Revista Mais Conteúdo #04

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MAIS NOTÍCIAS Nove Anos

CULTURA

Amaury Echeverria e Mel Ravásio

PERSONALIDADE Jorge Duaik Junior

OURO FINO MOSTRA SUA FORÇA



4. Artigo Prof. Nelson Camargo

5. Curtas Notícias do Brasil e do Mundo

6. Direito Josenito Barros Meira

7. Prefeito responde Clóvis Volpi

8. Mais Notícias Jornal completa nove anos

10. Personalidade Jorge Duaik Junior

11. Mulher Diva do Posto

12. Saúde Leandro Luongo de Matos

14. Casa e Lazer Oleiro

17. Matéria de Capa Ouro Fino mostra sua força

23. Esporte Deusdete Vasconcellos e Antônio Carollo

24. Política Saulo Benevides

25. Construção e decoração Paulo Silotti

27. Trânsito Landau, um carro de luxo e requinte

28. Destaques Dia Internacional da Mulher

29. Educação FIRP - Faculdades Integradas de Ribeirão Pires

31. Ala Voloshyn Não me pessa para voltar

32. Cultura Amaury Echeverria

33. Cultura Mel Ravásio

34. Crônica Paulo Franco

Que seja o máximo A Estância Turística de Ribeirão Pires completa este mês 58 anos de emancipação-político administrativa. Desde essa conquista até aqui, quanta coisa aconteceu... O município, que já foi considerado cidade-dormitório, há dois anos bateu recorde em contratações, ocupando a 24ª posição do ranking do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), órgão do Ministério do Trabalho. A Educação, sempre um destaque. A rede municipal de ensino já chegou a superar a média das demais escolas municipais e estaduais de São Paulo. O turismo da cidade vem ganhando forma. A tradicional Festa do Pilar foi repaginada e tomou cunho mais histórico; o Festival do Chocolate já se consagrou como um dos maiores eventos do Estado e tornou-se símbolo do município; Ribeirão Pires ganhará ainda um Hotel Escola que, além de hospedar turistas e visitantes, promete ser uma incubadora para novos profissionais da área. Embora a agitação venha se instalado na cidade serrana, alguns lugares estão alheios a toda essa correria e preservam a tranquilidade de um típico município de interior. Ao se infiltrar nas ruas de Ouro Fino Paulista, por exemplo, paira-se um silêncio, às vezes quebrado pela passagem de carroças. Muito se foi feito até aqui, mas ainda há outro tanto a se fazer. A infraestrutura precisa chegar a todos os bairros, a saúde carece de trabalho intenso, o turismo precisa de investimentos para que Estância Turística seja mais do que um título, enfim, a cidade ainda precisa passar por muitas mudanças para melhorar a qualidade de vida de seu povo. Para que tudo isso aconteça, a população ribeirãopirense – que a gente percebe no olhar, o amor que sente por essa cidade – precisa cobrar, fiscalizar, exercer seu papel de cidadão. Em 2012, encerra-se um ciclo na cidade. Após oito anos, a atual administração cederá o espaço a outro grupo, que esperamos dar continuidade a tudo o que foi feita nesta e em outras gestões e possa fazer muito mais. Na corrida eleitoral de outubro, passado e presente se enfrentarão e, dessa disputa, sairá o futuro. Que o vencedor, com a ajuda da população, faça com que não seja apenas “bom viver aqui”, mas seja o máximo. Vanessa de Oliveira Jornalista Responsável da Revista Mais Conteúdo


Edição 4 - Março / 2012 Publicação Mensal de Mais Notícias Empresa Jornalística Ltda. CNPJ: 05.531.420/0001-18 email: maisconteudo@maisnoticias.inf.br Editor: Antonio Carlos Carvalho Jornalista Responsável: Vanessa de Oliveira - Mtb: 53.573 Redação: Danilo Meira - Mtb: 43.013 Thiago Quirino - Mtb: 61.451 Editoração: Gustavo Santinelli Departamento Comercial: Sidnei Matozo / Claudio Sant’anna Departamento Jurídico: Dr. Gilmar Andrade de Oliveira Dr. Eric Marques Regadas Colaboraram: Nelson Camargo Josenito Barros Meira Ala Voloshyn / Paulo Franco Gazeta / Raul Carlos Dr. Leandro Luongo de Matos Diego Simi Administração: Elisete Helena Pimenta Esta Edição: 10.000 exemplares Tiragem Auditada por ASPR Distribuição Gratuita em: Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Região da Represa Billings Rua Olímpia Catta Preta, 194 1° Andar, Sala 2 • CEP 09424-100 Centro • Ribeirão Pires • SP Fone: 4828-7570 • Fax: 4828-1599

PESQUISA REVELA: Povo Líbio quer um único homem forte para substituir Kadafi

A revolta iniciada contra o governo do coronel Muamar Kadafi, na Líbia, iniciou-se em fevereiro de 2011, na cidade de Benghazi, com o apoio logístico e financeiro dos Estados Unidos, Reino Unido e França. Contra as primeiras manifestações de revolta, o governo Kadafi respondeu com violência, como ocorreu em outros países árabes. Haja vista que vem ocorrendo na Síria, onde a família de Bashar al-Assad está no poder desde 1963! Também como está acontecendo na Síria, na Líbia houve um grande número de desertores nas forças de Kadafi, que passaram para o lado dos chamados rebeldes. Alguns desses desertores ocupavam altos postos no regime do coronel e hoje fazem parte do atual governo, CNT, Conselho de Transição Nacional, um “saco de gatos”, ou seja, um governo do qual fazem parte grupos opostos das mais variadas tendências, cujo chefe, Mustafá Abdul Jalil, ex-Ministro da Justiça de Kadafi, antes de o início da revolta, tenta comandar como pode. Na realidade, como era de se esperar, está difícil comandar esses grupos. Todos reivindicam a si, os louros da vitória. Milícias armadas durante a Revolução negam-se a depor as armas e voltar ao trabalho que exerciam antes do conflito. Negam-se a entregar prisioneiros aos tribunais. Torturam prisioneiros de guerra e grupos étnicos minoritários. É claro que essa divisão, esse enfraquecimento do poder central, favorece aos interesses das grandes potências internacionais voltadas para a posição militarmente estratégica da Líbia e os

interesses num petróleo de boa qualidade. A desculpa em “libertar o povo da perigosa tirania” sempre foi mero pretexto para justificar a intervenção armada, desde época anterior à antiga Roma dos Césares. Se fosse esse o real e único interesse, por que antes foram aliados de Kadafi, por que não o depuseram antes? Dizia o ex-presidente Richard Nixon que o Oriente Médio só terá paz quando acabar o petróleo e, recente pesquisa de opinião pública feita na Líbia pela Universidade de Benghazi revela que a maioria dos líbios (25%) quer um governo forte, centrado numa “única figura tutelar”. Outros querem regimes semelhantes aos Emirados Árabes (21%). Alguns defendem outras formas de governo, mas apenas 4,6% querem uma democracia à América do Norte.

Nelson Luiz de Carvalho Camargo é pesquisador, professor de Ciências Humanas, Língua Portuguesa, Literatura e de Língua Latina. Leciona nas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires. Nasceu na Vila de Tarumã, estado de São Paulo, em 1947. Veio para Ribeirão Pires, com sua família em 1952, aos cinco anos de idade.


Novo iPad revoluciona padrão de dispositivos móveis Pode parecer redundante, mas o novo tablet da Apple conseguiu o que parecia impossível: estabelecer um novo padrão em dispositivos móveis. A nova versão, lançada na última quarta-feira, tem como destaque a tela, que ganhou o nome de Retina e apresenta o dobro da resolução de seu antecessor, o iPad2, superior até mesmo à da HDTV. Além disso, a câmera de 5 Megapixels e o novo processador podem tornar o “aparelhinho” um concorrente até mesmo dos poderosos videogames de mesa, como o Xbox 360 e o Playstation 3. Todas estas novidades, ao menos nos Estados Unidos, não custarão muito mais, com o preço inicial partindo de US$ 500. No Brasil, não há previsão de lançamento, mas a estimativa é de que o preço inicial seja de R$ 1799.

Guga entra para o Hall da Fama do Tênis O tenista Gustavo Kuerten que, ao lado de Maria Esther Bueno detém a condição de melhor da história do Brasil, foi indicado para ser imortalizado no Hall da Fama do Tênis. Emocionado, ele ressaltou o orgulho em ter ajudado a popularizar o esporte no país: “Consegui trazer o tênis para a esfera popular, a ponto das pessoas comentarem sobre tênis no açougue, na padaria, no supermercado. Pude tirar o mito do tenista e levá-lo ao povo”, afirmou. Em sua carreira, ele conquistou 20 títulos, com destaque para os três de Roland Garros, em 1997, 2000 e 2001, e uma Masters Cup também no ano 2000. “Às vezes me belisco para ver se é tudo verdade. Alguns feitos meus chegaram a ser assustadores”, concluiu.

Batman combaterá o crime em Taubaté Diretamente de Gotham City, o Cavaleiro das Trevas voltará a ativa para ajudar Taubaté, no interior de São Paulo no combate ao crime. Calma pessoas, não se trata de um devaneio ou de um novo filme a ser rodado no Brasil, mas sim de uma nova iniciativa. O militar aposentado André Luiz Pinheiro, de 50 anos, que se fantasia de Batman em festas de aniversário e afins, irá ajudar no trabalho de combate à criminalidade do Movimento pela Paz, uma ação para levar paz a bairros com índices elevados de criminalidade. A primeira ação será realizada no dia 17 e, caso dê certo, será levada a outros bairros.

Minha Casa, Minha Vida muda regras para beneficiar mulheres No Dia Internacional da Mulher, comemorado no último dia 8, a presidente Dilma Rousseff anunciou uma importante mudança nas regras do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, que facilita a obtenção de financiamento habitacional pela população. A partir de agora, em caso de divórcio de um casal dono de imóvel com renda até 3 salários mínimos e com 95% do imóvel financiado pelo governo, a posse do bem será da mulher. A única exceção será para os casos em que o pai mantiver a guarda exclusiva dos filhos. A regra também vale para casais em união civil estável.

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Falta de segurança? E eu com isso?! Já há algum tempo nossa cidade não é tão pacata como outrora. Tem sido comum ocorrências de furtos e roubos* de veículos e residências. Como não podemos nem devemos cruzar os braços e achar tudo normal, temos que fazer algo. É bom instalar alarmes, fazer seguro residencial e cobrar providências das autoridades. E além disso, o que fazer? Comecemos por freqüentar as reuniões mensais do Conseg que acontecem toda primeira quartafeira do mês na Câmara de Vereadores de Ribeirão Pires, que fica na Rua João Domingues Oliveira nº 12, Centro, a partir das 19 horas. Veja no site www.conseg.sp.gov.br: “Os CONSEGs são grupos de pessoas do mesmo bairro ou município que se reúnem para discutir e analisar, planejar e acompanhar a solução de seus problemas comunitários de segurança, desenvolver campanhas educativas e estreitar laços de entendimento e cooperação entre as várias lideranças locais. Cada Conselho é uma entidade de apoio à Polícia Estadual nas relações comunitárias, e se vinculam, por adesão, às diretrizes emanadas da Secretaria de Segurança Pública, por intermédio do Coordenador Estadual dos Conselhos Comunitários de Segurança. As reuniões ordinárias de cada Conselho são mensais, realizadas normalmente no período noturno, em imóveis de uso comunitário, segundo uma agenda definida por período anual. A Secretaria de Segurança Pública tem como representantes, em cada CONSEG, o Comandante da Polícia Militar da área e o Delegado de Polícia Titular do correspondente Distrito Policial. Sua legitimidade tem sido reconhecida pelas várias esferas de Governo e por institutos independentes, o que permite afirmar que os CONSEGs representam, hoje, a mais ampla, sólida, duradoura e bem sucedida iniciativa de Polícia orientada para a comunidade em curso no Brasil”. O CONSEG - Coordenadoria Estadual dos Conselhos Comunitários de Segurança é ligado à Secretaria de Segurança Pública, à Polícia Civil, à Polícia Militar e à Polícia

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Científica. Esta última, popularmente chamada de polícia técnica, é quem cuida da colheita de prova no local da ocorrência, para tentar identificar o criminoso, providência muito importante para prevenir práticas idênticas e melhorar o bem estar geral. A segurança de todos também é de nossa conta. Vamos botar a boca no trombone! Vá você também ao Conseg! (*) Roubo = furto + violência.

JOSENITO BARROS MEIRA é advogado, milita na área cível, trabalhista e desportiva. Email: advogado@josenitomeira.com


1 - O Brasil está começando a sentir os efeitos da crise internacional. A cidade de Ribeirão Pires está pronta para eventuais turbulências? Ribeirão Pires é uma cidade economicamente saneada. As finanças estão em ordem, as dívidas herdadas equacionadas e pagas em dia e como não foram geradas novas dívidas atingimos um equilíbrio financeiro que nos permite atravessar eventuais períodos de turbulência macroeconômica sem prejudicar a qualidade dos serviços prestados. 2 - O Consórcio Intermunicipal está estudando um plano de mobilidade urbana para a região. Qual será a participação da cidade? Ribeirão Pires pretende apoiar ações conjuntas que resultam na melhoria da mobilidade urbana. 3 - Ainda sobre mobilidade regional, a CPTM deve iniciar em breve as obras da nova estação de trens. Haverá algum tipo de integração com o transporte municipal? Esse assunto está em estudo, já que depende de parcerias com o governo estadual. 4 - As escolas da cidade tem sido premiadas pela qualidade e a evolução nos últimos anos. Isso tem causado uma migração de alunos da rede privada para a pública. Há condições de atender à essa demanda ampliada sem prejuízo ao bom nível educacional? A migração para a escola municipal mostra que estamos no caminho certo e nossa expectativa é continuar com o crescimento planejado de vagas para atender o maior número possível de alunos. 5 - Em breve teremos a inauguração do hotel-escola na cidade, para formar novos profissionais de turismo. Há a previsão da chegada de outros empreendimentos neste sentido, como uma extensão do campus da UFABC na cidade? No momento, o foco é terminar o Hotel Escola e tornar o local um centro de referência na formação de profissionais das áreas de hotelaria e gastronomia.

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Mais Notícias:

No dia 19 de março, Ribeirão Pires está em festa, não apenas devido à comemoração do aniversário da cidade, mas também pela celebração da fundação do jornal Mais Notícias, que em 2003, fixou-se como o veículo de comunicação que teria o compromisso de levar à população três princípios: imparcialidade, independência e inovação – tudo o que prega o bom jornalismo. A meta vem sendo cumprida desde a primeira edição – não é à toa que a publicação semanal está completando nove anos de sucesso. Ao levar informação e prestação de serviço todas as quintas-feiras à sociedade ribeirãopirense e também de Rio Grande da Serra, Antonio Carlos Carvalho, o Gazeta, proprietário do periódico, realiza um antigo sonho. “Desde os 18 anos desejava ter um veículo de comunicação, pois achava que a cidade precisava disso, seria um instrumento importante para a população”, conta ele, hoje com 64 anos. A oportunidade surgiu quando Gazeta expôs, em uma conversa informal com os irmãos e publicitários Márcio e Marcelo Marques, e Eduardo Kakizaka, o desejo de criar um jornal. Márcio, então, disse que tinha um projeto pronto, faltava apenas nomear a ideia. A união de Gazeta, que era gráfico, com os rapazes da área de publicidade, foi o início de um “casamento”, que teria como fruto dessa parceria, o Mais Notícias. Gazeta ficou encarregado de procurar um investidor para que a proposta se viabilizasse. Ao ser apresentado ao piloto do jornal, o empresário Pedro Luiz de Oliveira, o Tio Pedro, ficou certo de que o empreendimento seria um sucesso e investiu na iniciativa. A chegada do Mais Notícias, impresso pela gráfica que publica o famoso “Diário Lance” e com tiragem de 10 mil exemplares (ambos mantidos até hoje), abalou a concorrência. A qualidade editorial e as novidades tecnológicas e visuais (como várias páginas à cores), mudaram a cara da imprensa na cidade. Sem dar o braço a torcer, os concorrentes vaticinaram que o recémlançado jornal não alcançaria mais do que seis meses de vida. “Esse era o tempo médio que eles tiveram para derrubar todos os concorrentes anteriores. Entretanto, as previsões fizeram água. Nosso crescimento foi constante, ganhamos credibilidade em função do profissionalismo e por sempre prezar a ética, independência e inovação”, conta Gazeta.


Nove anos de imparcialidade, independência e inovação na região Outro diferencial foi a distribuição gratuita. “Coincidentemente, o concorrente ‘Folha’ havia começado, algumas semanas antes, a cobrar por seus exemplares e o lançamento do Mais Notícias foi um balde de água fria nos planos da concorrência, tanto que, tempos depois, voltaram a entrega gratuitamente”, lembra. Com o passar do tempo, surgiram algumas mudanças. De quinzenal, o Mais Notícias passou a cirular semanalmente. Os companheiros de Gazeta deixaram a sociedade para investrirem em outros projetos. Estar sozinho à frente do veículo de comunicação foi um impacto, em um primeiro momento. “Sozinho, não, com a minha fiel companheira Elisete (esposa de Gazeta)”, corrige ele. “Com a saída dos sócios, aumentou demais a responsabilidade, porém, tivemos a felicidade de encontrar profissionais de alto nível, que compensaram, de certa forma, a ausência deles”, acrescentou. Com o apoio de valiosos colaboradores, a tarefa foi ficando menos árdua. “É inestimável a importância dos nossos colaboradores que participam das edições, enriquecendo-as ainda mais”. Hoje, o Mais Notícias possui um quadro com três jornalistas, um diagramador, dois representantes comerciais, uma pessoa no departamento de arte, duas no setor administrativo, além de oito distribuidores do jornal. Mais Conteúdo A credibilidade diante dos leitores, colaboradores e anunciantes, fez surgir um outro produto: a revista Mais Conteúdo, lançada em novembro do ano passado. “Ela foi criada para preencher uma lacuna que as outras revistas existentes na cidade deixaram de lado. Queríamos falar muito de política e dos políticos, além de trazer informação variada e de qualidade, com tiragem de 10 mil exemplares, que consideramos a ideal para o público de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra”, fala Gazeta, acrescentando que a revista é distribuída nos 380 pontos de entrega do Mais Notícias e também em outros comércios. O empresário explica o porquê da ideia de focar a Mais Conteúdo à área política. “As revistas de Ribeirão Pires, de forma geral, acham esse assunto muito árido e o

tratam sem dar a ênfase que a política municipal merece. Temos aberto um espaço maior para que nossos políticos se manifestem e coloquem suas ideias e projetos. Estamos obtendo retorno dos leitotes, elogiando a iniciativa de colocar os políticos em foco”. Acompanhando de perto a política na cidade, Gazeta faz uma avaliação da atuação dos representantes atuais e dos que já passaram pelo governo municipal. “Temos observado, através de duas gestões bem diferenciadas do PT, de Maria Inês; e do PV, de Clóvis Volpi. Ambos, à sua maneira, procuraram imprimir desenvolvimento a cidade. Nesses nove anos, o que temos visto materialmente é progresso, embora a população reclame de que as coisas poderiam ser melhores se houvesse maior compromisso moral das duas adminsitrações”, pontua, completando: “Torcemos para que os próximos eleitos nos tragam o mesmo progresso, porém, com maior compromisso com a moralidade e a gestão do bem comum”. Planos Gazeta, que nasceu na capital paulista, mas chegou à Ribeirão Pires aos oito meses de vida, sente-se orgulhoso dia após dia por ver seu projeto se concretizar. “Sempre desejei contribuir de alguma maneira para a cidade e tenho certeza que estou fazendo meu papel; se à contento ou não, cabe às pessaos que acompanham esse trabalho julgar. Todos os riscos que corro, as dificuldades que enfreto de toda a ordem e atualmente tendo a Administração contra nós, tudo isso, só tem um objetivo: contribuir para uma Ribeirão Pires melhor, para nós e nossos filhos”. Os projetos futuros do empresário são consolidar a revista como mais um veículo de comunicação sério e empenhado no desenvolvimento e moralidade da cidade, e voltar com a edição do Mais Notícias às terças-feiras, “o que esperamos seja para o início de 2013, mas que pode ocorrer ainda este ano”, projeta. “Pretendo fazer a empresa continuar crescendo e que ela, através de seus descendentes ou outras pessoas interessadas, possa continuar à prestar esse imprescindível serviço à comunidade ribeirãopirense e riograndense, de levar informação confiável, com ética e profissionalismo”, finaliza Gazeta.

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Por Thiago Quirino

Jorge Duaik Junior parabeniza Ribeirão Pires e pensa em uma Estância com mais qualidade de vida Parabéns Ribeirão Pires pelos 58 anos de Emancipação Político-Administrativa!

Quando o emancipador de Ribeirão Pires, Abdalla Chiedde, se casou com Nefage Chiedde, ele jamais poderia imaginar a grandeza e o respeito que sua posteridade poderia alcançar, tornando-se uma das famílias mais tradicionais da cidade. Conforme os anos foram passando, a família produziu engenheiros, professores, empresários, políticos e pessoas de destaque na sociedade, entre elas, Jorge Duaik Junior. Jorge é filho de Maria Chiedde e Jorge Duaik, empresários de Ribeirão Pires, que juntos com Abdalla Chiedde, foram responsáveis pelo saudoso Cine Damasco, um sucesso dos augustos anos dourados da cidade, quando Ribeirão Pires sequer sonhava em ser uma Estância Turística, hoje transformado no Shopping Duaik, um importante ponto comercial na região central da urbe. Depois de se formar como engenheiro na FEI e atuar como micro empresário na cidade, Duaik Jr se aplicou no aperfeiçoamento pessoal e familiar, de forma a contribuir significativamente com o desenvolvimento da região. Mas isso deve ser uma característica familiar. Seu irmão, José Jorge Duaik, mais conhecido como Zeca Duaik, por exemplo, também engenheiro, foi um dos mais atuantes gerentes na companhia onde trabalhou, a Constanta, hoje adquirida pela Phillips do Brasil. Suas irmãs Arlete, Anice e Alizete atuaram na área da Educação, levando aos alunos o amor pelos estudos, colaborando com a formação de centenas de pessoas. Outro legado da família é a política. Jorge é sobrinho dos exvereadores Álvaro de Souza Vieira e Chicralla Chiedde (este último foi vereador por três vezes em uma época em que não havia remuneração pelas legislaturas). Talvez esse vínculo familiar fizesse com que Jorge Duaik Jr desenvolvesse um interesse especial pela política. A convite do jornalista Gemecê de Menezes,

o empresário começa a trilhar uma carreira que tem tudo para ser promissora. “Ingressei no PPS para seguir a carreira política e obter legenda para concorrer à Câmara de Vereadores de Ribeirão Pires, nas eleições municipais de sete de outubro deste ano. Junto a minha pré-candidatura, estarei apoiando o Dedé, atual vice-prefeito e pré-candidato a prefeito”, disse Jorge antes de concluir: “O Gemecê e o Dedé são afilhados de minha mãe e sei que são pessoas idôneas, por isto, aceitei o convite para me filiar ao PPS, um partido decente. Caso tenha oportunidade gostaria de retribuir de forma íntegra e competente tudo o que esta cidade fez por mim e por minha família”. Após todos esses anos bem vividos na cidade, Jorge enxerga a crescente necessidade de melhorias públicas para aumentar a qualidade de vida da população. Dentre alguns pontos avaliados, ele destaca como imperativa o aprimoramento do progresso no atendimento à Saúde e o aperfeiçoamento do setor educacional. “A Saúde é problema em qualquer município brasileiro, mas acredito que, com a participação da população, é possível conquistar mais, cobrando as autoridades. Devemos também fazer a nossa parte, acompanhando de perto os projetos definidos para o setor”, expõe. Quanto à área educacional, “sempre acreditei ser o ponto fundamental para o desenvolvimento de qualquer município. Uma Educação forte e moderna se traduz em melhoria na qualidade de vida de todos”. São essas e outras ideais que, ao longo da vida, sempre acompanharam Jorge Duaik Junior. Hoje, ele é casado com Suzel Zimpeck Duaik e pai de três filhos (Melissa, Rafael e Guilherme). O ditado de que “os opostos de atraem” não funcionou com o casal, pois Suzel é dotada de qualidades tão incríveis quanto a família Duaik, que impressionam! Ela é professora aposentada e lecionou por 15 anos na Escola Ruth Neves, outros 16 anos foram de serviços prestados na escola Valberto Fuzari, ambas em Ribeirão Pires. Após assistir uma aula com essa professora, não há aluno que esqueça o amor aplicando no ensino da bondosa educadora. E com o sangue do emancipador Abdalla Chiedde correndo em suas veias, a família tem tudo para continuar seu legado em Ribeirão Pires.


Por Vanessa de Oliveira

Diva do Posto dá toque feminino ao Legislativo de Ribeirão Pires Diva de Souza Bartolo, 54 anos, mais conhecida como Diva do Posto (PR), é a única presença feminina na bancada da Câmara de Ribeirão Pires. A representante da população ribeirãopirense nasceu em São Bernardo do Campo e veio para a Estância com quatro anos de idade. De origem humilde, teve uma infância muito pobre. Os pais trabalhavam em olaria e com apenas sete anos, ela começou a trabalhar como empregada doméstica na casa de sua professora, com quem passou a morar. “Fui como filha dela”, lembra. Aos 14 anos, Diva deixou a residência da docente para se casar. Tempos depois, inscreveu-se em um concurso público para o setor da saúde, no qual passou em primeiro lugar, concorrendo com mais de 700 pessoas. Em 1998, a política lhe foi apresentada, quando Diva conheceu o advogado Ailton Andrade, que lhe fez o convite para sair como candidata à vereadora. Naquele instante, Diva pensou que a ideia era loucura, mas aceitou o desafio. Concorreu ao Legislativo em 2000 e 2004, mas a conquista da cadeira veio em 2008, quando venceu a eleição pelo Partido da República (PR), com 920 votos. Diva conta porque persistiu na candidatura. “Fazemos política o tempo todo e cada dia você tem um motivo a mais para tentar fazer alguma coisa”. A presença feminina traz ainda um diferencial à área: “A mulher pensa muito com o coração”, completa. Conciliar a vida pública com a familiar (além do marido, Diva tem três filhos, oito netas e um bisneto) é um verdadeiro turbilhão. “É um pouquinho difícil, mas como diz meus filhos, sou ligada nos 220 volts, não tem o que me faça parar”. Fim do ciclo Este ano, Diva do Posto encerra o ciclo de seu primeiro mandato. O valor dessa experiência, ela conta que é inestimável. “Senti um pouco de dificuldade no início, pois, mesmo sabendo qual é a atribuição de um vereador, não conhecia a prática. Mas o tempo foi passando, fui aprendendo e acredito que hoje tiro de letra”, fala. Um dos aprendizados foi de que um legislador não pode fazer determinados projetos que cabem ao Executivo, por onerarem os cofres públicos. Uma ideia que Diva tem em mente, mas lamenta ter sido vetada por essa razão é a “Farmácia Solidária”. A ação - que conheceu no Hospital São Paulo, durante o tratamento contra um câncer do qual seu marido passou -, consiste na doação de medicamentos que, não usados na sua totalidade, acabam vencendo e indo parar no lixo comum, agredindo o meio ambiente. “Seriam três projetos dentro de um só: doar medicamento para quem precisa; encaminhar as embalagens

para reciclagem; e a incineração de remédios vencidos para não contaminar a natureza”, explica. Não podendo concretizar a iniciativa como vereadora, Diva tenta colocá-la em prática através de uma Organização-Não-Governamental, na igreja que frequenta, a Batista Missionária. Dentro do que lhe compete fazer na Casa de Leis, a parlamentar diz que encerrará o mandato com a satisfação de ter ajudado a população, ou pelo menos oferecido apoio moral quando as limitações da função não lhe permitiram executar algo. Como boa chefe-escoteira que é, a vereadora quer dar continuidade ao lema do escotismo: Fazer sempre o melhor possível. Para isso, buscará a reeleição nas eleições de outubro. “Sou como o Carnaval: ele está passado e outro já vem vindo”, ressalta. Disputar o Executivo um dia para ter mais liberdade nas ações, quem sabe. “O futuro à Deus pertence”, conclui.


Doenças da tireóide

Por Leandro Luongo de Matos - CRM 127.075

A tireóide é uma das maiores glândulas endócrinas do corpo. Está localizada na parte central do pescoço e produz dois hormônios (t3 – triiodotironina e t4 – tiroxina) que atuam na regulação de todo o corpo. As principais doenças da tireóide são os nódulos e as alterações na produção de hormônios pela glândula. Nódulos na glândula tireóide são muito comuns. Estima-se que cerca de 40% das mulheres acima de quarenta anos apresentem essa alteração, que é facilmente detectada com o exame do pescoço pelo médico e complementado com a realização de uma ultrassonografia. Esses nódulos devem ser cuidadosamente investigados e, na grande maioria dos casos, são alterações benignas que necessitam apenas de acompanhamento clínico. Alterações na produção de hormônios pela glândula são também muito comuns e podem vir ou não acompanhadas do desenvolvimento de nódulos na tireóide. Quando a produção de hormônios é baixa - quadro chamado de hipotireoidismo - a pessoa apresenta queixas de sonolência, ganho de peso, queda de cabelo, cansaço, etc. Em caso de hipotireoidismo prolongado, ou seja, não tratado, o paciente pode inclusive evoluir com coma e até mesmo morte em casos extremos. O hipertireoidismo é o quadro clínico oposto: há estímulo à produção hormonal pela glândula e o paciente apresenta agitação, insônia, taquicardia, aumento dos olhos, emagrecimento, etc., e em casos graves pode apresentar arritmias cardíacas que necessitem de atendimento de emergência. Essas alterações somente são diagnosticadas com a realização de exames de sangue (dosagem dos hormônios tireoidianos) e devem ser prontamente tratadas com administração de hormônio tireoidiano (levotiroxina) nos pacientes com hipotireoidismo e com uso de medicações que bloqueiam a produção de hormônios pela glândula no caso de hipertireoidismo. A cirurgia para retirada da glândula tireóide é simples, porém, muito delicada. Somente é indicada em cinco situações: 1) nódulo tireoidiano maligno (câncer da tireóide) ou se há a suspeita de malignidade; 2) tireóides muito grandes que geram dificuldade de engolir ou respirar; 3) tireóides que “crescem” para dentro do tórax; 4) hipertireoidismo que não se pode controlar com remédios; 5) nódulos visíveis e esteticamente não aceitáveis. Dessa forma, se você notar nódulos no pescoço ou sintomas de cansaço ou agitação, ganho ou perda de peso, quedas de cabelo ou alterações de pele frequentes, procure o seu médico, você pode estar com problemas na sua tireóide. Leandro Luongo de Matos é médico cirurgião de cabeça e pescoço e professor associado da disciplina de Saúde Coletiva da Faculdade de Medicina do ABC, pela qual ministra o curso de Bioestatística. O profissional tem mestrado em Ciências da Saúde e atualmente desenvolve doutorado em Biologia Molecular pela Universidade Federal de São Paulo. Também atua como cirurgião de cabeça e pescoço no Hospital Ribeirão Pires e em outros hospitais do Grande ABC. Como pesquisador, soma 33 trabalhos publicados na íntegra em periódicos científicos nacionais e internacionais, 90 resumos em anais de eventos e 85 trabalhos apresentados em congressos nacionais e internacionais.


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Por Danilo Meira

Oleiro: tudo o que você precisa para as melhores horas de lazer

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Com o crescimento econômico do Brasil, os investimentos em lazer têm crescido no orçamento familiar, fazendo com que, cada vez mais, a qualidade de vida dos brasileiros melhore. Desta feita, além de passeios, restaurantes e afins, a casa, o local onde passamos a maior parte do tempo, também entra no foco, afinal, conforto e aconchego são sinônimos mais do que perfeitos da expressão “qualidade de vida” e, para esta área, Ribeirão Pires conta com uma loja especializada, uma solução completa que alia preço e qualidade: o Oleiro. Na loja, que está instalada na mesma sede há quase 30 anos, podem ser encontrados os mais diversos tipos de fornos, churrasqueiras e lareiras em alvenaria, além de material para a sua construção, aliando tudo o que o consumidor mais deseja: preços competitivos e atendimento de primeira qualidade. “Hoje contamos com os mais diversos tipos de churrasqueiras, desde as montadas na residência até as préfabricadas, que a própria pessoa pode montar”, explica Luiz Pedro Savieto, o dono do estabelecimento. As pré-fabricadas, diga-se de passagem, trouxeram uma verdadeira revolução no mercado. Se antes eram meras estruturas de concreto, hoje, elas vem inclusive re-

vestidas com cerâmica, o que lhes dá um acabamento próximo ao visto naquelas tradicionais, que são montadas no próprio local. “Pela facilidade de instalação, este tipo de equipamento tem muita saída”, afirmou, antes de ressaltar: “mas é preciso analisar a melhor opção para cada caso”. Para personalizar o “cantinho do churrasco”, o Oleiro também trabalha com uma linha completa de artigos decorativos para personalizar e também todo o tipo de acessórios para lareiras e churrasqueiras, como grelhas, panelas e chapas além de outros itens, para fazer de sua área de lazer mais do que um espaço para preparo de alimentos: um verdadeiro centro pessoal de lazer. Com a aproximação do inverno, uma outra especialidade da loja também fica evidenciada: as lareiras. “Temos diversos tipos, inclusive aquelas fabricadas em chapa naval”, disse o proprietário. É importante destacar que, além da questão do aquecimento, a lareira também pode ser usada para reunir a família e amigos: “ela cria um clima aconchegante na sala de estar, dando todo o conforto necessário para as reuniões em dias frios”. A loja fica localizada na Avenida Capitão Jose Gallo, 1164, em Ribeirão Pires. Telefone: (11) 4828-5221. E-mail: oleirorp@uol.com.br.



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Ouro Fino: a força da população em prol do desenvolvimento Por Thiago Quirino, Danilo Meira e Diego Simi

Com cerca de 20 mil habitantes, o Distrito de Ouro Fino é uma das mais importantes regiões de Ribeirão Pires. Sua densidade populacional também representa a importância que tem para a cidade, com geração de empregos, arrecadação de impostos e também com seu peso político, sendo notório que, o candidato que vencer por lá, terá boa parte do caminho para o Paço Municipal trilhado. Nos últimos tempos, a região tem sido alvo de reclamações por parte de seus moradores, que apresentaram diversas demandas nas áreas de saúde, educação, desenvolvimento e, principalmente, segurança, uma vez que os índices de criminalidade cresceram sobremaneira. Nesta edição, a revista Mais Conteúdo conversou com cinco personalidades que moram na região. Além de traçar um perfil de alguns deles, procuramos revelar o que alguns pensam e o que podem fazer para colaborar com o desenvolvimento do Distrito. Dentre algumas ideias, até a emancipação de Ouro Fino virou pauta de discussão. Confira a seguir os cinco nomes, representantes de diferentes segmentos da sociedade, que fazem parte da história da região. 17


Mercedes D’Orto Um legado familiar

Durante a Segunda Guerra Mundial, uma atriz filha de italianos decidiu promover uma ação social inusitada. Como havia muitas crianças sem quaisquer condições de ir ao teatro, ela preparava apresentações gratuitas para grupos de pessoas, o que criava um ambiente de alegria na vida de muitos pequeninos, desamparados pelos conflitos da época. Este perfil social foi deixado como herança para as futuras gerações e hoje está intimamente ligado à vida de sua neta, Mercedes D’Orto que, por sinal, tem o mesmo nome da avó. A Mercedes dos dias de hoje parece ter nascido com o dom de sua antepassada: o amor pelos menos favorecidos. Desde muito jovem já colaborava, dentro de suas condições, com quem necessitava de ajuda. Aos 14 anos, em parceria com uma pedagoga, Mercedes abriu uma escola infantil particular, a “Doce Afeto”, que atendia mais de 100 crianças de uma só vez, a grande maioria por meio de bolsa de estudo, já que Mercedes, uma pessoa de grande coração, não sabia dizer “não” a quem quer que fosse pedir uma ajudinha para a educação de um filho. Por conta disso, o negócio não deu lucro para a empreendedora, mas garantiu uma educação de qualidade para muitas pessoas. Assim começou o trabalho dedicado de Mercedes que sempre esteve envolvida em um cunho social. O fim da escola marcou mais uma fase em sua vida, que incluiu a faculdade de Direito, um curso de aprimoramento no exterior, casamento, filhos. Em cada uma dessas fases, Mercedes trabalhou para desenvolver ações que possibilitassem um alívio para pessoas que vinham lhe pedir ajuda. A família dela é conhecida na cidade por uma série de benfeitorias realizadas em Ribeirão Pires.

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Doutor Humberto D’Orto Filho, pai de Mercedes, é um empresário bem sucedido que não poupou recursos para investir na região. Proprietário de vários imóveis e comércios na cidade, Dr. Humberto pretende investir ainda mais, só que desta vez, em uma área diferente. Sua ideia é lançar a filha como pré-candidata a vereadora nas eleições deste ano. “Investi muito nessa menina e estou certo de que fiz um bom negócio”, brinca o pai orgulhoso dos ideais da filha. “Cresci em Ribeirão Pires, minha família tem um sítio em Ouro Fino desde antes de eu nascer. Meus amigos são daqui e criei um amor profundo por Ribeirão Pires, com isso quero trazer desenvolvimento para a cidade”, afirma Mercedes. Para se ter uma ideia de seu amor por Ribeirão, ela está lutando por um importante projeto em parceria com o deputado estadual Jooji Hato (PMDB). Mercedes está buscando autorização para construir, por conta própria, um posto policial no centro comercial de Ouro Fino, o que promoverá maior segurança para a população. “Não quero me promover, essa questão nem passa pela minha cabeça. O que eu quero é colaborar com minha cidade dentro daquilo que eu posso conseguir”, disse. Com essa mentalidade, idealismo e muita boa vontade, a população pode esperar uma verdadeira revolução na forma de se fazer política, já que Mercedes D’Orto agora quer ampliar ainda mais seus projetos sociais, defendendo bandeiras como segurança, infraestrutura, saúde e proteção da mulher, juventude e 3ª Idade. “Minha avó era uma revolucionária. Eu também terei de ser”, concluiu Mercedes, mostrando toda a disposição que tem para melhorar Ribeirão Pires.


Quem não conhece o Jorge da Autoescola? Morador de Ouro Fino, vereador, instrutor e acima de tudo, um munícipe a serviço de seu próprio povo tingente suficiente de policiais”, detecta. O Distrito de Ouro Fino Paulista, em Ribeirão Pires não seria o A via mais importante da região, a SP-31, também conhecimesmo sem a figura conhecida e carismática do instrutor de auda como Rodovia Índio Tibiriçá está na lista de preocupações toescola, Jorge Luís de Moraes, hoje vereador pelo DEM. Por dar do vereador, que se preocupa com a segurança dos pedestres aulas de direção há mais de 30 anos, é comum na cidade ouvir e dos motoristas que trafegam por ela. “Já estou brigando por o seguinte bordão: “Metade dos motoristas de Ribeirão tirou a isso há bastante tempo. Encaminhei ofícios, conversei com decarta com o Jorginho, esses são os bons motoristas”. putados, mas ainda estamos com dificuldades para solucionar Jorge já fez muito por seu município, o qual não titubeia a esse problema. O que nós pedimos é que se coloquem mais demonstrar todo seu amor, seja pela terra, seja pela população. lombadas na parte da rodovia que passa por Ouro Fino para Com um coração maior do que se imagina, o “vereador de toque seja facilitada a travessia do pedestre. Outro dos nós”, como também é chamado por amigos, “Um povo ponto é que se criem acostamentos para a ense aplica a três grandes paixões: ações sociais, trada nos bairros e para que os veículos tenham política e o espiritismo. “Quantas e quantas vezes educado é tudo esse gabinete não fica cheio de gente pedindo para uma cidade e onde parar”, destaca o vereador, interessado em alcançar uma solução para o problema. uma ajuda e nos desdobramos para atender esse vou trabalhar para Quando o assunto é emancipação do distrito, povo?”, reconhece o Jorginho. que Ribeirão seja Jorge da Autoescola é categórico a se posicionar Desde 1992, Jorge da Autoescola faz parte contrário por entender que falta mais desenvolvido Centro Espírita de Estudo “A Caminho da Luz”, um exemplo” mento antes de uma medida tão grande. “Acreum grupo dedicado a estudar e aplicar os ensinadito que Ouro Fino ainda não tenha condições de ser emancimentos cristãos relativos ao amor ao próximo e a caridade denpada justamente pelas carências que possui em diversos setores. tro do contexto da filosofia espírita, o que tem rendido muitas e Rio Grande da Serra, por exemplo, tem 47 anos e apenas agora diversas ações sociais em Ribeirão Pires, aliviando os necessitaestá começando a se erguer, a crescer. Não adianta emancidos e dando alento a quem precisa. par Ouro Fino sem as condições básicas para tal. Além disso, a Quando o assunto é Ouro Fino, o vereador Jorginho sabe resreceita de Ouro Fino não vai conseguir suportar as despesas de saltar exatamente os problemas e sugerir soluções. Com os consum município”. tantes e recentes casos de violência na região, Jorge afirma que Dessa forma, o vereador Jorge consegue mostrar que a cia população tem reclamado com veemência da falta de sedade já fez muito, no entanto, ainda há muito que fazer e são gurança no Distrito. Como solução, o vereador fez uma reunião pessoas como ele que poderão transformar Ouro Fino no melhor com responsáveis e conseguiu uma patrulha e uma viatura para lugar para se viver. fazer rondas dia e noite. “Infelizmente no Município não há con-

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Entrevista: Opinião de quem tem experiência e sabe do que está falando

Morador e comerciante em Ouro Fino. Vereador por cinco mandatos, líder de governo na Câmara e detentor de um senso crítico apurado em relação aos problemas da cidade. A Revista Mais Conteúdo conversou com Antônio Muraki (PTB), que expôs sua opinião sobre diferentes situações vividas no Distrito. Confira: Mais Conteúdo – A população de Ouro Fino tem reclamado com veemência da falta de segurança no Distrito. Como você acha que o problema pode ser resolvido? Muraki – Não só a população de Ouro Fino sofre com a falta de segurança, toda a cidade tem problema com assaltos, furtos e invasão de residências. Quando fui secretário (por mais de um ano) em Ouro Fino, reservamos um local bem centralizado às margens da Rodovia para construção de um posto policial, com espaço para a Polícia Rodoviária, Militar e Guarda Municipal. Empresários do bairro custeariam toda a obra. Infelizmente a falta de contingente da PM e da Delegacia Civil, que teria de deslocar 16 soldados para atender um posto avançado, tornou inviável o projeto. A polícia tem dados estatísticos das ocorrências registradas no bairro, mas os números baixos não justificam o investimento. Por isso é importante que a população registre devidamente as ocorrências. Mais Conteúdo – Considerando que o Distrito se desenvolve às margens de uma rodovia, quais seriam as soluções ideais, em sua opinião, para equacionar o problemas da segurança do pedestre e do trânsito local? Muraki – Às margens da rodovia temos sérios problemas. Primeiro, os motoristas não respeitam a sinalização e transitam em alta velocidade. Segundo, a Prefeitura não pode intervir em nada, sequer tapar buracos, sendo tudo de responsabilidade do DER (Departamento de Estradas de Rodagem). Estive reunido, em fevereiro, com engenheiros do DER em São Paulo solicitando providências, inclusive para refazer a lombada em frente ao posto Shell mas, até o momento, não fui atendido. Lembro bem quando em meu primeiro mandato em 1990, a população interrompeu a rodovia queimando pneus. É errado, mas o descaso leva a esse tipo de ato, prejudicando a todos. Sinto que a situação está para se repetir devido ao número de acidentes no local. Uma solução seria instalar lombadas eletrônicas ao longo

do trecho urbano. Mais Conteúdo – Distando o distrito quase 10 km do centro da cidade e do Hospital São Lucas, qual seria a alternativa para atender a urgências médicas entre a população de Ouro Fino? Muraki – Todos estamos cientes de que o trajeto até o Hospital São Lucas em caso grave é muito longo e que o risco para o socorro é elevado devido à distância e ao trânsito. Nesse semestre está para ser inaugurada a primeira etapa do novo hospital, ficando a distância mais curta e um melhor trajeto para a população de Ouro Fino. O Distrito já ultrapassou a marca dos 20 mil habitantes, tem mais de 4.400 residências e é o segundo maior bairro da cidade. O próximo governo deverá dar maior estrutura à UBS com ambulância a disposição e alguns especialistas prontos para atender aos moradores e evitando o deslocamento de pacientes até o centro. Mais Conteúdo – Hoje, está em voga a educação profissionalizante, uma maneira de capacitar a população para o mercado de trabalho. Tendo visto que o processo de industrialização do Distrito está acelerado e deve gerar uma série de empregos que poderiam ser ocupados por moradores da região, quais ações você vê como fundamentais para esta área? Muraki – Primeiramente, a profissionalização dos trabalhadores está longe da realidade mas, neste governo, a prioridade foi a Educação e estamos obtendo ótimos resultados, inclusive a ETEC e a unidade da Paulo Freire, formando centenas de jovens para o mercado de trabalho na cidade. A grande novidade prestes a ser inaugurada é o Hotel Escola, o primeiro do Estado a oferecer cursos de hotelaria, gastronomia e pronto para formar mão-de-obra para todo o país. Temos que dar continuidade e investir na Educação e implantar mais escolas profissionalizante na cidade, em especial em Ouro Fino, o bairro que claramente mais crescerá em Ribeirão Pires. Mais Conteúdo – O Distrito conta hoje com quase 20 mil habitantes e há deficiências em setores básicos, como Saúde, Segurança, Educação, Transporte e até mesmo Lazer. Você seria favorável à emancipação, já que a vizinha Rio Grande da Serra se emancipou quando tinha menos de um 1/3 da população de Ouro Fino? Muraki – Os transportes coletivos ainda não atendem a contento, embora a Prefeitura tenha triplicado a quantidade de vias asfaltadas. Na Educação, em 1993, quando eu era vereador de segundo mandato, reivindicamos junto ao governo Fleury, com abaixo assinado com milhares de assinaturas, a entrega de uma escola no Jardim Santista, vitória que alcançamos em 1996. Hoje a E.E. Antônio de Pádua Paschoal de Godoy atende a comunidade mais distante. Consegui levar o apelo da população para a instalação de suas creches no bairro (a Escola Palmira Antônia Pereira, e a Escola Mercedes D’Orto). Pavimentamos várias vias importantes como a Eduardo Nardelli, Estrada do Soma e Vereador Aroldo Neves, totalizando mais de 9 km de asfalto, várias outras vias foram pavimentadas enquanto eu atuava como secretário na Regional. Entendo que é preciso conquistar mais estrutura e indústrias, escolas para oferecer um equilíbrio financeiro compatível para a região. Para custear uma prefeitura, câmara municipal e maquinários é preciso toda uma infraestrutura que hoje carecemos muito, por isso sou contra a emancipação.


Lair mora em Ouro Fino e luta por Ribeirão Pires há 43 anos Juntamente com sua irmã Leo, busca o melhor para a cidade Desde que passou a ser uma cidadã ribeirãopirense há mais de quatro décadas, a superintendente da APRAESPI Dra. Lair Moura - a Lair da APAE – sempre defendeu os interesses da cidade. Como moradora do distrito do Ouro Fino Paulista, região que possui mais de 15 mil habitantes, Lair se mantém atenta aos problemas da população, como a falta de uma unidade de saúde, segurança e infra-estrutura. Durante 43 anos na APRAESPI, Lair lutou para melhorar a vida das pessoas com deficiências, muitas de Ouro Fino, pessoas que conseguiram se recuperar e que hoje levam uma vida normal graças ao atendimento especializado que receberam na associação. Como moradora do bairro, Lair se empenha para trazer melhorias na qualidade de vida na região. Segundo Lair, “o primeiro passo para aumentar a qualidade no atendimento na área da Saúde do Distrito é a transformação da Unidade Básica de Saúde em uma unidade com mais resolutividade, e que tenha uma ambulância de plantão no Ouro Fino”. Lair Moura continua: “O mais importante, entretanto, é o trabalho que venho desempenhando, garantindo uma reabilitação de qualidade e exigindo do poder público um compromisso com os cidadãos de Ribeirão Pires em oferecer um hospital de qualidade com UTI e hemodiálise”. Ainda segundo Lair, a região de Ouro Fino teve experiências

negativas de pessoas com AVC que foram encaminhadas no Hospital São Lucas e vieram a falecer por falta de atendimento adequado. Nos quesitos Educação, Esporte e Lazer, a região de Ouro Fino também deixa a desejar segundo a superintendente da APRAESPI. Para ela, a construção de uma escola profissionalizante e um centro de recreação é “um grande passo para elevar a qualidade de vida do local e, consequentemente, diminuir o índice de ociosidade, desemprego e criminalidade”. Para que essas melhorias se confirmem na prática, Lair da APAE conta com fortes aliados em Ribeirão Pires. É o caso da própria irmã, Leo Moura, que também está engajada para fazer de Ouro Fino um lugar melhor e proporcionar aos cidadãos seus direitos básicos. “Qualidade de vida também passa por desenvolvimento sustentável. Ouro Fino pode se desenvolver preservando o que tem de melhor, que é o verde de suas matas”, destacou a diretora técnica e irmã de Lair, Leo Moura. Além da irmã, Lair Moura também conta com o apoio do vereador Saulo Benevides (PMDB). Com significativo apoio político, competência e disposição, Lair e Leo mostram estar capacitadas a trazer a mesma qualidade que proporcionaram à APRAESPI para o progresso de Ouro Fino Paulista.

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Mirão – o verdadeiro filho de Ouro Fino Quero dar os parabéns à cidade pelo aniversário de 58 anos de emancipação A figura é alta, imponente, com olhar profundo, voz forte e sorriso singular. Qualquer um em Ouro Fino sabe quem ele é, de onde veio, e quais são suas intenções, afinal, há mais de meio século ele trabalha para o desenvolvimento da região. O inconfundível Mirão (poucos o conhecem pelo seu nome de batismo: Admir Augusto) nasceu e passou toda sua vida em Ouro Fino. Desde sua juventude, casamento e criação das duas filhas, o corretor de imóveis procurou se empenhar em todo tipo de ação que resultassem em melhorias para a localidade. Por isso foi vereador, subprefeito, presidente da Sociedade Amigos de Bairro (SAB) e da Federação das SABs de Ribeirão Pires. Hoje atua como chefe de gabinete na Secretaria de Desenvolvimento Regional de Ouro Fino Paulista. Com todo esse histórico de constantes lutas por melhorias para Ouro Fino, Mirão se tornou um verdadeiro mito na região e sabe, melhor do que ninguém, o que o Distrito precisa para se tornar independente. Mirão dá o tiro certeiro nos problemas: “Ouro Fino cresceu e vem crescendo muito nos últimos anos, consequentemente, com o crescimento populacional, há o crescimento de vários outros problemas sociais, inclusive a falta de segurança. Em minha opinião e também de grande parte da população de Ouro Fino, acredito que a instalação de uma base da Guarda Civil Municipal no Distrito, com pessoal ostensivo e rondas, tanto no centro como nos bairros, aumentaria a segurança da população na região”. A responsabilidade pela segurança não seria de exclusividade da Prefeitura. Mirão destaca que Estado e Município precisam trabalhar em conjunto visando soluções básicas e emergentes, como o envio de verbas para que a cidade mantivesse uma UBS funcionando 24h, com ambulância, pelo menos um médico e enfermeiro de plantão para atender a demanda local que precisa percorrer cerca de 10 km para chegar ao hospital mais próximo. “Em muitos casos, essa distância chega a ser fatal”, ressalta ao concluir que a Educação também carece se incentivo, em especial um núcleo de formação profissionalizante voltado para a necessidade das empresas da região, abastecendo o mercado com mão-de-obra qualificada e local. Na contramão do que pensam outras personalidades abordadas nessa reportagem, Mirão defende a emancipação do Distrito de Ouro Fino. “Na época de sua emancipação, acredito que foi conveniente ao município de Rio Grande da Serra, mesmo hoje em dia apresentando deficiências em vários setores básicos. Com certeza eu sou favorável à emancipação de Ouro Fino, pois acredito que, no momento, preenche os requisitos básicos à formação de um município, sendo necessária apenas a adequação de alguns setores, nada que não possa ser solucionado”.


Por Danilo Meira

Deusdete Vasconcellos se despede de seu mestre Antônio Carollo Carollo, lenda do boxe brasileiro, treinou Deusdete nos anos 70

O último dia 18 de fevereiro foi de luto para o boxe brasileiro que perdeu um de seus maiores incentivadores, o treinador Antonio Ângelo Carollo, que faleceu aos 87 anos de idade após sofrer um mal súbito enquanto nadava em sua piscina, em Pereiras, no interior de São Paulo. Carollo, como era chamado carinhosamente por seus pupilos, esteve presente a nada menos do que cinco olimpíadas, em 1968 (México), 1972 (Munique), 1976 (Montreal), 1980 (Moscou) e 1992 (Barcelona), sendo o técnico que mais levou atletas brasileiros aos Jogos Olímpicos, deixando um importante legado não só para a Nobre Arte, mas também para o esporte brasileiro. Um deles é o ex-pugilista de peso galo Deusdete Vasconcellos, de 65 anos, que falou sobre o fato ao Mais Notícias: “ele arrumou trabalho e condições de treinamento.

Em troca, lhe davam títulos”. E não foram poucos. O próprio Vasconcellos, que é morador e comerciante em Ribeirão Pires foi três vezes campeão sulamericano nos anos 70 e, de quebra, ainda foi para os Jogos Olímpicos de 1972, na Alemanha. “É uma perda irreparável”, ressaltou. Mais do que isso, Carollo teve parte fundamental em sua vida: “ele me arrumou um emprego na Pirelli, onde eu pude conciliar o trabalho e os treinamentos”. À época, a empresa mantinha, em Santo André, um dos clubes mais poderosos do Brasil, em diversas modalidades, com destaque justamente para o boxe e o vôlei, modalidades em que conquistou até mesmo títulos mundiais. Ele concluiu externando seus sentimentos em relação a ele: “Carollo foi um verdadeiro pai para todos os atletas, inclusive eu”.


Oposição 24

com responsabilidade Por Vereador Saulo Benevides (PMDB)

Desde que iniciei minha participação na política municipal de Ribeirão Pires em 1997, quando fui eleito vereador por maioria de votos, busquei gerir o bem comum da população de acordo com as demandas que o Município necessitava naquele momento, o que considero ser uma obrigação de qualquer um que ocupa cargos públicos. Naquele tempo ajudei a construir o Plano de Governo (na época do Partido Verde), plano esse que não foi executado como deveria e, não foi posto em prática na sua totalidade, como infelizmente previ. Esse foi o motivo pelo qual rompi com o Governo em 2006 e, desde então, tenho buscado fazer uma “Oposição Responsável”, de forma a resgatar a dignidade e a qualidade nas políticas públicas de nosso Município, as quais todos os cidadãos merecem e tem total direito. Sou vereador por quatro mandatos, totalizando 16 anos de serviço público. Neste período tive, por convicções ideológicas e esperança na melhora da qualidade de vida do povo ribeirãopirense, que me posicionar como oposição frente algumas situações que divergiam de meu conceito éticopolítico. E é por esta razão que vejo a Oposição Responsável como um norte para meus projetos políticos e para a realização de ações que atendam às necessidades da população de Ribeirão Pires, como por exemplo a precária e inadequada Saúde que o ribeiraõpirense vem recebendo do

atual governo. Para mim, esse é fator decisivo para um Plano de Governo diferente do atual. Tenho como sonho uma Saúde de qualidade que resgate a dignidade das pessoas, com atendimento humano e altamente responsável, desde o atendimento primário até os mais longínquos pontos do campo da Saúde. Para o momento, faço desta minha declaração uma exposição de minha história política neste município bem como a ratificação de minha oposição face ao atual governo. Não quero levantar brigas pessoais contra figuras públicas na cidade. Reconheço que aprendi muito com bons exemplos dados por integrantes do atual governo, mas também reconheço que existem sérias falhas que precisam ser resolvidas, do contrário, nossa sociedade irá caminhar gradualmente ao caos. Entendo que é necessário haver uma oposição em todas as situações, a natureza é assim e é por meio dela que aprende-se a distinguir o que é bom e o que pode melhorar. Dessa forma, me comprometo a respeitar a população apresentando um posicionamento incisivo contra tudo aquilo que deveria estar sendo uma prioridade, mas que a Administração tem deixado em segundo plano. Agradeço ao apoio da população que confia em meu trabalho e tem me ajudado a fazer meu trabalho como vereador.


Por Thiago Quirino

Silotti – um construtor social

Cachoeiro de Itapemirim, a quinta maior cidade do Espírito Santo, é detentora de uma herança única. Localizada na região montanhosa do território capixaba, o clima, a vegetação e os efeitos naturais, ao longo dos séculos, permitiram a várias famílias da região se aperfeiçoar na arte de trabalhar a “pedra bruta”, transformando-a em lindas peças de uso na construção civil. É muito comum encontrar boas marmorarias e outros empreendimentos que trabalham a pedra, abundante no local. O melhor dessa cidade é que ela não detém exclusividade de seus talentosos “talhadeiros” e, de vez em quando, um filho da terra se arrisca Brasil afora para levar a arte da pedra para outros lugares. É o caso de um popular empresário de Ribeirão Pires, Paulo Silotti, proprietário da marmoraria que leva seu nome. Como um legado, transmitido de geração a geração, Silotti tornou-se um especialista no que faz e hoje Ribeirão Pires não seria a mesma sem as inúmeras peças que sua empresa fabrica e distribui. Na cidade desde 1975, o empresário faz parte da história

do município. Casado e pai de um casal de filhos, iniciou sua carreira em outro setor, o químico. Após se formar na área, por 15 anos Paulo Silotti trabalhou com elementos e fórmulas antes de se dedicar para aquilo que faz de melhor: peças de decoração em pedra. Mas como não é só com mármore que o “pedreiro” trabalha, ao longo de muitos anos Silotti procurou se envolver em obras sociais. No Rotary Club de Ribeirão Pires, onde atuou como presidente, Paulo pôde desenvolver projetos de auxílio humanitário e colaborar para que várias pessoas despertassem um desejo por aliviar os fardos daqueles menos favorecidos. A cada evento, um progresso; a cada passo, uma nova experiência. Assim se desenvolveu um caráter único, respeitado e com fundamento no cuidado ao próximo. “Por onde eu vou, as pessoas se propõem a me servir, mas é justamente o contrário do que eu gosto. Aprecio muito usar meus talentos e qualidades para melhorar a sociedade onde vivo”, relata Paulo Silotti. E foi exatamente esse perfil que o encaminhou para a política. Com um jeito próprio de fazer campanha (Silotti já concorreu três vezes ao cargo de vereador), o empreendedor nunca viu obstáculos em expor sua imagem na procura por uma oportunidade de contribuir com o progresso da cidade. Com um olhar crítico, ele propõe mudança constante no quadro de servidores eleitos dos Três Poderes. “Sou a favor de uma única reeleição no Legislativo, o que daria mais espaço para que outros cidadãos tivessem a oportunidade de contribuir com a sociedade exercendo um cargo eletivo”, opina. Não é de se admirar que esse pensamento tenha colocado Silotti no grupo de oposição em Ribeirão Pires. Sua forma peculiar de ver os fatos induz a seguinte analise: “Defendo o lado da renovação. O Clóvis fez um bom trabalho nos últimos oito anos, mas agora é preciso mudança. Valorizo muito o que já foi feito e acredito que quando há renovação, a cidade progride melhor”. Hoje, Paulo Silotti está filiado no PSD, um partido novo, com cara de renovação e irá trabalhar, como sempre, para conquistar uma vaga na Câmara, onde poderá levar além os seus projetos de apoio social. “Tento fazer minha política do lado mais saudável e ético possível”. Uma coisa é certa, quando o empresário destaca que o melhor para a cidade é a Câmara Municipal ter representantes de diferentes seguimentos, ele não está errado, já que isso amplia a visão de quem planeja as leis que transformam a sociedade. Dessa forma, dos recantos montanhosos do Espírito Santo até a região serrana de São Paulo, a arte de construir, seja física ou social, acompanha a família Silotti, agregando amizades, respeito e muita experiência.



Por Danilo Meira

Landau: luxo e requinte que atravessa gerações

O Ford Landau é um dos ícones da indústria automobilística mundial. Também conhecido como Galaxie, marcou época desde o início de sua produção, em 1959 nos Estados Unidos, por seu estilo e elegância até hoje elogiados e únicos. Ele chegou ao Brasil em 1966, como o primeiro carro de passeio da montadora e, quase que instantaneamente, virou o veículo preferido de chefes de estado, personalidades e endinheirados, se tornando um símbolo de status e poder até o final de sua produção, em 1983, quando deixou as concessionárias para viver no imaginário de seus fãs. Para se ter um exemplo, foi o carro oficial da Presidência da República entre 1982 e 1990 – prova de que se trata de um verdadeiro ícone das ruas. Seu estilo incomum fez com que vários deles fossem adaptados para se tornarem luxuosas limousines. Um destes exem-

Interior luxuoso, com habitáculo privativo, ar condicionado exclusivo e frigobar

plares encontra-se em Ribeirão Pires, no acervo da Clássicos Caslini e pode ser usado em casamentos e eventos, ou ainda pelos fãs apaixonados que desejarem relembrar os bons tempos, através do serviço de locação que a empresa disponibiliza. A reportagem da revista Mais Conteúdo teve a oportunidade de constatar o conforto e o requinte de estar a bordo do Landau durante a realização desta sessão de fotos que teve como locação o recém-inaugurado Castelo dos Lagos e pôde avaliar: é uma experiência única, um verdadeiro sonho que se torna realidade e está ao alcance de todos. A Clássicos Caslini fica na Avenida Francisco Monteiro, 1.651, Santa Luzia, em Ribeirão Pires. Mais informações pelo telefone 4828-3271 ou pelo site www.classicoscalini.com.br

Limousine habita sonhos de noivas e aficionados por veículos


Por Gazeta

O jornal Mais Notícias e a revista Mais Conteúdo realizaram no dia 08 de março o tradicional evento em homenagem às mulheres no Dia Internacional a elas dedicados. Empresários e cidadãos colaboraram doando 200 dúzias de rosas para serem ofertadas a todas que passassem pela tenda armada na Praça Central. A SEJEL colaborou cedendo as tendas e a Secretaria de Educação ofereceu o equipamento de som.

Dr. Mauro Poderoso contribuiu com sua presença ao evento brindando as mulheres no seu dia.

Lair e Leo da APRAESPI prestigiaram o tradicional evento do Mais Notícias

Mercedes D’Orto distribuiu rosas em homenagem às mulheres

A vereadora Diva participou da homenagem às mulheres ribeirãopirenses

Carla Soares, presidente do Conselho Municipal de Segurança homenageia a ala feminina da GCM e PM

Josi, vereador Jorginho e a secretária de Educação, Rosi Ribeiro de Marco

Cléo Meira, presidente municipal do PTN foi uma das anfitriãs da festa do Dia Internacional da Mulher

Denise e Thiago Quirino, jornalista do Mais Notícias e Mais Conteúdo

A professora Maria Inês posa ao lado de duas homenageadas


Por Thiago Quirino

Faculdades Integradas de Ribeirão Pires Uma instituição humana em constante evolução Não são todas as cidades que podem se gabar de ter uma instituição de ensino superior em seu território, muito menos quando esta instituição leva o nome da própria cidade. Desde 1971, quando foi criada, a FIRP vem desenvolvendo um trabalho que era pouco reconhecido tanto pela população local quanto pela região. Acontece que as coisas estão mudando muito - e para melhor. A nova gestão administrativa da entidade, usando de uma política mais ousada, está transformando a faculdade em um verdadeiro centro de pesquisa formador de intelectuais. Conheça um pouco mais da Faculdade de Ribeirão Pires. Coordenando o curso de Letras, o professor Ítalo Meneghetti, explica como a faculdade avançou e possibilitou uma considerável ampliação no número de novos ingressantes. “A atual administração tem aumentado o acesso do público interessado na faculdade, flexibilizou e modernizou o processo seletivo do aluno”, explica. Agora, há uma versatilidade na execução do vestibular. Em três meses, cinco provas são realizadas. Sabe aquela desculpa: “Perdi o prazo, agora não vai dar para estudar”? Pois é, quem tem interesse pode fazer a prova pode fazer já que a FIRP facilitou o ingresso de novos alunos. E se mesmo assim o “interessado” perder o período de inscrição, a instituição aplica um vestibular agendado, onde a prova de seleção é preparada pelo corpo docente da própria faculdade, podendo ser realizada a qualquer dia e horário. Ou seja, só não estuda quem não quer.

Embora a facilidade seja garantida, a FIRP preza pela qualidade, mesmo a do novo aluno, e não é qualquer um que pode estudar lá. “A redação vale 20 pontos e quem zerar é eliminado. A instituição entende que, por melhor que seja o candidato, se ele não consegue se comunicar devidamente ele não tem capacidade de cursar uma faculdade”, aponta Meneghetti. Com essa filosofia aplicada, em um momento em que as instituições vêm perdendo alunos, a FIRP cresce em números expressivos. No início deste ano, a entidade atingiu a marca de 1.450 alunos matriculados, com o ingresso de mais de 600 novos estudantes. A procura pela faculdade fez com que o quadro gestor desenvolvesse novas ideias para aperfeiçoar o serviço prestado pelo grupo. Hoje, estuda-se a proposta de reabrir o curso de Geografia, de aplicar uma turma de pósgraduação em Letras (gramática ou literatura) e, de forma inovadora, a FIRP deseja ampliar sua atuação na cidade por meio de núcleos de expansão universitária, onde aulas seriam dadas fora da instituição em locais específicos voltados para a temática do curso (nada melhor que usar um hotel para ter aulas de hotelaria, não é verdade?). Dessa forma, Ribeirão Pires tem muito que se orgulhar do avanço do ensino superior aplicado na cidade. As Faculdades Integradas de Ribeirão Pires estão dando oportunidade ao munícipe de se livrar da sombra da ignorância e assumir a postura independente que só a educação de qualidade pode dar.



Não me peça pra voltar “Não me peça pra ficar só porque não quer me acompanhar”, Vander Lee escreveu em sua canção, mas quantos poderiam dizê-lo sem titubear? Escolher seu caminho, deixar para traz aquilo que gosta, amigos, amores ou coisas, em função de necessidades. É mais fácil se deixar levar, ter quem opine em sua vida, ter quem lhe mostre o caminho, ter quem elimine a angústia da escolha. Palpiteiros, guias é que não faltam. Geralmente parecem bem intencionados, sábios, firmes e de certa forma impositivos, pois para influenciar é preciso ter talento, força, poder de convencimento e gente preguiçosa também existe em bom número, assim o par está selado, dominante, dominado. Um não existe sem o outro e quando a parceria se estabelece fica difícil interferir, pois o dominador precisa exercer seu poder e o preguiçoso não quer o conflito. Santo conflito! Já parou para pensar que é de conflitos que nascem as melhores decisões? Olha-se para um lado e depois para o lado oposto e com alguma dose de angústia chega-se ao resultado, ao novo, à transformação. Angústias levam para frente, confortos levam à estagnação e dependência. Maldita dependência daquele que escolhe o caminho fácil de ser conduzido! Sem citar aquele que conduz que parece fazer algo de bom, mas ao eliminar o poder de escolha do outro faz na verdade muito mal! Quem tem sua Vontade inibida não consegue penetrar no seu íntimo, não consegue ouvir a voz de seu coração, não sabe o que quer, pois não sabe quem é e por isso está perdido a precisar da mão de quem o conduz, sabe Deus para onde, mas com certeza não será para o caminho de sua própria vida e assim seu tempo se esvai sem que perceba o tamanho da prisão em que se encontra!

Ala Voloshyn, nascida em agosto de 1956, em São Paulo, filha de imigrantes ucranianos, estudou Psicologia na atual Universidade Metodista de São Paulo. Formou-se em 1980 e desde então atua como psicóloga. Já trabalhou com a educação de surdo-cegos e deficientes auditivos. Apresentou programa de entrevistas em Web TV. Ministra palestras e contação de histórias. Mantém blogs pela internet sobre literatura infantil e textos de sua autoria. Tem editado um livro de literatura infanto-juvenil intitulado Pimenta do Reino. É membro da Academia Popular de Letras da Biblioteca Paul Harris de São Caetano do Sul e colaboradora do jornal Enfim, de São Caetano do Sul, e Mais Notícias, de Ribeirão Pires. Textos: http://alavoloshyn.blogspot.com Literatura infantil: http://livrosvivos.blogspot.com Livro: http://ala-voloshyn.blogspot.com Email: alavoloshyn22@yahoo.com.br Cel.: (11) 8275-7609 Fone: 3565-6609

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Por Danilo Meira

60 anos na longa estrada a bordo da música Amaury Echeverria é uma destas pessoas que sempre têm muitas histórias para contar. Também, não é para menos. Com 60 anos recém-completos, ele é simplesmente o mais antigo músico em atividade de Ribeirão Pires, contabilizando 47 anos “de estrada, de chão, de água e de mar”, como gosta de dizer, incontáveis apresentações no Brasil e no exterior e muitos outros trabalhos paralelos em diversas áreas artísticas. Por isso, não é exagero dizer que uma conversa com ele é uma verdadeira aula. Sua história começou em Santos aos 5 anos, quando iniciou no piano. Mais tarde, aprendeu outros instrumentos, tocando em festas e bailes: “fui muito inspirado pelos Beatles e pelos Rolling Stones, as principais bandas da época”, afirmou, antes de ressaltar que não ficou só no rock and roll: “toquei de tudo, menos pagode. Samba das antigas sim, como Pixinguinha e Adoniran Barbosa, toquei muito e ainda toco”. Em 1968, subiu a Serra do Mar para morar em Ribeirão Pires. E, como não poderia deixar de ser, orgulha-se de ter feito parte das primeiras bandas da então recém-fundada cidade: “Toquei no Crown e nos Enigmas”, afirmou, antes de relembrar: “nessa cidade, toquei em todos os bares”. Isso lhe deu uma bagagem para alçar vôos maiores e se apresentar com artistas como Terry Winter, Rosemary e outros famosos da época. “De todos, o melhor músico foi o finado Manito, ex-Incríveis, que faleceu no ano passado”, revelou. Amaury também conviveu com o grupo Novos Baianos, cujos integrantes chegaram a morar na cidade: “eu e Pepeu Gomes, que tocou nos Enigmas, nascemos no mesmo dia e no mesmo ano e chegamos a fazer o alistamento militar juntos. Depois veio a Baby Consuelo, o Paulinho Boca de Cantor e o Moraes Moreira. Morava todo mundo na mesma sala”, contou. Posteriormente, o grupo foi ao Rio de Janeiro, mas Amaury acabou voltando. Certa vez, Echeverria encontrou casualmente Adoniran Barbosa, seu ídolo de criança: “numa ocasião, estava na Avenida Ipiranga e passei em frente a um banco. Quando olhei, lá estava ele em uma fila de caixa. Aí pensei: ‘tenho que falar com esse cara’. Fui até ele e disse: ‘Adoniran, sou seu fã desde criancinha’. E ele me recebeu super-bem”. Anos depois, reecontrou o ídolo: “nunca sonhei que fosse participar de um filme com a Vera Fischer, mas participei. Se chamava ‘A Superfêmea’ (1970) e Adoniran era parte do elenco. Da mesma maneira, era fã dos Incríveis quando era garoto e nunca tinha imaginado tocar com eles. A vida está sempre em movimento e você vai parar em lugares que nem imagina”, completou. Um desses lugares foi o outro lado do mundo, onde fez 268 shows. “Tinha uma rádio, a Aquarius, e um amigo me ligou para uma turnê na Ásia. Atravessei o ano 2000 tocando por lá em todos os países com um trio mexicano, o Los Angels Calientes, tocando violão e cantando. Se pudesse, viveria no mar e no ar”, disse. Além da China, “marcante pela cultura”, como disse, outros dois países marcaram seu coração: o Uruguai, que o encantou “pelo lugar e pelas pessoas”, e a Espanha: “ali bate forte meu coração, até pela origem da minha família. Adoro o Brasil, mas amo a Espanha”. Músico, produtor, ator, locutor, enfim, multiartista. Assim podemos descrever este homem cheio de histórias que ilustram perfeitamente sua personalidade inovadora, sonhadora e, acima de tudo, apaixonada pela vida. Echeverria resumiu tudo em uma frase: “Não se deve desistir nunca. A estrada é muito longa e infinita. A vida é cheia de surpresas, um barato e o mais importante é ter o dom de viver”.


Mel Ravásio:

a voz e a cara do novo rock brasileiro Foto Júlia Lacerda

Por Danilo Meira

Uma das bandas mais elogiadas da nova geração do rock é o Lipstick, trio formado apenas por mulheres da região do Grande ABC. E, dentre as integrantes, destaca-se uma ribeirãopirense, a vocalista Mel Ravásio, que conversou com a Revista Mais Conteúdo sobre sua carreira. Engana-se quem pensa que as atividades do grupo são recentes. “O grupo tem nove anos de estrada e eu estou com elas há seis”, explicou Mel. Foi um período de muitas conquistas, é verdade, mas também de muita luta, começando pelo preconceito: “muitas vezes, chegávamos para tocar em alguns lugares e éramos barradas por pensarem que éramos groupies (fãs). Era uma coisa que aconteceu bastante, já que não existiam muitas bandas femininas”. Essas dificuldades fizeram o Lipstick também construir uma história com a quebra de paradigmas, inclusive o do famigerado jabá, recurso usado por muitos artistas para tentar viabilizar seu sucesso: “é muito difícil chegar onde a gente chegou sem pagar nada”, afirmou Mel, antes de completar: “mas foi possível porque tudo o que fizemos foi parte de um plano de carreira”, afirmou. A ajuda dos fãs, que se multiplicam a cada dia e tem se mobilizado, especialmente pela Internet, também foi fundamental: “Eles entram em contato e sempre respondemos. Temos muito carinho por eles, que são parte fundamental do nosso trabalho, nos ajudam bastante”. Nos últimos tempos, o Lipstick conseguiu bom destaque, tendo participado de diversos programas de televisão, inclusive o Domingão do Faustão da Rede Globo e também sendo primeiro lugar na parada da MTV Brasil, tendo canções na rotação do canal e também em várias rádios do país, tendo, inclusive, assinado com a Som Livre e com a EMI, duas das maiores gravadoras do Brasil. É um trabalho intenso, feito por elas mesmas: “nunca precisamos de produtor”, afirmou, Mel, que, junto às outras integrantes da Banda, Carol Navarro e Dedê Soares, cuida de todos os assuntos da banda: “É um controle artístico que temos para fazer um trabalho mais autêntico, afinal, apenas o que é feito com verdade tem futuro”, ressaltou a vocalista. As atividades com a banda também renderam a Mel Ravásio outros convites fora da música. O mais recente deles é uma participação no reality show “Amazônia”, da TV Record, que ainda está em exibição e terá sua fase final gravada em breve. Gravado na maior floresta do planeta, rendeu a ela emoções diferentes: “foi incrível. Fiquei apaixonada pelo que vivi, uma experiência única de vida”, afirmou. Voltando à musica, Mel concluiu dando um conselho àqueles que estão começando: “para quem quer fazer esse sonho se tornar real, praticar, treinar e aprender é fundamental. O primeiro passo é ser bom, o resto vem com o trabalho duro e persistência”.


Por: Paulo Franco Formado em Letras e em Pedagogia e Pós-graduado em Docência para o Ensino Superior. Poeta e escritor, tem 7 livros publicados e dezenas de premiações em nível nacional.

A mão podre do Estado e a barbárie Teoricamente o Estado existe para conter a insaciabilidade dos individualismos sobre as necessidades do coletivo. Sem a mão do Estado, possivelmente o homem voltaria à barbárie, embora não se saiba ao certo se em algum momento da história ele já tenha saído plenamente dela. As corrupções, os latifúndios, os tiranos dos lares e dos países, as alienações, as ignorâncias (mesmo em época de internet), as crianças em trabalho escravo, chacinas, salário mínimo, o carnaval, são alguns dos muitos sinais de que a barbárie continua presente e absolutamente globalizada neste momento de novo neoliberalismo. Entretanto, há sempre uma nova bandeira em mastro velho tremulando a ideia de um modelo de Estado mais eficiente que contenha a nossa involução. E todos têm a alternativa para solucionar o caos que o capitalismo insiste em instalar com discursos socializantes. É como se a Revolução Francesa não terminasse nunca. A Igualdade, a Liberdade e a Fraternidade são os velhos jargões dos que querem o poder para ampliar a desigualdade ou mantê-la sobre controle, acabar com a liberdade do homem e quebrar as fronteiras para o comércio e para a produção, visando desqualificar a cada dia mais a mão-de-obra sempre desvalorizada. E a Fraternidade, é claro, sem a igualdade e sem a liberdade, não há. Inimaginável um Estado fraternal enquanto os Partidos, as Igrejas e os Sindicatos se fizerem necessários! E assim, a mão podre do Estado está sempre a retalhar os sonhos dos homens. E geralmente com discurso de boa fé, de boa vontade, de esperança, de paz, de redução das desigualdades, de moralização, de boa saúde, boa educação. Contudo, quase sempre, a cada ato mais um passo é executado rumo ao sucateamento das funções estatais. E os exemplos estão sempre muito próximos a nós em relação à mão podre do Estado. Em nossa região, por exemplo, temos Câmaras Municipais com uma quantidade absurda de vereadores (cargo que nem mesmo precisaria ter salário, considerando o que fazem – ou não fazem), além de assessores, automóveis individuais e outros gastos, e em contrapartida há hospitais sem o número mínimo necessário de médicos e enfermeiros e escolas funcionando em condições precárias. Um exemplo re-

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cente desta mão podre do Estado é o que aconteceu com os Centros Estaduais de Educação de Jovens e Adultos – CEEJAs – que funcionavam bem, mas tiveram uma drástica redução na quantidade de professores (apenas 15 para atender quase 1.500 alunos) e hoje estão funcionando apenas parcialmente. E o interessante é que a redução na quantidade de docentes foi para conter gastos. Que matemática esdrúxula! Menos dez professores, mais seis vereadores é igual à barbárie! E neste mesmo momento histórico, a gente vê pela TV que alguns homens lutam por escolas de samba e matam e morrem pelo futebol. É homérico! É bizarro! A alienação gera um tipo de reação inofensiva para o Estado. A educação de qualidade geraria, com certeza, um outro tipo de contravenção. O fato é que, nas últimas décadas, onde o Estado põe a mão ele estraga: sucateia, terceiriza, privatiza. Seria para se desfazer de suas funções? Mas qual a utilidade de um Estado sem papel? Gerenciar a barbárie?




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