UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA Instituto de Humanidades, Artes e CiĂŞncias Estudos sobre a Contemporaneidade II Prof. Carlos Henrique
A INTERNET E SEU PAPEL POTENCIALIZADOR DE IDENTIDADES FRAGMENTADAS NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA THIAGO ASSUMPÇÃO
A partir de uma apresentação histórica sobre a formação da identidade, passando pelas transformações na comunicação até a chegada da comunicação mediada por computadores, este trabalho busca analisar o papel da internet e das redes sociais como colaboradores para o estabelecimento desse novo padrão identitário – fragmentado e mutante. Um conjunto de sinais apresentados pelos usuários de redes sociais aparece como justificativa para a importância que os indivíduos de hoje dão para a Internet e seu papel nesse jogos identitários. Finalmente, são lançadas questões sobre controle de conteúdo, capacidade de seleção de informação e observação de outros indicativos como também participantes
IDENTIDADE O SUJEITO DO ILUMINISMO O SUJEITO SOCIOLÓGICO O SUJEITO DA PÓS-
A EVOLUÇÃO DO ATO DE COMUNICAR COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL COMUNICAÇÃO DE ELITE COMUNICAÇÃO DE MASSA COMUNICAÇÃO INDIVIDUAL COMUNICAÇÃO EM AMBIENTE VIRTUAL
Internet e Redes Sociais: participantes de um processo construtivo de identidade • 5 anos / 5 milhões de usuários • Uma teia de laços fracos • Zona de semelhanças • A cultura do ciberespaço • A mutualidade: indivíduo/redes sociais É tolice, além de injusto, culpar apenas a eletrônica pelo que está acontecendo com as pessoas que nascem num mundo interligado por conexões a cabo, com fio ou sem fio. Os aparelhos eletrônicos respondem a uma necessidade que não criaram; o máximo que fizeram foi torná-la mais aguda e evidente, por colocarem ao alcance de todos, e de modo sedutor, os meios de satisfazê-la sem exigir qualquer esforço maior que apertar algumas teclas. (BAUMANN, 2004)
FOM O
*
OU A “DOENÇA DA INTERNET”
* FEAR OF MISSING OUT
FOMO
OU A “DOENÇA DA INTERNET”
João
é o típico jovem do século XXI. Já nasceu no tempo em que
máquinas datilográficas eram item de decoração e a expressão “cair a ficha” não tinha sentido lógico. É um moderador num fórum sobre games e personalidade influente no live streaming de estreia do BBB, todo ano. Seguido por quase 5 mil pessoas no Instagram dá dicas de dieta e exercícios para fitness. Está inserido em 9 grupos no Whatsapp, de amigos e colegas de faculdade até compromissos como promoter de festas organizadas via Facebook. Há dois dias João sofreu um assalto violento que além de deixá-lo com o braço direito deslocado levaram sua mochila com iPad e os dois celulares. Em recuperação sem sair de casa João se sente como o último colocado numa maratona. Enquanto todos já chegaram e sabem o placar ele ainda está no meio do caminho e sem ver as placas porque se perdeu. Angustiado, sente mais a dor da falta da conexão com o seu mundo do que a de seu braço agora engessado.
FOMO
OU A “DOENÇA DA INTERNET”
Maria passou a semana inteira baixando filmes que viu como top
recomendados em sua rede social para cinéfilos. Nesse sábado preparou o edredom e a pipoca e um bloquinho com caneta para tomar notas para postar em seu blog as resenhas de cada película. Já preparada para a ‘maratona’ passa os olhos pelo Facebook só para saber o que está acontecendo e postar seu programa da noite. Descobre que um grupo de amigos fez checkin numa boate perto de sua casa, que uma subcelebridade postou fotos de seu casamento “secreto”, que as fotos de formatura de uma prima estão online e que seu look não está digno. Manda beijo pelo Twitter para seus amigos que estão na boate e desmarca suas fotos no álbum de um desconhecido. Já está há 20 minutos vasculhando um canal no YouTube sobre maquiagem e tomando notas sobre quais lojas virtuais ela vai achar os kits de sombra pra repetir tudo em casa. Pensa em como estão seus amigos na boate, nos outros 100 vídeos sobre maquiagem do canal recém descoberto, que poderia simplesmente deitar e dormir e se vale mesmo a pena assistir a todos aqueles filmes. Se sente ansiosa e indecisa. Fecha tudo, desliga o filme e vai bater papo pelo Skype com um inglês que acabou de conhecer pelo Tinder.
• ___________. Identidade. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editores: 2004. • CASTELLS, M. A sociedade em rede. São Paulo, Paz e Terra: 1999. • GUIMARÃES JR, Mário José Lopes. A Cibercultura e o Surgimento de Novas Formas de Sociabilidade. Piriápolis, Uruguai:1997. Acessado em: 18/01/14 Disponível em: < • • HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro, DP&A: 1997. • HERMAN, Dan. The Fear of Missing Out (FOMO) Acessado em : 18/01/14 Disponível em: < http://www.danherman.com/The-Fear-of-Missing-Out-(FOMO)-by-Dan-Herman. html > • • HERMANN, Rosana. Porforofobia – Palestra de Rosana Hermann no YouPix. Acessado em18/01/14. Disponível em: < http://www.youtube.com/watch?v=iG9aLukIR0k> • LÉVY, Pierre. O que é o virtual? São Paulo. Ed. 34: 2003. • MARINHO, Leonardo. Fear of Missing Out (FOMO): A síndrome da era digital e mídias sociais. Acessado em: 18/01/2014. Disponível em: < http://deutilt.com.br/tecnologia/fear-of-missing-out-fomo-a-sindrome-da-era-digita l-e-midias-sociais/
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• BAUMAN, Z. Modernidade Líquida. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editores: 2001.
OBRIGADO