Segurança do Paciente Luciano Cícero MBA em Gestão de Negócios em Saúde pela UNIFACEF Formado em Gestão pela Qualidade pelo Centro Universitário Barão de Mauá – Ribeirão Preto Capacitação em Segurança do Paciente pelo IHI (Institute for Healthcare Improvement ), E.U.A. Capacitação em Gerenciamento de Risco pelo Hospital São Camilo Avaliador interno da ONA, certificado pelo pela DNV, IQG e pela ONA Analista da Qualidade do São Joaquim hospital e Maternidade Membro de Comissão de Gerenciamento de Riscos do Hospital.
O São Joaquim em Números 113 leitos 287 cooperados 497 colaboradores 11.523,14 m2, área construída
2003 Início da busca pela certificação
Realização de diagnóstico para a certificação
2004
2008 - 2011
Certificação de nível 1
Certificação de nível 2
Formação de Grupos de Trabalho.
Busca pela certificação de nível 3
O cenário da insegurança
De acordo com o relatório “ To err is human”, publicado em 1999, pelo Institute Of Medicine (IOM): • Estima-se que 98.000 pessoas morrem a cada ano devido a erros no processo assistencial; • Mais pessoas morrem por erros na assistência à saúde do que por acidentes por veículos automotores, AIDS ou Neoplasia de Mama.
O cenário da insegurança De acordo com o relatório “ To err is human”, publicado em 1999, pelo Institute Of Medicine (IOM): • O Centers of Disease Control and Prevention (CDC), estima que por ano, 2 milhões de pacientes adquirem infecções relacionadas à assistência à saúde. • Eventos Adversos (Eas) são a oitava causa de mortes. • Os estudos mostram que mais da metade dos eventos adversos poderiam ser prevenidos.
Um caso para ilustrar O mistério do quarto 311 (fato verídico) “Durante
alguns meses acreditou-se que o quarto 311, de um
hospital municipal da África do Sul, Sul tinha uma maldição. Todas as sextasfeiras de manhã, os enfermeiros descobriam um paciente morto neste quarto da unidade de cuidados intensivos. Claro que os pacientes tinham sido alvo de tratamentos de risco mas, no entanto, já não se encontravam em perigo de morte. A equipe médica, perplexa pensou que existisse alguma contaminação bacteriológica no ar do quarto. Alertadas pelos familiares das vítimas, as autoridades conduziram um inquérito. No entanto, os pacientes do 311 continuaram a morrer em um ritmo semanal e sempre às sextas-feiras.
Um caso para ilustrar
Por fim, foi colocada uma câmera de vídeo no quarto. E o mistério resolveu-se: todas as sextas-feiras de manhã, pelas 6 horas, a funcionária da limpeza desligava o respirador artificial do doente para ligar o aspirador de pó !!!”
Fonte:
Agência Nacional de Vigilância Sanitária
Qual a causa desses eventos?
A Gestão do Risco Vulnerability Threats
Materiais Financeiros Imagem Danos a pessoas
O risco é um valor estimado que leva em consideração a probabilidade de ocorrência de um dano e a gravidade de tal dano. Reason 2000
A Gestão do Risco Perigo
Potencial Probabilidade de ocorrência de um evento
Barreiras
Medidas de prevenção do risco
Consequências
Erro / Quase Erro
Recuperação
Análise Crítica
O FOCO DEVE SER SEMPRE A PREVENÇÃO!! Escores de Risco Evidências na Gestão do Risco Programas de Segurança
Escores de Risco Os Escores de Risco são modelos multivariados desenvolvidos e validados em estudos de coorte, permitindo que marcadores sejam computados conjuntamente, considerando o valor prognóstico ponderado de cada um deles.
Há evidências de que os escores de risco possuem acurácia prognóstica e reprodutibilidade superior à impressão clínica de médicos experientes. E é fácil entender a razão: é praticamente impossível computar mentalmente todas as variáveis prognósticas. Por esse motivo, os escores representam a forma mais adequada para estimativa de risco.
Escores de Risco Escores para garantia de segurança do paciente 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8.
Queda Lesão de Pele Bronco Aspiração Tromboembolismo Venoso Eventos Cardíacos Deteriorização Clínica Pneumonia Associada a Ventilação Risco de Infecção
Evidências na Gestão do Risco Grupos Susceptíveis à RAM - Extremos de idade 1. Neonatos e crianças 2. Idosos
- Obesos 1. Massa de tecido adiposo aumentada => altera a distribuição
- Ajuste de doses 1. 2. 3. 4.
Insuficiência renal Insuficiência hepática Hipersensibilidade Polimedicação: interações medicamentosas
Medicamentos de Risco Anticoagulantes: • • • • •
Clopidogrel Enoxaparina Heparina Varfarina sódica Pentoxifilina
Antineoplásicos (todos) Opiáceos: • •
Codeína+paracetamol Morfina
•
Insulinas:
• •
Insulina regular 100 ui / ml sc Insulina nph 100 ui / ml sc
Benzodiazepinicos: • • • •
Alprazolam Clonazepam Diazepam Midazolam
Outros: • • • • • •
Succinilcolina (Quelicin) Fenitoína Digoxina Cloreto de potássio Pancurônio (Pavulon) Sulfato de Magnésio
Uso de Antibióticos
30% dos gastos com medicamentos nos hospitais é com antibióticos
30% a 40% dos pacientes internados em algum momento fazem uso de antibióticos
Mais de 50% das prescrições são inadequadas:
Estudo detectou 40% prescrição de antibiótico para tratar infecções respiratórias virais
Via de administração Dose Indicação
Terapia Medicamentosa
Instabilidade Clínica
70% dos pacientes mostram evidências de deterioração respiratória 8 horas antes da PCR A maioria das PCR intra hospitalares é potencialmente evitável e 100% recebe tratamento inadequado. 66% dos pacientes mostram sinais e sintomas anormais 6 horas antes da PCR e em apenas25% ocorre comunicação médica.
Instabilidade Clínica Sinais de Alerta 1- Preocupação da equipe com o paciente (“não parece bem”) 2- Alteração súbita na freqüência cardíaca < 50 ou > 110 bpm; 3- Alteração súbita na pressão arterial sistólica < 90 mmHg; 4- Alteração subida na freqüência respiratória < 10 ou >24 por minuto ou comprometimento de via aérea; 5- Alteração súbita na saturação de O2 < 90% 6- Alteração súbita do nível de consciência 7- Débito urinário < 0,5 ml/kg/hora 8- Desconforto respiratório 9 – Déficit neurológico agudo 10 – Dor torácica 11- Sangramento agudo importante 12- Síncope
Assistência Cirurgia Segura Protocolo de Cirurgia Segura 1. Lateralidade 2. Alergias 3. Dificuldade respiratória 4. Risco de Sangramento 5. Antibiótico profilático 6. Contagem de instrumentais 7. Identificação das peças anatômicas 8. Temperatura 9. Identificação das comorbidades 10. Avaliação pré anestésica
Uso de bombas de Infusão Fornecer especificação das diferentes bombas de infusão e seu uso; Padrão de calculo dos medicamentos para bomba; Definir orientação quanto a força/contração das diferentes bombas; Definir padronização para monitoramento do equipamento no processo de terapia; Fornecer especificações das características das soluções de infusão intravenosa, considerando tipo de diluição e tempo de infusão; Paciente com CA de mama, última dose da quimioterapia aumentada pelo médico. Retorna na emergência, prescrito droga vasoativa em bomba de infusão. Enfermeira esquece a pinça fechada da bomba. Paciente morre na UTI. (Alerta – IQG)
Acolhimento nas Emergências Acompanhamento T1 – Triagem T2 – Abordagem médica T3 – Diagnóstico T4 – Tempo no repouso T5 – Tempo do repouso à internação
Informação X Segurança FAZER E NÃO REGISTRAR REGISTRAR E NÃO INFORMAR INFORMAR E NÃO MONITORAR MONITORAR E AVALIAR É O MESMO QUE NÃO FAZER
Qualidade da informação é proporcional a Qualidade da Assistência Na ausência do registro da informação é difícil fazer inferências sobre qualidade
Seguranรงa do Paciente Iniciativas
OMS
Meta 1: Identifique os pacientes corretamente
Meta 2: Melhore a comunicação efetiva
Meta 3: Melhore a segurança de medicamentos potencialmente perigosos
Meta 4: Elimine cirurgias de local-errado, paciente-errado e procedimentos incorretos
Meta 5: Reduza o risco de infecções
Meta 6: Quedas: reduza o risco de danos aos pacientes
Bundles do IHI Bundles são medidas de segurança do paciente implementadas na campanha: Salve 5 milhões de vidas. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12.
Equipe de Resposta Rápida Infarto Agudo do Miocárdio Reconciliação Medicamentosa Infecção da Corrente Sanguínea por Cateter Venoso Central Infecção do Sítio Cirúrgico Pneumonia Associada à Ventilação Úlcera por Pressão Medicações de Alto Risco Complicações Cirúrgicas Insuficiência Cardíaca Infecção por S. aureus meticilino resistente (MRSA) Envolver a Liderança do Hospital
Rede Sentinela Rede criada pela ANVISA com o objetivo de fomentar o Conhecimento dos hospitais acerca da segurança do paciente Sobre os aspectos da: 1. 2. 3. 4. 5.
Tecnovigilância Farmacovigilãncia Hemovigilância Controle de Infecções Gerenciamento de Resíduos
O que já conseguimos Bundles do IHI
Comissão
Segurança do Paciente
Auditoria Clínica
Grupo de Estudos
Quanto Avançamos
EVOLUÇÃO DO ENTENDIMENTO PASSADO
PRESENTE
Reduzir custos Evitar custos
Reduzir custos Processos Protocolos Reduzir erros
FUTURO Aumentar valor Epidemiologia Ações Preventivas Performance
A nova realidade demográfica e epidemiológica brasileira aponta para a urgência de mudanças e inovação no sistema de saúde, criando propostas diferenciadas afim de que o sistema ganhe efetividade e o idoso possa usufruir integralmente os anos proporcionados pelo avanço da ciência.
“Insanidade é fazer sempre as mesmas coisas, esperando resultados diferentes.” Albert Einstein
Obrigado!! luciano.silva@sjh.com.br (16) 3711- 7662