Mais Conteúdo #07

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entrevista:

LAIR da APRAESPI

a vice de Saulo Benevides



4. Artigo Prof. Nelson Camargo

Vista panorâmica do Parque Municipal Milton Marinho de Moraes

5. Curtas Notícias do Brasil e do Mundo

6. Direito Dr. Josenito Barros Meira

7. Fiel Responde Torcida do Corinthians

8. Cidade 1º Rodada Portal Para Negócios

9. Gastronomia Cuzcuz

10. Gente Mané dos Caldos

11. História Guarda Mirim de Ribeirão Pires

15. Saúde Dr. Renato Holcman

17. Matéria de Capa Lair da APRAESPI

22. Destaques Ribeirão Pires vista de balão

24. Pet Cinoterapia

25. Cidade Kaikan celebra 104º aniversário da imigração

26. Autos Ford Galaxie / Landau

27. Mulher Leonice Moura

28. Educação Professor Ítalo Meneghetti

31. Ala Voloshyn É possivel ser feliz

33. Cultura Festival do Chocolate

34. Crônica Paulo Franco

Um bem necessário Há alguns anos, muitos têm sentido falta de uma instituição símbolo de Ribeirão Pires, a Guarda Mirim. Por anos, os “guardinhas” foram parte do nosso dia a dia e nos acostumamos a vê-los nas empresas, nos bancos e circulando pelo Centro, sempre uniformizados. Durante os cerca de trinta anos que durou, formou diversos cidadãos de bem, admirados e disciplinados, muitos deles hoje pessoas de sucesso, alguns como políticos e empresários, pessoas que guardam até hoje em seus corações e mentes todos os ensinamentos que receberam durante sua passagem, ainda na flor da adolescência, pelo órgão. Ver que hoje há muitos jovens que, por falta de opção, vagam nas ruas e ficam sujeitos a todo o tipo de desvio de conduta, abre a reflexão sobre um eventual retorno da Guarda Mirim. Ela não seria uma pílula mágica, que resolveria todos os problemas, longe disso, mas sim uma chance para a formação de pessoas com caráter e capacidade para trazer novos rumos à cidade. Mais opções para mostrar o chamado caminho correto, aliadas a mais opções de lazer, cultura e arte podem ser a chave para que o poder público de Ribeirão Pires (e cidades vizinhas) defina medidas que possam atingir também o chamado “universo de excluídos”, aqueles jovens que, por um motivo ou outro não têm acesso aos serviços atualmente oferecidos e ficam à margem da sociedade. Retirar o sentimento de exclusão é o primeiro passo para uma melhor convivência social. Nesta edição, vamos fazer a nossa parte para colocar a discussão na rua ao falar um pouco sobre a história desta entidade que marcou época, conversando com alguns personagens importantes de sua trajetória e também com algumas pessoas que tem na guarda uma passagem importante de suas vidas para mostrar que vale sim a pena investir nos jovens. Afinal, nosso amanhã está nas mãos deles. Danilo Meira Jornalista Responsável da Revista Mais Conteúdo


Edição 7 - Julho / 2012 Publicação Mensal de Mais Notícias Empresa Jornalística Ltda. CNPJ: 05.531.420/0001-18 email: maisconteudo@maisnoticias.inf.br Editor: Antonio Carlos Carvalho Jornalista Responsável: Danilo Meira - Mtb: 43.013 Redação: Thiago Quirino - Mtb: 61.451 Editoração: Gustavo Santinelli Departamento Comercial: Sidnei Matozo Claudio Sant’anna Departamento Jurídico: Dr. Gilmar Andrade de Oliveira Dr. Eric Marques Regadas Colaboraram: Nelson Camargo / Dr. Renato Holcman Ala Voloshyn / Dr. Josenito B. Meira Paulo Franco / Isabella Veiga Gazeta / Raul Carlos Ítalo Meneghetti Administração: Elisete Helena Pimenta Distribuição Gratuita em: Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Região da Represa Billings Rua Olímpia Catta Preta, 194 1° Andar, Sala 2 • CEP 09424-100 Centro • Ribeirão Pires • SP Fone: 4828-7570 • Fax: 4828-1599 Impressão: Gráfica Bandeirantes (11) 2436-3010

Brasil enterra 2 bilhões em intervenção no Haiti A intervenção militar brasileira no Haiti iniciou-se em 2004,com um acordo feito entre a França, os Estados Unidos e o Governo Lula. O Brasil deveria ficar seis meses, dirigindo a operação, com um gasto previsto de 150 milhões de reais. Em troca nosso país teria direito a um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU (sem direito a veto!). Isso, segundo a visão governista, daria projeção Internacional ao Brasil e o nosso então mandatário poderia dizer: “Nunca na história desse país, fizemos parte do Conselho de Segurança da ONU”. Acontece que já se passaram 8 anos, os gastos estenderam-se para quase 2 bilhões, não incluindo gastos adicionais como auxílios, indenizações e outros benefícios previstos numa lei criada após a intervenção do Brasil nessa nação caribenha, e, o que é pior, até agora a promessa feita ao Brasil não foi cumprida! A intervenção imperialista, sobre o eterno e repetitivo chavão de “ajuda humanitária” é risível e patética: Os Estados Unidos já fez diversas intervenções neste local. Vamos citar duas: A de 1915 a 1934 (19 anos) e a de 1957 a 1986 (29 anos). Ora, se neste período a “grande nação ianque” não conseguiu tirar o Haiti da miséria, será mais essa “ajuda”, que irá conseguir alguma coisa, em termos de benefícios reais ao país em questão? A realidade mostra que essas intervenções de “ajuda” só serviram para enterrar mais ainda essa antiga colônia francesa de escravos negros, hoje considerada a mais pobre nação da

América Latina. O intrigante de tudo isso é que Lula criticou inicialmente a intervenção militar no Iraque, mas depois acabou aceitando a intervenção no Haiti, aliviando os Estados Unidos do sufoco provocado pela desastrosa interferência na soberania iraquiana, somada à dificultosa campanha no Afeganistão. E o mais intrigante ainda é que os grandes partidos considerados oposição, como PSDB e coligados, ficam calados, coniventes com isso. Por que não gastaram esses bilhões, na saúde, na educação, na segurança pública, no combate ao tráfico de drogas? Essas intervenções na soberania de outros países costumam não ter retorno favorável, principalmente quando servem de simples massa de manobra de nações mais poderosas.

Nelson Luiz de Carvalho Camargo é pesquisador, professor de Ciências Humanas, Língua Portuguesa, Literatura e de Língua Latina. Leciona nas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires. Nasceu na Vila de Tarumã, estado de São Paulo, em 1947. Veio para Ribeirão Pires, com sua família em 1952, aos cinco anos de idade.


Arte no Brasil: Uma História na Pinacoteca de São Paulo Instalada no 2º andar do museu, a exposição conta com um acervo de 500 obras. São pinturas, fotografias, esculturas, gravuras e desenhos feitos desde o período colonial. Os visitantes podem conferir as salas temáticas “Os Artistas Viajantes”, “Os gêneros de pinturas” e a “Sala de Interpretação”, nela o público é convidado para brincar de fazer uma exposição, manusear objetos do cotidiano e moldar um ambiente artístico. Depois da criação o registro pode ser feito com uma fotografia. A visitação acontece de terça a sábado, das 10hs as 18hs na Pinacoteca- Rua General Osório, 66 - Sé / República - São Paulo. Informações pelo telefone (11)3324 1000 ou pelo site www.pinacoteca.org.br.

Começa a venda de ingressos para o Brasil Game Show O evento que apresenta as novidades do mundo dos jogos acontecerá de 11 a 14 de outubro no Expo Center Norte em São Paulo. Grandes marcas mostrarão seus produtos por lá, entre elas, Sony, Microsoft, Riot Games, Warner e EA. Os ingressos variam entre R$20,00 e R$160, e os interessados podem adquirir até pacotes com entradas para os quatro dias do evento. Mais informações pelo site www.brasilgameshow.com.br.

MEC firma acordo para intercâmbio de estudantes brasileiros O Ministério da Educação, por meio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), firmou na última segunda-feira, 9, um acordo de cooperação com a Fundação Lemann no âmbito do programa Ciência sem Fronteiras. O entendimento possibilitará, até 2015, a participação de estudantes brasileiros nos programas de pós-graduação nas renomadas universidades das quais a fundação é parceira, como por exemplo a Harvard University.O entendimento com o MEC prevê que a fundação complemente a bolsa de estudos oferecida pelo governo brasileiro e pelas universidades. Caberá a Capes escolher os estudantes por meio de chamadas anuais do programa, prover o deslocamento do estudante até o país de destino e de volta para o Brasil e pagar auxílios seguro saúde durante a permanência do aluno no exterior.

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O CDC e Você

JOSENITO BARROS MEIRA é advogado, milita na área cível, trabalhista e desportiva. Email: advogado@josenitomeira.com www.josenitomeira.com

A Lei 8.078/90, da Era Collor, é o denominado Código de Defesa do Consumidor (CDC). É uma lei especial que garante os direitos básicos de consumo desde o momento da oferta (propaganda) até a hora de concretizar a transação comercial. Visa, assim, prevenir dissabores ao adquirir bens e serviços que garantam sua sobrevivência, tais como: alimento, roupas, remédios, serviços escolares, bancários e de saneamento básico, sendo-lhe garantido escolher os melhores produtos e serviços em relação a preços e a melhor qualidade possível. Assim, é assegurado o direito à informação clara sobre a qualidade do produto, o peso, a composição e característica, como também os prováveis riscos à saúde, a informação do preço, o modo de usar e os riscos à integridade física. Para isso prevê o combate à propaganda abusiva ou enganosa, como a que mente sobre as qualidades e preços de produtos e serviços ou deixa de informar algo essencial, induzindo-o ao erro, ou a falta de assistência técnica no local onde o produto foi adquirido. Garante também a proteção no momento da assinatura de contratos, especialmente os de adesão, aqueles que já vêm pronto para firmar. Ou assina e contrata ou fica sem o produto ou serviço pretendido. Como exemplo, há os contratos de planos de saúde e os de abertura de conta corrente nos bancos. Caso haja cláusulas leoninas, pode-se discuti-las posteriormente na justiça. Neste momento, exercendo o sagrado direito de ser ouvido, deve-se começar procurando o PROCON. A depender do desfecho a próxima etapa é procurar o Juizado Especial Cível de sua localidade. Em causas com valor de até vinte salários mínimos a reclamação pode ser verbal, diretamente no fórum. Superando vinte, e até quarenta salários mínimos é obrigatório contratar serviços advocatícios, embora seja recomendado que, em toda e qualquer causa judicial ou extrajudicial (processo judiciais ou administrativos) haja o patrocínio do advogado, posto que só ele conhece bem as leis e os meandros jurídicos que melhor favoreçam o consumidor. Dessa forma, sempre que for prejudicado por falsas informações fazendo-o adquirir produtos adulterados, de má qualidade ou serviços ruins, o consumidor terá assegurada a correspondente indenização a ser paga pelo fornecedor do produto ou prestador do serviço. Como vê, o respeito aos seus direitos só depende de você. Exercendo-o garante-se uma vida com qualidade aos atuais e futuros consumidores que terão um meio ambiente saudável, advindo daí uma vida prazerosa.


1 – Qual a emoção de conquistar o título da Libertadores pela primeira vez? Foi legal, certo? Era uma coisa que a gente queria, mas que também não era o fim do mundo. O Corinthians já tem um monte de Paulistas, Brasileiros e Mundial. Só faltava esse. E foi também um cala boca nos antis. 2 – Mas, quem são os antis? São os manos que torcem contra o Timão. Os cara viviam batendo no peito, falando que “sou porco e anti-corinthiano”, “sou lambari e anti-corinthiano” e outros bichos aí que não vale a pena nem falar. Já que os trutas falam muito, resolvemos dar um nome para eles. Eles são os “antis”. 3 – Entendi, mas porque isso acontece? Os caras não vivem sem a gente. Pode o timinho deles ‘tar’ jogando qualquer coisa. Se o nosso estiver em campo, eles vão atrás. Falam por aí que torcem contra, mas falando

a verdade, querem ser da Fiel. Como diz minha avó, é puro despeito. 4 – Mas e aquelas piadas que faziam? Pode ver que sumiram, né? Ninguém tem mais nada o que falar. Teve gente aí falando que o Timão não podia ganhar para não acabar a piada. Piada é eles agora tentando achar um motivo para zoar. 5 – E agora? O que vocês pensam em fazer daqui para frente? Agora é o seguinte. Ganhamos a primeira e ‘vamo’ lutar para ganhar mais. Em dezembro, tem o Mundial, vamos tentar ganhar outra vez. E ainda tem o Brasileirão. Taça nova nunca é demais! 6 – Algum recado especial para os antis? Bem, só um: se eu era corinthiano chato antes, agora vou ficar insuportável! Hahaha! VAI CORINTHIANS!


Por Danilo Meira

Ação inovadora para empresários chega a Ribeirão

No próximo dia 23 de agosto, Ribeirão Pires receberá a primeira edição da Rodada Portal Para Negócios, um evento empresarial que promete revolucionar as relações comerciais da cidade. A ideia, uma iniciativa da ACIARP (Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Ribeirão Pires) em parceria com a Prefeitura é fomentar os negócios através do networking, que nada mais é do que a criação de uma rede de relacionamentos e parcerias capaz de apresentar novos fornecedores para novos clientes, gerando oportunidades de negócios entre todos os participantes. Para isso, o salão nobre do Ribeirão Pires FC terá uma série de mesas de discussão, onde os micro e pequenos empresários poderão conversar diretamente com sete grandes empresas (as “empresasâncora”) frente a frente para apresentar seus produtos e serviços durante um tempo pré-determinado, que será mediado e igual para todos, trocando contatos. Os integrantes então passarão por todas as mesas, estabelecendo contato direto e quebrando as barreiras habituais que existem para fazer negócios com grandes empresas em um total de sete rodadas.

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“Quando você aquece a economia local, você tem como consequência diversas oportunidades. Em termos de negócio, geração de oportunidades é um evento muito rico”, explicou Marcelo Liochi, secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda. Para maximizar os resultados, dentre as empresas inscritas, será feita uma triagem para identificar as reais oportunidades de negócios e também não causar frustração aos participantes, uma espécie de ‘casamento’ de acordo com as áreas de interesse. Com a Rodada Portal Para Negócios, a ACIARP pretende fazer com que as empresas se conheçam melhor e também prover maior integração do meio corporativo seja mais unido. Além disso, é uma chance única para colocar as empresas da cidade em destaque no cenário regional. “Certamente, é um evento de suma importância para a cidade, cuja realização é um sonho antigo da ACIARP e do presidente Gerardo Sauter. Com a parceria entre todos os empresários, a cidade só tem a crescer”, explicou Deborah Perrone, coordenadora de parcerias da entidade, que fez o trabalho. Mais informações e a pré-inscrição podem ser feitas pelo site www.ribeiraopires.portalparanegocios.com.br.


Por Gazeta

Cuzcuz de Carne Seca Ingredientes 1 Kg de Carne Seca magra 4 Xícaras de Farinha de Milho 5 Tomates Maduros Picados s/ Semente 1 Tomate Cortado em Rodelas 3 Ovos 1 Colher de Sobremesa de Colorífico (Colorau) ½ Xícara de Bacon Picado ½ Xícara de Azeitonas Sem Caroço ½ Xícara de Azeite ou Óleo 1 Cebola Média Ralada 4 Dentes de Alho Amassados 2 Folhas de Louro ½ Maço de Salsinha Picada MODO DE PREPARO Corte a carne seca em cubos pequenos e deixe dessalgar e reidratar por 24 horas; Escorra e

cozinhe por 20 minutos na Pressão, escorra outra vez e reserve; cozinhe os ovos e reserve. Numa panela grande, frite os temperos no azeite, deixando de lado a salsinha e o colorau, junte a carne seca e cozinhe por 15 minutos, acrescente os tomates picados, o colorífico, uma xícara de água quente e deixe cozinhar por mais 15 minutos. Tire do fogo e acrescente a farinha (aos poucos) e a salsinha, mexendo até ficar bem homogêneo. Unte uma forma com furo no meio, coloque os ovos cortados em dois e os tomates cortados em rodelas, no fundo, em seguida coloque a massa por cima. Desenforme após 15 minutos e decore com alface, salsinha e tomates. Bom apetite!


Mané dos Caldos – um comerciante de espírito nobre

Por Thiago Quirino

Quem o vê, a princípio pensa que é sério e invocado, mas basta trocar algumas poucas palavras com o cearense Manuel Alves Pinheiro, mais conhecido como Mané dos Caldos, que a realidade muda. Uma figura carismática e muito bem humorada, Manuel comanda um restaurante que lhe rendeu o popular apelido. Hoje, aos 51 anos e cheio de experiência de vida, Mané busca oportunidades para contribuir com a cidade de Ribeirão Pires. Natural da cidade de Solonópole (CE), Mané, assim como muitos migrantes nordestinos, deixou a família e a terra natal ainda jovem e, aos 18 anos, veio para São Paulo em busca de oportunidade. Em 1979 instalou-se em Ribeirão Pires, o que o faz ser uma das figuras mais conhecidas do bairro Bertoldo, onde mora. Por muito tempo, Mané comandou seu restaurante na Avenida Francisco Monteiro. Com a ampliação do estabelecimento, ele mudou para a Rua Felipe Sabbag no Centro. “Fiz isso para melhor atender a clientela, que merece toda a atenção”, comenta ao expressar que sua vontade é deixar todo mundo satisfeito. Sua vida foi dedicada ao comércio. Casado e pai de quatro filhos, Mané dos Caldos levou toda a família para trabalhar no restaurante. “Já passamos muitas situações juntos, algumas boas, outras ruins, momentos de aperto, perigo e de muita alegria”, conta, mostrando-se satisfeito em ter a família sempre por perto. “Agora eu acho que já fiz bastante pelo comércio e estou em busca de um novo aprendizado e outra oportunidade”, expõe o senhor Manuel ao destacar seu interesse em concorrer como vereador nas eleições 2012. Quando questionado o que lhe fez tomar a decisão, a resposta é direta: “Sou muito incentivado e optei por aceitar o conselho. Tudo é experiência de vida, outra oportunidade de aprender e servir”. Mané dos Caldos é filiado ao PR e concorrerá a uma vaga na Câmara com um ideal nobre. Ele explica: “Não sou rico, mas o que eu conquistei ao longo desses anos me basta e não preciso de mais. Penso que no ramo político posso ajudar outras pessoas. Onde moro tenho água, luz, esgoto e outros serviços, mas sei que ainda há lugares na cidade que não tem nada disso e quero fazer algo por essas pessoas”. Com espírito totalmente solidário, o comerciante manda seu recado a todos os interessados em concorrer a um cargo eletivo neste ano: “Desejo boa sorte a todos. Não tenho inimigos ou adversários, vou correr com meu pessoal e espero que todos deem o melhor de si”. Mané dos Caldos revela uma ‘receita do sucesso’ que tem lhe ajudado ao longo desses anos. “Para realizar qualquer coisa é preciso querer. Para ser mais fácil é preciso tratar todo mundo muito bem, pois sem amigos não chegamos a lugar nenhum”.


Por Thiago Quirino e Danilo Meira

Transformando jovens em cidadãos independentes Conheça a história da Guarda Mirim Acervo pessoal Cezar de Carvalho

Uma das muitas turmas da Guarda Mirim

No início da década de 1970, em pleno auge do Regime Militar, o Brasil vivia uma espécie de modismo disciplinar movido pelo próprio sistema governante. A onda do militarismo inspirou muitas pessoas, de diferentes segmentos, a aplicar programas e projetos nos moldes do novo sistema de governo. Dentre as entidades que mais deram certo, destaca-se a Guarda Mirim, um programa sem fins lucrativos que educava a criança e traçava os primeiros passos para que jovens de baixa renda obtivessem um bom desempenho escolar e desenvolvessem habilidades profissionais que os ajudariam nos anos vindouros. Várias cidades iniciaram projetos parecidos, diferindo apenas no nome ou em pequenos detalhes, mantendo o objetivo. Bombeiro-mirim, Policia-jovem, Pequenos Servidores, Vigilantes Mirins, eram outros nomes para o mesmo programa. Em Ribeirão Pires, a Guarda Mirim além de fazer parte da história da cidade, contribuiu para a criação de grandes personalidades que hoje atuam em diversos segmentos profissionais. Milton Marinho de Moraes (confira o perfil especial na página 14) foi um dos fundadores da entidade. Estruturar a Guarda Mirim em Ribeirão Pires era seu sonho. “Meu pai acreditava que, com educação, disciplina e perseverança, tudo poderia ser conquistado e era essa ideia que ele tentava transmitir às crianças e jovens da Guarda Mirim”, conta Ângela Marinho, filha do idealizador do programa. Milton Marinho presidiu a entidade desde sua fundação até 1982, quando faleceu. A estrutura da Guarda Mirim era tecnicamente muito sim-

ples. Voltada para o aperfeiçoamento de menores carentes, os pais interessados em matricular os filhos (de 10 a 14 anos) preenchiam um cadastro que avaliava questões socioeconômicas. Os selecionados passavam por um breve treinamento e depois eram direcionados para estágios em funções simples de diferentes setores da cidade. Alguns “guardinhas” estagiavam na Prefeitura, outros nos Correios, mas os maiores empregadores da turma eram as indústrias e os comércios da região. A Constanta (Philips) e a Brosol tinham uma grande parceria com a entidade. Para usufruir dos serviços dos jovens, as empresas arcavam com um determinado valor enviado diretamente para a entidade, onde 60% eram destinados à família do guarda mirim e o restante era usado para custear as despesas da entidade (uniformes, aluguel, taxas de serviços públicos). Os diretores serviam voluntariamente no programa. Os jovens ingressavam com 10 anos e deixavam a entidade aos 14. Neste período eram contratados pelos empregadores como menores aprendizes e desenvolviam funções básicas. “No período em que trabalhei na Brosol, eu cuidava do fax, da máquina de xérox e fazia algumas funções administrativas no setor de compras”, explica Vivian Rosa do Nascimento, hoje com 30 anos, que serviu na entidade entre 1993 e 1995. “Eu aprendi muitas coisas que me ajudaram a desenvolver habilidades que eu não tinha. Passei a ser mais independente e a ter mais responsabilidade”, completa. Atualmente, Vivian mora em São José dos Pinhais, no Paraná e é uma esposa dedicada.

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Carlos Alberto hoje aos 49 anos

Personagens Assim como Vivian, as demais 3.237 crianças (que por sinal hoje são bem adultas) que participaram do programa ao longo dos 30 anos de atividade, relembram da época da Guarda Mirim com um saudosismo melancólico. É unânime a vontade deles de que a organização continuasse. “É uma pena que não tem mais, seria muito melhor colocar as crianças nesse programa do que deixá-las na rua”, opina Vivian Rosa. Participante da segunda turma, o almoxarife Carlos Alberto Augusto, de 49 anos, destaca que a Guarda Mirim ainda faz parte de sua vida diária. “Eu carrego uma foto minha, tirada em 1973, dentro de minha bíblia. Isso me faz lembrar os deveres que aprendi na época”, revela. Nascido em Ribeirão Pires, Augusto é de uma família humilde, formada por trabalhadores de olaria. O programa o ajudou a melhorar a renda no lar e a desenvolver uma série de atributos sérios para um menino de apenas 11 anos. “Eu aprendi postura, a auxiliar idosos e a andar na linha. Eu aprendi que o homem não precisa de um diploma para ser homem, ele precisa formar seu caráter e disciplina. O programa me ajudou em todas as fases da vida”, declara Carlos Alberto. Da mesma época, o atual diretor comercial da empresa Iso Revest, Neyr Pedro, completa as palavras do colega: “O mais importante foi o trilho onde a Guarda nos colocou. Aquele era um tempo diferente, éramos felizes em uma infância diferente. Os perigos eram outros, mas a experiência foi fantástica”. Nessa história, algumas pessoas marcaram a vida daqueles que participaram do programa. Neyr relembra de um episódio cômico ao relatar a forma como a turma cortava o cabelo. “O Jango, que ainda atende na mesma barbearia lá na Avenida Francisco Monteiro, mandava a gente fazer uma fila. Ficava aquele monte de meninos em pé e ele cortava o cabelo de todos igualzinho. Nós sequer sentávamos, ele era muito rápido”. Uma pessoa que nenhum participante consegue esquecer é o Sargento Adão Alves. “Com o Adão não havia moleza, tínhamos que ser homens”, destaca Carlos Alberto. A participação do experiente policial data do início da entidade. “Tão

1973 com 11 anos de idade

logo a Guarda Mirim foi fundada, me coloquei a disposição para ser instrutor”, conta o sargento, que na época ainda era novato na PM. Adão era responsável por treinar os guardinhas. Ele ensinou a bater continência, marchar, postura, comportamento, comprometimento, cantar o hino nacional e uma série de padrões dignos do melhor treinamento militar. “Tinha vezes que acabávamos de limpar o banheiro e ele jogava um balde de água no chão e pedia pra gente limpar de novo. Na época, não gostávamos nada disso, mas hoje, recordando, vejo que a experiência me ensinou muito”, relata Neyr Pedro. Apesar de fazer parte da história da Guarda Mirim como o “eterno instrutor”, Adão também aprendeu muito enquanto servia na entidade. “Tenho muito orgulho de ter sido parte dela, de ter ensinado aos jovens valores como amor a pátria, educação moral e cívica e, principalmente, respeito. Era uma entidade que dava responsabilidade sem tirar a liberdade e abria caminhos para as pessoas. Quem foi Guarda Mirim, não esquece”. Década de 1980 Os anos 80 foram marcantes para a Guarda Mirim de Ribeirão Pires. Com o falecimento de Milton Marinho de Moraes muitos perguntavam se a entidade continuaria. Em 1988, surgiu um novo diretor da Guarda Mirim, Silvio Pinto de Abreu, que levou a entidade à excelência. Ele esteve a frente do grupo até o encerramento das atividades em janeiro de 2000. “Quando entrei, a Ditadura havia acabado, então abandonamos práticas extremamente militares e voltamos nossas atenções para o lado social. Eu não achava que devíamos abandonar 100% as práticas militares, já que o contexto em que as crianças viviam exigia disciplina”, conta Sílvio. Assim, Silvio de Abreu iniciou uma verdadeira epopeia para reconstruir a entidade. O sonho, no entanto, começou a ruir com a criação do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).


Neyr relembra bons momentos de quando servia como Guarda Mirim

1972

Encerramento das atividades Entre 1990 e 1997, a Guarda Mirim viveu sua era dourada. A organização chegou a ter 450 integrantes distribuídos pela cidade. No entanto, a legislação começou a conspirar contra o grupo. “O ECA vigorava, mas o programa era aceito pela sociedade. O verdadeiro problema era o ‘legal’. A CLT, o Código Civil e a Constituição defendiam o menor contra os abusos do trabalho infantil, mas não dava parâmetros que identificasse as condições do que era um menor aprendiz”. Com o objetivo de formalizar uma luta em defesa da criança e do adolescente, dois moradores de Ribeirão Pires (cujos nomes serão suprimidos por questões éticas), sugeriram a extinção da Guarda Mirim durante um fórum municipal do direito da criança. A proposta foi levada à Conferência Estadual e culminou na versão federal do encontro. O que ninguém esperava é que a proposta fosse aprovada na esfera nacional e o CONANDA (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente) emitisse uma resolução* exigindo o fim das patrulhas mirins em todo território da União sob a afirmação de que “as mesmas não respondem às condições necessárias de proteção ao trabalho do adolescente”. A partir de então foi uma questão de tempo para que a Guarda Mirim decretasse seu fim. Silvio explica: “As empresas foram autuadas pelo Ministério do Trabalho como exploradoras de mão-de-obra infantil e tivemos que recolher as crianças. A alternativa para manter a entidade foi reformular o programa, em que, ao invés de receber uma bolsa, as famílias tinham que pagar para ingressar o jovem. A adesão foi baixa e inviabilizou o projeto”. O fim foi triste. “Sentíamos, e particularmente até hoje sinto, que o programa nunca deveria ter acabado. Ainda encontro ex-guardas mirins que agradecem pelo trabalho realizado”,

Sargento Adão entrega Diploma a uma participante do programa

completa Silvio de Abreu. Adão tem o mesmo pensamento: “Cada criança que ajudamos a educar, se tornou um adulto a menos que tivemos que punir nos anos futuros. A Guarda Mirim era querida, as pessoas gostavam e respeitavam”. Tanto Carlos Augusto quanto Neyr Pedro e Vivian Rosa compartilham a mesma opinião de que a entidade nunca deveria ter chegado ao fim. O Retorno Embora outras cidades ainda possuam o programa, porém adaptado para jovens de 16 a 18 anos, é pouco provável que a entidade volte a ativa em Ribeirão Pires. A herdeira de Milton Marinho de Moraes, Ângela, observa que as normas contidas no ECA podem ser seguidas e uma nova versão da GM pode ser aplicada. “Acredito que a formação de uma entidade nos moldes da antiga em muito auxiliaria os jovens carentes de nossa cidade, evitando que se percam na violência, nos vícios, que só têm aumentado em proporções vertiginosas”. Sílvio discorda dessa nova versão. Para ele, se não for para ingressar jovens na tenra idade, não adianta trabalhar com os maiores de 16 anos. Segundo o ex-coordenador, aos 10 anos, “a criança era educada melhor por ser mais maleável, após os 15 anos, o jovem vive em seu mundo”. Em épocas eleitorais, como as que estamos vivendo hoje, surgem “interesseiros” que, em promessas de campanha, prometem o retorno da entidade caso eleitos, mas logo abandonam a ideia, provando que a intenção era mero palanque eleitoral. O que se espera é uma boa intenção, um projeto sério que não se atenha às urnas. Os ex-guardinhas, por exemplo, são unânimes em afirmar que a entidade é fundamental para “salvar” e dar opções a atual juventude. Enfim, muitos querem a Guarda Mirim de volta. E estariam dispostos a lutar por isso. *Resolução 155 da II Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, realizada em Brasília entre os dias 17 e 20 de agosto de 1997


O pai da Guarda Mirim Milton Marinho de Moraes nasceu em 08 de novembro de 1930 na cidade de Xexéu (PE). Era filho de José Rodrigues de Moraes e Olindina Marinho de Oliveira. A família veio para a cidade de Pirajú (SP) quando ele tinha apenas cinco anos de idade. Mudaram-se para Utinga, época em que estava com 18 anos e trabalhava como oficial de farmácia na localidade. Casou-se em 1955 com Helena Nhari de Moraes e montou sua própria farmácia. Em Utinga (bairro de Santo André), nasceram seus dois filhos: Milton Junior e Maria Helena. Mais tarde, mudaram para o bairro Campestre, onde nasceu sua filha Maria Angela, hoje advogada da Câmara Municipal de Ribeirão Pires. Em 1960, Milton Marinho de Moraes veio com sua família para Ribeirão Pires. Durante muitos anos exerceu a função de Comissário de Menores (o equivalente a Oficial de Justiça nos dias de hoje) e, como também tivera sua infância difícil, sua atenção sempre esteve voltada para ‘meninos de rua’ e crianças carentes. Justificou seu desempenho como Comissário de Menores e, com dedicação e amor, concretizou a fundação da Guarda Mirim de Ribeirão Pires em 16 de junho de 1970, a qual foi reconhecida de utilidade pública pela Lei Municipal nº 1192, de maio de 1971. Nessa mesma época, outra alegria veio juntar-se a sua vida, o nascimento de sua filha Maria Cristina. Diplomou-se em Direito, passando a exercer a profissão juntamente com a doutora Cecília Reale. Por volta de 1980, sua saúde começou a abalar-se e dessa data em diante não se restabeleceu mais, vindo a falecer em 22 de outubro de 1982. Toda sua família e sociedade ribeirãopirense sente orgulho do amor que ele dedicou as crianças carentes, as quais legou a Guarda Mirim, entidade que procurou ser fiel ao ideal de seu criador.

Milton Marinho de Moraes Fundador da Guarda Mirim

Texto: Jornal A Voz de Ribeirão Pires (1992/93)/ Acervo pessoal Silvio de Abreu

Texto: Jornal A Voz de Ribeirão Pires / Acervo pessoal Silvio de Abreu

Curiosidades - Silvio de Abreu ainda mantém um arquivo completo com todas as atas e documentos da Guarda Mirim. - Anualmente ele paga, do próprio bolso, todas as taxas exigidas por lei para manter a entidade ativa, mesmo que inoperante. - Em 2012, Silvio foi obrigado a incluir a GM nos moldes da certificação digital. - Desde o encerramento das atividades, Silvio tem zelado para manter viva a associação e, a qualquer momento, ela pode ser reaberta. - Silvio foi o último gestor da entidade. - O primeiro jovem inscrito a participar do programa, em 1970, também se chamava Silvio. - Nascido em Barueri em 14 de junho de 1959, Silvio Hermínio da Silva estudou em escola pública e posteriormente cursou no Enau e no Colégio Humberto de Campos. - Enquanto guarda mirim, fez estágio na Constanta. - No final de seu período de serviço, funcionários da empresa deram a ele uma bicicleta, em sinal de gratidão pelo serviço de qualidade prestado pelo jovem. - Após o período da Guarda Mirim, Silvio Hermínio formou-se em desenho mecânico no SENAI e trabalhou como Vigilante Patrimonial. - Figuras do atual cenário político da cidade como Cézar de Carvalho e Aloísio de Araújo Dória, o Bactéria, ex-secretário de Obras de Rio Grande da Serra, foram guardas mirins.


Insuficiência Renal Crônica

Por Dr. Renato Holcman CRM. 108341

Os Rins são os órgãos responsáveis pela eliminação das impurezas do organismo através da filtração, bem como a retirada do excesso de líquido do organismo. Insuficiência Renal é o nome dado à redução da capacidade de funcionamento dos Rins. Essa deficiência pode ser classificada como aguda (com inicio súbito), crônica (manifestada ao longo do tempo), habitualmente relacionada às doenças primárias ou, como podem ser chamadas, doenças de base como Diabetes e Hipertensão Arterial. A Insuficiência Renal Crônica é umas das principais razões que levam o paciente a procurar o consultório do Nefrologista. Infelizmente, essa doença manifesta sintomas tardiamente, cursando silenciosa por longo período de sua evolução. Não raro, a procura ao Nefrologista se dá já em fase avançada da doença habitualmente classificada em 5 estágios evolutivos. Os sintomas normalmente são fadiga, cansaço, inchaço, hipertensão e, em estágios mais avançados, gosto ruim na boca, anemia mais pronunciada, náuseas / vômitos, soluços etc. Nos Diabéticos, o surgimento de hipoglicemias antes ausentes e sem causa justificada, podem também estar relacionadas à Insuficiência Renal Crônica. Sintomas gerais pouco associados às doenças Renais contribuem com o retardo do diagnóstico precoce da doença, porque muitas vezes levam o paciente a procurar outras especialidades relacionadas ao sintoma específico ou pior, submeter-se à automedicação. O tratamento consiste quase sempre no adequado controle da doença de base, através de medicamentos e dieta especifica quando necessário. Em estágio final, consiste nas terapias de substituição renal, também conhecidas como diálise, sendo a Hemodiálise a mais conhecida delas. Ela consiste na “filtragem” do sangue, utilizando substâncias que, através de membranas, removem as impurezas de nosso organismo. O sangue limpo é então devolvido ao paciente, em processo similar ao realizado pelos nossos rins. Existem ainda outros tipos de diálise como a CAPD (Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua) e a DPA (Diálise Peritoneal Automatizada), que não são realizadas através do sangue e podem ser feitas em casa, através de treinamento adequado e monitoração por equipe

de médicos e enfermeiros especializados. Através de constantes avanços nessa área, hoje o portador de Insuficiência Renal Crônica sob programa dialítico, tem a seu dispor grande arsenal de medicamentos que permitem controlar melhor as doenças de base, a anemia, distúrbios metabólicos, além de medicamentos que participam no controle do metabolismo ósseo. Esses avanços também são encontrados nos novos equipamentos e insumos para diálise, e no melhor controle da água utilizada nesses tratamentos. Tal conjunto confere melhor qualidade de vida aos nossos pacientes, muitos aguardando transplante renal. Como a maioria das doenças crônicas, a prevenção e a adesão ao tratamento são as melhores soluções. Pacientes Hipertensos, Diabéticos e portadores de outras patologias renais como Litíase (pedra nos rins), infecções urinárias e histórico de nefrites, devem procurar um Nefrologista para uma avaliação renal e orientação adequada.

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Motorista Atento para na Faixa e

Respeita o Pedestre ‘‘Deixar de dar preferência ao pedestre, resulta em cinco pontos na carteira e multa de R$ 127,69‘‘

Pedestre educado e consciente só atravessa na faixa Atenção:

Quando houver semáforo, certifique-se de que está verde para você Quando não houver semáforo, acene para o motorista parar Cuidado com o veículo que trafega na outra faixa, ele pode não parar e atropelá-lo Tenha paciência, nossos motoristas ainda estão se adaptando à campanha do Mais Notícias


Lair da APRAESPI, uma mulher de fibra

Por Danilo Meira e Thiago Quirino

Uma figura imprescindível. É assim que Lair Moura Sala Malavila Jusevicius pode ser vista na APRAESPI, a Associação de Prevenção, Atendimento Especializado e Inclusão da Pessoa com Deficiência de Ribeirão Pires, uma das entidades-símbolo do país, “o maior Centro de Reabilitação do ABC e um dos mais equipados do Brasil”, afirma com orgulho. A organizada máquina que é a Entidade tem como uma de suas grandes forças motrizes justamente a figura de Lair. Seja telefonando para APAEs do interior do estado, em uma conversa com mães que precisam de cadeiras de rodas ou reivindicando verbas junto a Secretarias e Ministérios em Brasília ou ainda preparando ofícios para deputados, ela mostra a mesma disposição, uma força incansável que é sua marca pessoal: “No fim de cada dia eu estou exausta, mas o que mais importa é lutar pelos direitos de quem realmente precisa. É isso que me mantém disposta para enfrentar novas batalhas no dia seguinte”, comenta em meio a um sorriso. 17


Natural de Jaú (a 296 km da capital), Lair ainda preserva muitas das características das pessoas do interior, como o sotaque, a simplicidade e, especialmente, o valor da fé. Católica fervorosa, batizou o Hospital Dia da APRAESPI com o nome de São Judas Tadeu, porque era para a Igreja de São Judas, em sua cidade natal que, aos dez anos de idade, levava um menino, o Toquinho, e fazia promessas para que ele fosse curado da paralisia cerebral. Já em Ribeirão Pires, em 1972, Lair se casou na Igreja do Pilar, mesmo local onde um ano mais tarde, batizou seu filho tendo Leo, sua irmã, como madrinha. Lair ficou viúva em 1995 e, em 2002, casou-se com Ervel Jusevicius, morador de Ouro Fino há 44 anos, vicepresidente da APRAESPI e companheiro inseparável de suas lutas. Advogada especializada em Direito Sanitário pela Faculdade de Saúde Pública da USP, Administradora de Empresas formada pelo Mackenzie com especialização em Administração Hospitalar pela Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo, Lair ainda se mantém uma pessoa simples e, mesmo com tamanhas conquistas na Associação, não se dá por satisfeita. A grande meta de sua vida agora é levar atendimento de qualidade como o realizado pela APRAESPI a todos os moradores de Ribeirão Pires, sonho que, ao lado de Saulo Benevides e da irmã Leo, vê com grandes chances de tornar realidade. Ela conversou com a Revista Mais Conteúdo e conta um pouco de sua história e planos para os próximos anos.

Lair e o Governador Geraldo Alckmin

Mais Conteúdo: A APRAESPI é uma Entidade que hoje completa 43 anos de atendimento a população. Como foi sua participação nestes anos todos? Lair: Cada tijolinho colocado lá tem um pouco da minha atuação. O Senhor Valentino (Redivo) fundou a Associação, junto com sua Família e mais um valioso grupo, sendo que alguns ainda estão lá como, por exemplo, o Professor Wheeler Sanches, Renato Costa, José Maggiotto e outros. O atual presidente, João Domingues de Oliveira Filho, inclusive, é da segunda geração de voluntários. Vim de Santo André como voluntária, junto com um psicólogo e comecei como professora de dez alunos contratada pela Prefeitura. Na época muita gente ajudou, com destaque para o Lions e o Rotary, para construir o primeiro prédio. Mais Conteúdo: Hoje a APRAESPI é um dos maiores e mais modernos Centros de Reabilitação do País, com 334 funcionários que atendem a mais de 2.000 pessoas/ dia. Como chegou nisso? Lair: Foi difícil! Muito difícil. Primeiro porque as Pessoas com deficiência não tinham a devida importância, não tinham seus direitos respeitados, porque os Governos não os consideravam como cidadãos. Em 1988, quando foi aprovada a Constituição Brasileira, eu já fazia parte de Conselhos Estaduais e da Federação Nacional das APAEs e lutava para que as APAEs tivessem o financiamento também da Educação e da Saúde e não só da Assistência Social. Naquele ano não consegui e a habilitação e reabilitação foram contempladas na Assistência Social, algo que no meu entendimento seria comparável a uma esmola. No ano seguinte, 1989, a Constituição Paulista foi aprovada e quase entrei em vias de fato com o Deputado Wagner Rossi para que a educação nas APAEs fosse incluída nas verbas obrigatórias da Educação. Infelizmente, naquele momento, eu não consegui. Mais Conteúdo: Ou seja, a senhora entende que são necessárias mais verbas para a APRAESPI não só para melhorar o atendimento, mas sim a qualidade de vida das pessoas? Lair: Sim, só o dinheiro vindo como um direito do Cidadão e dever do Estado traz a dignidade. Consegui alterar a Constituição do Estado em 2001 sem ser Deputada. Quero dizer, não tenho o cargo, mas tenho encargos, tenho compromissos. Essa alocação orçamentária representa para as APAEs, todos os anos, cem milhões de reais na área de Educação. Algo que só foi conseguido após 11 anos. Mais Conteúdo: Mas a senhora se desligou da Federação. Por quê? Lair: Para salvar a APAE de Ribeirão Pires e construir o Hospital Dia. A Diretoria da Federação Nacional das APAEs tinha uma visão antiquada de atendimento e não queria lutar pelo dinheiro da Saúde. Então, rompi com a Diretoria da Fede-


Ministro da Saúde Alexandre Padilha e Lair

É necessário um choque de gestão. Falta competência e seriedade no trato com o dinheiro público

ração e transformei a APAE de Ribeirão Pires na APRAESPI. Foi uma decisão acertada e que muito me orgulha, pois hoje somos Referência, o maior Centro de Reabilitação do ABC, dos mais equipados do País. As APAEs infelizmente, estão cada dia mais desestruturadas e endividadas. Estou ajudando as APAEs de Ribeirão Preto, Bauru e outras a sair da crise. Mais Conteúdo: Mesmo fora da Federação, a senhora continua ajudando as APAEs? Lair: Claro! Ajudo sim! Mesmo tendo amargado inúmeras decepções, ainda luto por elas. Quero que toda cidade tenha um centro de reabilitação parecido com a APRAESPI a sua disposição. No último dia 14 (de junho) estive em Brasília e consegui indicar uma PEC (Proposta de Emenda a Constituição) através do Deputado Antonio Brito (PTB-BA), para finalmente tirar as APAEs da alçada da Assistência Social e colocá-las na Saúde. Neste mês (julho), estarei novamente em Brasília junto com as Santas Casas. Mais Conteúdo: A Saúde é o foco de atuação da senhora. Onde mais atua além de Ribeirão Pires? Lair: Eu sou Provedora da Santa Casa de Batatais há 20 anos (cargo voluntário) e sou também da Federação das Santas Casas. Mais Conteúdo: Aproveitando o ensejo, qual a opinião da senhora a respeito da situação atual da Saúde em Ribeirão Pires? Lair: Uma vergonha! E não é por falta de dinheiro. É necessário um choque de gestão. Falta competência e seriedade no trato com o dinheiro público e no respeito com o Cidadão. Vide Batatais. É uma cidade com 50.000 habitantes, menos da metade de Ribeirão, que hoje tem cerca de 110.000 habitantes. Lá temos a Santa Casa, graças a um trabalho meu, um Centro Cirúrgico com a mais alta tecnologia onde há até mesmo

Ribeirão Pires poderia, há anos, ter um belíssimo hospital, igual ou até superior ao de Batatais.

a captação de órgãos para transplante, além de UTI e Hemodiálise. Em Ribeirão Pires, ao contrário, houve uma sucessão de desmandos nos últimos quinze anos, que desencadeou o CAOS em que se encontra a SAÚDE hoje. Não é ético, muito menos justo ter presenciado mortes no São Lucas por mero descaso do poder público, vidas essas que poderiam ser sido preservadas. A “melhora” dos últimos meses não redime toda a equipe do Prefeito com Deus, nem engana o Povo. Mais Conteúdo: A senhora já conseguiu dinheiro para o Hospital São Lucas? Lair: Sim, mas foi há alguns anos, na época em que a Maria Inês era prefeita e o Serra era ministro. Trouxe mais de um milhão de reais do Ministério da Saúde para construir a Maternidade São Lucas. Na época, eu e a Leo, minha irmã, quase brigamos com a Maria Inês para trazer o dinheiro do REFORSUS (Projeto de Reforço à Reorganização do Sistema Único de Saúde, projeto federal que visava a recuperação física e tecnológica das unidades de saúde públicas e filantrópicas). No dia da inauguração da Maternidade, ela não me convidou, mas mesmo assim fui lá e subi ao palanque. Ribeirão Pires poderia, há anos, ter um belíssimo hospital, igual ou até superior ao de Batatais. Todo o dinheiro que Ribeirão Pires precisasse para a construção de um hospital estava a disposição, mas a Maria Inês temeu arriscar 15% de contrapartida que a Cidade não tinha, mas poderia ter caso pegasse dinheiro emprestado junto ao BNDES (Banco Nacional para o Desenvolvimento Econômico e Social) para isso. Ela não quis ousar, bem como os que a sucederam e o Povo é quem sofre as conseqüências da falta de atendimento na Saúde. Hoje, por exemplo, (Clóvis) Volpi recebeu uma verba alta do Estado para construir um hospital que deveria ser de alta complexidade, mas, infelizmente, mesmo quem não é arquiteto ou engenheiro pode notar que a construção não tem a funcionalidade adequada para um hospital.

Acabando com a incompetência e a corrupção, teremos uma Cidade melhor para todos.

Mais Conteúdo: A gestão da APRAESPI é profissional, a senhora acha que o serviço público também deveria ter Administração nos mesmos moldes, com qualidade? Lair: Com certeza. Não só na Saúde, como em todas as áreas. Queremos lutar para que a organização e a qualidade sejam aplicadas a todos os órgãos da Prefeitura. É só querer. Se todas as Secretarias tivessem sido administradas com competência e sem corrupção, com certeza Ribeirão Pires teria outra realidade e a população estaria muito mais feliz. Mais Conteúdo: Então a solução para que a Cidade melhore está na gestão adequada? Lair: Exatamente. É preciso mais profissionalismo e gestão de qualidade, só assim poderemos acabar com os problemas. Há muitos anos Ribeirão Pires não tem uma gestão de qualidade, aliás, não há qualquer gestão. O maior problema do município é o mau uso do dinheiro público. Acabando com a incompetência e a corrupção, teremos uma Cidade melhor para todos. Fazendo um comparativo com o logo do meu partido, o PSC, que é o peixinho, eu acredito que muitos peixinhos unidos podem vencer o tubarão da corrupção. RIBEIRÃO PIRES PODE MAIS. Esse é o lema, nessa hora tão importante.


Histórico da APRAESPI

Devido à necessidade de se criar uma escola especializada, no município, que atendesse a pessoa portadora de deficiência, o casal Adélia Redivo e Valentino Redivo, cuja filha era portadora de deficiência mental severa, juntou-se a outros casais e amigos para criarem em Ribeirão Pires, uma entidade especializada na orientação e tratamento para Pessoas com deficiências. O Sr. Valentino, como era proprietário do terreno onde hoje se situa a sede da Associação, o doou para a criação desta e juntou a outra metade doada pelo Externato Nerina Adelfa Ugliengo, ficando a área do terreno com 4.950 m2 de área para que se iniciasse o projeto da sede própria. Em 27 de outubro de 1967, na Câmara Municipal, foi realizada a Assembléia de Fundação e Constituição da “Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Ribeirão Pires” – APAE sob a presidência do Sr. Valentino Redivo. O mesmo declarou estarem ali reunidos para tratarem da fundação de uma entidade civil, sem fins lucrativos, com objetivos de promover o bem estar, a prestação de serviços educacionais, saúde e assistência social promovendo a inclusão social dos indivíduos com deficiências. Em 24 de novembro foi realizada Assembléia Geral, ocasião em que foi aprovado o Estatuto Social e em 21 de dezembro foi realizada outra, para a eleição do Biênio 68/69, no qual foi eleito para presidente o Sr. Wheleer Sanches. As atividades começaram em 1969 através da então professora contratada pela Prefeitura Lair Moura Sala Malavila Jucevicius, que muito colaborou para o crescimento técnico e tecnológico, além do financiamento dos programas. Daí para frente à Associação não parou mais de crescer, com a colaboração da comunidade, colaboradores, prefeitura e órgãos do Governo Estadual e Federal, colaborando na construção da sede, das escolas e dos Centros de aten-

dimento. Muitos foram os colaboradores para que a Associação, hoje um orgulho para Ribeirão Pires crescesse tanto e se transformasse em modelo de Escola e Referência na área da saúde. A Associação atualmente é mantenedora da Escola de Educação Infantil e Ensino Fundamental “Valentino Redivo”, atendendo atualmente a 315 crianças com idade de 0 a 12 anos; do Centro Ocupacional e Profissionalizante Adélia Redivo – COPAR, localizado à Avenida Santa Clara n.º 1247 – no Bairro do Pilar Velho, atendendo 216 adolescentes e adultos, a partir 12 anos, oferecendo Educação Profissional Básica e Ensino Fundamental. Dos Centros de Referência do Ministério da Saúde da deficiência auditiva, Mental, Autismo e Física, onde atende crianças, adolescentes e adultos, para diagnóstico, tratamento e dispensação de prótese auditiva, física e órteses, do município e Região do ABCDRM. Como Projeto Piloto, com apoio da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, iniciou o Programa Hospital Dia ou Unidade de Cuidados Diários, onde atende centenas de usuários diariamente com graves distúrbios do desenvolvimento, em espaço adaptado, estando em andamento à construção do Hospital Dia com 1439,18 m2 financiado através de contribuição financeira não reembolsável pelo BNDES. A Associação, conta hoje com mais de 300 colaboradores e está registrada no Conselho Nacional do Serviço Social, sob o número 200109/73, matriculado no INSS sob o nº. 21.434.00439-23, no Serviço da Orientação Técnica da Promoção Social sob o nº. 2.789/73 e o CNPJ nº. 57.621.377/000185, registrada no 2º cartório de notas e ofícios, sob o nº. 85. É declarada a utilidade pública municipal pela lei 1.206 de 02/07/71, declarada a Utilidade Pública Estadual, pelo decreto 5.156 de 03/12/74, declarada de Utilidade Pública Federal 88.103.


Saulo Benevides: “ela é competente, uma mulher que representa muito” A definição do nome de Lair como vice na chapa de Saulo Benevides teve uma série de capítulos, mas iniciou em abril de 2011, quando o vereador admitiu pela primeira que a superintendente da APRAESPI seria a indicada a concorrer as eleições ao seu lado. Durante este tempo, chegaram a ser ventilados outros nomes, até por conta de negociações partidárias, mas, por fim, o nome de Lair prevaleceu e foi confirmado como vice na chapa encabeçada por Saulo Benevides há algumas semanas. Saulo reconhece o potencial e as qualidades de sua companheira de campanha. Ao explicar a escolha, ressaltou as qualidades da parceira de chapa. “A Lair tem um trabalho social na APRAESPI que, ao longo dos anos, tornou-se referencia estadual. Na chapa, sua participação é fundamental. Ela é competente, uma mulher que representa muito e acredito que isso irá nos ajudar muito na eleição”.

Lair da Apae e Saulo Benevides

Laços fortes com Ribeirão Pires Mais do que a ligação com a cidade por meio da APRAESPI, Lair também tem laços fortes com Ribeirão Pires por conta de sua família. Foi na histórica Igreja do Pilar que casou pela primeira vez, tendo na ocasião até mesmo feito reparos no local. Foi lá que também batizou seu filho, um ano mais tarde. Sua irmã, Leo, foi madrinha.


Ribeirão Pires como você nunca viu O primeiro voo de balão da Estância Turística de Ribeirão Pires não criou apenas uma oportunidade para o turismo da cidade. O passeio rendeu imagens incríveis, dignas de cartões postais. A iniciativa do comerciante Marinho do Gás deverá atrair muita gente para conferir a riqueza da paisagem da Pérola da Serra. Para você que não esteve lá nas alturas, separamos aqui algumas imagens:

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Foto 1: Evento patrocinado pela Fonte Olímpica. Foto 2: Mirante Santo Antônio. Foto 3: Rodovia Índio Tibiriçá. Foto 4: Braço da Represa Billings. Fotos 5: Parte do Centro Alto. Foto 6: Vila Suissa/Vila Aurora. Foto 7: Mauá ao fundo. Foto 8: Rio Grande da Serra.

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Voo de balão em Ribeirão Pires ganha rede mundial Um dos maiores sites da Internet sobre balonismo brasileiro (www.blogbalonismo.net) repercutiu a notícia sobre o primeiro voo de balão de Ribeirão Pires. O blog deixou em sua primeira página, por mais de 24hs, a matéria especial do jornal Mais Notícias sobre o evento, disponibilizando o conteúdo para todas as comunidades internacionais ligadas ao balonismo. Isso demonstra que a exploração adequada do Turismo em Ribeirão Pires pode levar o nome da cidade a uma esfera que ultrapassa as fronteiras nacionais.

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Foto 1: O símbolo de um parceiro do Turismo. Foto 2: Pioneiros do balinismo em Ribeirão. Foto 3: Diego da Fonte Olímpica e seus companheiros de voo. Foto 4: Toninho comemora o sucesso do pouso. Fotos 5: Toninho da Mecânica contempla uma visão única. Foto 6: Toninho em pleno voo. Foto 7: Família Marinho. Foto 8: Marinho dá OK para a vista panorâmica. Foto 9: Marinho momentos antes da decolagem.

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Por Danilo Meira

Os cães como auxiliares no tratamento médico

Inovador método de tratamento clínico, a Cinoterapia (atividade e terapia assistida por cães) foi alvo de um seminário realizado no último dia 07 de julho, no Hospital Veterinário Nipon, em Ribeirão Pires, promovido pela Escola de Cinotecnia Brazilian K9. O evento contou com uma série de palestras com profissionais do meio, que discutiram especificamente o uso dos cães terapeutas para a melhora da qualidade de vida de idosos, pessoas especiais ou ainda crianças carentes, difundindo a filantropia, além de orientações para voluntários que queiram utilizá-los em hospitais, asilos e outras instituições. Segundo a Dra. Daniela Modesto, fisioterapeuta, o uso de cães “facilita o trabalho com os pacientes”, explicando que fez uso da terapia com autistas e teve grande sucesso. “Depende de paciente para paciente, mas pode-se chegar a um grau de facilitação de até 80%, com boa melhora clínica”. O cinotécnico Ivan Modesto da Silva explicou que o evento

tem como função “difundir e explicar o que é a Cinoterapia” para que ela seja mais utilizada e também cadastrar voluntários. Ele ainda ressalta que “não são todos os cães que têm aptidão para este tratamento”. Com isso, faz-se necessária um procedimento de triagem e capacitação do animal, algo que dura cerca de dois meses. No encontro, estiveram presentes pessoas de diversos estados que acompanharam o evento com atenção, prova de que o tratamento zooterápico, introduzido pela psiquiatra Nise da Silveira, que teve um reconhecido trabalho nos anos 60 do século passado por conta do uso de terapias alternativas para o tratamento da esquizofrenia é de fato eficaz. Em tempo: Nise foi a pioneira, fazendo uso de gatos para auxiliá-la, mas não teve seu trabalho publicado. Com isso, o americano Boris Levinson, amigo de Nise, que o fez, ficou como “pai” do método. Mais informações sobre o método podem ser obtidas com a Brazilian Canine no site www.braziliank9.com.br.


Kaikan celebra 104º aniversário da imigração e homenageia deputado

Em sessão solene realizada no último dia 23 de junho na Associação Nipo-Brasileira de Ribeirão Pires (Kaikan) que contou com a presença do deputado estadual Helio Nishimoto e sua esposa, as senhoras (Fujin-Kai) do Kaikan se reuniram em celebração ao 104º aniversário da imigração japonesa no Brasil. Estas senhoras e muitas outras que não estavam no momento são responsáveis por todos os detalhes na organização para eventos gastronômicos e culturais da entidade, não medindo esforços para manter esta cultura milenar. São mais de 20 atividades praticadas no

clube, como o Taikô, o Sara Odori, o Undo-Kai, o Karaokê e o alongamento, que recebem sócios, não sócios, nikkeis, enfim, a todos que tem este ideal e gostam de um ambiente familiar e social. No evento, o Deputado Estadual Helio Nishimoto foi agraciado com o título de Cidadão Ribeirãopirense pelo seu importante apoio à comunidade Nikkei não só da Estância como de todo o estado, fato ressaltado pelo vereador Antonio Muraki, que entregou a placa em homenagem a ele, fato que foi ressaltado com agradecimentos da parte de toda a comunidade Nikkei de Ribeirão Pires.


Por Danilo Meira

Galaxie/Landau o maior topo de linha da história

Ford Galaxie 1967 Acervo Clássicos Caslini

Uma lenda do luxo automobilístico brasileiro, o Ford Galaxie/Landau foi um sedã que marcou época e deixou saudades. Desde sua primeira geração, nascida em 1959 nos Estados Unidos até a versão mais conhecida no Brasil, que apareceu em 16 de fevereiro de 1967 e foi produzida por aqui até o início da década de 80, foi um carro que deixou saudades pelos mais diversos aspectos. Começando pelo potente (e elogiadíssimo) motor, que chegava a até 300 cv, até as linhas marcantes, com faróis sobrepostos, havia muito o que se elogiar neste carro. O Galaxie brasileiro marcou o primeiro automóvel de passageiros da Ford no Brasil, já que entre 1919 e 1967 a empresa produziu apenas caminhões, fazendo uso de peças importadas. O Galaxie 500, fabricado nos EUA, foi a grande novidade do 5º Salão do Automóvel e, com seu luxo, ganhou a atenção de todos tanto pelo porte avantajado (5,35 metros de comprimento, 2m de largura e 3m entre eixos) quanto pelos detalhes marcantes, como pára-choques, calotas, frisos, grade e o retrovisor, todos cromados, como ditava a tendência da época, com dois faróis redondos sobrepostos ladeando a grande frontal e lanternas traseiras retangulares, sem falar no amplo espaço interno, capaz de acomodar até seis pessoas, ajudado pelo câmbio instalado na coluna de direção. Isso tudo ofuscava até mesmo o fato de seu enorme motor gastar muito combustível em tempos de crise do petróleo. Em 1971, surgiu o requintadíssimo LTD (de limitado, exclusivo) Landau, uma palavra de origem francesa que designava uma espécie de carruagem conversível com uma dobradiça centram em forma de “S”, representada com uma inscrição nas colunas traseiras. Tamanho luxo o colocou no patamar de carro presidencial, “cargo” que ocupou de 1982 até 1990. Em 1976, já sob reflexo da alta da gasolina, a Ford foi obrigada a mexer no carro, a última grande mudança antes de sua definitiva extinção, sendo a mais marcante na placa, que foi colocada à esquerda. Dois anos mais tarde, ele teria apenas uma cor, o prata metálico (logo substituído pelo azul clássico) e, a partir de 1980, ganhou motor a álcool. Ele saiu das ruas para a história no dia 2 de abril de 1983 após exatas 77.850 unidades produzidas. Mesmo assim, ainda se mostrou um preferido de executivos e chefes de governo e foi alvo de diversas encomendas (não aceitas), uma prova de que o luxo e o requinte do Landau marcaram época e, verdade seja dita, são referência até hoje.


Leonice Moura Mãe, Mulher e Profissional Competente Leonice Moura é Bióloga, Pedagoga, Pós Graduada em Educação Especial e Mestre em Distúrbios do Desenvolvimento. Vem dedicando sua vida em defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiências e das Pessoas mais carentes nas áreas da Saúde, Educação e Assistência Social Mãe de 4 filhos e há 34 anos a frente dos Programas de Reabilitação oferecidos gratuitamente a população de Ribeirão Pires como Diretora Técnica da APRAESPI, Leonice Moura é reconhecida no Estado de São Paulo como Leo da APRAESPI por sua atuação na organização dos programas de Educação e Saúde nas mais de 300 APAEs do Estado de São Paulo. Ela falou à Revista Mais Conteúdo sobre seu trabalho em prol da causa da Pessoa com deficiência e também de suas conquistas e planos. Mais Conteúdo: Em todos esses anos de trabalho, o que você considera como a sua maior conquista? Leonice: Em todos estes anos, tive muitas conquistas, através da criação de duas escolas especializadas e vários projetos que beneficiam centenas de pessoas com deficiência diariamente, mas a minha maior conquista, junto com minha irmã LAIR, foi a construção do primeiro Hospital Dia do Brasil para o atendimento de crianças com deficiências graves e a transformação da APRAESPI no maior Centro de Reabilitação do Grande ABC. Mais Conteúdo: O que você acha do atendimento que é oferecido pelo poder público a população de Ribeirão Pires na área da Saúde? Leonice: Poderia ter sido feito muito mais pela população de Ribeirão Pires, o poder público tem condições de oferecer uma Saúde de maior qualidade do que se tem hoje. Haja vista que, há 16 anos, eu fiz o Projeto de Implantação da primeira maternidade de Ribeirão Pires no Hospital São Lucas, e até hoje, não vi evolução no que é oferecido a população. Vejo diariamente cidadãos ribeirãopirenses deslocando-se para cidades vizinhas para realizarem Hemodiálises e exames de baixa complexidade, que poderiam estar disponíveis à população na cidade. Infelizmente os políticos trabalham somente de olho nas eleições e não nas necessidades da população. Mais Conteúdo: Quais são os seus planos para o futuro? Leonice: Preparei vários projetos para o segundo semestre, entre eles, a implantação de equipamentos de Raio-X e

eletroneuromiografia na APRAESPI de Ribeirão Pires e outros serviços de saúde que serão oferecidos as Pessoas com deficiências, aos munícipes na área da Saúde. Tenho certeza de que sempre é possível fazer o melhor pelo seu próximo a cada dia. Gostaria que a qualidade dos serviços oferecidos na APRAESPI acontecesse nos outros serviços públicos do município. A população merece.

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Por Ítalo Meneghetti

FIRP Letras promove discussão sobre Igualdade de Direitos e Inclusão Social para pessoa deficiência Ninguém precisa ser expert em Direito para saber que pessoas com deficiências, embora apresentem características especiais, devem ter assegurado o direito a uma vida digna e o acesso a todas as conquistas da cultura, da sociedade, da ciência e da tecnologia dentre outras inúmeras inclusões cotidianas para qualquer cidadão no pleno usufruto dos seus direitos e deveres perante o Estado. Os fundamentos para tal são encontrados facilmente na Declaração Universal dos Direitos Humanos, da ONU, em texto de 1948 e na Declaração dos Direitos das Pessoas com Deficiências (texto de 1975), também da ONU, além do que assegura a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 e diversos outros textos de específicas leis sobre a questão. Claro que, entre o escrito no papel, que a tudo admite, e o cumprimento do que é decretado na concretude diária do cidadão há um distanciamento enorme que ainda demanda muito trabalho e luta na conquista por igualdade de direitos na prática da vida em sociedade e não somente na teoria da filosofia do direito. Porém, talvez o que muitos desconheçam é que as chamadas pessoas com deficiências sejam verdadeiramente as pessoas eficientes e esta nossa reflexão é o ensejo para

a Semana das Pessoas Eficientes das Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP) criada, organizada e promovida pelo Curso de Letras, com a sua primeira edição prevista para setembro deste ano. O objetivo é apresentar depoimentos, palestras, mesas-redondas, vídeos e apresentações artísticas sobre o tema em seus diversos aspectos. Não deixe, portanto, de acessar o site da FIRP (www.firp. edu.br/home), bem como o blog oficial da Instituição por meio do link www.firp.edu.br/blog para se manter informado sobre os desdobramentos de preparação da Semana das Pessoas Eficientes. Interessados podem fazer parte do Comitê de Organização da Semana, aberto a alunos, professores, funcionários da FIRP e qualquer cidadão apto a contribuir para a consecução do evento. A Semana das Pessoas Eficientes teve a sua inspiração inicial no fato da FIRP abrigar, em sua comunidade acadêmica, um número expressivo de pessoas com deficiência e que nos dão diariamente o exemplo de uma determinação e capacidade de superação que nos leva a pensar que são verdadeiramente mais eficientes do que as chamadas pessoas não deficientes. A Semana é mais uma realização do Programa de Extensão Universitária Letras Total do Curso de Letras da FIRP.




É possível

ser feliz

Parando o tempo, olhando o mesmo ponto, repetindo uma história que insiste em marcar tempos infelizes. Lágrimas revelam a dor maior de não ser feliz. Tudo se mostra do mesmo jeito embora a vontade seja de algo diferente, mas as raízes parecem profundas a sustentar visões que na verdade não se deseja esquecer. E assim se fortalece uma prisão lunar difícil de se livrar. Difícil sim, mas impossível não. Nada é impossível para aquele que traz a esperança a apontar para um Norte certo de existir. O choro intenso leva para as profundezas da alma como aquele que dá impulso maior para mais fundo mergulhar. E quando se atinge o fundo é sinal de que é chegada a hora de voltar. Subir, cada vez mais rápido subir e na superfície encontrar o sol a brilhar. Um sol que sempre esteve em seu lugar, mas encoberto pela tristeza da desesperança e pelo vício de olhar. Quem ao fundo chegou jamais será o mesmo quando mergulhou. Quebrar barreiras, destruir as fronteiras que isolam e violam o direito de se libertar. A vontade é soberana e ousar é a regra para mais alto estar. É preciso acreditar que a vida pode brilhar, mesmo que seja por um instante e viver diferente o que não mais podia pulsar. Vida nova surgindo do velho padrão trazendo a certeza de que é possível ser feliz, mesmo que por um instante e poder um dia morrer com a certeza de que é possível ser feliz. Um instante capaz de mudar permanentes dias de escuridão. Alquimia no poder de se transformar a cada desejo de ser feliz e se elevar a outros mundos por intermináveis dias ou por um instante, o que não faz diferença, pois nas Alturas não existe o tempo que o concreto insiste em pautar, tudo é infinito e pulsa sem parar.

Ala Voloshyn, nascida em agosto de 1956, em São Paulo, filha de imigrantes ucranianos, estudou Psicologia na atual Universidade Metodista de São Paulo. Formouse em 1980 e desde então atua como psicóloga. Já trabalhou com a educação de surdo-cegos e deficientes auditivos. Apresentou programa de entrevistas em Web TV. Ministra palestras e contação de histórias. Mantém blogs pela internet sobre literatura infantil e textos de sua autoria. Tem editado um livro de literatura infantojuvenil intitulado Pimenta do Reino. É membro da Academia Popular de Letras da Biblioteca Paul Harris de São Caetano do Sul e colaboradora do jornal Enfim, de São Caetano do Sul, e Mais Notícias, de Ribeirão Pires. Textos: http://alavoloshyn.blogspot.com Literatura infantil: http://livrosvivos.blogspot.com Livro: http://ala-voloshyn.blogspot.com Email: alavoloshyn22@yahoo.com.br Cel.: (11) 8275-7609 Fone: 3565-6609



Por Danilo Meira

Atrações internacionais são a novidade do Festival do Chocolate 2012 A noite de sexta-feira, 06 de julho, marcou o lançamento do evento mais importante da cidade de Ribeirão Pires, o Festival do Chocolate que, este ano, chega a sua oitava edição. A tradicional degustação, onde convidados e imprensa puderam saborear alguns dos produtos que serão comercializados no Complexo Ayrton Senna durante os dias de festa também teve um clima de despedida, uma vez que, no ano que vem, a cidade estará sob nova direção, já que Clóvis Volpi deixará a prefeitura. Ele iniciou falando sobre suas expectativas, de “que corra tudo bem”, disse, antes de ressaltar a evolução dos últimos anos, em que foram testados diversos formatos, até se chegar no atual: “a festa era aberta, ficou grandiosa, mas fomos obrigados a diminui-la em prol da qualidade”. Para esta oitava edição, são esperados 300 mil visitantes no Complexo Ayrton Senna durante os dias de festa. Novidades – Para este ano, a boa nova é a presença de atrações internacionais, Fernando Ferrer e Quinteto, grupo comandado pelo filho de Ibrahim Ferrer, criador do lendário grupo Buena Vista Social Club, que colocou a música de Cuba no cenário internacional, o que reforça ainda mais a mudança de estilo, com mais atrações fora da música e de perfil mais familiar. Isso gera uma responsabilidade para os artistas da cidade,

obrigados a mostrar mais qualidade e profissionalismo. “Vimos isso no Festival de Bandas, onde foi difícil escolher a melhor”, ressaltou o Secretário da Juventude, Esportes, Lazer e Turismo, Guto Volpi. Desafios – Para os próximos anos, o atual prefeito elenca alguns desafios, alguns além do festival. “Primeiramente, deve-se manter e melhorar a festa”, explicou Volpi, que ainda elencou alguns planos, como o Parque Industrial das Chocolateiras, uma fábrica de chocolates que seria erguida no Parque Pérola da Serra. Tudo isso justamente para não deixar que a chama da festa, que dura apenas algumas semanas, não se apague no restante do ano. “O chocolate dá uma cara turística para a cidade”, ressaltou Guto. “Esta não é uma festa personalizada, mas sim com participação da comunidade, da PM, da ACIARP, dos barraqueiros, chocolateiras, enfim, de todos, que são peças fundamentais para o sucesso. É uma festa que já está na cabeça do cidadão”, concluiu o prefeito. Serviço – O Festival do Chocolate, apesar do início em 20/07, está fazendo a troca de ingressos para os shows da Tenda Multicultural desde o dia 13, em 26 pontos de troca espalhados pela cidade. Para as semanas seguintes, a distribuição terá início às segundas-feiras. Para adquirir as entradas, o interessado deve levar 3kg de alimentos não perecíveis.


Por: Paulo Franco Formado em Letras e em Pedagogia e Pós-graduado em Docência para o Ensino Superior. Poeta e escritor, tem 8 livros publicados e dezenas de premiações em nível nacional.

O Joio e o Trigo

Houve um tempo no qual os homens tinham bandeiras e elas não estavam pautadas apenas em símbolos ou cores. Faziam parte do coração e eram inegociáveis porque representavam pontos de vista que não tinham preço. Nesse tempo, as igrejas eram só igrejas e os partidos eram para a reivindicação das necessidades dos homens. A fidelidade, portanto, não era apenas partidária, era ideológica e, às vezes, para a vida inteira. Entretanto, algum pretenso soberano reinventou a palavra governabilidade e misturou as bandeiras a tal ponto que hoje o homem já não se reconhece em sigla alguma. Em nenhum momento o impostor ideológico se importou se estava despersonificando a democracia, se estava abolindo a palavra cidadania e até mesmo o vocábulo partido. E tudo isso vem impulsionando a letargia nas pessoas, embora estejam sendo cada vez mais aviltadas pelos impostos e pela destruição dos seus direitos essenciais. E os Partidos de Aluguel, hoje, renomeados como Partidos Agregados, alimentam a ideia de que

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vence as eleições quem tiver o maior número de canalhas habilidosos por perto. Patético! Grandes líderes não têm o direito de barganhar a alma de um povo. Aliás, alguém assim, não deveria merecer voto nem mesmo para líder de condomínio. Além disso, estamos ensinando a nossas crianças que a democracia depende da deturpação do significado das palavras. Chantagem e barganha de poder virou governabilidade. É como o repartir de um bolo que ainda não foi feito. E se não existir partilha há retaliações, independentemente do preço pago pelo eleitor. E o pior é que por trás de vários segmentos há, geralmente, uma empreiteira, um bicheiro, uma igreja, um sindicato ou um outro lacaio qualquer. Mas a criatividade daqueles que lutam pelo comando das aldeias é sem fim. Agora, pelo menos na nossa região, virou uma espécie de guerra dos sexos. Perceba, caro (e)leitor, que as principais chapas que disputarão as próximas eleições, talvez por mera coincidência estatística, têm uma dupla de um homem e uma mulher. É inacreditável que menosprezem o eleitor a este ponto! É como se dissessem que a simples contemplação dos dois sexos na chapa garantisse a confiança da população, independentemente do ideário que arrastem. Quanto às igrejas, algumas composições também demonstram a prática da junção de católicos e evangélicos à caça dos votos das ovelhas. A impressão que fica é que há fiéis servindo de massa de manobra para alavancar novos alcaides aos mesmos velhos tronos. E o que seria hoje, dentro deste esdrúxulo quadro de esvaziamento ideológico, a infidelidade partidária, já que as coligações, geralmente, são determinadas por gigantescos mandatários das siglas? Quantos políticos, talvez até com boas intenções, foram banidos das disputas eleitorais por discordarem ou apenas por serem vítimas destas bizarras manobras que impedem cada vez mais que se separe o joio do trigo? E quem é que vai pagar por isso? É claro que é o eleitor que na melhor das opções, por não ter opção nenhuma, acabará ratificando com o seu voto obrigatório, um pouco mais do mesmo.




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