T H A M I R I S B E R N A R D E S D A S I L V A C Ó D I G O
CENTRO UNIVERSITÁRIO BARÃO DE MAUÁ
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B I B L I O T SENSORIAL E C A Batatais
‘’Em uma boa biblioteca, você sente, de alguma forma misteriosa, que você está absorvendo, através da pele, a sabedoria con da em todos aqueles livros, mesmo sem abrilos.’’
MARK TWAIN
AGRADECIMENTOS
Agradeço ao espaço que tanto me ensinou, à todo o corpo docente que fez parte de minha formação e meu orientador, o Professor Mestre Éder Roberto da Silva. Agradeço aos meus pais por todo o apoio durante esses cinco anos de estudo e dedicação ao curso que sempre me encantou. Acredito que a arquitetura seja tão valiosa para a sociedade quanto o remédio ao enfermo. Dedico este trabalho aos meus amigos e companheiros de trabalho durante estes anos Emily Geisa Toni, Flávio Renato Pires de Moraes e Luis Ricardo Pascual Neto. A todos estes minha eterna gra dão.
SUMÁRIO 1 - Introdução
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2 - Problema
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3 - Objetivos
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3.1 - Objetivo Geral
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3.2 - Objetivos Específicos
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4 - Justificativa
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5 - Metodologia
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6 - Desenvolvimento
08
6.1 - Contextualização Teórica do Objeto
09
6.2 - Contextualização Teórica do Tema
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7 - Leituras Projetuais
29
8 - Levantamentos
63
8.1 - Análise da área
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9 - O Processo Inicial
72
10 - Programa de necessidades
78
11 - Volumetria
83
12 - Condicionantes e entorno imediato
85
13 - Projeto da área e edificações
90
14 - Referências Bibliográficas
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INTRODUÇÃO Compreender o hábito de leitura e o tempo médio despendido para essa a vidade é importante para avaliar o nível cultural e educacional de cada nação. A leitura ajuda na construção do conhecimento e opiniões crí cas, incen va a cria vidade e melhora o desenvolvimento geral do indivíduo.¹
O que impulsionaria o consumo gratuito de conhecimento e atrairia cada vez mais consumidores que procuram este material, porém, não podem custeá-lo. Para que isso aconteça é imprescindível que as novas bibliotecas possuam todos os pos de formatos de informação.
Pesquisas do Ins tuto Pró-Livro apontam o quanto o brasileiro está disposto a pagar por um livro. Revelou, ainda, que só não se lê mais no país por falta de dinheiro para inves r na aquisição de livros, já que a população, hoje, está disposta a pagar menos por um livro do que estava em 2015.
Algumas estratégias podem ser adotadas para adaptar a tecnologia às bibliotecas transformando-as em ambientes mais intera vos e dinâmicos, uma delas seria fazer uso das mídias sociais e digitais. Outra medida seria posicionar a biblioteca como uma plataforma de aprendizagem e desenvolvimento da comunidade.
Uma alterna va está sendo a compra de livros digitais que possuem um valor mais acessível que o livro sico. Sabemos que a tecnologia está para ficar e sempre em evolução, mas, afinal, como os disposi vos digitais de leitura influenciam o mercado? Os disposi vos digitais ampliaram os formatos de comercialização dos livros. Hoje, existem a versão em e-book e a versão em áudio book da mesma obra que é vendida impressa na livraria. Ou seja, os suportes a esses materiais precisam ser repensados.² Sendo assim, a proposta aqui apresentada visa a construção de mais bibliotecas públicas. Um meio de incen var o crescimento do hábito de leitura e por fim não haveria ao leitor o custo com a compra de livros sicos ou digitais.
1
As nossas memórias são formadas de várias nuances de cor, cheiro, aromas e sen mentos. Usá-las no conceber projetos é talvez uma dimensão a ser incorporada com mais paixão no ato de projetar. Aromas de temperos diversos ornando corredores que levarão a templos ou restaurantes pode aumentar a percepção do espaço e a sensação de descobri-lo. A pesquisa obje va contribuir com estudos, análises, levantamentos de dados e informações, diretrizes, referências e ferramentas. Tendo em vista exemplificar de forma clara, as melhores estratégias para obter-se uma reformulação e modernização do conceito que temos préestabelecido sobre as bibliotecas. Restaurar a sua valorização e ressignificar a ideia de ser um mero
Imagem Ilustrativa, garota sobre livros.
1 Texto adaptado do site Diagramando.com - Saiba quais são os países que mais leem livros no mundo 2 Texto adaptado do site Printstore.com - Hábito e consumo de livros no Brasil
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Esta introdução ao trabalho final de graduação jus fica-se devido à grande influência que a psicologia exerce sobre as pessoas e seu comportamento. O levantamento aqui desenvolvido contribui para ampliar a quan dade de materiais sobre o tema. Busca contribuir para conversas e debates sobre o papel da influência psíquica e a fruição sensorial da arquitetura sobre os espaços projetados voltados aos sen dos, a servir como referência para outras produções cien ficas. A fruição sensorial é a resposta imediata dos órgãos sensoriais perante um es mulo. Através de caracterís cas do espaço arquitetônico, tais como a escala, a materialidade, o programa e a formalidade, promovem intencional ou inconscientemente a fruição sensorial do usuário. As reações sicas despertam também as reações psicológicas, onde a arquitetura, neste caso passa a funcionar como o es mulo de todas as sensações. Portanto, a influência psíquica é a influência mental e energé ca exercida por um indivíduo ou ambiente sobre o nosso cérebro e ocorre em grande parte das vezes de forma totalmente inconsciente, neste caso é como o ambiente afeta nossa saúde mental.
A par r de análises urbanís cas da região de i n s e rç ã o d o o b j e to, s e rá d e s e nvo l v i d o o levantamento fotográfico e análise da área e entorno, o levantamento e análise sica do terreno e estudos de implantação do objeto. Apoiando-se documentalmente em dissertações, ar gos e sites sobre o tema e objeto, bibliografias pertencentes ao acervo do Centro Universitário Barão de Mauá entre outros materiais correlatos e por fim, análises de referências projetuais relacionados ao projeto. Portanto, as questões levantadas e discu das até agora, e as colocações existentes serão ques onadas e aprofundadas e sustentarão a problema zação a ser enfrentada por este trabalho.
‘’Sabe o que eu quero de verdade? Jamais perder a sensibilidade, mesmo que às vezes ela arranhe um pouco a alma. Porque sem ela não poderia sen r a mim mesma...’’ -Clarice Lispector.
A metodologia a ser implementada durante o desenvolvimento do anteprojeto arquitetônico de uma Biblioteca Sensorial baseia-se no mapeamento quan ta vo das ins tuições educacionais do município. Para o mapeamento quan ta vo e qualita vo de livrarias e similares do município serão feitos levantamentos e análises de dados do município, bem como da legislação vigente.
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Imagem Ilustrativa, garota lendo na bilbioteca.
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PROBLEMA A Arquitetura é nosso principal instrumento de relação com espaço e tempo, por ela envolver várias experiências sensoriais que se integram entre si. As edificações imponentes de algumas grandes cidades contemporâneas mostram uma certa falta de humanismo, quando deveriam estar focadas em aguçar todos os sen dos. Mostrar que a visão não é o principal, nem único sen do importante. Os ambientes que frequentamos por algumas horas ou os quais passamos o dia todo acabam por influenciar coisas como ro na, comportamento e relações. Uma das funções da arquitetura é projetar estes espaços assim como as condições para uma interação saudável entre o usuário e o lugar. No caso de equipamentos públicos a função social da arquitetura é potencializada para comportar e atender um grande número de pessoas das mais diversas faixas etárias e classes sociais. As bibliotecas públicas há muito tempo vem tendo dificuldades em atrair a população, principalmente as novas gerações, se tornando um equipamento esquecido, pouco u lizado e por isso carente de inves mentos e propostas que visem a modernização das mesmas e o engajamento do público-alvo. A situação atual das bibliotecas, de modo geral no Brasil, é de prover basicamente estantes com livros. Em cidades mais populosas e desenvolvidas a tecnologia já se mostra mais presente, através de salas de informá cas, pontos de carregar celulares, notebooks, tablets e outros equipamentos. Porém, não se aplica a todas as instalações existentes.
O espaço sico também não é capaz de atender ao público que busca u lizar esse equipamento público, muitas vezes sem a infraestrutura adequada acaba afastando o usuário, que não tem uma boa experiência e decide não retornar, preferindo o conforto de seu lar. Além desses aspectos já conhecidos, existe a falta de acessibilidade, e não estou dizendo isso no sen do que nos acostumamos a entender essa palavra, cadeirantes devem sim ter acesso, mas não só eles. A pergunta que faço a você leitor desta pesquisa é: por que as nossas bibliotecas estão focadas em atender somente as pessoas que tem a visão? Isso acontece porque o mundo está acostumado a lidar com a maioria, sendo assim, a minoria, acaba por ficar sem as mesmas oportunidades, neste caso de acesso a informação e ao conhecimento.
Uma par cularidade da BSP é o público: a biblioteca atrai pessoas de diferentes idades, gêneros e condições socioeconômicas, ao contrário da maioria das bibliotecas públicas cujo público é formado por pessoas em idade escolar.³ A ausência de um equipamento público de qualidade que atenda a todos os públicos. Sendo este de tamanha importância para o desenvolvimento do cidadão, no município de Batatais é uma situação que evidencia a relevância da abordagem do tema deste trabalho. Devendo-se considerar a quan dade de ins tuições educacionais e a carência de ambientes que permitam interação e desenvolvimento interpessoal.
A proposta é desenvolver um espaço que proporcione ao leitor acesso natural ao acervo, considerando que ele tenha a visão ou não, audição, es mulando o tato, olfato, todos os sen dos, sem discriminação, provendo suporte e integração de todos os públicos. Poderá fornecer por exemplo, materiais em braile, áudio livros e projetar uma arquitetura que permita ao usuário se locomover, localizar, usufruir do espaço, e ao longo do caminho, experienciando as intervenções projetadas para comunicar com os sen dos humanos. O foco será o ser humano e a relação com o espaço, criando memórias não só visuais, memórias mais profundas e sinestésicas.
Felizmente, durante os úl mos 25 anos houve maior direcionamento da arte e arquitetura aos sen dos, a percepção e à experiência humana, mesmo que de maneira rasa. A arquitetura passou a atentar-se com a materialidade, espaço, simbolismo, a relação da mesma com o contexto e atmosfera, em conjunto. Tendo em vista isso, alguns municípios como São Paulo buscam maneiras de mudar esse cenário. A Biblioteca de São Paulo (BSP) chama a atenção pela arquitetura que coloca o público como foco, e não o acervo, diferente do que acontece nas bibliotecas tradicionais.
‘‘Quem mal lê, mal ouve, mal fala, mal vê.’’ - Monteiro Lobato
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Imagem Ilustrativa, livros representando sentidos.
3 Texto adaptado do site Super Interessante – Uma das bibliotecas mais legais do mundo é brasileira
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OBJETIVOS
JUSTIFICATIVA GERAL
O obje vo geral do trabalho é elaborar o projeto arquitetônico de uma biblioteca sensorial na cidade de Batatais visando novas possibilidades de configuração para este equipamento público. Cujas diretrizes principais sejam abordar, analisar, explicar e fundamentar a arquitetura e os cinco sen dos humanos. Tendo em vista apontar as manifestações que os mesmos causam nos usuários e como o uso de cores e da iluminação em projetos de arquitetura podem influenciar o modo como sen mos a arquitetura.
ESPECÍFICOS
01
Analisar a arquitetura de bibliotecas semelhantes para auxiliar no estudo do programa de necessidades;
02
Estudar modos de integrar livros sicos e digitais para melhorar a compreensão do tema e sua relação com o objeto da proposta de trabalho;
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Criar acessibilidade de todos os públicos ao acervo;
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Es mular a cria vidade do visitante e usuário do espaço;
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Elaborar ambientes que despertem os sen dos.
Os livros ajudam na formação crí ca do cidadão, fomentam a construção do conhecimento e o desenvolvimento da cria vidade. É também uma forma de apresentar ao leitor novos mundos, gerando em si a reflexão de sua realidade e de conceitos como é ca, empa a, respeito, sororidade, compaixão e compreensão. Há diversas preocupações com a quan dade de imagens e visões que recebemos no mundo contemporâneo. Olhar não significa necessariamente que você está, de fato, prestando atenção e rando proveito da experiência. Desenvolver novas formas de conhecer e 4 ampliar os outros sen dos é preciso.
Recentemente, os livros, tão amados por uns e tão desvalorizados por outros, ganharam um novo propósito, o de cura. O processo da chamada cicatrização ou cura emocional por meio da leitura ganhou a nomenclatura de biblioterapia. Num mundo onde as doenças mentais a ngem tantas pessoas, pode ser uma chave para diminuir por exemplo os índices de depressão profunda e suicídio. O anteprojeto aqui proposto tem como função primordial expor para todos os públicos a real notabilidade desse equipamento para a sociedade e a razão da arquitetura como ferramenta para a construção desse objeto.
Pensando nisso foi desenvolvida a chamada “Arquitetura Sensorial”, uma arquitetura pensada nos mínimos detalhes, planejada para criar perspec vas e comunicar-se com cada sen do que possuímos. Podemos dizer que é uma evolução da arquitetura que conhecemos, um passo a diante. Adaptemos a visão da biblioteca como espaço que não só abriga livros, mas também garante ao usuário um lugar seguro. Onde há a possibilidade de contato com pessoas diferentes e de mesma opinião. Criar uma abertura para compar lhar ideias e experiências e criar diálogos sobre autores e histórias favoritas entre os leitores.
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Imagem Ilustrativa, livros confortando mulher.
4 Texto adaptado do Livro Os Olhos da Pele: A arquitetura e os sen dos – Juhani Pallasmaa
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METODOLOGIA Para elaboração do trabalho final de graduação como objeto de anteprojeto arquitetônico uma biblioteca sensorial, adequados às necessidades locais onde será implantada, na cidade de Batatais, serão u lizados os seguintes métodos:
-Levantamento e análise sica do terreno; -Estudos de implantação do objeto;
-Mapeamento quan ta vo das ins tuições educacionais do município; ·Mapeamento quan ta vo e qualita vo de livrarias e similares do município;
-Análises de referências projetuais relacionados ao projeto.
-Levantamento e análise de dados do município; -Levantamento e análise da legislação vigente; -Análises urbanís cas da região de inserção do objeto; -Levantamento fotográfico e análise da área e entorno;
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-Pesquisas em dissertações, ar gos e sites sobre o tema e objeto; -Bibliografias pertencentes ao acervo do Centro Universitário Barão de Mauá;
Foi elaborado um cronograma de trabalho para que auxilie no desenvolvimento das etapas de forma a alcançar os obje vos. Pretende-se a par r das informações levantadas e metodologias u lizadas, construir um anteprojeto sólido, embasado e de acordo com as normas técnicas e legislações vigentes.
Imagem Ilustrativa, mesa de trabalho e processo de desenvolvimento.
DESEN VOLVI MENTO 8
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bibliotheek
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bibliyotèk
Retrato da Leitura no Brasil
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bibliothéik bibliotēka
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bibliotēka
bibliotēka
bibliotek
bibliotheek bibliotecă
O OBJETO bibliotheek
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bibliyotèk
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bibliotēka
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biblioteka
bibliotekë
biblioteka
bibliothéik
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bibliotēka
biblioteka bibliyotèk
biblioteca
Um dado assustador nos mostra que por ano, o brasileiro lê em média apenas 2,43 livros, como mostrou a pesquisa divulgada na 4ª edição dos “Retratos da Leitura no Brasil”, desenvolvida em março de 2016, pelo Ins tuto Pró-Livro. Vale lembrar que a pesquisa considerou “leitor” aquele que leu pelo menos um livro nos úl mos três meses – inteiro ou em partes. 5
Além disso, dentre as diferentes opções de cultura, como cinema, teatro, exposições de arte, shows de música e museus, o livro se tornou a preferência nacional de 37% das pessoas consultadas. Ainda assim, um total de 44% da população brasileira disse não se interessar por leitura, uma informação no mínimo alarmante. 6
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Conforme a pesquisa, entre as principais mo vações que impulsionam os leitores brasileiros estão: o gosto pela leitura (25%), atualização cultural (19%), distração (15%), mo vos religiosos (11%), crescimento pessoal (10%), exigência escolar (7%) e atualização profissional ou exigência do trabalho (7%).
bibliotēka
Como síntese a par r da reunião e análise das informações citadas acima podemos concluir a importância da preservação da leitura, do incen vo a disposição de materiais de informação, da diversificação de conteúdo para alcançar todos os públicos, da disseminação de conhecimento.
Todas essas mo vações integram o papel civilizador da leitura. Já a primeira razão apresentada pelos leitores como obstáculo para o aumento da leitura é a falta de tempo (43%). O escritor e mestre em Filosofia do Direito Davi Lago colabora com textos sobre marcos civilizatórios e sociedade contemporânea e afirma: “ler é viver e conviver, é um esforço em compreender o outro. Com mais leitura a sociedade brasileira tecerá sua mul plicidade mais civilizadamente”.
bibliothéik
bibliotekë biblioteka
A pesquisa do Ins tuto Pró-Livro também revelou que o consumo de livros no Brasil tem aumentado seu percentual de adeptos, passando de 50%, em 2011, para 56%, em 2016.
bibliotecă
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bibliotek
A leitura assim como a arte nos ajuda a entender o que é importante para cada cultura. Pensando nisso, vale a pena buscar entender qual é o cenário atual da leitura no Brasil.
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Imagem Ilustrativa, leitura no Brasil.
5 Texto adaptado do site G1.globo.com – Retratos da Leitura no Brasil
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6 Texto adaptado do site Printstore.com – Hábito e Consumo de Livros no Brasil
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As bibliotecas na história do mundo Vamos voltar um pouco ao passado e refle r...afinal, por que surgiram as bibliotecas? Na história do mundo ocidental, incluindo a do Brasil, podemos dizer que predomina a tradição oral. Devemos considerar primeiramente a dificuldade de recursos para a escrita: o custo elevado de materiais como o papiro e o pergaminho e, depois, o modo de produção primi vo das pografias. Em um segundo momento, o baixíssimo índice de pessoas alfabe zadas e a dificuldade quanto ao tempo e estrutura para disseminar o conhecimento mais básico. Podemos de um modo simples exemplificar essa tradição oral com os famosos discursos de Sócrates, ele que nunca escreveu seus ques onamentos filosóficos e se anunciava em praças públicas disseminando seus ideais polêmicos. Mais tarde temos como exemplo os ilustradores do fim do Brasil Colonial, quando discu am suas ideias iluministas. Ideias estas que não eram lidas de fato, mas eram propagadas oralmente. Apesar de toda esta tradição a humanidade sempre sen u a necessidade de registrar e preservar seus conhecimentos. E é a par r deste princípio que surgem os primeiros indícios e anseios por um lugar que pudesse atender a essa necessidade. Um lugar que pudesse organizar, armazenar e conservar os registros e conhecimentos para passar a cultura dos povos através de gerações.
Milênios antes da era cristã, marcada pela produção de documentos religiosos e as famosas iluminuras, os egípcios já produziam seus próprios documentos escritos. Bem como os sumérios, assírios e babilônicos também possuíam, em placas de argila, arquivos informa vos. A par r desse contexto, conseguimos entender o posicionamento de Mar ns (2002), quando afirma que a existência de bibliotecas se materializou antes da dos livros e até mesmo dos manuscritos. O surgimento da biblioteca se deve, se não à existência dos materiais como argila, pergaminho ou livro, então, à primeira revolução técnico-linguís ca: a própria escrita. Esta atendeu (e atende) àquela orgulhosa necessidade humana de registro. Independente do po de material em que seria (e será) concre zada, e a biblioteca atendeu (e atende) à necessidade de preservar esse registro. Segundo o autor Benevino Muhacha existem três obje vos principais das bibliotecas. O primeiro é a guarda dos livros e demais publicações em um local no qual esteja livre de qualquer perigo. Em segundo temos, a conservação, ou seja, armazenados de modo que não sejam estragados. E, por fim, em terceiro, a organização segundo algumas regras para catalogar e arquivar as obras impressas, com intuito de que seja possível de se encontrarem de maneira imediata.
Para a ngir esses obje vos criou-se o espaço que veio a chamar-se “Biblioteca”, mas por que escolheuse essa palavra? A palavra “Biblioteca” possui diversas variantes: bibliothèque, bibliotek, bibliotheek, bibliyotèk, bibliotēka, biblioteka, bibliotecă. Mudamse os acentos ou algumas letras, mas em muitos países do mundo, a palavra biblioteca é escrita pra camente da mesma maneira. Contudo, estudos concluem que a palavra é de origem grega e quer dizer biblíon (livro) e teke (caixa, depósito), portanto gerando o conceito de um depósito de livros. Na definição mais tradicional do termo, é um local em que são guardados livros, documentos tridimensionais, e demais publicações para o público estudar, ler, e consultar tais obras.
A BIBLIOTECA É SÓ UM DEPÓSITO DE LIVROS? ‘’Sempre imaginei que o paraíso fosse uma espécie de biblioteca.’’ -Jorge Luis Borges
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Imagem Ilustrativa de biblioteca.
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Evolução da biblioteca Como já mencionado anteriormente, toda a saga das bibliotecas antecede a própria história do livro e vai encontrar abrigo no momento em que a humanidade começa a dominar a escrita. A biblioteca é uma criação que já existe há bastante tempo. Na verdade, desde a an guidade era aconselhável buscar o conhecimento em um lugar para consulta. As primeiras bibliotecas que se tem no cia são chamadas “minerais”, pois seus acervos eram cons tuídos de tabletes de argila, depois vieram as bibliotecas vegetais e animais, cons tuídas de rolos de papiros e pergaminhos, respec vamente. Esses são os casos das bibliotecas criadas pelos babilônios, assirios, egípcios, persas e chineses. Mais tarde, com a criação do papel, fabricado pelos árabes, começam-se a formar as bibliotecas de papel e, mais tarde, as de livro propriamente dito, que permanecem até hoje.
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Fotografia de tablete de argila contendo escrita Cuneiforme (modelo de escrita mesopotâmica).
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Fotografia de excerto de um dos pergaminhos do Livro de Isaías encontrado em Qumran, Mar
Na An guidade, o material sobre o qual se concre zava a escrita era o papiro, cujo rolo podia chegar até 18 metros, e o pergaminho. Os rolos desses materiais eram organizados em armários com divisórias e arrumados uns ao lado dos outros, com e quetas visíveis indicadoras dos tulos. Já no século IV d. C. apareceu o codex, ou seja, o uso das duas faces do pergaminho, em formato moderno do livro. Esse novo aspecto exigiu novos móveis, sobre os quais os livros ficavam deitados e às vezes acorrentados para permi r a consulta local e evitar o roubo.7
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Fotografia de papiro escrito em grego. Divulgação/Universidade de Basel.
Fotografia de página do Codex Leicester ou Codex Hammer, uma compilação de textos e desenhos de Leonardo da Vinci coletados entre 1508 e 1510.
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Fotografia de livro da Biblioteca de Zutphen, século XVI, Holanda. Uma das três bibliotecas com livros acorrentados que ainda existem na Europa.
7 Texto adaptado do site Slinestorsantos.seed.pr.gov.br – Biblioteca no curso da História
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Evolução da biblioteca A Biblioteca de Nínive, considerada como a primeira biblioteca da história, guardava compilações de diversos pos de texto: car lhas sobre o mundo natural, geografia, matemá ca, astrologia e medicina; manuais de exorcismo e de augúrios; códigos de leis; relatos de aventuras e textos religiosos. Pertencendo ao rei assírio Assurbanipal 2º (século 7 a.C.), era composta por uma coleção de aproximadamente 25 mil plaquetas de argila com textos em cuneiforme, muitos deles bilíngues, em sumeriano e acádico. Esta biblioteca foi vi ma de um incêndio em 612 a.C., mas, devido à resistência do seu material, as placas de argila não foram destruídas. Tornou-se um dos mais importantes legados da Mesopotâmia para a história, foi encontrada no século 19 por arqueólogos ingleses.8 A famosa Biblioteca de Alexandria foi durante muitos séculos, mais ou menos de 280 a.C. a 416, uma das maiores e mais importantes bibliotecas do Planeta. Este valioso centro do conhecimento estava localizado na cidade de Alexandria, ao norte do Egito, a oeste do Rio Nilo, bem nas margens do Mediterrâneo. 9 Durante sete séculos esta Biblioteca abrigou o maior patrimônio cultural e cien fico de toda a An guidade. Ela con nha um imenso acervo de papiros e livros, incen vava o espírito inves ga vo de cien stas e literatos, transmi ndo à Humanidade uma herança cultural incalculável.
Ao que tudo indica, conservou em sua estrutura interna mais de 400.000 rolos de papiro, mas esta cifra pode, em alguns momentos, ter a ngido o patamar de um milhão de obras. Sua devastação foi realizada gradualmente, até ela ser defini vamente consumida pelo fogo em um incêndio de origem acidental, atribuído aos árabes durante toda a era medieval. Perto do século I a. C., os romanos mais abastados começaram a criar bibliotecas par culares com obras gregas e la nas. A crescente procura por livros deu origem ao comércio de copistas, ao aparecimento de livrarias e ao estabelecimento de bibliotecas públicas, que surgiram em Roma, próximo ao século II da nossa era. Durante, os séculos VIII e IX, muitos textos cien ficos e matemá cos foram copiados e conservados por mulçumanos e cristãos. 7
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Figura do palácio do rei Assurbanipal II, à beira do rio Tigres, onde se teve a primeira biblioteca já registrada no mundo! A Biblioteca de Nínive.
Segundo os autores Antônio Carlos Pinho e Ana Lúcia Machado, a an ga e recente história das bibliotecas é marcada por fatos de pura resistência do conhecimento. Ela vem sofrendo ao longo dos anos a ação do tempo, as guerras, a censura, e mesmo assim elas conseguiram sobreviver a todos os ataques. As bibliotecas quase foram ex ntas, vindo principalmente pela ação de censura da Igreja Católica na Idade Média. Mas, contraditoriamente, foram nos mosteiros, preservadas em esconderijos, que elas conseguiram mais uma vez se salvar.
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Imagem ilustrativa de gravura representando o grave incêndio que destruiu a biblioteca e parte da cidade de Alexandria
Imagem ilustrativa do esboço da provável Biblioteca de Alexandria.
8 Texto adaptado do site Educação UOL - A Biblioteca de Nínive e Gilgamesh 9 Texto adaptado do site Infoescola.com – Biblioteca de Alexandria
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Fotografia das ruínas da Biblioteca de Alexandria.
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Evolução da biblioteca Na Europa Ocidental, a literatura foi preservada graças, sobretudo, à ação das bibliotecas dos mosteiros (lembradas no filme de 1986 dirigido por Jean-Jacques Annaud baseado no romance “O Nome da Rosa” do crí co literário italiano Umberto Eco)10. Como também é o caso dos municípios de San Milan de la Cogolla e de Ripoll, na Espanha, e o de Fulda, na Alemanha. Cada uma das bilbiotecas nos mosteiros destes municípios possuía uma sala denominada scriptorium, uma oficina onde os monges realizavam cópias manuscritas de obras clássicas e religiosas. A biblioteca foi restrita desde os seus primeiros dias. A disposição arquitetônica dos mosteiros demonstra que, era mais o lugar onde se esconde o livro do que o lugar onde se procura fazê-lo circular ou perpetuá-lo. Na biblioteca de Nínive, o depósito de livros não tem saída para o exterior – a sua única porta parece dar, ao contrário, para o interior do edi cio, para o lugar onde viviam ou onde permaneciam os grandes sacerdotes. 7 Essas bibliotecas preservavam manuscritos de papiros ou pergaminhos, produzidos volume por volume em um trabalho artesanal e enviadas apenas às bibliotecas e as poucas coleções par culares de reis e de outras autoridades. Os chamados “copistas” ficavam longas horas transcrevendo com letra legível os inúmeros volumes presentes. Estes manuscritos nham um preço exorbitante em consequência de toda a dedicação necessária para produzi-los.
A IGREJA É UMA ALIADA OU INIMIGA?
Imagem Ilustrativa de livros.
As bibliotecas passaram a ter caráter público e leigo, ficando aberta a todos os públicos. Mais tarde, com a invenção da imprensa, as bibliotecas veram uma grande extensão e saíram da área de monastérios ou outras estruturas vinculadas ao campo religioso.
A palavra biblioteca historicamente teve um caráter restri vo e está co. Os livros de di cil reprodução e mobilidade tornaram a biblioteca um templo e o bibliotecário seu guardião.
De fato, graças ao avanço tecnológico, o custo de produzir um livro diminuiu notavelmente e isto permi u que exis sse mais circulação e um maior número de bibliotecas.
O caráter restri vo se deve ao acesso possível e permi do apenas para reis, autoridades e pessoas nos mais altos cargos da igreja, excluindo o povo do contato com os livros e, consequentemente, com o conhecimento.
Era necessário desenvolver uma capacidade ideal para organizar a quan dade de volumes e isso estabeleceu a elaboração de diversas prá cas para que seu uso eficiente es vesse garan do.11
Já o caráter está co é devido ao isolamento em específico, a decisão de esconder e deixar a biblioteca está ca, sem a movimentação que vemos nas bibliotecas atuais por exemplo.
Por fim, podemos dizer que a biblioteca não deve ser entendida apenas como um fenômeno social e cultural. E sim, como uma ins tuição social das mais complexas e importantes do sistema de comunicação humana, sendo responsável pela preservação e transmissão da cultura.
As bibliotecas an gas e medievais eram, enfim, lugares contrários à idéia de laicização e de democracia. No entanto, não podemos negar que elas preservaram, guardando e copiando manuscritos, hoje tão fundamentais para o nosso entendimento histórico. Foi apenas com a difusão do papel no século XIV e o surgimento de pografias, que foi possível a fabricação em série.
7 Texto adaptado do site Slinestorsantos.seed.pr.gov.br – Biblioteca no curso da História 10 Texto adaptado do site Meu ar go.brasilescola.uol.com – O Nome da Rosa: Breve Análise
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Figura de garotas lendo.
11 Texto adaptado do site Conceitos.com – Biblioteca, conceito,significado
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Estrutura física das primeiras bibliotecas Segundo o autor MARTINS (2002), as disposições arquitetônicas dos edi cios das bibliotecas nham por obje vo a intenção de impedir a saída do acervo. Os acervos dessas bibliotecas eram organizados em armários com divisórias e arrumados um ao lado do outro, contendo e quetas visíveis indicadoras dos tulos. Ba les (2003) afirma que no caso da Biblioteca de Nínive, já citada anteriormente, as placas eram classificadas por assuntos e iden ficadas por marcas que determinavam sua localização dentro da numerosa coleção. Exis a uma espécie de catálogo onde se registravam as grandes diversidades de assuntos. 7 Depois da morte de Júlio César, um de seus par dários, Asínio Pólio e o escritor Públio Terêncio Varrão, levaram o projeto de uma biblioteca pública em Roma adiante e, em 39 a.C., foi construída no Fórum Romano a primeira Biblioteca Pública de Roma (MARTINS, 2002). Era formada por dois salões de leitura, um para livros em la m e outro para livros em grego e, cada um deles, decorados com estátua de poetas e oradores dos dois idiomas (BATTLES, 2003). Ba les (2003, p. 50) nos dá ainda uma ideia de como era a biblioteca [...] “suas salas de leituras eram dispostas lado a lado e con nham muitos nichos nas paredes nas quais eram postos os armaria, estantes de madeira com portas em que eram guardados os rolos. Nos nichos mais fundos era dado lugar a estátuas” [...].
Quando nos voltamos à Biblioteca de Alexandria, descobrimos que na verdade ela não era apenas uma, mas duas. A maior e principal foi construída no século III a.C., no interior do Mouseion ou “Templo das Musas”. A biblioteca menor, conhecido com a “irmã”, foi criada um século depois, no interior do Templo de Serápis, deus egípcio helenizado e protetor de Alexandria. Quanto à organização sica da biblioteca, era de forma bastante planejada. Ba les (2003, p. 68) diz que [...] “as estantes no interior do edi cio eram circundadas por colunatas abertas expostas a brisa, formando corredores cobertos que os estudiosos podiam u lizar para estudo ou discussão” [...].
Tendo em vista como eram as estruturas sicas das primeiras e mais an gas bibliotecas. Pode-se buscar entender e relacionar como essas primeiras formas de disposição e configuração influenciaram as bibliotecas que conhecemos hoje, e que po de bibliotecas aparecerão no futuro. Na atualidade as bibliotecas podem ser classificadas pelo: seu caráter de acesso, podendo ser pública ou par cular. Pelo po de acervo, tornando-se especializada, esse po pode ser enquadrado nas universidades. Quanto à escala, comunitária, municipal, estadual ou nacional. A biblioteca pública tem por obje vo permi r o acesso ao acervo de forma gratuita, atendendo todos
os públicos. Já as bibliotecas par culares podem ser man das por ins tuições de ensino privadas, fundações, ins tuições de pesquisa ou grandes colecionadores, tendo seu acesso restrito para os não associados. As bibliotecas especializadas oferecem coleções sobre determinado assunto, tais como medicina, matemá ca, cinema e outros. As comunitárias geralmente são vistas como um espaço de incen vo à leitura e acesso ao livro. Criadas e man das pela comunidade local. Já as estaduais e nacionais são bibliotecas públicas de maior porte, sendo então man das pelo Estado. Por fim, as municipais, também públicas, elas buscam atender as necessidades do município.
Quanto à organização do acervo: os rolos nham e quetas presas aos Umbilici com os nomes dos autores e com os tulos das obras e eram colocados dispostos em pilhas. No que diz respeito ao aspecto arquitetônico sabese que nos mosteiros medievais os armários eram embu dos nas enormes paredes e também diversas estantes de leitura exis am para permi r o manuseio dos grossos in-fólios medievais, inclusive as portáteis, nas quais todos os livros estavam acorrentados, o que tudo indica que havia um medo grande de roubos de obras valiosas (MARTINS, 2002).
19 7 Texto adaptado do site Slinestorsantos.seed.pr.gov.br – Biblioteca no curso da História 10 Texto adaptado do site Meu ar go.brasilescola.uol.com – O Nome da Rosa: Breve Análise
Fotografia antiga - Livros acorrentados nas prateleiras para evitar o roubo dos exemplares.
11 Texto adaptado do site Conceitos.com – Biblioteca, conceito,significado
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cores
tocar
sentir
ideias
som
ver
perceber
estímulos olhos
ruído
enxergar
pele aroma
tato mãos
O TEMA olfato
ideias
sentidos
ambiente
sensorial
arquitetura
envolver tato
visão
vivenciar
experiência
sentidos
valorizar música
estímulos cores
sentir conexão
envolver
vivenciar som experiência
memória arquitetura ambiente
sentir
Figura Ilustrativa - visão. Figura Ilustrativa - olfato. Figura Ilustrativa - audição. Figura Ilustrativa - tato.
Conceito de Arquitetura Sensorial A Arquitetura Sensorial é em tudo uma experiência que envolve tato, envolve olfato, envolve aroma..., enfim, envolve nossos sen dos humanos e nos faz vibrar. Prédios e cidades são mais do que blocos de materiais, mesmo que lindamente empilhados.12 São materialização de conceitos, ideias e sensações e por isso mesmo, uma experiência sensorial única.
olhar
sensação audição
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Juhani Pallasmaa é um dos mais renomados arquitetos e teóricos da arquitetura da Finlândia. Em todos os aspectos de sua a vidade teórica e prá ca ele coloca uma ênfase consistente na importância da iden dade humana, da experiência sensorial e da ta lidade. E com a ajuda de seus conhecimentos e estudos vamos definir o que é a arquitetura sensorial. Atualmente, nenhum sen do é tão requisitado e valorizado quanto a visão. Não é de hoje que nossa sociedade foi habituada a crer que só as pessoas que enxergam podem vivenciar uma experiência completa. Vem desde a era dos grandes filósofos, quando Platão já considerava a visão como o mais nobre dos sen dos, e Heráclito dizia que “os olhos são testemunhas mais confiáveis do que os ouvidos”.
Visão
Olfato
Audição
No entanto, ver e não enxergar é mais comum do que se imagina. Especialmente para nós que estamos acostumados a somente olhar para tudo e não perceber o que realmente está a nossa volta. O que realmente nós enxergamos? Quantas vezes passamos despercebidos por algo que nos rodeia e não enxergamos as coisas simples que a vida nos mostra? Tato
tatilidade
mãos perceber
pele 12 Texto adaptado do blog Elenara Leitão Arquitetando Ideias – Arquitetura: uma experiência sensorial
valorizar
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Os sentidos aplicados na Arquitetura Sensorial Visão A hegemonia gradualmente ob da pelos olhos parece ter paralelo com o desenvolvimento da consciência do ego e o paula no afastamento do indivíduo do mundo; a visão nos separa do mundo, enquanto os outros sen dos nos unem a ele. No livro “Os Olhos da Pele” , o autor Juhani Pallasmaa nos conta um pouco sobre como o sen do da visão e a modernidade tecnológica de hoje se relacionam.
O único sentido que é suficientemente rápido para acompanhar o aumento
O acesso visual à luz natural, por exemplo, nos ajuda a manter ritmos biológicos consistentes (ligados à saúde sica, mental e comportamental). Já a exposição ao sol permite aos nossos organismos sinte zar a vitamina D, que promove a saúde óssea, a função imunológica e ainda reduz a inflamação. As cores das super cies e dos objetos também p o d e m te r u m efe i to s i g n i fi ca vo s o b re o desempenho, a sa sfação, o conforto e a saúde dos ocupantes: materiais em tons quentes, como o porcelanato que reproduz madeira, por exemplo, geram efeitos bio licos posi vos.
assombroso da velocidade do mundo tecnológico é a visão. Porém, o mundo dos olhos está fazendo com que vivamos cada vez mais em um presente perpétuo, oprimidos pela velocidade e simultaneidade. PALLASMAA, Juhani. 2011,p.21
Os olhos querem colaborar com os outros sen dos. Todos os sen dos, inclusive a visão, podem ser considerados como extensões do sen do do tato como especializações da pele. Eles definem a interface entre a pele e o ambiente – entre a interioridade opaca do corpo e a exterioridade do 13 mundo.
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Fotografia ilustrativa de um olho humano.
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Fotografia ilustrativa de dificuldade de visão.
A visão é composta de muitas facetas diferentes que vão além da esté ca.
13 Texto adaptado do livro Os Olhos da Pele do autor Juhani Pallasmaa.
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Imagem ilustrativa de consulta em biblioteca.
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FotograďŹ a da vista de canal no vilarejo de Colmar, França.
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Os sentidos aplicados na Arquitetura Sensorial Olfato Precisamos de apenas oito moléculas de uma substância para desencadear um impulso olfa vo em uma terminação nervosa, e conseguimos detectar mais de dez mil diferentes odores. Segundo PALLASMAA (2011) um cheiro específico nos faz reentrar de modo inconsciente um espaço totalmente esquecido pela memória da re na; as narinas despertam uma imagem esquecida e somos convidados a sonhar acordados. Um prazer especial das viagens é se familiarizar com a geografia e o microcosmos de odores e sabores. Cada cidade tem seu espectro de sabores e odores. As bancas dos mercados de rua são exibições ape tosas de odores: criaturas do oceano que cheiram a alga, legumes e verduras que trazem o aroma da terra fér l e frutas que exalam a doce fragrância do sol e do ar úmido do verão.14
O olfato é o sen do mais fortemente vinculado à memória. Por isso, os ambientes de varejo e hotelaria há muito tempo usam aromas de assinatura para criar experiências mul ssensoriais memoráveis para seus clientes. Nos projetos residenciais, odores agradáveis podem ajudar a criar uma associação forte e posi va entre o espaço e seus ocupantes e tornar o ambiente menos estéril e mais pessoal.
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Fotografia ilustrativa de incenso de sândalo, jasmin e baunilha.
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Inodore, instalação projetada por diverserighe studio para o the Courtyard of Honour no Palazzo d’Accursio em Bolonha, na Itália. O conceito reúne a ideia utopica representada por um jardim natural, projetada para o céu, com a realidade de um jardim artificial com hastes falsas, feitas de material reciclado, plantadas no chão com saquinhos de plástico contendo panos embebidos com
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perfumes sintéticos. Uma crítica ácida e real.
Fotografia ilustrativa de feira de alimentos.
‘’Cada moradia tem seu cheiro individual de lar.’’ - Juhani Pallasmaa.
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Outra instalação, a"Perfume Squadron" do escritório de Khoury Levit Fong se inspira no jardim tradicional japonês e usa os cheiros de forma deliberada.
14 Texto adaptado do livro ‘Os Olhos da Pele’ do autor Juhani Pallasmaa (páginas 50-52).
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‘’Só sentimos o aroma das flores se estamos perto delas.’’ -Mirna Rosa.
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Fotografia ilustrativa - menina sentindo o aroma de flor.
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O olfato não é um sen do exclusivo dos seres humanos, os animais também o possuem. Não prestamos a devida atenção a este po de comportamento, apreciando-o apenas quando empenhados fotógrafos nos chamam a atenção para os detalhes e a beleza deste comportamento tão ro neiro.
‘’A beleza e harmonia da natureza dependem dos animais que lá vivem’’ -Desconhecido.
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Fotografia ilustrativa de guaxinim sentindo aroma de flor.
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Fotografia ilustrativa de esquilo sentindo aroma de flor.
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Fotografia ilustrativa de cachorro sentindo aroma de flor.
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Fotografia ilustrativa de coelho sentindo aroma de flor.
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Fotografia ilustrativa de raposa sentindo aroma de flor.
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Fotografia ilustrativa de urso sentindo aroma de flor.
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Os sentidos aplicados na Arquitetura Sensorial Audição A visão isola, enquanto que o som incorpora; a visão é direcional, o som é onidirecional. O senso da visão implica exterioridade, mas a audição cria uma experiência de interioridade. Eu observo um objeto, mas o som me aborda; o olho alcança, mas o ouvido recebe. p46 A audição estrutura e ar cula a experiência e o entendimento do espaço. Normalmente não estamos cientes da importância da audição na experiência espacial, embora o som muitas vezes forneça o con nuum temporal no qual as impressões visuais estão inseridas.p47 Qualquer pessoa que já acordou com o som de um trem ou uma ambulância em uma cidade noturna e que no sonho experimentou o espaço da cidade em seus incontáveis habitantes espalhados dentro de seus prédios, conhece o poder do som sobre a imaginação; o som noturno é uma lembrança da solidão e mortalidade humanas, e nos torna cientes de toda uma cidade adormecida.15 Qualquer um que já ficou encantado com o som de uma goteira na escuridão de uma ruína pode confirmar a capacidade extraordinária do ouvido de imaginar um volume côncavo no vazio da escuridão. O espaço analisado pelo ouvido se torna uma cavidade esculpida diretamente no interior da mente.p47
‘’A arquitetura é a arte do silêncio petrificado.’’
Cada prédio ou espaço tem seu som caracterís co de in midade ou monumentalidade, convite ou rejeição, hospitalidade ou hos lidade. Um espaço é tão entendido e apreciado por meio de seus ecos como por meio de sua forma visual, mas o produto mental da percepção geralmente permanece como uma experiência inconsciente de fundo.p48 A visão é o sen do do observador solitário, enquanto a audição cria um sen do de conexão e solidariedade; nosso olhar perambula solitário nos vãos de uma catedral, mas os sons de um órgão nos fazem sen r imediatamente nossa afinidade com o espaço.p48 Cada cidade tem seu eco, o qual depende do padrão e da escala de suas ruas e dos es los e materiais dominantes de sua arquitetura. Os espaços abertos e amplos das ruas contemporâneas não devolvem os sons, e nos interiores das edificações atuais os ecos são absorvidos e censurados.p48 A música gravada e programada toca em shopping centers e espaços públicos elimina a possibilidade de palparmos o volume acús co de seus espaços. Nossos ouvidos foram cegados.p48 A experiência audi va mais fundamental criada pela arquitetura é a tranquilidade. O silêncio da arquitetura é um silêncio afável e memorável. Uma experiência poderosa de arquitetura silencia todo ruído externo.
- Juhani Pallasmaa.
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Imagem ilustrativa de ondas sonoras.
O som em um ambiente pode ser relaxante ou energizante, mas também está associado ao ruído e à distração. Hoje em dia, essas frustrações podem ser exacerbadas por leiautes mais abertos e pela tendência de equipar os espaços com materiais mais resistentes e mais reflexivos. Pesquisas sobre os efeitos dos chamados ruídos brancos (às vezes percebidos como vibrações) emanados por muitos eletrodomés cos sugerem que até mesmo esses sons pouco percep veis podem afetar nega vamente. Causando perturbação ao sistema nervoso e distúrbios do sono, por isso ambientes com música nos fazem sen r uma melhora e calmaria. LEGENDA
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Imagem ilustrativa de mulher sendo incomodada por ruídos, instinto de mãos nos ouvidos.
15 Texto adaptado do livro ‘Os Olhos da Pele’ do autor Juhani Pallasmaa (páginas 47-48).
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Os sentidos aplicados na Arquitetura Sensorial Quando ouvimos uma certa canção, ou inclusive determinado fragmento de uma canção, sen mos uma espécie de calafrio, como se fôssemos sacudidos pela emoção. Mas como é possível que um punhado de notas musicais possam proporcionar algo assim? A explicação a este fenômeno foi um dos objetos de estudo do pesquisador musical mais renomado da Alemanha: Eckart Altenmüller, da Hochschule für Musik and Theater de Hannover. Os par cipantes de idades entre 11 e 72 anos deviam pressionar um botão quando ficassem arrepiados em frente a um sistema de coordenadas em uma tela onde aparecia refle do seu estado emocional.
Aqueles com mais calafrios chegaram a ter a sensação até 70 vezes no período de 2 horas. "A sensação não só era baseada nas sensações subje vas dos voluntários. Os pesquisadores mediram também parâmetros corporais como o ritmo cardíaco e a temperatura da pele. E curiosamente estas coincidiram por completo com a impressão dos par cipantes: 4 segundos antes de acontecer o arrepio o coração acelerava, e 2 segundos depois aumentava a temperatura corporal.’’ O que sugeriu este estudo é que a música é capaz de produzir essa sensação de calafrio em todas as pessoas. Na maioria dos casos, no entanto, o efeito só aconteceu com uma canção que os par cipantes 16 nham certo vínculo emocional. Segundo Peter Zumthor em seu livro Atmosferas: cada espaço funciona como um instrumento grande, coleciona, amplia e transmite os sons.
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Imagem ilustrativa de celular tocando música.
‘’As vezes os sen dos se misturam criando uma experiência mul ssensorial.’’
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Imagem ilustrativa de braço com pelos arrepiados
16 Texto adaptado do site Mdig.com.br – Por que nossa pele fica arrepiada quando escutamos certas canções?
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Imagem ilustrativa de homem escutando música.
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Fotografia ilustrativa - mulher ouvindo som.
‘’Quero acolher em minhas mãos todas as flores que meu olhar encontrar, e todos os sons que me fazem sonhar na quietude das horas vagas, e vaguear também em pensamento quando me ponho a meditar.’’ -Mirna Rosa. 24
Os sentidos aplicados na Arquitetura Sensorial Tato A pele lê a textura, o peso, a densidade e a temperatura da matéria. A super cie de um velho objeto, polido até a perfeição pela ferramenta de um artesão e pelas mãos assíduas de seus usuários, seduz 17 nossas mãos a acariciá-lo. O tato nos conecta com o tempo e a tradição: por meio das impressões do toque, apertamos as mãos de incontáveis gerações. Há uma forte iden dade entre a pele nua e a sensação de um lar. A experiência do lar é essencialmente a experiência do calor ín mo. O espaço de aconchego em torno de uma lareira é o espaço da in midade e do conforto máximos . O corpo sabe e lembra. O significado da arquitetura deriva das respostas arcaicas e reações lembradas pelo corpo e pelos sen dos. Segundo PALLASMAA (2011) o filosofo Hegel afirmava que o único sen do que pode dar sensação de profundidade espacial é o tato, pois sente o peso, a resistência e a forma tridimensional dos corpos materiais, e assim nos faz entender que as coisas se afastam de nos em todas as direções. A visão revela o que o tato já sabe.
O tato inclui os objetos que realmente entramos em contato, bem como as super cies, limites e ambientes dentro de nossa visão, que podemos simplesmente imaginar habitando ou tocando. Isso significa que o senso de tato poderia ser empregado, por exemplo, quando o usuário es ver sentado em uma cadeira dura ou em um sofá macio. Esse sen do também está presente quando o usuário experimenta o nível de umidade em um espaço ou reage ao seu fluxo de ar ou temperatura. A escolha de materiais naturais para móveis e decoração, quando possível, pode proporcionar um espaço mais calmante. O sen do do tato não se encontra em uma região específica, pois todas as regiões do organismo possuem mecanorreceptores responsáveis pela percepção do toque, termorreceptores responsáveis pela percepção do frio e do calor e terminações nervosas livres responsáveis pela percepção da dor, mudando apenas de intensidade.
‘’A maçaneta da porta é o aperto de mãos do prédio.’’ - Juhani Pallasmaa.
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Imagem ilustrativa de Alfabeto Braile sendo interpretado por um deficiente visual.
17 Texto adaptado do livro ‘Os Olhos da Pele’ do autor Juhani Pallasmaa (página 53).
LEGENDA
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Imagem ilustrativa de braço sentindo textura da parede de cor azul.
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Os sentidos aplicados na Arquitetura Sensorial Tato A auten cidade da experiência da arquitetura se fundamenta na linguagem tectônica de se edificar e na abrangência do ato de construir para os sen dos. Contemplamos, tocamos, ouvimos e medimos o mundo com toda nossa existência corporal, e o mundo que experimentamos se torna organizado e ar culado em torno do centro de nosso corpo.
Por fim, podemos concluir que a arquitetura é muito mais do que pensamos, existem muitas outras possibilidades a serem exploradas, isso pode ser confirmado nas palavras de Pallasmaa no seguinte trecho: “Toda experiência comovente com a arquitetura é mul ssensorial; as caracterís cas de espaço, matéria e escala são medidas igualmente por nossos olhos, ouvidos, nariz, pele, língua, esqueleto e músculos. A arquitetura reforça a experiência existencial, nossa sensação de pertencer ao mundo, e essa é essencialmente uma experiência de reforço da iden dade pessoal. Em vez da mera visão, ou dos cinco sen dos clássicos, a arquitetura envolve diversas esferas da experiência sensorial que interagem e fundem entre si”.
Nosso domicílio é o refúgio do nosso corpo, nossa memória e iden dade. Estamos em um diálogo e interação constantes com o ambiente, a ponto de ser impossível separar a imagem do ego de sua existência espacial e situacional.p61 A gravidade é medida pela sola dos pés; seguimos a densidade e a textura do chão através da sola dos nossos pés.
PALLASMAA, Juhani. 2011,p.39
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Imagem ilustrativa de bailarina com os pés em contato superfície espelhada e lisa.
A Arquitetura Sensorial reconhece que as pessoas experimentam e reagem a um ambiente de muitas maneiras, su s e óbvias, consciente e inconscientemente. A reação consciente seria quando tocamos em uma parede texturizada e sen mos uma espécie de retorno, a qual chamamos de sensação. Já a reação inconsciente seria sen r um aroma que nos despertasse repen namente uma memória. Ao longo do dia, entramos em contato com diversos pos de ambientes. Ouvimos sons, vemos texturas, cores, imagens, sen mos as mudanças de temperatura.
Apesar de todo esse contato, não imergimos nas sensações que estes elementos provocam no nosso cérebro e no corpo em geral. Falta a sensibilidade, o cuidado aos detalhes, a percepção da vida. É isso que este po de arquitetura está buscando despertar num mundo onde o tempo é considerado dinheiro e a sensibilidade foi deixada de lado. É essa relação que será destacada ao longo do trabalho.
‘’Ao ouvir sons, ver imagens, sentir cheiros, gostos e toques, registra a época do tempo na memória, sem lembrar que novamente serão sentidos, vindo as recordações de sentimentos que pareciam esquecidos.’’ -Paulo Celente.
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Imagem ilustrativa de pegadas na areia, tato dos pés, contato com superfície.
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Imagem ilustrativa de pés em contato com terra e vegetação.
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Fotografia ilustrativa - conforto por aperto de mãos.
‘’Ouça, toque, sinta, cheire e fale, mas não deixe que os sentidos se percam. O calor humano é a melhor forma de fazermos amigos.’’ -Lenilson Xavier. 27
Sensação A sensação pode ser definida como um processo na qual o sistema nervoso e os receptores sensoriais representam a energia recebida pelos es mulos que se encontram ao nosso redor. Em outras palavras, sensação é o processamento realizado pelo cérebro primário da informação recebido através de algum dos cinco sen dos (visão, audição, olfato, paladar e tato). O cérebro organiza esta informação e apresenta um significado em forma de sensação. A diferença entre os conceitos sensação e percepção é simplesmente complexa, uma vez que entra em jogo a interpretação e o contexto de saber a hora que um es mulo recebido se transforma em sensação. Deve-se destacar que a percepção é o es mulo que recebe os sen dos fora de qualquer consideração, enquanto que a sensação é um passo mais avançado dessa percepção dotado de significado e que gera um determinado estado da pessoa. Neste sen do o contexto é fundamental, assim como a experiência prévia. Estes dois fatores que podem gerar certo po de es mulo causa uma sensação mais ou menos intensa. Escutar um barulho à noite e em casa, pode ser interpretado como uma ameaça e causar sensação de medo se a pessoa for propensa a esse po de situação, ou ainda, se ela já sofreu com experiências parecidas no passado. Enquanto que para outra pessoa, a percepção deste ruído não deixa de ser algo normal.
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Fotografia ilustrativa - absorção de sensações.
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Centro para Cegos e Deficientes Visuais O arquiteto Maurício Rocha visa es mular os sen dos com sua Arquitetura. Com o Centro para cegos e deficientes visuais (Iztapalapa, México, 20002001), o tato, o olfato e a audição são colocados acima da visão. Maurício projetou os espaços abertos e fechados com base na peculiar percepção das pessoas cegas ou com dificuldade de visão.
LEITURAS PROJETUAIS
A Arquitetura Sensorial acontece pelo es mulo dos sen dos, u lizando como instrumento de localização e direcionamento dos usuários diferentes pos de materiais, texturas, cursos d’água, sons, orientação de linhas horizontais e ver cais, diferença de altura dos
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edi cios, quan dade de luz natural, vegetação e outros. O Centro para Cegos e Deficientes Visuais foi criado como parte de um programa do governo da Cidade do México para fornecer serviços a uma das áreas mais desfavorecidas e mais populosas da cidade; Iztapalapa é o distrito com a maior população com deficiência visual da capital mexicana. O projeto visa aprimorar a percepção espacial, a vando os cinco sen dos como experiência e fonte de informação.
Fotografia da entrada de um dos ateliês.
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Ficha Técnica Arquitetos: Taller de Arquitectura - Maurício Rocha Localização: Distrito de Iztapalapa, Cidade do México, país México. Área: 8500m² REFERÊNCIA PROJETUAL QUANTO A Ano: 2000-2001 VALORIZAÇÃO DOS SENTIDOS
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Fotografia ilustrativa - Percurso para guiar cegos pelo som da água. Centro para Cegos e Deficientes Visuais, obra do Arquiteto Maurício Rocha, localizada no México. Fonte: Archdaily.com. Fotos por: Luis Gordoa.
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Centro para Cegos e Deficientes Visuais Os edi cios são prismas retangulares, baseados em estruturas de concreto e telhados planos. Cada grupo explora diferentes relações espaciais e estruturais, tornando cada espaço iden ficável para o usuário e variando em tamanho, intensidade de luz e peso dos materiais: concreto, jolos de tepetato, aço e vidro. Uma parede cega circunda o complexo em seus quatro lados e atua como uma barreira acús ca, bem como um muro de contenção / espaço em branco para manter a terra movida das áreas vizinhas de terreno baldio. Todas as paredes externas seguem um padrão, erguidas com o mesmo po de pedra, funcionando como uma barreira e um ponto de referência, um limite tá l. Em contraste com o exterior abstrato, a fachada interna da parede delimitadora cria bancos que mudam de forma, altura e orientação, criando vários pá os.
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Imagem ilustrativa - as paredes delimitadoras acabam criando bancos de diferentes formas e alturas, além de pátios internos.
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Imagem ilustrativa - as paredes delimitadoras do projeto, construídas com pedras locais, vista externa.
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Imagem ilustrativa - ateliês de diferentes alturas, aberturas na cobertura, variação da quantidade de luz natural e desenho de percursos.
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Imagem ilustrativa - jogo de alturas das coberturas e luz natural intercalada por espaços de sombra durante todo o percurso,
O croqui abaixo exemplifica a ideia do arquiteto quanto à altura variável das coberturas dos blocos, assim como sua relação com a parede de pedras que delimita o projeto e a circulação livre do ar. Também nota-se a relação da escala humana e os traços que conseguem diferenciar os materiais empregados na proposta.
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Imagem ilustrativa - croqui demonstrando a diferença de altura dos elementos arquitetônicos.
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Centro para Cegos e Deficientes Visuais As mudanças de texturas, pos diferentes de pisos de pedra e cascalho, os permitem assimilar as diferentes fricções dos pés. Os espaços abertos variados, semicobertos e cobertos ressoam os sons e os passos. Um canal de água passa pelo centro da praça, de modo que o som da água guia os usuários ao longo do caminho. Esse canal está presente até nos ambientes internos, como ateliês, galeria e outros. Seis grupos de espécies de plantas e flores odoríferas nos jardins do perímetro atuam como sensores constantes para ajudar a orientar os usuários com base no olfato dentro das instalações do complexo.
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Imagem ilustrativa - pátio com percurso d’água delimitado por seixos, bancos e vegetação odorífera.
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Imagem ilustrativa - vista do interior de um dos espaços de atividades, caminho com linha guia central no piso.
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Imagem ilustrativa - os ateliês foram projetados podendo ter suas funções identificadas pelo usuário por altura e diferença de material empregado.
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Imagem ilustrativa - vista do pátio principal que direciona o usuário aos espaços de atividades.
Através da exposição desenvolvida chamada ”Diálogo no escuro”, vivencia-se uma experiência totalmente inusitada, que desafia o público a conhecer o mundo com outros olhos. A interação feita acompanhada de um guia com deficiência visual, totalmente no escuro, faz explorar todos os nossos sen dos, além de nos fazer confiar em pessoas com habilidade diferenciadas. Além de sensibilizar, o “Diálogo no escuro” evidencia que não poder enxergar, não significa não poder sen r a experiência, muito pelo contrário. Com isso, refle mos que é preciso encontra uma nova forma de “ver” as realidades.
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Linhas horizontais e ver cais no concreto à altura da mão oferecem pistas táteis para iden ficar cada edi cio. Os croquis do arquiteto exemplificam claramente a sua intenção quanto a orientação dessas linhas visando direcionar o usuário do espaço. Tanto nas paredes externas quanto nas internas, criando duas configurações diferentes.
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Imagem ilustrativa - croqui da intenção para as paredes externas, linhas horizontais de direcionamento.
Imagem ilustrativa - rampa de acesso, em cada lado é empregado um material que delimita o espaço e localiza o usuário.
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Imagem ilustrativa - croqui da intenção de distinguir os espaços pelo material aplicado e sua posição no edifício, altura da aplicação.
Imagem ilustrativa - vista externa de um dos ateliês do projeto.
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Imagens ilustrativas - rampas de acesso, linha guia central no piso, escoamento de água e texturas das paredes.
Imagem ilustrativa - vista interna do ginásio que abriga a piscina olímpica.
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Termas de Vals O arquiteto Peter Zumthor é um ó mo exemplo de profissional que optou pela arquitetura sensorial. Ao inserir uma matéria na paisagem, mescla artesanato com indústria, percepção sensorial com a razão, subje vidade com o conceitualismo, e a natureza com a tecnologia. Construído sobre as únicas fontes termais do Cantão de Grisões, Suíça, as Termas de Vals é um hotel e spa onde se combina uma completa experiência sensorial projetada por Peter Zumthor. A idéia foi criar uma forma de caverna ou pedreira, como estrutura.
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Trabalhando com o entorno natural, as saunas situam-se abaixo de um teto verde, metade enterrado na encosta. As Termas de Vals está construída apar r de camadas sobre camadas de quartzito de Vals, encontrados na região. Essa pedra tornou-se a inspiração guia para o projeto e foi usada com enorme dignidade e respeito. “Montanha, pedra, água -construindo na pedra, construindo com a pedra, dentro da montanha, brotando da montanha, pertencendo à montanha-, como as implicações e a sensualidade das associações entre essas palavras podem ser interpretadas, arquitetonicamente?” - Peter Zumthor.
Imagem ilustrativa - Exterior do projeto, fachadas. Foto por: Fernando Guerra.
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Imagem ilustrativa -banhista em sauna, área interna.
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Imagem ilustrativa - piscina externa.
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Imagem ilustrativa - sauna com iluminação vermelha.
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Ficha Técnica
REFERÊNCIA PROJETUAL QUANTO A LIGAÇÃO COM O LUGAR
Arquitetos: Peter Zumthor, Marc Loeliger, Thomas Durisch e Rainer Weitschies. Localização: Fontes termais do Cantão de Grisões, Therme, 7132 Vals, Schweiz, Suíça. Ano: 1990-1996 Fotografias: Acervo do Archdaily e fotógrafo Fernando Guerra.
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Fotografia ilustrativa - Piscina externa do projeto Termas de Vals, obra do Arquiteto Peter Zumthor localizada na Suíça. Fonte: Archdaily.com
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Termas de Vals Esse espaço projetado para que os visitantes desfrutem e redescubram os an gos bene cios da sauna. As combinações de luz e sombra, espaços abertos e fechados, e elementos lineares criam uma experiência integralmente sensi va e restauradora.
A fascinação pelas qualidades mís cas de um mundo de pedra na montanha, para escuridão e luz, para reflexões luminosas na água ou no ar repleto de vapor, prazer na acús ca singular das águas borbulhantes num mundo de pedra, um sen mento de pedras cálidas e peles nuas, o ritual do banho -essas noções guiaram o arquiteto.
A distribuição informal oculta dos espaços internos é um cuidadoso caminho de circulações que levam os visitantes a certos pontos pre-determinados, mas permite a exploração de outras áreas. A perspec va é sempre controlada, garan ndo ou impedindo uma vista.
As salas de pedra foram desenhadas não para compe r com o corpo, mas para polir a forma humana (jovem ou velha) e dá-lhe espaço… uma sala na qual se pode ser.
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Fotografia ilustrativa - Vista interna, banhista a caminho para a sauna.
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Sua obra compõe seu interior com uma atmosfera especial feita de luzes ar ficiais e naturais, de texturas variadas de pedra e do concreto, dos sons das pessoas e das vibrações da água, das variações de temperatura e diferentes odores. Um edi cio que lida com diversas percepções no espaço interno. A Arquitetura Sensorial funciona para influenciar o humor, comportamento e, finalmente, o bem-estar do usuário em qualquer espaço. Fatores como: o volume e a qualidade do som que ouvimos, se nos sen mos muito aquecidos ou com frio e até mesmo como podemos navegar facilmente pelo espaço têm um efeito substancial em longo prazo em nossa saúde mental e sica, bem como em quanto somos felizes. Esse conhecimento foi cuidadosamente aplicado neste projeto.
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Imagem ilustrativa - escadas internas, iluminação amarela, paredes e piso em pedra.
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Imagem ilustrativa - mulher lendo livro dentro da piscina, área interna.
Imagem ilustrativa - Banhista embaixo das cascatas douradas. Foto por: Fernando Guerra.
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Imagem ilustrativa - vista de piscina interna, área próxima à sauna.
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Imagem ilustrativa - Passagem. Foto por: Fernando Guerra.
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Termas de Vals
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Imagem ilustrativa - banhistas na piscina externa.
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Imagens ilustrativas - percursos internos, diferentes formas de iluminação, escala do usuário com o projeto.
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Imagem ilustrativa - banhistas em piscina quente. Foto por: Fernando Guerra.
86 87 88
Imagens ilustrativas - percursos internos, textura de pedra nas paredes e piso, vestiário, piso molhado.
38
89 90
Imagens Ilustrativas - a quantidade de luz natural varia internamente, como mostram as imagens.
8
39
Biblioteca Central de Calgary A edificação está situada dentro de uma complexa condição urbana, onde uma Linha de Trem totalmente operacional cruza o terreno em um caminho curvo, dividindo o centro e o bairro de East Village. Em resposta, o projeto ergue a entrada principal sobre a linha de trem. Delicadamente, os terraços nas encostas guiam até o coração do edi cio, permi ndo que pessoas de todas as direções interajam com a biblioteca. Anfiteatros ao ar livre fornecem lugares para as pessoas se sentarem e permitem que os programas da biblioteca se espalharem até a parte exterior. Vegetações que fazem referência à paisagem na va atraem as montanhas e pradarias de Calgary para a paisagem urbana e revestem as ruas circundantes da praça com ulmeiro e álamos.
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Imagem ilustrativa - escadas internas, totalmente em madeira.
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A dinâmica fachada de vidro triplo é composta por um padrão modular hexagonal que expressa os obje vos da biblioteca de fornecer um espaço que convida todos os visitantes. Variações na forma hexagonal espalham-se pela super cie curva do e d i c i o e m p a i n é i s a l te r n a d o s d e v i d ro e ocasionalmente alumínio. O padrão permite que todos os lados funcionem como a "frente" do edi cio. Criada inteiramente de tábuas de cedro vermelho ocidental, da vizinha Bri sh Columbia, a cobertura de duas pontas está entre as maiores feitas em madeira e de forma livre do mundo. Sua forma orgânica e textura trazem o grande prédio para uma escala tá l e ín ma. Visível do exterior, o átrio principal convida os transeuntes a adentrarem ao espaço.
Imagem ilustrativa - relação do projeto com o entorno, linha de trem e local de implantação.
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Ficha Técnica Arquitetos: Snøhe a. REFERÊNCIA PROJETUAL QUANTO A Localização: Calgary, Canadá. SETORIZAÇÃO DO PROGRAMA Área:22.2960 m² Ano: 2018 Fotografias: Acervo do Archdaily - cortesia de Snøhe a.
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Imagem ilustrativa - Biblioteca de Calgary, vista interna segundo andar.
8
41
Biblioteca Central de Calgary No interior, a estrutura de concreto é deixada exposta e inacabada, insinuando as possibilidades em aberto. O ritmo de vigas e pilares lembra uma colunata grega que servia como espaços de reunião e troca intelectual. A crueza da paleta de materiais des na-se a dar às pessoas a sensação de que a biblioteca é um local de envolvimento, em vez de um repositório sacrossanto para livros. Organizado em um espectro de "Diver do" para "Sério", o programa da biblioteca localiza as a vidades públicas mais pavimentos inferiores, transitando gradualmente para áreas de estudo mais silenciosas nos níveis superiores.
No nível da rua, uma série de salas mul funcionais alinham-se no perímetro do edi cio, melhorando a conec vidade entre o interior e o exterior. Já no térreo, a Biblioteca Infan l oferece casas de espetáculos com espaço para a vidades artesanais baseado em desenhos, programas de alfabe zação precoce e uma experiência de recreação para todo o corpo.
Imagem ilustrativa - estantes e espaço de leitura.
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11
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4 3 14 1
Figura ilustrativa - Corte do edifício (vista sul).
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Ao longo dos seis pavimentos, uma variedade de espaços oferece interações digitais, analógicas, de grupo e individuais.
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13
2
2
1-Trânsito ferroviário leve; 2-Sala multiuso; 3-Salão de performances; 4-Átrio; 5-Recanto do escritor; 6-Coleções; 7-Sala de programas; 8-Área de playground; 9-Sala de leitura leste; 10-Laboratório de informática; 11- Grande sala de leitura; 12-Mecânica; 13-Clarabóia; 14-Terraço leste.
Imagem ilustrativa - espaços de interação, leitura e descanso.
96
Imagem ilustrativa - área de playground das crianças.
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No nível mais alto da biblioteca está a Grande Sala de Leitura, concebida como uma caixa de jóias dentro da biblioteca, que fornece um espaço para estudo focado e inspiração. Os leitores entram através de um ambiente de transição com luz e acús ca suaves. No interior, as ripas de madeira ver cais alinham o espaço para proporcionar privacidade e visibilidade, definindo um espaço interior sem usar paredes sólidas. A luz natural ilumina o espaço através das ripas de madeira criando linhas de visão entre o átrio e a fachada ocidental.
Chegando ao ponto mais ao norte da biblioteca, encontra-se a sala de estar, com vista para a linha do trem e o ponto de encontro dos dois bairros. Cheia de luz e a vidades, esta proa do edi cio não servirá apenas como um farol para aqueles de fora, convidando-os a entrar, mas também como uma perspec va de olhar para trás - um ponto de vista adequado para observar o impacto de um edi cio que espera reenergizar o espírito de cultura, aprendizado e comunidade em Calgary.
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98
Imagem ilustrativa - sala de leitura.
Imagem ilustrativa - ‘proa’ do edifício.
100 Imagem ilustrativa - grande salão de leitura.
101 102 103 Imagens ilustrativas - relação dos espaços de leitura com a fachada, possibilidade de observação do entorno, entrada de luz natural.
43
Biblioteca Central de Calgary
104 Figura ilustrativa - Planta esquemática da implantação do projeto. 106 Imagem ilustrativa - escadas de acesso da entrada principal, escala do edifício com o usuário.
105 Imagem ilustrativa -vista externa do edifício e sua relação com o entorno imediato.
107 Imagem ilustrativa - aplicação da madeira na orientação vertical, sequência e repetição.
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108 110 Figuras ilustrativas - Plantas esquemáticas do térreo até o 109 111 segundo pavimento.
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Legenda Level 0 1- Cafeteria 2- Assento ao ar livre 3- Trânsito Ferroviário Leve 4- Salão de Performance 5- Bas dores 6- Sala de Controles
7- Sala Verde 8- Ves ário 9- Banheiros 10- Sala mul uso 11- Sala comunitária 12- Sala de reuniões 13- Sala de comunicações
14- Terraço leste 15- Praça pública 16- Cisterna 17- Depósito de bicicletas 18- Vazio 19- Entrada do elevador 20- Área de carregamentos
Legenda Level 1 Mezanino 6- Átrio da sala de leitura 7- Leitura e coleções temá cas 8- Vazio 9- Banheiros 10- Operações e treinamento da biblioteca
1- Vista norte 2- Cafeteria 3- Biblioteca das crianças 4- Centro de aprendizagem de artesanato para iniciantes 5- Bas dores
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Legenda Level 2
Legenda Level 1 1- Salão de perfomance 2- Depósito e Operações 3- Banheiros 4- Vazio 5- Átrio
6- Devolução de livros 7- Entrada principal e galeria de boas-vindas 8- O Arco 9- Terraço leste 10- Praça pública 11- Operações e manutenções da biblioteca
1- Vista norte 2- Coleções 3- Centro de aprendizado para iniciantes 4- Recanto das crianças 5- Ques onário
4
6- Átrio 7- Recanto do escritor 8- Sala de classificação de livros 9- Reuniões e salas mul uso 10- Serviços especiais 11- Banheiros 12- Operações da biblioteca
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112 Figuras ilustrativas - Plantas esquemáticas do terceiro e 113 quarto pavimentos.
Biblioteca Central de Calgary 14
114 Figuras ilustrativas - Cortes do 115 edifício, vistas leste e norte.
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Legenda Level 3
1
1- Biblioteca dos adolescentes 2- Laboratório tecnológico 3- Sala mul uso 4- Salão de estudos 5- Laboratório de ideias
6- Estúdio de produção audiovisual 7- Laboratório de aprendizado digital 8- Áreas digitais comuns 9- Átrio 10- Coleções
11- Sala de leitura leste 12- Serviços para recém-chegados 13- Banheiros 14- Sala de funcionários 15- Operações da biblioteca
5
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7 4
9 10 11 8 6
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3
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2
14
3 1
Corte do edifício-vista leste
1-Trânsito ferroviário leve; 2-Sala multiuso; 3-Sala de reuniões; 4-Entrada principal; 5-Átrio; 6-Benheiros; 7-Leitura e coleções temáticas; 8-Cafeteria; 9-Coleções; 10-Biblioteca dos adolescentes; 11- Sala de estar; 12-Mecânica; 13-Clarabóia; 14-O Arco.
8
7
6
7
3
5 5 5
4
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1 Corte do edifício-vista norte
Legenda Level 4 1- Sala de estar comunitária 2- Sala inter-religiosa 3- Grande sala de leitura 4- Átrio
5- Vista da vila do leste 6- Banheiros 7- Coleções 8- Sala mul uso
9- Estúdio de artesanato 10- Círculo guia para idosos 11- Estúdio de histórias e laboratório de mídia 12- Operações da biblioteca
1-Trânsito ferroviário leve; 2-Entrada principal; 3-Coleção de mídia; 4-Área de estudo; 5-Escritórios; 6-Sala multiuso; 7-Coleções; 8-Estúdios; 9-Entrada principal.
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Biblioteca Northside Com um “lo de leitura” em balanço que envolve a High Street, O novo projeto Northside Branch da Biblioteca Metropolitana de Columbus abriga uma praça pública na entrada principal, concede aos visitantes uma visão elevada da cidade e alterna entre bibliotecas específicas da biblioteca funções e eventos externos, conforme necessário.
Ao invés de um único eixo contextual, a biblioteca é um reflexo de sua localidade privilegiada em Columbus e, como tal, comemora a escala, o material e a vitalidade de seu entorno.
O interior se concentra em uma "sala de estar" que abriga a coleção principal da biblioteca. Lavado com luz indireta do alto, é equipado com confortáveis áreas de leitura, recantos de estudo, um café e uma lareira. Espaços adicionais - as salas de reuniões, a zona infan l, a área de leitura para adolescentes e o lounge silencioso - sobem da sala de estar e culminam no lo de leitura.
117 Imagem ilustrativa - placa de identificação e sinalização da biblioteca.
118 Imagem ilustrativa - vista frontal da Biblioteca Northside. 116 Imagem ilustrativa - vista da estrutura em balanço e escultura metálica da entrada principal.
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Biblioteca Northside 1 2 3 4
As bibliotecas estão em transição. Uma vez que é um ponto de divulgação do conhecimento e uma introspecção silenciosa, elas estão se tornando lugares para se encontrar, socializar, estudar, sair e se conectar. Historicamente, vimos a mudança de valor cívico da biblioteca de um lugar para as coisas, agora, para um lugar para as pessoas.
Biblioteca Entradas principais Lugares ao ar livre Estrutura escultural
5 6 7 8 9
Área permeável Rampas Entrada do estacionamento Estacionamento Estacionamento na rua 10 Vagas para deficientes
Sua natureza única é que ela mantém os visitantes de uma ins tuição de serviço público, ao mesmo tempo que abraça a crescente propensão das pessoas a buscar ambientes para realizar a vidades que desfazem a linha entre pesquisa, socialização, busca de conhecimento e brincadeiras.
119 Figura ilustrativa - planta esquemática de implantação da Biblioteca Northside.
1 2 3 4
Entrada/Mesa de recepção Sala de navegação Estantes Cafeteria
5 6 7 8
Sala de reuniões Área de funcionários Ajuda para tarefas Área das crianças
Os conceitos das novas bibliotecas implantadas pelo mundo nos úl mos anos apresentam grande permeabilidade visual, diferentemente do es lo an go de projetar as bibliotecas como um espaço estritamente fechado e com poucas aberturas. A N o r t h s i d e é u m exe m p l o d e c o m o a permeabilidade visual pode ser implantada de forma harmônica, os espaços estão interligados favorecendo a interação social.
1 4
121 Figura ilustrativa - planta esquemática do primeiro pavimento da Biblioteca Northside.
120 Imagem ilustrativa - mesa de recepção na entrada do edifício.
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4
2
122 Imagem ilustrativa - sala de navegação e estantes.
3 124 Imagem ilustrativa - estantes e cafeteria ao fundo.
8
123 Imagem ilustrativa - espaço de permanência com mobiliário na cor roxa.
125 Imagem ilustrativa - área das crianças.
49
Biblioteca Northside 9 9 Rampa com Salas de Leitura 10 Salão silencioso 11 Sala de pesquisa prá ca 12 Área dos adolescentes 13 Computação de mercadorias
126 Figura ilustrativa - planta
esquemática do segundo pavimento da Biblioteca Northside.
129 Imagem ilustrativa - rampa de circulação com áreas úteis integradas. Os pavimentos são interligados pelas rampas, o jogo de alturas proporcionam diferentes vistas ao longo de seu percurso. A circulação principal, as rampas, também abrigam salas de estudo, leitura, entre outros. 10
o
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vativo spaço pri
e 12
127 Imagem ilustrativa - área dos adolescentes.
10
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ç
pa
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128 Imagem ilustrativa - vista externa do salão silencioso.
130 Imagem ilustrativa - salão silencioso de estudos.
50
131 134 I m a g e n s i l u s t r a t i v a s renders externos e internos 132 135 do projeto, produção do 133 136 escritório NBBJ.
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Ficha Técnica Arquitetos: NBBJ REFERÊNCIA PROJETUAL QUANTO A Localização: Columbus, Estados Unidos. MATERIALIDADE E Área: 2.322m² PERMEABILIDADE VISUAL Ano: 2017 Fotografias: Fotógrafos Chuck Choi e Sean Airhart/NBBJ
137 Imagem ilustrativa - vista da fachada principal do edifício e sua relação com entorno.
8
52
Biblioteca Northside CONCEITO DIAGRAMAS
LOFT DE LEITURA
ESTRATÉGIA DE MATERIAIS
SALA DE ESTAR
138 Figura ilustrativa - diagrama do conceito e esquema da estratégia de materiais.
140 Imagem ilustrativa - fachada externa, aplicação de tijolo com pintura branca.
NA BRANCA
TELHADO-MEMBRA
LOFT DE LEITURA
O
- PAINEL METÁLIC
VOLUME 01 - TIJOLO
TO
ACA DE CIMEN
VOLUME 02 - PL
ROS
A - VID
RU ARA A ADA P
FACH
RETO
ONC
BASE
-
AS PLAC
EC AS D
AD
FORM
MATERIAIS EXTERNOS
139 Figura ilustrativa - esquema detalhado dos materiais utilizados e áreas de aplicação.
141 Imagem ilustrativa - fachada lateral, vista da estrutura em balanço e escultura metálica da entrada principal.
53
Biblioteca Northside
ELEVAÇÃO SUL
ELEVAÇÃO LESTE
142 Imagem ilustrativa - fechamentos em vidro fazendo a conexão entre exterior e interior.
145 Figura ilustrativa - elevações sul e leste (materiais aplicados nas fachadas).
ELEVAÇÃO OESTE
ELEVAÇÃO NORTE
143 144 Imagem ilustrativa - detalhes da escultura metálica na entrada do edifício.
146 Figura ilustrativa - elevações oeste e norte (materiais aplicados nas fachadas).
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147 Imagem ilustrativa - relação da fachada e projeto com o entorno, espaço para o pedestre caminhar sem obstáculos.
Mediateca em Thionville A ambição deste projeto é se tornar um novo modelo para bibliotecas de mídia. O prédio se aproxima da copa das árvores, e esta é a primeira camada que atua como um filtro da rua. Nas cavidades do projeto, o limite entre o espaço interno e o espaço urbano é menos claro e permite uma aproximação, abraçando o edi cio visualmente. As porções vazias e as sólidas produzem uma ambiguidade entre interior e exterior, ques onando os limites do espaço público. O espaço torna-se incerto: deixa de ter limites claros e se ques ona em termos prá cos. Os espaços externos são fluidos, permi ndo a circulação dos pedestres e uma boa relação com o projeto.
148 Imagem ilustrativa - espaços fluidos, espaços conectados.
149 Imagem ilustrativa - comunicação do edifício com o local, escala do objeto com o usuário.
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Ficha Técnica Arquitetos: Dominique Coulon & associés Localização: Thionville, França. REFERÊNCIA PROJETUAL QUANTO A Área: 4.000m² FLUIDEZ ESPACIAL Ano: 2016. Fotografias: Fotógrafos Eugeni Pons, David Romero-Uzeda.
150 Imagem ilustrativa - podemos observar o interior sem entrar no edifício.
8
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Mediateca em Thionville Uma rampa verde oferece outra rota de fuga para o exterior, levando a um bar de verão, o ponto culminante do passeio arquitetônico. O jardim prolonga o caminho interno, aproximandose da linha do horizonte; a cidade desaparece, deixando apenas a copa das árvores dialogando com o céu. Novos usos tornam-se possíveis: as pessoas podem rar uma soneca, fazer um piquenique, ler ao ar livre ou se reunir em grupos.
0 25 50
100m
0 5
10
25m
O desdobramento do envelope externo acentua essa impressão de espaço infinito. Neste espaço "inefável", a noção de gravidade parece desaparecer o telhado e as paredes parecem flutuar. Essa sofis cação gera uma "acús ca plás ca" que dá a este novo lugar uma atmosfera que transporta e reexamina o relacionamento com o corpo e a fluidez. Não há uma leitura inequívoca do espaço; a percepção que se tem dele revela uma complexidade e uma riqueza inesperada. É um lugar de liberdade.
O espaço é fluido e as múl plas rotas oferecem pontos de vista constantemente renovados. O passeio se transforma em um processo de revelação dos vários universos .
151 152 Figuras ilustrativas - plantas de situação e implantação.
153 Imagem ilustrativa - imagem aérea da mídiateca.
154 Imagem ilustrativa - vista do terraço da mídiateca.
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Mediateca em Thionville
155 Imagem ilustrativa - percursos de grama.
156 Imagem ilustrativa - utilização da cobertura como espaço de descanso e permanência.
157 Imagem ilustrativa - relação com pedestres, grande recuo frontal.
158 Imagem ilustrativa - espaços de silêncio.
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Biblioteca de São Paulo A Biblioteca de São Paulo, construída onde era a Casa de Detenção Carandiru, foi finalista do prêmio de melhor biblioteca do ano na London Book Fair Interna onal Excellence Awards 2018. Mesmo com um índice de leitura de quatro livros por ano, o Brasil foi o país que mais se destacou na feira londrina.
Ela foi construída em 2010 no parque da Juventude, an ga área da penitenciária Carandiru, onde também funcionam duas escolas técnicas. Pois é neste lugar, que poderia carregar para sempre uma soturna memória, que está localizada a Biblioteca de São Paulo.
“A indicação nos deu voz para discu r o direito que a população tem à bibliotecas públicas de qualidade, e a necessidade de o poder público inves r em cultura e prover esse direito ao cidadão”, diz Ruprecht.
Com 400m² projetados como se fosse uma grande livraria, a Biblioteca de São Paulo (BSP) chama a atenção pela arquitetura que coloca o público como foco, e não o acervo, diferente do que acontece nas bibliotecas tradicionais.
Essa biblioteca brasileira já nasceu como uma promessa de transformação. A an tese é forte e a metáfora se torna óbvia. Onde antes funcionava uma prisão, agora há a liberdade: de conhecimento, das idéias, dos livros.
A biblioteca colaborou para que o impacto urbano desta revitalização extrapolasse os limites do bairro, trazendo gente de toda a cidade para aproveitar esse novo parque que além de lazer possui espaços de educação e cultura com acesso livre a todos.
160 Figura ilustrativa - croqui da proposta volumétrica longitudinal da Biblioteca de São Paulo e escalas humanas. 159 Figura ilustrativa - vista lateral direita da Biblioteca de São Paulo .
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Ficha Técnica Arquitetos: aflalo/gasperini arquitetos Localização: São Paulo, SP, Brasil. Área: 4.527m² Ano: 2010. Fotografias: Daniel Ducci.
REFERÊNCIA PROJETUAL QUANTO A ACESSIBILIDADE E PÚBLICO-ALVO
161 Figura ilustrativa - vista externa da Biblioteca de São Paulo, totens de sinalização e decoração .
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Biblioteca de São Paulo A biblioteca está organizada como se fosse uma livraria, visando atrair também o público não leitor. A idéia é que esta obra seja um piloto que possa ser replicado em outras cidades do Estado. Um novo conceito de Biblioteca, implantada no Brasil, mas inspirada na Biblioteca Pública de San ago do Chile. O prédio possui uma área ampla com iluminação zenital, garan ndo uma grande flexibilidade de layout interno. A estrutura é formada por 20 pilares e 10 vigas, espaçadas a cada 10 metros. O mobiliário ganhou diver dos tons coloridos e serigrafias lúdicas foram propostas nos vidros para dar mais in midade a quem lê ou pesquisa. Foram implantados mobiliários especiais como mesas para deficientes visuais e mesas ergonômicas para deficientes sicos. Para atender às normas de acessibilidade os pisos instalados são táteis, corrimão com duas alturas, inscrições em Braile além de rampas de acesso e soleiras adequadas.
“Ela está focada na pluralidade, e isso tem a ver com a literatura — porque, como diz Cristóvão Tezza, literatura não está a serviço de nada a não ser da liberdade. E biblioteca pública, como um espaço de literatura e educação, tem que ser um espaço livre para que cada um busque o seu espaço rumo ao conhecimento”, diz Pierre André Ruprecht, diretor execu vo da SP Leituras. A par cipação da comunidade próxima à Biblioteca de São Paulo é um assunto levado a sério pela ins tuição. Por lá, um terço das aquisições semanais de livros vêm de sugestões dos sócios (de carteirinha!). Outra par cularidade da BSP é o público: a biblioteca atrai pessoas de diferentes idades, gêneros e condições socioeconômicas, ao contrário da maioria das bibliotecas públicas cujo público é formado por pessoas em idade escolar.
163 Imagem ilustrativa - área de convívio.
Mais do que es mular a leitura, o obje vo desse grande laboratório é fazer com que as bibliotecas se tornem polos a vos de cultura nas comunidades. Clubes de livros, projetos de contação de histórias para crianças, oficinas de tecnologias para idosos, minicursos de robó ca, saraus com jovens, projetos que discutem literatura e gastronomia estão entre os “experimentos” da BSP. Figura ilustrativa - croqui de alturas e relação com o 162 usuário.
164 Imagem ilustrativa - escadas acessíveis, sinalização, corrimão e pisos táteis.
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Biblioteca de São Paulo Santana, o bairro onde fica a biblioteca, é um local da capital paulistana que concentra muitos albergues para moradores de rua. Com a construção da BSP na região, essas pessoas frequentam a biblioteca e par cipam das a vidades culturais — hoje, eles representam 20% do total de visitantes. A metáfora dinâmica do desenho não se restringiu à disposição das estantes: a BSP funciona como um imenso laboratório de boas inicia vas que podem ser adaptadas e reproduzidas nas 800 unidades da rede de bibliotecas públicas do estado. O programa é cons tuído por um pavimento térreo com recepção, acervo, auditório para 90 pessoas e módulos de leitura para crianças e adolescentes.
O terraço existente neste pavimento foi coberto por uma estrutura tensionada, que lembra “tendas náu cas” e abrigará uma cafeteria, áreas de estar e espaço para performances. No pavimento superior encontram-se além do acervo, diversos espaços de leitura sendo um módulo restrito para adultos, além das áreas mul mídia. Os terraços do pavimento superior voltados para as fachadas leste e oeste, de maior insolação, foram cobertos por pérgulas fabricadas com laminados de eucalipto de reflorestamento e policarbonato, garan ndo um espaço agradável para performances e área de estar. As demais fachadas são compostas por placas de concreto pré-moldadas com acabamento texturizado colorido.
165 Imagem ilustrativa - terraço, área de estar e apresentações de música.
166 Imagem ilustrativa - módulos com silhuetas coloridas, espaços de leitura e estudo.
167 Imagem ilustrativa - vista do exterior, fachada de concreto texturizado.
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Localização da Área de Estudo
LOTE Meio-dia
11 8
m
89m
Sol poente
Sol nascente Vento sudeste
Área Total: 8.045 m²
45m
92m Imagem - mapa esquemático sem escala
Bura nelli
168 Figura ilustrativa de insolação e ventos dominantes.
169 do lote de implantação do objeto.
QUADRA
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Quadra de formato irregular que abriga parte do Córrego das Araras.
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LEVAN TAMEN TOS
Para a melhor localização da área de estudo selecionada, uma sequência de mapas exemplificam as escalas a serem atravessadas até que possamos analisar a localização da área e do lote o qual será implantado o objeto em fase de estudo preliminar. Estas escalas iniciam-se no lote e grada vamente mostram sua localização.
Imagem - mapa esquemático sem escala
171 da quadra que abriga o lote. 170 Figura ilustrativa do formato da quadra e vias delimitadoras.
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Localização da Área de Estudo O bairro Chácara Dr. Luís Cândido Alves Bancários, conhecido popularmente como ‘Bancários’ faz parte da Unidade de Planejamento 08 denominada Santa Cruz, estabelecida pelo Plano Diretor do município, visando desenvolver novos bairros numa área de 2,4 Km².
O município de Batatais faz limite com: São José da Bela Vista, Res nga, Franca, Patrocínio Paulista, Al nópolis, Nuporanga, Jardinópolis, Sales de Oliveira e Brodowski. Sendo este úl mo o mais próximo, estando a apenas 12 Km de distância.
BAIRRO
RUA RUA
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CRIST INA GIANO NI
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SIL VIA NOGU EIRA
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LUIS
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MENE
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FERR AZ DE
RUBE
NICÉS IO (Norfin ho)
IANO
AMIR
CASS
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ONOF RE EDUA RDO
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LI IBEL
RG IN R.
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CER
MUNICÍPIO MAIS PRÓXIMO
O acesso rodoviário acontece por meio das seguintes rodovias: SP – 330 – Via Anhanguera, SP – 334 – Rodovia Cândido Por nari e SP – 351 – Rodovia Al no Arantes.
Município escolhido
A
ID
EN
AV ÃO JO IZ
LU DE A
IR
IVE OL
12 Km
Apesar da pouca distância entre Batatais e Brodowski, os moradores da úl ma frequentam mais o m u n i c í p i o d e R i b e i rã o P re to, e m ra zã o principalmente de um ponto de pedágio implantado entre eles.
Município mais próximo
Imagem - mapa esquemático sem escala
176 do município mais próximo de Batatais.
Imagem - mapa esquemático sem escala
172 Figura ilustrativa formato do bairro e localização do lote.
173 do Bairro Chácara DR. Luís Cândido Alves Bancários.
REGIÃO METROPOLITANA ÁREA URBANA
ÁREA DO MUNICÍPIO
A Região Metropolitana de Ribeirão Preto é composta por um total de 34 municípios, com uma população de aproximadamente 1,6 milhões de habitantes, segundo dados do IBGE de 2015, o que representa 3,71 por cento do total do Estado. Município brasileiro, situado no interior do Estado de São Paulo. Pertencente a Região Metropolitana de Ribeirão Preto, Batatais é o centro de sua microrregião e possui uma área territorial de 851 Km².
BATATAIS
Locado a uma al tude de 862m, sua topografia é ondulada, estando situada entre duas colinas. A cidade fica a cerca de 355 Km da capital São Paulo. DELIMITAÇÃO DA CIDADE
Imagem - mapa esquemático sem escala
174 da área urbana de Batatais.
*Texto adaptado do Relatório da Emplasa de 2016.
Imagem - mapa esquemático sem escala
BATATAIS RMRP
O clima é tropical (ameno) com inverno seco. Com máxima de 34 graus e mínima de 8 graus – média 21 graus. As precipitações pluviométricas ocorrem principalmente no intervalo dos meses de novembro até março. Imagem - mapa esquemático sem escala
175 da área urbana e rural de Batatais.
177 da Região Metropolitana de Ribeirão Preto. 11 Texto adaptado do site Conceitos.com – Biblioteca, conceito,significado
64
Localização da Área de Estudo
Localização da Área de Estudo ESTADO
São Paulo (SP) é um estado brasileiro localizado na região Sudeste, fazendo divisa com o Rio de Janeiro, a nordeste; com Minas Gerais, a norte; com o Mato Grosso do Sul, a oeste; e com o Paraná, ao sul. Em sua porção leste e sudeste, é banhado pelo Oceano Atlân co. Possui uma área territorial de 248.222 km², onde vivem aproximadamente 46.670.000 pessoas, totalizando uma densidade demográfica de 166 habitantes por quilômetro quadrado.
SP
O estado de São Paulo e sua capital possuem o mesmo nome. Dessa forma, a naturalidade referente ao primeiro é paulista, enquanto o adje vo pátrio designado para a cidade é paulistano. Imagem - mapa esquemático sem escala
178 do Estado de São Paulo.
REGIÃO (SUDESTE)
PAÍS
MG BRASIL
ES SP
RJ
Imagem - mapa esquemático sem escala
179 da Região Sudeste.
ANÁLISE DA ÁREA
Imagem - mapa esquemático sem escala
180 do Brasil.
11 Texto adaptado do site Conceitos.com – Biblioteca, conceito,significado
65
Análise da Área MAPA DE BAIRROS
ESTUDO SOCIOECONÔMICO
Este mapa demonstra com o uso de cores e tonalidades a delimitação sica e territorial dos bairros existentes na cidade de Batatais. O levantamento foi elaborado de acordo com mapas e informações ob das pelo site Google Maps no ano de 2019 pela disciplina de Projeto de Urbanismo 8 com o obje vo de observar e analisar a sua distribuição, forma e expansão, assim como a evolução urbana.
Os bairros centrais tem mais infraestrutura, equipamentos, comércios, prestações de serviços, entre outros, facilitando a vida de quem ali reside, tudo está localizado em uma distância que pode até percorrer a pé. Esses fatores elevam o custo dos imóveis destes bairros.
Chácara Dr. Luis Jardim Primavera
Jardim Canadá
Jardim Gabriela Jardim Elena
Jardim Bandeirantes Parque Santa Terezinha
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Chácara Altino Arantes RUA
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Jardim Santa Lídia
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Jardim São Francisco Riachuelo Jardim Anselmo Testa
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Chácara Joia
33
Sem Identificação
Jardim Francisco Pupim Mapa esquemá co sem escala
*Mapa adaptado do trabalho de Análise do Município de Batatais para a disciplina de Projeto de Urbanismo 8, realizado no ano de 2019, durante o oitavo semestre. Projeto este elaborado pelos alunos: Emily Geisa Toni, Luís Ricardo Pasucal Neto e Thamiris Bernardes da Silva.
Gráfico síntese do ques onário aplicado aos moradores de Batatais no ano de 2019 u lizando como meio a internet. Com a finalidade de iden ficar as faixas de renda familiar. (31 respostas)
Jardim Aurora
22
Centro
*tabela com valores de imóveis de alguns dos bairros do município de Batatais. As informações quanto aos valores foram re radas de sites de imobiliárias locais no ano de 2019.
Central Park
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23
VALORES DE IMÓVEIS POR BAIRRO*
25 26
21
Sendo assim, com o mapa de localização de cada bairro, temos a jus fica va dos valores. Em suma, os bairros centrais abrigam os moradores com uma maior renda mensal, enquanto que os bairros periféricos abrigam os moradores com menor renda.
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Para a melhor compreensão da situação socioeconômica da cidade de Batatais, foi elaborada uma tabela com os valores dos imóveis em diferentes bairros, de modo a exemplificar quais são os bairros com o maior e menor custo de vida.
Parque Simara
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34
16,1%
Semieli Chácara Antônio Romagnoli
9,7%
16,1%
Menos de 1 salário mínimo 1 salário mínimo 2 salários mínimos 3 salários mínimos Mais de 3 salários mínimos Prefiro não responder
Segundo as informações ob das e tendo o gráfico como produto. Pode-se analisar e concluir que a maioria dos moradores que responderam o ques onário possuem renda mensal superior a três salários mínimos, em seguida temos um empate entre dois e três salários mínimos. Uma renda alta que condiz com a condição de Batatais ser o centro de sua microrregião.
66
Análise da Área MAPA DE MACROZONEAMENTO E ZONAS ESPECIAIS REVISÃO JANEIRO/2016
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Raio de 1 Km estabelecido para o levantamento de equipamentos de educação.
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A Lei nº 3144 de 25 de Junho de 2012 (Dispõe sobre os índices e parâmetros urbanís cos, uso e ocupação do solo e instalação de infraestrutura urbana, respeitadas as normas técnicas per nentes, nas Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS 1 e 2, ins tuídas pelo Plano Diretor do Município de Batatais e dá outras providências.
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Zonas Especiais (Leis e Complementos)
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O mapa apresentado estabelece as macrozonas e zonas especiais do município de Batatais. A área selecionada para a implantação do objeto está localizada na Zona de Des nação Urbana - MZ1. Pela pologia do projeto sua classificação de Uso do Solo é denominada IT3 (Biblioteca Pública). Uma observação importante a se fazer é comentar quais são as diretrizes e códigos elaboradas e aplicadas pelo município. Sendo assim, destaco que é presente: o Plano Diretor, Leis de Parcelamento e Uso do Solo, Código de Obras e Código de Postura. Porém, é ausente o Código do Meio Ambiente. A delimitação existente porém, exige que nas áreas não canalizadas do Córrego das Araras deve-se manter reserva de 30m de Área de Preservação Permanente para cada margem.
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Quanto aos Índices Urbanís cos temos: -Densidade de hab/ha - 200 -Taxa de Ocupação - 75% -Taxa de Permeabilidade - 15% -Coeficiente de Aproveitamento - 2
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*Mz1 com outorga onerosa até 4 vezes o coeficiente de aproveitamento.
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-Lote Mínimo - 250m² -Testada Mínima - 10m -Calçada: 3,50m. -Gabarito máximo - não estabelecido -Vagas de Estacionamento - 1 vaga para cada 50m² de construção.
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*Mapa ob do pela colaboração da estudante de arquitetura e atual arquiteta atuante Fernanda Cardoso Damante no ano de 2019 para a disciplina de Projeto de Urbanismo 8. Projeto este elaborado pelos alunos: Emily Geisa Toni, Luís Ricardo Pasucal Neto e Thamiris Bernardes da Silva.
67
Análise da Área O mapa elaborado iden fica a quan dade de equipamentos de educação, seja de caráter público ou privado num raio de um quilômetro par ndo do lote. Um total de doze ins tuições foram destacadas e numeradas, estando iden ficadas na legenda. O anteprojeto de uma Biblioteca Sensorial agrega qualidade, diversificação de conteúdo, material didá co, experiências e outros à esta área, assim como às ins tuições de ensino ali existentes.
MAPA DE EQUIPAMENTOS DE EDUCAÇÃO
Gráfico síntese do ques onário aplicado aos moradores de Batatais no ano de 2019 u lizando como meio a internet. Com a finalidade de iden ficar a opinião quanto a qualidade das ins tuições de ensino. (31 respostas)
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7 COC Batatais - Ensino Fundamental e Médio (IPT) 8 Escola Vera Lúcia Pereira Leite (IP)
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Escola Fashion de Idiomas (IPT)
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Escola de Educação Infantil Hotelzinho (IPT)
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Centro Universitário Claretiano (IPT)
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Segundo as informações ob das e tendo o gráfico como produto. Pode-se analisar e concluir que a maioria dos moradores que responderam o ques onário classificam a qualidade das ins tuições de ensino como regular, em seguida como boa e ruim, respec vamente. A porcentagem considerada ‘boa’ é mais que o dobro da considerada ‘ruim’, portanto pode-se concluir que as ins tuições estão bem avaliadas, porém regulares. Não houve extremos como péssimo ou ó mo.
*IP - Ins tuição Pública *IPT - Ins tuição Par cular
68
Análise da Área MAPA DE USO DO SOLO DA ÁREA AO REDOR DO LOTE
MAPA DE OCUPAÇÃO DO SOLO - FIGURA E FUNDO
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Lote de implantação
Mapa esquemá co sem escala
USO DO SOLO O mapa de uso do solo destaca a predominância de áreas verdes, vazios e residências. Pode-se notar uma divisão, ao norte do lote temos a predominância de lotes residenciais, enquanto que ao sul do lote vemos mais comércios e prestação de serviços. As ins tuições também se destacam. As áreas verdes valorizam os imóveis, dificultando a aquisição e ocupação dos vazios.
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Mapa esquemá co sem escala
*Raio = 350m
*Raio = 350m
OCUPAÇÃO DO SOLO 1
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O mapa de ocupação do solo destaca a predominância dos vazios. Com isso podemos analisar que está área ainda está em desenvolvimento. Pode-se notar uma divisão, ao norte do lote temos uma maior ocupação, com a predominância de residências que ocupam grande parte do lote, enquanto que ao sul do lote vemos mais lotes vazios e uma menor ocupação.
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69
Análise da Área MAPA DE OCUPAÇÃO DO SOLO - GABARITO
MAPA DE FLUXO VIÁRIO DA ÁREA AO REDOR DO LOTE
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Mapa esquemá co sem escala
*Raio = 350m
*Raio = 350m
*Trânsito típico de segunda-feira 07:00 horas da manhã
GABARITO DAS EDIFICAÇÕES O mapa de gabarito das edificações nos permite analisar e concluir que existe a predominância de edificações térreas, residências em sua maioria. As edificações de dois pavimentos dividem-se entre residencial, ins tucional e comercial.
2
CASA TÉRREA
1
CASA 2 PAVIMENTOS
FLUXO VIÁRIO O mapa de fluxo viário mostra a condição de fluxo rápido em grande parte do raio de análise. Já em situação de fluxo moderado estão as vias próximas ao Terminal Rodoviário de Batatais. A análise foi elaborada aplicando a condição de um horário de pico, ou seja, de movimentação mais intensa.
1
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COMÉRCIO 2 PAVIMENTOS 70
Análise da Área MAPA TOPOGRÁFICO DA ÁREA AO REDOR DO LOTE
MAPA DE VEGETAÇÃO DA ÁREA AO REDOR DO LOTE
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Mapa esquemá co sem escala
VEGETAÇÃO A área apresenta maciços de vegetação nas margens do Córrego das Araras, em torno do Lago Ar ficial Ofélia Borges Silva Alves, na praça do Terminal Rodoviário e também no terreno de frente ao lote. Essa preservação se deve em parte a classificação de grande parte dessa região na MZ4 (Macrozona de Interesse Especial) e também na ZEICT (Zona Especial de Interesse Cultural e Turís co). Com o tulo de Estância Turís ca que o município possui e os recursos que surgem dele, é possível concluir a importância desses espaços e do cuidado que devem receber. A grande quan dade de árvores e vegetação como um todo protege as margens do córrego, criando a APP (Área de Preservação Permanente), também proporciona uma boa arborização e conforto térmico. Essas áreas costumam possuir em horários não comerciais um considerável fluxo de pedestres pra cando exercícios como caminhada e corrida.
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Mapa esquemá co sem escala
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*Raio = 350m
TOPOGRAFIA 1
2
O mapa topográfico esclarece o quanto a topografia é influenciada pela presença do Córrego das Araras, a quadra do lote em seu ponto mais alto, na Rua Vigário Manoel Pômpeo de Arruda indica 843m, declinando depois para 838m e ascendendo para 840m na Avenida José Luiz de Oliveira, criando um fundo de vale.
1
843 m 843 m 840 m 838 m
0m
840 m
838 m
25m
50m
Distância de uma esquina a outra: 155m. Ganho/perda de elevação: 1.78m, -5,38m
75m
100m
125m
155m
71
Processo Projetual
O PRO CESSO INICIAL
-Moodboard -Paleta de cores -Inspirações -Estudos Preliminares -Programa de necessidades -Organograma -Fluxograma
-Estudo de relação organograma-fluxograma -Estudo de distribuição das a vidades -Estudo de volumetria -Estudo de condicionantes naturais e entorno
BRAINSTORM
*Brainstorm: Também chamado de Brainstorming, é uma expressão inglesa que significa tempestade cerebral ou tempestade de ideias. É um método para testar e explorar a capacidade cria va a par r da coleta de informações, ideias, inspirações com o obje vo de desenvolver conceitos. *Moodboard: É uma expressão inglesa que traduzida significa ‘Painel do Humor’. É uma ferramenta para traduzir visualmente um es lo.
72
181
182
183
184
185
186
189
190
187 Estudos Preliminares: Moodboard + Paleta de cores (frias) + Inspirações + Espaços externos
188
73
191
192
193
194
195
196
199
200
197
198
Estudos Preliminares: Moodboard + Paleta de cores (quentes) + Inspirações + Espaços externos
74
201
202
203
204
205
206
209
210
207 Estudos Preliminares: Moodboard + Paleta de cores + Inspirações + Espaços internos
208
75
212
211
216
217
224
229
218
225
219
213
220
221
215
214
222
223
226
227
228
230
231
232
Estudos Preliminares: Moodboard + Paleta de cores + Inspirações + Espaços internos + Sinalização + Intervenções
76
233
237
238
234
235
236
239
240
241
245
246
167
242
243
247
248
Estudos Preliminares: Moodboard + Paleta de cores + Inspirações + Espaços internos + objetos e mobiliário
244
249
250
251
77
Programa de necessidades Considerando todas as exigências, obje vos, funções e buscando elaborar um ambiente capaz de atender públicos de diversas idades, condições sicas, econômicas e sociais. Com o adendo da aplicação de conceitos u lizados na arquitetura sensorial e as referências projetuais foi desenvolvido o seguinte programa de necessidades, com es ma vas de área para cada ambiente. Seguindo uma linha tradicional ou moderna, a biblioteca é um equipamento projetado com a pretensão de ca var e sensibilizar seu usuário, e tornar-se espaço para leitura, pesquisa e cultura. Busca entre outros obje vos romper com a velha imagem de templos de silêncio e rabugice. Para que o projeto seja considerado um sucesso é preciso que ele seja capaz de chamar a atenção daqueles que não tem a necessidade de frequentar a biblioteca, mas o fazem buscando uma leitura agradável. Deve haver um prazer natural em frequentar e preencher seu tempo livre nos ambientes da biblioteca, um sen mento confortante de habitat natural. Para receber os usuários é preciso que a biblioteca ofereça um acervo rico, bons serviços e a disposição de um espaço sico adequado, com condições confortáveis para leitura, pesquisa e outras a vidades. O equipamento deve atender a necessidade dos usuários - população, leitores em geral. Não se pode esquecer do usuário interno: funcionários, auxiliares, técnicos e bibliotecários, pessoas que convivem dentro do espaço da biblioteca por pelo menos oito horas diárias, transitando por meio de estantes, atendendo usuários por meio de telefone ou e-mail,
AMBIENTE RECANTO DAS CRIANÇAS ESPAÇOS SENSORIAIS
ÁREA (m²) estimativa 40 100
AMBIENTE
ÁREA (m²) estimativa
SANITÁRIOS
15
ALMOXARIFADO
10
FRALDÁRIOS
05
SALA DE MÍDIAS (ÁUDIO LIVROS)
20
SANITÁRIOS
15
LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA
30
ALMOXARIFADO
10
SALA DE PESQUISA
30
CAFETERIA
30
RECANTO DO ESCRITOR
30
ÁREA DE CONVÍVIO
50
COLEÇÕES ESPECIAIS
10
ALMOXARIFADO
10
ACERVO
200
FRALDÁRIOS
05
SANITÁRIOS
15
SANITÁRIOS
20
FRALDÁRIOS
05
VESTIÁRIO DE FUNCIONÁRIOS
15
SALA DE LEITURA
30
DESCANSO DE FUNCIONÁRIOS
10
SALA MULTIUSO
20
ALMOXARIFADO
10
RECANTO DOS ADOLESCENTES
20
COPA
15
ESPAÇOS MONOCROMÁTICOS
SALA DE REUNIÕES
30
ESPAÇO DE EXPOSIÇÕES
SECRETARIA
28
REPROGRAFIA
RESERVA DE MATERIAL
03
TERMINAIS DE CONSULTA
05
EMPRÉSTIMO E DEVOLUÇÃO
03
GUARDA VOLUMES
10
TERMINAIS DE CONSULTA
03
GUARDA VOLUMES
10
RECEPÇÃO
10
TOTAL
ESTACIONAMENTO BICICLETÁRIO
10 100 10
100 300 25
1.117m²
78
Organograma
BIBLIOTECA SENSORIAL DE BATATAIS
ESPAÇOS COMUNS
SALAS MULTIUSO
ADMINISTRATIVO
ESTRUTURA DE APOIO
RECEPÇÃO
SALA MULTIUSO
ESPAÇOS HABITUAIS
ESPAÇOS SINGULARES
ESTACIONAMENTO
RESERVA DE MATERIAL
BICICLETÁRIO
EMPRÉSTIMO E DEVOLUÇÃO
GUARDA VOLUMES
TERMINAIS DE CONSULTA
SANITÁRIOS
PONTOS DE WI-FI
FRALDÁRIOS
REPROGRAFIA
SECRETARIA
SALA DE LEITURA CAFETERIA
RECANTO DO ESCRITOR
SALA DE PESQUISA
SALA DE REUNIÕES ÁREA DE CONVÍVIO
RECANTO DOS ADOLESCENTES
SALA DE MÍDIAS (ÁUDIO LIVROS)
COPA ESPAÇO DE EXPOSIÇÕES
RECANTO DAS CRIANÇAS
DESCANSO DE FUNCIONÁRIOS
LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA ESPAÇOS MONOCROMÁTICOS
COLEÇÕES ESPECIAIS
VESTIÁRIO DE FUNCIONÁRIOS ESPAÇOS SENSORIAIS
ACERVO
ALMOXARIFADO
79
Fluxograma BIBLIOTECA SENSORIAL DE BATATAIS
ALMOXARIFADO
SANITÁRIOS
RECANTO DOS ADOLESCENTES
PONTOS DE WI-FI
SALA MULTIUSO
FRALDÁRIOS
ESPAÇOS MONOCROMÁTICOS
COLEÇÕES ESPECIAIS
RECANTO DO ESCRITOR
RECANTO DAS CRIANÇAS
ESPAÇOS SENSORIAIS
SALA DE LEITURA
SALA DE PESQUISA
REPROGRAFIA
LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA
TÉRREO
ESTACIONAMENTO BICICLETÁRIO
1 PAVIMENTO RECEPÇÃO
GUARDA VOLUMES
RESERVA DE MATERIAL TERMINAIS DE CONSULTA
ACERVO
SALA MULTIUSO
SALA DE MÍDIAS (ÁUDIO LIVROS)
SECRETARIA
SALA DE REUNIÕES
ÁREA DE CONVÍVIO
PONTOS DE WI-FI
ESPAÇO DE EXPOSIÇÕES
COPA
ALMOXARIFADO
CAFETERIA
SANITÁRIOS
DESCANSO DE FUNCIONÁRIOS
SANITÁRIOS
ESPAÇOS MONOCROMÁTICOS
FRALDÁRIOS
VESTIÁRIO DE FUNCIONÁRIOS
FRALDÁRIOS
EMPRÉSTIMO E DEVOLUÇÃO
Salas multiuso Espaços comuns Administrativo Estrutura de apoio
Circulação pública
Circulação vertical Acessos
Circulação privada
Passeio externo
80
Estudo de relação organograma-fluxograma
ESPAÇO DE EXPOSIÇÕES ESPAÇOS SENSORIAIS
ACERVO
PONTOS DE WI-FI
RECANTO DAS CRIANÇAS
RECANTO DO ESCRITOR
SALA MULTIUSO
ALMOXARIFADO
PONTOS DE WI-FI
COLEÇÕES ESPECIAIS
SALA DE PESQUISA
ESPAÇOS MONOCROMÁTICOS
SANITÁRIOS
FRAUDÁRIOS
LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA
ACERVO
FRAUDÁRIOS
SANITÁRIOS
SALA DE MÍDIAS (ÁUDIO LIVROS)
SECRETARIA COPA DESCANSO DE FUNCIONÁRIOS
SALA DE LEITURA
VESTIÁRIO DE FUNCIONÁRIOS
RESERVA DE MATERIAL
SALA DE REUNIÕES
EMPRÉSTIMO E DEVOLUÇÃO
ÁREA DE CONVÍVIO
RECANTO DOS ADOLESCENTES
ALMOXARIFADO
TERMINAIS DE CONSULTA
CAFETERIA
REPROGRAFIA
TERMINAIS DE CONSULTA
SANITÁRIOS
GUARDA VOLUMES
ESTACIONAMENTO
SALA MULTIUSO
GUARDA VOLUMES
FRAUDÁRIOS
RECEPÇÃO
BICICLETÁRIO
ALMOXARIFADO
ESPAÇOS MONOCROMÁTICOS
ACERVO
81
Estudo de distribuição de atividades B2 B1 A2 A1 RECANTO DAS CRIANÇAS
RECANTO INFANTIL ESPAÇOS SENSORIAIS
ESTRUTURA DE APOIO
ÁREA DE CONVÍVIO
FRALDÁRIOS
SANITÁRIOS
SANITÁRIOS
ALMOXARIFADO
ALMOXARIFADO
SALA MULTIUSO
CAFETERIA
SALA DE MÍDIAS (ÁUDIO LIVROS)
PONTOS DE WI-FI
LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA
ESPAÇOS MONOCROMÁTICOS
SALA DE PESQUISA
ÁREA DE CONVÍVIO
ACERVO
ACERVO
RECANTO DO ESCRITOR
FRALDÁRIOS
COLEÇÕES ESPECIAIS
SANITÁRIOS
ESPAÇO DE EXPOSIÇÕES
VESTIÁRIO DE FUNCIONÁRIOS
PONTOS DE WI-FI
DESCANSO DE FUNCIONÁRIOS
ALMOXARIFADO
ALMOXARIFADO
SANITÁRIOS
COPA
FRALDÁRIOS
SALA DE REUNIÕES
SALA DE LEITURA
SECRETARIA
SALA MULTIUSO
ADMINISTRATIVO
RESERVA DE MATERIAL
OPERAÇÕES
TÉRREO
PONTOS DE WI-FI
EMPRÉSTIMO E DEVOLUÇÃO
ACERVO
TERMINAIS DE CONSULTA
RECANTO DOS ADOLESCENTES
GUARDA VOLUMES
ESPAÇOS MONOCROMÁTICOS
RECEPÇÃO
REPROGRAFIA
BICICLETÁRIO
TERMINAIS DE CONSULTA
ESTACIONAMENTO
GUARDA VOLUMES
ESTRUTURA DE APOIO
A2 B2
ÁREA DE ESTUDOS
ESTRUTURA DE APOIO
A1 ESPAÇO DE ESTUDOS
B1
RECANTO JUVENIL
OPERAÇÕES TÉRREO
82
Estudos de volumetria N
N
Recuo do volume cria uma varanda.
Possibilidade de volume único
N
N
+1 Adição de volume - rar par do da topografia.
Espelhamento dos volumes.
83
Estudos de volumetria N
N
B2 B1 A2 A1
giro Volumes por predominância de a vidades.
Redirecionar para ter vista para o lago.
N
Livros empilhados
B2 B1 A2 A1
Iden ficação dos 4 volumes.
Inspiração da forma.
84
Estudo das condicionantes naturais Estudo de insolação
845
°C 60
840
Sol da manhã 835
N
50 40
830
Segundo Mambrini (1997), o projeto deve oferecer uma boa solução a nível de iluminação, ven lação, acús ca, insolação, temperatura e umidade, tanto para conservação do acervo quanto para sua consulta. São necessárias análises e reflexões sobre as condições climá cas do local onde vai ser instalada a biblioteca.
30
830
21 20
835
10
B2 B1
placas fotovoltaicas
0
A2 A1
fachada com brises
-10
Em regiões tropicais como o Brasil é muito di cil manter a estabilidade da temperatura e da umidade de forma natural, o controle mecânico torna-se a solução ideal. A recomendação para bibliotecas é temperatura estável em torno de 21°C.
-20
A temperatura, umidade do ar e quan dade de horas de luz solar por dia variam conforme a estação do ano, deve-se pensar em adaptações e ferramentas para manter estabilidade e conforto térmico em todas. A variação de temperatura no município será abordada na próxima página. Sol da tarde
Luz do dia (em horas)
13,5
jan
13
fev
12
mar
11,5
abr
11
mai
11
jun
11
jul
11,5
ago
12
set
12,5
out
13
nov
13,5
dez
*Gráfico da variação de quan dade de horas de luz por dia no município de Batatais, em cada mês do ano. Levantamento feito em 2020.Fonte: NOAA.
E S T A Ç Õ E S
verão
outono
inverno
primavera
D O A N O 85
Estudo das condicionantes naturais Estudo de ventilação
845
Para ser confortável, um ambiente precisa de renovação de ar constante, tanto para higiene, quanto para a dissipação de calor e a desconcentração de vapores, fumaça e poeiras (MAMBRINI,1997). Assim, são recomendadas aberturas móveis e reguláveis, colocadas em paredes opostas, posicionadas na parte superior e inferior, permi ndo a chamada ven lação cruzadas.
840 835
N
830 830 835
Na busca por aproveitar os ventos dominantes e criar uma boa ven lação interna e conforto térmico, será u lizado o conceito de fachadas ven ladas. Basicamente é um reves mento externo composto por painéis ou placas modulares, fixado à fachada. O afastamento entre as duas estruturas cria uma cavidade de ar, com largura média de 10 a 15 cen metros, por onde ocorre a ven lação con nua no sen do ver cal.
B2 B1 A2 A1
Graças ao sistema de juntas abertas das placas do reves mento, o ar frio entra pela abertura inferior e o ar quente sai pela abertura superior, criando o efeito chaminé.
Vento sudeste (predominante)
°C 60 50 40 30 20 10 0 -10 -20
Fachadas ventiladas
Temperaturas (°C)
Ar quente
edificação máximas mínimas
28°
19°
jan
28°
19°
fev
28°
18°
mar
26°
16° abr
24°
13° mai
24°
11° jun
26°
11° jul
28°
13° ago
28°
15° set
29°
28°
28°
18°
18°
19°
out
nov
dez
*Gráfico da variação de temperaturas máximas e mínimas no município de Batatais, em cada mês do ano. Levantamento feito em 2020.Fonte: NOAA.
Ar frio *Desenho esquemá co do funcionamento de um sistema de fechada ven lada em edi cio.
86
Estudo das condicionantes naturais NÍVEL DE UMIDADE
Estudo de curso d’água
845
60%
840 835
N
RECOMENDADO PELA OMS
830 830 835
50%
B2 B1 A2 A1
40%
captar água para reuso
30%
Sen do da água pluvial
AR MUITO SECO
A recomendação para bibliotecas é de uma umidade rela va de ar estável entre um mínimo de 30% e um máximo de 50%. Podemos notar uma maior umidade nos meses de Dezembro, Janeiro e Fevereiro e um tempo mais seco nos meses de Junho, Julho e Agosto. Uma das intenções para o anteprojeto da Biblioteca Sensorial é a economia do consumo de água para este equipamento urbano, sendo assim, será implementado um sistema de captação de água pluvial, após filtrada será reu lizada nos banheiros, manutenção do jardim, entre outros. Resumidamente, no caso da captação por armazenamento em cisternas, o sistema se dá através da captação de água pluvial no telhado pelas calhas, que encaminham a água para uma tubulação ligada a um filtro onde o material vegetal é re do (folhas, galhos etc). Deste filtro, a água vai para a cisterna. Lá há um processo de decantação da matéria orgânica, e a água de lá é bombeada e levada para a des nação desejada.
Sistema de captação de água pluvial (chuva)
Chuva (milímetros) 288,2
276,5 222,4
219
201,9 164,1 94,8
80,8
67 33,5
23,7
27,9
Calha coleta água da chuva
Filtro
jan
fev
mar
abr
mai
jun
jul
ago
set
out
nov
dez
Reservatório Bomba
*Gráfico da variação da quan dade de chuva no município de Batatais, em cada mês do ano. Levantamento feito em 2020.Fonte: NOAA.
Água da rua
*Desenho esquemá co do funcionamento de um sistema de captação de água pluvial em uma residência.
87
Estudo do entorno imediato Acessos e relação com entorno (fluxo viário)
A localização geográfica da biblioteca pode ser considerada um fator que define a frequência de uso da mesma, independente da relevância e qualidade do acervo, dos bons profissionais ou serviços prestados. Por isso a biblioteca deve ser visível, tornando-se ponto de referência da cidade onde está instalada. A facilidade de acesso define o movimento que a biblioteca tem, portanto o acesso fácil e bem sinalizado são diretrizes essenciais a serem adotadas.
N 8,
85
B2
,6
2
7
8,4
B1 10
A2
Outros fatores que determinaram a localização do projeto é o movimento da Avenida José Luís de Oliveira e a proximidade com a Rodoviária Municipal de Batatais, o que permi ria a u lização por pessoas de outras cidades e o fácil deslocamento, podendo ser feito a pé, estando a apenas um quarteirão de distância do projeto. Os edi cios do entorno imediato são térreos enquanto que o volume gerado pelos estudos resultaram num edi cio de dois pavimentos, contudo, o desnível da topografia permite a exploração de diferentes alturas e ângulos de visão.
A1
acesso de pedestres bicicletário e estacionamento
O Lago Ar ficial Ophélia Borges Silva Alves já é um ponto de referência conhecido na cidade de Batatais, u lizado para caminhadas no fim de tarde e também aos fins de semana.
Fluxo Moderado Fluxo Rápido
Estudos de altura do entorno imediato
Áreas verdes e arborização
N N
30
m
et
ro
B2 B1
3
A2 A1
s
Área de Preservação -margem de 30 metros.
B2
2 pavimentos
B1 A2 A1
1
2
1 Córrego das Araras 2 Lago Artificial Ophélia Borges Silva Alves 3 Área de Preservação
88
Visadas (vistas prioritárias) Considerando as condicionantes naturais, o entorno imediato e suas caracterís cas, assim como o volume das edificações, foram destacadas através deste esquema as vistas que agregam ao anteprojeto. O primeiro foco, destacado em azul esverdeado visa o direcionamento para o lago ar ficial, principalmente da varanda de ambos os edi cios.
N
O segundo foco visa promover a vista para o córrego e para as vegetações que o acompanham, destacado em azul escuro. Em terceiro, busca-se uma vista mais ampla, par ndo do espaço de permanência da área 2, destacado em verde.
B2 B1 A2 A1
Vista Ampla Córrego das Araras Lago Artificial Ophélia Borges Silva Alves
89
Divisão do lote A1+A2
A2+A3
A1+A2+A3
O lote foi subdividido em três grandes áreas, cada uma com sua abordagem específica.
3.083+ 2.853= 5.936
2.853+ 2.109= 4.962
3.083+ 2.853+ 2.109=
A denominada ÁREA 1 - recebeu a classificação de área fechada, esse espaço receberá os volumes, o edi cio em si.
Somatória de áreas
Ar ru da
N
A ÁREA 2 - um maciço de árvores que recebeu a classificação de área semi-aberta. A ideia inicial é criar um espaço de leitura ao ar livre, com bancos e gazebo, assim como a possibilidade de meditação e contato com a natureza.
Vi g
.M
an
oe
lP
om pê
o
de
Área 2: 2.109 m²
R.
Área 1: 3.083 m²
R.
Área 3: 2.853 m²
ra
ei
liv
An
tôn
io
Jo
sé
ís
Bu
ran
sé
ell
i
da
de
O
Lu
Jo
i en
v A
ÁREA 1 - edificações ÁREA 2 - maciço arbóreo ÁREA 3 - área de preservação *área estimativa pelo Google Earth pro 2020
Por fim, temos a ÁREA 3 - classificada como área aberta, o obje vo é u lizar esse espaço da APP da maneira menos agressiva possível, criando trilhas de caminhada ao longo das curvas do córrego, respeitando as margens e a vegetação na va, sem deixar de integrar a natureza ao projeto.
253 Imagem de trilha para caminhada. Intenção para a Área 3.
ÁREA 2- maciço arbóreo ÁREA 1- edificações
ÁREA 3 - área de preservação
252 Imagem de gazebo (intenção para a área 2).
90
Implantação
R. Vig
. Man
oel P
ompê
o de A
urane lli
rruda
R. An
tônio
José B
O projeto está implantado entre as Ruas Vig. Manoel Pompêo de Arruda, Antônio José Buranelli e Avenida José Luís de Oliveira. O acesso principal de veículos, pedestres e ciclistas é pela Rua Antônio José Buranelli. O objeto foi afastado das vias de forma a minimizar o ruído dos veículos, apesar do fluxo ser considerado de baixo a médio. A intenção é criar um equipamento público que se integre com as condicionantes naturais de forma que o impacto seja o mínimo para a natureza. A integração entre os espaços e seus elementos permite o despertar de sensações e dos sen dos. O programa de necessidades se diferencia pela presença de espaços sensoriais e monocromá cos e a preocupação em es mular todos os sen dos e não somente a visão.
2 3
5 4
12
6
1
7
LEGENDA: 1 Acessos 2 Estacionamento
9 10
ÁREA DE PRESERVAÇÃO 8
3 Bicicletário 4 Entrada do Bloco A 5 Cafeteria e área de convívio
11
6 Entrada do Bloco B
Ave n
ida
Jos
é Lu
7 Trilha de caminhada
ís d
eO
live
ira
8 Área de Preservação 9 Gazebo
PLANTA ESQUEMÁTICA
10
Maciço arbóreo
11
Córrego das Araras
12
Placas fotovoltaicas
91
Estudo de Plano de massas - área 1
RECANTO INFANTIL ESTRUTURA DE APOIO
ADMINISTRATIVO
ÁREA DE CONVÍVIO
OPERAÇÕES
TÉRREO
ESTRUTURA DE APOIO
ÁREA DE ESTUDOS
ESTRUTURA DE APOIO ESPAÇO DE ESTUDOS
EXPOSIÇÕES E RECANTO JUVENIL
OPERAÇÕES
92
Plano de massas - área 1
11 8
m
ADMINISTRATIVO
89m
ESTRUTURA DE APOIO
OPERAÇÕES
RECANTO INFANTIL
ÁREA DE CONVÍVIO TÉRREO
ESTRUTURA DE APOIO ESPAÇO DE ESTUDOS OPERAÇÕES ESTRUTURA DE APOIO
Dimensões do perímetro
EXPOSIÇÕES E RECANTO JUVENIL
ÁREA DE ESTUDOS
Área 1 - edificações Salas multiuso
45m
Espaços comuns Administração Estrutura de apoio
92m 93
Planta do térreo A A planta do pavimento térreo aqui representada pertence ao bloco denominado A1. Este bloco é totalmente administra vo, sendo de uso exclusivo aos funcionários da biblioteca. A escada foi colocada próxima a entrada, permi ndo um acesso fácil, rápido e que não interfere no funcionamento do bloco ou da circulação dos colaboradores.
B2
A2 B1
A1
Administrativo
A
Estrutura de apoio
7
6
8
9
3 Circulação vertical Circulação
2 10
LEGENDA: B
1
B’
5
4
11
1 Recepção
5 Elevador
9 WC masculino/vestiário
2 Guarda volumes
6 Secretaria
10
Almoxarifado
3 Terminais de Consulta
7 Sala de reuniões
11
4
8
Copa e descanso de funcionários
Escada
WC feminino/vestiário
A’ A1
94
Planta do térreo B A planta do pavimento térreo aqui representada pertence ao bloco denominado B1. Este bloco é predominantemente voltado para espaços comuns como o caso do recanto dos adolescentes e os espaços monocromá cos. Para complementar a dinâmica também estão presentes uma sala de leitura com acervo voltado para o público adolescente e uma sala mul uso.
B2
A2 B1
Espaços comuns
A1
Salas de atividades
A
Estrutura de apoio
7
6
8
9
3 Área seca Área molhada
2 10
LEGENDA: B
1
B’
5
4
11
1 Terminais de Consulta
5 Elevador
2 Guarda volumes
6 Recanto dos adolescentes/
3 Reprografia 4
espaços monocromáticos
7 Sala de leitura
8 WC feminino 9 WC masculino 10
Almoxarifado
11
Sala multiuso
Escada
A’ B1
95
Planta do primeiro pavimento A A
B2
A planta do primeiro pavimento aqui representada pertence ao bloco denominado A2. Este bloco é predominantemente voltado para espaços comuns como o caso do recanto das crianças e os espaços sensoriais.
A2 B1
A1 7
6
Espaços comuns Estrutura de apoio
8
6
6 9
6
B
B’ 10
4
LEGENDA:
7
Recanto das crianças
4
Escada
8
WC feminino
Circulação vertical
5
Elevador
9
WC masculino
Circulação
6
Espaços sensoriais
10
Almoxarifado
5
A’ Primeiro Pavimento A2
96
Planta do primeiro pavimento B C
B2
A planta do primeiro pavimento aqui representada pertence ao bloco denominado B2. Este bloco é predominantemente voltado para salas específicas como o caso das salas de mídia, sala de pesquisa, laboratório de informá ca e outras.
7
A2 B1
A1
8 11
Espaços comuns Salas de atividades Estrutura de apoio
6
9
6
D
D’ 10
4
5
LEGENDA:
Circulação vertical Circulação
4 Escada
8 Sala de Pesquisa
5 Elevador
9 Recanto do escritor/coleções especiais
6 Espaço de exposições
10 Almoxarifado
7 Sala de Mídias
11 Laboratório de Informática
C’ Primeiro Pavimento B2
97
Planta de cobertura Como nós moramos no hemisfério sul, a direção ideal dos painéis solares é o Norte. Isso porque o caminho que o sol percorre do Leste a Oeste sofre uma leve inclinação ao longo do dia, para o Norte, sendo mais acentuada ao meio dia. Essa inclinação pode ser mais intensa no inverno que no verão. Normalmente os painéis são instalados nos telhados das casas. Para que seu rendimento seja o maior possível, o telhado deve ter uma face voltada ao norte, sem que haja sombreamento nos módulos, por prédios ou árvores.
Células Fotovoltaicas Película Encapsulante - EVa Backsheet (funco protetor) Caixa de Junção
I=
Cobertura
m
5 2 , 3
Piso do 1º pavimento
Orientação das Placas Fotovoltaicas
Planta de Cobertura
3%
m
,50
20
Película Encapsulante - EVa Vidro Especial de Alta Transmissão Moldura de Alumínio Anodizado
1
98
Corte do Bloco A O pé direito de cada pavimento é de 4,00 metros de altura, totalizando 8,00 metros o edi cio todo.
Corte Longitudinal
BB’
8
4
1,68 cm
Corte Transversal
AA’
99
Corte do Bloco B
Corte Longitudinal
DD’
8
4
1,68 cm
Corte Transversal
CC’
100
Referências Bibliográficas Para a realização dos obje vos existentes neste plano de trabalho, foram selecionadas as seguintes bibliografias, as quais serão u lizadas durante o processo de pesquisa e desenvolvimento da introdução ao trabalho final de graduação, servindo como suporte para esta etapa e etapas posteriores. Livros: HELLER, Eva. A psicologia das cores: como as cores afetam a emoção e a razão [tradução Maria Lúcia Lopes da Silva]. -- 1. ed. -- São Paulo: Gustavo Gili, 2013. SILVEIRA, Luciana Martha. Introdução à teoria da cor – 2. ed. – Curi ba: Ed. UTFPR, 2015. 169 p. CHING, Francis D. K., Dicionário Visual de Arquitetura; tradução de Julio Fischer. – 2ª ed. – São Paulo: Editora WMF Mar ns Fontes, 2010. PALLASMAA, Juhani. Os olhos da pele: a arquitetura e os sen dos; tradução técnica: Alexandre Salvaterra. – Porto Alegre: Bookman, 2011. 76 p. OKAMOTO, Jun. Percepção Ambiental e Comportamento. – São Paulo: Editora Mackenzie, 2002. FARINA, Modesto. Psicodinâmica das cores em comunicação. São Paulo: Edgard Blücher, 2006. ARHEIM, R. Arte & Percepção Visual: Uma Psicologia da Visão Criadora: Pioneira Thomson Learnig, 2005. BATTLES, Mathew. A conturbada história das bibliotecas. São Paulo: Planeta, 2003.
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