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que Por Certezas
IMPeLIdO MaIS POR dúVIdaS dO qUe POR CeRteZaS
atILIO CIRaUdO*
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caminho foi traçado A rota coube a ambos O destino, a mim, que cri em ilusões.
Vamos? Seria por insistência que venceria todos os pedidos, assim como que nada mais poderia ser feito? Incluir em todos os momentos, todas as situações, sempre que o motivo levasse a se isolarem? Tinha o cuidado de não se expor para que a intenção ficasse somente naquele nível básico, se for, seremos um a complementar o outro. Mas existia muita sutileza nos atos, nas palavras, que até em si embaralhava os sentidos. O que sentia ainda estava indefinido, era algo novo, mas a sensação já era por demais conhecida, leves, porém determinantes para aquele propósito, que ia além do que imaginava poder ser.
Às vezes minguavam as esperanças, era ilusória a idéia de que aquilo estava acontecendo sem que nada levasse ao concreto. Sabia que poderia ir além, mas prendia para que no momento oportuno as coisas surgissem com mais clareza, naturalmente assim visse que estava acontecendo não por medo, mas por pudor de quanto delicado assim via.
Certeza não teria se não passasse do jogo de pequenas e poucas palavras, algumas chaves, porém dúbias para o lance que poderia ser definitivo e se chegar à reta final.
Algumas vezes pensava em recuar, passar por cima e concluir que tudo não foi mais do que uma fantasia, mas não era chegado a se entregar sem ver claro o que buscava, mesmo se o resultado viesse de uma forma imprópria, triste ou dolorosa.
Vivia a angústia do tempo. Tempo de espera, tempo de ausência, tempo de presença que limitado era insuficiente por demais para expor os seus anseios e desejos.
Sabia que estavam próximas as respostas daquilo que buscava, se é que sabia, e que mais temia era que na insistência do vamos, nunca viesse a acontecer.