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1.7. Habitação Precariedade Habitacional

Para se analisar a questão da precariedade habitacional nos municípios estudados, definiu-se a princípio três fatores para mapear esse possível, déficit: - Número de Habitantes por Moradia: este foi definido, uma vez que se estipula que se houver uma quantidade muito elevada de pessoa vivendo em uma mesma habitação isso pode ser um sinal de que está faltando moradias na cidade. Mas como foi possível perceber, esse número não se encontra elevado. - Número de Moradias Irregulares: define-se esse fator, levando em conta que a presença de domicílios não regularizados pela legislação pode ser um indicador de falta de infraestrutura e de investimento por parte da prefeitura na criação de novos loteamentos. Mas esse número em 2010 não se encontrava com grandes problemas. - Taxa de Moradias sem Abastecimento de Água Encanada: Este terceiro fator foi escolhido visando constatar a qualidade das moradias dos municípios, mapeando o acesso dos mesmos ao sistema de abastecimento de água. Nesse caso. Nota-se, quase que com unanimidade, que as áreas rurais desses municípios não apresentam acesso a esse tipo de infraestrutura. E mesmo na área urbana, pouquíssimos setores censitários apresentavam 100% de sua população com acesso ao abastecimento.

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Mapa Número de Habitantes por Moradia Mapa Número de Moradias Irregulares Mapa Taxa de Moradias sem Abastecimento de Água Encanada

Embora conforme os dados do censo de 2010, as cidades estudadas não apresentassem grandes problemas relacionados à habitação, na década seguinte, segundo OLIVEIRA (2018), devido à importância econômica e de logística que a cidade de Imperatriz exerce sobre centro-sul do Maranhão, bem como no norte do Tocantins e sudeste do Pará, principalmente após a construção da Rodovia Belém Brasília (BR- 010), somada a implantação da filial da Indústria Suzano Papel e Celulose na cidade, a mesma presenciou um grande crescimento populacional, que, devido ao despreparo municipal para alocação dessas pessoas, as subsidiando com moradias e infraestrutura, essas passaram a se instalar nas periferias formando novos bairros, estes por sua vez sendo, em sua maioria, frutos de invasões e ocupações não legalizadas.

No vetor de crescimento nordeste, nota-se, juntamente com a presença de condomínios fechados e loteamentos recém desenhados, a ocorrência de ocupações de moradia que se instalaram em um período de tempo muito curto, estas não apresentam qualquer infraestrutura como pavimentação das vias ou redes de abastecimento e coleta sanitária.

Fonte: OLIVEIRA, H. M., PLANEJAMENTO URBANO E A PRODUÇÃO DE DESIGUALDADES SOCIOESPACIAIS EM IMPERATRIZ/MA: interesses e conflitos na cidade contemporânea. João Pessoa/PB. 2018.

Ortofoto do ano de 2015 Ortofoto do ano de 2016

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