CORAL PAULISTANO INTEGRAL DAS MISSAS DE MOZART
INTEGRAL DAS MISSAS DE MOZART TEMPORADA 2015
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Coral Paulistano Mário de Andrade Paulicéa Desvairada 2015
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Mozart Cronologia
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Mozart Hoje
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A música na liturgia
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Missa de Réquiem, K. 626
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22
30
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Missa Dominicus, K. 66
Missa Waisenhaus, K. 139 Missa em Ré Menor, K. 65
Missa Longa em Dó Maior, K. 262 Missa Brevis em Ré Maior, K. 194
Missa Trinitatis em Dó Maior, K. 167 Missa Brevis em Dó Maior, K. 259
Missa em Sol Maior, K. 49 Missa em Si Bemol Maior, K. 275
Missa Grande em Dó Menor, K. 427
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32
40
26
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42
Missa Grande Credo em Dó Maior, K. 257 Missa Brevis em Fá Maior, K. 192
Missa Spaur em Dó Maior, K. 258 Missa Spatzen em Dó Maior, K. 220
Missa da Coroação em Missa Solemnis em Dó Maior, K. 317 Dó Maior, K. 337 Missa Brevis em Sol Maior, K. 140
Missas de Mozart nas Igrejas
Biografias dos artistas
54 Fichas Técnicas
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CORAL PAULISTANO MÁRIO DE ANDRADE PAULICÉA DESVAIRADA 2015
Após o sucesso da temporada Paulicéa Desvairada 2014, o Coral Paulistano Mário de Andrade apresenta, em 2015, uma série dedicada à obra de Wolfgang Amadeus Mozart. Este projeto, inédito nas Américas, apresentará as 18 missas compostas por Mozart que serão executadas no Salão Nobre do Theatro Municipal em um total de 11 concertos, sendo que oito deles serão parcialmente reapresentados em igrejas da cidade. Com este ciclo de concertos, o Coral Paulistano levará à população uma rara oportunidade de ouvir ao vivo algumas das mais importantes obras deste célebre compositor austríaco. O Cardeal Arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer, em seu beneplácito sobre esta parceria entre a Arquidiocese Metropolitana de São Paulo e o Coral Paulistano Mário de Andrade, escreve: “Diversas paróquias das Regiões Episcopais da Arquidiocese de São Paulo terão a grata satisfação de acolher o Coral Paulistano Mário de Andrade, que apresentará as Missas de Mozart, fruto de uma parceria entre a Arquidiocese e a Fundação Theatro Municipal. A tradição musical da Igreja inteira constitui um tesouro de inestimável valor e ocupa, entre as demais expressões da arte, um lugar proeminente, principalmente porque o canto sacro, onde se acomodam as palavras, faz parte da liturgia solene. Na certeza de que ‘Deus habita esta Cidade’ podemos, através da música e da arte sacra, dizer que esse projeto responde àquilo que o Concílio enfaticamente nos pede. Que o Apóstolo Paulo, Patrono da Cidade e da Arquidiocese, e Santa Cecília, patrona dos músicos e musicistas, intercedam a Deus pelos senhores e pelas senhoras.”
7 6 Coral Paulistano Mário de Andrade
Nesta temporada, o Coral Paulistano também apresentará uma série na Sala do Conservatório – Coral Paulistano Mário de Andrade: encontros com a Dança – e uma série nos CEUs – Concertos descentralizados de repertorio clássico e popular. Além destas séries, realizará concertos no cemitério da Consolação, no palco do Theatro Municipal, concertos em colaboração com a Orquestra Experimental de Repertório; continuará o projeto de colaborar com o fortalecimento de coros amadores, envolvendo-os em suas apresentações, e de promover a criação de novos pontos de música coral na cidade. Inspirados pelo patrono Mário de Andrade, o grupo segue em busca do Cantar Brasileiro, mas sem esquecer a vocação de difusão do repertório coral universal. Assim, o Coral Paulistano estreará encomendas de novas obras corais a compositores brasileiros e apresentará uma peça brasileira em todos os concertos da temporada.
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MOZART CRONOLOGIA 2
/ 1762 Ele e a irmã Nannerl são levados pelo pai para tocar na corte da imperatriz Maria Teresa.
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/ 1773-76
/ 1777-78
Compõe, em 1773, as missas Brevis K. 140 e a Trinitatis K. 167. No ano seguinte, compõe as missas Brevis K. 192 e a Brevis K. 194. Entre 1775 e 1776, compõe as missas Spatzen K 220, Grande Credo K. 257, Longa K 262, Brevis K. 259 e a Missa Spaur K.258.
Escreve a missa em Si Bemol Maior K. 275. Mozart é demitido de Salzburgo e segue com a mãe para Munique, e finalmente Paris, onde em 1778 sua mãe morre.
/ 1782-83
/ 1785
/ 1787
Casa-se com a soprano Constanze Weber. Entre 1782 e 1783, compõe a missa Grande K. 427.
Haydn elogia Mozart a Leopold após ouvir seus Quartetos.
Estreia Don Giovanni, em Praga. Beethoven vai a Viena estudar com Mozart. Morre o pai de Mozart, Leopold. Wolfgang rege as quatro primeiras apresentações de Don Giovanni.
/ 1756
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Em 27 de janeiro nasce em Salzburgo Joannes Chrysostomus Wolfgangus Theophilus Mozart, sétimo filho de Leopold e Anna Mozart.
/ 1761 Wolfgang aprende a primeira peça ao cravo e faz a primeira apresentação como intérprete na universidade de Salzburgo.
/ 1767
/ 1768-69
/ 1770
Aos 11 anos compõe sua primeira ópera, Die Schuldigkeit des ersten Gebots (O Cumprimento do Primeiro Mandamento). A segunda parte da ópera foi composta por Haydn.
Escreve, em 1768, sua primeira missa, a Waisenhaus K. 139, e a Missa Brevis K. 49. Assume, em 1769, o posto de Konzertmeister na corte de Salzburgo, sem remuneração, e compõe as missas Brevis K. 65 e a Dominicus K. 66.
Primeira apresentação de Mozart na Itália, na Accademia Filarmonica de Verona. Wolfgang e o pai assistem a óperas no Teatro alla Scala de Milão.
/ 1779-80
/ 1781
Escreve, em 1779, a missa da Coroação K. 317. No ano seguinte, compõe a missa Solemnis K. 337..
Estreia de Idomeneo, ópera em italiano com libreto de Giambattista Varesco. No mesmo ano, Clementi e Mozart disputam ao piano, na presença do imperador José II.
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/ 1791 Mozart rege a estreia de A Flauta Mágica em 30 de setembro, em Viena. A ópera é um grande sucesso, sendo encenada 20 vezes em outubro. Em 20 de novembro Mozart fica de cama e,
no dia 4 de dezembro, ensaia parte de seu Réquiem. Ele morre na madrugada de 5 de dezembro, deixando inacabado o Réquiem.
1 Mozart aos 6 anos. Pintura a óleo, possivelmente de Pietro Antonio Lorenzoni (1721-1782) / 2 Mozart com o pai, Leopold e a irmã Maria Anna. Na imagem da parede, a mãe, Anna Maria / 3 Leopold Mozart (1719 - 1787), pai de Wolfgang. Pintura de Pietro Antonio Lorenzoni (1721 - 1782). Mozart Museum de Salzburgo / 4 Constanze Mozart (1762 – 1842), nascida Constanze Weber, esposa de Mozart / 5 Wolfgang Amadeus Mozart. Retrato póstumo por Barbara Kraft, 1819
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MOZART HOJE
Na noite do dia 24 de dezembro de 2014, o Papa Francisco presidiu na Basílica do Vaticano, a Santa Missa de Natal. Entre os cânticos da celebração, foi executado o Et Incarnatus est, da Missa em Dó Menor de Mozart, K. 427, interpretado pela soprano israelense Chen Reiss, acompanhada pela Orquestra Sinfônica de Pittsburgh, sob direção do Maestro austríaco Manfred Honeck. A Rádio Vaticano entrevistou o Diretor da Capela Musical Pontifícia Sistina, Monsenhor Massimo Palombella, sobre a escolha de inserir a composição na Missa de Natal: “O significado desta escolha vai ao encontro de uma compreensão da reforma litúrgica do Concílio Vaticano II, que busca colher dela o desafio e o sentido. Geralmente e eclesialmente, houve e continuam a existir duas visões sobre a lógica da reforma litúrgica do Concílio em relação à música. Tem quem defenda que, com a reforma litúrgica, tudo acabou: todo o patrimônio grande da Igreja acabou. De outro lado, aqueles que defendem que com a reforma litúrgica é necessário jogar fora tudo o que nos precedeu, porque tudo é novo; é necessário refazer tudo. Particularmente, eu penso que, eclesialmente e teologicamente, nós devemos compreender que toda reforma da Igreja é sempre inclusiva dos precedentes. Assim, a reforma litúrgica do Concílio Vaticano II, que antes de qualquer outra coisa, do ponto de vista litúrgico-musical, é um grande desafio de cultura, porque nos obriga imprescindivelmente a dialogar com a cultura contemporânea – recém beatificamos Paulo VI que marca e sela este grande desejo do Concílio: o diálogo com a cultura contemporânea – mas eu posso dialogar se tenho raízes, portanto, o conhecimento daquilo que nos precedeu. Apre-
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sentada esta premissa, esta escolha se coloca assim: é uma inteligente colocação dentro da liturgia renovada do Concílio Vaticano II, de um segmento do patrimônio – do grande patrimônio eclesial – neste caso um segmento da Missa de Mozart K. 427 em Dó Menor e precisamente o Et incarnatus est, colocado com uma pertinência litúrgica dentro da celebração. Motivo pelo qual, no canto do Credo do coral, alternado com a assembleia, no lugar do coral, com um ‘cimento’ musical, se fará o Et incarnatus est da Missa K. 427. Isto responde àquilo que o Concílio profundamente nos pede. Assim, o sentido é este: a colocação de um segmento da tradição eclesial musical, dentro da liturgia renovada, mas que este segmento possa ser feito com uma pertinência litúrgica, que é o grande desafio que o Concílio coloca à música: a pertinência litúrgica”.
A MÚSICA SACRA, COMO PARTE INTEGRANTE DA LITURGIA SOLENE, PARTICIPA DO SEU FIM GERAL, QUE É A GLÓRIA DE DEUS E A SANTIFICAÇÃO DOS FIÉIS. A MÚSICA CONCORRE PARA AUMENTAR O DECORO E ESPLENDOR DAS SAGRADAS CERIMÔNIAS; E, ASSIM COMO O SEU OFÍCIO PRINCIPAL É REVESTIR DE ADEQUADAS MELODIAS O TEXTO LITÚRGICO PROPOSTO À CONSIDERAÇÃO DOS FIÉIS, ASSIM O SEU FIM PRÓPRIO É ACRESCENTAR MAIS EFICÁCIA AO MESMO TEXTO, A FIM DE QUE POR TAL MEIO SE EXCITEM MAIS FACILMENTE OS FIÉIS À PIEDADE E SE PREPAREM MELHOR PARA RECEBER OS FRUTOS DA GRAÇA, PRÓPRIOS DA CELEBRAÇÃO DOS SAGRADOS MISTÉRIOS. PAPA PIO X (1903-1914)
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A MÚSICA NA LITURGIA
Senhor, tende piedade de nós Cristo, tende piedade de nós Senhor, tende piedade de nós
Kyrie, eleison Christe, eleison Kyrie, eleison
Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade. Nós Vos louvamos, nós Vos bendizemos, nós Vos adoramos, nós Vos glorificamos, nós Vos damos graças, por vossa imensa glória, Rei Celeste, Deus Pai Onipotente, Senhor Jesus Cristo, Filho unigênito, Senhor Deus, Cordeiro de Deus, Filho de Deus Pai: vós que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós. Vós que tirais o pecado do mundo, acolhei a nossa súplica. Vós que estais à direita do Pai, tende piedade de nós. Só Vós sois o Santo, só Vós, o Senhor, só Vós, o Altíssimo, Jesus Cristo, com o Espírito Santo, na glória de Deus Pai. Amém.
Gloria in excelsis Deo et in terra pax hominibus bonae voluntatis. Laudamus te, benedicimus te, adoramus te, glorificamus te, gratias agimus tibi propter magnam gloriam tuam, Domine Deus, Rex caelestis, Deus Pater omnipotens. Domine Fili unigenite Jesu Christe, Domine Deus, Agnus Dei, Filius Patris: qui tollis peccata mundi, miserere nobis. Qui tollis peccata mundi, suscipe deprecationem nostram. Qui sedes ad dexteram Patris, miserere nobis. Quoniam tu solus sanctus, tu solus Dominus, tu solus altissimus, Jesus Christe, cum sancto Spiritu, in gloria Dei Patris. Amen
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Credo in unum Deum Patrem omnipotentem, factorem cæli et terræ, visibilium omnium et invisibilium. Et in unum Dominum, Jesum Christum, filium Dei unigenitum, et ex Patre natum, ante omnia sæcula. Deum de Deo, lumen de lumine, Deum verum de Deo vero, genitum, non Factum, consubstatialem Patri: per quem omnia facta sunt qui propter nos homines, et propter nostram salutem, descendit de cælis et incarnatus est de Spiritu Sancto, ex Maria Virgine: et homo factus est. Crucifixus etiam pro nobis: sub Pontio Pilato, passus et sepultus est et resurrexit tertia die, secundum Scripturas. Et ascendit in cælum: sedet ad dexteram Patris et iterum venturus est cum gloria, iudicare vivos et mortuos: cuius non erit finis. Et in Spiritum Sanctum, Dominum et vivificantem: qui ex Patre Filioque procedit, qui cum Patre et Filio, simul adoratur, et conglorificatur: Qui locutus est per Prophetas. Et unam, sanctam, catholicam, et apostolicam Ecclesiam. Confiteor unum baptisma, in remissionem peccatorum et exspecto resurrectionem mortuorum et vitam venturi sæculi. Amen.
A música na liturgia
Creio em um só Deus Pai Todo-Poderoso, criador dos céus e da terra, de tudo o que é visível e invisível. E no Senhor Jesus Cristo, filho Unigênito de Deus, e nascido do Pai antes de todos os séculos. Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro do Deus verdadeiro, foi gerado e não criado, consubstancial ao Pai: por quem tudo foi feito e que, por nós, homens para nossa salvação, desceu dos céus e encarnou pelo poder do Espírito Santo, nascendo da Virgem Maria: e fez-se homem. Crucificado também por nós: sob ordem de Pôncio Pilatos, padeceu e foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as escrituras. E subiu aos céus onde está sentado à direita do Pai e voltará novamente com glória, para julgar os vivos e os mortos, e o seu Reino não terá fim. Creio no Espírito Santo Senhor que dá a vida: que provém do Pai e do Filho, e com o Pai e o Filho, É adorado e glorificado: Ele que falou pelos profetas. Creio numa única, santa, católica e apostólica Igreja. Confesso único batismo, para remissão dos pecados e espero pela ressurreição dos mortos e pela vida no mundo que há de vir. Amem.
Santo Senhor Deus dos Exércitos, o Céu e a Terra proclamam a Vossa glória. Hosana nas alturas. Bendito o que vem em nome do Senhor. Hosana nas alturas.
Sanctus Dominus, Deus Sabaoth, pleni sunt cæli et terra gloria tua. Hosanna in excelsis. Benedictus qui venit in nomine Domini. Hosanna in excelsis.
Bendito o que vem em nome do Senhor. Hosana nas alturas.
Benedictus qui venit in nomine Domini. Hosanna in excelsis.
Cordeiro de Deus Que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós. Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, dai-nos a paz.
Agnus Dei Qui tollis peccata mundi, miserere nobis. Agnus Dei, qui tollis peccata mundi, dona nobis pacem.
Missa fúnebre composta em 1791. Foi a última composição e a mais famosa obra de Mozart. Foi finalizada por Franz Xaver Süssmayr, aluno de Mozart, que seguiu as indicações deixadas por ele e completou as partes que faltavam. O Sanctus foi escrito completamente por Süssmayr. Para o Communio, utilizou os temas do Introito e do Kyrie, à maneira de uma reexposição.
FEVEREIRO Sexta 27 às 20h
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/ RÉQUIEM, K. 626
Coral Paulistano Mário de Andrade Orquestra de Câmara da ECA-USP Martinho Lutero G. de Oliveira Regente
/ WOLFGANG AMADEUS MOZART Missa Réquiem, K. 626 60’ – Introitus – Kyrie – Dies irae – Tuba mirum – Rex tremendae – Recordare – Confutatis – Lacrymosa – Domine Jesu – Hostias – Sanctus – Benedictus – Agnus Dei – Lux aeterna / MOZART CAMARGO GUARNIERI Missa Diligite - Amai-vos uns aos outros 12’ – Kyrie – Gloria – Sanctus – Agnus Dei
Composta em 1769 para a primeira missa solene celebrada pelo seu amigo de infância, Caetano Hagenauer (Pater Dominicus Hagenauer), na Abadia de São Pedro, Salzburg, onde foi executada pela primeira vez em 15 de outubro de 1769, sob regência de Leopold Mozart (pai de Wolfgang). Na missa são evidentes os traços de composição do período de juventude, onde Mozart usa como tema de fuga final do Gloria (Cum sancto spiritu) as mesmas notas da primeira fuga do Cravo Bem Temperado, de J. S. Bach.
MARÇO Sexta 20 às 20h
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/ DOMINICUS, K. 66
Coral Paulistano Mário de Andrade Martinho Lutero Galati de Oliveira Regente
Roberto Mingarini PianO Camerata Paulistana / WOLFGANG AMADEUS MOZART Concerto para Piano N. 21 em Dó Maior, K. 467 30’ – Allegro Maestoso – Andante – Allegro Vivace Assai Missa Dominicus, K. 66 43’ – Kyrie eleison – Gloria – Credo – Sanctus – Benedictus – Agnus Dei
Composta a pedido do padre jesuíta Ignaz Parhammer, para a consagração da nova Igreja do Orfanato. A comissão deu à missa o nome Waisenhausmesse, Missa do Orfanato. A apresentação foi realizada no dia 7 de dezembro de 1768, na presença da corte. Mozart, com apenas 12 anos, conduziu o coro de órfãos sendo admirado e aclamado. A missa foi considerada seu trabalho mais ambicioso até então e foi sua primeira missa longa. Foi concluída em 14 de janeiro de 1769. Acredita-se que esta missa tenha sido apresentada na Universidade de Salzburg para abrir uma vigília de quarenta horas. Sendo uma missa quaresmal, é provável que o Gloria não pudesse ter sido realizado na ocasião e poderia ter sido composto para utilização posterior.
ABRIL Sexta 17 às 20h
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/ WAISENHAUS, K. 139 / EM RÉ MENOR, K. 65
Coral Paulistano Mário de Andrade Martinho Lutero Galati de Oliveira Regente
Camerata Paulistana / WOLFGANG AMADEUS MOZART Missa em Ré Menor, K. 65 14’ – Kyrie eleison – Gloria – Credo – Sanctus – Benedictus – Agnus Dei Missa Waisenhaus em Dó Menor,K. 139 52’ – Kyrie eleison – Gloria – Credo – Sanctus – Benedictus – Agnus Dei
Composta em 1776. Seu nome deriva da configuração do Credo, onde a palavra “Credo” é repetida diversas vezes. A primeira apresentação aconteceu em Salzburg em Novembro do mesmo ano. Foi completada em Salzburg em 24 de junho de 1774. Mozart repete várias vezes o motivo do hino Lucis Creator, usado posteriormente no fim de sua Sinfonia Júpiter. É conhecida como pequena Missa Credo para distingui-la da Grande Missa Credo, K. 257.
MAIO Sexta 15 às 20h
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/ GRANDE CREDO EM DÓ MAIOR, K. 257 / BREVIS EM FÁ MAIOR, K. 192
Coral Paulistano Mário de Andrade Luiz Marchetti Regente Martinho Lutero Galati de Oliveira Direção Artística Rosana Civile Piano
Camerata Paulistana / WOLFGANG AMADEUS MOZART Missa Grande Credo em Dó Maior, K. 257 20’ – Kyrie eleison – Gloria – Credo – Sanctus – Benedictus – Agnus Dei Concerto N. 12 em Lá Maior, K. 414 26’ – Allegro – Andante – Allegretto Missa em Fá Maior, K. 192 23’ – Kyrie eleison – Gloria – Credo – Sanctus – Benedictus – Agnus Dei
Escrita em 1780 para Salzburg. Foi sua última missa completa. O Sanctus lembra traços do Kyrie e também apresenta melodias no violino usadas na ópera Idomeneo. Provavelmente composta em março de 1773, logo após retornar a Salzburg de sua terceira viagem para a Itália. Segundo Walter Senn, a Missa é a única composta por Mozart seguindo a linha Pastoral.
JUNHO Sexta 12 às 20h
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/ SOLEMNIS EM DÓ MAIOR, K. 337 / BREVIS EM SOL MAIOR, K. 140
Coral Paulistano Mário de Andrade Martinho Lutero Galati de Oliveira Regente
Roberto Sechi Spalla Renato Figueiredo Piano Camerata Paulistana / WOLFGANG AMADEUS MOZART Missa Brevis em Sol Maior K. 140 16’ – Kyrie eleison – Gloria – Credo – Sanctus – Benedictus – Agnus Dei / JOSEPH HAYDN Concerto em Ré Maior Hob. XVIII:11 21’ - Vivace - Un poco Adagio - Rondo all’Ungarese - Allegro assai / WOLFGANG AMADEUS MOZART Missa Solemnis em Dó Maior K. 337 22’ – Kyrie eleison – Gloria – Credo – Sanctus – Benedictus – Agnus Dei
Composta em maio de 1776. É classificada como uma missa longa devido à sua extensão. A ocasião para qual a missa foi composta ainda permanece discutível: composta a pedido do Arcebispo Colloredo para uma ocasião especial na Catedral de Salzburg ou para ser apresentada na Basílica de São Pedro. Completada em 8 de agosto de 1774. Mozart procurou satisfazer o pedido do Arcebispo Colloredo de que fosse breve e concisa, por isso, nenhum dos movimentos possui um prelúdio orquestral, a orquestra é reduzida e há poucas fugas. Foi o primeiro trabalho de Mozart a ser impresso, em 1793.
JULHO Sexta 03 às 20h
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/ LONGA EM DÓ MAIOR, K. 262 / BREVIS EM RÉ MAIOR, K. 194
Coral Paulistano Mário de Andrade Martinho Lutero Galati de Oliveira Regente
Roberto Sechi Violino Camerata Paulistana / WOLFGANG AMADEUS MOZART Missa em Ré Maior, K. 194 19’ – Kyrie eleison – Gloria – Credo – Sanctus – Benedictus – Agnus Dei Concerto para Violino N.5 em Lá Maior K. 219 31’ - Allegro - Adagio - Rondo: Tempo di menuetto Missa Longa em Dó Maior, K. 262 30’ – Kyrie eleison – Gloria – Credo – Sanctus – Benedictus – Agnus Dei
Composta em junho de 1773, provavelmente escrita para o Domingo da Trindade, para a Igreja da Trindade de Salzburg. É a única missa inteiramente coral escrita por Mozart, excluindo todos os solos vocais. Composta provavelmente em 1776. Esta missa é também chamada de Orgelmesse ou Orgelsolomesse (Missa Órgão Solo) devido ao solo de órgão na entrada do Benedictus.
AGOSTO Sexta 07 às 20h
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/ TRINITATIS EM DÓ MAIOR, K. 167 / BREVIS EM DÓ MAIOR, K. 259
Coral Paulistano Mário de Andrade Luiz Marchetti Regente Martinho Lutero Galati de Oliveira Direção Artística Felipe Bernardo Órgão
Camerata Paulistana / WOLFGANG AMADEUS MOZART Missa Órgão em Dó Maior K. 259 15’ – Kyrie eleison – Gloria – Credo – Sanctus – Benedictus – Agnus Dei / GEORG FRIEDRICH HÄNDEL Concerto para Órgão em Fá Maior Op. IV N. 4, HWV 292 - Allegro - Andante - Allegro / WOLFGANG AMADEUS MOZART Missa Trinitatis em Dó Maior, K. 167 31’ – Kyrie eleison – Gloria – Credo – Sanctus – Benedictus – Agnus Dei
Foi supostamente escrita para a consagração do Conde Ignaz Joseph von Spaur. A partitura original desta missa foi descoberta nos arquivos da Catedral de Brixen em 2007, fornecendo uma ligação com a família Spaur, que era potente no arcebispado de Brixen. Outro nome que esta missa recebeu foi Missa Piccolomini, devido a sua curta duração. A Missa Spatzen foi composta entre 1775 e 1776 em Salzburg. Este nome foi dado devido as frases de violino no trecho Hosanna no Sanctus que se parecem com sons de pássaros. Foi apresentada pela primeira vez, possivelmente em 07 de abril de 1776, em uma missa para a Páscoa na Catedral de Salzburg. Seguindo as influências de Joseph Haydn, nesta missa Mozart lembra a música do Kyrie no trecho Dona Nobis Pacem, técnica que seu aluno Franz Xaver Süssmayr utilizará ao completar o Requiem K626.
SETEMBRO Sexta 11 às 20h
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/ SPAUR EM DÓ MAIOR, K. 258 / SPATZEN EM DÓ MAIOR, K. 220
Coral Paulistano Mário de Andrade Luiz Marchetti Regente Martinho Lutero Galati de Oliveira Direção Artística
Camerata Paulistana / WOLFGANG AMADEUS MOZART Missa Spaur em Dó Maior, K. 258 16’ – Kyrie eleison – Gloria – Credo – Sanctus – Benedictus – Agnus Dei Moteto Exsultate, Jubilate K. 165 14’ – Allegro – Andante – Allegro Missa Spatzen (Missa do Pardal) em Dó Maior, K. 220 17’ – Kyrie eleison – Gloria – Credo – Sanctus – Benedictus – Agnus Dei
Composta em 1779 é uma das obras mais conhecidas de Mozart do Ordinário da Missa. Ela se tornou a música preferida para coroações reais e imperiais, embora não tenha sido escrita para a coroação de um rei ou um nobre, e sim para uma santa – Santa Maria am Plaine.
OUTUBRO Sexta 23 às 20h
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/ COROAÇÃO EM DÓ MAIOR, K. 317
Coral Paulistano Mário de Andrade Martinho Lutero Galati de Oliveira Regente
Renato Figueiredo piano Camerata Paulistana / WOLFGANG AMADEUS MOZART Concerto N. 26 em Ré Maior, K. 537 32’ – Allegro – Larghetto – Allegretto Missa da Coroação em Dó Maior, K. 317 25’ – Kyrie eleison – Gloria – Credo – Sanctus – Benedictus – Agnus Dei
A primeira missa composta inteiramente por Mozart. É sua única missa brevis a incluir uma parte de viola. Mozart escreveu esta missa aos 12 anos de idade, no outono de 1768. Nesta época a música religiosa foi cada vez mais influenciada pela ópera e pelos ornamentos barrocos na instrumentação. Escrita, provavelmente, antes de setembro de 1777 em Salzburg. Nesta missa Mozart evita as tradicionais fugas como conclusão do Gloria e do Credo. Apesar de ser uma missa brevis, seu Agnus Dei é longuíssimo. Músicos litúrgicos ficaram ofendidos com a ousadia, considerando a peça um “sarcasmo ao texto sagrado”. O castrato Francesco Ceccarelli foi um dos solistas na primeira apresentação da missa, em 21 de dezembro de 1777.
NOVEMBRO Sexta 06 às 20h
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/ EM SOL MAIOR, K. 49 / EM SI BEMOL MAIOR, K. 275
Coral Paulistano Mário de Andrade Martinho Lutero Galati de Oliveira Regente
Renato Figueiredo Piano Fabian Figueiredo Violino Camerata Paulistana / WOLFGANG AMADEUS MOZART Missa em Sol Maior, K. 49 19’ – Kyrie – Gloria – Credo – Sanctus – Benedictus – Agnus Dei / JOSEPH HAYDN Concerto em Fá Maior para violino e piano N. 6 Hob, XVIII/6 - Allegro Moderato - Largo - Presto / WOLFGANG AMADEUS MOZART Missa em Si Bemol Maior, K. 275 18’ – Kyrie – Gloria – Credo – Sanctus – Benedictus – Agnus Dei
A última missa composta por Mozart, sem considerar seu Réquiem. Ele a compôs em Viena, entre 1782 e 1783, quando já não era músico da Catedral de Salzburg, deixando-a inacabada, sem partes do Credo e todo o Agnus Dei. Sua esposa Constanze cantou o Et incarnatus est, composto especialmente para ela, em sua première em 26 de outubro de 1783, em Salzburg. A Missa demonstra grande influência de Bach e Handel, cuja música Mozart estava estudando na época.
DEZEMBRO Sexta 11 às 20h
38 39
/ GRANDE EM DÓ MENOR, K. 427
Coral Paulistano Mário de Andrade Martinho Lutero Galati de Oliveira Regente
Fani Vovoni Violino Camerata Paulistana / WOLFGANG AMADEUS MOZART Missa em Dó Menor, K. 427 56’ – Kyrie – Gloria in excelsis Deo – Laudamus te – Gratias – Domine Deus – Qui tollis – Quoniam – Jesu Christe – Cum sancto spiritu – Credo in unum Deum (incomplete) – Et incarnatus est (incomplete) – Sanctus – Hosanna – Benedictus – Hosanna
41 40
MISSAS DE MOZART NAS IGREJAS DA ARQUIDIOCESE DE Sテグ PAULO
/ MARÇO
01 Dom às 19h Paróquia Cristo Rei Coral Paulistano Mário de Andrade Orquestra de Câmara da ECA-USP Martinho Lutero Galati de Oliveira Regente WOLFGANG AMADEUS MOZART Réquiem, K. 626 22 Dom 10h30 Paróquia Imaculada Conceição Camerata Paulistana Luiz Marchetti Regente Martinho Lutero Galati de Oliveira Direção Artística WOLFGANG AMADEUS MOZART Missa Dominicus, K. 66
/ ABRIL
12 Dom 10h Paróquia N.Sa do Carmo da Aclimação Coral Paulistano Mário de Andrade Camerata Paulistana Martinho Lutero Galati de Oliveira Regente WOLFGANG AMADEUS MOZART Missa em Ré Menor, K. 65
/ MAIO
/ SETEMBRO
17 Dom 11h
13 Dom 16h
Paróquia N.Sa de Fátima
Paróquia Santa Teresinha
Coral Paulistano Mário
Coral Paulistano Mário
de Andrade
de Andrade
Camerata Paulistana
Camerata Paulistana
Luiz Marchetti Regente
Luiz Marchetti Regente
Martinho Lutero Galati de
Martinho Lutero Galati de
Oliveira Direção Artística
Oliveira Direção Artística
WOLFGANG
WOLFGANG
AMADEUS MOZART
AMADEUS MOZART
Missa em Fá Maior K. 192
Missa Órgão em Dó Maior K259
/ JUNHO 14 Dom 11h30
/ OUTUBRO
Paróquia Imaculado Coração
18 Dom 11h
de Maria - Capela da PUC
Paróquia Imaculada Conceição
Coral Paulistano Mário
Coral Paulistano Mário
de Andrade
de Andrade
Camerata Paulistana
Camerata Paulistana
Martinho Lutero Galati
Martinho Lutero Galati
de Oliveira Regente
de Oliveira Regente
WOLFGANG
WOLFGANG
AMADEUS MOZART
AMADEUS MOZART
Missa Brevis em Sol
Missa da Coroação em Dó
Maior K.140
Maior, K. 317
/ JULHO
/ NOVEMBRO
05 Dom 11h
8 Dom 11h
Basílica da Nossa Senhora do
Paróquia São Luis Gonzaga
Carmo
Coral Paulistano Mário
Coral Paulistano Mário
de Andrade
de Andrade
Camerata Paulistana
Camerata Paulistana
Martinho Lutero Galati
Martinho Lutero Galati
de Oliveira Regente
de Oliveira Regente
WOLFGANG
WOLFGANG
AMADEUS MOZART
AMADEUS MOZART
Missa em Sol Maior, K. 49
Missa Longa em Dó Maior K. 262
Programações sujeitas a alterações.
O Coral Paulistano foi criado em 1936, por iniciativa de Mário de Andrade, então diretor do Departamento Municipal de Cultura. Sob o impacto do rompante modernista, sua proposta era levar a música brasileira ao Theatro Municipal de São Paulo, uma ideia de vanguarda, já que a elite paulistana desconhecia a importância do movimento nacionalista que contagiava os compositores brasileiros da época. Marco na história da música em São Paulo, o grupo foi um dos muitos desdobramentos do movimento modernista da Semana de Arte Moderna de 1922. Ao longo de sua história, o Coral Paulistano foi dirigido por alguns dos mais destacados músicos do nosso país, como Camargo Guarnieri, Fructuoso Vianna, Miguel Arqueróns, Tullio Colacioppo, Abel Rocha, Zwinglio Faustini, Antão Fernandes, Samuel Kerr, Henrique Gregori, Roberto Casemiro, Mara Campos, Tiago Pinheiro e Bruno Greco Facio. Em 2013, o grupo passou por um fortalecimento e revalorização, passando a se chamar Coral Paulistano Mário de Andrade e o maestro Martinho Lutero Galati de Oliveira assumiu sua direção artística, criando a Temporada Paulicea Desvairada para atender às expectativas do plano de descentralização proposto pela direção da Fundação Theatro Municipal. Desde então, o Coral Paulistano passou a atuar também fora do Theatro, fomentando o crescimento da música nas comunidades distantes do centro, tornando palpável e acessível ao grande público o repertório nacional e internacional da música de concerto e incentivando a criação de novos grupos corais.
42 43 Biografias dos artistas
CORAL PAULISTANO MÁRIO DE ANDRADE
MARTINHO LUTERO GALATI DE OLIVEIRA
diretor artístico
Martinho Lutero Galati de Oliveira estudou com alguns mestres ilustres, como Jonas Christensen, Hans J. Koelheuter e Eleazar de Carvalho. No início de sua carreira, foi regente do Coro da Juventude Musical de São Paulo, diretor musical da peça teatral Hair e fundou a Rede Cultural Luther King em 1970. Foi a Buenos Aires complementar seus estudos de regência. De volta a São Paulo, dirigiu a Orquestra do Vale do Paraíba, coordenou o setor de Música Coral do Movimento Mário de Andrade e criou e dirigiu os Concertos Matinais nos Teatros de Bairro da Prefeitura de São Paulo. De 1978 a 1984, viveu na África trabalhando em pesquisa sobre música Tradicional, a serviço da UNESCO. Em Moçambique, fundou a Escola Nacional de Música e publicou o Cancioneiro Infantil Moçambicano, que recebeu elogios públicos de Carlos Drummond de Andrade. A partir de 1985, na Europa, estudou com vários maestros, como Juan Pablo Ortega, Peter Erdei, Franco Ferrara e com o compositor Luigi Nono. Em 1988, venceu o prêmio André Segóvia de Regência em Santiago de Compostela. Em 1987, fundou a Associazione Culturale Cantosospeso em Milão, com a qual realizou concertos em toda a Europa. Foi docente no Instituto de Musicologia de Milão. É coordenador do Fórum Coral Mundial. É diretor artístico da Rede Cultural Cantosospeso. Divide suas atividades entre a Europa e o Brasil, onde dirige até hoje em São Paulo a Rede Cultural Luther King. Em dezembro de 2013, assumiu a direção artística do Coral Paulistano Mário de Andrade.
Para os concertos da Temporada Paulicéa Desvairada 2015 o Coral Paulistano Mário de Andrade promove o intercâmbio musical entre diversos instrumentistas da cidade de São Paulo, convidando músicos que já possuem vasta experiência e jovens estudantes, ainda em formação. O Maestro Martinho Lutero, diretor artístico do Coral Paulistano, acredita que investir e dar oportunidade a jovens músicos é essencial, pois embora existam grandes escolas e centros de formação para jovens músicos, são poucas as situações em que estes podem realmente ter a experiência da prática musical, de estar no palco, em um concerto, ao lado de grandes músicos, fazendo música de qualidade e em salas importantes da cidade, como o Salão Nobre do Theatro Municipal. Estes músicos participarão dos concertos do Ciclo Integral da Missas de Mozart realizados no Salão Nobre e em paróquias da cidade, e também dos concertos realizados nos CEUs, ao lado do Coral Paulistano e sob direção artística do Maestro Martinho Lutero. No decorrer do ano, os músicos da Camerata participarão de masterclasses de ilustres personagens do panorama musical internacional, entre eles, o violinista italiano Roberto Sechi e a violinista ateniense radicada em Viena, Fani Vovoni, convidados do Coral Paulistano para a temporada 2015.
44 45 Biografias dos artistas
CAMERATA PAULISTANA
ROBERTO MINGARINI
piano
Nascido em Santa Margherita Ligure, Roberto Mingarini estudou no Conservatório Niccolò Paganini de Gênova, sob orientação de Franco Trabucco. Mais tarde, estudou em Viena com Elisabeth Leonskaja e, em Genebra, com Martha Argerich. Foi vencedor de prêmios internacionais, entre eles, La Spezia, Corsico, Stresa. Apresenta-se regularmente na Itália, França, Áustria, Suíça, Alemanha, Holanda, Bélgica, Grécia, Egito, Inglaterra, Líbano, Argélia, Turquia, Croácia e Romênia. Esteve em turnê no Japão e apresentou-se em concertos em Tóquio, Nova York, Los Angeles, São Francisco e em algumas cidades brasileiras. Como solista, apresentou-se com a orquestras como a Sinfônica de Sanremo, Sinfônica Jovem de Genova e Sinfônica de Santos. Colaborou com cantores de fama internacional como Gabriella Ravazzi, Katia Ricciarelli, Luciana Serra, Adelina Scarabelli, Ottavio Garaventa, Renato Bruson e com os violinistas Ilia Gringolds, Sayaca Sojhi, com o trompetista Armando Ghitalla, e com o flautista Severino Gazzelloni. Trabalhou com diversos regentes, como Michele Trenti, Piero Gallo, Gian Marco Bosio, Aldo Faldi, Walther Prost e Martinho Lutero Galati de Oliveira. Foi professor substituto e pianista correpetidor no Laboratório Lírico Espaço Música de Orvietto e na Camerata dos Lagos de Gallarate.
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regente
Natural de São Paulo, Luiz Marchetti é bacharel em Composição e Regência e mestre em Musicologia pela Universidade Estadual Paulista (UNESP). Destacam-se, dentre os grupos corais dirigidos por Marchetti o Coral Unibero, com o qual gravou dois CDs, e o Coral Schola Cantorum, premiado como ‘Melhor conjunto vocal’ em 1995 pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). Foi professor na Universidade Livre de Música (ULM), onde também exerceu o cargo de Coordenador da área de Disciplinas Teóricas. Entre 1996 e 2008, atuou como maestro assistente da Orquestra Sinfônica Jovem do Estado. Além de intensa produção artístico-cultural, desenvolveu material didático/instrucional voltado às disciplinas de estruturação musical. É docente do Curso Superior de Música da Faculdade Cantareira, do Conservatório de Tatuí, regente do Madrigal Vivarte e regente assistente do Coral Paulistano Mário de Andrade, da Fundação Theatro Municipal de São Paulo.
Biografias dos artistas
LUIZ MARCHETTI
ROSANA CIVILE
piano
Pianista graduada no Departamento de Música da Universidade de São Paulo. Estudou com renomados pianistas, entre eles Caio Pagano, Beatriz Román, Daisy De Luca, Marcello Mechetti e em cursos de aperfeiçoamento, seminários e master classes no Brasil, Itália e Espanha. Desenvolve intensa atividade como camerista, apresentando-se com músicos nacionais e internacionais nas principais salas de concerto do Brasil. Apresentou-se em recitais solo na França, Suíça, Bélgica e Alemanha, enfatizando o repertório brasileiro. Gravou com Zygmunt St. Kubala o CD Estados D’Alma de música brasileira para violoncelo e piano. Com o Núcleo Hespérides – Música das Américas gravou o CD Luminamara, música contemporânea do Brasil, o CD duplo Retratos de Radamés (patrocínio PETROBRAS) e o CD duplo Sons das Américas (selo SESC). É pianista do Coral Paulistano Mário de Andrade da Fundação Theatro Municipal de São Paulo e professora de música de câmara na Escola Municipal de Música. Idealizou e coordenou, nesta escola, as homenagens aos compositores brasileiros Edmundo Villani-Côrtes (em 2010), Savino De Benedictus (2011), Gilberto Mendes (2012), Aylton Escobar (2013), além da Semana Osvaldo Lacerda (2012) e a Semana Camargo Guarnieri (2013).
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piano
Bacharel, Licenciado e Mestre em Música pela ECA-USP, Renato Figueiredo é pianista do Coral Paulistano do Theatro Municipal de São Paulo, professor da Escola Municipal de Música de São Paulo, da Faculdade de Música da FITO e do Conservatório Municipal de Guarulhos. Estudou com Elisa Capocchi e Gilberto Tinetti. Aperfeiçoou-se nos EUA com Robert Brownlee na Universidade de Houston e, recentemente, com German Diez, ex-assistente de Claudio Arrau, em Nova Iorque. Aconselhou-se com Paul Badura-Skoda, Yara Bernette, Jean Louis Steuerman, Moura Castro, Caio Pagano, Marco Antônio de Almeida, Achille Picchi e Edmundo Hora. Além de sua atividade solo, apresenta-se como camerista ao lado de grandes artistas do cenário nacional e internacional, e, como solista, esteve à frente de importantes orquestras sinfônicas brasileiras. Realizou primeiras audições de obras para piano (algumas a ele dedicadas) de Osvaldo Lacerda, Antonio Ribeiro, Gilberto Mendes e Willy Corrêa de Oliveira, no Brasil e no exterior, destacando-se sua recente turnê pela Áustria, Grécia e Itália. Ministra cursos e masterclasses, além de desenvolver intensa atuação pedagógica e participar de júris de concursos e do corpo docente de diversos festivais.
Biografias dos artistas
RENATO FIGUEIREDO
FANI VOVONI
violino
Fani Vovoni nasceu em Atenas em 1978. Estudou com Helfried Fister em Klagenfurt e, em 2001, ingressou na Universidade de Música de Viena, onde trabalhou com Ernst Kovacic e graduou-se com honras em março de 2007. Durante o seu período na Áustria, também estudou violino barroco de Hiro Kurosaki. Na sequência, estudou no Mozarteum de Salzburgo, com Reinhard Goebel. Um dos eventos mais importantes de sua carreira foi a participação na European Union Baroque Orchestra, em 2004. É cofundadora do Harmony of Nations Baroque Orchestra, onde trabalhou com regentes como Ton Koopman, Lars Ulrik Mortensen, Alfredo Bernardini, Enrico Onofri, Andrew Manze. Participa de vários festivais europeus, tanto de música antiga como de música contemporânea, com grupos como Klanforum Wien, Mitteleuropäisches Kammerorchester, Ensemble Reconsil, Ensemble Phace, Barucco, Concerto Stella Matutina, Cappella Leopoldina, Camerata Salzburg, Ensemble Prisma, Clemencic Consort, Latinitas Nostra. Atualmente é professora de violino e ensemble no Conservatório Freie Musikschule em Viena.
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violino
Vencedor do prêmio Prix de Virtuositè do Conservatório Superior de Genebra, na classe de Corrado Romano, Roberto Sechi estudou em Gênova com Mario Trabucco. Também estudou com Alberto Casabona e se aperfeiçoou com Uto Ughi, com Franco Gulli no Musik Konservatorium de Lucerna, com Cristiano Rossi e com Giulio Franzetti, entre outros. Apresentou se como solista interpretando obras de J. S. Bach, Vivaldi, Nardini, Mozart, Beethoven, Paganini, Mendelssohn, Tchaikowsky, Wieniawsky, Bruch, Chausson, Kreisler, Williams, Bucchi. Foi convidado pela Comuna de Gênova diversas vezes para ocasiões de importantes celebrações oficiais, nas quais teve a oportunidade de tocar com o violino que pertenceu a Camillo Sivori, o único aluno de Niccolò Paganini. Realizou concertos na Itália, Alemanha, Suíça, Espanha e Peru, sempre obtendo sucesso de público e de crítica. Foi premiado em vários concursos, como o Vittorio Veneto, Stresa e Mantova. Em 2003, em Rocamadour, na França, recebeu publicamente os cumprimentos do célebre violoncelista Mstislav Rostropovich. Em 1996, venceu o concurso do Teatro Carlo Felice de Gênova; entre 2002 e 2004, integrou o naipe de primeiros violinos da Orchestra du Capitol de Toulouse, da qual segue sendo convidado frequente. De 2006 a 2008, foi solista do Théâtre de l’Opéra de Marselha e da Orchestre Philarmonique de Marselha.
Biografias dos artistas
ROBERTO SECHI
FELIPE BERNARDO
órgão
Natural de Botucatu, concluiu o bacharelado em Música – Piano Popular na Faculdade Santa Marcelina em São Paulo, sob a orientação de Mariô Rebouças e Ilza Antunes, aperfeiçoando–se no CLAM (Zimbo Trio) com Nelson Bergamini na mesma época que iniciou o curso de graduação. Regeu o Coral Livre da FASM, curso de extensão dedicado a difundir a música coral. Acompanhou o Coral Santa Marcelina de Botucatu entre 2000 e 2014, sob a regência de José Alberto Corulli, com quem teve grande parte de sua formação artístico-musical. Com este coro participou de turnês nacionais e internacionais. Tocou em diversos países, dentre eles Estados Unidos, Portugal, Itália, Alemanha, Suíça e Bolívia. Desde 2008, é Organista Titular e Mestre de Capela do Pateo do Collegio. Colabora como organista com importantes coros, em especial o projeto Bachianas Paulistanas – Cantatas de Bach com o Coro Luther King, sob a regência do Maestro Martinho Lutero Galati de Oliveira. Atualmente é aluno regular do programa de pós-graduação em Música da Unesp, mestrado em Performance Musical - Órgão, sob orientação da Profa. Dra. Dorotea Kerr.
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violino
Natural de Santos, Fabian Figueiredo é violinista da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo desde 1994. No Brasil, estudou com Maria Ester Brandão, Altea Alimonda, Cecília Guida e Cláudio Cruz. Selecionado pelo American Field Service para estudar em Houston, foi aluno da High School for the Performing and Visual Arts e participou de masterclasses com Kenneth Goldsmith na University of Houston. Participou de diversos festivais no Brasil e nos EUA, nos quais teve aulas e masterclasses com Marcelo Guerchfeld, Jacques Israelievitch, Paulo Bosísio, Ayrton Pinto, Maria Vishnia, Richard Markson, entre outros. Foi por quinze anos spalla da Orquestra Sinfônica de Santo André.
Biografias dos artistas
FABIAN FIGUEIREDO
Sopranos
Martinho Lutero Galati De Oliveira
Regente Assistente
Adriana Hye Kim Aymée Wentz Dênia Campos Eliane Aquino Indhyra Gonfio Larissa Lacerda Luciana Crepaldi Marly Jaquiel Narilane Camacho Raquel Manoel Rosemeire Moreira Samira Hassan Sira Milani Vanessa Mello
Luiz Marchetti
Adriana Clis Aline Réa Andreia Abreu Gilzane Castellan Kátia Rocha Helder Savir Lucia Peterlevitz Regina Lucatto Samira Kalil Rahal Silvana Ferreira Taiane Ferreira Tânia Viana Vera Platt
David Salim
Contraltos
Tenores
Fábio Diniz Fernando Grecco Fernando Mattos Gilberto Chaves Jean William José Palomares Marcus Loureiro Pedro Vaccari Ricardo Iozi Thiago Montenegro
Baixos
Ademir Costa André Angenendt Davide Rocca Jan Szot Jonas Mendes Josué Alves Gomes Marcelo Santos Xavier Silva Vicente Sampaio Wagner Dias Yuri Souza
Pianistas
Renato Figueiredo Rosana Civile
Assistente de Produção Cinthia Derio
Assessora de Logística Andreia Balbino
PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO Prefeito Fernando Haddad
Secretário Municipal de Cultura
Nabil Bonduki
FUNDAÇÃO THEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO
Secretária Administrativa
Conselho Deliberativo
Rosana Taketomi
Nabil Bonduki – Presidente Manoel Carlos Guerreiro Cardoso Marcos de Barros Cruz Mauro Wrona Pablo Zappelini De León Wladimir Pinheiro Safatle
Assessor de Repertório
Assistente de Platô Ivo Barreto
Direção Geral José Luiz Herencia
Diretora de Gestão
Ana Flávia Cabral S. Leite
Diretor de Formação
Leonardo Martinelli
INSTITUTO BRASILEIRO DE GESTÃO CULTURAL Presidente do Conselho Cláudio Jorge Willer
Diretor Executivo
William Nacked
Diretora Técnica Isabela Galvez
Diretor Financeiro
Neil Amereno
Diretor Artístico John Neschling
Diretora de Produção
Cristiane Santos
Direitos Autorais Olivieri Advogados Associados
Edição Comunicação FTMSP/IBGC
Design Gráfico Kiko Farkas/ Máquina Estúdio
Designer Assistente Ana Lobo
Atendimento Michele Alves
Impressão Formags Gráfica e Editora LTDA
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Direção Artística
Ficha Técnica
CORAL PAULISTANO MÁRIO DE ANDRADE
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realização
MUNICIPAL. O PALCO DE Sテグ PAULO