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01-09-2010
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DESTAQUE
MBAs, PÓS-GRADUAÇÕES E FORMAÇÃO DE EXECUTIVOS
Uma aposta no desenvolvimento São diversas as possibilidades que se oferecem a quadros de empresas e de outras instituições para o seu próprio desenvolvimento. Programas de MBA e de pós-graduação, para além de outros de formação de executivos, mostram uma realidade bem diferente da que existia há alguns anos. Texto: Mário Sul de Andrade Quer por iniciativa própria, quer pelas possibilidades proporcionadas pelas entidades empregadoras, muitas são as pessoas que frequentam MBAs, pós-graduações e cursos de formação de executivos. Na maioria dos casos integrando os quadros de empresas, mas também provenientes de outros tipos de instituições, são o exemplo de activos humanos com que o país pode contar, pela valorização que vão adquirindo. Deixamos a seguir vários exemplos de bem sucedidas apostas no desenvolvimento de competências. E também o testemunho de dois responsáveis de instituições que fora do meio universitário desenvolvem programas de formação para executivos.
Certificar o conhecimento Rui Catarino, 45 anos, ‘manager’ da área de Compensation & Benefits, Organization & Change e Human Resources Information Systems (HRIS) na Vodafone Portugal, é licenciado em Economia pela Universidade Nova de Lisboa. Frequenta na Escola de Gestão & Negócios (EG&N) da Universidade Autónoma de Lisboa (UAL) o MBA executivo em «Gestão de Recursos Humanos». A sua decisão de optar pelo programa foi precedida de uma outra, sobre se devia frequentar uma pós-graduação ou um mestrado. Como explica, «as razões para esta primeira tomada de decisão tiveram a ver por um lado com pretender abordar áreas de recursos hu-
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manos com as quais tenho tido uma menor interacção nas actividades do dia-a-dia e por outro certificar o conhecimento actual». Um dos factores da decisão pelo programa da EG&N teve a ver com «o reconhecido valor do corpo docente», que «na sua grande maioria para além da prática do ensino detém uma larga experiência no mundo empresarial». Um outro factor teve a ver com «actualidade/ novas tendências dos temas constantes das disciplinas, não só a estrutura das que compõem o curso mas principalmente a actualidade e o interesse do conteúdo programático». Um terceiro factor teve a ver com «a disponibilidade do corpo docente»; por exemplo, «foram disponibilizados a cada participante o ‘e-mail’ e o telefone de cada professor». Rui Catarino refere ainda um outro aspecto, que considera curioso e que «demonstra a procura pela melhoria contínua do próprio curso, a forma como está desenhada a sessão de encerramento, onde é esperado que cada aluno indique frontalmente a todo o corpo docente o que na sua opinião correu bem e o que correu menos bem». São práticas que «embora possam ser consideradas vulgares noutros países não o são na nossa cultura, pelo menos a este nível de discussão aberta e frontal». Em relação à sua licenciatura, a maior diferença que nota tem a ver com a própria metodologia. «Enquanto a licenciatura se baseava em aulas e nos exames finais, com algumas excepções, este curso é fundamentalmente baseado em aulas e trabalhos práticos», sendo que «a execução de cada trabalho obriga a uma
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análise prévia do tema, a uma busca incessante de documentação e literatura, a par de bibliografia e documentação distribuída em cada módulo, selecção dessa mesma documentação e por fim estruturação do texto final». Refere ainda «o facto de a maioria dos trabalhos ser em grupo, com a necessidade de coordenação entre os elementos em termos de metodologia de trabalho em equipa, o que afinal de contas não é mais do que a realidade vivida nas empresas». Sensivelmente a dois terços do programa, Rui Catarino faz uma análise positiva, referindo «a esperança de que os resultados e as suas consequências, directas ou indirectas, possam ser inversamente proporcionais ao cansaço acumulado e ao custo imposto à família». Assinala ainda que MBA executivo «tem permitido leituras e diferentes tipos de análises, discussões sobre temáticas específicas que de outro modo provavelmente não aconteceriam, além do conhecimento e da amizade que se foi formando entre os vários colegas e relativamente a cada um dos elementos do corpo docente». Um maior conforto Madalena Patrício, licenciada em Matemática Aplicada pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e com um mestrado em Estatística pela Columbia University (Estados Unidos), teve uma experiência profissional de consultoria na McKinsey. Frequenta a edição de 2010 do «The Lisbon MBA International». A escolha deste programa teve a ver com o facto de considerar «prioritário, em termos profissionais, fazer um
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DESTAQUE – MBAs, PÓS-GRADUAÇÕES E FORMAÇÃO DE EXECUTIVOS
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Madalena Patrício, edição de 2010 do «The Lisbon MBA International» (Universidade Católica Portuguesa e Universidade Nova de Lisboa)
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Gerir no mundo da cultura Joana Sousa Monteiro, 38 anos, museóloga, é desde Fevereiro deste ano coordenadora do Grupo de Trabalho para a Criação da Rede de Museus Municipais de Lisboa, que depende do Gabinete da Vereadora da Cultura da respectiva câmara municipal. Isto depois de ter sido coordenadora-adjunta da Rede Portuguesa de Museus do Instituto dos Museus e da Conservação, do Ministério da Cultura. Frequentou no ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa um programa de «Formação Avançada em Gestão Cultural». A opção pelo programa teve a ver com a sua formação académica e com a experiência profissional, ambas centradas na área cultural e, em particular, no âmbito museológico. Conforme conta, era «crescente a motivação para adquirir ferramentas científicas especializadas e credíveis na área da gestão em geral, designadamente nas vertentes de gestão de recursos humanos e de recursos financeiros». Trabalhando na área dos museus públicos – e à época do programa na Administração Central – considera que «a experiência algo prolongada de gestão de equipas e de controlo orçamental foi de imediato enriquecida pela aprendizagem obtida», sendo que «o conhecimento meramente empírico foi melhorado e transformado em conhecimento especializado». Em relação à sua licenciatura, a diferença foi total. «A licenciatura foi em História da Arte e houve também uma pós-graduação em Museologia, pelo que o ambiente
Rui Catarino, MBA executivo em «Gestão de Recursos Humanos» da Escola de Gestão & Negócios (EG&N) da Universidade Autónoma de Lisboa
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MBA». Sendo esse MBA feito em Portugal, «não podia deixar de ser um programa internacional e reconhecido – trata-se de uma parceria entre duas escolas de topo, a Universidade Católica e a Universidade Nova, e tem o envolvimento do Massachusetts Institute of Technology (MIT) –, e isso tornou clara a opção». Madalena Patrício refere também que «era essencial» a adequação do programa à sua realidade profissional. «Um programa na área da gestão permite-me ganhar conhecimentos e técnicas, em temas como finanças, contabilidade, operações e recursos humanos, que até então tinham apenas sido adquiridos na prática. Sendo licenciada em Matemática, com a formação nestas áreas sinto um maior conforto para prosseguir na área de gestão.» Não admira pois que considere «total» as diferenças entre o MBA e a licenciatura. «Não só em termos de matérias abordadas – matemática ‘versus’ gestão –, mas também pelo método de aprendizagem. Um MBA é bastante mais prático, grande parte do conhecimento é adquirido na discussão de casos de empresas reais. Além disso, a aprendizagem não é só recebida do professor mas sobretudo dos colegas; a troca de experiências e perspectivas torna o programa muito mais valioso e cada um dos participantes mais preparado para o futuro.» Até ao momento, tem sido «uma grande experiência» para Madalena Patrício, que «não só repetiria a escolha» como a recomendava «vivamente» a outros.
Joana Sousa Monteiro, programa de «Formação Avançada em Gestão Cultural» do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa
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ID: 31565340 01-09-2010 Âmbito: Outros Assuntos da gestão me era estranho». Joana Sousa Monteiro fala PERSPECTIVAS de «uma sensação inicial de estar a aterrar num planeta diferente, em que os professores e os autores estuMarta Branquinho Garcia dados tinham linguagens quase desconhecidas», sensação que «foi desaparecendo à medida que os novos Para a formação de executivos, apostamos na experiência de trabalho real dos nossos formadores consultores, na sua conhecimentos iam sendo assimilados». maioria pessoas de terreno das nove às 18 horas e depois O balanço desta experiência é «francamente positivo», formadores de executivos até às 22. Acreditamos que apecom «o esforço necessário para levar a cabo o pro- nas com uma metodologia prática, excelência e permanente grama com o máximo de sucesso a ser recompensa- actualização de conteúdos se consegue preencher as lacudo». Nomeadamente «pela utilização no dia-a-dia de nas que existem no mercado de trabalho. As nossas pós-graduações, assim como seminários e as ferramentas de gestão imprescindíveis, nas áreas de conferências, regem-se por três pilares prioritários, tendo projectos, monitorização de equipas e recursos finan- em conta os 45 anos de reconhecimento e experiência do ceiros, e pela motivação para aprender mais no âmbito ISQ no mercado português; são os seguintes: diversidade de áreas técnicas; ‘know-how’ técnico e pedagógico e uma de outros programas de estudo».
rede de contactos estabelecida entre formandos, formaMarta Branquinho Garcia é ‘brand dores, coordenadores técnicos e ‘coaches’. Sozinhos não manager’ da Executive Expertise conseguimos abarcar todas as áreas e todas as temáticas. for Engineers (E3) e responsável de Acreditamos em boas parcerias e em sinergias e economias ‘marketing’ e comunicação da Direcção de de escala com benefício directo dos formandos. Por isso nos Formação do ISQ – Instituto de Soldadura ligamos às melhores empresas, universidades e instituições e Qualidade portuguesas e estrangeiras. Temos parcerias com o Instituto Superior Técnico, a Universidade Nova, a Universidade Atlântica, a Escola Superior de Hotelaria e Turismo, o EWF, a Relacre, a Teixeira Duarte, a GPA, entre outras. Só assim conseguimos que os nossos produtos tenham um carácter solucionador, prático e útil. Em relação à formação das licenciaturas, é óbvio que estamos a falar de produtos e serviços claramente diferentes, mas a nosso ver em tudo complementares. Acreditamos em parcerias ganhadoras porque faz diferença em relação à empregabilidade das pessoas. Lutamos todos os dias por essa diferenciação, e temos tido excelentes resultados; como provam os testemunhos dos formandos. Outra das diferenças do ISQ E3 é a excelência dos serviços. Oferecemos um serviço integrado: jantares ‘gourmets’ diários, ‘customer care’ das nove às 21, acesso gratuito às infra-estruturas desportivas do ISQ (gimnodesportivo, ‘court’ de ténis e ‘squash’), plataforma de formação ‘on-line’, acesso a financiamento bancário (protocolo com o BBVA), acções de ‘team building’ (nomeadamente ‘surf’, massagens e culinária), acesso a seminários técnicos e estacionamento coberto e prémio para o melhor formando. Este tipo de características não existe nas licenciaturas. Mas a principal diferença é o carácter técnico e prático da formação, com acesso aos laboratórios do ISQ (23 deles são acreditados).
Nuno Nogueira No último ano, a PricewaterhouseCoopers (PwC) reforçou a sua presença no mercado de formação de executivos em Portugal, duplicando a facturação da sua unidade de negócio de formação profissional, a PwC ACADEMY. Com forte enfoque na formação de quadros médios e superiores das principais empresas em Portugal, a PwC ACADEMY assegura competências técnicas e pedagógicas nas áreas de Fiscalidade, Finanças Empresariais, Sistema de Normalização Contabilístico e, mais recentemente, Liderança e Negociação. Acreditamos na valorização de competências técnicas e de gestão dos quadros médios e superiores em Portugal, pelo que o nosso portefólio de formação especializada será cada vez mais transversal nos domínios técnicos (especialmente na vertente financeira) e nos domínios da gestão. Embora o nosso portefólio inclua acções de formação profissional em regime de inscrição aberta, em formato inter-empresas, muitos dos nossos programas derivam de soluções pedagógicas desenhadas à medida dos clientes, numa relação muito próxima que inclui coordenação pedagógica, coordenação de especialistas técnicos e responsáveis de formação (e/ ou recursos humanos). No último ano, assegurámos formação à medida para algumas das principais instituições financeiras e alguns dos principais grupos económicos em Portugal. Esta preocupação, a montante, não se pode perder ao longo da execução do programa; consequentemente, exige uma avaliação atenta do impacto final da formação profissional e do valor acrescentado que a mesma tenha originado nos conhecimentos dos formandos e no exercício da sua actividade profissional. As empresas procuram enquadrar os seus executivos em programas que contribuam de forma muito clara para criar valor e melhorar a eficiência nos processos de gestão de negócio inerentes ao exercício das responsabilidades práticas que lhe estão adstritas. Nesse sentido, este tipo de formação Nuno Nogueira é na tende a ser mais prática do que a das licenciaturas, mais PricewaterhouseCoopers responsável contextualizada nas efectivas necessidades dos formandos pela área de Learning Outsourcing & e mais customizada quanto aos percursos de aprendizagem. Consulting e ‘manager’ da PwC ACADEMY © JA
Uma área em grande crescimento Nuno Ramos, gestor de logística (Bertrand Círculo de Leitores/ Distribuidora de Livros Bertrand), frequentou a pós-graduação em «Gestão Logística» da Escola Superior de Ciências Empresariais (ESCE) do Instituto Politécnico de Setúbal (IPS). Consciente de que «acompanhar a evolução das melhores práticas é um dos factores que diferenciam hoje os profissionais no mercado de trabalho e nas empresas», considera que «este deve ser um ponto de motivação constante, e que permite associar a teoria académica à prática diária da actividade». Nuno Ramos conta que «o fascínio pela aprendizagem em geral e pela logística em particular» o levaram a efectuar uma pesquisa de formação avançada na área, e nessa pesquisa surgiu o programa da ESCE. «A decisão foi rápida, uma vez que o elenco dos módulos bem como a actualidade dos temas me pareceram bastante equilibrados. Na base da minha decisão esteve para além do ‘curriculum’ do curso o corpo docente de larga experiência, o que neste tipo de decisões é fulcral.» Quanto à adequação do programa à sua realidade profissional, o gestor de logística lembra que «ao mundo académico é muitas vezes apontado um desfasamento das empresas», assinalando que o curso se revelou «bastante importante na abordagem de temas actuais e com grande aplicação prática à realidade profissional e organizacional na área de Logística». Mais… «A pertinência dos temas abordados levaram-me a querer aprofundar o estudo e a avançar para a aplicação dos conhecimentos adquiridos à minha realidade actual, e este aspecto veio completamente ao encontro das minhas expectativas, revelando-se uma mais-valia determinante na minha formação.» Considerando a sua licenciatura «de carácter bastante mais abrangente e de maior suporte teórico», Nuno Ramos assinala que na pós-graduação da ESCE procurou «acima de tudo aproximar a formação académica à realidade profissional, buscando um conhecimento mais específico em logística». Na sua opinião, «o conhecimento adquirido neste tipo de formação permite a troca de experiências bastante práticas entre colegas e docentes, e esse foi certamente um dos pontos de
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DESTAQUE – MBAs, PÓS-GRADUAÇÕES E FORMAÇÃO DE EXECUTIVOS maior diferença para a licenciatura». Em jeito de balanço, o gestor fala de «uma experiência muito positiva e enriquecedora, pela oportunidade de conhecer um conjunto de profissionais de grande valia e com um nível de conhecimentos bastante interessante». Destaca ainda «a possibilidade de aprender e de partilhar conhecimentos», referindo que «a cooperação entre pessoas e organizações assume hoje grande destaque no quotidiano», sendo por isso «a troca de experiências bastante gratificante e uma porta para contactos futuros». Uma última nota para «a organização da escola e do curso, conseguindo-se de uma forma geral com sucesso estruturar um programa de pós-graduação numa área em grande crescimento e que está aos poucos a ocupar um lugar merecido nas organizações e no mercado».
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Nuno Ramos, pós-graduação em «Gestão Logística» da Escola Superior de Ciências Empresariais (ESCE) do Instituto Politécnico de Setúbal
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José Pedro Couto Lopes, «Curso Geral de Gestão» da EGE – Atlantic Business School
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Teresa Faria, pós-graduação em «Gestão e Desenvolvimento Estratégico de Recursos Humanos» do Instituto Superior de Línguas e Administração (ISLA)
Da engenharia para a gestão O administrador executivo da empresa Águas do Noroeste, do Grupo Águas de Portugal, José Pedro Couto Lopes, frequentou na EGE – Atlantic Business School o «Curso Geral de Gestão», que integra os programas de média/ longa duração da instituição. A escolha teve a ver com «motivações antigas, remontando ao início de desempenho de funções de gestão em empresas do Grupo Águas de Portugal, pertencentes ao sector empresarial do Estado». Havia sobretudo «a necessidade de suprir um importante défice de formação de base na área da gestão empresarial e a vontade de adquirir conhecimentos sustentados nas áreas de economia e finanças empresariais», refere o executivo. Por outro lado, «só um programa com uma formatação como a deste, em regime pós-laboral, assente semanalmente em dois finais de dia/ inícios de noite, permitia uma presença assídua nas aulas e um resultado final satisfatório». Outro aspecto importante foi «a reputação da EGE e da equipa docente da Universidade Católica», que «contribuíram de forma decisiva para a opção de candidatura à frequência do curso». O administrador executivo da Águas do Noroeste refere que «o programa do curso integrava de forma bastante completa as disciplinas correspondentes às competências que pretendia desenvolver, genericamente ligadas à gestão empresarial, nas suas diversas mas interligadas vertentes, e que as funções que desempenhava exigiam». Com uma licenciatura e uma pós-graduação «da área da engenharia pura e dura (Engenharia Civil, da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, e Engenharia Sanitária, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, formações muito técnicas e especializadas, em que as matérias de gestão empresarial, economia ou finanças estão praticamente ausentes, ou pelo menos estavam)», faz um balanço «bastante positivo desta experiência, não só pela oportunidade de desenvolver os conhecimentos e sistematizar os conceitos que a prática da gestão empresarial exigem, mas também pela diversidade das formações de base e das expe-
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01-09-2010 riências profissionais de cada um dos participantes, o que permitiu enriquecer de modo substancial o debate e a vivacidade das sessões». José Pedro Couto Lopes assinala ainda que «a presença com assiduidade nas sessões, a preparação para as avaliações de conhecimentos e os trabalhos individuais e de grupo exigiram alguns sacrifícios pessoais e profissionais, claramente compensados pelo enriquecimento de competências e pelos conhecimentos obtidos». Uma postura mais dinâmica e crítica Teresa Faria, 44 anos, com um bacharelato em Secretariado de Administração pelo Instituto Superior de Línguas e Administração (ISLA), concluído em 1989, é actualmente secretária do presidente da OutSystems. Frequentou também no ISLA a pós-graduação em «Gestão e Desenvolvimento Estratégico de Recursos Humanos», tendo como motivação essencial o facto de «na vida profissional ter estado quase sempre ligada a essa área, na qual não tinha formação específica». A expectativa era de que seria «a forma ideal de adquirir competências, num programa abrangente sobre as várias temáticas
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de recursos humanos» Confrontada com a necessidade de, por falta de tempo, dar ênfase à componente prática, procurava «outras perspectivas sobre como desenvolver a actividade da forma mais eficiente». Em termos globais, define a pós-graduação como «essencialmente teórica, o que se por um lado é menos estimulante, por outro se torna numa mais-valia já que os participantes só por essa via tiveram contacto com diversas temáticas». Relativamente à adequação à realidade da sua empresa, Teresa Faria assinala «alguma diversidade de exemplos da docência e o paralelismo com experiências anteriores, bem como o confronto com as práticas das diversas organizações representadas pelos alunos». Teresa Faria considera a experiência «bastante positiva», porque «foram adquiridas competências que de outra forma não teria sido possível obter». E quanto a diferenças para a formação que já detinha, refere que «o facto de já estar inserida no mercado de trabalho fez com que na pós-graduação fosse adoptada uma postura mais dinâmica e crítica das situações que eram apresentadas».