Informativo da Usina Santa Fé - ed. 27

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Ano 12 | n0 27 | Abril 2016

Executivo assume diretoria Com aval do Conselho de Administração, CEO trabalha para fortalecer companhia e conquistar mercado

pág. 5

Aperfeiçoamento

Usina conta com espaço diferenciando para aprimoramento profissional pág. 8

Reconhecimento

Colaboradores ganham prêmio CPFL por projeto de Eficiência Energética pág. 4


Culto ecumênico marca início da safra

Para a Usina Santa Fé, o ano de 2016 começou antes mesmo do último Réveillon. Começou com a contratação de seu CEO: um executivo para conduzir os negócios da companhia em nome da família Malzoni. A família permanece à frente das decisões da empresa por meio do Conselho de Administração, e foi este órgão que aprovou investimento e autorizou o aumento da capacidade de moagem para esta safra. Foi, então, que começou o ano para todos os demais colaboradores da empresa. Antes, no entanto, 2015 já trazia algumas novidades. Dentre elas um espaço apropriado para a capacitação e aperfeiçoamento profissional no centro da cidade. Lá, colaboradores atualizam seus conhecimentos frente aos desafios do mercado, enquanto adolescentes têm a oportunidade de aprender um oficio e buscar o primeiro emprego. Novidade que é boa, fica! E foi o que aconteceu com os colaboradores que assumiram a responsabilidade de estreitar o relacionamento entre a empresa e os colegas, o projeto que pondera necessidades da indústria e fornecedores em busca do aumento da produtividade e a parceria com a Fatec, que eleva o nome da Santa Fé como uma das apoiadoras na realização de pesquisas científicas. Isso tudo aí é só uma amostra do que você encontrará nesta edição do Informativo Itaquerê. Duvida? Então posicione-se e comece a leitura! Uma ótima safra a todos!

Respeitando a pluralidade das crenças de Paula Messias, da Assembléia de religiosas, a Santa Fé realizou no último Deus - Ministério Belém - de Nova Eudia 8 de março o primeiro culto ecumêniropa, e por Sandra Regina Rossi, do co da histórica da Usina. O culto marcou Centro Espírita de Tabatinga. o inÍcio da safra 2016/2017, cuja expectativa é de processamento superior em uma tonelada/dia a safra anterior. Os colaboradores celebraram a fé, a sabedoria e o trabalho em culto conduzido pelo reverendo padre Renato Gonçalves, da Paróquia Santo Antonio, de Gavião Peixoto, pelo pastor Reginaldo Sandra Rossi, Pe. Renato Gonçalves, Carlos Areias Pereira,

EXPEDIENTE Publicação da Usina Santa Fé.

BOA SAFRA!

arquivo Usina

Pastor Reginaldo Messias e Sylvio Malzoni

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Prevenção

Dir. Presidente: Antonio Carlos Christiano. Dir. Agrícola: Francisco Sylvio Malzoni Gavotti. Dir. Financeiro: Douglas de Oliveira. Coordenação Interna - Gerente de RH: Maria José Gonçalves Gomes. Analista de Treinamento e Desenvolvimento: Maria Lúcia Alves da Silva. Coord. Desenvolvimento de Pessoal: Kleber Henrique Eleuterio. Coord. de Projetos Sociais: Luz Marina

Gallinari Holzhausen. Coordenação Editorial, Projeto Gráfico:

TG3 design e conteúdo. Tel.: 16 3384 6750. Fotos: Tg3 e arquivos da Usina Santa Fé. Impressão: MaxColor Gráfica e Editora Ltda. Tiragem: 2.200 exemplares. Distribuição Gratuita. /usinasantafe www.usinasantafe.com.br

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ACoNteCImeNtos

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eDItoRIAl

O doutor Roberto Carlos Santi abordou o tema Prevenção ao Uso de Álcool em palestra realizada junto aos 94 jovens que participam do Programa Jovem Aprendiz da Usina Santa Fé, realizado em parceira com o Senai e CIEE. O tema é um dos que mais preocupam profissionais da saúde, uma vez que o uso precoce da substância está associado com exposição a riscos e uma série de complicações à saúde, tais como prática de sexo sem proteção, aumento no risco de dependência em idade adulta, queda no desempenho cognitivo e escolar, entre outros.


NotíCIAs

Cecoi tem curso novo na programação 2016 Competições A expectativa é grande para o Festival de Leitura, que é realizado durante todo o mês de abril. Ao longo do período, os estudantes são convidados a emprestar livros da biblioteca do Cecoi e apresentar um resumo, comprovando a leitura. Os três alunos que mais tiverem resumos ganham um tablet cada.

FESTA DE PÁSCOA... Aproximadamente 400 pessoas comemoraram com o Cecoi a festa de páscoa, e como já é tradição, não faltou o ovo de chocolate.

“No ano passado, fomos surpreendidos com o empréstimo de 300 livros e esperamos que este ano o resultado seja ainda melhor”,

comenta Natana Arrigo de Oliveira, auxiliar administrativo da unidade. As expectativas também são boas para a Olimpíada de Tabuada. A competição é realizada em duas etapas e dividas em três categorias. “Os alunos gostam dessas atividades, são estimulados pelos prêmios, e nós temos a oportunidade de aumentar a participação nas aulas de matemática e português, por exemplo”, conclui Natana.

arquivo Usina

O Instituto de Desenvolvimento Social Itaquerê (Cecoi) oferecerá o curso Noções de Páginas de Web na programação 2016, seguindo a demanda de capitação digital de jovens. O curso será ministrado aos sábados e é uma opção a mais para os alunos que gostam das aulas de Informática e Edição de Imagem. Atualmente com 28 voluntários, o Instituto atende aproximadamente 350 crianças e adolescentes da cidade. Aberto de segunda a sábado, os alunos contam com 21 cursos, dentre os quais estão o de Administração, Caratê, Dança, Elétrica, Leitura, Pintura, Português, Teatro e Violão. As comemorações também já estão no calendário, assim como a Olimpíada de Tabuada e o Festival de Leitura. “A Festa de Páscoa foi realizada no dia 19 de março, o Festival de Leitura será em abril e a Olimpíada em maio. Vale lembrar que os alunos que se destacarem nos dois últimos ganham tablets. Teremos ainda a Festa Junina e a ida ao cinema, em julho”, informa Neliza Fortunato Pimenta Neves, coordenadora do Instituto. CoNFIANÇA

Colaboradores se tornam comunicadores

arquivo Usina

Visando a comunicação eficaz, a Usina Santa Fé criou dois grupos de colaboradores com intuito de transmitir informações fundamentais para os co-

legas e para a empresa. Formados por colaboradores da industria e da agrícola, esses grupos de representantes informam aos colegas sobre as medidas adotadas pela companhia, esclarecem dúvidas, trazem sugestões, enfim, tem um espaço onde podem expressar seus anseios. “Construímos um elo que nos permite ouvir o que os nossos colaboradoComissão reunida res desejam, assim como nos dá a oportunidade de esclarecer as suas dúvidas, de dar a eles informações corretas, verdadeiras. Estamos muito satisfeitos com o resultado”, comemora Maria José Gonçalves Gomes, gerente de RH. Os representantes também estão felizes com a dinâmica da comissão. O líder de produção Ednaldo Soares Vilela, que repreEdnaldo Soares Vilela e Rogério Augusto dos Santos senta a indústria, participa

do grupo há um ano e gosta da função.

“A gente acompanha as decisões, pode tirar dúvida e explicar para os colegas o que está acontecendo. A gente também fala para a empresa o que os colaboradores acham, o que beneficia a maioria. Acho bom porque assim todos ficam sabendo”. Para o operador de moenda Rogério Augusto dos Santos, também da comissão da indústria, o principal beneficio da comissão é a aproximação entre os colaboradores e a administração. “A gente compartilha com os colegas o que a diretoria está fazendo e os motivos. Todo mundo passa a entender melhor um o lado do outro”, declara. O operador de máquinas agrícolas Paulo Sérgio Fernandes, da comissão agrícola, participa da comissão há um ano. “A gente tem liberdade para perguntar o que a gente quer para a empresa e os nossos colegas nos perguntam coisas o tempo todo. Se a gente não sabe, pergunta também. Isso é muito bom porque todo mundo fica sabendo o que está acontecendo”, resume Fernandes. 3


ReCoNHeCImeNto

Colaboradores conquistam prêmio em eficiência energética Projeto pode reduzir em 7% o consumo de energia elétrica em um ano; retorno do investimento seria em apenas 24 meses Entre 87 projetos, o apresentado em nome da Usina Santa Fé foi considerado um dos melhores pelo Programa Educacional de Eficiência Energética da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) no final de 2015. O projeto engloba a substituição de motores e de acionamentos convencionais por inversores de frequência, resultando na redução de consumo aproximada de 7% ao ano e a possibilidade da venda de energia. Os autores do projeto Eficiência Energética em Força Motriz, Sidinei Donizete Giacomelli, coordenador de Utilidades, e Eric Correia Lépori, analista de Projetos, levantaram o consumo e rendimento dos motores elétricos através do banco de dados do fabricante, a WEG Motores. Com base no banco de dados, observou- se que oportunidade de economia de energia está nos motores com a potência maior que 20 CV e acima de 15 anos de fabricação, alcançando em média um rendimento de 4,8%. Sendo assim, 82 dos 450 motores da planta foram incluídos no projeto de eficiência energética - apenas 18% dos motores. “De modo geral, os motores mais antigos têm baixa eficiência energética e são eles que devem ser substituídos por outros de alto rendimento. O projeto também consiste em instalar inversores de frequência nos acionamentos com cargas de características quadráticas - ventiladores, exaustores e bombas centrifugas. É a renovação parcial

Programa é voltado para grandes consumidores

da planta”, explica Giacomelli. Além da redução efetiva do consumo de energia elétrica, em torno de 3.772 MWh ano, o projeto tem um custo relativamente baixo diante dos benefícios que pode trazer para a empresa. Segundo Giacomelli, o investimento total seria de R$ 1.909 milhão e incluiria, além da substituição dos 82 motores, a instalação dos dez inversores de frequência, e o custo de instalação dos mesmos. Lépori, por sua vez, ressalta que todo projeto que apresenta payback (retorno) inferior a 3 anos é considerado viável. “Neste caso, o tempo de retorno do investimento é de 2 anos e 3 meses, o que é considerado muito bom em termos de projeto. Sem contar o custo com manutenção dos equipamentos, que também seria reduzido ”, declara.

O Programa Educacional de Eficiência Energética da CPFL é voltado para os grandes consumidores. O objetivo principal é propiciar a redução do consumo de energia elétrica, trazendo economia para a empresa e preservando o sistema atual. Na última edição, 142 empresas foram convidadas a participar do programa, que tem a duração de um ano, conta com aulas online e, eventualmente, encontros presenciais para a troca de conhecimento. Do total das empresas, 87 apresentaram projetos. Não há custo para a empresa participante.

“Neste caso, o tempo de retorno do investimento é de 2 anos e 3 meses, o que é considerado muito bom em termos de projeto” Sidinei Donizete Giacomelli e Eric Correia Lépori

Entenda as siglas que foram usadas no texto - CV: Potência em cavalo vapor, utilizada em motores elétricos; kWh: Potência em kilowatt hora, utilizada para medir a energia produzida multiplicada por 1.000; MWh: Potência em megawatt hora, utilizada para medir a energia produzida multiplicada por 1.000.000

multIPlICADoRes

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meiros socorros. Sidnei Donizete Giacomelli, coordenador de Utilidades, tratou sobre instalações e serviços elétricos, de modo geral. arquivo Usina

Os colaboradores da Usina Santa Fé participaram, entre os dias 18 e 22 de janeiro, do curso de Reciclagem do Módulo Básico da NR 10 – Serviços Elétricos. O curso foi ministrado por colaboradores/multiplicadores da empresa. Cassiano Matinata Domingo Felipe, técnico em segurança do trabalho, abordou o combate a incêndio, trazendo as principais diferenças entre os extintores e suas indicações de uso, assim como o modo correto de manuseio, ensinou como combater incêndio com extintores. Maria Suely Alves de Jesus, enfermeira, por sua vez, trouxe informações sobre a importância do primeiro atendimento e como conduzir os pri-

arquivo Usina

Usina promove reciclagem da NR 10

Simulação de massagem cardiaca

Cassiano ensinando a utilizar o exintor


GeNte NoVA

Nova gestão busca perenidade da companhia Executivo está há cinco meses à frente da Santa Fé; perspectivas são de crescimento, preservadas condições do mercado internacional Há cinco anos, os acionistas da Usina Santa Fé deram o ponta pé inicial no processo de profissionalização da gestão da empresa, cujo passo mais recente foi a chegada do executivo Antonio Carlos Christiano à companhia. Com o propósito de garantir perenidade à empresa, meta estabelecida pelo Conselho de Administração, o CEO* trabalha para o fortalecimento da organização, o aumento do lucro e da rentabilidade e a redução do endividamento. Christiano, como gosta de ser chamado, está otimista e acredita que, em três anos, a empresa será uma das melhores sucroalcooleiras do País. O otimismo, no entanto, não é gratuito. Exportadora, a Usina Santa Fé tem pelos próximos anos um mercado carente de açúcar, e com o preço do etanol favorável, há condições bastante positivas para a concretização das metas. Além disso, as adversidades enfrentadas pela empresa são pertinentes ao setor e à conjuntura atual, uma vez que não existem problemas estruturais. “Não será fácil. Precisaremos trabalhar muito, mas é importante para que a empresa sobreviva e se fortaleça para crescer e gerar mais empregos. Algumas medidas serão duras, mas melhor para os colaboradores a médio e longo prazo”, afirma o CEO. Descartando demissões, o CEO sustenta o projeto proposto – e aprovado pelo Conselho de Administração – ratificando que uma empresa fraca está mais propensa a cortes de pessoal e de ser absorvida pela concorrência, ao contrário do que está planejado para a Santa Fé. O Conselho de Administração, órgão estatutário, com responsabilidade solidária à gestão, é composto por membros da família Malzoni, acionistas da companhia, e por dois conselheiros independentes. “O objetivo é muito claro. Tornar a companhia mais forte, muito competitiva e mais lucrativa. Dessa forma, fica menos exposta a oscilações de mercado. Trabalhamos para que a companhia siga sempre com a família Malzoni.” *CEO é a sigla inglesa de Chief Executive Officer, que significa Diretor Executivo, em português.

“O objetivo é muito claro. Tornar a companhia mais forte, muito competitiva e mais lucrativa.” Qualificação de colaboradores deve ser ampliada

A fim de melhorar os níveis de qualidade e produtividade, bem como o tecnológico, a Usina Santa Fé deve investir no desenvolvimento do capital humano. Um dos projetos inclui a ampliação dos programas de qualificação de seus colaboradores por meio de bolsas de estudos. Um segundo é a formatação de um plano de carreira que permita a retenção dos melhores talentos na companhia. “Teremos que suprir a carência de mão de obra em algumas áreas buscando no mercado, mas o que mais queremos é que nossos jovens talentos cresçam conosco. Isso sem deixar de qualificar nossos colaborares em geral e oferecer a eles a oportunidade de seguir uma longa e bonita carreira na Santa Fé”, finaliza.

Safra

Uma das medidas adotadas para garantir o bom momento do mercado internacional para o açúcar já está em vigor nesta safra. Depois de um estudo detalhado e investimento significativo na agrícola e indústria, a Santa Fé aumentou em uma mil tonelada/dia o processamento de cana para a produção de açúcar e etanol. Na safra 20162017, haverá capacidade instalada para processar 22 mil toneladas por dia, ao invés das 21 mil toneladas da safra anterior.

Transparência caracterizará gestão O CEO Antonio Carlos Christiano acredita que a transparência será outra marca da sua gestão. Acessível, ele afirma estar disponível para sanar dúvidas de acionistas, colaboradores e fornecedores e destaca que todos os compromissos financeiros serão honrados.

“Ninguém faz nada sozinho. O Conselho aprovará as estratégias, os colaboradores conhecerão as metas e os fornecedores nossas

expectativas. E vamos honrar com todos os pagamentos”, declara. Um passo importante que objetiva a transparência da gestão começou em março, com a realização de reuniões mensais de performance para que os gerentes de todas as áreas apresentem seus progressos, apontando eventuais falhas no processo que precisam ser corrigidas.

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INVestImeNto

Jovem Aprendiz forma cidadãos Orgulho, oportunidade e responsabilidade representam projeto na vida de colaboradora Ver três de seus quatro filhos em um programa de capacitação profissional da empresa em que trabalha faz parte do dia a dia de Adalgisa Ferreira da Silva Pereira, que integra o quadro da Usina Santa Fé há três anos. Orgulhosa das filhas, comemora a formação profissional e a aprendizagem de vida graças ao Programa Jovem Aprendiz da Usina Santa Fé, uma parceria com o Senai. Débora, de 17 anos, Ana Luiza, de 16, e Julia, de 15, se inscreveram no processo seletivo, foram aprovadas e ingressaram no curso de Mecânica em 2015. Segundo a mãe, já desmontaram e montaram motor, são exemplos para o caçula da família, Daniel, de 13 anos, e estão confiantes na possibilidade de conquistar um trabalho ao término do curso. “Tenho muito orgulho por que as três passaram na prova e estão tendo uma oportunidade que não tive, de estudar, ter uma profissão e ainda receber salário para isso. E também podem pegar um serviço quando o curso terminar”, afirma. Antes de encarar o mercado de trabalho, entretanto, as irmãs têm um outro objetivo: conhecer a praia. Adalgisa, que não conhece o mar, autorizou a ida das meninas à litorânea Praia Grande, no final do ano. A viagem será paga por elas, graças ao salário do programa. “Eu não conheço a praia, mas quero que elas conheçam. Elas é que pagarão a viagem. Mostra que elas estão mais responsáveis, aprenderam também a lidar com o dinheiro e valorizam o trabalho. Isso também é por causa do programa”, conclui.

Programa pode ser a chance do primeiro emprego Além da capacitação profissional, informações quanto ao mercado de trabalho, noções claras de cidadania e de trabalho em equipe e mesmo orientação de como se comportar em uma entrevista de emprego, o Programa Jovem Aprendiz também pode ser a oportunidade de conquistar o primeiro emprego.

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“Eu estou vendo que estão mais responsáveis, tanto aqui como em casa. É uma aprendizagem para a vida”

Adalgisa

“Aprendi muita coisa aqui, uma profissão. Se não fosse o programa, teria que trabalhar em outra cidade, talvez com vendas”.

Daiza

“A gente tem oportunidade de trabalho, educação e preparação para o mercado de trabalho”.

Samuel

Pelo menos esse foi o caso de Daiza Helena dos Santos Machado, de 19 anos, auxiliar administrativa que atua no Departamento de Gerenciamento Agrícola há 10 meses. Ela ingressou na primeira turma do Programa Jovem Aprendiz, em 2014, e quatro meses depois de formada integrava o quadro de efetivos da Usina Santa Fé. “É bem gratificante porque a gente vê o reconhecimento de nosso esforço como aprendiz. Foi no programa que aprendi a fazer a maioria das minhas atividades de hoje, é bem compatível. E o programa, a capacitação, ainda possibilitou que eu ficasse aqui, que eu não precisasse procurar emprego em

outra cidade”, diz. Samuel Felipe Amaral, de 20 anos, também concluiu o programa em 2014 e, logo após o término, assumiu a função que desempenhava como Jovem Aprendiz, no Planejamento/Controle de Materiais. Ele está há um ano como colaborador efetivo da Usina e começará o curso técnico em Agropecuária este ano. “Ajuda muito principalmente para a gente conseguir o primeiro emprego. Eu indico o programa para outros colegas. Ele dá oportunidade de trabalho, educação, nos prepara para o mercado e a gente pode continuar na cidade”, afirma.


estímulo

Santa Fé e Fatec mantêm parceria Fapesp estuda influência do tempo de armazenamento e grau de impureza na qualidade do caldo período limite de armazenagem da cana crua picada no pátio antes que essa comprometa a qualidade do mosto, fermentação alcoólica e do vinho para produção de bioetanol. Com o resultado, a indústria poderá potencializar a sua produção, além de permitir planejar com mais segurança eventual manutenção na planta, segundo a engenheira de Automação e Controle Elaine Hartmann Ferri. “É um estudo inédito que nos permitirá melhorar toda a sistemática da indústria e agrícola, ganhando em qualidade e produtividade. O resul-

tado preliminar mostra que em até 24 horas não há comprometimento da qualidade. No entanto, há uma série de variáveis envolvidas que precisam ser consideradas”, esclarece. Na segunda frente, que trata das impurezas minerais e vegetais, a Usina cede a cana que, após a moagem, é analisada também nos laboratórios da Fatec. “Aqui vamos identificar onde perdemos qualidade, em virtude da rastreabilidade. Sem dúvidas, é uma parceria interessante, na qual a empresa cede a cana e prepara as amostras, e a faculdade faz a análise e tabula os resultados”, pondera. arquivo Usina

Uma parceria que começou há três anos e que deve resultar em melhorias em toda a sistemática da indústria e agrícola. É assim que é visto o projeto “Qualidade do xarope e do vinho em função da cana picada provisionada e com diferentes tipos de impurezas vegetais”, conduzido pelo professor Leonardo Lucas Madaleno, do Curso de Biocombustíveis da Faculdade de Tecnologia Nilo De Stéfani (Fatec), de Jaboticabal, e conta com total apoio da Usina Santa Fé e financiamento Fapesp. O projeto é desenvolvido em duas frentes. A primeira busca identificar o

As etapas do processo

PARCERIA

+Cana +Verde Parceiros da Produção discute produtividade e custos

Projeto chega na quarta edição com aprovação de parceiros e reflexos positivos na produtividade O aumento de 8% na produtividade na safra 2015/2016, se comparado à safra anterior, é apontado com um dos reflexos do programa +Cana +Verde, segundo o engenheiro agrônomo Bruno Camarotti, analista de fornecedores da Usina Santa Fé. O programa é desenvolvido há dois anos pela empresa e chegou à quarta edição em fevereiro. “O que buscamos é aumentar a produtividade e diminuir os custos, o que representa ganho para todos. E já sentimos o reflexo das discussões que trouxemos aqui na produtividade e, principalmente, na aproximação da Usina com seus fornecedores, seus parceiros”, afirma. Na última edição, que contou com a participação de cerca de 300 fornecedores, foram tratados assuntos como as variedades de cana, agricultura de precisão, nutrição e fisiologia da planta e adubos. Os temas foram abordados pelas empresas Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), Coopercitrus, Stoller e Vera Cruz. José Renato Estevo, fornecedor da

Usina há três gerações, presente desde o primeiro evento, aprova a iniciativa da empresa, que se aproximou do produtor para conhecer a sua realidade e mostrou alternativas para otimizar a produção. O próximo evento será realizado no final do ano.

“É muito importante que a gente conheça as dificuldades da Usina, e a Usina as nossas, para que possamos aprimorar os processos. Venho desde o primeiro evento e já adotei algumas das propostas apresentadas aqui na minha propriedade, no preparo do solo e variedade de cana. Sem dúvidas estarei no próximo”.

Estevo

Bruno Camarotti e José Renato Estevo

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QuAlIFICAÇÃo

Usina oferece estrutura diferenciada para aperfeiçoamento profissional Senai e Santa Fé certificam a primeira turma de 2016; local também abriga aulas do Jovem Aprendiz Potencializar o trabalho nas oficinas por meio da qualificação profissional é uma prática adotada pela Usina Santa Fé graças a uma parceria firmada com o Senai. No ano passado, porém, a parceria ganhou novos ares e os colaboradores ganharam uma estrutura apropriada para a aprendizagem com o Centro de Capacitação, no centro da cidade. Os adolescentes do programa Jovem Aprendiz também usufruem da estrutura. Instalado em uma área de mais de 1.200 m² e totalmente adaptado para deficientes físicos e munido de equipamentos de última geração, o Centro de Capacitação conta com Galpão de Mecânica medindo cerca de 200 m², Laboratório de Pneumática, Laboratório de Informática, Sala de Aula Convencional, sanitários e mezanino para Sala dos Professores.

“É uma semente plantada, queremos que cresça muito mais, que ofereça futuramente mais cursos. O Senai vai além da formação profissional, é desenvolvimento de cidadãos. Estes jovens são envolvidos pelos estudos em um momento que poderiam estar na ociosidade”,

comenta Roberto Malzoni Filho. A primeira turma a usufruir do espaço já foi certificada pelo curso de Injeção Eletrônica, realizado em fevereiro, com duração de 40 horas e a participação de 16 colaboradores no período noturno. “Este primeiro curso foi voltado para mecânicos e o que pudemos observar é que eles já estão aplicando o conhecimento. Hoje, 50% dos problemas dos veículos estão relacionados à injeção eletrônica”, afirma José Carlos Alves, encarregado de Manutenção. Alves ainda aponta outras vantagens da capacitação dos colaboradores. “Para a empresa representa diminuição do custo para o conserto, redução do tempo que o veículo fica parado e aumento da disponibilidade para o trabalho. Para o colaborador, representa capacitação profissional, um diferencial além”, finaliza. O segundo curso foi realizado em março, voltado aos eletricistas. Eles receberam qualificação acerca de ar condicionado. “Eu gostei do curso de injeção eletrônica. Este primeiro curso

Dr. Roberto (ao centro) entre os alunos do Programa Jovem Aprendiz

Galpão de mecânica

valeu muito porque pude tirar minhas dúvidas e aprender um pouco mais do que já sabia”, afirma o eletricista de autos Douglas Soares. A iniciativa da empresa, que não tem qualquer custo para os funcionários, também recebe a aprovação de o mecânico de autos Caio Henrique Malaquias. “Tem coisa que a gente não aplica na nossa área, mas o curso mostrou a importância da parte elétrica e tivemos uma boa noção de como funciona o caminhão”. Reinaldo Padilha, também mecânico de autos, compartilha a opinião de Malaquias.

Laboratório de Pneumática

“O curso me ajudou a entender melhor a parte elétrica do caminhão, abriu a mente. Achei muito proveitoso e já estou até pensando em fazer um curso de elétrica por causa do mercado de trabalho”, declara. Já o mecânico de autos Edilson Rodrigues Pinotti sugere um outro curso: “aprender coisa nova sempre é interessante. Conhecimento nunca é demais. Agora, eles poderiam oferecer também um curso de simbologia hidráulica. Tem mais a ver com a nossa área”, conclui.

Primeira turma formada em Manutenção de Injeção eletrônica


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