UMA DOCE hist贸ria de sucesso
Praça José Elias Fernandes
4. Artigo Prof. Nelson Camargo
5. Curtas Notícias do Brasil e do Mundo
6. Direito Dr. Cezar de Carvalho
7. Presidente Responde Gérson Constantino
8. Cidade 2º Mega Bazar Beneficente
9. Gastronomia X-Caipira
10. Gente Jorge Duaik
11. Mulher Patricia Cabeleireira
12. Saúde Dra. Maria das Graças
13. Fique em forma Acadêmia Água Azul
14. Homenagem Seiko Kamoto e Roberto Redivo
17. Matéria de Capa Festival do Chocolate
22. Destaques Aniversário de Cléo Meira
23. Soluções Target Adesivos
24. Consciência Murilo Grecco
25. Política Daniel Barbosa
26. Autos Clássicos Caslini
28. Pet Ajudanimal
29. Educação Formação Superior
30. Cidade Modernização na CPTM
31. Ala Voloshyn Mulheres
33. Cultura Paella e Flamenco
34. Crônica Paulo Franco
Festival do Chocolate: o lado doce de Ribeirão Pires É fato: o Festival do Chocolate se consolidou como o principal evento da cidade de Ribeirão Pires e um dos maiores de São Paulo – inclusive faz parte do calendário turístico do Estado. Gastronomia, cultura, lazer, tudo em um único lugar. Uma festa para toda a família. Bebida alcoólica não tem espaço, até mesmo porque, o conceito de que para ter diversão é preciso ter bebidas desse tipo é equivocado. Tudo começou em 2005, quando o Complexo Ayrton Senna sediou a primeira edição do Festival, com entrada gratuita, apresentando aos ribeirãopirenses variedade gastronômica e shows com grandes nomes da música brasileira. A fama da festa atraiu turistas e, naquela ocasião, mais de 130 mil pessoas passaram por Ribeirão e movimentaram cerca de 1 milhão de reais. No ano seguinte, mais crescimento: o público chegou a 325 mil pessoas e movimentação financeira em 2,6 milhões de reais; em 2007, o 3º Festival do Chocolate bateu todos os recordes. Meio milhão de pessoas movimentando mais de 4,5 milhões de reais. O evento foi crescendo, crescendo e necessitou de mudanças: foi transferido para o Ribeirão Pires Futebol Clube, voltou ao Complexo Ayrton Senna com a cobrança de ingresso para os shows e passou da responsabilidade da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda para a Pasta de Juventude, Esporte, Lazer, Cultura e Turismo. Continuando o sucesso, mais novidades: os shows passaram a ser realizados em uma tenda – chuva nenhuma estragará mais a festa como em outras vezes aconteceu - e voltou à gratuidade em troca de algo muito simples: a solidariedade. Para assistir às apresentações musicais, o público precisa apenas trocar alimentos não perecíveis por um ingresso. Toda a doação é revertida às entidades sociais do município e ajudam milhares de pessoas. Com tamanha grandeza da festa, que em julho chegará à sua 8ª edição, certamente muitas outras alterações serão feitas para atender aos munícipes e turistas de uma forma ainda mais satisfatória e mostrar de maneira ainda melhor o lado doce de Ribeirão Pires. Vanessa de Oliveira Jornalista Responsável da Revista Mais Conteúdo
Edição 6 - Junho / 2012 Publicação Mensal de Mais Notícias Empresa Jornalística Ltda. CNPJ: 05.531.420/0001-18 email: maisconteudo@maisnoticias.inf.br Editor: Antonio Carlos Carvalho Jornalista Responsável: Vanessa de Oliveira - Mtb: 53.573 Redação: Danilo Meira - Mtb: 43.013 Thiago Quirino - Mtb: 61.451 Editoração: Gustavo Santinelli Departamento Comercial: Sidnei Matozo / Claudio Sant’anna Departamento Jurídico: Dr. Gilmar Andrade de Oliveira Dr. Eric Marques Regadas Colaboraram: Nelson Camargo / Murilo Grecco Dra. Maria das Graças Teixeira Paes Ala Voloshyn / Paulo Franco Gazeta / Raul Carlos Dr. Cezar de Carvalho Administração: Elisete Helena Pimenta Distribuição Gratuita em: Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Região da Represa Billings Rua Olímpia Catta Preta, 194 1° Andar, Sala 2 • CEP 09424-100 Centro • Ribeirão Pires • SP Fone: 4828-7570 • Fax: 4828-1599 Impressão: Gráfica Bandeirantes (11) 2436-3010
A Participação na Política A palavra político vem do grego “politikós”, e segundo o Dicionário grego-português de Isidro Pereira, tem as seguintes significações: cívico, civil; composto de cidadãos; político, público, do Estado; no masculino, homem de Estado; no feminino, ciência, arte do Estado; como substantivo neutro, significava cidadania; negócios públicos, política. Por sua vez, “politikós” vem de “pólis” que entre outras coisas significava cidade, reunião de cidadãos. Como se vê, a palavra político vem relacionada a cidadão/cidadã. Cidadão ou político é, etimologicamente, a pessoa que vive na cidade, devendo exercer os seus direitos e deveres de cidadão. Não devemos esquecer que a palavra cidade é um aglomerado humano que primitivamente significava tanto cidade como estado, nação. Assim, podemos dizer que Roma foi uma cidade-estado que dominou politicamente a maior e principal parte da civilização ocidental. Não houvesse política, no sentido nobre e legítimo da palavra, não existiria cidade, pois esta é uma reunião de bens e interesses individuais e coletivos. Os bens coletivos têm que ser administrados com base em leis e autoridades escolhidas para isso. Não existissem leis e autoridades para cumpri-las, seria a barbárie. Infelizmente, porém, essa palavra acabou adquirindo o sentido pejorativo de politiqueiro, “picareta” que entra na vida pública para enganar os outros, enriquecer-se e cuidar antes do seu patrimônio pessoal e secundariamente do coletivo. Por isso, muitas pessoas de bem se negam a participar da vida pública,
com medo de passarem por desonestos. Com isso, aproveitam-se alguns malandros, vendo nessa atividade de dever cívico um campo aberto para as suas falcatruas, rindo-se da “inocência popular”. Por outro lado, a política é um retrato do povo. Uma pesquisa feita por um instituto de opinião pública revelou que a maioria da população brasileira afirmou que se tivesse oportunidade de tirar proveito dessa atividade o faria. Logo, muitos dos que criticam a política fariam igual ou pior do que muitos que estão nela. Não devemos esquecer que há muitos políticos honestos que não conseguem acabar com a corrupção porque ela está de tal forma arraigada, alastrada por quadrilhas organizadas, que isso se torna impossível em curto prazo. Entretanto, se a maioria dos homens de bem começarem a participar com maior empenho, a limpeza será feita, ainda que tardia.
Nelson Luiz de Carvalho Camargo é pesquisador, professor de Ciências Humanas, Língua Portuguesa, Literatura e de Língua Latina. Leciona nas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires. Nasceu na Vila de Tarumã, estado de São Paulo, em 1947. Veio para Ribeirão Pires, com sua família em 1952, aos cinco anos de idade.
Comissão propõe descriminalização do uso de drogas O novo Código Penal Brasileiro deve mudar diversas regras que regem o nosso dia a dia e também provocar a mudança de velhos costumes. Uma delas é quanto ao bullying e a perseguição, que se tornarão crimes, bem como a realização de procedimentos médicos contra a vontade do paciente e a homofobia. Além disso, a descriminalização do uso de drogas – cuja compra, porte ou depósito para consumo próprio não seriam mais considerados delitos – também foi sugerida pela comissão que estuda as mudanças. Para virar lei, as propostas devem ser aprovadas na Câmara e no Senado até o final de junho.
Projeto distribui livros clássicos de graça em São Paulo Para promover e estimular o interesse pela literatura, o projeto “De Mão em Mão” iniciou, na última segunda, a distribuição gratuita dos livros “A Nova Califórnia e Outros Contos”, de Lima Barreto, e “Contos Paulistanos”, de Antônio de Alcântara Machado. A iniciativa veio de uma bem-sucedida campanha colombiana chamada Libro al Viento (Livro ao Vento, em espanhol). A ideia é que, após terminar a leitura, o cidadão repasse a obra a outra pessoa ou a devolva para que seja repassado a outras mãos. A distribuição acontece de segunda a sábado, a partir das 10h, nos terminais de ônibus Mercado, Santo Amaro, Pirituba e Antônio Estevão Carvalho. Mais informações e versões digitais podem ser encontradas no site www.bibliotecas.sp.gov.br/demaoemmao.
Pedágios paulistas viram alvo de disputa mercadológica Até então monopolizado pelo Sem Parar, o mercado da cobrança eletrônica de pedágios nas estradas paulistas ganhou uma nova empresa, a DBTrans, iniciando uma “guerra” de preços e vantagens para atrair os consumidores. A nova concorrente chega prometendo mensalidades e taxas de manutenção do sistema menores e até mesmo um sistema pré-pago. Em resposta, o Sem Parar terá isenção da taxa de adesão e redução de 33% no preço da mensalidade. A ideia do governo do estado é abrir o serviço para várias operadoras e assim viabilizar a cobrança por quilômetro rodado nas estradas.
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Como se elegem os vereadores? A partir do mês que vem, serão iniciadas as campanhas eleitorais na cidade de Ribeirão Pires e em outras cidades brasileiras e, mais uma vez, existe um grande número de candidatos a vereador de diversos partidos políticos ou coligações para disputar uma das dezessete vagas previstas para a Câmara Municipal. Nesta fase, muitas consultas são feitas no sentido da possibilidade ou não do partido político “A, B, C, ou D” conseguir o número de votos suficientes para que os candidatos tenham uma boa chance de vitória nas Eleições Municipais de 2012. A grande ansiedade dos candidatos à vereança é saber se terão uma votação suficiente para poder ocupar uma cadeira na Câmara Municipal, fato plenamente justificável, pois não é somente o voto individual de cada candidato que lhe garante uma vaga e, tentar prever um cálculo matemático, tais como QUOCIENTE ELEITORAL e QUOCIENTE PARTIDÁRIO, não é uma simples somatória do voto pessoal do postulante, pois requer uma ampla interpretação jurídica eleitoral, com pequena margem de erro. A regra para determinar-se o QUOCIENTE ELEITORAL, é a somatória dos votos válidos, dados a todos os candidatos a vereadores do mesmo partido ou da coligação proporcional sendo que se entendem também como válidos os votos em BRANCO, sendo que, após a identificação deste número, ele é dividido por 17 (dezessete), que representa o número de vagas a serem preenchidas para a Câmara Municipal de Ribeirão Pires, ficando excluídos desta somatória, as abstenções e os votos nulos dados na eleição para vereadores. O QUOCIENTE PARTIDÁRIO é determinado através dos votos individuais dos candidatos a vereador de cada partido político ou coligação proporcional, acrescidos dos votos dados para as LEGENDAS. Obtido este resultado, procede-se na divisão pelo QUOCIENTE ELEITORAL, onde para cada partido ou coligação, dependendo do número de votos, será identificada a quantidade de vereadores a serem eleitos ou não, onde depois de feita a divisão, é desprezada a fração que somente interessará em caso de sobras de vaga do número de cadeiras legislativas, quando então quem tiver a maior sobra elegerá o candidato imediato. Feitas as interpretações acima, passamos para uma previsão aproximada, tomando-se como base os dados das três últimas eleições (2000, 2004 e 2008), onde foram feitas a média entre as três: ABSTENÇÃO (11%); VOTOS NULOS (7%) e VOTOS BRANCOS (3%), e consideraremos
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um eleitorado de 85.000 (oitenta e cinco mil pessoas). Após a previsão acima, que não é exata, apenas uma estimativa com base na média das duas últimas eleições municipais, entendemos que para se conseguir uma vaga para a câmara municipal, o número de votos mínimo para cada partido ou coligação deve ficar em aproximadamente 4.100 votos, para a colocação de um vereador, sendo que o partido ou coligação que não atingir este número mínimo, muito embora tenha individualmente um(a) candidato(a) a vereador(a) muito bem votado acaba por não conseguir a sua cadeira no Legislativo Municipal, valendo essa formula para qualquer Câmara Municipal do país.
Cezar de Carvalho Advogado, Pós-Graduado em Direito Constitucional, Civil e Processo Civil
Nesta edição da Revista Mais Conteúdo convidamos o presidente da Câmara Municipal, Gerson Constantino (PSD) a comentar alguns tópicos referentes ao progresso, desenvolvimento, atualidade e futuro da cidade. Com sua experiência de anos de vida pública e recentemente à frente da Casa de Leis, Gerson traça um perfil sobre alguns assuntos importantes. Confira: Como representante da população, o que o senhor tem achado dos recentes serviços de recapeamento de algumas das principais vias de acesso da cidade? - Como representante da população, digo ser viável o serviço de recapeamento, principalmente por serem vias de acesso de nossa cidade, porém o horário de execução dos trabalhos está equivocado exatamente por serem vias de grande movimentação. Ainda não presenciei a qualidade dos trabalhos. Em breve, teremos mais um Festival do Chocolate. Como o senhor avalia a festa e o crescimento que ela teve nos últimos anos? - O festival em si é bom, movimenta a economia, bem como o mercado de trabalho, ainda que por um curto período, sem con-
tar a divulgação da cidade. Ainda há muito o que se fazer, não acredito sintetizar somente em shows. O futebol amador da cidade tem sido bastante valorizado. Há algum plano de viabilizar um projeto para uma equipe profissional que represente a cidade? Caso não, o que os vereadores tem pensado quanto a projetos de lei para incentivo dos Esportes e Lazer? - O futebol da cidade deu uma avançada, porém tem que se melhorar o incentivo aos nossos jovens valores, que por falta de um maior incentivo, acabam indo embora para outros municípios, por serem melhores valorizados. Já é tempo de se pensar em algo maior, pois também através do futebol podemos divulgar nosso Município, em nossa cidade já é tempo de descentralizar principalmente as escolinhas de futebol ou melhorar os esportes coletivos. Chegaríamos a disputa, por exemplo, de uma taça São Paulo de Futebol Junior. Falta descentralizar as atividades de lazer também aos bairros, evitaria nossas crianças se deslocarem ao centro da cidade, onde muitas vezes gasta-se passagens e quem não pode pagar não vem ao Centro. A Saúde tem preocupado muito em Ribeirão Pires. Qual a sua avaliação com respeito a recentes casos envolvendo o assunto? - É o cúmulo gastar tantos anos e não conseguir alguém que possa gerenciar a Saúde como deveria. Sabemos que no país como um todo, não vai bem, mas nosso Município tem recursos e o que está patente é a falta de capacidade de gerenciamento, porque então não se contrata uma empresa como a Fundação, que já demonstrou saber trabalhar na área? Desde 2009 venho apontando problemas na Saúde do nosso Município, o maior problema é que quem paga é a população. Como andam os preparativos para as Eleições 2012? O senhor espera muitas mudanças após o pleito deste ano? - Sim, espero muitas mudanças e já começaram com a forma de se decidir as coligações. Acredito também nas mudanças da composição do Legislativo, até mesmo pelas novas cadeiras que foram abertas através da PEC aprovada em Brasília, a verdadeira mudança precisa acontecer na forma dos políticos fazerem a política.
Por Danilo Meira
Mulheres de Ribeirão Pires
dão lição de solidariedade
Nos últimos dias 25 e 26 de maio, o salão nobre do Ribeirão Pires F.C. foi sede de um grande evento promovido pelo grupo Reação Social: o 2º Mega Bazar Beneficente das Lojas de Ribeirão Pires. Lá estiveram reunidas cerca de 20 lojas da cidade que venderam seus produtos a preços especiais e reverterá o lucro da bem-sucedida empreitada, para duas entidades da cidade que serão beneficiadas: o Lar Frederico Ozanan e a Casa de Repouso Alegria de Viver. A iniciativa foi do grupo Reação Social, uma entidade que se reúne para ações sociais específicas composta por donas de casa, empresárias e comerciantes da sociedade ribeirãopirense, fundado em 2008 por iniciativa de Cristiane Rimaik Eid e Maria Emília Vido, com o objetivo de prestar assistência a pessoas em condições de vulnerabilidade social. “Inicialmente fizemos alguns bazares da pechincha, com roupas usadas de boa qualidade. Posteriormente vieram os bingos beneficentes, onde já contávamos com a ajuda das lojas. No ano passado, Carla Rodrigues Nardelli, integrante do Grupo, juntamente com lojistas de Ribeirão Pires, propôs a criação do 1º Mega Bazar com sede na Sejel, a exemplo de outros lugares, como Santo André e Mauá, onde já aconteciam eventos similares”, afirmou Cristiane. Nos natais anteriores, o grupo promoveu almoços, onde
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estiveram presentes famílias carentes da nossa cidade. A Sejel e a empresa Atlântica foram sede destes encontros. Esta foi uma oportunidade que o Reação Social encontrou para potencializar o trabalho e também sensibilizar a comunidade a respeito dos problemas sociais da cidade e do país. Cristiane explica: “Ainda não somos uma ONG. Somos apenas um grupo de amigos que realiza ações sazonais durante o ano e presta auxílio a diversas pessoas”. Hoje, cerca de 30 pessoas participam do Reação, um trabalho que empolga até mesmo os parentes das participantes. Durante o Bazar, as famílias também se engajaram na causa, com filhos, maridos e parentes das integrantes também dando sua parcela de colaboração. Esse número, aliás, tende a aumentar: “Estamos de braços abertos para acolher sugestões que engrandeçam nossa Ação Social”. Todo o trabalho é voluntário, mas gera uma grande recompensa para o grupo: a satisfação. “Não há dinheiro que pague você ver o sorriso de uma criança recebendo seu presente inesperado, como também de uma mãe que recebe uma cesta básica”, afirmou Maria Emília. “Devemos o sucesso deste 2º Mega Bazar ao Ribeirão Pires Futebol Clube, que prontamente nos abriu seu espaço e aos lojistas participantes, nos possibilitando de cumprir nossa missão de levar um sorriso para quem não o tem diariamente”, finalizou Cristiane.
Por Gazeta
X-Caipira Um sanduíche prático, delicioso, saudável e nutritivo. Assim podemos definir o X-Caipira, uma especialidade que o Editor da Revista Mais Conteúdo, Antônio Carlos Carvalho da Silva, o Gazeta, traz para os nossos leitores. Confira. Grau de dificuldade: Fácil Tempo de preparo: 40 minutos Custo aproximado: R$ 20,00 Rendimento: 10 lanches caprichados Ingredientes: 10 pãezinhos ½ quilo de queijo branco (o ideal é o meia cura) ½ quilo de carne moída sem gordura 4 colheres de óleo 1 cebola média ralada 3 ou 4 dentes de alho amassados ½ maço de salsinha picada 1 colher de sopa de azeitonas picadas 3 tomates maduros picados ½ lata de Pomarola
2 folhas de louro 1 colher de sobremesa de mostarda 1 colher de sobremesa de molho inglês Sal a gosto Modo de Preparo: Carne Moída Aqueça o óleo em uma panela média e junte a cebola, o alho, as folhas de louro e deixe dourar. Acrescente a carne moída, salgue e mexa por cinco minutos, adicionando a mostarda, o molho inglês, as azeitonas, os tomates e a Pomarola. Cozinhe em fogo alto por vinte minutos, mexendo de vez em quando. Coloque a salsinha, dê mais uma mexida e pronto. Queijo Corte em fatias de + ou – um centímetro e aqueça em uma frigideira ou chapa untada com óleo. Como montar: Abra o pão, coloque duas colheradas da carne moída, um pedaço do queijo quente, e bom apetite!
Desafios para Ribeirão Pires
Jorge Duaik Jr - Engenheiro e Empresário
Com a perda de grandes indústrias que aqui estiveram instaladas, Ribeirão Pires sofreu muito com o desemprego e acabou se tornando uma “cidade dormitório”, situação que vem se revertendo nos últimos anos e deverá continuar assim caso seja dada continuidade a este trabalho. Comércio/Turismo: Em minha opinião, o comércio e o turismo de Ribeirão Pires precisam imediatamente de grandes incentivos, não só da Prefeitura como também do Governo do Estado com o intuito de incrementar ainda mais os investimentos e oportunidades. Estamos em uma Estância Turística que recebe verbas para compensar as limitações impostas pelo Estado e, sendo assim temos que assumir este título e transformá-la realmente em uma cidade de interesse turístico para a região. Vejam a FESTA DO CHOCOLATE e a tradicional FESTA DA IGREJA DA PILAR que fomentam a economia local. É preciso aliar todo esse desenvolvimento a preservação. Precisamos despoluir nossos rios e córregos bem como promover o desassoreamento do rio Ribeirão Pires bem como potencializar o papel turístico da Represa Billings, inclusive com passeio de barcos. Também se faz necessário intensificar o City Tour valorizando nossas atrações, que não são poucas, como a Pedra do Elefante, a Vila do Doce, os Mirantes, o Parque Municipal, a olaria, os pesqueiros, a Águas Pilar, a Capela do Pilar, entre outros. Possuímos parques e bosques para passeios inclusive a cavalo, espaço para bailes na praça e etc. Temos um clima privilegiado, de montanha e pouca poluição. Isso, com certeza atrairia muitos turistas. Ribeirão Pires está dentro da Grande SP, portanto é a mais próxima Estância Turística para se passar um final de semana sem se afastar da capital. Entretanto, faz-se necessário que tenhamos maior infra-estrutura para isso. Precisamos de mais hotéis, restaurantes e pousadas, além de facilitar o acesso dos turistas, com a negociação de mais trens aos finais de semana, bolsões de estacionamento inclusive para motos e bicicletas para recebê-los bem, além de facilitar o acesso da população que se utiliza dos transportes coletivos para o seu trabalho. Hoje, infelizmente, não temos locais para estacionar nem para fazer compras, por isso muita gente acaba deixando para depois. É necessário ainda divulgar melhor os nossos clu-
bes dos motoqueiros e dos jipeiros, importantes entidades ligadas a conscientização do meio ambiente e do trabalho social. Segurança Aliado a tudo isto está a questão da Segurança Pública. Penso que, para o futuro é necessário encarar de frente o desafio de reduzir os roubos e furtos, além de combater o tráfico de drogas e atos de vandalismo, como as pichações, além de melhorar o policiamento nas portas das escolas. Afinal, é importante lembrar, com fama de cidade insegura, Ribeirão Pires não atrairá turistas e sua população deixará de consumir no mercado local. Saúde Problema para qualquer administrador, não é diferente na Estância. Agora, parece que o Governo busca amenizar a problemática no atendimento médico e a construção de novo hospital e outras UBSs, o que deve desafogar o Hospital São Lucas, mas tudo isso pouco valerá se não tivermos profissionais competentes e em quantidade suficiente para atender a população. Medicamentos, equipamentos e exames também serão necessários em quantidade e qualidade adequadas. Para isso é necessário que não só a prefeitura fiscalize, mas que a população ajude, exigindo e denunciando cada mau atendimento ou irregularidades, e tanto a Prefeitura quanto a Câmara devem prover à população um canal de denúncia, para oferecer o devido respaldo aos cidadãos. Cidade limpa É necessário rever esta lei. Em grandes cidades existe descontrole, mas em cidades pequenas como a nossa é necessário pesar algumas proibições a exemplo das fachadas das lojas que, com incentivo da Prefeitura, tornariam a cidade mais bonita e atrativa. Não basta exigir que a população e o comércio façam sua parte, a Prefeitura também tem que dar suporte para que isto aconteça, e repito, as pichações devem ser combatidas firmemente e eliminadas, só assim o comércio se motivará para melhorar suas fachadas. Muitos bairros possuem casas ainda sem pintura, o que os tornam tristes e aparentemente esquecidos. Com incentivo correto da Prefeitura essas casas poderiam ser pintadas tornando-os estilizados com pinturas fortes e arrojadas tornando-se mais um atrativo da cidade.
Por Vanessa de Oliveira
Patrícia Cabeleireiras há sete anos trazendo mais beleza á mulher ribeirãopirense
Deixar as mulheres ainda mais belas é a vocação de Patrícia Santos Cunha. Nascida na cidade de Teixeira de Freitas, Bahia, Patrícia chegou a Ribeirão Pires aos oito anos de idade, onde parte da família da mãe morava. No município, deu execução ao seu sonho, e há sete anos realizou o desejo de montar seu salão – o Patrícia Cabeleireiras. “Sempre quis ser cabeleireira, eu adoro, é minha vida, nasci para isso”, fala, orgulhosa. Patrícia faz mais do que o realce da beleza feminina. Ela também tem o poder de levantar a autoestima, a autoconfiança e melhorar a qualidade de vida das mulheres. “É um trabalho muito gratificante. Às vezes, a cliente chega aqui triste, não fala com a gente, vamos dando espaço para ela e, conforme interage conosco, vai se transformando; ela sai feliz. Tenho clientes que eram depressivas por causa de um cabelo mal cortado. Eu mesma tive essa experiência. Quando meu pai cortou minha franjinha muito curta, chorei o dia inteiro e a noite tive febre”, lembra. Serviço personalizado Além dos tradicionais serviços que oferece em seu salão (corte, coloração de cabelos, manicure, pedicure, depilação, entre outros), Patrícia oferece dois tipos de atendimentos personalizados, com o objetivo de transformar grandes momentos em fatos ainda mais especiais. O salão disponibiliza pacote para a tão sonhada preparação para a Festa de 15 anos, por exemplo. Nele, está incluso cabelo, unhas e maquiagem não só da debutante, mas das 15 amigas que integrarão o baile.
As noivas também tem tratamento exclusivo nessa ocasião tão marcante na vida da mulher. Durante meio período – a partir do meio dia – as futuras esposas têm toda a atenção de Patrícia, no local aonde elas preferirem (em casa, em um hotel…), incluindo um ensaio fotográfico de toda a transformação. E o atendimento não para quando elas seguem para a cerimônia. Há um pacote no qual está incluso “assistência” até o fim da celebração. “Acompanho a noiva até o fim da festa, refaço o penteado, retoco a maquiagem para que ela continue linda, sou uma babá de noiva”, descreve. O serviço é dividido em até cinco vezes no cartão de crédito. Pensando no principal momento da noiva – a composição do visual, horas antes dela subir ao altar - alguns buffets da cidade incluem Patrícia Cabeleireiras em seus pacotes. O recém-inaugurado Castelo dos Lagos é um deles. “Ela terá o Patrícia Cabeleireiras como opção e irei até lá para arrumá-la”, fala Patrícia. Em sua ausência, o salão continua a pleno vapor no atendimento, com as profissionais Bila, Iara, Elvira e Vanusa. Em breve, Rio Grande da Serra também contará com a excelência dos serviços de Patrícia Cabeleireiras. “É um projeto para este ano”, afirmou a proprietária. Atendimento - Patrícia Cabeleireiras está localizada na Avenida Fortuna, nº. 47. Diferentemente da maioria dos salões, abre às segundas-feiras. O horário de atendimento, de segunda a sábado, é das 8h às 20h. Mais informações podem ser obtidas no site www.patriciacabeleireiras.com.br, ou no telefone 4824-1405.
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Hipotiroidismo Sub-Clínico é sinal de alerta
Por Dra. Maria das Graças Teixeira Paes Crm 29749 / Médica Endocrinologista do Hospital Ribeirão Pires
Mulheres a partir dos 35 anos, sobretudo as que estão entrando no climatério, precisam estar atentas. Nessa faixa etária, é mais comum o aparecimento do Hipotiroidismo Sub-Clínico, uma disfunção da tireóide, caracterizada pelo aumento do hormônio neoestimulante, o TSH, e do hormônio tireoidiano normal (T3, T4 e T4 livre). Como a doença é assintomática, apenas um exame laboratorial de sangue pode detectá-la. A Dra. Maria das Graças Teixeira Paes, Médica Endocrinologista do Hospital Ribeirão Pires, recomenda que a prevenção seja feita pelo menos uma vez ao ano, já que, se não tratada, a doença pode evoluir para o Hipotiroidismo Clínico, com graves consequências. A Dra. Maria das Graças explica que a tireóide é uma glândula localizada na região central inferior do pescoço e comunica-se com outra glândula importante, a hipófise, que fica na cabeça. Ela tem funções fundamentais em nossa vida, como o controle do metabolismo, da concentração e dos músculos. Quando a tireóide funciona muito rápido, surge o Hipertiroidismo, que deixa as pessoas magras, agitadas, com taquicardia e propensas a outros problemas cardíacos. Quando seu funcionamento é lento, ocorre o Hipotiroidismo, que provoca inchaços, pele amarela, sono e desânimo, entre outros sintomas. Nos dois casos,
o paciente deve tomar medicamentos via oral para equilibrar a produção de hormônios. “Em geral, isto ocorre por toda a vida”, explica a médica. O Hipoteroidismo Sub-Clínico é um sinal de alerta importante, segundo a Dra. Maria das Graças. “É uma situação que pode afetar qualquer pessoa, porém é mais comum em mulheres que estão próximas ou que já passaram pela menopausa. Aos 60 anos, atinge cerca de 20% das mulheres”, conta ela. Outras causas são: Deficiência de iodo, provocada por má alimentação; o uso do lítio, sobretudo por portadores de transtorno bipolar; e o pósparto. O Hipotiroidismo Sub-Clínico também pode surgir como consequência do tratamento do Hipertiroidismo com medicamentos ou aplicações de iodo (I 131). O mais importante, segundo a médica, é detectar o problema o mais rápido possível e tratá-lo. Caso contrário, ele pode gerar sérias consequências, entre as quais: alteração de memória, dores musculares (mialgia), ganho de peso, constipação intestinal, rouquidão, maior incidência de abortos espontâneos e câimbras. “Pode provocar, também, aumento de colesterol , redução do ritmo das batidas cardíacas e até um infarto do miocárdio”, ressalta a médica.
Fique em Forma em trinta minutos Por Sandra Regina Bento Moreira Coordenadora Academia Nova Aguazul / CREF/SP 007185
A correria dos compromissos diários limita o tempo destinado a atividade física. Já é possível encontrar opções de atividade física que atende a esse fator limitante: aulas com trinta minutos de duração. Uma delas é o “EXTREME CORE”. Essa aula é desenvolvida por profissionais de educação física, objetivando alta intensidade, com foco em exercícios para o CORE (abdômen, ombros, glúteos e costas). Além da estética, essa musculatura também e responsável pela boa sustentação da coluna lombar, corrige a postura e previne (ou ameniza) as famosas “dores lombares”. Essa é uma aula que mesmo com a duração de trinta minutos, consegue indiscutivelmente excelentes resultados com combinações entre exercícios isolados e integrados, motivados pela música e pelo ânimo contagiante do professor. O atrativo também está com a utilização do rubber (borracha utilizada como extensor), anilhas e colchonetes, onde varia a intensidade aumentando (ou reduzindo) a resistência em alguns exercícios. Qualquer um poderá participar dessa aula, desde aquele que procura um treinamento para melhor qualidade de vida como para atletas que dependem exclusivamente de resultados. Benefícios das aulas: • Ameniza ou previne dores lombares • Excelente para pessoas que disponibilizam de pouco tempo para treinar
• De fácil (porém intensa) execução • Desafio constante • Definição e tonificação dos músculos abdominais • Previne lesões • Melhora o equilíbrio e postura • Grande motivação e variação para as “rotineiras aulas abdominais”. • Aula contagiante e eletrizante Desafie-se e venha conhecer a aula que levará o seu corpo ao extremo: “EXTREME CORE”. Muito importante: NUNCA despreze o exame médico para iniciar qualquer atividade física.
Por Vanessa de Oliveira
Seiko e Roberto: 50 anos de matrimônio e exemplo de amor
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Meio século de amor, cumplicidade e fidelidade. Bastou um olhar para que Seiko Kamoto, 72 anos, e Roberto Redivo, 74, se apaixonassem e quisessem ficar juntos para sempre. No dia 19 de maio, eles completaram 50 anos de casados. Tudo começou quando Seiko, aos 15 anos, passava diariamente em frente à imobiliária do pai de Roberto, localizada na Rua do Comércio, em Ribeirão Pires, sentido à estação ferroviária para ir até Santo André, onde estudava. Na volta para casa, o destino fazia questão de colocá-los próximos novamente: Roberto também estudava em Santo André e os trens de ambos se cruzavam pelo caminho. “Da janela acontecia a troca de olhares”, conta Seiko. Certo dia, a jovem perguntou ao primo, que conhecia Roberto, quem era aquele rapaz. Ele, por sua vez, contou a Roberto do interesse da prima, que a convidou para ir ao cinema. “Começava ali a luta”, conta Roberto. A batalha à qual ele se refere é que, embora tenha conquistado Seiko, não teve o mesmo êxito com relação à família da amada. Os avós paternos dela, japoneses tradicionais, moravam com ela. Segundo a tradição, o filho mais velho, no caso o pai de Seiko, Komoto Tadashi, é obrigado a cuidar dos pais até a morte. Acontece que tanto a avó, quanto o avô não admitiam que a neta namorasse um rapaz de fora das origens japonesas. O pai da moça seguia a mesma linha; já a mãe, dava apoio à filha. “Ele sendo honesto e trabalhador, era o que bastava para ela”, lembra Seiko. O casamento Com a rigidez dos avós e do pai, o namoro acontecia somente fora da casa de Seiko – Roberto ficou sem entrar na residência da namorada por cinco anos. Conhecer melhor o rapaz era o que faltava para abrir uma exceção à cultura japonesa. “Depois que meus avós conheceram o Roberto, plantavam verdura e mandavam para a mãe dele”, fala Seiko.
Após oito anos de namoro, o noivado aconteceu no dia 14 de janeiro de 1962, e em 19 de maio casaram-se na Igreja Matriz. Poucos dias antes do matrimônio, o chargista do jornal Mais Notícias e amigo de Roberto, Odayr Miguel de Lima, presenteou os noivos com uma charge na qual os mostrava no altar; Seiko vestida de noiva (o vestido ela guarda até hoje) e Roberto trajando uma capa preta e um chapéu, vestimenta com a qual costumava andar pela cidade. Ao redor do desenho, assinaturas de diversos amigos, entre eles, do primeiro prefeito de Ribeirão Pires, Arthur Gonçalves de Souza Junior. A festa do casamento foi feita no ginásio do Ribeirão Pires Futebol Clube, com a participação de mais de 600 convidados. O casamento rendeu quatro frutos: Roberto, 49 anos; Rubens, 48; Rosana, 46; e Raquel, 45. Daí vieram os netos: Gabriela, Roberta, Gustavo, Paula, Lucas e Valentina. Desde o início até agora, a união foi marcada por companheirismo. Foi muito trabalho juntos, como na Associação de Prevenção, Atendimento Especializado e Inclusão de Pessoas com Deficiência de Ribeirão Pires (APRAESPI), construída pelo sogro de Seiko, Valentino Redivo, e no Ribeirão Pires Futebol Clube, o qual Roberto presidiu e cujas grandes obras foram feitas em sua gestão. Um casamento duradouro, fato raro nos dias de hoje. Roberto e Seiko dão a fórmula que os fizeram chegar aos 50 anos de matrimônio e que os fará cumprir a promessa feita diante do padre, de ficarem juntos “até que a morte os separe”. “Para um casamento dar certo, é preciso exigir uma metade, mas ceder outra”, pontuou Roberto. “A compreensão um com o outro é fundamental. Há um ditado que acho muito bonito, o qual diz: ‘quem ama a rosa, suporta os espinhos’. Isso traduz o casamento”, concluiu Seiko.
Festival do Chocolate
uma ideia que deu certo Por Danilo Meira
É chegado o meio do ano e, outra vez é época do Festival do Chocolate, maior evento multicultural da região que, em 2012, chega a sua oitava edição. Mais do que colocar Ribeirão Pires no mapa do turismo de inverno, a festa levou a cidade a outro patamar, tanto pelo aspecto moral do ribeirãopirense, que mostra orgulho em exaltar o Festival, quanto pela geração de empregos, renda e desenvolvimento, algo pensado, planejado e desenvolvido com velocidade impressionante nos últimos anos, mérito da gestão Volpi que se encerra este ano. Nas próximas páginas, vamos contar um pouco da história deste doce sucesso de crítica e, principalmente, de público que, em pouco tempo, o adotou como um dos grandes cartões de visita de Ribeirão Pires. 17
É uma delícia viver aqui! São oito anos de sucesso, de um evento que deu certo e, hoje, é o mais importante de Ribeirão Pires, quiçá do Grande ABC. Estamos falando do Festival do Chocolate, uma idéia que nasceu nas discussões para a elaboração da Agenda 21, ainda em 2003, mas que foi colocada em prática apenas em 2005, durante a primeira gestão de Clóvis Volpi. De lá para cá, a meta de levar o nome da cidade para o estado de São Paulo e, porque não dizer, para o Brasil, foi alcançada, inclusive por ter colocado as chocolateiras em foco, gerando emprego e renda. Mais do que isso, a festa trouxe novos visitantes, valorizou a cidade entre os próprios moradores e, principalmente, deu uma identidade a cidade, que passou a ser reconhecida também por sua hospitalidade e gastronomia. A grandiosidade do evento é também solidária. Desde o ano passado, o ingresso na Tenda Multicultural, onde são realizados os principais shows, é feito a partir da troca de alimentos não perecíveis por ingressos. Com isso, foram arrecadadas nada menos do que 100 toneladas de mantimentos, que foram doados para instituições de caridade de Ribeirão Pires. Ano após ano, o Festival tem crescido a ponto de ser parte, desde 2010, do calendário oficial de eventos do Estado de São Paulo. Uma prova de sucesso para uma celebração que, nos sete anos anteriores, foi prestigiada por quase 2 milhões de pessoas, movimentando cerca de R$ 44 milhões que foram gastos, principalmente, nas cerca de 70 toneladas de chocolate que já foram consumidas. Vamos relembrar um pouco desta história deliciosa nas próximas páginas.
Em busca da perfeição, Volpi chega ao oitavo festival O prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi, entregará o cargo em 1º de janeiro de 2013, mas certamente deixará um legado importante: o Festival do Chocolate, que saiu do papel para a realidade ainda em 2005, quando estava em seu primeiro ano à frente da Administração. Durante o lançamento da primeira edição, ele afirmou: “O Festival do Chocolate será o primeiro de uma série de eventos com vistas a promover a atração de visitantes para a cidade”. O segundo desta série, concretizado mais tarde, foi a reestruturação da Praça Central, convertida em Vila do Doce após a construção de uma série de quiosques da alvenaria, também uma inspiração trazida pela festa. De lá para cá, algumas mudanças aconteceram no tamanho e no formato da festa, mas nenhuma foi tão marcante quanto a Tenda Multicultural, que trouxe mais conforto para os shows, ainda que com público menor. Mais do que isso: virou um espaço para eventos por todo o ano e não só durante as semanas de Festival: “Eu acho que Ribeirão Pires deu um grande passo. Agora é usar essa coisa pública para o bem, para que nós possamos trazer para Ribeirão grandes espetáculos teatrais, de dança, formaturas das escolas, seminários, ou seja, demos um passo a frente mais uma vez”, afirmou o prefeito. A estrutura, que completa um ano agora, faz parte de uma intenção maior, buscar uma fórmula fixa para o Festival do Chocolate, que já passou até mesmo pela cobrança de ingressos: “A ideia é ter uma festa tradicional, para todas as pessoas, mas com conceito de preservação”, explicou, antes de concluir, ressaltando as mudanças: “buscávamos o formato definitivo, não sei se será esse, mas o exemplo de outras festas foi mostrando que tinham que ser shows separados da Praça de Alimentação, porque algumas pessoas só vêm consumir. A maioria quer o show, portanto as barracas também sofriam muito. Acho que nós chegamos muito perto do ponto ideal”.
Marcelo Menato: um visionário que ajudou a criar o Festival Um dos grandes responsáveis pelo Festival do Chocolate é o empresário Marcelo Menato, que deixou a Administração há alguns meses após participar por sete anos como secretário de Educação, de Desenvolvimento Econômico e também de Turismo, tendo sido responsável, entre outras coisas, pela chegada do Instituto Ayrton Senna nas escolas da cidade e também pela Lei Cidade Limpa, que revolucionou as paisagens da cidade. Mas a sua história com a festa começa bem antes. A ideia foi discutida no Conselho da Cidade que elaborou a Agenda 21 de Ribeirão Pires, o documento que, na verdade, é “um protocolo de ações definidos por uma comunidade, cidade, estado ou país que constitui um modelo de desenvolvimento urbano, social
ACIARP: uma parceira de fundamental importância Uma das grandes parceiras do Festival do Chocolate é a ACIARP (Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Ribeirão Pires), que há oito anos está ao lado da Prefeitura promovendo e apoiando o maior evento da cidade. O presidente da entidade, Gerardo Sauter, lembra do começo, quando a festa ainda era uma ideia embrionária: “Estávamos aqui na sede da Associação quando surgiu essa ideia. Levamos ao prefeito que, imediatamente a comprou”. O começo, como em qualquer negócio, foi muito complicado. A cidade não tinha experiência em grandes eventos e, por isso, foi necessário partir do rascunho, o que trouxe grandes dificuldades, felizmente superadas: “O primeiro festival era novidade. Começamos tudo do zero e foi muito difícil conciliar a parte de investimentos. A festa e os custos cresceram rápido”, lembrou o presidente. Para isso, foi fundamental a junção de forças em prol de algo maior, capaz de deixar um legado para Ribeirão Pires. Para isso, o papel da entidade foi fundamental: “A colaboração da ACIARP seria uma espécie de Parceria Público Privada, o que facilita na locação de espaço, negociação de patrocínios, em dinheiro que é revertido para a própria festa”, explicou Sauter,
e econômico”, como está escrito no próprio, que foi elaborado em 2003 pelo Conselho da Cidade, à época presidido por ele. Lá estavam uma série de diretrizes para nortear o crescimento da cidade até 2023 e, dentre eles, “Implementar Festival do Chocolate” estava no item 6 do capítulo dedicado ao Turismo. “Tive a felicidade de ter dado a ideia, de ter participado disso”, afirmou. Em 2005, foi a hora de iniciar o trabalho. “Foi a hora de fazer uma triagem nas Chocolateiras. Juntamos as pessoas, fizemos reuniões e definimos o formato do Festival”, lembra. O crescimento foi gradual, com a incorporação de novidades. “Precisávamos melhorar e fomos agregando, com a inclusão do parquinho e da Feira de Artesanato e também shows maiores, além do patrocínio da Harald”, recorda. Mais tarde, o Festival teve várias etapas, sendo realizado no Ribeirão Pires F.C. e também com shows grandiosos, que ajudaram a festa a ser incluída entre as cinco maiores do estado. Hoje, o formato está mais enxuto, mas, para o futuro, Menato pensa ser necessária uma análise: “Temos que ver se esse formato é o ideal para o futuro, se talvez se deva voltar com os shows ao ar livre, que as pessoas também gostam. Talvez espalhar o Festival pela cidade, como já foi discutido anteriormente e também ver como fica a gestão, talvez com um conselho, ou uma empresa ao molde da SPTuris, que atua em São Paulo. São questões a serem discutidas”. Sem esconder o orgulho por ter sido um dos “pais da festa”, Marcelo Menato ressaltou a importância do papel do gestor público e também o fato de os ribeirãopirenses terem abraçado a ideia, que deixa como legado a melhoria da auto-estima da cidade, que passou a ter destaque nacional. “O Festival do Chocolate foi como um jogo de futebol em que um time está vencendo por 3X0 aos dez minutos do primeiro tempo. Deu certo demais e a população de Ribeirão Pires precisa lutar por ele e tratá-lo com muito carinho”.
antes de ressaltar: “É uma parceria duradoura e transparente com a Prefeitura. É algo que ocorre em perfeita harmonia”. Para os próximos anos, a Associação vislumbra um laço ainda mais apertado, uma colaboração ainda maior: “A ACIARP estará junto com a Prefeitura para tudo o que for necessário, tanto para a Festa quanto para o desenvolvimento da cidade. Temos orgulho em participar disso”, concluiu Gerardo Sauter.
Princesas do Chocolate Uma das marcas do Festival do Chocolate são as princesas, belas moças residentes em Ribeirão Pires que tem como missão representar a cidade e sua principal festa em eventos, além de dar as boas vindas aos visitantes que todos os anos prestigiam o evento. À exceção de 2005, quando a primeira edição foi representada por Thayane Maio, todas as outras foram eleitas
por meio dos concursos anuais “Princesa do Chocolate”. As candidatas são eleitas após desfile e análise de júri especializado. Este ano, a bela Thayná Cardille, no último dia de março, foi eleita a Princesa do Chocolate após vencer outras 13 garotas, sucedendo Camila Marinho, vencedora de 2011. Veja as princesas a seguir:
2º Festival do Chocolate Fernanda de Souza Mendes
5º Festival do Chocolate Tamires Nascimento Bezerra
3º Festival do Chocolate Renata Fonseca
6º Festival do Chocolate Nathália Ventura
4º Festival do Chocolate Ana Beatriz de Moraes Vieira
Princesa do Chocolate 2012 Thayná Cardille
7º Festival do Chocolate Camila Marinho
Guto Volpi: capitão das novidades do Festival
Desde 2011, a gestão do Festival do Chocolate está a cargo da Secretaria da SEJEL (Juventude, Esportes, Lazer, Cultura e Turismo), que é comandada por Guto Volpi. Em pouco tempo, ele capitaneou mudanças e melhorias substanciais na estrutura da festa, como a tenda de eventos, por exemplo. De lá para cá, uma série de mudanças puderam ser sentidas pelos visitantes, como a mudança de conceito: “colocamos o festival com um viés mais solidário, com a troca de alimentos por ingressos”, explicou, ressaltando a importância da arrecadação de donativos. Além disso, houve mudanças também no perfil das atrações: “Fizemos um resgate cultural importantíssimo, que foi o uso do teatro com toda sua programação cultural, com apresentações de artes, dança, teatro e música”, explicou antes
de ressaltar: “Entendemos o Festival como uma atração da linha gastronômico-cultural. Assim, conseguimos tirar a ideia de que era só aquele show grandioso. Achamos o rumo”. Em 2012, os domingos destacarão shows voltados ao público infantil, com horário diferenciado inclusive, após constatação feita na edição passada: “Esse dia será inteiramente dedicado às famílias, com eventos específicos, como shows infantis”, explicou. As atrações serão os palhacinhos Patati & Patatá, a Turma do Cocoricó, a Turma da Mônica e o premiado grupo Palavra Cantada. Shows mais “adultos”, como Skank, Victor & Leo, Oswaldo Montenegro e Frejat, bem como workshops de circo, musicalização infantil e desenho, entre outras atrações. Haverá ainda eventos paralelos na Vila do Doce. Para Guto, a festa não deve evoluir em quantidade de visitantes, que deve girar em torno das 235.800 pessoas que visitaram o Festival no ano passado. “O que podemos crescer é em faturamento para a cidade. O Festival não é só o Complexo, mas sim a fotografia da cidade. Fizemos um levantamento com o comércio local e vimos que o movimento aumentou depois dos dias de festa”, explicou, ressaltando a importância da divulgação do nome da cidade. Mais novidades – Alvo de reclamações diversas, a distribuição de ingressos será similar a do ano passado, com cerca de 20 pontos oficiais de troca espalhados pela cidade. Cada um deles será trocado por 3kg de alimentos não perecíveis, “uma forma de evitar mau uso dessas entradas”, explicou Guto, em referência ao fato de algumas reclamações relativas a cambistas que existiram no ano passado, lembrando que a área frontal, onde estava a gastronomia, tinha entrada franca, independente dos tickets. As trocas serão iniciadas em breve.
Reino dos Doces traz encanto e magia para a festa Para esta edição do Festival do Chocolate, um dos grandes destaques será a decoração, que ficará a cargo da artista Lilian Zampol, coordenadora da Escola Municipal de Artes Ítalo Turriani. Neste segundo ano sob a batuta da artista, a grande surpresa será o “Reino dos Doces”, uma obra interativa em que as crianças, jovens e adultos poderão se maravilhar com um mundo inspirado na estrela da festa: “A pessoa se sentirá como em uma fábrica de chocolate. Será um espaço onde as crianças irão circular e interagir, uma experiência lúdica para as pessoas esquecerem os problemas de fora”, explicou. Para construir a instalação, que terá 10 metros de altura, será feita uma estrutura baseada em plástico e fibra de vidro. “Queremos cativar através do olhar e das luzes”, explicou, antes de ressaltar que haverá uso intenso de cores e luz, “para atrair as crianças”. A inspiração, aliás, veio do universo infantil: “Me inspirei na casinha de chocolate de João e Maria”, afirma Lilian, relembrando uma das fábulas mais importantes da história: “Tive esse livro quando era criança e me marcou muito”, disse. Lilian Zampol não esconde o orgulho (e a ansiedade) em ter
sua obra como um dos destaques do Festival: “queria que começasse hoje”, revelou, antes de concluir: “Todo artista deseja que sua criação seja vista, contemplada. Caso contrário, é só uma ideia. É a realização total. Espero que todos gostem”. Futuro – As peças também serão adaptadas para a decoração de Natal. “É uma nova visão, para que elas possam ganhar nova roupagem e deixar a cidade mais colorida também na festa de final de ano”, completou.
Aniversário da Cléo Meira No ensolarado domingo, 20 de maio, Cléo Meira reuniu amigos e familiares no Rancho PAOKA, onde foi servido um boi no rolete regado a cerveja e musica de qualidade com a banda Claws.
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Foto 1: Cléo Meira comemora seu aniversário com seus amigos e familiares. Foto 2: Vicentinho, Cléo Meira, Antônio e Alaíde. Foto 3: Saulo Benevides, Cléo, Julião e Vicentinho. Foto 4: Dona Margarida, Cléo e Efigênia. Fotos 5, 6, 7 e 8: Famílias tradicionais prestigiaram a aniversariante. Foto 9: A Banda Clawz agitou a festa com muita música. Foto 10, 11 e 12: Amigos compareceram em peso para festejar com a aniversáriante Cléo Meira.
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O que fazer quando a lei dificulta a exploração da imagem comercial?
Produtos de impressão feitos com a máxima qualidade
Adesivar frota cria identidade, diminui o índice de roubos e faz propaganda
Por Thiago Quirino
A constante evolução das cidades exige que seus moradores igualmente evoluam e isso acaba refletindo também no mundo comercial. A exemplo disso, usemos a Lei Cidade Limpa, que impõe limitações para a exploração da imagem nas fachadas de estabelecimentos comerciais. Depois que a cidade de São Paulo iniciou as mudanças e posteriormente outras cidades (como Ribeirão Pires) a seguiram, os comerciantes tiveram que se readequar para chamar atenção de seus clientes e manter, ou aumentar, o número de vendas. O que essas pessoas fizeram para vencer a nova barreira da limitação da imagem? Existem poucas empresas de qualidade com uma especialidade voltada à comunicação visual. Em Ribeirão Pires, por exemplo, a Target Adesivos é referência em criatividade e qualidade. No mercado desde 1998 e com uma vasta experiência no setor de impressão gráfica, a empresa se especializou em produção de grandes tiragens e formatos em lonas e adesivos com excelente qualidade de impressão digital e acabamento, além é claro das demandas de menor escala. Ela é uma das responsáveis por colaborar com a readequação de Ribeirão Pires frente à nova legislação. Alexandre Lopes da Silva Moura, proprietário da Target, comenta sobre as intenções de sua empresa:
“Somos uma empresa criativa e inovadora, buscando melhorias e qualidade em nossos produtos. Oferecemos um serviço com qualidade e preço justo porque queremos a satisfação de nossos clientes”. E quando se planeja um trabalho de comunicação visual, que envolve impressão digital, tudo o que o consumidor quer é qualidade. Para um lojista, é muito prejudicial que sua logomarca de cor vermelha saia cor de laranja, que o azul tenha tons de lilás e que outras cores apresentem surpresas desagradáveis. Na Target Adesivos não existe esse problema. Os serviços oferecidos pela Target são: Banners, Impressão Digital, Frotas, Envelopamento (identidade visual ou fosco), Placas, Manta Magnética, Adesivos (perfurados, recortados, de vitrine), Peças Especiais e até Sinalização de Trânsito. “Há pessoas que imaginam a sinalização pública viária se restringe a apenas a algumas placas e poucas letras, mas o uso da sinalização é essencialmente importante em segurança, indústrias, comércios, rodovias”, comenta Alexandre. Dessa forma, usando a criatividade com os vários serviços oferecidos pela Target é possível passar por cima dos obstáculos criados pela Lei Cidade Limpa e obter o destaque necessário para fazer sua empresa aparecer. Pense nisso. Procure a Target pelo tel: 4828-6290 ou site www.targetadesivos.com .
O Conselheiro em Dependência Química e sua importância social Por Murilo Grecco, Conselheiro em Dependência Química graduado pela UNIAD (Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas) da UNIFESP.
O papel do Conselheiro em Dependência Química e o seu principal foco é ajudar a manter o dependente de algum tipo de substância psicoativa em total abstinência. Isso deve ser feito com equilíbrio emocional deixando-o mais funcional para lidar com questões de ordem emocional, sentimental, familiar, conjugal, profissional, comportamental etc. Através de várias abordagens terapêuticas, o conselheiro aplica uma espécie de treinamento das habilidades sociais usando como ferramenta técnicas que vão além dos doze passos dos AA (Alcoólicos Anônimos) e NA (Narcóticos Anônimos). Nesse trabalho, é comum ouvirmos frases como: “Ele é um ótimo profissional, o que estraga é o álcool” ou “ele teria um grande futuro se não fossem as drogas”. O conselheiro faz o papel de personal trainner, ou seja, vai treinar o dependente para vencer os gigantes internos que o assolam. A filosofia básica por trás de coaching life é que nós, seres humanos, temos recursos maravilhosos de energia, sabedoria, habilidade e gênio esperando para serem postos em movimen-
to. Podemos criar a vida que queremos mais rápida e fácil por ter um treinador que nos ajuda a utilizar os nossos recursos para facilitar a mudança e perceber o nosso potencial. Ao capacitar uma pessoa e mostrar-lhe o que ela pode fazer, em vez de se concentrar no que ela não pode fazer (fraqueza), você pode melhorar a sua saúde mental e vida em geral. Coaching life se concentra em ajudar as pessoas que já têm uma medida de “sucesso” em suas vidas, mas que querem fazer a ponte entre onde estão e onde querem estar na sua profissão e sua vida pessoal. Esta “medida de sucesso” para o individuo é a sua sobriedade. Com o treinamento adequado, o dependente químico encontra um lugar seguro e este lugar seguro se torna um lugar de potencial incrível, em vez de simples funcionamento. Hoje o conselheiro treinador em dependência química atua nas diversas dependências além de álcool e drogas. As técnicas do aconselhamento têm ajudado pessoas em jogo patológico, transtornos alimentares, etc.
Por Thiago Quirino
‘Fora Collor’, entoou um jovem no meio da multidão que clamava pela queda do presidente da República após os jornais revelarem um esquema de corrupção. Foi nesse período conturbado da história política do Brasil que um militante, recém filiado ao Partido dos Trabalhadores, iniciou sua trajetória que ultrapassa os 20 anos de participação em muitas causas sociais. Como a maioria dos petistas ativos, o locutor Daniel Barbosa, de 40 anos, é um homem de história que levantou uma bandeira de igualdade e de respeito à classe trabalhadora. Em 1992 participou do movimento ‘Fora Collor’, realizando em Ribeirão Pires uma importante mobilização junto aos grêmios estudantis da cidade. Na época, Daniel era o secretário municipal da Juventude Petista, movimento liderado por Alexandre Padilha, hoje Ministro da Saúde. “Desde aquele tempo militamos juntos”, recorda Barbosa. Durante os anos de militância ativa, Daniel colaborou com a criação da história do PT. Em diferentes eventos e ocasiões, o ‘companheiro’ contribuiu com o espírito que só um tradicional militante consegue exprimir. Todos esses anos de atividade dentro do partido construíram em Daniel uma mente crítica e um caráter político sólido. De forma geral, ele avalia: “Vivemos uma nova fase do PT. Em 2008 não tivemos sucesso eleitoral. Internamente foi o momento de um resgate e uma tentativa de reorganizar o partido. Hoje estamos unidos na pré-campanha da Maria Inês, ampliando a base de aliados”. Daniel também aponta pontos a melhorar dentro de seu partido. Para ele, o PT precisa trabalhar
alguns pontos importantes. “Ainda tem muito que melhorar, em especial no trabalho de base. Na década de 80, o PT fazia um bom trabalho e isso deixou o partido grande. O PT ainda precisa se aproximar da juventude, já que hoje temos um grande contingente de jovens eleitores”, avalia. Estando aberto a discussões políticas, Daniel espera que eleitores e demais interessados entrem em contato para sugerir ações que resultarão em melhorias públicas. “Me entrego ao trabalho da justiça social, e convido qualquer um a me acompanhar”. Os interessados devem mandar um e-mail para danielbarbosapt@yahoo.com.br. Foto: Dino P. dos Santos
Daniel Barbosa
20 anos de militância
Lula em Ribeirão Pires em 16 de maio de 2000
Por Vanessa de Oliveira
Clássicos Caslini restaura Ford Thunderbird 1955, uma máquina da década de 50
Ford Thunderbird chegou com ferrugem em toda sua carroceria
Chassi pronto
Processo de restauração durou oito meses
A Clássicos Caslini, oficina especializada em restauração de veículos antigos, localizada em Ribeirão Pires, renovou uma máquina da década de 50: um Ford Thunderbird 1955, modelo esportivo de grande porte. O carro foi lançado em outubro de 1954. Além do clássico de dois lugares, foram fabricadas versões roadsters (com dois lugares e sem teto fixo), conversíveis, de capota rígida, quatro portas e sedãs. Ao todo, foram produzidas 4,2 milhões de unidades. O veículo restaurado pela Caslini chegou dos Estados Unidos ao Brasil em 2008 e foi adquirido necessitando urgentemente de reforma. “Ele chegou com ferrugem em toda sua carroceria e com comprometimento da estrutura”, lembra André Luis Denani, integrante da equipe da Caslini. Ele explicou como foi o processo para deixar o clássico novinho em folha. “Foram moldados e confeccionados várias peças da lataria do carro, como caixas de portas, paralamas diantei-
Veículo foi totalmente desmontado
Peças de lataria foram modeladas e confeccionadas na Clássicos Caslini
E o resultado foi este
ros, traseiros, assoalho e porta-malas. Sua tapeçaria foi substituída completamente (bancos, laterais de porta e carpete) por uma nova e seguindo o padrão original. As peças cromadas, (para-choque, frisos) foram refeitas, inclusive emblemas”, descreveu. O motor e o câmbio automático foram revisados. O sistema de elétrica, ainda original (seis voltas), foi totalmente refeito, seguindo padrão original de época. O trabalho de restauração durou oito meses. Por se tratar de um carro importado, a parte mais difícil do serviço foi conseguir as peças. “Todas as peças de lataria foram modeladas e confeccionadas na Caslini, o que demandou mão de obra muito delicada e artesanal”, conta Denani. Foi uma minuciosa montagem com acabamento e alinhamento impecável. As fotos a seguir mostram o passo a passo da restauração e como ficou o clássico dos anos 50.
Motorista Atento para na Faixa e
Respeita o Pedestre ‘‘Deixar de dar preferência ao pedestre, resulta em cinco pontos na carteira e multa de R$ 127,69‘‘
Pedestre educado e consciente só atravessa na faixa Atenção:
Quando houver semáforo, certifique-se de que está verde para você Quando não houver semáforo, acene para o motorista parar Cuidado com o veículo que trafega na outra faixa, ele pode não parar e atropelá-lo Tenha paciência, nossos motoristas ainda estão se adaptando à campanha do Mais Notícias
Por Vanessa de Oliveira
Com dificuldades, Ajudanimal luta pela defesa dos animais abandonados Ao andar pelas ruas, é espantosa a quantidade de animais abandonados que encontramos pelo caminho. Cães e gatos que ali já nasceram ou que foram descartados como se fossem um mero objeto, que já não serve para mais nada. Dedicar a vida a esses bicinhos é uma batalha árdua, afinal, assim como os seres humanos, eles sentem fome, sede, frio e requerem cuidados. Para lutar em defesa dos animais, Maria Cecília Bentini fundou a entidade civil de direito privado sem fins lucrativos Ajudanimal (Grupo de Ajuda e Amparo aos Animais do ABC), em Ribeirão Pires, com o objetivo de oferecer lar temporário à cães e gatos, cuidados veterinários necessários, como vacinação e castração, e buscar lares responsáveis que possam assumir a sua guarda definitiva. Tudo começou em 2000, na cidade de Barueri (SP). Naquela época, Cecília tinha apenas dois cachorros e dois felinos. Em seis meses, o número pulou para 17 cães, que pouco depois passaram para 38. A situação começou a render reclamações por parte dos vizinhos e a protetora teve que se mudar. O destino: o município ribeirãopirense. A escolha deu-se em virtude de um contato: Cecília havia criado uma rede de proteção aos animais na internet e, por meio desta, conheceu a então presidente do Clube dos Vira-Latas, Cida Lellis (falecida em 2010). Cida a informou da existência de uma casa grande na cidade para alugar. Cecília, então, mudou-se com 36 gatos e 38 cachorros. “Fiz três viagens para acomodar todos, lembra”. Em 9 de julho de 2008, o Ajudanimal foi oficializado como Ong (Organização Não-Governamental) e em 06 de abril de 2010 recebeu certificação de Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público). “O fato de ser uma Oscip nos auxilia a receber dinheiro público ou de empresas, com a possibilidade de abater uma porcentagem do imposto de renda, porém, não despertou, até agora, interesse dos governantes e nem de empresários. Já foram feitos contatos, tentativas de obter ajuda, mas sem sucesso”, lamenta Cecília. Dificuldades Hoje, o Ajudanimal abriga 252 cães e 51 gatos que foram reco-
lhidos das ruas após abandono ou maus tratos. Esses animais são mantidos exclusivamente por meio de doações de simpatizantes e da venda de alguns poucos produtos que a Oscip consegue confeccionar, como camisetas, canecas e chaveiros. A limitação de recursos faz com que a Ajudanimal enfrente um momento financeiro muito delicado. “A organização atravessa uma situação difícil por alto endividamento, devido à falta de recursos que consigam suprir os gastos que temos atualmente, que giram em torno de R$25.000,00 mensais. Precisamos muito de ajuda financeira e doações para poder continuar nosso trabalho”, destaca. Interessados em ajudar a entidade podem fazê-lo de várias formas. Uma é doando qualquer quantia em dinheiro no banco Itaú – agência 0691, Conta 04028-1; ou no Bradesco – agência 0301, conta corrente 144100-0 (CNPJ 10.420.162/0001-32 Ajudanimal - Grupo de Ajuda e Amparo aos Animais do ABC). Doações financeiras podem ser feitas também pelo PayPal no link http://bit. ly/LraotQ ou via PagSeguro - http://bit.ly/LHRD4V. Outra maneira de colaborar com o Ajudanimal é doando rações, medicamentos, cobertores, casinhas de madeira, potes de comida, material de limpeza, sacos de lixo, material de construção, pallets, jornais, entre outros. A Oscip Ajudanimal busca ainda empresas que abracem a causa e possam subsidiar parte dos seus gastos, bem como de alguém que possa doar um terreno para a edificação da sede do abrigo. “Hoje ocupamos um terreno alugado e, ao que tudo indica, o proprietário do imóvel já manifestou desinteresse em renovar o contrato. A partir de novembro, o Ajudanimal e os seus mais de 300 animais estarão sem destino certo e já precisa se mobilizar para conseguir outro local ou ajuda para comprar o imóvel que já ocupa há oito anos. Agradecemos a todos que puderem ajudar”, disse Cecília. Contato com a Oscip Ajudanimal para mais informações sobre como ajudá-la ou interesse em adoção de animais, podem ser feitos pelos telefones são 4827-9215 / 4824-7258 ou via e-mail: ajuda@ajudanimal.org.br
Por Thiago Quirino
Quer trancar a faculdade? Pense bem A formação superior colabora com o progresso profissional do aluno Uma realidade que acompanha a rotina das instituições de ensino superior é a quantidade de novos ingressantes contra o número reduzido de pessoas que conseguem conquistar o diploma após o período de estudo. No decorrer dos anos de estudo, muitos são aqueles que desistem no meio do caminho e os motivos são vários: Escolha errada do curso, problemas financeiros, falta de adaptação, etc. Uma novidade na comunidade acadêmica caminha para mudar essa realidade. A FIRP (Faculdades Integradas de Ribeirão Pires) desenvolveu um programa muito interessante: o NUAAC (Núcleo de Apoio Acadêmico), um projeto avaliativo e de acompanhamento que colabora com a queda na evasão por parte do aluno. A mestre em Ciência, engenheira química e especialista em Gestão Educacional, Raquel de Fátima Ignoto, diretora pedagógica da FIRP, conta como o programa funciona: “Basicamente o núcleo tem a missão de identificar as deficiências do aluno e mostrar o que a Instituição pode fazer para ajudar. A atividade foi desenvolvida para suprir algumas necessidades da Faculdade, mostrando a preocupação da FIRP para solucionar situações de alunos”. Raquel Ignoto reconhece a complexidade em obter uma formação de qualidade frente os desafios do cotidiano. “Ingressar na faculdade é simples, permanecer é complicado”. Por isso ela destaca que a FIRP dá um grande pas-
so em benefício dos alunos, evitando evasões. O NUAAC incorpora alguns programas: Programa de Nivelamento Discente – visa identificar e promover condições para minimizar as lacunas que os alunos trazem de sua formação anterior e os auxilie na melhoria do desempenho no curso superior. Neste caso, os alunos são submetidos a uma avaliação para que se descubra a deficiência. Uma vez identificado, uma equipe fica responsável por planejar formas de colaborar com o desenvolvimento do aluno que sairá do programa “nivelado”. Programa de Concessão de Bolsa de Estudos – viabiliza o ingresso e a conclusão do curso quando há interferência financeira. Este programa é dedicado àqueles que encontram, durante o curso, empecilhos que dificultam os pagamentos das mensalidades. Uma equipe formada por profissionais da Instituição avalia cada caso comparando alguns parâmetros como emprego, família, dependentes, notas, empenho nos estudos e outros. Essa avaliação resulta em bolsas de estudo com descontos nas mensalidades. Dessa forma espera-se ampliar o canal de comunicação entre o aluno e a instituição, promovendo o debate e a orientação psicopedagógica por meio de ações de aconselhamento. O resultado é a continuidade da formação e a diminuição das desistências.
Linha 10 – Turquesa da CPTM será modernizada
Por Thiago Quirino
O Governo do Estado de São Paulo vem investindo na modernização da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). Neste ano, a exemplo de 2011, os investimentos previstos para a Companhia chegam a cerca de R$ 1 bilhão. Atualmente, as seis linhas passam por obras modernização, que abrangem troca dos sistemas de sinalização, telecomunicações, energia, rede aérea e via permanente (trilhos), além da construção e reconstrução de estações. Das 13 estações que integram a Linha 10-Turquesa (Brás - Rio Grande da Serra), 12 passarão por obras. As novas estações terão plataformas cobertas, escadas rolantes e todos os itens de acessibilidade. Os projetos já contemplarão o dimensionamento das estações Brás, São Caetano, Santo André e Mauá para futuramente atender a demanda do Expresso ABC. Em dezembro, a CPTM começou a publicar os primeiros editais visando contratar as empresas que vão elaborar os projetos executivos dessas 12 estações. Já foram abertas as propostas técnicas de 7 estações e agora a Companhia está na fase de análise das propostas comerciais. As estações de Guapituba e de Ribeirão Pires terão um investimento de R$ 2,8 milhões investidos em um projeto de modernização de novas plataformas.
Após ser dada a ordem de serviço, as plantas serão concluídas em seis meses. E o Expresso ABC vem aí A nova linha paralela da Linha 10-Turquesa, com 25,2 km e seis paradas (nas estações Luz, Brás, Tamanduateí, São Caetano, Santo André e Mauá) receberá investimento na ordem de R$ 1,5 bilhão, incluindo a aquisição de 11 novos trens. A previsão de entrega do primeiro trecho, ligando a capital a Santo André é em 2014. O projeto prevê atender 600 mil pessoas por dia, reduzindo em 35% o tempo de viagem entre a Luz e Mauá. Desafio – executar obras sem deixar de atender aos usuários é o grande desafio que a CPTM enfrenta hoje, pois como as linhas não podem ser fechadas, realizá-las exige uma série de medidas como promover intervenções nos horários de menor movimentação de passageiros, aos finais de semana, feriados e de madrugada, o que prolonga o tempo de implementação das obras. O conjunto de obras que está sendo realizado, incluindo a renovação da frota de trens, permitirá a redução do intervalo entre as composições nos horários de pico, aumentando a capacidade de transporte, além de melhorar significativamente o desempenho de todos os sistemas e equipamentos.
Mulheres
Adele Laurie Blue Adkins, conhecida hoje como Adele e Susan Boyle, duas mulheres fora de um padrão de beleza, onde a estética feminina tem em seu estereótipo uma plástica antinatural e monótona pela imposição das suas formas. Mesmo com a insalubridade em que vivemos precisamos ser belas, fortes, competitivas, realizadas, sem perceber este mundo artificial e contraditório. E de repente, surgem Adele e Susan emocionando com suas vozes plenas de uma força emocional que não estamos muito acostumados, devido ao automatismo e a indiferença que nos habitam ameaçando nossa integridade o tempo todo. O que faz com que estas duas mulheres chamem tanto assim nossa atenção? Adele apareceu muito jovem e obesa e Susan, já mais madura e sem nenhum atrativo estético. Adele saía de um relacionamento amoroso e compôs suas músicas para lidar com sua frustração e Susan vinha de muitos anos sem trabalho e uma relação familiar complicada. Elas vieram com uma força que sai de dentro e quando soltam suas vozes tocam cada um que as ouve bem lá no fundo da alma! Mulheres fortes! Hoje belas dentro de seu padrão estético, plenas, colhendo bons frutos pela coragem de serem quem são, pois a verdadeira força e beleza estão apoiadas no respeito pela própria natureza, mesmo que o caminho para adquirir consideração seja longo, especialmente quando se resiste em assumir máscaras impostas. Nós mulheres cada vez mais desenvolvemos um comportamento competitivo, puramente racional e assim negligenciamos com o que necessita de cuidados, sensibilidade, e uma atitude de característica feminina, que nada mais é que cuidar de tudo aquilo que vive, manter a vida íntegra, manter o Fogo Sagrado que arde em tudo e em todos. Não importa qual seja o papel social assumido. Não importa a idade, etnia, estado civil, enfim, não importa o que fazemos, e sim, a maneira como fazemos, isto define nossa natureza. A flexibilidade, sensibilidade, profundidade no pensar, sentir e a atitude de manter a vida incorruptível e em evolução são características que nós mulheres não podemos deixar perecer. Talvez o que atraia nesta força feminina através das vozes de Adele e Susan seja o despertar em nós a lembrança do que de verdade somos: humanos. É muito bom ver este movimento de descongelamento, espero ver muito mais e poder acreditar em mudanças íntimas gerando uma força motriz capaz de nos direcionar para uma vida melhor, mais ampla e bela.
Ala Voloshyn, nascida em agosto de 1956, em São Paulo, filha de imigrantes ucranianos, estudou Psicologia na atual Universidade Metodista de São Paulo. Formouse em 1980 e desde então atua como psicóloga. Já trabalhou com a educação de surdo-cegos e deficientes auditivos. Apresentou programa de entrevistas em Web TV. Ministra palestras e contação de histórias. Mantém blogs pela internet sobre literatura infantil e textos de sua autoria. Tem editado um livro de literatura infantojuvenil intitulado Pimenta do Reino. É membro da Academia Popular de Letras da Biblioteca Paul Harris de São Caetano do Sul e colaboradora do jornal Enfim, de São Caetano do Sul, e Mais Notícias, de Ribeirão Pires. Textos: http://alavoloshyn.blogspot.com Literatura infantil: http://livrosvivos.blogspot.com Livro: http://ala-voloshyn.blogspot.com Email: alavoloshyn22@yahoo.com.br Cel.: (11) 8275-7609 Fone: 3565-6609
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Por Thiago Quirino
Paella e Flamenco, uma mistura irresistível
Geralmente as pessoas nascem com um talento especial. Esse talento é o que a faz ser especial. A música é o talento de muitos, assim como a arte da gastronomia é o talento de outros. Agora, imagine alguém com um dote musical e que se descobriu como um verdadeiro gourmet “A La Espanhola”. Se você pode imaginar, certamente entenderá quem é Daniel Caldeira. Nascido em Santo André, Daniel Caldeira é um dos músicos que fizeram uma séria contribuição para Ribeirão Pires ao fundar uma das primeiras escolas de música da cidade, a tradicional Transasom, que há anos atende na Avenida Fortuna (Centro de Ribeirão Pires). Dentre as vertentes musicais, é no Flamenco (estilo musical tradicional da Espanha) que o violonista se destaca, fruto das aulas de seu mestre e consagrado violonista, João Rosa e Francisco Araújo. Após se apresentar em bares e eventos de cultura espanhola, Daniel percebeu algo que mudou sua vida. “Comecei a estudar flamenco a me apresentar. Nos eventos sempre tinha a paella. Vi as pessoas produzirem o prato e como eu já trabalhei como cozinheiro, foi fácil aprender. Trabalho com essa mistura músico-gastronomica há mais de 20 anos.
Montamos eventos por todo o estado. É engraçado recordar que comecei fazendo a paella brincado, hoje a faço profissionalmente”, conta Caldeira. Enquanto o flamenco é um estilo musical de dança espanhola cujas origens remontam às culturas cigana e mourisca, a paella é um prato da Espanha feito à base de arroz e frutos do mar (como choco, camarões, lulas, lagostins, mexilhões, e polvo). O mix flamenco-paella torna-se então uma mistura perfeita e irresistível. O trabalho do Daniel funciona assim: ele é contratado para eventos típicos onde oferece o serviço completo (animação e alimentação), tudo acompanhado por um bom vinho. Servidos? “O sucesso de um músico, não vem somente dos estudos. Músico é como uma estrela, ele tem que brilhar”, reflete Daniel Caldeira. E se é para brilhar, este profissional está de parabéns pela iniciativa que tem arrancado palmas, dado água na boca e feito muito sucesso por onde passa. Conheça mais do trabalho do Daniel em: www.paelladanielcaldeira.com, www.transasom-musical.com, contatos nos sites.
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Por: Paulo Franco Formado em Letras e em Pedagogia e Pós-graduado em Docência para o Ensino Superior. Poeta e escritor, tem 8 livros publicados e dezenas de premiações em nível nacional.
A Falência da Palavra Machado de Assis não pode mais ser encontrado em nossa cidade e também nunca foi visto na cidade vizinha. Nem Drummond, Neruda, Castro Alves, Clarice Lispector, Bertolt Brecht, Cecília Meireles, Manuel Bandeira, Augusto dos Anjos, Lima Barreto, José de Alencar, Aluísio Azevedo, Bocage, Sousândrade, Guimarães Rosa, João Cabral de Melo Neto, Vinícius de Moraes, Gonçalves Dias, Rubem Braga, Euclides da Cunha, Mário de Andrade, Cruz e Sousa, Murilo Rubião, João Ubaldo Ribeiro, Rubem Fonseca, Fernando Sabino, Carlos Heitor Cony, Hilda Hilst, Adélia Prado, Ignácio de Loyola Brandão, Luis Fernando Veríssimo, Monteiro Lobato, Rachel de Queiroz, Graciliano Ramos, Gregório de Matos Guerra, Ferreira Gullar, Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Olavo Bilac, Camões, Florbela Espanca, Mário de Sá-Carneiro, Franz Kafka, Jorge Amado, Gabriel Garcia Márquez, Ligia Fagundes Telles, Fabrício Carpinejar, José Saramago, Fernando Pessoa, eu e tantos outros. Acho que os sonhos estão indo embora da nossa região, pois a única livraria que havia fechou. E não é a primeira vez que isso acontece em Ribeirão Pires. No caso de Rio Grande da Serra, nunca houve uma livraria. Mas, apesar da carência de cultura, de arte e educação, ainda vemos pelas ruas alguns lelés da cuca que se misturam a autoridades. A miséria de alma é intensa. Porém também é intensa a disputa de quem sonha em amenizar este estado de quase barbárie. Vemos não sei quem do INSS, o Paulão da Oficina, o Nilson do Mercado, o Vicentinho do Mercado, a Diva do Posto, o Jacaré da Lagoa, o Copina do Trenzinho, o Maranhão do Kiko, o Saulo do Volpi, o Claudinho da Geladeira, a Lair da Apae, o Dedé da Folha, o Albino da Traansvaal, a Léo da Apraespi, o Muraki dos Japoneses, o Arnaldo dos Sapatos, a Inês do Lula, o Volpi do Chocolate, o Lucas da Monte Castelo, o Gerson da Igreja, o Gilvan da Igreja, o Paulinho da Chácara Coração, o Robson da Viola, o Banha do Partido do Dia, o Lelé da Cuca, o Fulano da Ficha Suja, o Fulano da Ficha Limpa, o Dono do Bar e tantos outros que o cidadão comum torce para que sejam eleitos e para o bem comum, alimentem a fome do povo não apenas com pão e circo. Contudo, até então, a nossa região é constituída de bares,
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muitos bares e nenhuma livraria. A única que havia fechou e quase ninguém viu. É a falência da palavra e da visão. Talvez seja por isso que a saúde pública, a segurança, a educação, o trânsito, o planeta, os preços estão à beira do caos e também quase ninguém vê. Quanto tempo ainda resta? Quanto tempo ainda falta para que se veja que a evolução da espécie passa, necessariamente, por uma formação de qualidade, em especial no que diz respeito à cultura. Ainda bem que há um imenso relógio sendo construído com o nosso imenso imposto no meio do Passo Municipal de Ribeirão Pires.