Revista Rradetur edição 11

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Ano 3 • Nº 11 Especial • 2015 | Distribuição Gratuita

Fórum debate os desafios e o futuro do Turismo em SC promoção

Os planos da Embratur para Santa Catarina

Estratégia

A ação da SOL na consolidação do turismo

PROJETO

Turismo de Experiência é o novo foco do Sebrae/SC

SOLUÇÃO

Boas alternativas na Gestão de Praias


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O neg贸cio do turismo

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Natal e Florianópolis #vivadeperto turismo.gov.br

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de adre nalinaviva perto

Brasil. Sede de experiências incríveis.

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A CASAN vive um novo momento: R$ 1,8 bilhão em

Flocodecantador da Grande Florianópolis. A Casan está realizando cerca de 30 grandes obras na região da Grande Florianópolis. A principal delas é o Flocodecantador, que vai deixar a água constante e mais cristalina, e vai aumentar em 50% a capacidade de tratamento já neste verão, beneficiando Florianópolis, São José, Biguaçu, Santo Amaro da Imperatriz e Palhoça.

investimentos até 2018. São mais de 200 obras em cerca de 100 municípios,

Macroadutora do Rio Chapecozinho. O maior projeto de transporte de água já realizado em Santa Catarina e uma das maiores obras da história da Casan, que vai garantir o abastecimento pelos próximos 40 anos à região Oeste.

EDITORIAL

Produção Fábrica de Comunicação Av. Madre Benvenuta, 1332 Florianópolis – SC Fone: (48) 3027-6000 www.fabricacom.com.br Idealizador do projeto e Diretor executivo Homero Gomes Diretor-geral Róger Bitencourt

que estão impulsionando a economia catarinense.

EXPEDIENTE

41 obras de redes de esgoto em todas as regiões do Estado. Ao final dessas obras, Santa Catarina ficará entre os 4 primeiros lugares do ranking nacional de tratamento de esgoto. Onde tem saneamento básico, tem mais saúde.

Mais de 30 estações de tratamento de água estão sendo instaladas ou ampliadas até 2018. Essas obras estão aumentando ainda mais o fornecimento de água para todo o Estado, dando mais segurança à população catarinense.

Mais 30 reservatórios estão sendo entregues, construídos, ampliados ou projetados para os próximos 3 anos. Maior capacidade de armazenamento e de abastecimento em todo o Estado.

Editora-chefe Camila Latrova Colaboraram com esta edição Ellen Sezerino Penélope De Bortoli Tatiane Silva Produção Alana Stromm Diagramação e capa Thiago Alan Moratelli Impressão Gráfica Pallotti Para anunciar: (48) 9911 4086 comercial@revistatradetur.com.br Para se corresponder com a redação: redacao@revistatradetur.com.br Para receber a revista: cadastre sua empresa ou instituição em: cadastro@revistatradetur.com.br

FAÇA A SUA PARTE NESTE VERÃO: A reserva domiciliar é fundamental para evitar a falta de água. Para definir o tamanho da caixa de água, considere 200 litros por dia por pessoa. RESPEITE A CAPACIDADE DO IMÓVEL: Evite alugar ou emprestar para um número de hóspedes superior ao limite do imóvel.

Distribuição Cinco mil cópias gratuitas e dirigidas em todo o Estado de Santa Catarina Fotos do evento Imagem & Arte Fabrício Almeida “A revista não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios, nem pelas opiniões contidas em artigos e entrevistas”

/revistatradetur

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www.revistatradetur.com.br

Onde tem CASAN,

Saiba mais em: www.casan.com.br

tem mais qualidade de vida.

O ano começa em ritmo acelerado para boa parte do trade turístico. Quem não se deixou contaminar pelo pessimismo e não aderiu a crise, preferindo trilhar o caminho das oportunidades, tem motivos para acreditar que os resultados positivos virão. Nesta edição especial, relembramos os principais temas tratados durante o Fórum Tradetur: Desafios do Turismo, e que permanecem relevantes para o início do novo ano. A iniciativa da Revista Tradetur foi muito bem recebida pelo setor. Não foi a toa que todas as principais lideranças do trade marcaram presença, motivo de sobra para dividir nossa satisfação com você, leitor. Diante do sucesso alcançado, dividido com você e todos os profissionais da hotelaria, organizadores de eventos e seus fornecedores, dos agentes de viagens, transportadores, o pessoal da academia e outros mais, é que reafirmamos aqui a realização do evento em 2016, com algumas novidades que serão divulgadas em alguns dias em nossas redes sociais e no portal. O ano de 2015 marcou fatos importantes para o setor. O início das obras do Centro de Eventos de Balneário Camboriú, a maior marina do Brasil, em Itajaí, a inauguração do Centro de Eventos do Norte da Ilha, em Florianópolis, bem como, a publicação da Proposta de Manifestação de Interesse (PMI) pelo governo do estado, visando a construção de um complexo turístico anexo ao equipamento de Canasvieiras, incluindo hotel e local para feiras e eventos. Boas novas e bons fluídos em ano de Jogos Olímpicos, o maior evento do planeta, e tudo o que poderá representar para o Brasil, o fortalecimento da imagem perante o mundo e o aumento contínuo do turismo internacional para além do Rio de Janeiro. Finalizo desejando a você, em nome dos editores e dos colaboradores de Tradetur, um ano de muito trabalho e conquistas. Que 2016 seja o nosso ano! Homero Gomes


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SUMÁRIO

36 16

42 50

32

20 12

DESAFIOS

22

Santa Catarina

46 36

cenário

46

SUSTENTABILIDADE

Infraestrutura e capacitação atrapalham o crescimento do setor

SOL discute a dificuldade de tirar boas ideias

Diante da crise, reinventar é a palavra de ordem

Custo da energia é um dos maiores gastos dos empresários do segmento.

16

26

40

50

ESTRATÉGIA

EMPREENDEDORISMO

INVTUR

Embratur promove os destinos turísticos nacionais

Sebrae/SC lança projeto de Turismo de Experiência durante Fórum TradeTur

Ferramenta ajuda empresas e municípios a traçarem estratégias competitivas

20

32

42

ENTREVISTA

Tufi Michreff Neto, diretor da Embratur, fala sobre as ações do Instituto

cruzeiros

Porto Belo inova ao instalar o primeiro porto turístico regularizado do Brasil

PRAIAS

Projeto Orla e o Programa Bandeira Azul se apresentam como alternativas

SOCIAL

Trade turístico catarinense se encontra no Fórum TradeTur

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artigo

Anésio Schneider, presidente do SITRATUH fala sobre a importância econômica do setor

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COLUNA

Conexão

Check-In

homero@revistatradetur.com.br

Investidor de peso, de fora do Brasil, demonstra disposição para aportar R$ 1 bilhão de dólares em equipamentos turísticos no Estado de Santa Catarina. O Governo já está atento.

Na prefeitura de Florianópolis, apreensão total do pessoal que trabalha para viabilizar a primeira marina de porte na Ilha. Tudo por conta da decisão judicial, proibindo a emissão de alvarás de construção.

O Parque Beto Carrero World é o local mais comentado do Brasil em 2015, de acordo com lista do Facebook. São 1,7 milhões de seguidores.

Homenagens Durante a 1º edição do Fórum Trade Tur, duas importantes entidades do trade turístico foram homenageadas. A Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-SC), pelo seu cinquentenário e a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-SC), pelos seus vinte anos de atuação. Nas fotos, o diretor Administrativo e Financeiro da ABIHSC, Guilherme Petry Makowiecky e o presidente da Abrasel Fábio Queiroz receberam placas comemorativas como reconhecimento pelo magnífico trabalho em favor do fortalecimentio do setor. Não poderíamos deixar de fazer uma singela homenagem.

Experiência Otto Schimiedt fez muita gente grande voltar aos tempos de criança, ao ensinar como dobrar o origami/ folder do Projeto de Turismo de Experiência do Sebrae/SC, lançado durante o Fórum TradeTur. A dobradura vira um jogo em que os participantes escolhem as experiências incluídas no projeto. No Mapa

Veio para ficar

Hotéis não aderem à crise

Com a presença das principais lideranças do trade catarinense e um auditório lotado, efetivamente, por profissionais do setor turístico, o Fórum TradeTur - Os Desafios do Turismo deixou uma certeza: veio para ficar. Nos discursos das autoridades e no networking pelos bastidores, a voz corrente de que o evento preenche uma lacuna no estado, ao promover o debate e apontar soluções para os desafios do setor.

Hoteleiros estão eufóricos nesta temporada. As razões? A Santur projeta crescimento de 20% nos voos charter e a alta verificada na taxa de ocupação de novembro, mês de muitas chuvas na Grande Florianópolis. O dólar valorizado frente ao real, e a bela campanha promocional do Governo do Estado nos principais polos emissores contribuem para o otimismo.

Os estados tem até março para sugerir a inclusão de municípios no Mapa do Turismo Brasileiro. A inclusão garante o acesso aos programas e aos recursos do Ministério do Turismo. O levantamento e registro dos atrativos, dos serviços e equipamentos turísticos foi tema do Fórum, com a palestra “Como usar o Inventário da Oferta Turística diante do Cenário Econômico Brasileiro.”

Obra Durante a assinatura da ordem de serviços para as obras do entorno do que será o maior centro de eventos de Santa Catarina, em Balneário Camboriú, a presidente do BC Convetion, Margot Rorenbrock Libório, criticou o Governo Federal pela demora na liberação dos R$55 milhões. A empresa responsável pela obra estaria trabalhando sem receber. Na foto abaixo, Margot com o prefeito Edson Renato Dias e o secretário de secretário de Turismo e Desenvolvimento Econômico, Ademar Schneider.

Divulgação/BC Convention

Por: Homero Gomes

Sem Vistos O catarinense Tufi Michreff Neto, diretor da Embratur, apresentou a bela campanha do órgão de promoção turística para a América Latina, mercado prioritário para o Brasil, além dos Estados Unidos. Aliás, a Embratur já está realizando ações no mercado americano, apostando na isenção de vistos.

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futuro

Na avaliação do Presidente da Santur, Valdir Walendowsky, a infraestrutura ainda é o maior desafio do turismo catarinense. “Não existe turismo sem acesso e, sem dúvida, uma das grandes fragilidades do estado são os aeroportos, não só da James Tavares/Secom

Capital, mas todos eles”, afirmou o presidente, que foi um dos participantes do Painel “Os Desafios do Turismo em Santa Catarina”. Para falar sobre a questão dos terminais aeroviários, o representante Infraero em Santa Catarina foi convidado para participar do Fórum TradeTur, mas declinou o convite. O Ministério de Aviação Civil, também foi convocado para participar do principal painel do evento e alegou indisponibilidade financeira para participar.

Regionalização Valdir destacou também que a falta de planejamento turístico alinhado com o Plano Diretor das cidades é um grande entrave na hora de traçar as estratégias e melhorias. “Não só as grandes, mas as pequenas que contam com potencial para serem bons destinos. Se não cuidar da natureza, onde o setor de mobiliário interfere muito, nós vamos destruir as oportunidades turísticas em Santa Catarina.” Ele destacou que o Estado foi pioneiro no trabalho de regionalização do turismo. “O resultado deste planejamento são as cidades do interior que entraram no circuito turístico nacional. Cito, por exemplo, Piratuba e Treze Tílias, dois municípios que se desenvolveram graças a um trabalho de interiorização e

Os desafios do Turismo

regionalização”, defendeu o presidente.

Infraestrutura e capacitação são os dois obstáculos que seguram crescimento do setor

A

s vésperas de mais uma temporada de verão, Santa Catarina se prepara para receber um número recorde de turistas. Com o aumento, também

cresce a preocupação com os nossos gargalos, que a cada temporada ficam mais visíveis. Este, entre outros obstáculos que o trade turístico catarinense precisa superar foram discutidos na primeira edição do Fórum Trade Tur – Os Desafios do Turismo. Promovido pela Revista TradeTur, o evento reuniu cerca de 200 pessoas no auditório do Majestic Palace no dia 24 de novembro e abriu espaço para que autoridades, entidades ligadas ao Turismo e empresários pontuassem as dificuldades e as alternativas para o desenvolvimento sustentável da atividade turística.

O inspetor da Polícia Rodoviária Federal, Luiz Graziano, o presidente da Santur, Valdir Walendowsky, a secretária REVISTA

de Turismo de Florianópolis, Zena Becker, e oO negócio prefeito do turismo de Porto Belo, Evaldo José Guerreiro Filho, apresentam REVISTA

as alternativas para os gargalos do Estado. O negócio do turismo

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14

Zena Becker, secretária de Turismo de Florianópolis

Valdir Walendowsky, presidente da Santur

A secretária de Turismo de Florianópolis, Zena Becker, falou

BR 101 até São Francisco do Sul, tem em média 30 quilômetros

sobre a infraestrutura da Capital e da precária capacitação

de congestionamento.”Graziano destacou também a questão

dos profissionais que trabalham com o turismo. “Florianópolis

da segurança, que é uma grande preocupação da Polícia.

recebeu da Revista Viagem o título de melhor destino de praia

“Felizmente somos o Estado com menor problema de

do Brasil e de repente, uma cidade que tem 600 mil habitantes,

segurança do Brasil. Mas não temos como estar em todos os

em curto espaço de tempo passa a ter mais de um milhão e

lugares ao mesmo tempo e não existe efetivo para fiscalizar

duzentos mil. Diante desse cenário, precisamos pensar que

tudo”. Ele lembrou que a Operação Verão é considerada a

não existe infraestrutura que seja perfeita e acredito que cabe

melhor do Brasil, diante da infraestrutura oferecida. “O trabalho

a nós, moradores, sermos compreensivos e tentar colaborar,

é realizado de forma integrada entre municípios, Polícia

principalmente no trânsito. No entanto, segundo ela, os

Militar, Polícia Civil e outras entidades. O problema é que o

representantes do setor público estão confiantes que o

aparato governamental é deficiente, principalmente quando

Estado fará uma boa temporada em 2015. “Ainda temos muita

falamos em fiscalização”. Para o inspetor, a questão cultural

coisa para melhorar, mas estamos preparados para mais uma

também colaboraria para a melhoria do tráfego. “A polícia faz

boa temporada”. Para Zena, entre os quesitos que precisam

a sua parte, mas a sociedade precisa fazer a dela”, comentou.

ser melhorados está a capacitação. “Temos muitos cursos, mas precisamos estimular as pessoas a procurarem esses

A questão do turismo náutico

cursos. Muitas vezes, os empresários precisam de pessoas qualificadas para contratar e não encontram”, afirmou. O

O prefeito de Porto Belo Evaldo José Guerreiro Filho, foi

presidente da Santur aproveitou o momento para destacar

convidado para o Fórum para apresentar a aposta do município

a importância do turismólogo na gestão publica eficiente.

no turismo náutico, com foco no recebimento de cruzeiros,

“São fundamentais e infelizmente a Secretaria de Turismo de

aquecendo a economia local na temporada. A cidade abriu

Florianópolis conta com poucos. Sugiro que os estudantes e

o primeiro porto turístico regularizado do Brasil. Segundo o

profissionais lutem pela causa e pela capacitação.”

prefeito, o desafio está em aproveitar os 500 quilômetros de costa que Santa Catarina oferece. “O poder público precisa

Alto índice de veículos

priorizar o turismo como desenvolvedor econômico e social das cidades. Conseguimos fazer isso na nossa cidade, mas

O Inspetor da Polícia Rodoviária Federal, Luiz Graziano,

acredito que o grande desafio é articular todas as forças

ressaltou que o turismo é uma indústria limpa e deve ser a

sociais nesse mesmo caminho. Eu só vou ter uma cidade boa

grande saída econômica para o Estado. Durante o painel,

para o turista quando ela for boa para o meu morador”.

ele destacou o alto índice de veículos por pessoas em Santa Catarina e falou sobre a falta de efetivo policial para atender

Os dados da Fundação Getúlio Vargas, apresentados pelo

a demanda. “Santa Catarina possui hoje uma das maiores

prefeito durante o evento, demonstram que um navio

relações carros/habitantes no Brasil. Somente nas pontes o

de cruzeiro impacta desde os passageiros, tripulantes,

índice é de 1,4 pessoa por veículo”. Nesta temporada, nove

hotéis e gastronomia. “O turismo náutico implantou na

rodovias federais no Estado serão monitoradas, sendo que a

economia do Brasil mais de 2 bilhões em 2014. Fiz questão

BR 101 é a mais importante, devido ao maior fluxo de turistas.

de trazer porque com números conseguimos ter noção do

“Quem vem do sudeste rumo à Florianópolis, Itapema,

impacto na economia. Enquanto o mercado internacional

Balneário Camboriú, encontra obstáculos em Garuva. No Sul,

aumentou 6,9% na última temporada, o brasileiro diminuiu.

temos o problema do Morro do Formigão. A BR 280, que liga a

A pergunta é por que?”, questionou o prefeito. REVISTA

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Luiz Graziano, inspetor da Polícia Rodoviária Federal.

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Evaldo José Guerreiro Filho, prefeito de Porto Belo

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17 Klaus Balzano/CCommons

PROMOÇÃO

Os novos planos de divulgar o Brasil lá fora Mesmo com a carência de recursos, Embratur promove os destinos turísticos nacionais

Além de um novo olhar para a promoção internacional do País e em especial o estado de Santa Catarina, a Embratur quer se aproximar do trade

Quatro eixos de trabalho da ordem de U$ 16 milhões, mas chegaram a U$ 100 bilhões em 2011, a entidade tratou de focar na promoção do Brasil

Prestes a completar 50 anos em 2016, a nova fase da

na América do Sul e em países que conjugam maior volume

Embratur é focada em quatros eixos: a promoção e imagem

de visitantes, de gasto médio e permanência.

internacional do Brasil, a ampliação da oferta de destinos nos roteiros turísticos, o apoio a comercialização dos

A reaproximação com o trade turístico também tem sido

destinos e produtos turísticos brasileiros no exterior e a

uma tática da Embratur depois que a nova administração,

consolidação da marca “Brasil”, que segundo Tufi é uma das

capitaneada

Lummertz,

mais reconhecidas mundialmente. “As ações da instituição

assumiu, em junho de 2015. “Nos últimos meses, além de

têm como público-alvo o trade internacional, basicamente

um novo olhar para a promoção internacional do País, e

formado por operadores de turismo e agentes de viagem, a

especialmente Santa Catarina, temos nos aproximado do

imprensa e o consumidor final, ou seja, todos eles também

trade. Queremos fazer mais parcerias e permitir que as

turistas em potencial”. Segundo Michreff, o objetivo é elevar

pelo

catarinense

Vinícius

entidades e empresas participem das nossas decisões e

a entrada de turistas, o valor do gasto médio dos estrangeiros

pesar dos percalços que o País tem passado com a crise e um corte de 41%

A

menos isoladas do ponto de vista de governo”, destacou

no Brasil e o tempo que permanecem aqui. “Estamos com

no orçamento da Embratur em 2015, a divulgação do Brasil no exterior não

o diretor de Administração e Finanças da instituição,

um plano operacional de ações e ferramentas de promoção

parou. Desde 2013, a entidade - que já foi empresa, agora é instituto e pretende

Tufi Michreff Neto, que representou Lummertz na

e comunicação específicas por país para divulgação de

virar agência - é responsável por realizar, exclusivamente, ações de promoção,

apresentação sobre a Nova Política de Promoção e

destinos e produtos turísticos a partir de cinco grandes

marketing e apoio à comercialização dos destinos, produtos e serviços turísticos

Comercialização do Turismo Brasileiro durante o Fórum

segmentos: Sol e Praia; Ecoturismo e Aventura; Cultura;

brasileiros no mercado internacional. Com recursos escassos, que em 2015 foram

TradeTur - Os Desafios do Turismo.

Esporte; Negócios; Eventos e Incentivo”, explicou.

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19 A presença da Embratur no mundo é articulada nos

restante do país, tem muito a ganhar com possibilidade

escritórios de relações públicas presentes em 15 países, cujo

de gerar desenvolvimento econômico, emprego e renda”,

trabalho principal é o acompanhar diariamente o noticiário

completou o diretor.

Divulgação/Embratur

18

estrangeiro em relação ao Brasil, buscando respostas ativas sobre aquilo que pode prejudicar a imagem do país. “Além

O Brasil está há oito anos no top 10 do ranking da

disso, 13 executivos fazem o contato direto com o trade

International

dessas regiões e levantam informações sobre os mercados,

(ICCA), instituição divulga os países mais realizam eventos

facilitando a escolha das melhores estratégias de promoção

associativos internacionais ao redor do Mundo; “Tivemos

do Brasil no exterior”, argumentou o executivo. Os países

um crescimento de 369% em 11 anos”, analisou Tufi, que

alvos para prospecção da Embratur na América do Sul são

esclarece que “ainda temos problemas com equipamentos

a Argentina, Chile, Colômbia, Paraguai, Peru e Uruguai. Os

públicos que permitam receber grandes eventos, mas

Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido vêm logo em

temos trabalhado para minimizar o déficit, lançando

seguida recebendo ações estratégicas.

anualmente um edital de apoio à captação de eventos.”

Negócios e eventos têm destaque

Entre outras ações da Embratur estão as ações de divulgação.

Congress

and

Convention

Association

Campanhas publicitárias e a comunicação digital por meio das A participação em eventos, como feiras, workshops

redes sociais e ações especiais estão incluídas no planejamento

e roadshows também tem recebido um esforço extra

da instituição. Para 2016, estão previstas duas grandes

da instituição. Na avaliação do diretor da Embratur, o

estratégias, a reformulação e o lançamento de um novo

segmento em Santa Catarina vem se consolidando. “Este

website do “Visit Brasil”, mais interativo e no formato de um

ano trabalhamos com Florianópolis e Joinville na captação

grande portal, permitindo que estados e municípios possam

de eventos internacionais e o Estado, assim como

aparecer melhor e ressaltando o turismo inter-regional.

A atuação da Embratur é articulada em 15

Workshops em países estratégicos,

escritórios em diversas partes do mundo.

como o Uruguai (foto abaixo) é uma

Na foto, executivos apresentam os

das estratégias do Instituto

atrativos do Brasil na Rússia

Divulgação/Embratur

Entraves de promoção As dificuldades financeiras e de orçamento são o principal

30 vezes o que o Brasil teve de recursos em 2015. “Atuamos

entrave para a promoção do Brasil lá fora. Além do corte de

arduamente para fazer com que o turismo realmente tenha

41% no orçamento da Embratur em 2015, o Ministério do

um olhar diferenciado pela área econômica do Governo,

Turismo perdeu 73% do seu orçamento também neste último

que o segmento necessita de recursos para que esteja

ano. A restrição dos recursos e a defasagem cambial fez com

desenvolvendo melhor a sua ação e seu trabalho. No último

que a definição de prioridades fosse mais estratégica ainda

ano, o País recebeu U$ 7 bilhões em divisas somente com

para instituição. “Não é fácil fazer a promoção de um país

a atividade turística que impacta 56 atividades econômicas.

como o nosso, um pais continental, de grandes proporções,

Mas ainda precisamos convencer que temos capacidade de

e concorrer, principalmente com o Caribe”, desabafou Tufi,

ampliar e tornar o setor uma área de ponta, do ponto de vista

que em sua palestra ainda lembrou que o México investiu

de retorno financeiro. Ao final, nossa expectativa é bastante

U$ 500 milhões na promoção do país no exterior, mais de

positiva”, completou o diretor.

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ENTREVISTA

mas também pelo transito aéreo, é estratégica para o Brasil, permitindo um crescimento substancial para o Estado. Temos feitos parceria com a SOL e com Santur, em diversas press

“Santa Catarina tem muito mais a ganhar

trips, em eventos como a Oktoberfest e o Festival de Dança

na América do Sul do que os outros

de Joinville. Estamos atuando com os Conventions Bureaus

estados, do Norte e Nordeste, por causa

com a captação de eventos internacionais, no sentido de

da proximidade “, afirma Michreff durante a

potencializar melhor Santa Catarina.

palestra no Fórum

Quais as principais dificuldades do Estado? Na nossa avaliação, o principal entrave é questão aeroportuária em Santa Catarina, uma das coisas que dificulta inclusive trabalhar a vinda de novos vôos internacionais

Santa Catarina na visão da Embratur

é a capacidade do aeroporto aqui da Capital, o Hercílio Luz. Acho que esse é um grande entrave, que o Fórum Parlamentar Catarinense, o Governo do Estado e o Governo Federal tem buscado uma solução e acho que no decorrer dos próximos anos isso finalmente vai ser solucionado, possibilitando que Santa Catarina realmente torne-se um grande estado turístico e com potencial de receber ainda mais turistas estrangeiros. Nosso presidente e o ministro têm

Questão aeroportuária é a principal falha do Estado, avalia Tufi Michreff Neto, diretor de Administração e Finanças da entidade

se envolvido diretamente junto ao Fórum Parlamentar e ao

Como fica Santa Catarina no universo da promoção internacional do Brasil?

Quais os pontos fortes do estado no segmento?

Ministério da Aviação Civil para tentar costurar e agilizar esse processo que caminha no sentido de conceder o terminal à iniciativa privada.

Santa Catarina é um Estado que permite ter uma diversidade Nosso trabalho com Santa Catarina acaba se inserindo em toda essa ação

do ponto de vista de segmentos turísticos e uma proximidade

que fazemos no global. Mas na campanha de Verão, que estamos priorizando

muito fácil. Você pode estar na praia e em 100 quilômetros

a America do Sul, Santa Catarina tem muito mais a ganhar do que outros

estar na serra. Tem essa opção cultural diversificada não só da

estados, por exemplo, do Norte e Nordeste, principalmente pela proximidade.

natureza, mas com a cultura. Isso permite o conhecimento

O trabalho que temos na América do Sul tem partido desse pressuposto que a

da herança da cultura alemã, portuguesa, açoriana, italiana

proximidade dos países vizinhos vai permitir trazer um incremento na entrada de

e toda essa mistura permite que seja um estado especial e

turistas estrangeiros. E Santa Catarina, não só com a entrada de turistas por terra

diferenciado, reconhecido como um grande destino turístico.

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SANTA CATARINA

Muito para

Desafios Sobre enfrentar desafios, o secretário colocou que é necessário fazer um movimento de articulação social para

AVANÇAR

que todos “os setores envolvidos com o turismo possam se unir para que o segmento deixe de ser um elemento econômico e se torne de fato um eixo de desenvolvimento”. Na avaliação de Mello, é preciso construir uma política pública para o turismo, desenvolvendo as três áreas de abrangência da Secretaria (o turismo, a cultura e o esporte) de forma legal, equilibrada e sustentável. “Gerar novas oportunidades de trabalho e renda, promover a equidade entre as regiões do Estado, intensificar as áreas do turismo, da cultura e do esporte catarinense,

Douglas Scortegagna/CCommons

interagindo suas atividades o ano inteiro e integrando a pasta aos seus órgãos vinculados e às Secretarias de Desenvolvimento Regional “, afirmou. Santa Catarina foi considerada o melhor destino turístico do Brasil em setembro e na visão do secretário, agora é o momento de tirar as estratégias do papel e torná-las realidade. “Nosso Estado avançou muito nos últimos anos, sobretudo deixando de ser um lugar de sol e mar, mas um Estado que possui 10 regiões turísticas distintas, 10 regiões com capilaridade, com rede hoteleira, com trade organizado, com empresários, homens e mulheres que fazendo a diferença na construção do turismo nacional. E é por conta disso que Santa Catarina foi considerada o melhor lugar do Brasil”, defendeu.

Turismo em Santa Catarina precisa crescer e se tornar um eixo de desenvolvimento

“Manter aquilo que está funcionando é fácil. O difícil

A união faz a força

é mudar aquilo que não está funcionando alega o Secretário Filipe Mello durante o discurso

Durante a palestra, o secretário reforçou a importância de se trabalhar em conjunto para que o turismo cresça e ganhe status, ao questionar os presentes sobre temas

Estratégias

C

om um discurso leve e descontraído e compartilhando as lembranças de

questões pertinentes: O que é importante para o turismo

quando viajava com a família na infância, o secretário de Estado do Turismo,

nesse momento em Santa Catarina? Qual a importância por

Para isso, a ordem na SOL é criar e dividir o planejamento

Cultura e Esportes, Filipe Mello, abriu a programação do 1° Fórum TradeTur – Os

conta das nossas diferenças regionais? O que faz do Estado

das estratégias com todos. “O Observatório do Turismo,

Desafios do Turismo”. Apesar da fala tranquila, o secretário logo nos primeiros

esse mosaico social que o torna diferente para o turismo

está em fase de conclusão de implementação e deve reunir

minutos deu o tom do que seria sua palestra, que trouxe o tema ‘Estratégias de

nacional? E completa: “Há muito tempo nossas belezas

e sistematizar informações turísticas.” Filipe afirma que o

Promoção e Consolidação do Turismo em Santa Catarina. “Manter aquilo que está

naturais deixaram de ser um indutor para o nosso turismo.

turismo no Estado possui características bem distintas

funcionando é fácil. O difícil é mudar aquilo que não está funcionando. Temos

Beleza por beleza existem muitos em muitos estados afora.

e regionais e a atividade o passou a ser cada vez mais

muito que avançar. Muito que melhorar. Buscando resultados e fazendo com que

Santa Catarina precisa se orgulhar de ser um grande destino

estratificada. “É como uma grande loja de departamentos,

os desafios diários sejam superados. Nós precisamos nos dedicar aos problemas.

turístico, e para isso acontece, nós precisamos de algumas

com cada setor vendendo um produto bem diferente um

Nossa estratégia esta aí, ligada às dificuldades, porque dentro dos problemas e das

ações. Todas elas em conjunto com municípios, estado,

do outro. A questão estratégica é identificar qual produto

divergências e que nós crescemos”, enfatizou Mello.

Governo Federal, Ministério do Turismo, Embratur, trade, etc.

do turismo se quer vender dentro de uma realidade local.O negócio O turismo

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Felipe Valduga/CCommons

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A ausência de uma infraestrutura náutica em

Mello defendeu que apesar das dificuldades,

Santa Catarina, especialmente em Florianópolis,

o Estado investiu aproximadamente R$ 100

é um dos gargalos do turismo no Estado

milhões no segmento em 2015

Recursos de eventos, por exemplo, é muito importante para uma

brincadeira que fez com o Ministro do Turismo, Henrique

Uma das críticas do secretário foi à forma de financiamento

Mercosul. Anteriormente a Secretaria usava os seus recursos

região e absolutamente ineficaz em outra. Temos o

Eduardo Alves, durante um sobrevoo por Florianópolis.

do turismo em Santa Catarina, que é indexada à receita

para três campanhas: uma focada no turismo, uma focada

litoral, com seus 452 quilômetros de costa ocupável, e

“Eu pedi ao ministro que olhasse com atenção nossos

corrente liquida do Estado. Isso significa que em meses

no esporte e outra focada na cultura. E no início desse ano

que mesmo assim tem diferenças gritantes entre si. Mas

portos, piers e marinas. Quando pousamos, ele, muito

de boa arrecadação, existem recursos, em meses de baixa

a decisão foi fazer a divulgação e promoção das áreas de

é a união de todos os produtos que se constrói a pujança

educadamente, pediu desculpas e disse que não

arrecadação não há. “Nós propomos a extinção do Sistema

maneira integrada. “Santa Catarina é um Estado importante

turística atual”. O secretário defendeu que, ao contrário

conseguiu visualizar”, descreveu o secretário, fazendo

Estadual de Turismo, Esporte e Cultura, o SEITEC. E eu

turisticamente também por conta do seu desporto e da sua

de todos os outros estados do País, SC tem demonstrado

referência às dificuldades na legislação para a implantação

tenho aberto os números de arrecadação e aqui justifica

cultura. Não há como dissociar uma ação da outra,” ressalta.

um crescimento anual no fluxo turístico, ainda com

desses equipamentos. “Há uma discussão jurídica,

essa nossa defesa da mudança do sistema. Os R$ 122,8

muitos desafios e enfrentamentos. “Na mobilidade, na

sobretudo na esfera federal, que tem impossibilitado o

milhões arrecadados pelo SEITEC são divididos para vários

Apesar dos entraves e dificuldades, o ano de 2015 se encerrou

segurança pública, na qualidade dos serviços públicos

desenvolvimento náutico em Florianópolis. Como pode

segmentos, municípios, Tribunal de Justiça, Ministério

com um investimento de aproximadamente R$ 100 milhões

e privados prestados, na competitividade. Esses desafios

o Brasil querer se colocar como um país importante

Público, Assembleia Legislativa, etc. Ou seja, desse total que

no segmento, no Estado. É o maior investimento desde 2012

superados farão com que o turista sinta-se mais

no turismo internacional, com essa legislação arcaica

entrou de arrecadação de impostos via SEITEC, apenas R$ 58

no setor e se deu por conta da complementação de recursos

satisfeito”, avaliou Mello.

e ridícula que existe, afastando investidores e fazendo

milhões permaneceram na Secretaria para investimento nas

do Governo do Estado repassados à Secretaria, explicou

com que donos de empreendimentos turísticos sejam

três áreas. Por isso defendemos um orçamento ao modelo

Filipe Mello. “Em torno de R$ 42 milhões foram repassados

muitas vezes considerados criminosos, e diminuindo

anterior, cuja previsão seja fixa, do que um orçamento

à nossa Secretaria para que pudesse fazer frente às nossas

o espaço do Turismo”, desabafou. Mello alega que

vinculado à arrecadação e com todos esses descontos

demandas. Em parceria com a Santur, com A Fundação

A ausência de uma infraestrutura náutica em Santa

muitas vezes, os setores ligados ao Meio Ambiente do

obrigatórios”, explicou.

Catarinense de Cultura e a Fesporte, estamos trabalhando

Catarina, especialmente em Florianópolis, é um dos

governo impede o desenvolvimento e a construção de

gargalos do turismo no Estado, assim como a falta de

empreendimentos turísticos. “Aí vem a indústria, com

No início de 2015, com a previsão da crise financeira e a

Estado, em parceria com todas as entidades, com todo o

alinhamento e diálogo entre os setores de Meio Ambiente,

seu poderio econômico, muitas vezes a indústria suja, a

consequente incerteza na arrecadação, a secretaria optou

trade, fazendo o maior investimento dos últimos anos, com

impóssibilitando lita o desenvolvimento em muitos

indústria poluidora, aquela que gera efetivamente danos

por diminuir os investimentos internacionais e avançar

recursos em todas as regiões do Estado distribuídos de

aspectos. Durante o Fórum, Filipe Mello compartilhou uma

reais e nocivos ao Meio Ambiente e essa pode se instalar.”

nos investimentos para a promoção interna e focada no

forma coordenada e planejada”, finalizou.

Entraves

de forma pragmática no desenvolvimento do setor no REVISTA

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27

EMPREENDEDORISMO

O Turismo de Experiência ganha novos adeptos ano após ano. Os visitantes estimulam o paladar, o olfato e as diversas sensações que cada atrativo oferece

A

diferença

do

convencional

é

TE

engaja

as

turismo que

o

pessoas

por meio de atividades diversas e únicas, como a

atividades

prática outras

manuais,

esportiva, ações,

entre

envolvendo

Fotos: Jeferson Severino

o turista em situações onde ele é o personagem principal. Um exemplo é o tour oferecido no Projeto Tamar, no Rio Vermelho em Florianópolis. Além de visitar os animais, dentro do projeto do Turismo de Experiência, os turistas “dão banho” e alimentam as tartarugas. “É uma forma mais consistente de conscientizar e educar as pessoas sobre

Todos os Sentidos

a preservação. Elas nunca vão esquecer essa experiência”,

Novo projeto do Sebrae/SC, lançado durante o Fórum TradeTur, destaca Turismo de Experiência na Grande Florianópolis

As opções para as empresas criarem novas oportunidades

Camila Latrova*

espécies marinhas nativas, até montar uma caipirinha em

conta Eduardo Livramento, um dos responsáveis pelo tour. Essa modalidade de turismo ganha novos adeptos ano após ano, atraindo um público mais exigente, mais participativo.

Alimentar e limpar as tartarugas do projeto Tamar estão entre as experiências propostas no projeto do Sebrae/SC

de negócios neste conceito são infinitas. Desde um serviço que exige treinamento prévio, como mergulhar e conhecer um hotel à beira da praia pode ser considerado um produto

onheça, explore, deguste, navegue, saboreie, descubra,

C

atrativos turísticos por meio da cultura, da história, da

turístico de experiência, quando este é executado com

experimente e jogue. Essas são a palavras de ordem

gastronomia e das belezas naturais da região. “O projeto foi

planejamento e criatividade.

do projeto Turismo de Experiência do Sebrae/SC, lançado

uma iniciativa do Sebrae-SC, que ainda em 2014 reuniu alguns

oficialmente durante o Fórum Trade Tur e, depois, apresentado

empresários para fazer um benchmarking pela Serra Gaúcha,

A empresária Claudia Martins possui dois estabelecimentos,

para 20 jornalistas especializados em Turismo nos dias 2 e 3

que já explora este conceito há algum tempo. As empresas,

uma quitanda de produtos orgânicos no Mercado Público

dezembro por meio de uma Press Trip.

cujo produto e perfil atendem esse estilo de visitação

e um restaurante em uma das ruas mais antigas do centro

formaram um grupo e passaram por uma consultoria. No

da Capital. Com a ajuda e planejamento do Sebrae/SC, ela

A meta é estimular todos os sentidos dos visitantes durante

entanto, para participar, não basta ser só um lugar bonito de

montou a experiência Paladares da 10ª Ilha, que começa

a experiência turística e garantir que micro e pequenos

olhar, a experiência precisa estimular todos os sentidos”, conta

com os visitantes na quitanda, provando e escolhendo

empresários da Grande Florianópolis comercializem os

Otto Walter Schmiedt, consultor técnico do Sebrae-SC.

os ingredientes, todos orgânicos, que serão utilizados

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29

28 gastronomia, do turismo náutico, e do turismo de experiência, sempre vinculado às tradições culturais e religiosas da cidade, Os

produtos

projeto

escolhidos

abrangem

pelo

entre elas, o artesanato e a olaria. “Para nós josefenses, é muito

os

bom poder divulgar nossa história, unindo cultura e turismo”,

todos

públicos, entre elas, participar de

defende o superintendente da Fundação, Carlos Eduardo

uma uma aula-palestra sobre

Martins. Na cidade, as experiências exercitam o lado lúdico

cultivo e degustação de ostras

dos visitantes. Rita de Cássia Stotz, Rosilene Guedes Secco, Marizete Paseto Zonta, ou as Meninas da Terra, como são conhecidas na região, se conheceram na Escola de Oleiros de São José, em 2011. Do curso, surgiu uma amizade fortalecida

para preparar um prato típico

e muitos cafés para papear e produzir peças.

açoriano. Depois, caminhando pela rua comercial mais antiga

O hobby virou negócio quando os pedidos de parentes e

da Capital até o restaurant,e,

amigos ultrapassavam a capacidade de produção. “Antes

cada turista prepara seu prato

queimávamos as peças em um lugar terceirizado, mas aí a

ao estilo manézinho, incluindo

demanda cresceu tanto que resolvemos mudar para uma

Os aventureiros podem fazer rafting em Santo Amaro

avental de pano de chita e lenço

casa maior e construir o nosso próprio forno. Aí a coisa

da Imperatriz, jogar a tarrafa para capturar berbigão

na cabeça.

ficou séria”, conta Rita. Além da experiência de criar peças

na Costeira do Pirajubaé junto com os pescadores

de cerâmica, a casa/ateliê oferece um espetáculo à parte Durante o processo, muito sotaque

para os visitantes. Localizado no alto de uma montanha

ilhéu,

em meio ao verde, oferece uma vista para baia de São

música

tradicional

e

diversas

histórias antigas de Florianópolis. “No final,

José e a Ilha de Santa Catarina. “Aqui oferecemos

cada turista prepara a sua marmita de barro,

um café bem saboroso contamos histórias e

amarrada no lenço que vira um guardanapo.

nos divertimos muito.”

“Juntos, seguimos até a o Parque da Luz, onde sentamos para um delicioso piquenique”, explica Cláudia.

Para Alessandra Tortelli, consultora técnica do Sebrae-SC, a próxima

Os produtos escolhidos pelo projeto abrangem todos os públicos. Os aventureiros podem escolher fazer rafting em Santo Amaro da Imperatriz, jogar a tarrafa para capturar berbigão na Costeira do Pirajubaé junto com os pescadores, organizar torneios de carteado ou fazer um

As tradições da região da Grande Florianópolis estão presente em todo o roteiro. Os turistas têm a oportunidade de vivenciar muitas histórias tradicionais e participar de atividades artesanais

etapa do projeto é fortalecer a promoção e divulgação das 16 experiências. “Temos algumas agências dentro do projeto que já operam os passeios.

passeio interativo em um “Open Bus”, veículo que não

A ideia é divulgar o site

possui janelas ou teto na parte superior, pela estrada que

do projeto com todas as

corta o Parque Estadual do Rio Vermelho. “Hoje, o turismo

experiências, viabilizando a

está trazendo uma receita para a região, o que beneficia

comercialização”, conclui.

à todos”, argumenta Alberto Fermiano, durante a aula sobre cultivo das ostras. Ele e a esposa Sara Fermiano,

*A jornalista participou do press trip à convite do Sebrae/SC

oferecem o Ostra Xperience, uma aula-palestra sobre cultivo e degustação de ostras acompanhadas de cachaças artesanais e espumantes da Serra Catarinense.

As experiências exercitam o

Em São José, o projeto conta com o apoio da Fundação

de criar peças de cerâmica,

Municipal de Cultura e Turismo. A parceira é estruturada por meio de outro projeto: o Viver São José, que promove

lado lúdico dos visitantes. Além REVISTA

os visitantes aprendem a fazer bonequinhas de pano em São José.

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o desenvolvimento turístico do município nas áreas da

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30

Conheça as Experiências

Um Dia Inesquecível Experiência de preservação ambiental na reserva extrativista Pirajubaé ecoexperiencias.com.br

Tour das Experiências Passeio interativo de ônibus pela Ilha da Magia floripabybus.com.br

Ecorafting

História para Todos

A aventura na Serra do Tabuleiro despeja sementes de plantas nativas nas margens dos rios durante o rafting

Roteiro Cultural para surdos com experiências lúdicas de abayomis, olarias e artesanatos floripafreetour.com.br

apuamarafting.com.br

O Homem do Mar

6

Entre Gingas e Histórias: a Capoeira, Patrimônio Cultural da Humanidade

Ratones Uma Experiência da Terra ao Prato

Uma experiência inesquecível a bordo de um barco de pescador na Barra da Lagoa

Roteiro onde os sentidos são aguçados por elementos da natureza, com alimentação orgânica e Plantas Alimentícias não Tradicionais (PANCs)

apino.com.br

A Magia do Barro

Vivencie a ancestralidade afrobrasileira na arte da capoeira, samba de roda, contação de história e gastronomia típica. capoeiranaescola.com.br

jardimdorancho.com.br

Passeio histórico pelo Centro Cultural de São José e confecção de objeto de barro no ateliê de arte degustando um ótimo café com vista privilegiada.

Fotos: Jeferson Severino e Divulgação Sebrae/SC

Jogos da Experiência Espante o mau tempo, divertimento garantido com brincadeiras e jogos entre família e grupo de amigos

facebook.com/meninasdaterra

pousadafavareto.com.br

11

Faça Você sua Caipirinha

Experiência de Mergulho

Aprenda fazer e saborear a Caipirinha, que surgiu como um remédio para o corpo e atualmente é considerado solução para os males da alma

Mergulho com aula explicativa sobre espécies marinhas através de técnicas visuais em ambiente submerso

Alimentação e Banho Interativo com Tartarugas Experiência ambiental de preservação e interação com as Tartarugas Marinhas tamar.org.br

aguavivamergulho.com.br

restaurantecantodomar.com.br

Feira da Freguesia

OstraXperience

Paladares da 10a Ilha

Local de encontro dos moradores, atrações culturais, artesanato e gastronomia

Experiência enogastronômica e técnica com ostras nativas e exóticas numa tradicional fazenda de ostras no Ribeirão da Ilha

Roteiro histórico e gastronômico pelo Centro Histórico de Florianópolis

floripaexperience.com.br

www.conselheirodopaladar.com.br

facebook.com/culturaeturismosj

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PIONEIRISMO

Segundo um relatório desenvolvido pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) e Abremar (Associação Brasileira das Empresas Marítimas) sobre os cruzeiros, cada passageiro gasta, em média, R$ 200 em cada parada. Para aproveitar essa oportunidade, os pescadores e artesãos de Porto Belo contam com o fluxo de turistas para incrementar a renda familiar vendendo artesanatos e passeios pela baia ou até a Ilha João da Cunha.

Divulgação/MSC

Segurança para as companhias O alfandegamento do primeiro Porto Turístico do Brasil deu garantia para que as maiores companhias e operadoras de navios apostassem na cidade como escala e permitirá que, no futuro, transatlânticos atraquem na baía. Antigamente,

Porto dos Cruzeiros

o procedimento era feito no porto de Imbituba, o que onerava o custo para as operadoras de cruzeiros. “Estamos completando o ciclo de segurança jurídica, e por isso conseguimos estabelecer o porto regularizado fora de uma área de carga do país, com licença ambiental, com a cessão

Relatório da FGV e Abremar indica que cada passageiro gasta, em média, R$ 200 em cada parada

Porto Belo inova ao instalar o primeiro porto turístico regularizado do Brasil

L

íder nas escalas catarinenses de turismo de cruzeiros, o município de Porto Belo se prepara para mais uma temporada de atracações. Até o final de março de 2016 são aguardados 28 navios e cerca de 60 mil passageiros

circulando pelas ruas e praias da cidade, movimentando aproximadamente R$

Os números positivos apresentados no Fórum TradeTur demonstram um avanço em relação à temporada passada, que teve 10 escalas. O aumento de 180% deixa otimista empresários e o prefeito Evaldo Guerreiro. “Temos trabalhado intensamente para estruturar nosso porto. Tivemos muita dificuldade por ser tratar de uma legislação nova. Para esse ano, já conseguimos que a Receita

Patrick Klabunde/PMPB

12 milhões na economia local.

Federal e os outros órgãos deferissem o alfandegamento provisório”, explicou.

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Navio italiano Costa Pacifica será o maior a atracar na

Divulgação/PMPB

CCommons/ Pjotr Mahhonin

34

Para conquistar novos visitantes, o município também

cidade nesta temporada, com quase 4.800 passageiros

investe em uma infraestrutura viária eficiente

do Patrimônio da União e com a autorização da ANTAQ”, Everton Palaoro/ PMPB

diz o prefeito. Ele reitera que o empreendimento não trará benefícios apenas para Porto Belo. “Não temos a pretensão de ser o único receptor. Queremos este benefício para o Estado de Santa Catarina, e por isso, defendemos um ‘cluster’, ou seja, um conjunto de portos catarinenses.”

Infraestrutura completa

Para conquistar novos visitantes, o município também foca em ter uma infraestrutura viária eficiente. Vias importantes nas praias da cidade foram reurbanizadas. O projeto de reurbanização das avenidas Atílio Fontana e Almirante Fonseca Neves prevê ciclovias e travessias elevadas que levarão os pedestres até o acesso a orla. Por ouro lado, o acesso à Itapema e a BR-101 estão sendo refeitos para

“Não temos a pretensão de ser o único receptor. Queremos este benefício para o Estado de Santa Catarina, e por isso, defendemos uma união dos portos catarinenses”, argumenta o prefeito Evaldo Guerreiro

Além de investir no mercado de transatlânticos, o

atender ao grande fluxo de veículos, ao mesmo tempo

município também quer que barcos de pequeno porte

em que garantirá maior segurança a pedestres e ciclistas.

e de passeio tenham espaço. O projeto de instalação

“Identificamos a necessidade de realizar várias obras de

de uma marina pública na área da Enseada Encantada

infraestrutura, que estão em fase de execução nas avenidas,

O comércio local também recebe adaptações. Por meio

está em execução e deve contar com a iniciativa privada

nos acessos de praia, nas praças, no calçadão e na melhoria

do Procomtur (Programa de Competividade no Turismo),

como parceira. Atualmente, o projeto tramita na Câmara

no abastecimento de água”, argumentou Evaldo.

a Fundação de Turismo e o Sebrae/SC realizam diversos

Capacitação

cursos de capacitação e visitas técnicas para qualificar o

de Vereadores e deve entrar em licitação nos próximos meses. “Existem vários investimentos em infraestrutura,

Outra novidade é a o condomínio aeronáutico instalado às

atendimento ao visitante. “Envolvemos a comunidade, em REVISTA

que por mais que ainda não estejam completamente

Pescadores e artesãos de Porto Belo contam com o

margens da BR-101. O local realiza aproximadamente 6.000

diversos projetos como forma de capacitar os moradores,

prontos, já sinalizam, sobretudo para os investidores, uma

fluxo de turistas para incrementar a renda familiar

operações/ano. O condomínio recebe aeronaves executivas

levando-os gratuitamente aos atrativos e equipamentos

vendendo artesanatos e passeios

com artistas nacionais e internacionais que visitam a região.

turísticos da cidade”, finalizou o prefeito.

grande melhora do município”, afirmou Guerreiro.

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CENÁRIO

A

crise econômica não poupou ninguém e o trade turístico, apesar das boas perspectivas no incremento

de visitantes, apresenta em números os reflexos desse desaquecimento. “Ao mesmo tempo em que Santa Catarina vai receber 30% a mais de turistas em relação ao mesmo período no ano passado, o comércio vai contratar 50% a menos”, afirmou Fernando Werlich, vice-presidente de Turismo da Fecomércio/SC, durante o Painel “O Cenário Econômico para o Turismo do Fórum TradeTur – Os Desafios do Turismo, que reuniu representantes do Sebrae, da Fecomércio e da Ordem dos Economistas. Ele argumenta que o aumento do fluxo de turistas no Estado é também consequência da crise, uma vez que o consumidor precisou trocar as viagens ao exterior pelo turismo interno. Para Marcelo Mendonça, conselheiro da Ordem dos Economistas de SC, em um momento como esse é fundamental usar a criatividade a favor dos negócios. “O

Diante da crise, reinventar é a palavra de ordem Atual cenário econômico em Santa Catarina foi um dos temas centrais do Fórum TradeTur

grande desafio de todo o comércio é a sua capacidade de reinvenção de investimento”. De acordo com o conselheiro, a tecnologia tem um papel importante nisso e o empresário precisa estar atento. “Da noite para o dia ele pode ser atropelado por uma nova ferramenta e todo o seu negócio ir por água abaixo.”

Da esquerda para a direita: Fernando Werlich, vice-presidente de Turismo da Fecomércio/SC, Marcelo Mendonça, conselheiro da Ordem dos Economistas de SC e o mediador Róger Bitencourt atentos às soluções apresentadas por Alan Claumann, coordenador estadual dos Projetos de Turismo do Sebrae/SC REVISTA

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38 Bons exemplos Para Alan Claumann, coordenador estadual dos Projetos de Turismo do Sebrae/SC, Paris e Itália são os destinados mais procurados em todo o mundo e modelos a serem seguidos economicamente. “Eles sabem explorar as suas vocações turísticas”, observa. Claumann está à frente de diversos projetos focados no fortalecimento do Turismo em Santa Catarina, contemplando as vocações turísticas de cada região, fomentando a economia local. “Não é a primeira crise que o Brasil enfrenta e, aos empresários, cabe o desafio de se reinventar. Está nas empresas a chave para superar a crise”, declara. Para Werlich, a expectativa de comércio é que haja uma retomada da economia no final do próximo ano. “Para isso, é preciso que o empresário paute o Governo Federal de todas as suas batalhas”, opina. Mendonça afirma que ainda há muito o que se fazer para mudar o cenário econômico, mas o ponto de partida pode ser a indagação “Que tipo de turismo estamos querendo?”.

Alan Claumann, coordenador estadual dos Projetos de Turismo do Sebrae/SC

Fernando Werlich, vice-presidente de Turismo da Fecomércio/SC Marcelo Mendonça, conselheiro da Ordem dos Economistas de SC Mendonça

Capacitação para fortalecer Para atravessar a crise, Mendonça recomenda que as cidades, em especial Florianópolis, internalizem sua vocação turística. “Se fala em educação para o turismo, mas é preciso entender que não é apenas treinar garçons e taxistas, é preciso educar o empresário”, afirma. “Um das formas de explorar economicamente o turismo local é cobrar o acesso aos equipamentos, algo que não é bem feito no Brasil”, opina Mendonça. Para o economista, o estado não tem dinheiro nem capacidade para administrar o turismo. “Então a fórmula para o País sair da crise está nas mãos dos empresários. É preciso dar as concessões para quem entende – os empresários – pois são eles que fazem

“A fórmula para o País sair da crise está nas mãos dos empresários. É preciso dar as concessões para quem entende – os empresários – pois são eles que fazem as coisas acontecer”, declara Marcelo Mendonça

“É preciso que o empresário paute o Governo Federal nas todas as suas batalhas”, defende Fernando Werlich

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as coisas acontecer”, declara. REVISTA

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INVTUR

que reunimos em um mesmo banco de dados as características das diferentes regiões brasileiras, as belezas naturais, as entidades que trabalham em prol do turismo, é possível criar um plano de desenvolvimento para o setor”, comentou. O Invtur pode ser usado por empresários, prefeituras, governos, universidades e entidades. “É importante que cada município faça a sua inventariação básica para que, com os dados, possam ser planejadas ações para impulsionar os negócios e o setor”, frisou Henrique. O consultor lembrou ainda que a ideia da ferramenta é criar um documento que seja permanente, independente das mudanças de governo. “A ideia do Ministério do Turismo é criar um inventário do turismo brasileiro que não se

Informação é poder

Markito/Santur

perca com troca de governos”. Em Santa Catarina, o Invtur está sendo implantado nos nove municípios da região Costa Verde e Mar. “Os empresários podem ter acesso e usar a ferramenta para potencializar os seus negócios diante do atual cenário econômico. Podem analisar mercado turístico na sua região e traçar estratégias para se tornarem ainda mais competitivos”, comentou. Henrique Alves, Consultor e fundador da Consulturismo recomenda que cada município faça seu inventário turístico

Ferramenta do Ministério do Turismo ajuda empresas e municípios a traçarem estratégias competitivas

D

esde que foi criado em 2007 pelo Ministério do Turismo, o Plano Nacional de Turismo tenta profissionalizar a atividade turística no Brasil e impulsionar o setor, transformando-o em ferramenta

estratégica para geração de empregos e desenvolvimento socioeconômico. Na época, foram estabelecidos alguns macroprogramas. Entre eles, destaque para o Programa de Regionalização do Turismo – Roteiros do Brasil, que tem como proposta sistematizar o planejamento do turismo no País e coordenar os processos de desenvolvimento local, regional, estadual e nacional, de forma

COMO USAR

articulada e compartilhada.

A ferramenta está disponível gratuitamente no site: http://www.inventario.turismo.gov.br/

Um dos módulos desse programa previa inventariar a oferta turística no

Na página, qualquer usuário com o perfil visitante poderá acessar os dados de municípios que contam com o inventário.

Brasil, reunindo todas as informações em um banco de dados cujo acesso

Para que uma cidade seja incluída no Sistema de Inventariação da Oferta Turística, é necessário que o interessado (que

seria livre por todo o trade turístico. Foi aí que nasceu o Projeto Inventário da

pode ser uma IES ou o próprio município) entre em contato com o órgão oficial estadual de Turismo e os responsáveis

Oferta Turística, o Invtur. Durante o Fórum TradeTur, o consultor e fundador

no Ministério, solicitando a abertura.

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da Consulturismo, Henrique Alves, apresentou a ferramenta e ministrou uma palestra com o objetivo de incentivar o trade a usar o Invtur. “No momento em

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Mais informações: www.consulturismo.tur.br/

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Gestão de praias

ainda é desafio em

Santa Catarina

Daniele Gidsicki/ CCommons

ORLA

Sem padrão Por outro lado, André de Souza, superintendente da SPU, Nas principais praias de Florianópolis, a falta de organização

conta que uma das iniciativas governamentais para gestão

e padrão de uso se revela. Em alguns lugares mesas e

de praias é o Projeto Orla, cujo intuito é o ordenar os espaços

cadeiras concorrem com os carros pelo espaço na faixa de

litorâneos sob o domínio da União. Mesmo com a proposta,

areia. “As praias em outras partes do mundo são organizadas.

são poucos os que aderiram à iniciativa. “São apenas 18

Por que aqui no Brasil não conseguimos isso?”, questiona

municípios catarinenses que apostaram no Projeto Orla”,

Leite, do FloripAmanhã.

afirma. Na opinião dele, a gestão das praias ainda está de costas para o mar e a solução está no esforço conjunto. “Precisamos de parcerias, pois são elas que fazem as coisas

traz contradições. “Ambulantes autorizados na praia podem,

andar”, aponta. Souza enfatizou a importância da participação

mas a economia organizada, como a dos restaurantes com

parlamentar no tema, uma vez que é nessa esfera que as leis

suas mesas e cadeiras não podem”, avalia.

acontecem e que também podem ser mudadas.

Eduardo Batista/ CCommons

Iniciativas como o Projeto Orla e o Programa Bandeira Azul se apresentam como alternativas

Segundo ele, a confusão está na legislação, que não é clara e

A

costa brasileira possui mais de 8 mil quilômetros de extensão e cerca de duas mil praias. Esses lugares atraem, anualmente, cerca de 1,7 milhão de visitantes estrangeiros e 27 milhões de brasileiros. Mesmo sendo um

dos destinos mais procurados do mundo, o país enfrenta problemas na gestão de suas praias. Santa Catarina, um dos destinos mais procurados no país, é palco de discussões emblemáticas a exemplo das ocupações irregulares, proibição do uso de mesas e

No Pântano do Sul, em Florianópolis, carros

cadeiras na faixa de areia, dos beach clubs, entre outros. Temas polêmicos como

e ambulantes invadem espaço de areia REVISTA

estes foram assunto no Fórum TradeTur, durante o painel Gestão Compartilhada de O negócio do turismo

Praias, que contou com as presenças de Carlos Leite, da Associação FloripAmanhã, André de Souza, da Superintêndencia do Patrimônio da União de Santa Catarina

REVISTA

(SPU-SC) e Leana Bernardi, do Instituto Ambientes em Rede.

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45

44

Programa Bandeira Azul

Um modelo a ser seguido

MP transfere gestão

A certificação é voluntária e é sempre outorgada

As praias espanholas foram apresentadas no debate como

No último dia 25, a Medida Provisória 691/15 transferiu

governamentais, propõe um sistema de gestão ambiental

ao município onde se localiza a praia que cumpriu

um modelo de gestão exemplar. A lei de costas da Espanha

aos municípios litorâneos a gestão das praias marítimas

das praias. É o Programa Bandeira Azul, que confere

todos os critérios. Dessa forma, o governo municipal

define regras e detalha os tipos de equipamentos que

urbanas, inclusive as áreas de uso comum com exploração

um selo internacional às marinas e praias urbanas após

é o detentor do certificado, sendo o responsável

podem ser instalados nas praias, inclusive dá condições

econômica. Estão excluídos dessa transferência os corpos

passarem por 33 critérios de avaliação junto a um júri

pela manutenção da qualidade socioambiental. Uma

referentes às embarcações, automóveis e publicidade na

d’água (rios, riachos etc); áreas consideradas essenciais

nacional e outro internacional. A proposta do Programa

das principais dificuldades do programa, segundo a

praia. A lei determina que os municípios devem, antes do

para a estratégia de defesa nacional; áreas reservadas à

é elevar o grau de conscientização dos cidadãos em

representante do Bandeira Azul, é a falta de saneamento

início da temporada, apresentar ao órgão competente pela

utilização de órgãos e entidades federais; áreas destinadas à

geral e tomadores de decisão para a necessidade de se

básico nas praias. “Estamos em uma ilha com muitas

gestão das praias, um Plano de Praia. “No Brasil inexiste

exploração de serviço público de competência da União; e

proteger o ambiente praiano e costeiro, incentivando

praias e a maioria delas é imprópria para banho. Como

um plano de praias no período que antecede os meses de

áreas situadas em unidades de conservação federais.

a realização de ações que conduzem à resolução dos

queremos desenvolvimento sem olhar para a questão

maior fluxo”, lamenta Carlos Leite.

conflitos existentes. O processo conta com a participação

do saneamento?”, indagou Leana Bernardi ao se referir

dos municípios e de atores locais (moradores, iniciativa

às praias de Florianópolis. Das 122 praias analisadas na

A compreensão é que a gestão de praias somente é possível

pelas ações, omissões, multas e indenizações decorrentes

privada, empreendedores, ONGs e demais associações).

Capital, apenas 54 são próprias para banho.

com a definição clara de competências dos diversos órgãos

dessa gestão. O termo de adesão deverá prever a

públicos envolvidos e deve estar baseada em conceitos e

possibilidade de a União retomar a gestão a qualquer

princípios de gestão integrada da zona costeira. “Os benefícios

tempo se descumpridas as normas da Secretaria do

de uma gestão de qualidade está na utilização efetiva de um

Patrimônio da União (SPU) ou por razões de interesse

bem nacional, aumento na qualidade recreacional, aplicação

público superveniente. “Em contrapartida, o município

de legislação, promoção do desenvolvimento costeiro, entre

terá o direito sobre todas as receitas conseguidas com as

outros”, define André Souza.

utilizações autorizadas.”, conclui o superintendente da SPU.

Nos Ingleses, outro exemplo de falta de organização e fiscalização do uso da praia

Com a transferência, o município responderá integralmente

Lucas Gomes/ CCommons

Atramos/ CCommons

Outra iniciativa, desenvolvida por organizações não

Lagoa do Peri, em Florianópolis, recebeu a Bandeira Azul nesta temporada REVISTA

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Eficiência Energética na hotelaria

Divulgação

SUSTENTABILIDADE Algumas construções mais recentes já contam em seus

Da SCGás, a gerente de Mercado Urbano e Veicular, Adriana

projetos arquitetônicos inovações e equipamentos que

da Silva Ramos e o engenheiro de Tecnologia, Ivan Rocha,

são mais eficientes na economia de energia, entre eles

explicaram as vantagens econômicas, tecnológicas e

painéis solares e equipamentos que captam água da

ambientais no uso gás natural como suprimento na

chuva. Por outro lado, edificações mais antigas e hotéis

hotelaria. “Atualmente atendemos 33 hotéis nas cidades de

mais tradicionais encontram no alto custo de execução

Araranguá, Blumenau, Brusque, Criciúma, Florianópolis,

e na dificuldade de encontrar informação adequada,

Guaramirim, Jaraguá do Sul, Joinville, Navegantes, São

entraves para mudar.

Bento do Sul, e São José. Inclusive um de nossos clientes é o Hotel Majestic”, argumenta Adriana.

No Fórum TradeTur – Os Desafios do Turismo, o último painel tratou do assunto, reunindo representantes da

Segundo explica Rocha, o gás pode ser usado para

Casan, da Celesc e da SCGás. O debate foi mediado pelo

o aquecimento de água (chuveiros, caldeiras), de ar

presidente da Associação Brasileira de Hotéis de Santa

(secadoras de roupa, estufas), para a climatização

Catarina (Abih-SC), Samuel Koch. “A Associação tem feito

(condicionadores de ar), para a cocção (fornos e fogões),

esforços em ajudar os hoteleiros neste tema. Fizemos

para a geração de energia e cogeração em geradores,

uma parceria com a Celesc neste sentido, mas apenas

e estufas. A cogeração é definida como um processo de

um hotel deu continuidade. Estamos à disposição para

produção que proporciona o aproveitamento de mais de

encontrar as melhores soluções conjuntas para melhorar

70% da energia térmica proveniente dos combustíveis

a gestão dos empresários”, defende o presidente.

utilizados no processo. “A vantagem da cogeração à gás

O Painel contou com a participação dos especialistas Lucas Arruda, da Casan, Ivan Rocha e Adriana da Silva Ramos, da SCGás, e Arthur Rangel Laureano, da Celesc Hotel Majestic, sede do 1º Fórum TradeTur utiliza o gás natural como energético

Custo da energia é um dos maiores gastos dos empresários do segmento

P

reocupação constante do empresário que trabalha com turismo, principalmente os hoteleiros, o gasto com energia e iluminação nos empreendimentos está entre os itens que mais exigem recursos e

investimentos. De acordo com uma pesquisa do Programa Pró-Hotéis, as despesas com energia nos hotéis brasileiros são o segundo maior custo, ficando atrás apenas dos gastos com pessoal. No entanto bons projetos de eficiência energética podem reduzir esses custos em até 60% no consumo de energia e água. A definição conceitual de eficiência energética consiste em ampliar a

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transformação da energia primária em energia útil, ou seja, fazer mais com O negócio do turismo

menos recursos, garantindo economia financeira e preservação dos recursos. Em Santa Catarina, o principal desafio para a popularização deste conceito está

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em executar bons projetos inovadores de eficiência já existentes.

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natural envolve a redução dos custos operacionais, maior flexibilidade, maior aproveitamento da energia e maior confiabilidade no suprimento de energia, ou seja, sem picos, sem oscilações. Além disso, temos melhorias na qualidade da energia gerada, na redução dos custos de transmissão e na distribuição. Nos aspectos ambientais, o principal benefício é a redução nas emissões de poluentes”, afirma Rocha.

O custo da tarifa O engenheiro de Produção Eletricista da Celesc, Arthur Rangel Laureano, explicou aos participantes como é composto o custo da tarifa de energia, entre eles o peso dos tributos, que representam mais de 20% do custo. “As bandeiras tarifárias impressas nas contas são uma forma diferente de verificar o custo, mas geralmente passa Samuel Koch, presidente da ABIH-SC

despercebido”, afirma.

destacou a dificuldade dos hoteleiros em reduzir custos

Segundo Laureano, há pelo menos vinte anos, o Brasil

Adriana da Silva Ramos apresentou as

O engenheiro Ivan Rocha, da SCGás,

vantagens econômicas, tecnológicas e

defende o uso da cogeração como forma

ambientais no uso gás natural

de aproveitar melhor o uso da energia

possui programas de eficiência energética, reconhecidos internacionalmente, entre eles o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (PROCEL), executado pela Eletrobrás, o Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), executado pelo Inmetro e o Programa de Eficiência Energética, (PEE), executado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). “Em SC, desde 1989 a Celesc conta

Água

com um programa de eficiência energética, executando uma série de ações e projetos de combate ao desperdício.

Não apenas a energia causa inquietação nos empresários

Entre 1999 e 2014 foram 80 projetos concluídos, gerando

da indústria hoteleira. A Capital e algumas cidades

uma economia de 158,74 GWh/ano, o equivalente a 64 mil

catarinenses já sofreram com a falta dágua em temporadas

residências no mesmo período”, esclarece.

anteriores. A Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) garante, no entanto, que o problema

O engenheiro Arthur Rangel Laureano explicou aos participantes como é composto o custo da tarifa

Para os hotéis em operação, o engenheiro acredita que

não se repetirá, apesar do aumento do fluxo de visitantes.

algumas medidas simples, sem reformas estruturais, podem

“Com as obras que a Companhia tem realizado nos últimos

ajudar na redução do consumo. “Cores claras nas paredes e

meses, como a instalação da adutora de água tratada do

no piso, uso de painéis solares, uso de iluminação natural,

Itacorubi e a implantação do Sistema Flocodecantador na

instalação de reatores eletrônicos e refletores de alumínio

Palhoça, devemos ampliar a capacidade de tratamento

nas lâmpadas ampliam a capacidade de iluminação.

e distribuição de água”, assegura o superintendente da

Outra dica é usar sensores de desligamento e aproveitar a

Região Metropolitana da Grande Florianópolis da Casan,

vantagens da tecnologia LED”, conclui.

Lucas Barros Arruda.

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O superintendente da Casan, Lucas Barros Arruda, afirma que a região não terá

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problemas com o fornecimento de água O negócio do turismo

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50 SOCIAL

Trade se encontra no Fórum Ana Paula Schveitzer, Diretora de Turismo da Fundação Municipal de Cultura e Turismo, as consultoras do Sebrae/SC, Bianca Antoninni e Fernanda Sanches e o superintendente da FMCT, Carlos Eduardo Martins.

Tarcísio Schimidt, presidente do SHRBS registra-se para o evento

Anita Pires, da FloripAmanhã, conferindo o material do Sebrae/SC

Carlos Leite, da Associação FloripAmanhã, Tarcísio Schimidt e Homero Gomes

Andrea Alberti e o presidente da Abrasel/SC, Fábio Queiroz

Os participantes do Fórum recebiam o último exemplar da Revista TradeTur

Valdir Walendowsky, da Santur, e o prefeito de Porto Belo, Evaldo Guerreiro cumprimentam Homero Gomes pelo evento

Participantes aproveitam intervalo para trocar ideias

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Stanislau Bresolin da SHRBS e Eduardo Loch da Abav-SC

Alessandra Koerich, consultora do Sebrae/SC, monta o origami do Projeto Turismo de Experiência

Luiz Graziano recebe o material do projeto de Turismo do Sebrae/SC

A equipe de organização do Fórum comemora O negócio do turismo o sucesso do evento. Até a Próxima! REVISTA

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Divulgação/SITRATUH

Artigo

Em nome de um turismo melhor

VOCÊ QUER MAIS PARA O SEU NEGÓCIO? O SEBRAE QUER MAIS É ESTAR AO SEU LADO.

Por Anésio Schneider, presidente dos Sindicato dos Trabalhadores em Hotéis, Bares e Lanchonetes e de Turismo e Hospitalidade da Grande Florianópolis (SITRATUH)

O

Sindicato

dos

Trabalhadores

em

Sindicato lançou um carta enaltecendo a iniciativa da Revista TradeTur em reunir o setor, debater melhorias e propor alternativas

Hotéis,

agregado em busca de objetivos comuns. Enquanto

Restaurantes, Bares, Lanchonetes e de Turismo

entidade sindical, nos empenhamos em nome de um

e Hospitalidade da Grande Florianópolis entende

turismo sempre melhor. Após quase três décadas de

que nosso estado tem uma vocação turística muito

fundação, pela primeira vez, o SITRATUH oferece cursos

ampla e que se manifesta com visível crescimento. Uma

gratuitos visando uma mão de obra mais qualificada. Já

perspectiva exemplificada pelo turismo de eventos e

formamos turmas em cursos de espanhol, excelência no

negócios que, na última década, tem sido fortemente

atendimento ao público e garçom.

É da porta para dentro que a gestão, inovação e produtividade fazem a diferença. É aí que entra a mão do Sebrae para ajudar a fazer o seu negócio ser cada vez melhor.

impulsionado. Que o diga a recente inauguração do novo centro de eventos da Capital, no Norte da Ilha; com

Nas negociações salariais, lutamos para que sejam

capacidade para 3.500 pessoas.

oferecidos salários e condições de trabalho dignas e

equivalentes

aos

bons

resultados

do

turismo

É louvável um evento como o Fórum TradeTur, que

catarinense. Entendemos, sim, que melhores salários e a

abriu espaço para discutir a importância econômica do

inclusão de cláusulas sociais nas negociações coletivas

setor e suas diversificadas vocações. Como legítimos

das diversas categorias são uma forma de reconhecer

representantes da força de trabalho que movimenta

o papel dessa valorosa força de trabalho, que merece

toda

mais

ser mais reconhecida. Uma condição perfeitamente

fundamentais para a geração dos excelentes resultados

possível a partir de uma visão conjunta e focada em

que o turismo alcança, fizemos questão de nos fazer

objetivos comuns da classe laboral e das diferentes

presentes. Entendemos que o trade turístico, que

entidades

inclui nossos trabalhadores, deve estar cada vez mais

englobadas no trade turístico.

essa

engrenagem

e

uma

das

partes

governamentais

e

não

SUA VIDA É SE SUPERAR A CADA DIA? ESTAMOS JUNTOS.

governamentais /sebraesc

@Sebrae_SC


GÁS NATURAL PARA RESIDÊNCIAS, VEÍCULOS, COMÉRCIO E INDÚSTRIA.

SCGÁS, A ENERGIA QUE MOVE SANTA CATARINA COM INOVAÇÃO E COMPETITIVIDADE. Santa Catarina conta com a força e a segurança da SCGÁS para crescer e viver melhor. São mais de 20 anos de atuação, distribuindo o gás canalizado que gera a energia que o Estado precisa para se desenvolver cada vez mais. O gás natural é uma solução econômica que traz conforto para as casas, economia para os carros e mais competitividade para o comércio e a indústria. Conte com essa inovação você também.

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