursos profissionalizantes nessas áreas e a realização de eventos. Outras ações formativas abrangem panificação, culinária e estética (cabelo e maquiagem).

Desde a sua fundação, em 2018, a Casa Rosa vem passando por transformações na sua estrutura física, com a ampliação do espaço, e na qualidade e quantidade dos serviços prestados.

Hoje, com a capacidade de receber 20 pessoas por mês, entre residentes e de passagem, o espaço conta com quartos compartilhados, salas de tevê, estar e acolhimento, cozinha, banheiros, lavanderia e área para cursos e eventos. Com a construção do segundo piso, ainda em andamento, “teremos mais quartos, salas para cursos e biblioteca”, adianta Marcos. O início da obra foi custeado pela Embaixada da Irlanda.

E para ocupar os espaços, a Casa Rosa segue de portas abertas para receber novos/as voluntários/as e doações em dinheiro. “Os profissionais que mais temos urgência são os da saúde, psiquiatras, enfermeiros/as, dentistas”, cita Tavares. Interessados em somar e contribuir, podem entrar em contato via Instagramwww.instagram.com/casarosadf

O estímulo para criar a Casa Rosa tem raízes na história de vida de Marcos, “testemunhei amigues sendo expulses de seus domicílios, ao se assumirem homossexuais, ou mesmo se vendo sem o amparo de seus/suas companheiros/as, fragilidade que leva alguns a atentar contra a própria vida”, recorda Marcos. Sobre o desejo por trás da idealização, está a expectativa de que “todes se sintam bem e em casa, que seja um espaço coletivo cada vez mais acolhedor, e nossa motivação diária é ‘fazer o bem sem olhar a quem’”, ressalta

Para este ano que se inicia, Marcos anuncia que será o da ‘capacitação’. “Seguimos com o nosso desejo de gerar novas possibilidades, e a gente sabe que só por meio da educação, da formação, que vêm melhorias na vida de cada um e cada uma”, avalia o presidente

Nessa toada, a Casa Rosa abre inscrições para 40 vagas, destinadas à comunidade LGBTQIAP+, em cursos de Corte e Costura e de Formação Técnica em Som e Luz Cênica. Ambos os cursos, gratuitos e de aproximadamente 50 horas cada, serão realizados nos meses de abril, maio e junho.

O projeto inaugural do calendário de atividades formativas e educacionais de 2023 tem como nome “Transformando Vidas”. Para Raphael Veiga, voluntário e parceiro da Casa Rosa, “nosso desejo é empoderá-las e estimular a sua inserção no mercado de trabalho ou que queiram incrementar sua renda, uma vez que temos uma grande luta pela inclusão e por mais respeito, nesse Brasil que mais mata pessoas LGBT no mundo”, enfatiza Veiga

Podem se inscrever pessoas LGBTQIAP+, maiores de 18 anos e assistidas ou não pela Casa Rosa, independente de gênero, etnia, raça, cor e credo religioso Pessoas que estejam em situação de vulnerabilidade e fragilidade financeira têm prioridade Interessades devem acessar www.instagram.com/casarosadf ou entrar em contato pelo WhatsApp (61) 9.8377-3153, com Danielly, para se inscrever entre 3 e 28 de março.

Os cursos serão realizados na Casa Rosa, que fica em Sobradinho 1, Quadra 17, Conjunto A, Casa 45 O espaço atende a todas as regras de acessibilidade. Alunas, Alunos e Alunes receberam todo o material necessário para atender aos cursos e serão oferecidas refeições e passe livre para locomoção em transporte público.

O projeto é realizado através do Termo de Fomento (MROSC N.º 109/2022), por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal e a Organização da Sociedade Civil Casa Rosa Cultural e Assistencial - LGBT.

Imagens de divulgação:

https://bit.ly/TransformandoVidas-CasaRosa

Arte educadores que irão ministrar os cursos:

Mar Nóbrega - Iniciou seus estudos em técnica de som no ano de 2012. Em 2018, cursou Produção Musical, dentro da Universidade de Brasília, na disciplina Técnica de Áudio e Gravação. Aprofundou seus estudos, em 2021, através do Portal do Produtor e no curso da IATEC para gravação, pelo projeto LABFAZ.

Anna Moura - Musiciste e especialiste em iluminação cênica, realizou criação, montagem e operação de luz cênica para diversos projetos como “Enquanto Chove no Mundo”, “Veredas da Salvação”, “A Rosa e o Vento”, “Viajantes do Tempo”, “Mostra Sêla, do Festival Bananada”, dentre outros.

Suzy - Designer de Moda, artesã, professora de costura e modelagem, atua na área desde 2012 com participação em diversos e importantes projetos, a exemplo do Programa Social do Governo do Distrito Federal – Fábrica Social, Produção de Máscaras, para o GDF, e Design de Moda com foco na Moda Circular e Upcycling.

Inscrições para os cursos:

https://forms.gle/tYY6xyVQJ5c1JZdC6, de Corte e Costura; e https://forms.gle/nTu92gVnY9rUh6aGA, para o de Técnico de Som e Luz Cênica; ou via WhatsApp (61) 9.8377-3153, com Danielly

Período: de 3 a 28 de março de 2023

Podem se inscrever: pessoas LGBTQIAP+ maiores de 18 anos, em situação de vulnerabilidade social e residentes no DF ou Entorno

Cronograma dos cursos:

Técnico de Som e Luz Cênica. Uma turma com 20 vagas

Dias: 1º, 02, 08, 09, 15, 16, 22 e 23 de abril; e 06, 07, 13, 14, 20, 21, 27 e 28 de maio.

Horário: sábados e domingos, das 09h às 16h, com intervalo uma hora para o almoço

Corte e Costura. Duas turmas, com 20 vagas no total

Dias: 03, 05, 10, 12, 14, 17, 19, 24, 26 e 28 de abril; e 03, 05, 08, 10, 12, 15, 17, 19, 22, 24, 26, 29 e 31 de maio; e 02 de junho.

Horário: segundas, quartas e sextas, turma 1: das 15h às 17h; e turma 2: das 18h às 20h

Local: Casa Rosa

Endereço: Sobradinho 1, Quadra 17, Conjunto A, Casa 45 Mais informações: https://www.instagram.com/casarosadf/

Clipping de mídia estimulada

athosgls.com.br/na-luta-pelos-direitos-da-populacao-lgbtqia-no-distrito-federalorganizacoes-atuam-incansavelmente-em-prol-da-igualdade/

brasildefato.com.br/2023/06/28/na-rua-no-lar-no-trabalho-organizacoes-lutam-pelosdireitos-da-populacao-lgbtqia-no-df

correiobraziliense.com.br/cidades-df/2023/03/5081619-casa-rosa-abre-40-vagaspara-cursos-gratuitos-profissionalizantes.html

portalconteudo.com.br/post/no-df-institui%C3%A7%C3%A3o-de-acolhimento-apessoas-lgbtqiap-oferece-cursos-gratuitos

deubombrasilia.com.br/post/institui%C3%A7%C3%A3o-para-lgbtqiap-abre-40-vagasem-cursos-gratuitos-de-forma%C3%A7%C3%A3o-profissional

Uma história de vida, serviu de motivação para criar casa de acolhimento a LGBTQIAP+ em situação de vulnerabilidade

Morador de Sobradinho 1, no Distrito Federal, Marcos Tavares testemunhou amigas e amigas serem expulsos de casa ao se assumirem LGBT. Sem o amparo de familiares, tornavam-se pessoas em situação de rua Sem ter como se alimentar e expostos a todo o tipo de violência e preconceito, algumas e alguns chegaram a atentar contra a própria vida. Foi então que em 2018 Marcos criou a Casa Rosa, um espaço de acolhimento para elas e eles

A Casa é simples e muito bem cuidada por todas e todos os voluntários que dedicam tempo, empatia, compreensão e afeto a quem mais necessita. São advogados/as, psicólogas/os, artistas, terapeutas ocupacionais, produtores/as culturais, profissionais liberais e da saúde, auxiliares de serviços gerais, dentre outras e outros atuando em diferentes frentes com o intuito de promover a melhoria na qualidade de vida e emancipação de LGBT em situação de vulnerabilidade

O espaço é mantido por meio de doações, parcerias com empresas privadas e até embaixadas já contribuíram. Desde o final do ano passado, a Casa Rosa vem passando por uma reforma de ampliação, que, ao final dela, poderá atender até 20 internos, realizar mais cursos e atendimentos a não residentes Uma das principais ações é a distribuição de cestas básicas. Só em 2022, mais de 200 indivíduos e famílias recebem esse auxílio.

Para seguir com o trabalho, a instituição precisa da ajuda e todas e todos, em especial de contribuições em dinheiro e mais profissionais para atuarem. Os profissionais que mais precisam são os da saúde, como psiquiatras, psicólogos, enfermeiros/as, dentistas.

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