LITERATURA_Versos de guardanapo vira livro de poemas em "Eu me chamo Antônio"

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SALVADOR TERÇA-FEIRA 17/12/2013

Reprodução

LETRAS Sucesso nas redes sociais, Eu Me Chamo Antônio foi autografado na Cultura

Versos escritos em guardanapo migram para páginas de livro

”Eu acabei gostando do resultado, fotografei, criei uma página e fui postando” PEDRO ANTÔNIO GABRIEL, autor do livro

EU ME CHAMO ANTÔNIO / PEDRO GABRIEL

Os registros em guardanapo surgiram quando Pedro estava na mesa de um bar do Rio de Janeiro Lúcio Távora / Ag. A TARDE

THALITA LIMA

Com a popularidade da página Eu Me Chamo Antônio, que somou mais de 400 mil seguidores, a poesia em guardanapo de Pedro Gabriel se estendeu para as páginas de um livro. Em lançamento no último domingo, na Livraria Cultura, o autor apresentou a obra, que reúne cerca de 100 guardanapos, 90% inéditos. A história começou quando Pedro estava num bar tradicional da capital carioca, o Café Lamas. Cansado do trabalho, ele decidiu desabafar, em palavras, suas impressões sobre o cotidiano. Com caneta, mas sem papel na mão, ele escreveu suas ideias no primeiro objeto que viu à frente: um guardanapo. “Eu acabei gostando do resultado,fotografei,crieiumapágina e fui postando”, explicou Pedro. Seu registro se popularizou e ganhou admiradores, que interagem com ele nas redes sociais. A estudante Ariele Francis, 21 anos, é uma das seguidoras. Ela veio de Catu, a mais de 70 km de Salvador, e estava na fila para autografar o livro comprado pela segunda vez (tinha esquecido em casa o que adquiriu na pré-venda). “São ótimos os poemas dele. Ele escreve para quem está junto e para quem se separou”, disse a estudante sobre as poesias românticas.

Intrínseca/ 192 p./ R$ 29,90/ www.intrinseca.com.br

Além do amor, a saudade e a liberdade estão entre os temas principais. “Quando falo de saudade, eu lembro muito de Cabo Verde, o país onde passei minha infância. Lá é um ponto de partidas e chegadas. Ninguém ficava muito tempo ali”, afirma Pedro. Essas vivências são traduzidas nos seus trocadilhos poéticos, que brincam com o sentido das palavras. Entre eles, “Tirei a roupa do dia e a noite ficou toda lua”, “Leve-me, o mundo anda tão pesado” e “Na dança do amor, dor pra lá, dor pra cá”.

O autor e o alter ego

O autor Pedro Antônio Gabriel durante o lançamento do livro, na tarde do último domingo, na Livraria Cultura (Salvador Shopping)

Pedro Antônio Gabriel Anhorn nasceu na República do Chade, África,quandoamãe(brasileira) e o pai (suíço) se mudaram em função de um trabalho do pai. Chade é uma ex-colônia francesa e, morando lá, Pedro foi alfabetizado em francês. Quando voltou ao Brasil, aos 12 anos, teve que aprender a se comunicar em português. “Passei a prestar mais atenção na grafia das palavras, na sonoridade. Isso me ajudou a encontrar essa forma de expressão”, disse. Já Antônio, segundo o autor, é uma espécie de alter ego seu, que expressa os sentimentos mais facilmente. “Nesse sentido, sem dúvida, o Antônio é muito mais corajoso do que o Pedro”, afirmou.

Veuliah lança segundo CD em show com Pandora e Behaviour, sábado, no Portela Café Ana Prado / Divulgação

Coletânea Chico Castro Jr. Jornalista e repórter do Caderno 2+

Parte da vasta e respeitada cena de heavy metal baiana, a banda Veuliah lança seu segundo álbum, Chaotic Genesis, com show neste sábado, no Portela Café. O baile metálico ainda conta com shows das bandas Pandora (de Bruno Leal, que nos anos 1990 liderava a lendária Mercy Killing) e Behaviour. Chaotic Genesis dá continuidade ao trabalho iniciado pela Veuliah em seu primeiro CD, Deep Visions of Unreality (2005): uma bem azeitada fusão da brutalidade death metal com teclados progressivos e melodias e harmonias mais suaves. Ambicioso, o segundo registro fonográfico do sexteto é também um álbum conceitual: ou seja, ele narra uma história com início, meio e fim, assim como um livro ou um filme.

Veuliah é Fabio e Julio Gouvêa, Ricardo Sanct, Luciano Veiga, Márcio Medeiros e Ricardo Agatte

Fundada em 1996, a Veuliah conta uma história com início, meio e fim no disco conceitual Chaotic Genesis

“É a história de uma pessoa que acompanhamos desde o nascimento”, conta o vocalista (e advogado) Fabio Gouvêa. “Essa pessoa está predestinada a salvar a humanidade, mas no meio do caminho ela se corrompe, morre e renasce, com a ideia de reiniciar o ciclo e tentar tudo de novo”, resume. Fabio diz que o que difere

“O primeiro CD era de composições que juntamos, um apanhado. Neste segundo, pensamos em compô-lo fechado, conceitual, com uma história coesa, mas mantendo o estilo carac-

CHER

THE KILLERS

BLUR

Após 12 anos, Cher retorna com Closer to the Truth. O CD está em 3º na Billboard e é Disco de Ouro no Canadá. O single Woman's World está em primeiro na Hot Dance Club Songs, lista das mais pedidas nas discotecas americanas. CLOSER TO THE TRUTH / WARNER MUSIC /

A coletânea traz uma amostra de como o quarteto de Las Vegas foi deixando a origem indie para se render ao rock de arena, sempre sob forte influência do U2. São 13 hits e duas inéditas – a oitentista Shot At The Night e Just Another Girl. DIRECT HITS / ISLAND

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RECORDS / R$ 29,90 SAMUEL LIMA

Chaotic Genesis do seu predecessor é que, neste, a obra foi “pensada do começo ao fim”.

terístico da banda”, detalha. Estilo que, variando a fonte, já teve algumas rotulações diferentes. “Antes chamavam de melodic death. Agora chamam de dark metal. Mas preferimos não definir muito e sim buscar sempre um estilo próprio, para além dos rótulos”, reivindica. “Mas o lance é esse mesmo: base death metal bem brutal, mas com linhas melódicas mais suaves, mais clássicas, sempre misturando agressividade com suavidade”, descreve Fabio. Em 2008, a Veuliah participou de um concurso para bandas brasileiras valendo vaga no tradicional festival alemão de heavy metal Wacken Open Air. Sagraram-se campeões do Norte-Nordeste, mas perderam na final em São Paulo para os paulistas da Torture Squad. “Ainda não chegamos a tocar na Europa, como (as locais) Headhunter e Malefector, mas está nos planos, sim”, conclui.

Beatles Social é hoje O evento Beatles Social Club é sempre na última terça-feira do mês. Mas como esta cai no dia 31 de dezembro, o BSC do mês é... hoje. Com Bathroom Windows, The Hats, Teenage Buzz e Fora de Cena. Na Companhia da Pizza, às 20 horas. Grátis.

La Roquestra quinta A fanfarra La Roquestra faz mais um baile pré-Carnaval do bloco Rolha Monstra. Black Sabbath, Rage Against The Machine e Iron Maiden para dançar de dedinho pra cima. Portela Café, quinta-feira, 22 horas, R$ 25.

I Hate Mondays too

DA PIZZA E PHNX ATHELIER)

Toda segunda-feira o Dubliner’s Irish Pub tem realizado o evento I Hate Mondays, sempre com a dupla blueseira Soda Acústica (Marconi Lins e Gabriel de Moura), mais convidados. 21 horas, entrada gratuita.

JAMES BLUNT

TOMADA

AMILTON GODOY TRIO

Banda símbolo do Cool Britannia (momento de efervescência cultural dos anos 90), o Blur tem esse Best relançado por conta de sua recente passagem no Brasil. De cabo a rabo, uma cartilha do melhor e do pior em ser jovem, inglês e boêmio. THE

Em seu quarto álbum, James Blunt aparece um pouco menos açucarado do que nos discos anteriores. Mas a tônica das baladas românticas continua a mesma, lenta e emotiva, especialmente em Miss America e Sun on Sunday. MOON LANDING / WARNER /

Ótima banda paulista de rock’ n’ roll, a Tomada conta em documentário suas andanças e trajetória pelo underground brasuca. Melhor ainda é vê-los ao vivo, no show incluído no DVD. Sangue, sentimento e suor na veia. XII - ESTRADAS, SONS E ESTÓRIAS NA TERRA DO ROCK TUPINIQUIM

Fundador do lendário Zimbo Trio, o pianista Amilton Godoy solta os cachorros neste primeiro registro do seu novo trio. Com Marinho Andreotti (baixo) e Pércio Sapia (bateria), Godoy manda ver em dez faixas de puro suingue instrumental. AUTORAL VOL. 1 / DG

BEST OF / WARNER / R$ 29,90 CCJR.

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PROD. / PREÇO NÃO DIVULGADO CCJR.

Melodic death, dark metal

VEULIAH / LANÇAMENTO: CHAOTIC GENESIS / COM PANDORA E BEHAVIOR / PORTELA CAFÉ / SÁBADO, 23 HORAS / R$ 30 OU R$ 20 (ANTECIPADO NA MIDIALOUCA, COMPANHIA


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