Enciclopédia das Verdades Bíblicas: Artes e Saúde

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Enciclopédia das Verdades Bíblicas Artes e Saúde Fundamentos Bíblicos para o Currículo Escolar Dra. Ruth C. Haycock


Sumário Prefácio ......................................................................................................... 5 Introdução .................................................................................................... 7

ARTES E SAÚDE Criatividade ............................................................................................... 11 Artes e Ofícios .......................................................................................... 23 Música ........................................................................................................ 29 Saúde .......................................................................................................... 49 Educação Sexual ....................................................................................... 79 Educação Física ......................................................................................... 91 Educação sobre a Morte ........................................................................ 103

Índice ....................................................................................................... 125

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Prefácio O movimento de escolas cristãs, que se encontra em rápido crescimento, é um dos meios mais importantes pelos quais Deus está trabalhando no mundo nos dias de hoje. Por toda a América do Norte e ao redor do mundo, escolas com enfoque cristão e base bíblica estão deixando sua marca indelével na vida dos jovens. Sem comprometer os padrões acadêmicos, as escolas cristãs estão oferecendo um ensino fundamentado nos princípios da Palavra de Deus. Quer a matéria seja geografia ou geometria, literatura ou legislação, existe uma relação básica entre cada disciplina e a verdade das Escrituras. Esta obra notável documenta essa relação. A Enciclopédia das Verdades Bíblicas é resultado do trabalho da dra. Ruth Haycock, uma talentosa pesquisadora, escritora e professora cristã por excelência. Ela dedicou toda a sua vida adulta à compilação das informações valiosas contidas nestas páginas. Agora, Ruth Haycock está no céu, gozando as recompensas eternas de seu serviço abnegado e sacrificial; e podemos aproveitar os resultados de seu trabalho ao estudarmos este livro. Publicada originalmente em volumes separados, a Enciclopédia das Verdades Bíblicas integra a Bíblia em praticamente todas as áreas do currículo escolar. Publicada agora em um só volume, a Enciclopédia oferece numa única fonte as informações tão vitais para professores e alunos cristãos. Ela pode ser usada no preparo das aulas, em pesquisas, na execução de projetos e mesmo como uma fonte de tópicos para mensagens nos cultos. Para os alunos que estudam em casa, é um recurso de valor inestimável. Confio este livro a você orando para que ele aprofunde sua compreensão do maior de todos os livros – a Palavra de Deus, a Bíblia.

Dr. Paul A. Kienel Diretor Executivo Associação Internacional de Escolas Cristãs

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Introdução Já foi dito muitas vezes que “o aluno cristão que frequenta uma escola secular está sendo privado da verdade; consequentemente, está se tornando à imagem do mundo e de Cristo.” De um modo geral, aqueles que estão envolvidos com escolas cristãs concordam mais do que depressa, reconhecendo que, sem a Palavra escrita, a Bíblia, e a Palavra viva, Jesus Cristo, uma criança está sendo lograda naquilo que lhe é de direito. Não está recebendo aquilo que é de vital importância para que ela venha a ser o que Deus quer. No entanto, mesmo numa escola cristã , é possível que uma criança esteja sendo privada da verdade, especialmente em seus estudos acadêmicos. Pode ser que esteja envolvida com a aula de religião e com os cultos na capela, que esteja sujeita aos padrões e à disciplina cristã, que seja ativa nos cultos da igreja e ainda assim esteja recebendo, fundamentalmente, uma educação acadêmica secular. Aquilo que é ensinado e a maneira como é ensinado pode ser tão parecido com o que é feito numa escola não-cristã que um visitante não iria notar a diferença. Ao crescer o número de escolas cristãs, muitos professores que creem na Bíblia mudaram-se de escolas seculares para escolas cristãs. Alegraram-se com a liberdade de poder falar do Senhor e de tudo o que é mais precioso para eles. Estão contentes com níveis mais altos de disciplina e desempenho. Em muitos casos, porém, trouxeram para sua nova escola as mesmas perspectivas antigas de suas matérias. Em muitos casos, é a única coisa que conhecem. Eles mesmos aprenderam isso nas escolas seculares. Desenvolveram-se sobre essa base quando fizeram faculdade. Aprenderam a ensinar essas matérias e durante alguns anos trabalharam com os livros didáticos e manuais de professores humanistas que eram adotados. Muitas vezes, os professores novos também foram preparados em instituições seculares ou faculdades não-cristãs, onde os seus professores eram produto de universidades e cursos de pós-graduação humanistas. Com muita frequência, um senti7


mento típico é que Afinal de contas, estudos sociais são estudos sociais, independentemente de onde você leciona; então, por que esperar que sejam diferentes numa escola cristã? É claro que essa mesma atitude é expressa com relação a quase todos as áreas do currículo escolar. Se cremos, de fato, que a Bíblia tem autoridade sobre todos os assuntos dos quais ela trata, sobre história e ciências bem como sobre a doutrina cristã, temos a obrigação de descobrir o que a Bíblia diz sobre a matéria que lecionamos. Se deixamos de apresentar o que Deus diz, mas ensinamos outros aspectos de uma certa matéria, estamos privando os alunos da verdade e apresentamos a eles apenas parte da história. Aquilo que ensinamos pode ser puramente humanista e contrário à verdade encontrada na Bíblia, ou pode ser verdade mas estar incompleto. Em qualquer um dos casos, o pensamento do aluno está sendo moldado de acordo com o padrão do mundo. Deus, porém, pede vidas transformadas, não conformadas com o mundo mas baseadas em mentes renovadas que podem provar qual é a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Se as escolas cristãs desejam ser cristãs nas áreas acadêmicas e apresentar uma vida e uma visão de mundo que sejam bíblicas, os professores devem estar cada vez mais familiarizados com o que a Palavra diz sobre cada matéria; precisam buscar formas de envolver os alunos no aprendizado, formas que permitam que eles compreendam e aceitem o ponto de vista bíblico que é parte da vontade perfeita de Deus. Além disso, os professores cristãos devem cooperar uns com os outros para produzir livros didáticos e outros materiais baseados em princípios bíblicos. Não basta infundirmos ideias morais nas aulas de religião a fim de ensinarmos uma conduta socialmente aceitável ou mesmo cristã. Também não é adequado usarmos acontecimentos históricos ou observações científicas para ilustrarmos verdades espirituais. Apesar de a história e a ciência oferecerem muitas lições práticas, seu uso para esse fim não é uma legítima integração da verdade das Escrituras com a verdade de outras fontes. Não equivale a buscar o que Deus de fato ensina sobre dinheiro, pena de morte ou como tratar dos animais e então, ensinar essa verdade como parte do estudo acadêmico daquele tópico. 8


O uso de frases da Bíblia numa aula de gramática ou de palavras das Escrituras para o estudo da grafia também não significam necessariamente que está sendo ensinada uma visão bíblica de mundo. A citação frequente de versículos bíblicos em livros de atividades ou livros-texto e o uso de temas bíblicos para trabalhos artísticos não garantem que o assunto em si está sendo ensinado de modo bíblico. Ao mesmo tempo em que a educação numa escola cristã deve certamente incluir um estudo de frases e palavras da Bíblia e o uso de citações e temas bíblicos, a integração da verdade é uma questão muito mais profunda. Há dois pré-requisitos para a escola cristã que são fundamentais a todo o conceito de ensino da verdade de Deus em todas as áreas e no processo de ajudar os alunos a verem toda verdade como vinda de Deus. Em primeiro lugar, a Bíblia deve ser ensinada de maneira completa a cada ano escolar como a Palavra inerrante de Deus, quer trate de evangelismo ou economia. Em segundo lugar, os aspectos cristãos de uma determinada matéria devem ser incluídos como parte daquela disciplina acadêmica e não relegados apenas à aula de religião. Quando estão sendo estudadas as obras clássicas da literatura, por exemplo, deve-se incluir obras cristãs; ao se considerar o Oriente Médio do ponto de vista histórico ou geográfico, a Palestina e Israel devem receber a devida atenção. Não proceder dessa forma é o mesmo que dizer aos jovens que a Bíblia e as matérias acadêmicas são coisas separadas – que é só na aula de religião que levamos em consideração aquilo que Deus diz. Com tal mensagem sendo passada para eles, os alunos se formarão com aquilo que alguns já chamaram de esquizofrenia intelectual e um fracasso de todo o propósito da escola cristã. A compilação dos princípios e passagens das Escrituras que os sustentam e que se encontram neste livro divididos por matérias, tem a intenção de estimular o estudo de cada matéria dentro da Palavra de Deus bem como em outras fontes. Que o Senhor possa guiar os seus passos e dar-lhe entendimento.

Ruth C. Haycock

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Criatividade: Conceitos Bíblicos I. A criatividade de Deus

IV. Nossa responsabilidade

1. A criação é a obra de arte de Deus; ele foi o primeiro criador. 2. Quando havia terminado, Deus avaliou seu trabalho criativo. 3. A criação de Deus comunica sua verdade e seu amor pelo homem. 4. A criação de Deus é fonte tanto de prazer quanto de instrução. 5. Deus criou o homem com a capacidade de produzir e apreciar coisas belas. 6. Deus concede várias aptidões específicas de natureza criativa. 7. Deus ressalta a importância da criatividade quando relata sobre os primeiros seres humanos.

II. A criatividade humana 1. As criações do homem são expressões de seus pensamentos e sentimentos. 2. Ao contrário da criatividade divina, a criatividade humana é limitada. a. Limita-se a trabalhar com aquilo que Deus já criou. b. Limita-se a criar coisas que, por si mesmas não têm capacidade criativa. 3. A criatividade envolve o poder de escolha; dentro de certos limites, constitui uma indicação de liberdade. 4. As diversas aptidões criativas do ser humano demonstram a singularidade de cada pessoa. 5. A criatividade humana e sua capacidade de apreciar a criatividade de outros são afetadas pelo pecado.

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1. Devemos nos achegar a Deus e compreendê-lo melhor a fim de estudar sua criação. 2. Temos a responsabilidade de pensar em coisas belas e apreciar a beleza que é dada por Deus. a. Deus ordena especificamente que devemos agir de forma diferente daquela do mundo. b. Deus chama nossa atenção para alguns aspectos de sua criação sobre os quais devemos pensar. 3. Devemos discernir entre aquilo que agrada a Deus e aquilo que não o glorifica; devemos perguntar: “Isso reflete Deus e sua beleza?” a. Deus nos orienta especificamente a buscar aquilo que o glorifica. b. Deus nos adverte sobre aquelas coisas que poluem nossa mente e coração, afastandonos dele. 4. Devemos entregar nossas aptidões a Deus a fim de que sejam usadas para sua glória, quer em prazer e apreciação, quer através da produção daquilo para o que fomos capacitados. 5. Devemos reconhecer a avaliação divina da beleza física, quer seja do corpo humano ou de coisas, em contraste com a beleza espiritual ou beleza do caráter. a. O perigo da ênfase excessiva na beleza física. b. A importância da beleza espiritual, a beleza de uma vida de santidade.

“Nenhuma obra de arte é mais importante do que a vida do próprio cristão e, nesse sentido, todo cristão é chamado a ser um artista. Pode não ter qualquer dom de criatividade no que se refere à maneira como leva sua vida. Nesse sentido, a vida cristã deve ser algo verdadeiro e belo em meio a um mundo perdido e mergulhado em desespero.” – Francis A. Schaeffer, Art and the Bible, p.63.


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Criatividade: Contexto Bíblico: I. A criatividade de Deus 1.

A criação é a obra de arte de Deus; ele foi o primeiro criador.

Gênesis 1, 2 Nessa passagem, encontramos o relato de Deus criando os céus e a terra, a porção seca, a flora, o sol, a lua, as estrelas, a fauna, o homem e a mulher. Gênesis 2.8, 9 8 E plantou o Senhor Deus um jardim no Éden, da banda do Oriente... 9 Do solo fez o Senhor brotar toda sorte de árvores agradável à vista e boa para alimento... Salmo 135.6 Tudo quanto aprouve ao Senhor, ele o fez, nos céus e na terra, no mar, e em todos os abismos. Salmo 139.14 Graças te dou visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem. João 1.3 Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Colossenses 1.16, 17 Pois nele foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele. 17 Ele é antes de todas as coisas, nele tudo subsiste. (Para mais referências sobre a obra criativa de Deus, ver o Livro 3, Ciências e Matemática.) 2.

Quando havia terminado, Deus avaliou seu trabalho criativo.

Gênesis 1.4, 10, 12, 18, 21, 25, 31 4 E viu Deus que a luz era boa... 10 À porção seca chamou Deus Terra, e ao ajuntamento das águas, Mares. E viu Deus que isso era bom. 12 A 13

terra, pois, produziu relva, ervas... e árvores que davam fruto... E viu Deus que isso era bom. 16 Fez Deus dois grandes luzeiros... e fez também as estrelas. 18 ... E viu Deus que isso era bom. 21 criou, pois Deus, os grandes animais marinhos e todos os seres viventes que rastejam, os quais povoavam as águas, segundo as suas espécies; e todas as aves, segundo as suas espécies. E viu Deus que isso era bom. 25 E fez Deus os animais selváticos... e os animais domésticos... e todos os répteis da terra... E viu Deus que isso era bom. 31 Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. 3.

A criação de Deus comunica sua verdade e seu amor pelo homem.

Êxodo 31.18; 32.15, 16 18 E tendo acabado de falar com ele no monte Sinai, deu a Moisés as duas tábuas do testemunho, tábuas de pedras, escritas pelo dedo de Deus. 15 E, voltando-se, desceu Moisés do monte com as duas tábuas do testemunho na mão; tábuas escritas de ambas as bandas; de uma e de outra banda estavam escritas. 16 As tábuas eram obra de Deus; também a escritura era a mesma escritura de Deus, esculpida nas tábuas. Salmo 19.1-3 1 Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras das suas mãos. 2 Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite. 3 Não há linguagem, nem há palavras, e deles não se ouve nenhum som. Salmo 145.10 Todas as tuas obras te renderão graças, Senhor... Salmo 148.5 Louvem [os corpos celestes, os anjos, as águas que estão acima do firmamento] o nome do Senhor, pois mandou ele, e foram criados. Isaías 40.26 Levantai ao alto os vossos olhos, e vede. Quem criou estas coisas? Aquele que faz sair o seu exército de estrelas, todas bem contadas, as quais ele chama pelos seus nomes; por ser ele grande em força e forte em poder, nem uma só vem a faltar.



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