Sala do Conservatório: agosto / setembro de 2015

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PRAÇA DAS ARTES SALA DO CONSERVATÓRIO / AGOSTO / SETEMBRO



PRAÇA DAS ARTES SALA DO CONSERVATÓRIO AGOSTO E SETEMBRO TEMPORADA 2015



04 Os 80 anos do Quarteto da Cidade Marcelo Jaffé

06

80 Anos do Quarteto da Cidade: Flávio Augusto

08 Encontros com a Dança: Flamenco

10 Paulo Braga & Lupa Santiago

12 Brasilis Ensemble

14 80 Anos do Quarteto da Cidade: Haydn & Mozart

16 Hércules Gomes & Rodrigo Y Castro

18 Música em duas dimensões

20 80 Anos do Quarteto da Cidade: Gaetano Nasillo

22 3 na Manga

24

32

Música de Câmara na Europa do século 20

Notas, ritmos e ruídos: Música para percussão

26 80 Anos do Quarteto da Cidade: Mendelssohn & Schumman

28 Encontros com a Dança: Danças Latinoamericanas

30 Aeromosca

34 Biografias dos artistas

52 Amigos do TMSP

54 Temporada 2015

63 Fichas Técnicas


Marcelo Jaffé é violista do Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo

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OS 80 ANOS DO QUARTETO DE CORDAS DA CIDADE DE SÃO PAULO MARCELO JAFFÉ


O ano é 1935 e o personagem, Mário de Andrade. Um convite do prefeito o levou à direção do Departamento de Cultura da cidade que mais crescia no Brasil, São Paulo. Sempre preocupado com o saber do brasileiro, começou uma revolução. Orquestra, coro, biblioteca, tudo organizado. Mas o músico Mário sabia que faltava alguma coisa, que apenas a intimidade podia trazer. A “conversa em alto nível”, como bem definiu Goethe, o Quarteto de Cordas. Nasceu assim o Quarteto Haydn, que mais tarde seria chamado de Quarteto Municipal até finalmente o nome atual, Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo, em 1981. A premissa era simples – difundir a música de câmara europeia e fomentar a criação de repertório por compositores brasileiros. A trajetória mostra que a ideia era boa. Além de apresentar ao público o repertório tradicional, o Quarteto tocou obras de Villa-Lobos, Mignone, Guarnieri, Lacerda, Santoro, Almeida Prado, entre outros, dedicadas ao grupo. O ano agora é 2015. Muita coisa a se comemorar, e por isso, duas séries especiais. Em uma delas, o começo do quarteto, ainda no Século 18, como resultado de uma relação inspiradíssima entre Haydn e Mozart. O ponto culminante resulta em uma revolução e um estudo: os Opus 33 de Haydn e os quartetos ‘dedicados a Haydn’ de Mozart. Na outra série, efemérides. Junto com o nosso aniversário, os 150 anos do nascimento de Jean Sibelius e os 40 e 70 do falecimento de dois compositores que contribuíram de forma magistral para o repertório de quarteto: Dmitri Shostakovich e Béla Bartók. O local não poderia ser mais adequado. A Sala do Conservatório foi reformada especialmente para valorizar a sonoridade do Quarteto. E uma boa festa tem que ter convidados, que não foram esquecidos. Elegância, sofisticação, inspiração, eles trazem componentes indispensáveis. Fica a pergunta: será que Mario imaginaria que 80 anos depois o seu Quarteto continuaria a pleno vapor?


Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo Flávio Augusto Piano / FRÉDÉRIC CHOPIN 1810-1849 Concerto para Piano N. 2, em Fá Menor (transcrição de Bartlomiej Kominek para quarteto de cordas e piano) (36’) - Maestoso - Larghetto - Allegro vivace Concerto para Piano N. 1, em Mi Menor (transcrição de Bartlomiej Kominek para quarteto de cordas e piano) (40’) - Allegro maestoso - Romance – Larghetto - Rondo – Vivace

AGOSTO Quinta 06 às 20h Sala do Conservatório

7 6 Quarteto no Conservatório

/ 80 ANOS DO QUARTETO DA CIDADE: FLÁVIO AUGUSTO


Muitos consideram o quarteto de cordas como a essência da escrita musical. Para estes, o quarteto é a base de uma orquestra, tanto de câmara quanto sinfônica. As quatro vozes de instrumentos de uma mesma família se complementam em ampla tessitura e riqueza de timbres, criando incontáveis sensações de volume e cores. Apesar da linguagem de quarteto não parar de se desenvolver, o século 19 nos mostra compositores interessados em escrever para orquestras cada vez maiores. Na contra mão deste movimento surge na Polônia um jovem pianista e compositor quase autodidata, admirador confesso de Bach, Mozart e Bellini. Frédéric Chopin descobre no piano a sua verdadeira voz ainda criança, compondo duas Polonaises aos sete anos de idade. Logo também percebe que o futuro da música não está mais nem na Igreja nem na corte. O super virtuose Paganini aponta um caminho logo seguido por Liszt, o dos grandes concertos em teatros cada vez maiores. Talvez por este motivo Chopin tenha sentido a necessidade de escrever suas únicas obras com orquestra, seus dois concertos. Entre os 19 e os 20 anos de idade os apresenta para o público polonês, alcançando enorme sucesso, e abrindo caminho para uma carreira que o leva a viver em Paris, grande centro musical da época. Depois de mais umas poucas apresentações, Chopin, nunca mais tocou seus concertos para piano e orquestra, desenvolveu cada vez mais sua linguagem musical sinuosa, íntima e elegante no piano, apresentada em recitais cada vez mais raros. Tirando proveito dessas características estéticas, pensamos em mostrar a versatilidade do quarteto de cordas numa versão dos concertos que nos coloca como uma orquestra leve e ágil, ideal para compartilhar do famoso rubato característico de Chopin. Nessa empreitada, nada melhor do que a sonoridade sensível do piano de Flavio Augusto, que, como nós, compreende a música de câmara como fundamental. Marcelo Jaffé Violista do Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo


Coral Paulistano Mário de Andrade

AGOSTO Sábado 08 às 17h Sala do Conservatório

9 8 Coral Paulistano Mário de Andrade

/ ENCONTROS COM A DANÇA: FLAMENCO


NO MÊS DE AGOSTO o Coral Paulistano Mário de Andrade apresenta na Sala do Conservatório da Praça das Artes um encontro com o Flamenco, cujas origens remontam às culturas cigana e moura, sendo associado principalmente à região da Andaluzia, Espanha. Originalmente, o flamenco consistia apenas de canto sem acompanhamento, mas depois começou a ser acompanhado por violão ou guitarra, sapateado, palmas e danças. Outros instrumentos como o cajón e as castanholas também foram introduzidos. Os dançarinos de flamenco, muitos deles ciganos, se tornaram uma das maiores atrações para o público dos famosos ‘cafés cantantes’. No programa, o coro apresenta música espanhola de 1500 até os dias modernos, com a participação de bailarinos convidados.

Martinho Lutero Galati de Oliveira Diretor artístico do Coral Paulistano Mário de Andrade


Paulo Braga Piano Lupa Santiago Guitarra Dom do Samba (Lupa Santiago) 02 de Fevereiro (Lupa Santiago) Oolaiá (Paulo Braga) Manhã (Paulo Braga) Prolífero e Perdulário (Lupa Santiago) Babell (Paulo Braga) Music to go (Lupa Santiago) Um Pedaço (Lupa Santiago) Nho Nho da Botica (Paulo Braga)

AGOSTO Quarta 12 às 20h Sala do Conservatório

11 10 Instrumental no Conservatório

/ PAULO BRAGA & LUPA SANTIAGO


Guitarra e piano juntos é mais ou menos como escalar dois jogadores para jogar simultaneamente na mesma posição. Esta profusão de harmonia requer uma boa noção de espaço, justamente o que acontece aqui. Tendo já lançando o segundo CD, Manhã, com esta formação, estes dois amigos se divertem juntos fazendo Música Instrumental Brasileira Contemporânea sem fronteiras, caminhando por composições originais e ousando caminhos novos em ótimas improvisações.

Teco Cardoso Curador da série Instrumental no Conservatório


Cristina Poles Flauta Rodrigo Nagamori Oboé Domingos Elias Clarinete Marcos Fokin Fagote Vagner Rebouças Trompa / ADRIEN BARTHE 1828-1898 Passacaille (3’) / PAUL TAFFANEL 1844-1908 Quintette pour Instruments à Vent (24’) – Allegro com moto – Andante – Vivace / CLAUDE DEBUSSY 1862-1918 Petite Suite (12’) – En Bateau – Cortège – Menuet – Ballet

AGOSTO Quinta 13 às 20h

/ GABRIEL PIERNE 1863-1937 Pastorale, Op. 14 (N. 1 do Album pour mes petits amis) (3’) / MAURICE RAVEL 1875-1937 Pièce en Forme de Habanera (3’)

13 12 Música de Câmara no Conservatório

/ BRASILIS ENSEMBLE


A revolução de Debussy é tão forte no ambiente musical francês que, em parte, a música posterior se torna uma metonímia do seu pensamento: tomamos a parte pelo todo e, assim, assumimos, erroneamente ou não, como impressionista toda música francesa posterior a ele. O efeito mais curioso, no entanto, não é este, mas o de pensarmos muita coisa que antecede Debussy como de algum modo pré-impressionista - ou seja, o compositor chega a influenciar seus antecessores! Mas, agindo assim, perdemos o interesse do gosto de Passacaille de Adrien Barthe, com todo seu arcaísmo fora de época, ou os gestos arrojados do Quintette pour Instruments à Vent Paul Taffanel. E mais, perdemos também a percepção da própria modernidade, embora de gestos singelos da Petite Suite de Claude Debussy e da Pastorale, Op. 14, de Gabriel Pierne. A Pièce en Forme de Habanera, de Maurice Ravel, é de fato uma Habanera (ao contrário de outra obra famosa, o Bolero, composta anos mais tarde, que de bolero terá muito pouco). Criada ao mesmo tempo da Rapsódia Espanhola e da ópera L’Heure espagnole, demonstra o fascínio que a música não francesa já provocava no então jovem compositor. Pièce en Forme de Habanera foi composta em 1907, para a classe de canto do conservatório, e a variedade de arranjos posteriores é sintoma inequívoco de seu apelo junto ao público.

Leandro Oliveira compositor e musicólogo


Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo / JOSEPH HAYDN 1732-1809 Quarteto Op. 33, N. 4, em Si Bemol Maior (20’) - Allegro moderato - Scherzo: Allegretto - Largo - Presto / WOLFGANG AMADEUS MOZART 1756-1791 Quarteto N. 17, em Si Bemol Maior, K. 458 – A Caça (25’) - Allegro vivace assai - Minuetto - Trio - Adágio - Allegro assai

AGOSTO Quinta 20 às 20h

15 14 Quarteto no Conservatório

/ 80 ANOS DO QUARTETO DA CIDADE: HAYDN & MOZART


A visão de Haydn sobre Mozart Haydn gostava de elogiar Mozart para seus amigos. Sem uma ponta de ciúmes, ele escreveu a Franz Rott: “Se eu pudesse gravar as inimitáveis obras de Mozart na alma de cada amante da música, e nas almas dos altos dirigentes em particular, com a mesma compreensão musical e com o mesmo sentimento profundo com os quais eu as entendo e sinto, as nações competiriam entre si para possuir tais joias”. Para o musicólogo Charles Burney, ele disse: “Tenho sido muitas vezes elogiado pelos meus amigos por ter algum gênio musical, mas ele era muito superior a mim”. Em uma carta a sua amiga Marianne von Genzinger, Haydn confessou ter sonhado com a música de Mozart, ouvindo alegremente à ópera As Bodas de Fígaro. A visão de Mozart sobre Haydn O biógrafo de Mozart Franz Niemetschek, que entrevistou a esposa de Mozart, Constanze, descreve a admiração de Mozart por Haydn. Em uma passagem de sua biografia, ele diz: “Alta consideração para com o verdadeiro mérito e respeito pelo indivíduo influenciavam o seu julgamento sobre obras de arte. Ele foi sempre muito veemente quando falou dos dois Haydns ou outros grandes mestres.” Por “Haydns”, Niemetschek refere-se também ao irmão de Joseph, Michael, que era amigo e colega de Mozart durante seus anos em Salzburg. Um caso muitas vezes repetido por Niemetschek é o seguinte: “Em uma reunião particular, uma nova obra de Joseph Haydn estava sendo apresentada. Além de Mozart, havia uma série de outros músicos presentes, entre eles um certo indivíduo que nunca foi conhecido por elogiar ninguém além si mesmo. Ele estava de pé ao lado de Mozart, apontando falhas, uma depois da outra. Por um tempo Mozart o ouviu pacientemente, mas quando ele presunçosamente declarou: “Eu não teria feito isso”, Mozart retrucou: “Nem eu, mas você sabe por quê? Porque nenhum de nós poderia ter pensado em algo tão adequado.” Niemetschek acrescenta, “por esta observação, Mozart fez para si mais um inimigo irreconciliável”.

Marcelo Jaffé Violista do Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo


Hércules Gomes Piano Rodrigo y Castro Flauta - Recordando (Radamés Gnattali) - Corrupião (Edu Lobo) - Zanzando em Copacabana (Radamés Gnattali) - Platônica (Hercules Gomes) - Vagando (Pixinguinha) - Atraente (Chiquinha Gonzaga) - Fuga pro Nordeste (Dominguinhos) - O Poderoso Mark (Hercules Gomes) - Fantasia Carinhoso (Altamiro Carrilho) - Modulando (Radamés Gnattali) - Frevo de Sá (Hercules Gomes) - Soluços (Pixinguinha) - Escorregando (Ernesto Nazareth) - Vassouras (Laércio de Freitas) - Sarrabulho no Carlos (Pixinguinha) - Cabuloso (Radamés Gnattali)

AGOSTO Quarta 26 às 20h Sala do Conservatório

17 16 Instrumental no Conservatório

/ HÉRCULES GOMES & RODRIGO Y CASTRO


Receita de sucesso: junte dois músicos incríveis e virtuoses em seus instrumentos, e um repertório de clássicos brasileiros, de Nazareth a Laercio de Freitas, passando por Chiquinha Gonzaga e Dominguinhos, coloque-os numa sala de acústica igualmente incrível e com um piano maravilhoso (tenho certeza que você vai gostar muito do toque suingado e pessoal do Hércules e da flauta chorona e contemporânea do Rodrigo), e é só servir. Um banquete que ninguém pode perder.

Teco Cardoso Curador da série Instrumental no Conservatório


Studio PANaroma de Música Eletroacústica da Unesp Flo Menezes Eletrônica e Difusão Eletroacústica Rogério Wolf Flauta

Leonardo Labrada e Fábio Oliveira Percussão Daniel Avilez Técnico de Som

/ FLO MENEZES 1962L’Itinéraire des Résonances para 1 flautista, 2 percussionistas e eletrônica (2001) (17’)

/ RODRIGO SIGAL 1971Rimbarimba para marimba e sons eletroacústicos (2002) (13’) / BRUNO MADERNA 1920-1973 Musica su due dimensioni, para flauta e sons eletrônicos (1952-58) (10’) / FERNANDO RIEDERER 1977Círculo-dimensões, para percussão múltipla (2015) (10’)*

AGOSTO Quinta 27 às 20h

* Encomenda da Fundação Theatro Municipal de São Paulo em primeira audição mundial

19 18 Música Contemporânea no Conservatório

/ MÚSICA EM DUAS DIMENSÕES


Em sua definição clássica, polifonia consiste em duas ou mais vozes que, mesmo preservando um caráter individual, resultam em uma textura sonora homogenia. Alguns compositores ao longo da história conseguiram criar uma ilusão, “uma forma de audição tão fortemente condicionante que pudesse constantemente sugerir uma polifonia latente e implícita”, como nos diz Luciano Berio. A proposta desta peça é expandir este conceito e criar uma polifonia imaginária, não de um instrumento homofônico, mas de uma variação de instrumentos de percussão de natureza e materiais diversos, com timbres e tempos de ressonância diferentes. Em comum, apenas a característica de não produzirem alturas definidas ou ‘notas musicais’. Ou seja, melodias sem notas que se sobrepõem em uma textura mais complexa. Cada uma destas melodias possui um caráter repetitivo, breves ciclos ou círculos que, colocadas em diferentes perspectivas, aparecerem ou soam somando-se a umas às outras, alterando assim sua natureza. Como em uma espiral que vemos apenas algumas das voltas, ouvimos aqui apenas alguns destes círculos e mesmo assim sob o filtro de outros círculos. Círculos em diferentes dimensões proporcionando diferentes perspectivas, transformadas em sons.

Fernando Riederer Compositor


Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo Gaetano Nasillo Violoncelo / LUIGI BOCCHERINI 1743-1805 Quinteto Op. 29, N. 4 em Lá Maior (20’) - Allegro moderato - Minuetto - Trio - Largo cantabile - Presto. Ballo Tedesco Quinteto Op. 18, N. 5 em Ré Menor (19’) - Allegro Moderato - Lento - Allegro con Molto

SETEMBRO Quinta 03 às 20h

/ LUDWIG VAN BEETHOVEN 1770-1827 Sonata para Violoncelo Op. 5, N. 1 (versão para quinteto de Ferdinand Ries) (26’) - Adagio sostenuto - Allegro - Allegro vivace

21 20 Quarteto no Conservatório

/ 80 ANOS DO QUARTETO DA CIDADE: GAETANO NASILLO


O número chave é 100: cerca de 100 quartetos de cordas, mais de 100 obras de formações diversas e muito mais do que 100 quintetos para violoncelo e cordas. Estamos falando da obra de câmara de Luigi Boccherini, violoncelista e compositor italiano que se notabilizou pela sua virtuosidade. Filho de um violoncelista, irmão de um poeta e de uma bailarina, sua primeira apresentação pública se deu quando tinha apenas 13 anos. Da pequena Lucca para Roma e de lá para Viena, sua reputação crescia, e embora suas composições não fossem ainda editadas, seus manuscritos não conheciam fronteiras. Não demorou para que ele próprio desbravasse fronteiras. Paris foi o próximo destino, e os contatos que fez lá o levaram a Madrid. O gentil, paciente e educado Boccherini foi adotado pelos monarcas espanhóis, extasiados com a sua técnica extraordinária que o fazia capaz de tocar o repertório do violino no violoncelo, e com facilidade! Empregado pelo Infante D. Luís, Boccherini encontrou tranquilidade para desenvolver um novo tipo de formação de câmara, o quinteto para violoncelo e cordas. Sua ideia era antes de tudo, prática, pois o quarteto atuava quase como uma orquestra acompanhando o violoncelo solista, permitindo inclusive diversas pesquisas em efeitos sonoros, texturas e ritmos. Dessa natureza rica e criativa são os quintetos de Boccherini que vamos ouvir hoje. Completando o programa, um momento peculiar. Trata-se de uma Sonata de Beethoven, originalmente escrita para violoncelo e piano. A inspiração é fruto de uma visita do compositor à corte do Rei Frederico Guilherme II, violoncelista amador, em Berlim. O que torna a obra especial é a versão apresentada hoje. Dentro de uma tradição do século 18, Ferdinand Ries, pupilo de Beethoven, reescreveu a obra. Ele basicamente transformou a parte do piano em partes para um quarteto de cordas, dando origem ao que ele chamou de “Grand Quintour Concertant”. Nosso convidado para interpretar esses desafios é Gaetano Nasillo, especialista em fazer música transcendental com o seu violoncelo mágico... Marcelo Jaffé Violista do Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo


Mané Silveira Sax e Flautas Tiago Costa Piano Fernando De Marco Baixo acústico - Feitiço da Vila (Noel Rosa) - Amphibious (Moacir Santos) - Ventania (Mané Silveira) - Squalus (Mané Silveira) - Pipop (Mané Silveira) - Felipe (Tiago Costa) - Bluette (Dave Brubeck) - Graúna (Mané Silveira) - A volta Saturno (Mané Silveira) - Olho/Espelho (Mané Silveira) - Viva Júlia (Tiago Costa)

SETEMBRO Quarta 09 às 20h

22 23 Instrumental no Conservatório

/ 3 NA MANGA


Aqui a receita inclui um Trio menos convencional: com o piano sempre elegante de Tiago Costa, somado ao contrabaixo acústico criativo de Fernando De Marco e o talento do saxofonista, flautista e compositor Mané Silveira. Misturando um repertório autoral a clássicos - instrumentais dos mestres Moacir Santos e Vitor Assis Brasil -, temos a fórmula para um divertido jogo onde a carta na manga sem dúvida vai acabar aparecendo no palco, surpreendendo a todos. Nesse jogo, ninguém sai perdendo.

Teco Cardoso Curador da série Instrumental no Conservatório


Paulo Calligopoulos Violino Pedro Visockas Viola Mariana Amaral Violoncelo Taís Gomes Contrabaixo Rodrigo Nagamori Oboé Diogo Maia Clarinete Matthew Taylor Fagote Eric Gomes Trompa / BENJAMIN BRITTEN 1913-1976 Phantasy Quartet, Op. 2 (14‘)

/ SERGEI PROKOFIEV 1891-1953 Quinteto, Op. 39 (24’) - Tema con variazioni - Andante energico - Allegro sostenuto, ma con brio - Adagio pesante - Allegro precipitato, ma non troppo presto - Andantino / CARL NIELSEN 1865-1931 Serenata in Vano (9‘) – Allegro non troppo ma brioso / RICHARD STRAUSS 1864-1949 Till Eulenspiegel, einmal anders! (arr. Franz Hasenöhrl, 1954) (10‘)

SETEMBRO Quinta 10 às 20h

24 25 Música de Câmara no Conservatório

/ MÚSICA DE CÂMARA NA EUROPA DO SÉCULO 20


Cronologicamente, o programa se encerra com a obra mais ‘antiga’. Apenas cronologicamente: os riscos e técnica de construção de Richard Strauss em seu Till Eulenspiegel, einmal anders! seguem um dos marcos do pós-romantismo, tanto no seu uso da orquestra original quanto na própria forma sofisticada da obra. O arranjo de Hasenöhrl opera um milagre ao reduzir a um conjunto de poucos solistas uma orquestra de mais de cem integrantes, sem perder o charme e colorido do original. O mais renomado entre os compositores dinamarqueses, Carl Nielsen é mais conhecido fora de sua terra natal como compositor de sinfonias, mas este contemporâneo de Strauss demonstrará em sua Serenata in Vano (Serenata Vã), de 1914, que as potencialidades dos pequenos conjuntos não poderiam ser negligenciadas - inclusive por todo seu potencial cênico. O Phantasy Quartet, para oboé e cordas foi escrito em 1932 para uma competição de obras de câmara, enquanto Britten realizava seus estudos no Royal College of Music. Pelo grau de elaboração heterodoxa da peça (com a justaposição de duas formas na estrutura sonata) talvez Britten tivesse razão ao comentar que “sua educação musical estava mais fora que dentro da escola”. O Quinteto de Prokofiev está diretamente ligado à música que escreveu para o bailado Trapèze, uma pequena produção dedicada ao circo encomendada pelo coreógrafo Boris Romanov (do Teatro Mariinski de São Petersburgo). Mas, tratando-se de uma produção independente para uma companhia sem grandes meios financeiros, não é exatamente uma suíte: Prokofiev quis garantir que a música pudesse ser usada noutros contextos e pensou seus seis movimentos como um todo coeso para performances em salas de concerto.

Leandro Oliveira compositor e musicólogo


Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo / FELIX MENDELSSOHN– BARTHOLDY 1809-1847 Quarteto N. 1, Op. 12 em Mi bemol Maior (25’) - Adagio ma non troppo – allegro non tardante - Canzonetta: Allegretto - Andante espressivo - Molto Allegro e vivace

SETEMBRO Quinta 17 às 20h

/ ROBERT SCHUMANN 1810-1856 Quarteto Op. 41, N. 1 em Lá Menor (25’) - Introduzione – Allegro - Scherzo: Presto (attacca) - Intermezzo - Adagio - Presto

27 26 Quarteto no Conservatório

/ 80 ANOS DO QUARTETO DA CIDADE: MENDELSSOHN & SCHUMANN


Um nasceu em Zwickau, o outro em Berlim. Um era filho de um livreiro e o outro de um banqueiro. Enquanto um se debatia entre dúvidas o outro era reconhecido como um prodígio. Quando Schumann resolveu se dedicar exclusivamente à música, Mendelssohn fazia sucesso em Londres como solista, compositor e regente. Um criou uma revista que abordava os mais variados assuntos ligados à música enquanto o outro apresentava em concertos repertório do passado, presente e futuro. Quis o destino que os dois se encontrassem em Leipzig e desse encontro nascesse uma sólida amizade, cheia de filosofia, literatura e música. Os assuntos variavam entre estética, moral, integridade, e como não poderia deixar de ser, com reverência aos grandes mestres da música, Bach, Haydn, Mozart e Beethoven. Do primeiro, a organização. Do segundo, a constante busca pelo novo. De Mozart, a leveza e inspiração, e de Beethoven, o discurso, a espiritualidade. Nesse meio tempo, a música de câmara passava por um momento de transição na Europa. Já não era vista como apenas entretenimento entre amigos, mas também como possibilidade profissional. Se Mendelssohn gostava de tocar com familiares e amigos em sua casa, Schumann apresentou um de seus Quartetos na nova série de concertos da Gewandhaus. No programa de hoje vamos nos deleitar com mais conversas de alto nível, resultados de estudos extensos. O contraponto de Bach, a forma e a estrutura de Haydn e Mozart e a revolução dos últimos quartetos de Beethoven foram o combustível para a composição de obras marcantes da literatura para Quarteto de Cordas. O leve, sensível, lírico e cíclico Opus 12 de Mendelssohn se contrapõe ao complexo, denso, impetuoso e pouco ortodoxo Opus 41 N. 1 de Schumann.

Marcelo Jaffé Violista do Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo


Coral Paulistano Mário de Andrade

SETEMBRO Sábado 19 às 17h

28 29 Quarteto no Conservatório

/ ENCONTROS COM A DANÇA: DANÇAS LATINO– AMERICANAS


No mês de setembro, o Coral Paulistano Mário de Andrade apresenta na Sala do Conservatório um encontro com as Danças Latino-Americanas, que ganharam popularidade por sua elegância, sensualidade, dramaticidade, ritmo contagiante e que contém, dentre outras influências, a espanhola e africana. A maioria dos escravos trazidos para a América do Sul e Central era de tribos como a Yorubá e a Bantu e utilizavam ritmos percussivos e danças para evocar os seus deuses. Os ritmos trazidos com eles deram à música latina as sincopas. Cuba, que tem alguns dos ritmos mais marcantes da América Latina, é rica em danças, dentre elas, a salsa, o mambo, a rumba e o bolero. Neste encontro o grupo passeia pelos diversos ritmos latinos e cria um panorama musical que mostra a diversidade presente na música do nosso continente.

Martinho Lutero Galati de Oliveira Diretor artístico do Coral Paulistano Mário de Andrade


Quarteto de Choro Gian Correa Violão de 7 Cordas Messias Brito Cavaquinho Rafael Toledo Pandeiro Henrique Araújo Bandolim - Bateu Messias! (Gian Correa) - Perigoso (Esmeraldino Salles/Orlando Silveira) - Cadê o Gian (Henrique Araújo) - Chorinho pra Ele (Hermeto Pascoal) - Aeromosca (Gian Correa/Messias Britto/Gabriel Rosário) - Pra trazer de volta (Gian Correa) - Armando Cedo (Messias Britto) - Samba do Véio (Hamilton de Holanda/Yamandu Costa) - Pingo no Ó (Messias Britto) - Pode crê! (Milton Mori) - Lembrando Jacob (Armandinho Macêdo/Luiz Brasil)

SETEMBRO Quarta 23 às 20h

31 30 Instrumental no Conservatório

/ AEROMOSCA


Um tradicional quarteto de choro, com cavaco, bandolim, violão de sete e pandeiro, que oferece releituras contemporâneas de um repertório que vai de Hermeto a Orlando Silveira, passando por composições dos próprios integrantes. De forma aberta e sem preconceitos, entram influências da musica americana, africana e erudita, numa fórmula que privilegia o virtuosismo de seus integrantes. Com disco novo recém-lançado, com a participação de Yamandu e Armandinho, Aeromosca promete voos ousados na Sala do Conservatório.

Teco Cardoso Curador da série Instrumental no Conservatório


PIAP – Grupo de Percussão do Instituto de Artes da Unesp Alisson Amador Carlos Stasi Gustavo Surian Joachim Emidio Heri Brandino José Gonçalves Rafael Costa Rogério Alves

/ ALISSON AMADOR 1988Atenção sem escolha (2015) (8’)* / ARTHUR RINALDI 1980Digressões... Ionisation (2015) (14’)** / HERI BRANDINO 1986Caos vs Ego (2015) (15’)*

/ MARIO BERTONCINI 1932Tune (1965) (6’) / CARLOS STASI 1963Triplun a 2 (2015) (12’)*

SETEMBRO Quinta 24 às 20h

* Primeira audição mundial ** Encomenda da Fundação Theatro Municipal de São Paulo em primeira audição mundial

32 33 Música Contemporânea no Conservatório

/ NOTAS, RITMOS E RUÍDOS: MÚSICA PARA PERCUSSÃO


Esta composição é diretamente inspirada na obra marco para percussão do século 20, Ionisation, de Edgar Varèse. A proposta poética da peça é explorar novas possibilidades musicais tendo como ponto de partida as sonoridades e os elementos musicais apresentados por Varèse em própria obra. A formação da peça, para quatro percussionistas, torna tal tarefa mais difícil, tendo em vista a riqueza e diversidade de materiais sonoros explorados por Varèse, composta para 13 percussionistas. Esses materiais são ora condensados, ora dilatados, ora transformados, para darem forma a uma nova textura musical, que pode mudar significativamente a cada interpretação da obra, uma vez que a formação instrumental da obra apresenta um significativo grau de abertura, com instruções gerais para os tipos de instrumentos a serem utilizados. O resultado final é uma peça que, por um lado, mantém diálogo aberto com a composição de Varèse, com referências diretas e indiretas; por outro lado, ela transforma e reconstrói o universo sonoro que foi adotado como ponto de partida, levando à constituição de uma obra musical distinta.

Arthur Rinaldi Compositor


Considerado um dos mais ilustres ensembles da América Latina, o Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo foi fundado em 1935 por iniciativa de Mário de Andrade, então diretor do Departamento de Cultura de São Paulo. Inicialmente com a denominação de Quarteto Haydn, com a premissa de difundir a música de câmara e estimular compositores brasileiros à composição de novo repertório do gênero, o grupo passou a se chamar Quarteto de Cordas Municipal a partir de 1944, chegando à sua forma definitiva em 1981, como Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo. A atual formação conta com os violinistas Betina Stegmann e Nelson Rios, o violista Marcelo Jaffé e o violoncelista Robert Suetholz. O Quarteto apresenta-se constantemente em várias cidades brasileiras, na América Latina, Estados Unidos e Europa, em eventos como a Feira do Livro de Frankfurt, na Alemanha; o Festival de Música de Saragoça, na Espanha; e o Festival Internacional de Música de Morelia, no México. Realiza também intercâmbio com universidades norte-americanas, levando o repertório brasileiro àquele país em várias oportunidades. Em concertos comentados, o Quarteto apresenta o amplo repertório para a formação, inclusive o de vanguarda, promovendo o contato do público com todas as tendências e escolas de composição, como parte do projeto original do grupo, de fomento e formação de plateias. Parte significativa deste trabalho se dá com obras dedicadas ao grupo. Recebeu em sete oportunidades o prêmio de Melhor Conjunto Camerístico da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) e por três vezes o Prêmio Carlos Gomes.

34 35 Biografias dos artistas

QUARTETO DE CORDAS DA CIDADE DE SÃO PAULO


BETINA STEGMANN

violino

Nascida em Buenos Aires, Betina Stegmann começou os estudos de violino em São Paulo com Lola Benda, continuando-os com Erich Lehninger. Diplomou-se pela Escola Superior de Música de Colônia, onde cursou a classe de violino de Igor Ozim e a classe de música de câmara do Quarteto Amadeus. Seguiu logo após para Israel, onde se aperfeiçoou com Chaim Taub em Tel Aviv. Mais tarde, frequentou cursos ministrados por Pinchas Zukerman e Max Rostal. Como recitalista e solista, apresentou-se em várias cidades do Brasil, Argentina, Itália, Alemanha, Estados Unidos e Bélgica. Realizou gravações nas rádios WDR (Alemanha) e na RAI – Trieste (Itália), estreando obras de compositores contemporâneos. Ex-integrante do Quinteto D’Elas, com quem ganhou em 1998 o Prêmio Carlos Gomes na categoria de música de câmara, é spalla da Orquestra de Câmara Villa-Lobos e professora de violino na Faculdade Cantareira.


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violino

Iniciou a formação musical na Escola de Música de Piracicaba, sob orientação de Maria Lúcia Zagatto e posteriormente de Elisa Fukuda. Participou dos principais festivais de música no Brasil (Campos do Jordão, Brasília, Londrina e Curitiba) e em Mendoza, na Argentina. Bacharel em música pela Faculdade Mozarteum, graduou-se também em Engenharia de Alimentos pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Como bolsista da Fundação Vitae, frequentou a Carnegie Mellon University em Pittsburgh, EUA, em 1996. Integrou a Orquestra Sinfônica da Paraíba, de Câmara de Blumenau e a Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo, entre outras. Como professor, lecionou na Escola Municipal de Música e em importantes Festivais no Brasil e no exterior. Atualmente é membro das orquestras de Câmara Villa-Lobos e Sinfônica da USP.

Biografias dos artistas

NELSON RIOS


MARCELO JAFFÉ

viola

Aos seis anos de idade, orientado pelo pai, Alberto Jaffé, Marcelo iniciou o estudo de violino. Em 1977, aos 14 anos, passou a tocar viola, ganhando, no mesmo ano, o 1º Prêmio no Concurso Nacional da Universidade de Brasília. Após aperfeiçoamento na Universidade de Illinois e no Centro de Música de Tanglewood, nos Estados Unidos, apresentou-se em vários países, participando de destacados conjuntos camerísticos e orquestrais. Atuou como Maestro da Kamerata Philarmonia e foi diretor artístico da Orquestra Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo. Atualmente, residindo em São Paulo, é professor de viola da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo e apresentador da Rádio e TV Cultura.


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violoncelo

Natural de Milwaukee, EUA, trabalhou sob orientação de George Sopkin e Wolfgang Laufer, do Quarteto Fine Arts, e Uzi Wiesel, do Quarteto de Cordas de Tel-Aviv, Israel. Durante o ano de 1997, obteve o seu Mestrado em Violoncelo, sob a orientação de Hans Jørgen Jensen, da Universidade de Northwestern, em Chicago (EUA). Completou seu Doutorado em Música na Universidade de São Paulo em 2011. Atuou em várias orquestras internacionais, como a Israel Sinfonietta (três anos como chefe de naipe) e a Orquestra Sinfônica de Milwaukee (EUA), entre outras. Desde 1985, reside no Brasil e foi spalla dos violoncelos das orquestras sinfônicas da USP, do Estado de São Paulo e da Sinfonia Cultura — Orquestra da Rádio e TV Cultura. É professor de violoncelo no Departamento de Música da Escola de Comunicações e Artes da USP.

Biografias dos artistas

ROBERT SUETHOLZ


FLÁVIO AUGUSTO

piano

Vencedor de 28 primeiros prêmios em Concursos Nacionais e Internacionais de Piano, tornou-se, em 1988, o primeiro brasileiro a conquistar o 1º lugar do Concurso Internacional de Piano Villa-Lobos, no Rio de Janeiro. Natural de Poços de Caldas, teve suas primeiras aulas de piano aos quatro anos de idade, tendo como professores os pianistas Homero de Magalhães, Gilberto Tinetti e Myrian Dauelsberg. No exterior, estudou com os pianistas Vitalij Margulis, Tatiana Nikolaeva, Boris Berman, Sergei Dorensky e Alfred Brendel. É Mestre em Piano – Práticas Interpretativas – pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Desde os treze anos tem sido solista das principais orquestras do País, em palcos importantes como os Theatros Municipais de Rio de Janeiro e São Paulo, Sala Cecília Meireles, o Teatro Nacional de Brasília e a Sala São Paulo. No exterior, já se apresentou em importantes salas de concerto dos Estados Unidos, França, Alemanha, Inglaterra, Holanda, Suíça, Itália, Espanha, Portugal, Bélgica, Áustria, Finlândia, Londres, Nova Zelândia, África, Venezuela, Peru, Chile, Paraguai, Guatemala, Caribe e Costa Rica. Atualmente, sua discografia compreende 14 CDs e 01 DVD. Em setembro de 2004, passou em 1º lugar no concurso público para “Músico – Pianista” da Universidade Federal do Rio de Janeiro.


O Coral Paulistano foi criado em 1936, por iniciativa de Mário de Andrade, então diretor do Departamento Municipal de Cultura. Sob o impacto do rompante modernista, sua proposta era levar a música brasileira ao Theatro Municipal de São Paulo, uma ideia de vanguarda, já que a elite paulistana desconhecia a importância do movimento nacionalista que contagiava os compositores brasileiros da época. Marco na história da música em São Paulo, o grupo foi um dos muitos desdobramentos do movimento modernista da Semana de Arte Moderna de 1922. Ao longo de sua história, o Coral Paulistano foi dirigido por alguns dos mais destacados músicos do nosso país, como Camargo Guarnieri, Fructuoso Vianna, Miguel Arqueróns, Tullio Colacioppo, Abel Rocha, Zwinglio Faustini, Antão Fernandes, Samuel Kerr, Henrique Gregori, Roberto Casemiro, Mara Campos, Tiago Pinheiro e Bruno Greco Facio. Em 2013, o grupo passou por um fortalecimento e revalorização, passando a se chamar Coral Paulistano Mário de Andrade e o maestro Martinho Lutero Galati de Oliveira assumiu sua direção artística, criando a Temporada Paulicea Desvairada para atender às expectativas do plano de descentralização proposto pela direção da Fundação Theatro Municipal. Desde então, o Coral Paulistano passou a atuar também fora do Theatro, fomentando o crescimento da música nas comunidades distantes do centro, tornando palpável e acessível ao grande público o repertório nacional e internacional da música de concerto e incentivando a criação de novos grupos corais.

41 40 Biografias dos artistas

CORAL PAULISTANO MÁRIO DE ANDRADE


MARTINHO LUTERO GALATI DE OLIVEIRA

diretor artístico do coral paulistano

Martinho Lutero Galati de Oliveira estudou com alguns mestres ilustres, como Jonas Christensen, Hans J. Koelheuter e Eleazar de Carvalho. No início de sua carreira, foi regente do Coro da Juventude Musical de São Paulo, diretor musical da peça teatral Hair e fundou a Rede Cultural Luther King em 1970. Foi a Buenos Aires complementar seus estudos de regência. De volta a São Paulo, dirigiu a Orquestra do Vale do Paraíba, coordenou o setor de Música Coral do Movimento Mário de Andrade e criou e dirigiu os Concertos Matinais nos Teatros de Bairro da Prefeitura de São Paulo. De 1978 a 1984, viveu na África trabalhando em pesquisa sobre música Tradicional, a serviço da UNESCO. Em Moçambique, fundou a Escola Nacional de Música e publicou o Cancioneiro Infantil Moçambicano, que recebeu elogios públicos de Carlos Drummond de Andrade. A partir de 1985, na Europa, estudou com vários maestros, como Juan Pablo Ortega, Peter Erdei, Franco Ferrara e com o compositor Luigi Nono. Em 1988, venceu o prêmio André Segóvia de Regência em Santiago de Compostela. Em 1987, fundou a Associazione Culturale Cantosospeso em Milão, com a qual realizou concertos em toda a Europa. Foi docente no Instituto de Musicologia de Milão. É coordenador do Fórum Coral Mundial. É diretor artístico da Rede Cultural Cantosospeso. Divide suas atividades entre a Europa e o Brasil, onde dirige até hoje em São Paulo a Rede Cultural Luther King. Em dezembro de 2013, assumiu a direção artística do Coral Paulistano Mário de Andrade.


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Duo, formação repleta de desafios, espaços a preencher, divisão de tarefas, comunicação intensa e rápida. Quando falamos de guitarra e piano, o horizonte é bastante amplo em possibilidades. Lupa Santiago & Paulo Braga vem explorando este conteúdo no contexto de música instrumental brasileira em composições originais, com muita improvisação e caminhos inesperados em cada show. O primeiro CD N101, foi fruto de uma identificação musical rápida entre os dois músicos, foi gravado em um dia, seu repertório traz músicas inéditas e outras gravadas em outros CDs do Lupa e do Paulo com outros grupos. Recentemente, lançaram o CD Manhã, que também traz composições originais, concebidas especialmente para o duo. O horizonte sonoro do duo é fazer música instrumental brasileira com uma visão contemporânea.

Biografias dos artistas

LUPA SANTIAGO & PAULO BRAGA


BRASILIS ENSEMBLE O aprofundamento da expressividade que os instrumentos – flauta, oboé, clarinete, fagote e trompa - juntos podem produzir foi o que levou a escolha por essa formação. O resultado positivo do surgimento dessa formação, no final do século 19, é o elevado índice de obras de autores franceses dentro do repertório do grupo. Nossos objetivos são divulgar as músicas compostas para estes instrumentos, incentivando a criação e execução de novas obras. O Quinteto de Sopros Brasilis Ensemble executa obras de diferentes períodos e estilos. Em seu repertório estão composições de: Jean Françaix, Karl Eduard Goepfart, Eugène Bozza, Claude Debussy, César Guerra Peixe, Villa–Lobos, Adrien Barthe, Paul Taffanel, Gabriel Pierné, Maurice Ravel, entre outros.


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Dois importantes representantes da música brasileira em seus instrumentos, o pianista Hercules Gomes e o flautista Rodrigo Y Castro sobem ao palco para um encontro de amigos. Tendo se apresentado ao lado de músicos como Dominguinhos, Egberto Gismonti, Wilson das Neves e Letieres Leite, e em importantes festivais, como o MIMO, o Chorando sem Parar e o festival Jazz Plaza (Cuba), os dois instrumentistas unem sua musicalidade e técnica pela primeira vez para um show em duo com um repertório de composições próprias e de arranjos para músicas de compositores como Radamés Gnattali, Pixinguinha, Edu Lobo e Dominguinhos. A soma de suas diversas influências, o passeio por diversos estilos e a exploração da grande gama de recursos de seus instrumentos resulta em uma música viva, brasileira e contemporânea.

Biografias dos artistas

HÉRCULES GOMES & RODRIGO Y CASTRO DUO


STUDIO PANAROMA DE MÚSICA ELETROACÚSTICA DA UNESP O Studio PANaroma de Música Eletroacústica da Unesp foi fundado pelo seu diretor artístico, o compositor Flo Menezes, em julho de 1994, e configura-se como o principal centro de pesquisa e produção em Composição Eletroacústica da América Latina. Com um edifício independente de mais de 300 metros quadrados e seis estúdios de composição, além de um estúdio de gravação e captação de sons, e com um arsenal tecnológico de ponta financiado pela Fapesp, o Studio PANaroma possui também a única orquestra de alto-falantes do Brasil: o PUTS: PANaroma/Unesp – Teatro Sonoro, com cerca de 60 caixas acústicas de alta qualidade. O Studio PANaroma atende aos alunos de Graduação de Pós-Graduação do Instituto de Artes da Unesp, além de compositores convidados para projetos especiais, e oferece Residência Artística a compositores do Exterior. O Studio PANaroma se destaca internacionalmente por suas diversas atividades: série de CDs/DVDs, o festival internacional BIMESP, os eventos internacionais realizados em seu espaço, os SPAs – Semana da Porta Aberta –, os concertos mensais da série T-Son, entre outros. No mês de novembro deste ano, o Studio PANaroma receberá o IRCAM parisiense e sediará o Fórum-IRCAM Hors les Murs, um dos mais importantes eventos internacionais da área.


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violoncelo

Um dos mais renomados violoncelistas barrocos, Gaetano Nasillo estudou no Conservatório Guiseppe Verdi de Milão com Rocco Filippini, com quem estudou também na W. Stauffer Academy em Cremona. Após tocar com importantes grupos de música contemporânea e as principais orquestras de Milão, Masillo passou a se dedicar à execussão com instrumentos de época. Frequentou a Schola Cantorum Basiliensis, sob orientação de Paolo Pandolfo. Gaetano Nasillo colabora regularmente com diversas orquestras de época, como Ensemble 415, Concerto Vocale, Zefiro, Le Concert des Nations, Ensemble Aurora, Gli Angeli, em concertos pelo mundo todo. Participou da gravação de cerca de 90 álbuns, com peças de Corelli, Monteverdi, Albinoni, Händel, Boccherini, J. S. Bach, Salvatore Lanzetti, entre outros. Sua produção solo consiste de dois volumes com sonatas de Luigi Boccherini, o Opus 5 de Francesco Geminiani (que foi destacado pela revista francesa Diapason); as sonatas Op. 1 de Lanzetti, os concertos para violoncelo de Leo, Porpora, Sabatino e Fiorenza com o Ensemble 415, as sonatas de A. Caldara e de C. Graziani. Em 2011, recebeu o prêmio Músico do Ano da Prelude Klassieke Muziek. Recentemente, criou o grupo Lycopersicon para explorar a música para violoncelo dos séculos 18 e 19 com instrumentos de época. Além de ensinar violoncelo barroco na Accademia Internazionale della Musica, em Milão, e no Conservatorio G. Cantelli, em Novara, Gaetano Nasillo dá em masterclasses em divesos países: Itália, Espanha, Brasil, Venezuela e Japão. É frequentemente convidado para formar o júri da Competição Internacional de Instrumentos Barrocos de Rovereto. Em 2013, foi convidado pela Fundação Simón Bolivar de Caracas para introduzir os estudos barrocos ao Sistema de Orquestras Jovens e participou do primeiro concerto da Orquestra Barroca Simón Bolivar. Seu violoncelo foi feito por Giuseppe Ungarini em 1750.

Biografias dos artistas

GAETANO NASILLO


3 NA MANGA Importantes nomes no cenário da música instrumental brasileira, o saxofonista Mané Silveira, o pianista Tiago Costa e o contrabaixista Fernando Demarco reafirmam, neste novo trabalho, seu objetivo e desafio principal: a criação musical, ou seja, a construção de verdadeiros contos instrumentais, enredos sonoros que possam de fato capturar os ouvintes. Ao colher materiais das mais diversas fontes, o trio busca a coerência interna de cada peça, a organicidade e, como o nome do grupo sugere, o jogo lúdico da improvisação, a carta na manga que surpreende até mesmo o próprio improvisador. Squalus, A Volta de Saturno, Graúna, de Mané Silveira, Viva Julia e Felipe na Área, de Tiago Costa, são algumas das composições originais que se juntam às visitas aos grandes mestres como Tom Jobim, Moacir Santos, Victor Assis Brasil entre outros.


Diogo Maia é formado pela USP. Atuou na Orquestra Jazz Sinfônica, Camerata Aberta e no Grupo de Performance Avançada da USP. Integra a Orquestra Sinfônica Municipal, o quinteto Sujeito a Guincho e o sexteto Seis com Casca. Participou da gravação de mais de 15 CDs. Eric Silva estudou com seu pai e cursou a Hochschule für Musik de Karlsruhe. Atuou na Orquestra Sinfônica de Santo André e Orquestra Experimental de Repertorio. Atualmente é trompista da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo. Mariana Amaral estudou na Academia Ferenc Liszt e na Folkwang Universität der Künste. Integrou a Staatsorchester Rheinische Philharmonie e a Kammeroper Köln. Atualmente é concertino da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo. Matthew Taylor é formado em Londres e Berlim, já se atuou como fagote solista na London Philharmonic, Malaysian Philharmonic, English National Opera, Orquestra Sinfônica Brasileira. Também participou do último álbum de Paul McCartney. Atualmente é fagote solista da Orquestra Sinfônica de São Paulo. Paulo Calligopoulos nasceu em 1975. Estuda violino desde 1997. Integra a Orquestra Sinfônica municipal desde 2009. Pedro Visockas é formado em música pela Unesp e pelo Conservatório de Amsterdam; foi membro da Sinfonia Rotterdam. Desde 2014, é membro da OSM e professor no Instituto Baccarelli. Rodrigo Nagamori é professor do Oboefest, o maior encontro de oboistas da America Latina; e é primeiro oboé da Orquestra Sinfônica Municipal desde 2005. Taís Gomes é contrabaixista da OSM, formou-se com louvor no Conservatorio Santa Cecilia di Roma. Participou em concertos da Accademia Nazionale di Santa Cecilia, Teatro alla Scala e Teatro Reggio di Parma.

48 49 Biografias dos artistas

MÚSICA DE CÂMARA NA EUROPA DO SÉCULO 20


AEROMOSCA Aeromosca é um quarteto de choro composto por quatro jovens virtuoses: Messias Britto, Henrique Araújo, Gian Correa e Rafael Toledo. Com cavaquinho, bandolim, violão de 7 cordas e pandeiro, o grupo busca novas formas de execução do tradicional gênero choro. O Aeromosca admite influências da música norte-americana, da música erudita, da música africana, entre outras. O álbum que leva o nome do grupo acaba de ser lançado. Algumas composições são dos próprios integrantes e outras de grandes nomes da música instrumental, como Hermeto Pascoal, Hamilton de Holanda e Orlando Silveira. O disco, lançado pela YB Music, tem participações de Yamandu Costa e do baiano Armandinho Macêdo.


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O Grupo PIAP - Grupo de Percussão do Instituto de Artes da UNESP - foi criado por John Boudler em 1978 para o aperfeiçoamento acadêmico-artístico de seus integrantes e como veículo de divulgação do repertório para percussão no Brasil. Formado pelos alunos do Curso de Bacharelado em Percussão da UNESP, o Grupo PIAP também conta com eventuais convidados, proporcionando uma oportunidade de aprimoramento camerístico. Ao longo de seus 35 anos de atividades o PIAP tem colhido grandes sucessos, firmando-se no cenário artístico nacional através de concertos e gravações em disco, rádio e televisão. Apresentou-se nos principais Festivais de Música do Brasil - Bahia, Distrito Federal, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. Entre suas atividades, merecem destaque: 1º lugar no II Prêmio Eldorado de Música e a gravação de dois LPs, em 1986; turnê pelos EUA, apresentando onze concertos, de Saint Louis a Nova York, em 1987; Prêmio Lei Sarney, como Revelação na Categoria Grupo Instrumental, em 1988; Prêmios Mambembe e APCA de Melhor Trilha Sonora pela participação na peça Péricles, Príncipe de Tiro de William Shakespeare, em 1995; Projeto LinC da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, em 1997; indicação na categoria Melhor Grupo de Música de Câmara pelo IV Prêmio Carlos Gomes, em 1999; apresentação no Festival Percusiones del Mundo na Cidade do México, com transmissão ao vivo via internet em 2000; eleito pela APCA o Melhor Conjunto de Câmara na categoria Música Erudita, em 2003; a turnê norte-americana de 37 dias, apresentando dezoito concertos e onze masterclasses, no início de 2010; e a turnê chinesa de 16 dias, em 2011.

Biografias dos artistas

PIAP



O Programa Amigos do Theatro Municipal de São Paulo (TMSP) permite que pessoas físicas façam contribuições ao Theatro Municipal, sendo que o valor da doação pode ser deduzido em 100% na sua próxima declaração de Imposto de Renda, respeitando-se o limite de 6% do total devido. Contribua com o aprimoramento do trabalho artístico do Theatro, com a realização de ações de sensibilização de novos públicos e com as Escolas de Música e de Dança do Theatro Municipal. Ao participar, você recebe um cartão de Amigo do Theatro e desfruta de benefícios, de acordo com o valor doado, como descontos em ingressos e assinaturas, programas das óperas, ingressos para concertos, convites para eventos especiais, dentre várias outras vantagens.

Contatos para doações T +55 (11) 4571 0454 - Seg. a Sex. / 10 às 17h e amigos@theatromunicipal.org.br Mais informações no site www.theatromuinicipal.org.br

Temporada 2015

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AMIGOS DO THEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO


/ PLANO 1

R$ 100 a 499,99

· Cartão de associado · Divulgação do nome no site e no relatório anual do TMSP1 · Retirada gratuita de um Programa de cada ópera na Temporada Lírica 20152 · 10% de desconto no valor de uma assinatura anual para a Temporada Lírica 2016 · 10% de desconto na compra de até quatro ingressos avulsos para qualquer evento da Fundação TMSP na Temporada 20153

/ PLANO 2

R$ 500 a 1.999,99

Benefícios do Plano 1 + · Ampliação do desconto para 20% no valor de uma assinatura anual para a Temporada Lírica 2016 · Ampliação do desconto para 20% na compra de até quatro ingressos avulsos para qualquer evento da Fundação TMSP na Temporada 20153 · Um par de ingressos para um concerto na Sala do Conservatório4

/ PLANO 3

R$ 2 MIL a 9.999,99

Benefícios do Plano 2 + · Ampliação do desconto para 30% no valor de uma assinatura anual para a Temporada Lírica 2016 · Ampliação do desconto para 30% na compra de até quatro ingressos avulsos para qualquer evento da Fundação TMSP na Temporada 20153 · Um par de ingressos para dois concertos na Sala do Conservatório4 · Uma visita exclusiva ao edifício histórico do TMSP para o doador e sua família5

/ PLANO 4

R$ 10 MIL a 24.999,99

Benefícios do Plano 3 + · Ampliação do desconto para 40% no valor de uma assinatura anual para a Temporada Lírica 2016 · Ampliação do desconto para 40% na compra de até quatro ingressos avulsos para qualquer evento da Fundação TMSP na Temporada 20153 · Um par de ingressos para um concerto no TMSP4

/ PLANO 5

CONSELHO DE AMIGOS DO THEATRO a partir de R$ 25 MIL

Benefícios do Plano 4 + · Ampliação do desconto para 50% no valor de uma assinatura anual para a Temporada Lírica 2016 · Ampliação do desconto para 50% na compra de até quatro ingressos avulsos para qualquer evento da Fundação TMSP na Temporada 20153 · Um par de ingressos para dois concertos no Theatro Municipal4 · Acesso ao camarim do TMSP para cumprimentos ao maestro e solistas6 · Uma visita monitorada ao edifício histórico do TMSP para programas e/ou instituições sociais indicados pelo doador7 · 10% de desconto nas refeições realizadas no restaurante do TMSP8 · Convite para integrar o Conselho de Amigos do TMSP9

1 A divulgação do nome do doador é opcional. // 2 Válido para um Programa por ópera, apresentando o cartão de associado nas mesas de compra dentro do Theatro. // 3 Válido para produções da Fundação Theatro Municipal do São Paulo, apresentando o cartão de associado diretamente na bilheteria, de acordo com a disponibilidade de assentos. // 4 Válido para produções do Theatro Municipal do São Paulo, exceto óperas, de acordo com a disponibilidade de assentos. Os ingressos devem ser solicitados com até 3 dias úteis de antecedência à apresentação. // 5 Máximo de 10 pessoas. // 6 O acesso ao camarim deve ser solicitado com até 3 dias úteis de antecedência à apresentação. // 7 Máximo de 30 pessoas. // 8 Desconto válido para até 4 pessoas, não incluindo bebidas, mediante apresentação do cartão de associado, durante o ano de 2015. // 9 A participação no Conselho de Amigos do Theatro Municipal de São Paulo é opcional.


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FUNDAÇÃO THEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO TEMPORADA 2015


THEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO ÓPERAS

/ MANON LESCAUT Giacomo Puccini

/ LOHENGRIN Richard Wagner

AGOSTO 29 Sáb 20h / 30 Dom 18h SETEMBRO 01 Ter 20h / 03 Qui 20h 05 Sáb 20h / 06 Dom 18h 8 Ter 20h / 10 Qui 20h

OUTUBRO 08 Qui 20h / 10 Sáb 20h 11 Dom 18h / 13 Ter 20h 15 Qui 20h / 17 Sáb 20h 18 Dom 18h / 20 Ter 20h

Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo Coro Lírico Municipal de São Paulo John Neschling Direção musical e regência

Michelangelo Mazza REGENTE ASSISTENTE

Cesare Lievi Direção cênica Juan Guillermo Nova Cenografia Marina Luxardo Figurinos Cesare Agoni Iluminação Maria José Siri / Adriane Queiroz Manon Lescaut Marcello Giordani / Martin Muehle Des Grieux Paulo Szot / Guilherme Rosa Lescaut Saulo Javan Geronte Valentino Buzza / Miguel Geraldi Edmondo Walter Fawcett Um acendedor de lampiões

Matheus Pompeu Professor

Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo Coro Lírico Municipal de São Paulo John Neschling Direção musical e regência

Eduardo Strausser REGENTE Residente

Henning Brockhaus Direção cênica

Valentina Escobar Assistência de Direção cênica e Coreografia Yannis Kounellis Cenografia Patricia Toffolutti Figurinos Guido Levi iluminação

Tomislav Muzek / Peter Seiffert Lohengrin

Petra-Maria Schnitzer / Nathalie Bergeron Elsa von Brabant

Marianne Cornetti / Jacqueline Dark Ortrud Tomas Tomasson / Johmi Steinberg Friedrich von

de dança

Telramund

Malena Dayen Um músico Leonardo Pace Um taberneiro

Luiz–Ottavio Faria Heinrich der Vogler

Carlos Eduardo Marcos Heerrufer


NOVEMBRO 28 Sáb 20h / 29 Dom 18h DEZEMBRO 01 Ter 20h / 03 Qui 20h 05 Sáb 20h / 06 Dom 18h 08 Ter 20h

CONCERTOS

Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo Coro Lírico Municipal de São Paulo Rinaldo Alessandrini Direção musical e regência

Michelangelo Mazza REGENTE ASSISTENTE

Pier Francesco Maestrini Direção cênica

Juan Guillermo Nova Cenografia NN Figurinos Fábio Retti iluminação Miah Persson / Elena Monti Fiordiligi

Paola Gardina / Luisa Francesconi Dorabella Maxim Mironov / Giorgio Misseri Ferrando Mattia Olivieri / Guilherme Rosa Guglielmo Lina Mendes / Andrea Aguilar Despina

Omar Montanari / Saulo Javan Don Alfonso

/ NOVEMBRO

03 Ter 20h / 04 Qua 20h 05 Qui 20h / 06 Sex 20h 07 sáb 20h Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo La Fura dels Baus John Neschling Regente Carles Padrissa Direção Pol Jimenez Coreografia EL AMOR BRUJO: EL FUEGO Y LA PALABRA MANUEL DE FALLA Noche en los Jardines de España El Sombrero de Tres Picos – introdução La Vida Breve – Danza Española Canção popular: Amor Gitano – a cappella El Amor Brujo – versão 1915

/ DEZEMBRO

19 Sáb 20h / 20 Dom 18h 21 Seg 20h Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo John Neschling Regente GIUSEPPE MARTUCCI Noturno Op. 70 GUSTAV MAHLER Sinfonia N. 5

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THEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO

Temporada 2015

/ COSÌ FAN TUTTE Wolfgang Amadeus Mozart


THEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO BALÉS BALÉ DA CIDADE DE SÃO PAULO

/ SETEMBRO

14 seg 21h / 15 ter 21h Auditorio Nacional del Sodre – Dra. Adela Reta Montevideo – Uruguai Balé da Cidade de São Paulo UNEVEN DE CAYETANO SOTO David Lang Música Cayetano Soto Desenho de Palco e Luz

ABRUPTO ALEX SOARES Arvo Pärt Música Alex Soares Desenho de Luz Cassiano Grandi Figurino CANTATA MAURO BIGONZETTI Assurd Música Carlo Cerri Desenho de Luz Helena de Medeiros Figurino 24 qui 21h / 25 sex 21h30 / 26 sáb 20h / 27 dom 18h Teatro Alfa Balé da Cidade de São Paulo Orquestra Experimental de Repertório Quarteto de Cordas da OER Carlos Eduardo Moreno Regente

ADASTRA CAYETANO SOTO (Estreia Mundial) Ezio Bosso Música Cayetano Soto Desenho de Luz e Figurino

CACTI ALEXANDER EKMAN Joseph Haydn, Ludwig Von Beethoven, Franz Schubert Música

Alexander Ekman e Tom Visser Cenário

Alexander Ekman Figurino Tom Visser Desenho de Luz

/ OUTUBRO

27 ter 20h / 28 qua 20h 29 qui 20h / 30 sex 20h 31 sáb 20h Theatro Municipal de São Paulo Balé da Cidade de São Paulo Orquestra Experimental de Repertório Daniel Binelli Bandoneón Carlos Eduardo Moreno Regente

ANTICHEDANZE DE MAURO BIGONZETTI OttorinoRespighi Música Carlo Cerri Desenho de Luz Geraldo Lima Figurino BANDONEÓN DE LUISARRIETA AstorPiazzolla Música Silviane Ticher Desenho de Luz Lino Villaventura Figurino O BALCÃO DE AMOR DE ITZIKGALILI Pérez Prado Música ItzikGalili Figurino e Desenho de Luz

/ NOVEMBRO 27 sex 21h / 28 sáb 21h / 29 dom 20h Centro Cultural São Paulo Sala Jardel Filho Semanas de Dança Balé da Cidade de São Paulo ABRUPTO. DE ALEX SOARES Arvo Pärt Música Alex Soares Desenho de Luz Cassiano Grandi Figurino O BALCÃO DE AMOR (DUO) DE ITZIK GALILI Pérez Prado Música Itzik Galili Figurino e Desenho de Luz CANTARES DE OSCAR ARAIZ Maurice Ravel Música Oscar Araiz Desenho de Luz Carlos Cytrynowski Figurino

/ DEZEMBRO

03 Qui 20h / 04 Sex 20h 05 Sáb 20h / 06 Dom 19h Teatro Paulo Eiró Balé da Cidade de São Paulo Programa a definir


QUARTETO NO CONSERVATÓRIO 80 ANOS DO QUARTETO DE CORDAS DA CIDADE DE SÃO PAULO

Quintas às 20h

01 Qui 20h COMEMORAÇÃO AOS 150 ANOS DE NASCIMENTO DE JEAN SIBELIUS Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo Rúbia Santos Piano JEAN SIBELIUS Quarteto Op. 56 – Vozes Intimas Quinteto em Sol Menor para Piano e Cordas 15 Qui 20h Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo JOSEPH HAYDN Quarteto Op. 33, N. 5, em Sol Maior WOLFGANG A. MOZART Quarteto N. 14, em Sol Maior, K. 387

/ NOVEMBRO

19 Qui 20h Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo JOSEPH HAYDN Quarteto Op. 33, N. 6, em Ré Maior WOLFGANG A. MOZART Quarteto N. 18 em Lá Maior, K. 464

/ DEZEMBRO

10 Qui 20h Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo ANDRÉ MEHMARI Obra Encomendada [estreia mundial] BÉLA BARTÓK Quarteto de Cordas N. 5, Sz. 102

PRAÇA DAS ARTES SALA DO CONSERVATÓRIO MÚSICA DE CÂMARA NO CONSERVATÓRIO

Quintas às 20h

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/ OUTUBRO

Temporada 2015

PRAÇA DAS ARTES SALA DO CONSERVATÓRIO


/ OUTUBRO

29 Qui 20h Octeto Franz Schubert Pablo de León Violino Maria Fernanda Krug Violino Alexandre de León Viola Raïff Dantas Barreto Violoncelo

Sanderson Cortez Paz Contrabaixo

Domingos Elias Clarinete Marcos Fokin Fagote André Ficarelli Trompa FRANZ SCHUBERT Octeto em Fá Maior, D. 803

/ NOVEMBRO

26 qui 20h Trio Ceresio (Suíça) Anthony Flint VIOLINO Johann Sebastian Paetsch VIOLONCELO

Sylviane Deferne PIANO LUDWIG VAN BEETHOVEN Trio Op. 1, N. 2 FELIX MENDELSSOHN BARTHOLDY Trio N.2 Op. 66 JOHANNES BRAHMS Trio N. 1 Op. 8

/ DEZEMBRO

03 Qui 20h Ensemble OSM Victor Bigai Violino Tiago Vieira Viola Moises Ferreira dos Santos Violoncelo

Sanderson Cortez Contrabaixo Cecilia Moita Piano FRANZ SCHUBERT Quinteto em Lá Maior D. 667, Op. 114 ‘A Truta’

PRAÇA DAS ARTES SALA DO CONSERVATÓRIO MÚSICA CONTEMPORÂNEA NO CONSERVATÓRIO

Quintas às 20h

/ OUTUBRO

22 Qui 20h Daniel Murray e convidados Universos em expansão... Daniel Murray violão Músicos convidados Sarah Hornsby flauta Gustavo Barbosa-Lima clarinete

Eugenio Becherucci violão ELI-ERI MOURA Prelúdio DANIEL MURRAY ...sobre tremolos e rasgueados... JOSÉ AUGUSTO MANNIS Estudo para M.D. DANIEL MURRAY Entremeios ARTHUR KAMPELA Happy Days (para flauta, violão e eletrônica) PAULO PORTO ALEGRE Cinco Fragmentos Seriais DANIEL MURRAY Campanellas (para duo de violões) BRUNO MADERNA Serenata per un Satellite (para duo de violões) AYLTON ESCOBAR Água-forte (para violão de 11 cordas e eletrônica) - Estreia mundial. DANIEL MURRAY Ciranda Imaginária (para clarinete, flauta e violão)

/ NOVEMBRO

12 Qui 20h LEONARDO MARTINELLI As canções do mendigo que sabia de cor os adágios de Erasmo de Rotterdam, para Voz, Narrador, Viola, Clarinete e Piano [Estreia mundial da versão integral]


INSTRUMENTAL NO CONSERVATÓRIO

Quartas às 20h

21 Qua 20h Laércio de Freitas Piano Shen Ribeiro Flautas e

CORAL PAULISTANO MÁRIO DE ANDRADE

Shakuhachi

/ NOVEMBRO

11 Qua 20h Chico Pinheiro e Swami Jr. Violões

CICLO INTEGRAL DAS MISSAS DE WOLFGANG AMADEUS MOZART Sextas às 20h - Salão Nobre do Theatro Municipal Domingos - Igrejas

61

07 Qua 20h / 08 qui 20h Yamandu Costa Violão solo

THEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO

60

/ OUTUBRO

Temporada 2015

PRAÇA DAS ARTES SALA DO CONSERVATÓRIO


/ AGOSTO

07 Sex 20h – Salão Nobre 09 Dom – Igreja Santa Teresinha em Higienópolis* Coral Paulistano Mário de Andrade WOLFGANG A. MOZART Missa Trinitatis em Dó Maior K. 167 e Missa Órgão em Dó Maior K. 259*

/ SETEMBRO

11 Sex 20h – Salão Nobre 13 Dom – Capela do Colégio Sion no Higienópolis* Coral Paulistano Mário de Andrade WOLFGANG A. MOZART Missa Spaur em Dó Maior K. 258 e Missa Spatzen em Dó Maior K. 220*

/ OUTUBRO

23 Sex 20h – Salão Nobre 25 Dom – Igreja Imaculada Conceição no Ipiranga Coral Paulistano Mário de Andrade WOLFGANG A. MOZART Missa da Coroação em Dó Maior K. 317

/ NOVEMBRO

06 Sex 20h – Salão Nobre 08 Dom – Paróquia do Santíssimo Sacramento no Paraíso* Coral Paulistano Mário de Andrade WOLFGANG A. MOZART Missa em Sol Maior K. 49* e Missa em Si bemol Maior K. 275

/ DEZEMBRO

11 Sex 20h – Salão Nobre Coral Paulistano Mário de Andrade WOLFGANG A. MOZART Missa em Dó Menor K. 427

PRAÇA DAS ARTES SALA DO CONSERVATÓRIO CORAL PAULISTANO MÁRIO DE ANDRADE: ENCONTROS COM A DANÇA Sábados às 17h 17/10 - Gigas 21/11 - Maracatus e Afros 5/12 - Valsas

CEUs CORAL PAULISTANO MÁRIO DE ANDRADE VAI AOS CEUs 12/9 Sáb 17h CEU Perus 24/10 Sáb 17h CEU Jaguaré 07/11 Sáb 17h CEU Butantã 06/12 Dom 17h CEU Uirapuru


16 Dom 12h Igreja São Geraldo dos Perdizes Orquestra Experimental de Repertório Carlos Moreno – Regente JOSÉ ANTONIO DE ALMEIDA PRADO Arcos Sonoros da Catedral Anton Bruckner ANTON BRUCKNER Sinfonia N. 4 30 Dom 11h Teatro Paulo Eiró Orquestra Experimental de Repertório Carlos Moreno Regente Solistas vencedoras do concurso Rainha Elisabeth Sumi Hwang Soprano Jodie Devos Soprano Canções e árias

/ SETEMBRO

06 Dom 11h Sala São Paulo Orquestra Experimental de Repertório CARLOS GOMES Abertura Il Guarany NIKOLAI RIMSKYKORSAKOV Sheherazade FRANZ VON SUPPÉ Cavalleria Leggera 21 Seg 19h Sala do Conservatório Praça das Artes Orquestra Experimental de Repertório / Intercâmbio Universidade de Música de Zurique Dominic Limburg Regente Hani Song Violino CLAUDE DEBUSSY Prélude à L’après–midi d’un faune WOLFGANG A. MOZART Concerto para Violino em Lá Maior FRANZ SCHUBERT Sinfonia N. 5

/ SETEMBRO &OUTUBRO

30 Qua 17h 02 Sex 17h Sala do Conservatório Praça das Artes Concurso Jovens Solistas OER 2015

/ NOVEMBRO

11 Qua 17h 13 Sex 17h Sala do Conservatório Praça das Artes Concurso Regente Assistente OER 2016 22 Dom 11h Sala São Paulo Orquestra Experimental de Repertório Coral Paulistano Mário de Andrade Carlos Moreno Regente HEITOR VILLA-LOBOS Uirapuru ARAM KHACHATURIAN Suíte Masquerade EDMUNDO VILLANI–CÔRTES Te Deum

/ DEZEMBRO

07 Seg 19h Sala do Conservatório Praça das Artes Orquestra Experimental de Repertório Carlos Moreno Regente André Vidal Tenor Marcelo Coutinho Barítono GUSTAV MAHLER/RIEHM A Canção da Terra

Programações sujeitas a alterações.

62 63

/ AGOSTO

Temporada 2015

ORQUESTRA EXPERIMENTAL DE REPERTÓRIO


PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

Carolyni Amorim Marques da Silva

Prefeito

Coordenação de Programação Artística

Fernando Haddad

João Malatian

Nabil Bonduki

Diretoria de Produção Produção Executiva - Praça das Artes

Secretário Municipal de Cultura

FUNDAÇÃO THEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO Direção Geral José Luiz Herencia

Diretora de Gestão

Carolina Paes Simão

Diretor de Formação

Leonardo Martinelli

INSTITUTO BRASILEIRO DE GESTÃO CULTURAL Presidente do Conselho Cláudio Jorge Willer

Diretor Executivo

William Nacked

Diretora Técnica Isabela Galvez

Diretor Artístico John Neschling

Diretora de Produção

Cristiane Santos

Direitos Autorais Olivieri Advogados Associados

Diretoria Artística Assessoria de Direção Artística Eduardo Strausser Thomas Yaksic Clarisse De Conti

Secretária

Eni Tenório dos Santos

Assistente Administrativa Luana Pirondi

Aprendiz

Nathália Costa

Produtores

Miguel Teles Nivaldo Silvino

Edição Comunicação FTMSP/IBGC

Design Gráfico Kiko Farkas/ Máquina Estúdio

Designer Assistente Ana Lobo

Atendimento Michele Alves

Impressão Formags Gráfica e Editora LTDA


mantenedor - série domingos II

patrocinador mantenedor - série terças

patrocinador - série sábados

patrocinador

patrocinador - série mista II

copatrocinador

agência de negócios e relações institucionais

execução

realização

apoiador




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