Projeto de Restauro

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Jessica Leandro Tavares da Silva Thayana Barbara Bandeira Miranda

IGREJA MATRIZ DE SANTA RITA

Rio de Janeiro - RJ SETEMBRO/2018


Jessica Leandro Tavares da Silva Thayana Barbara Bandeira Miranda

IGREJA MATRIZ DE SANTA RITA

Estudo de caso para restauro, apresentado à disciplina de Patrimônio e Restauro como parte dos requisitos necessários para à obtenção da nota avaliativa final da disciplina. Orientador: Artur Jose Macedo de Oliveira

Rio de Janeiro - RJ SETEMBRO/2018


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO JUSTIFICATIVA 1.

SANTA RITA DE CÁSSIA

1.1. QUEM FOI SANTA RITA DE CÁSSIA 2.

A IGREJA

2.1. APRESENTAÇÃO 2.2. HISTÓRIA 2.3. MORFOLOGIA 3.

A FACHADA DA IGREJA

4.

O RESTAURO

5.

CONCLUSÂO

6.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ÍNDICE DE FIGURAS FIGURA 1 ..................................................................................................................... 4 FIGURA 2 ..................................................................................................................... 5 FIGURA 3 ..................................................................................................................... 6 FIGURA 4 ..................................................................................................................... 8 FIGURA 5 ..................................................................................................................... 9 FIGURA 6 ................................................................................................................... 10 FIGURA 7 ................................................................................................................... 13 FIGURA 8 ................................................................................................................... 14 FIGURA 9 ................................................................................................................... 15 FIGURA 10 ................................................................................................................. 17 FIGURA 11 ................................................................................................................. 17 FIGURA 12 ................................................................................................................. 18 FIGURA 13 ................................................................................................................. 18 FIGURA 14 ................................................................................................................. 19 FIGURA 15 ................................................................................................................. 19 FIGURA 16 ................................................................................................................. 20


INTRODUÇÃO

No seguinte estudo será apresentada uma proposta de restauração da fachada da Igreja Matriz de Santa Rita, localizada no Centro do Rio de Janeiro. Antes da apresentação do objeto de estudo é necessária a compreensão da importância da Igreja para a sociedade e como ela se desenvolveu ao passar dos anos, desde sua criação até os dias atuais. Além disso, o conteúdo informando o porquê dê seu nome e qual sua relação com o local de sua construção também estará inserida nas informações. A partir desse entendimento, é possível desenvolver uma análise sobre a proposta de restauração da fachada, para trazer de volta a sua identidade e suas características que foram perdidas durantes os anos.


JUSTIFICATIVA

O objeto de estudo escolhido para tal pesquisa, tem como justificativa sua arquitetura emblemática com caráter histórico marcante. Segundo informações da Matriz de Santa Rita1 é o único templo que conserva seu conjunto original de talha do século XVII, carregando consigo traços do estilo barroco-rococó da época, remanescente na cidade do Rio de Janeiro. Apesar da descaracterização de seu entorno, após a passagem de outros estilos arquitetônicos, a Igreja Matriz de Santa Rita, em seus aspectos de patrimônio material, é tida como remanescentes da cultura histórica de um conjunto da sociedade carioca, reunindo simbologias e oferecendo um campo de estudo singular. Figura 1

Fonte Imagem do Largo de Santa Rita, Centro, Foto de Algusto Malta. 1904 Disponível em: <https://br.pinterest.com/pin/533535887078639464/?lp=true> Acesso em 26 de Setembro de 2018

Site Matriz de Santa Rita, 2017, Disponível em: <www.matrizdesantarita.org.br> Acesso em 08 de Setembro de 2018


1. SANTA RITA DE CÁSSIA 1.1. QUEM FOI SANTA RITA DE CÁSSIA Figura 2

Segundo o Portal São Francisco2, Margherita Lotti, conhecida como Santa Rita de Cássia (Roccaporena, 1381 Cássia, 22 de maio de 1457), foi uma monja agostiniana da diocese de Espoleto, na Itália. Foi beatificada em 1627 e canonizada em 1900 pela Igreja Católica. Após a perda de seu marido e filhos, Margherita então sozinha, resolveu seguir seu desejo desde que era criança de se tornar monja. Ela então tentou

entrar

para

o

convento

das

Irmãs

Agostinianas, porém as mesmas, estavam em Fonte Imagem representativa de Santa Rita de Cássia, Disponível em: <https://www.flickr.com/photos/matrizd esantarita/8849766443/in/album72157633733115712/> Acesso em 22 de Setembro de 2018

dúvida sobre sua real vocação, já que naquela comunidade só podiam entrar moças jovens e virgens, por isso não queriam aceitar Rita no convento, por ela já ter sido casada e ter tido filhos.

Após ter sido rejeita em todas as tentativas de ingressar no convento, em uma certa noite, enquanto rezava 3no seu quarto, Margherita ouviu batidas em sua porta e vozes que chamaram três vezes o seu nome, ao abrir a porta se deparou com três anjos, sendo eles São Francisco, São João Batista e São Nicolau. Os anjos pediram que ela os acompanhassem e logo após uma caminhada pelas ruas os anjos sumiram e quando Margherita deu-se por si, ela estava ali, dentro do mosteiro de portas trancadas. Logo as irmãs não puderem lhe negar a entrada e Rita permaneceu ali por mais de quarenta anos, consagrando-se em oração e penitência, passando os dias a base de pão e água e as noites sob vigília e oração.

2 Site Portal São Francisco, 2016, <https://www.portalsaofrancisco.com.br/calendario-comemorativo/santa-ritade-cassia> 3 Santa Rita de Cássia. Igreja Parati. Disponível em: <http://www.igrejaparati.com.br/hist%C3%B3ria_de_santa_rita.htm> Acesso em 08 de Setembro de 2018.


No ano de 1443, São Tiago de La Marca foi a cidade de Cássia, para pregar a Quaresma, onde lá pregou sobre a Paixão de Cristo. Comovida profundamente após voltar ao convento, Rita se colocou diante da imagem do crucifixo de Jesus na capela, e clamou para que jesus pudesse partilhar um pouco das dores que sentiu durante sua crucificação. E de repente, um espinho se desprendeu da coroa do crucifixo de jesus, e cravou-se profundamente em sua testa, que imediatamente a fez desmaiar. Quando a mesma voltou a si, a ferida feita pelo espinho, estava lá marcando o doloroso fenômeno. A lesão na testa de Rita se transformou em um ferimento malcheiroso, e isso a fez ficar recolhida em uma cela distante, onde uma das irmãs lhe levava o necessário para viver. Margherita suportou a ferida durante 15 anos, e ali sozinha em sua cela, redobrou suas rezas, seus jejuns e suas penitências para que pudesse se unir mais forte com Jesus. Irmã Rita, veio a óbito no dia 22 de maio no ano de 1457, aos seus 76 anos. Sua ferida após a morte se fechou e seu corpo começou a emanar um odor de rosas. Margherita foi beatificado no século XVII e no dia 24 de maio de 1990, foi canonizada. Seu corpo está integro até hoje, e permanece dentro de um relicário de cristal, na Igreja do Convento de Cássia, localizada na cidade natal de Rita, Cascia, na província de Perugia na Região da Umbria, na Itália. Figura 3

Fonte Imagem de Santa Rita, Disponível em: <http://www.matrizdesantarita.org.br/> Acesso em 10 de setembro de 2018.


2. A IGREJA 2.1. APRESENTAÇÃO Segundo o site Matriz de Santa Rita4, a igreja de santa Rita está localizada no centro do rio de janeiro, exatamente no largo da santa Rita com esquina à rua Miguel couto. Ao redor da mesma existem grandiosos edifícios, e isso a torna mais destacável, pois possui uma fachada simplista com estilo barroco-rococó, do século 18 e ainda um leve toque moderno. 2.2. HISTÓRIA Em 1702 com a chegada da família Nascentes Pinto, composta por Dom Manuel, Da. Antônia, sua esposa, e Inácio, seu filho, a mando do rei de Portugal, D. João V. O casal trouxe consigo um quadro de Santa Rita de Cássia, santa ao qual eram devotos, e durante muitos anos vinha sendo adorada pelo povo, até que todos os anos no dia 22 de maio o casal unia um grande número de fiéis, e devido a isso decidiram ampliar o espaço para uma pequena capela situada em sua própria residência (hoje o local onde a igreja se encontra). Com tudo acontecendo e se expandindo Dom Manuel fez um pedido à Portugal, que enviasse uma imagem rica e fiel da Santa, para que pudesse ser exposta e acalentada pelo povo (a imagem encontrasse hoje na sacristia) e por volta de 1720 a mesma foi aplicada no local, mas antes foi posta na Candelária até a Igreja conseguir comportar a imagem, tudo isso a custeio da família Nascentes Pinto. Um ano após a colocação da Santa já estavam prontos a Capela-mor, o consistório e a sacristia. Nesse mesmo período, criou-se a associação de Santa Rita de Cássia que adquiriu a administração da Igreja, exatamente em 13 de maio de 1721. Após 30 anos, em 1751, surgiu uma nova associação ligada à igreja chamada de Irmandade do Santíssimo Sacramento possibilitando a realização das obras de remodelamento e modernização da decoração barroca presente na época, permanecendo com essa característica somente o lavabo da sacristia em pedra esculpia e a parte do retábulo-mor. Ainda durante esse ano, a igreja passou a ser

4

Site da Matriz de Santa Rita, 2017, Rio de Janeiro <http://www.matrizdesantarita.org.br/>.


considerada Matriz. Após 4 anos, a associação vigente ligada à igreja obteve um terreno nos fundos da paróquia, para a construção do consistório e sacristia, além de expandir o espaço para a criação de outras associações, como a de São Miguel e Almas. O frontão da igreja que já havia sido reparado nos anos anteriores, foi substituído por um arco simples, em 1870, e em meados do século XIX, foram adicionados alguns painéis a óleo no interior da igreja, que exprimiam cenas da vida de Santa Rita de Cássia. Figura 4

Fonte - Histórias, Fotografias e Significados das igrejas mais bonitas do Brasil, Pintura de Eduard Hildebrandt 1846. Disponível em: <https://patrimonioespiritual.files.wordpress.com/2015/08/sta_rita.jpg > Acesso em 22 de Setembro de 2018

Por conta das modificações urbanas motivadas pelos então prefeito Pereira Passos, durante o século, na tentativa de transformar o Rio de Janeiro, em uma Paris tropical, de acordo com reportagens5 e no site Patrimônio Espiritual6, a Igreja de Santa Rita

5 Reforma Urbanística de Pereira Passos, o Rio com cara de Paris. G1 . Disponível em: <http://educacao.globo.com/artigo/reforma-urbanistica-de-pereira-passos-o-rio-com-cara-de-paris.html> Acesso em 09 de Setembro de 2018. 6 Histórias, Fotografias e Significados das igrejas mais bonitas do Brasil,1846 e 1908, respectivamente. Disponível em: <https://patrimonioespiritual.files.wordpress.com/2015/08/sta_rita.jpg> Acesso em 22 de Setembro de 2018.


por muito pouco não foi perdida, já que por conta dessas alterações, algumas ruas do centro do Rio, necessitariam ser remodeladas, transformando-se em ruas mais retilíneas, o que indicava a retirada da igreja e o largo posterior a mesma. Mas por ação dos membros das irmandades em companhia do engenheiro Paulo de Frontin, conseguiram com que esse local fosse resguardado. Hoje em dia, de acordo com o IPHAN7, este edifício é tombado e mesmo com sua vizinhança não herdando muitas características do tempo barroco-rococó, a Matriz de Santa Rita permanece ativa e nutrindo suas atividades religiosas, sendo a única igreja do período colonial carioca, que preserva a talha original, sem alterações dos estilos posteriores à de sua construção. Figura 5

Fonte - Histórias, Fotografias e Significados das igrejas mais bonitas do Brasil,1908. Disponível em: <https://patrimonioespiritual.files.wordpress.com/2015/08/sta_rita.jp g > Acesso em 22 de Setembro de 2018

7 Tombamento Controle de Bens Tombados. IPHAN 2017 . Disponível em: <http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Lista%20Completa%20-%20Novembro%202017.pdf> Acesso em 26 de Setembro de 2018.


2.3. MORFOLOGIA De acordo com Nara Jr, João Carlos8, a Igreja possui uma divisão típica barroca, com pequeno nártex (átrio) de entrada, dando acesso à nave retangular, onde em sua esquerda encontra-se o batistério com uma pia batismal de mármore e em cima da mesma um quadro do batismo do Senhor Jesus, pintado a óleo, já em sua direita é visto uma imagem de Santa Rita. Ainda na entrada constam duas pequenas pias mármore à cada lado. Figura 6

Fonte: Nara Jr, João Carlos, 2016, p. 176.

8 João Carlos Nara Junior, Autor do Livro Arqueologia da Persuasão. O Simbolismo Rococó da Matriz de Santa Rita: ed. Curitiba: Appris, 2016.


Sua nave central possui pilastras nas paredes que se estendem até a cimalha (saliência no final da parede) se unindo ao teto abobadado, onde existem painéis belíssimos. No final de sua nave encontra-se a capela mor (altar) com o trono da Santa, dois pares de coluna salomônica (helicoidais), uma imagem de Santo Agostinho entre o par esquerdo e outra de Santo André Avelino à direita, teto abobadado com claraboia central e 3 painéis. No lado esquerdo da igreja, encontra-se a sacristia, consistório (secretaria) e o adro (espaço aberto e de circulação). No último à esquerda localiza-se a fonte histórica que proporcionava curas milagrosas de doenças nos olhos, já na direita situa-se a imagem primitiva de Santa Rita além do lavabo em mármore.


3. A FACHADA DA IGREJA

A igreja atualmente é um património do IPHAN, segundo o Controle de Bens Tombados do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN)9, tombada por volta de 1938 com sua proteção em forma de edificação e acervo. A mesma encontra-se bem conservada, porém sua fachada possui detalhes que precisam de uma atenção e cuidado maior. Em meados de 1844 ocorreu uma reforma na fachada onde foram retirados detalhes marcantes da mesma, como o frontispício (pórtico, frontaria), o mesmo possuía volutas e arabescos típicos do estilo rococó-barroco, como toda a edificação, e foi trocado por algo simples. Já há aproximadamente 20 anos atrás (1998) existiu uma segunda reforma onde perdeu-se um pouco mais do estilo, retirando mais adornos e deixando-a mais sucinta. A mesma como foi dito, possui uma arquitetura bem simplista em relação ao seu interior, o que é característica do barroco-rococó. De acordo com Oliveira, Miriam10, nela é possível notar características marcantes dos estilos, seu frontão por exemplo, possui volutas em seu contorno, um óculo (abertura na fachada ou no topo da cúpula, pode ser circular ou não) e pináculos (parte mais alta do edifício, sendo pontiagudo e direcionado ao céu). Além do frontão a fachada também possui janelas no andar superior, onde existe arco abatido (arco achatado), um medalhão com a imagem da Santa e uma porta em arco com um retângulo ao seu redor. Ao lado encontra-se o campanário, nele nota-se a presença de uma porta e uma janela logo acima, sobre ambos um relógio e os vãos para os sinos. Mais acima é visível um tipo de coruchéu com uma característica bulbosa e ao redor do mesmo, pináculos às quinas.

9 Tombamento Controle de Bens Tombados. IPHAN 2017 . Disponível em: <http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Lista%20Completa%20-%20Novembro%202017.pdf> Acesso em 26 de Setembro de 2018. 10 Miriam Andrade Ribeiro de Oliveira e Fátima Justiniano, Autoras do Livro Virtual, Barroco e Rococó nas Igrejas do Rio de Janeiro. Roteiro do Patrimônio: Vol. 1. 2008, Pelo IPHAN.


Figura 7

Fonte - HistĂłrias, Fotografias e Significados das igrejas mais bonitas do Brasil,1846 e 1908, respectivamente. DisponĂ­vel em: <https://patrimonioespiritual.files.wordpress.com/2015/08/sta_rita.jpg> Acesso em 22 de Setembro de 2018


Figura 8

Fonte - HistĂłrias, Fotografias e Significados das igrejas mais bonitas do Brasil,1846 e 1908, respectivamente. DisponĂ­vel em: <https://patrimonioespiritual.files.wordpress.com/2015/08/sta_rita.jpg> Acesso em 22 de Setembro de 2018


Figura 9

Fonte Azulejos Antigos no Rio de Janeiro, DisponĂ­vel em: <http://azulejosantigosrj.blogspot.com/2012/12/ha-muito-que-estou-para-fazer-este-post.html> Acesso em 26 de Setembro de 2018


4. O RESTAURO Após pesquisas11, foi constada três cartas que melhor se correlacionavam com o tipo de restauro. São elas: Carta De Atenas

1933

Os valores arquitetônicos devem ser salvaguardados

(edifícios isolados ou conjuntos urbanos). A vida de uma cidade é um acontecimento contínuo, que se manifesta ao longo dos séculos por obras materiais, traçados ou construções que conferem sua personalidade própria e dos quais emana pouco a pouco a sua alma. Carta De Veneza

1964

A conservação e a restauração dos monumentos visam a

salvaguardar tanto a obra de arte quanto o testemunho histórico Carta De Restauro

1972

Entende-se por salvaguardar qualquer medida de

conservação que não implique a intervenção direta sobre a obra; entende-se por restauração qualquer intervenção destinada a manter em funcionamento, a facilitar a leitura e a transmitir integralmente ao futuro as obras e os objetivos definidos nos artigos precedentes. Em relação a restauração, após estudos12 foi notória a necessidade de preservação dos revestimentos da fachada, com foco nas pedras de cantaria visíveis na torre sineira, nas laterais da vista frontal da igreja, além da pintura existente acima do frontispício e abaixo do frontão. Investigando as patologias construtivas existentes e suas características, percebe-se que o principal agente causador da degradação é o meio ambiente, interferindo por meio de umidade, proporcionando bolor e escurecimento nas pedras, além de empolamento na pintura. Deixando a fachada com uma aparência maltratada. Tirando o meio ambiente, outras causas mais brandas, porém suficientes para causar incomodo visual, são os vidros quebrados na lateral da igreja, a germinação causada por pássaros na parte superior da mesma e por fim a descaracterização dos materiais por meio de cimento.


Efeito: sujidade presente à fachada Causa: poluição ambiental devido à proximidade com a rua Figura 10

Fonte

Azulejos

Antigos

no

Rio

de

Janeiro,

Disponível

em:<http://azulejosantigosrj.blogspot.com/2012/12/ha-muito-que-estou-para-fazer-estepost.html> Acesso em 06 de Dezembro de 2018

Efeito: mofo, desprendimento da camada pictórica Causa: umidade ascendente devido a intempéries e mudanças climática

Figura 11

Fonte

Google Maps. Disponível em:< https://www.google.com.br/maps/@-22.9001927,-

43.1807075,3a,17.3y,155.39h,79.97t/data=!3m6!1e1!3m4!1slXBzNrd2J7p5nsYkeXoJLw!2 e0!7i13312!8i6656> Acesso em 06 de Dezembro de 2018


Efeito: perda de suporte das pedras de cantaria Causa: atritos, tensões, intempéries Figura 12

Fonte

Google Maps, Disponível em:< https://www.google.com.br/maps/@-22.9002345,-

43.1808122,3a,45.1y,145.93h,113.84t/data=!3m6!1e1!3m4!1sc51JzuRSp4anJSssl6wRA!2e0!7i13312!8i6656 > Acesso em 06 de Dezembro de 2018

Efeito: germinação na parte superior do frontispício e na torre sineira Causa: clima da região, sementes nas fezes de animais (pássaro) e umidade criando proliferação de organismo vivos na obra Figura 13

Fonte

Google Maps. Disponível em:<https://www.google.com.br/maps/@-22.9003296,-

43.1810036,3a,15.2y,91.61h,122.06t/data=!3m6!1e1!3m4!1s3uC_JgKGB0nxCPnYFK0Lc g!2e0!7i13312!8i6656 > Acesso em 06 de Dezembro de 2018


Efeito: intervenção com material inadequado na fachada (cimento) Causa: descaracterização e agressão suporte original Figura 14

Fonte

Google Maps, Disponível em:<https://www.google.com.br/maps/@-22.9002345,-

3.1808122,3a,16.1y,117.91h,84.6t/data=!3m6!1e1!3m4!1sc51JzuRSp4anJSssl6wRA!2e0!7i13312!8i6656 > Acesso em 06 de Dezembro de 2018

Efeito: fissuras de revestimento e trincas superficiais Causa: argamassa do reboco Figura 15

Fonte

Google Maps. Disponível em:<https://www.google.com.br/maps/@-22.9002345,-

43.1808122,3a,17.6y,161.03h,121.1t/data=!3m6!1e1!3m4!1sc51JzuRSp4anJSssl6wRA!2e0!7i13312!8i6656 > Acesso em 06 de Dezembro de 2018


Efeito: vidros quebrados e/ou faltantes Causa: vandalismo e falta de manutenção Figura 16

Fonte

Google Maps. Disponível em:< https://www.google.com.br/maps/@-22.9001582,-

43.1805984,3a,18.7y,189.26h,121.07t/data=!3m6!1e1!3m4!1s3Twk5EOu_dwt_bbVyfe7g!2e0!7i13312!8i6656> Acesso em 06 de Dezembro de 2018

Após a identificação das causas é possível aplicar formas de restauro para a reabilitação eficaz da mesma. Exemplos dessas formas seriam limpeza das pedras de cantaria por meio de emplastro13 (argila bentonítica + H20 + 5 a 10%de amoníaco), após a aplicação cobrir com plástico ou papel laminado para que sua secagem seja feita uniformemente. Após todas as aplicações necessárias retirar o emplastro com uma espátula e borrifar água sempre que possível, em seguida usa-se a solução de ETDA a 10% em água destilada para conclusão da limpeza. Para as fissuras, seriam usadas fitas de TNT 14, para a aplicação é necessária a limpeza da área com pano úmido, em seguida a colagem da fita e retirada de possíveis bolhas, após, selar com uma camada de tinta acrílica, deixando 2 cm além da fissura, depois de seca, aplicar massa acrílica com celuloide e deixa-la completamente seca,


em seguida, em caso de áreas externas, utilizar massa acrílica e após seca usar a tinta acrílica de sua preferência. No caso do mofo15 seria necessária a retirada de toda a massa externa mofada e realizada uma impermeabilização, após, seria refeito todo o emboço, reboco e acabamento. Já sobre a perda de suporte das pedras seria de extrema importância a avaliação se a cantaria16 sofreu danos profundos ou superficiais, pois de acordo com seu tipo, a forma de restauração será diferente. Para áreas bastante danificadas será necessária a retirada da pedra. Caso exista pedra igual à inicial, aplique argamassa (4 partes de areia macia para 1 parte de cimento, e cola PVA à água da mistura na proporção de 1 para 10) na cavidade e insira a nova pedra alisando a argamassa para que se assemelhe à real. Se caso não exista a possibilidade de achar uma pedra igual à utilizada, prepare a argamassa e tinja-a da cor mais próxima da original (mistura: 12 partes de pedra esmagada para 3 partes de cimento e 3 partes de cal, corante, pouca água cola PVA à água na proporção de 1 para 10). Se a pedra estiver pouco danificada podem ser reparadas com um betume de base epoxídica, após todas a retiradas de material solto. Nos demais casos seria ideal uma manutenção, cuidado e pesquisas intensas para que seja possível um restauro bem feito e se obtenha uma identidade visual realista à época.


MAPA DE DANOS


MAPA DE DANOS


MAPA DE DANOS


MAPA DE DANOS


FACHADA RESTAURADA


5. CONCLUSÂO No decorrer do texto aponta-se estudos sobre vida e santificação de Santa Rita de Cassia, a história da igreja, contando com detalhes sua abertura e continuação, sua morfologia, mostrando toda sua estrutura típica dos estilos conhecidos na época, ênfase em sua fachada, pois é o objeto principal de estudo e restaurações da mesma e de sua parte interna. Após toda a leitura conclui-se, que mesmo a igreja sendo pequena e simplista, existe toda uma bagagem cultural, patrimonial e histórica à envolvendo, marcando e caracterizando estilos muito vivenciados pelo Brasil, como o barroco e o rococó, além de simbolizar toda uma memória existente no país. A partir de todo esse contexto é possível criar indagações como: As igrejas devem possui um estatuto especial para manutenção, amparo e preservação? O povo precisa conhecer mais sobre suas origens, patrimônios e bens, sejam materiais ou imateriais? E por fim: Apesar de termos evoluído bastante no quesito patrimônio e restauro, porque ainda não se tem em pauta um plano para se concretizar a preservação preventiva de longo prazo?


6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Carta

de

Atenas.

IPHAN

1933

.

Disponível

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<

http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Carta%20de%20Atenas%201 933.pdf> Acesso em 05 de Dezembro de 2018. Carta

de

Veneza.

IPHAN

1964

.

Disponível

em:

http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Carta%20de%20Veneza%201 964.pdf> Acesso em 05 de Dezembro de 2018. Carta

do

Restauro.

IPHAN

1972

.

Disponível

em:

<http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Carta%20do%20Restauro% 201972.pdf> Acesso em 05 de Dezembro de 2018. Como

limpar

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reparar

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Disponível

em:

<http://www.comofazer.org/casa-e-jardim/como-limpar-reparar-cantaria/> Acesso em 08 de Dezembro de 2018. Como reparar parede destruída pelo mofo.

2016. Disponível em:

<https://perguntas.habitissimo.com.br/pergunta/mofos-1>

Acesso

em

08

de

Dezembro de 2018.

Controle

de

Bens

Tombados.

IPHAN

2017

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Disponível

em:

<http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Lista%20Completa%20%20Novembro%202017.pdf> Acesso em 26 de Setembro de 2018. GOLD, Marina. Faça oração de Santa Rita de Cássia para causas urgentes.Terra.

Disponível

em:

<https://www.terra.com.br/vida-e-

estilo/horoscopo/esoterico/faca-oracao-de-santa-rita-de-cassia-para-causasurgentes,0ee0fffc2539490dd5cd507c61d8374cn66aywve.html> Acesso em 09 de Setembro de 2018. História de Santa Rita de Cássia. Cruz Terra Santa. Disponível em: <https://cruzterrasanta.com.br/historia-de-santa-rita-de-cassia/106/102/#c> Acesso em 08 de Setembro de 2018.


História de Santa Rita de Cássia. Nossa Sagrada Família. Disponível em: <https://www.nossasagradafamilia.com.br/conteudo/historia-de-santa-rita-decassia.html> Acesso em 09 de Setembro de 2018. Igreja Matriz de Santa Rita. Histórias, Fotografias e Significados das Igrejas Mais Bonitas

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<https://patrimonioespiritual.org/2015/08/14/igreja-de-santa-rita-rio-de-janeirorj/>Acesso em 26 de Setembro de 2018. MALTA, Augusto. Igreja de Santa Rita. [S.l.: s. n.]. Disponível em: < http://objdigital.bn.br/objdigital2/acervo_digital/div_iconografia/icon404110/icon13 29303.html > Acesso em: 08 de Setembro de 2018. NARA JR., João Carlos. Arqueologia da Persuasão. O Simbolismo Rococó da Matriz de Santa Rita: ed. Curitiba: Appris, 2016. O

Barroco

No

Brasil.

Arquitetura

do

Brasil.

Disponível

em:

<https://arquiteturadobrasil.wordpress.com/o-barroco-no-brasil/> Acesso em: 12 de Setembro de 2018. OLIVEIRA, Myriam Andrade Ribeiro de; JUSTINIANO, Fátima. Barroco e Rococó nas Igrejas do Rio de Janeiro: 1 ed. IPHAN, 2008 Disponível em: <http://portal.iphan.gov.br/uploads/publicacao/ColRotPat2_BarrocoRococoIgrejas RiodeJaneiro_Vol1_m.pdf> Acesso em 11 de Setembro de 2018. OLIVEIRA, Myriam Andrade Ribeiro de; JUSTINIANO, Fátima. Barroco e Rococó nas Igrejas do Rio de Janeiro: 3 ed. IPHAN, 2008. Disponível em: <http://portal.iphan.gov.br/uploads/publicacao/ColRotPat2_BarrocoRococoIgrejas RiodeJaneiro_Vol3_m.pdf> Acesso em 11 de Setembro de 2018 Paróquia

História.

Matriz

de

Santa

Rita.

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