Revista Time Out SP - PT - Ed.19/jun. 2013

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o melhor da cidade TIMEOUT.COM.br 15/6 a 14/7 2013 R$ 9,90

uguês t r o P Em #19 Edição ISSN 2238-0744

Frescor

à mesa

Os chefs e restaurateurs estreantes que fazem culinária autoral a preços razoáveis

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O C M H

A revista Time Out SP está disponível em todos os hotéis acima, nos stands da SPTuris, nos aeroportos de Congonhas e anuncios19.indd 2 Anuncio Hoteis-PT.indd 12-13

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e

O MELHOR DA CIDADE NOS MELHORES HOTÉIS

MANHATTAN

Internacional de Guarulhos, nos postos da Movida Rent a Car e também pode ser encontrada nas melhores bancas da cidade anuncios19.indd 3

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O mês na cidade 15 de junho a 14 de julho

O de sempre Observações sobre a cidade.

Radar

a cap

Iniciantes

Na cidade Uma mostra de fotos de tribos

6

Pulsa SP

Arte 56 O artista alemão Florian Foerster

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explica como São Paulo o inspira.

Cinema 59 Conversamos com Carey Mulligan, protagonista de O Grande Gatsby.

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Gay Uma mostra de fotos de

O célebre cineasta espanhol fala sobre política, sexo, drogas e, claro, sobre sua mais recente comédia, Amantes Passageiros.

Comes & Bebes Restaurantes Dez bares onde um telão ou

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Na contramão

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Teatro & Dança

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Uma peça inspirada em uma famosa composição de Beethoven e um número circense provocador.

Futebol 69 A boa ação de Neymar e tudo sobre

divulgação

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Música & Noite

É época de festa junina, mas também de muito heavy metal e de conhecer melhor o afrobeat.

Coloridos coquetéis revigoram o menu de um glamouroso bar enquanto um novo café tem espaço para adultos e crianças.

Compras & Estilo

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transgêneros celebra o aniversário do Museu da Diversidade.

boas TVs para assistir ao futebol são tão importantes quanto a temperatura da cerveja.

Bares & Cafés

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africanas e outra sobre o autor Mário de Andrade acontecem este mês.

Fomos conhecer novos empreendedores da cena gastronômica paulistana que fazem boa comida a preços razoáveis.

Pedro Almodóvar

www.timeout.com.br

a Copa das Confederações da FIFA.

Cama e mesa O jovem e acessível Restô 607 fica dentro de uma pousada

Alguns bem-sucedidos sites de e-commerce estão abrindo showrooms e lojas reais.

Circulando em SP

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Telefones e endereços essenciais para o turista na cidade.

Dizem por aqui

Design da capa Bia Gomes Fotos da capa Shutterstock e Catherine Balston

Hans Silvester/divulgação

Nossa capa na versão em inglês

Eu nunca mostrei as fotos (para os retratados) depois de tirá-las, porque se eles vissem o resultado, mudariam a maneira de fazer os enfeites Continente colorido Tribos africanas são tema das fotos de Hans Silvester

Hans Silvester, fotógrafo da exposição ‘As Fotografias do Vale do Rio Omo’. Na página 52.

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Pulsa SP

catherine balston

Galeria a céu aberto

Corpos celestiais Evocando um clima etéreo, que lembra o das histórias infantis de Dr. Seuss, pássaros com penas roxas e azuis – e tentáculos no lugar de asas – cobrem um pedaço das paredes do conhecido Beco do Batman, na Vila Madalena. O grafite ocupa duas longas partes do muro, as aves celestiais voam com graça, em contraste com a dureza do concreto abaixo e com uma coroa de arame farpado acima.

Carta da editora Essa não será a vez de São Paulo. A cidade não receberá jogos da Copa das Confederações, que acontece entre 15 e 30 de junho. Essa ausência é uma frustração para a capital paulista, considerada a locomotiva do Brasil, mas que ainda não tem o devido reconhecimento internacional como um dos principais cartões-postais do país. Essa honra ainda é do Rio, a grande rival de São Paulo, e, de certo modo, da capital nacional, Brasília. Mas há controvérsias.

No entanto, São Paulo abrigará o jogo de abertura da Copa do Mundo no ano que vem – as obras do Itaquerão seguem em ritmo alucinante para garantir isso – e o clima de loucura futebolística vai tomar a cidade. Veja mais sobre a competição que serve de aquecimento para o Mundial em nossa seção Futebol e também em Restaurantes, onde selecionamos dez bares para acompanhar os jogos. Mas se você não está nem aí para

um monte de homens correndo atrás de uma bola, descubra conosco alguns novos restaurantes. Não que a cidade sofra com a falta de novidades na área – longe disso – mas destacamos lugares que se sobressaem pelo ineditismo, pelos criativos restaurateurs e por preços, que mesmo quando não são tão baixos, são bem justos. Bom apetite – e vamos, Brasil!

Claire Rigby

EDIÇÃO PASSADA Todas as reportagens de maio-junho estão em timeout.com.br

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Caia em nossa rede timeout.com/sao-paulo

No site timeout.com.br, no Facebook e no Twitter divulgamos, de forma imediata, uma seleção exclusiva com dicas de restaurantes, filmes, festas, shows, exposições, peças de teatro, e muito mais. Fique ligado!

Time Out São Paulo é uma publicação da Editora Dansville Ltda. Rua Valdir Niemeyer, 58 Perdizes, São Paulo – SP 01257-080, Brasil. Tel +55 (11) 3071-3309 Email contato@guiatimeout.com.br Publisher Silvio Giannini

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Vem aí em nosso site Centenas de críticas de restaurantes, bares, cafés e clubes, constantemente atualizadas, além de reportagens e fotos de nossas edições anteriores estão esperando o seu acesso.

são Paulo timeout.com.br

Editorial Editora-chefe Claire Rigby Subeditora (Inglês) Catherine Balston Subeditora (Português) Marina Monzillo Editores-assistentes convidados CM Corey, Juan Cifrian e Rafael Argemon Repórter Cecília Gianesi Tradução Christopher Mack, Christine Puleo, Mariana Leite e Sarah LeBaron von Baeyer Revisora (Português) Fabiana Caso Rio de Janeiro Editora (Português) Alice Moura Editor (Inglês) Doug Gray Design Editora de arte e fotografia Bia Gomes Tratamento de imagem Gráfica Aquarela Colaboradores Textos Anna Fitzpatrick, Ben Walters, Dave Calhoun, Cath Clarke, Eric Hynes, Evelin Fomin, Márcio Cruz, Tom Huddleston

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Publicidade – 3071-3309 r. 22 Diretor comercial Elcio Farigo Gerentes de conta Luciana Gomes e Luiz Guerreiro

Festival do japão A festa anual apresenta a cultura das 47 províncias japonesas, com gastronomia, música e concurso de beleza. 19 a 21/7. j.mp/TOSP_jap13

Festa junina Aqueça-se no inverno bebendo quentão, pulando a fogueira e dançando quadrilha. Nós preparamos uma lista dos melhores ‘arraiás’ da cidade! j.mp/TOSP_fjuni

Rio de janeiro timeout.com/rio-de-janeiro

Marketing e distribuição 3071-3309 r. 18 Diretora de marketing & novos negócios Virginia Castro Administração Diretor financeiro Gregório Correa de Ávila Analista financeira Sueli Maria da Silva

Time Out São Paulo é publicado sob licença e em colaboração com a Time Out International Ltd London UK. A marca Time Out é usada sob licença da Time Out Group Ltd, 251 Tottenham Court Road, London W1T 7AB, UK +44 (0)20 7813 3000. www.timeout. com © Copyright Time Out Group Ltd 2013 Time Out Group

Copa das confederações O Maracanã foi finalmente reaberto e vai receber algumas partidas, inclusive a final, do torneio da FIFA que antecede a Copa do Mundo. bit.ly/TORJp_copa

International MD Cathy Runciman International Content Director Marcus Webb International Editor Chris Bourn Ascom/Riotur

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tomas rangel/divulgação

Chairman Tony Elliott

Olympe Um menu-degustação especial foi lançado junto com a nova decoração deste bemsucedido restaurante francês, de Claude e Thomas Troisgros. bit.ly/TORJp_olym

International Art Director Anthony Huggins Nenhum pagamento de qualquer natureza garantiu ou influenciou as resenhas desta publicação. A Time

Rolé Carioca Caminhadas turísticas mensais passam por bairros históricos charmosos, fora do roteiro tradicional. Em 30/6, parte da Cinelândia. bit.ly/TORJp_rol

Out São Paulo mantém sua independência editorial e os anunciantes não recebem garantias ou tratamento especial de nehuma ordem: um anunciante pode receber uma boa ou má avaliação. Impresso no Brasil por Gráfica Aquarela Distribuído pela Euromag 3473-9178

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De Primeira

viagem

Catherine Balston conta quem são os restaurateurs novatos que investem em comida boa e criativa a preços razoáveis

Aventura asiática O Nama Baru é o primeiro empreendimento do chef Ique Lopes

catherine balston

S

ão Paulo tem orgulho de suas tradições culinárias. E apesar de elas muitas vezes envolverem comida excelente, mas cara de fazer chorar, também há aqueles lugares adorados pela despretensão e pelo equilíbrio perfeito entre qualidade e preço. Estamos falando de restaurantes como o francês La Casserole e o grego Acrópoles, que atraem clientes ano após ano com pratos saborosos, ambiente agradável e preços razoáveis. Ou então como a joia da Zona Norte: o Mocotó, um lugarzinho sem frescuras que o chef Rodrigo Oliveira assumiu de seu pai há cerca de uma década e que serve extraordinária comida nordestina. No mês passado, ele abriu o vizinho Esquina Mocotó, mais sofisticado. Outras casas têm menos história, mas uma capacidade invejável de atrair multidões todos os dias da semana: por exemplo, o francês Le Jazz Brasserie e o espanhol Maripili (endereços em Restaurantes). Em nossas recentes saídas para jantar, fomos conhecer restaurantes novos ou quase novos que entraram para a nossa lista de preferidos. E percebemos que, além do compromisso com o bom custo-benefício, eles tinham mais uma coisa em comum: todos são comandados por restaurateurs de primeira viagem. É uma geração de empreendedores jovens e criativos, com vocação para oferecer pratos que são inventivos e deliciosos, sem custar os olhos da cara. Descolados, mas levando o trabalho absolutamente a sério, são do tipo de proprietários que você encontra todo santo dia no restaurante, seja na cozinha ou circulando pelo salão. Possuem a paixão que o negócio exige; e, embora nem todos consigam sobreviver aos altos e baixos do cenário gastronômico às vezes instável da cidade, apostamos que alguns deles podem ficar por aqui por muito tempo ainda. Leia mais para descobrir alguns dos novos rostos do pedaço.

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Beato

DE PRIMEIRA VIAGEM

TADEU BRUNELLI/DIVULGAÇÃO

Em plena ascensão, esta casa de menu despretencioso foi idealizada por um trio que esbanja seriedade – e juventude

Sintonia fina O atum selado com risoto cítrico e chips de figo é o carro-chefe do Beato, que recentemente renovou seu cardápio, que inclui massas, carnes e peixes

Para ter comida excelente, buscamos fornecedores bons, e sempre comprar o melhor. Fornecedor parceiro é essencial.

TADEU BRUNELLI/DIVULGAÇÃO

QUANDO SE TRATA de sabedoria na juventude, não é preciso ir longe. Basta procurar os empresários em ascensão por trás do Beato, que comemorou seu primeiro ano de funcionamento no final de abril. Bruno Ventre, que mal parece ter idade para dirigir, quanto mais para comandar um empreendimento, é o mais velho do trio, com 27 anos – os outros são seu irmão Leonardo, de 25, e o sócio deles, Stefano Martins, de 26. “Sempre foi um sonho ter um restaurante, o nosso próprio negócio”, conta Bruno. “Levamos três anos desenvolvendo a ideia. Queríamos criar um restaurante de família, que oferecesse a melhor qualidade pelo menor preço possível.” O resultado é uma casa de dois andares que lotou desde o início, com uma mistura curiosa de detalhes decorativos peculiares e um cardápio despretensioso. “Quando abrimos, éramos um dos primeiros restaurantes da Rua dos Pinheiros”, afirma Bruno, referindo-se a via que virou um ímã de restaurateurs nova-

BRUNO VENTRE, à direita na foto, com o irmão Leonardo (à esq.) e o sócio Stefano (ao centro)

TADEU BRUNELLI/DIVULGAÇÃO

tos nos últimos anos. “As coisas estão acontecendo por aqui, tem gente na rua.” A comida não é tão criativa como a decoração, mas essa era justamente a ideia. “Desde o começo, queríamos ter um menu pequeno e variado, não contemporâneo. Algo para todos os gostos, com opções de carne, vegetais e peixe, massas e risotos.” E o resultado, com pratos principais entre R$ 38 e R$ 73, atrai desde grupos de jovens até casais mais velhos e famílias. Para comemorar o primeiro aniversário, o Beato lançou alguns pratos novos, incluindo uma paleta bovina trançada servida com tomate recheado e salada de rúcula (R$ 52). Mas o prato favorito de Bruno, que é o carro-chefe do restaurante, continua sendo o atum selado com risoto cítrico e chips de figo (R$ 55). “Abrir qualquer negócio é duro e um restaurante é realmente difícil. É complicado segurar a equipe de garçons e manter a qualidade, e é por isso que encontrar bons fornecedores foi um dos principais desafios para nós. Mas estamos lá todos os dias, cuidando das coisas”, afirma Bruno – algo raro nos restaurantes da cidade, muitos dos quais são propriedade de consórcios de investidores que não dão as caras.

Escada dourada O sobrado de Pinheiros tem detalhes curiosos no interior

Beato R. dos Pinheiros, 174, Pinheiros, 2538-8107. Seg. a sex., 12h-15h, 19h30-23h30; sáb., 13h-17h, 20h-0h30; dom., 13h-17h. R$ 38-R$ 73; almoço, R$ 39; couvert, R$ 6. beatorestaurante.com

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Jiquitaia

DE PRIMEIRA VIAGEM

Os irmãos Correia Bastos deixaram suas carreiras para apostar nesta simpática novidade na região do Baixo Augusta

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OS IRMÃOS Carolina e Marcelo Correia Bastos abriram o despojado Jiquitaia há 15 meses, após se demitirem de seus empregos – Marcelo, de 31 anos, era advogado, e Carolina, de 29, passou grande parte da carreira na IBM. Gastrônomo amador de longa data, Marcelo estudou gastronomia e estagiou em alguns restaurantes antes de pedir à irmã que se juntasse a ele na criação do Jiquitaia. Os dois podem até ter deixado a loucura de suas carreiras para trás, mas a vida está mais frenética do que nunca, como nos contou Carolina em uma tarde durante o intervalo entre o almoço e o jantar, oferecidos seis dias por semana. “Marcelo é o chef e o comprador. Eu sou a administradora, a contadora e a gerente de RH. Nós dois assumimos muitas funções. É uma maneira de manter os custos baixos. Não somos um lugar luxuoso. Não temos sommelier nem valet.” A dupla passou um ano procurando o lugar ideal, e o encontrou em um sobrado bem iluminado e arejado, espremido em uma rua de trânsito pesado entre o polo noturno da Rua Augusta e o centro gay da Frei Caneca. Uma lousa, onde constam os especiais de almoço do dia, marca a entrada. “O almoço tem sido movimentado desde o início, frequentado principalmente pelos funcionários dos escritórios da Avenida Paulista, aqui perto”, continua Carolina. “Isso nos deu a garantia de pagar as contas. Encher o lugar no jantar demorou muito mais. Os primeiros meses foram realmente difíceis.”

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No banquinho Jante ou apenas beba uma cerveja no bar do Jiquitaia

Os primeiros meses foram difíceis. Não tínhamos assessoria. Mas quando saimos na imprensa, mudou imediatamente.

CAROLINA CORREIA BASTOS, ao lado do irmão Marcelo

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Hoje em dia, o restaurante – uma série de salas interligadas, pontuadas por pedaços de tijolo exposto e mesas de madeira escassamente decoradas – está sempre cheio de uma clientela jovem, uma mistura de casais, gays e héteros, e pequenos grupos. “Também recebemos muitos estrangeiros.” O cardápio à la carte da noite, mais elaborado e um pouco mais caro que o de almoço, é conciso – releituras de receitas clássicas brasileiras. O resultado são pratos frescos e de sabor intenso, mas nada exuberantes. “Os pratos entram e saem do menu, mas os mais populares ficam, como a moqueca (R$ 37) e o pato no tucupi (R$ 39).” Este último foi inspirado na tradicional receita do Norte do Brasil, normalmente carne de pato assada desfiada servida fervendo no tucupi – um molho ácido e forte feito da raiz da mandioca selvagem. No Jiquitaia, Marcelo serve um magret – peito de pato rosado com pele tostada (que não estava muito crocante em nossa visita) – com tucupi e arroz, guarnecido com jambu, erva que amortece a língua (R$ 39). Entre os outros sabores brasileiros arrojados, está o tamarindo reluzindo em um molho barbecue sobre tenras costelas de porco (R$ 39). “Em São Paulo, há muitos bons restaurantes, mas poucos são bons e baratos”, diz Carolina. “E é exatamente isso que queremos ser.” De raiz Batata-doce com gorgonzola, castanha-do-pará e pimenta biquinho

Jiquitaia R. Antonio Carlos, 268, 3262-2366. Seg., 12h-15h; ter. a sex., 12h-15h, 19h-0h; sáb., 12h-0h. R$ 25-R$ 39; almoço, R$35. jiquitaia.com.br

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Nama Baru

DE PRIMEIRA VIAGEM

O sucesso levou Ique Lopes e Talita Vasconcelos a mudar seu restaurante de influência tailandesa para um lugar maior RESTAURANTES TAILANDESES são uma aposta arriscada em São Paulo – vários abriram e fecharam na última década, apesar dos altos investimentos que receberam. No caso do chef Ique Lopes, a história é diferente. Em 2009, ele abriu com a mulher, Talita Vasconcelos, o Nama Baru, um minúsculo ponto na movimentada Avenida Pompeia que só servia almoço. O lugar fechou, sim, há seis meses. Mas só a fim de se preparar para elevar o nível em um espaço cerca de quatro vezes maior, a algumas quadras de distância do primeiro endereço. Há um mês, o novíssimo Nama Baru foi aberto. “O projeto arquitetônico levou dois anos para ser finalizado, quando deveria ter levado seis meses”, afirma Talita. “Transformamos uma casa velha, derrubando todas as paredes internas.” Ique comanda a cozinha e pode ser visto através de uma janela cavada na parede. Ali, ele adapta as receitas para o paladar brasileiro. “Meu menu é um mix de influências asiáticas”, explica. Espaço novo e arrumado, cardápio reformulado e maior – embora com alguns dos antigos favoritos, como a crocante salada de tempurá de lula (R$ 38) e a barriga de porco, assada lentamente, com tamarindo (R$ 46). Os pratos têm bela apresentação, sempre enfeitados com ervas ou flores comestíveis. E a atmosfera continua a mesma. “Não queríamos um restaurante formal com pessoas de camisa, não. Vem do jeito que quiser, de havaiana, de chinelo”, diz Ique.

CATHERINE BALSTON

Usava pimentas tailandesas nas pastas de curry, mas ficavam picantes demais para o paladar brasileiro. Agora uso as nacionais.

Portas abertas A cara mudou, mas a atmosfera informal continua a mesma

CATHERINE BALSTON

IQUE LOPES, chef e proprietário, com a mulher, Talita

CATHERINE BALSTON

Nama Baru R. Barão do Bananal, 991, Pompeia, 2548-7749 . Ter. a sex., 12h-15h, 20h-23h; sáb., 13h-17h, 20h-0h; dom., 13h-17h. Pratos principais, R$ 35-R$ 58; almoço, R$ 42. namabaru.com.br

Bem enfeitado Costelinha de porco 'char siu', macarrão sobá com gengibre doce e picles de cebola (R$ 44), prato que sai do wok para a mesa

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Ella

DE PRIMEIRA VIAGEM

Tenho um margem um pouco menor, uma brigada mais reduzida, e abri em um bairro um pouco fora da rota tradicional ALEXANDRE ROMANO ROMANO, chef e proprietário do Ella

tião da cozinha italiana em São Paulo e escola de muitos dos melhores chefs italianos da cidade, e no Aguzzo, excelente casa italiana comandada por outro ex-funcionário do Fasano. Localizado em um tranquilo pedaço residencial de Pinheiros que parece estar se tornando um polo gourmet, o Ella é pequeno sem parecer apertado, decorado com espelhos ao longo de uma parede de tijolos e com um sofá de couro vermelho. A luz do sol entra pela enorme janela frontal durante o dia, iluminando o caleidoscópio de linhas coloridas que parecem espaguete, serpenteando na parede que fica de frente para um agradável pátio externo com algumas mesas. Ella R. Costa Carvalho, 138, Pinheiros, 3034-1267. Seg. à qua., 12h-15h; qui., e sex., 12h-15h, 19h-23h; sáb. e dom., 12h-16h, 19h-23h. R$ 24-R$ 54; almoço, R$ 30; couvert, R$ 6.

KIKO FERRITE/DIVULGAÇÃO

KIKO FERRITE/DIVULGAÇÃO

ESSE NOVATO DE PINHEIROS tem encarado um desafio ao tentar recriar uma culinária estrangeira – neste caso, a italiana – no Brasil. Não bastasse a busca pelos ingredientes certos, há a dependência de um equipamento certo. O carro-chefe do Ella – o bigoli, um espaguete rústico e grosso, feito pelo chef e proprietário, Alexandre Romano, não estava no menu quando fomos lá em maio, apenas um mês após a inauguração. A máquina importada usada para fazer o macarrão estava quebrada e o chef aguardava (sabe-se lá por quanto tempo) uma nova ser enviada da Itália. Seguimos o conselho do maître e optamos por algumas das outras massas do menu, todas a preços muito razoáveis – o delicado e lindamente cozido tortelli (R$ 26), recheado com uma combinação cor-de-rosa e interessante de beterraba e ricota, brilhando com manteiga e salpicada de folhas de sálvia fritas e crocantes. E o agnolotti dal plin (R$ 26) – trouxinhas de massa com um recheio mais robusto, feito de carne assada desfiada e molho grosso com infusão de sálvia, coberto com parmesão recém-ralado. Um prato sem sobras geralmente é sinal de uma refeição saborosa. No nosso caso, isso é uma verdade apenas parcial, pois o tamanho dos pratos só é suficiente para aplacar a fome inicial. Nossa dica é forrar o estômago com o couvert (R$ 6), que traz pães caseiros, inclusive focaccia, patê de berinjela e sardella. Nem todos os pratos tiram nota máxima no quesito sabor – o taglioni (R$ 26), uma tigela generosa de espaguete com delicado molho pesto, não tinha o aspargo prometido, substituído por pimentão verde que dominou os outros sabores. A salada caprese (R$ 26) – um clássico teste da qualidade dos ingredientes, que são o segredo da culinária italiana – não funcionou nem na doçura das fatias de tomate nem na cremosidade da mussarela de búfala. No entanto, o Ella parece estar tendo um bom começo, constantemente lotado de grupos jovens e de famílias enquanto Norah Jones solta a voz nos alto-falantes. Talvez sejam os preços razoáveis, ou talvez as credenciais de Romano – o chef trabalhou no Fasano (em Restaurantes), o tradicional bas-

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Comandado por um ex-funcionário do Fasano, este italiano tem conquistado a clientela com massas a preços atraentes

Caleidoscópio No salão ou no pátio externo, a luz natural incide sobre o Ella

Na delicadeza Cordeiro assado com fregola – pequenos cubos de massa

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Restô 607

DE PRIMEIRA VIAGEM

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Cássia Saldanha já morou na Inglaterra e na Itália, mas abriu um hotel-butique cujo restaurante serve delícias brasileiras

Vermelho vivo O pequeno restaurante tem um terraço que dá para a rua

COMIDA BRASILEIRA simples, mas bem executada, está no coração do minúsculo menu do Restô 607, um bar e restaurante informal que fica dentro da pousada-butique Guest 607. Pequeno, bem iluminado e com atraentes paredes vermelhas, além de bailarinas de madeira penduradas nos lustres do teto, seu interior parece uma mistura de café do interior com loja de brinquedos. Como seria de se esperar, os comensais são internacionais, abrangendo desde mochileiros franceses até um viajante solitário da Colômbia, usando o Skype em seu laptop. Uma das donas, a exuberante Cássia Saldanha, de 29 anos, passou dez anos morando e trabalhando em Londres e na Itália e viajando pelos Estados Unidos até voltar a sua São Paulo natal para montar o Guest 607, que ela descreve como um hotel-butique em vez de hostel (embora tenha um quarto coletivo e cinco quartos privativos compactos). “Em minhas viagens, visitando e trabalhando em pousadas, escolhi o melhor do que cada lugar tinha a oferecer e incorporei tudo isso aqui”, diz ela, que buscou um visual vintage de praia californiana dos anos 1940 para a decoração colorida. No restaurante, que ocupa metade do térreo do hotel com poucas mesas voltadas para o pátio que dá para a rua, o almoço-executivo muda diariamente e há poucas opções à la carte à noite. “Eu queria ter comida brasileira, com apenas alguns pratos oferecidos. Trouxe um chef do Pará”, afirma Saldanha sobre o calmo e comedido Gustavo Rodrigues, que passou dois anos trabalhando em excelentes restaurantes de Belém – o Remanso do Bosque e o Remanso do Peixe. No Restô 607, Rodrigues construiu um menu diminuto, mas divino, que

Os preços no Brasil são exorbitantes. Queria introduzir 'affordable eating' de uma forma diferente, com pratos com extrema qualidade

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Na caçarola Filhote, peixe amazônico, servido com farofa de limão

CÁSSIA SALDANHA, co-proprietária do Restô 607

muda algumas vezes por ano. Dá para contar os pratos nos dedos, mas, mesmo assim, é quase impossível se decidir. Nós escolhemos a barriga de porco assada lentamente com purê de batatas com alho (R$ 43) e o peixe no leite de coco (R$ 48), um ensopado fumegante, grande o suficiente para dois, com dois filés grossos de Filhote, um peixe da Amazônia, cobertos por um caldo cremoso, enfeitado com castanhas-do-Pará. Os filés de Filhote foram trazidos por Rodrigues pessoalmente. O chef garante: é normal trazer ingredientes frescos de Belém em um avião comercial. “A maioria das pessoas viaja com grandes isopores, cheios de comida fresca, no avião para São Paulo.” Felizmente, o Restô 607 tem um bom fornecedor de peixes no Mercadão, já que Rodrigues deixou o restaurante poucas semanas após a nossa visita, passando o comando da cozinha para Antonio Castro. Diferentemente dos pratos principais, que têm preços razoáveis, as bebidas são mais caras, com coquetéis custando de R$ 19 a R$ 21 e caipirinhas a R$ 16 – versões criativas que combinam cachaça com suco de caju e xarope de gengibre. Para Saldanha, os primeiros seis meses não foram livres de problemas. “Administrar pessoas é a parte mais complicada. Há muitos empregos aqui, então as pessoas não têm aquela dedicação, não levam tão a sério”, explica. Mas isso não a impediu de sonhar em abrir um segundo empreendimento. “Mas na hora certa”, diz. Restô 607 R. João Moura, 607, Pinheiros, 2619-6007. Ter. a sáb., 7h30-10h30, 12h-23h; dom. e seg., 7h30-10h30, 12h-17h. R$ 41-R$ 48; almoço, R$ 28.

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PARIS FILMES/DIVULGAÇÃO

TIME OUT entrevista

Voando alto Em bate-papo com Dave Calhoun, o diretor Pedro Almodóvar aborda temas como sexo e morte, passando por seu retorno à comédia em Os Amantes Passageiros

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olocar meu celular no ‘modo avião’ antes de uma entrevista nunca pareceu tão apropriado. O novo filme do diretor espanhol Pedro Almodóvar, Os Amantes Passageiros, é um melodrama cômico altamente tenso sobre um avião cheio de passageiros. Sobrevoando a Espanha a 3 mil metros de altura, a aeronave sofre uma falha técnica. Três comissários gays drogam os passageiros da classe econômica e se drogam também. Em um certo ponto, o trio começa uma coreografia e canta a música do Pointer Sisters que dá o nome do filme em inglês (‘I’m So Excited’). Enquanto isso, o pilo-

to, que é casado, está se pegando com um comissário escondido da mulher, e a classe executiva é um hall da fama de corrupção, desespero e fraude. O filme é curto, preciso e insolente. É bobo, sim, mas não sem dizer coisas sérias sobre a Espanha moderna, apesar da distração caótica de uma história cheia de sexo, bebidas e drogas. Após mais de 30 anos na cadeira de diretor, Almodóvar, de 63 anos, agora é sinônimo de cinema subversivo e com estilo. Desde que começou a fazer seus filmes desordeiros e anárquicos, no início dos anos 1980, ele nos traz radicalismo e excessos, ao mesmo tempo em que quase sempre oferece ternura e humor. Ultimamente, produções como Má Educação (2004), Volver (2006) e Abraços Partidos (2009) mostraram um lado mais escuro, menos colorido

do cineasta, que construiu praticamente sozinho a fama do cinema espanhol no mundo. Os Amantes Passageiros é um retorno aos filmes mais frenéticos, comicamente malucos – como Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos (1988). Seus últimos dois filmes, A Pele que Habito e Abraços Partidos, foram bastante mórbidos e reflexivos. Por que a mudança de tom? Queria fazer outra comédia já há algum tempo e tive essa ideia quando estava filmando Abraços Partidos. Mas vivo com minhas histórias por um longo tempo. E, no momento, a Espanha está passando por seu pior período desde que a democracia foi estabelecida. Gosto da ideia de que o público vá ver o filme e se sinta melhor quando sair do que estava se sentindo quando entrou.

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TIME OUT entrevista

Os Amantes Passageiros é leve e frívolo, mas você disse que reflete a difícil realidade política e econômica da Espanha hoje. Como? É uma metáfora da sociedade espanhola de agora. As pessoas no avião andam em círculos. Não sabem quando vão pousar. Sabem que vai ser um pouso de emergência e será perigoso. Há incerteza e medo. Isso representa o momento que estamos vivendo. Mas é uma comédia. Tudo acaba bem. Na vida real, não sabemos como irá acabar. Boa parte do filme transcorre em um estado de elevada excitação sexual em uma claustrofóbica cabine de avião. Na história, o sexo é a melhor saída para uma realidade ruim? O significado da orgia sexual é que, no momento de perigo, quando eles poderiam acabar morrendo, eu queria que se divertissem, que aproveitassem uma das grandes dádivas que a natureza nos deu, o sexo. Não estou dizendo que seja a solução para todas as tragédias, mas é uma ótima maneira de se despedir da vida, por via das dúvidas. O filme é uma homenagem ao início dos anos 1980 na Espanha. Foi um momento de verdadeira liberdade de expressão, com uma nova democracia, e havia uma enorme promiscuidade, no melhor sentido da palavra, em termos de drogas, sexo e liberdade.

paris filmes/divulgação

Você acha que a Espanha está num momento de rebelião parecido com o da década de 1980, quando houve a socialização cultural do (movimento) ‘la movida’, após o longo regime do General Franco e do fascismo?

Caos aéreo Almodóvar filma dentro do avião

paris filmes/divulgação

Você estava curioso para saber se ainda podia fazer esse tipo de filme? Eu queria redescobrir o tom dos primeiros filmes. Talvez, na verdade, eu estivesse tentando retomar minha juventude? Tenho 33 anos a mais do que quando comecei. Queria ver se aquele tom que me caracterizou nos anos 1980 ainda estava lá. Sempre houve muito humor em meus filmes, mas não fazia uma comédia pura desde Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos. Acho realmente que consegui escrever com a leveza daquela época. Isso não significa que meus próximos filmes serão como este. Os que estou trabalhando como possíveis futuros projetos são muito, muito diferentes.

Apertem os cintos Sexo, drogas e corrupção estão no plano de voo dos personagens do filme

Sim, mas a revolta agora é para pior. Os filmes que fiz no início dos anos 1980 seriam muito mais escandalosos agora do que foram na época. Este novo filme foi escandaloso também – não que eu estivesse ciente disso quando o escrevi. Agora é um momento na Espanha em que as coisas estão se fechando, e não se abrindo. Então houve quem achasse Os Amantes Passageiros escandaloso? A Espanha é um país de direita. O governo diz que é de centro-direita, mas não está certo. Não é de extrema-direita, mas é de direita. Há um grande problema no momento com a família real e acusações de corrupção. A maior questão, maior que a crise, é a corrupção dos políticos que trabalham aliados aos financiadores. E isso tudo está no filme. Além disso, a personagem dominatrix fala da Opus Dei, a organização católica. São instituições fortes no país. Trabalham silenciosamente escondidas, mas são muito influentes. As pessoas também reagiram porque transformei a catástrofe da Espanha em festa. Mas, em termos de sexualidade, não se vê nada. As pessoas só falam de sexo de forma explícita. É franco, mas não há sexo explícito. Também há algo na história que perturba os heterossexuais que já tiveram uma fantasia homossexual. Você se refere ao piloto que tem um caso com um comissário. Acha que há quem encare com dificuldade a homossexualidade reprimida que você mostra? Trato da bissexualidade. Ninguém realmente fala da bissexualidade, que é muito mais comum do que pensamos... Mas está parecendo que o filme deixa as pessoas superdesconfortáveis, e não deixa! Está fazendo bem à Espanha, embora o cinema não seja muito bem-sucedido em geral. O mercado atingiu uma nova baixa. Mas não falemos de tragédias!

Há muita medicação e automedicação no filme. Você apaga toda a classe econômica, e todo mundo na executiva perde a cabeça. Minha intenção na classe econômica foi mostrar, subliminarmente, o abuso de poder por parte de quem está no comando, no caso os pilotos. Então, quando eles lhes dão a medicação, estão tentando silenciar uma classe inteira. Ninguém virá amolálos. Na classe executiva, que é onde viajo, a automedicação é um estilo de vida. Os comissários drogam os passageiros da executiva com coquetel valenciano, uma mistura de álcool, suco e mescalina, muito popular nos anos 1980. O efeito é uma grande euforia, e é afrodisíaco também. Você se desarma. Tudo é diversão. Você diz que sempre viaja na classe executiva. Então observações de uma vida inteira entraram neste filme? Sim, mas não fico tão observador no avião. Só quero ler. Mas escrevi muitas das ideias que tive para meus filmes em aviões. Algo (neles) me faz concentrar muito mais que em qualquer outro lugar. Há algo no movimento, em como o tempo e o espaço fluem, que me concentra profundamente. Tendemos a pensar muito sobre sexo e morte em aviões. Os Amantes Passageiros também dá vida a essa tendência? Sim. Sem ser dramático demais, a morte está presente assim que você entra no avião. E, sim, a fantasia de fazer sexo no avião também é muito comum. Eu estava falando um pouco mais genericamente, e não de uma fantasia específica! É que você é britânico, e eu sou mediterrâneo! Leia a crítica de Amantes Passageiros na página 62.

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Comes & Bebes Restaurantes, bares e cafés

antonio rodrigues/divulgação

Restaurantes 26 Bares & Cafés 40

Ouro líquido O drinque Coachella, que leva cachaça envelhecida, jerez e licor, é novidade do Bar Numero

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Restaurantes

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Dez bares para assistir ao futebol A Copa das Confederações não virá a São Paulo, mas Juan Cifrian e Catherine Balston garantem que a animação do campeonato vai tomar conta da cidade

Devoto A fachada e cada centímetro das paredes internas do Sao Cristóvão prestam homenagem ao futebol

do balcão. Mas não se pode ter tudo no All Black – embora tenha seus méritos, o bar fecha aos domingos, um dos principais dias de jogo. R. Oscar Freire, 163, Jardins, 3088-7990. Seg., 18h-0h; ter. a qua., 18h-1h; qui. e sex., 18h-3h; sáb., 19h-3h30. Meio pint, R$ 8; couvert, R$ 15-R$ 45. allblack.com.br

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All Black A rua comercial ultrachique Oscar Freire é o último lugar onde você esperaria encontrar um bom pub, mas lá está o All Black. Não é um bar irlandês autêntico, nem mesmo no nome, que parece homenagear a seleção neozelandesa de rúgbi, que tem o apelido de All Blacks. Nomenclatura à parte, este é um pub de alto nível, que atende a uma clientela sofisticada. Sua fachada é preta, há madeira escura em todo o interior e uma tela extragrande para a exibição de jogos importantes. Todas as cervejas de praxe do outro lado do Atlântico estão disponíveis na torneira atrás

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A Copa das Confederações da FIFA, que esquenta os motores para a Copa do Mundo, está chegando. Embora São Paulo esteja fora da lista de cidades-anfitriãs, o clima da torcida em alguns bares paulistanos será bem similar ao dos estádios. Confira os lugares onde os dias de jogos prometem ser uma festa, principalmente durante as partidas da Seleção Brasileira.

Eclético O Hooters é ideal para ver vários esportes porque possui 22 telas

Artilheiros Situado em um trecho tranquilo da Rua Mourato Coelho, a um pulo do centrinho mais badalado da Vila Madalena, o Artilheiros Bar é simples, mas puro futebol. Decorado com uma variedade de bandeiras de times e revistas antigas de futebol nas paredes de tijolo branco, o bar tem o compromisso de passar todos os jogos do Campeonato Brasileiro, da Euro Liga e da Liga dos Campeões. O clima é descontraído, e o espaço recebe luz natural durante a tarde. A clientela é formada por torcedores animados, alguns vestindo a camisa de seu time. Quase qualquer lugar do bar é bom para ver uma das quatro telas de 50 polegadas. O único ponto negativo é a seleção limitada de cervejas. Vá de nacional e peça uma garrafa de 600 ml de Original (R$ 8,70). De sexta a domingo, é cobrado couvert de R$ 5 pela MPB e samba-rock. Quando não tem futebol, é claro. R. Mourato Coelho, 1.194, Pinheiros, 2922-0314. Qua. e qui., 20h-0h; sex., 20h-3h; sáb., 15h-3h; dom., 16h-22h30. Cerveja, 600ml, R$ 7,60-R$ 8,70; caipirinha, R$ 16. artilheirosbar.com.br

Blue Pub Na parte de baixo, este é um dos mais aconchegantes pubs da cidade. Mas a área superior também é uma ótima pedida. Há a opção de pegar uma mesa nos fundos para escapar do barulho e aproveitar um cardápio básico de comida de pub. Porém, quando há jogos de futebol – partidas do Campeonato Brasileiro, Libertadores, Liga dos Campeões ou qualquer jogo importante – o lugar fica lotado de torcedores ávidos para acompanhar as pelejas em uma das cinco TVs do lugar. Não é uma boa experiência para pessoas claustrofóbicas. O local cobrará consumação de R$ 15 a R$ 30 para os jogos de semifinal e final da Copa das Confederações. Al. Ribeirão Preto, 384, Bela Vista. Metrô TrianonMasp. 3284-8338. Seg. a qua., 16h2h; qui. a sáb., 16h-3h; dom., 15h-2h. Half pint, R$ 11; caipirinha, R$ 16. thebluepub.com.br Casa do Espeto Como o nome desta rede de bares deixa claro, espetinhos circulam em bandejas nas mãos dos garçons, às vezes, em ritmo lento. O que puder ser ‘espetado’ é servido, desde linguiça, coração de frango, pão de

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Aposta certeira Jogos de todos os torneios são televisionados no O’Malley’s

alho e até mesmo morangos cobertos de chocolate. Mas a comida não é o principal atrativo – longe disso, para ser sincero –, e sim o vasto jardim escondido nos fundos da filial da Pompeia. Atravesse o bar e desça pelos três pátios cobertos para encontrar uma mesa. Além das dez TVs do bar, três projetores são montados do lado de fora em dias de jogo, com MPB ao vivo depois das partidas. R. Cotoxó, 582, Pompeia, 3676-0436. Seg. a sex., 18h-1h; sáb. e dom., 12h-1h. Cerveja 600ml, R$ 7,50; caipirinha, R$ 18; couvert, R$ 5 Ter. a dom. casadoespeto.com.br

São Cristóvão Localizado no coração da área de bares da Vila Madalena, esse encantador bar com temática futebolística tem uma clientela discreta e local, o que o torna um dos lugares mais tranquilos para assistir aos jogos. Mas, como tem apenas três TVs, não oferece a melhor visão da cidade. Devotado ao clube carioca São Cristóvão, presta homenagem ao time com sua extensa coleção de fotos e lembranças relacionadas ao futebol penduradas pelas paredes. Para garantir lugar, você pode reservar mesa até o meio-dia – uma boa desculpa para um almoço caprichado. R. Aspicuelta, 533, V. Madalena, 3097-9904. Diariamente, 12h-2h. Chope, R$ 5,70; caipirinha, R$ 13; couvert R$ 12, seg. e sáb.

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O’Malley’s Embora esteja longe de ser um autêntico pub irlandês, o O’Malleys faz um bom trabalho ao atender os britânicos com saudade de casa, com banquetas no balcão, ales no barril e um extenso menu de comidinhas, como peixe com fritas, salsicha com purê e um café da manhã irlandês que dura o dia todo. Outro grande atrativo é o esporte, com 13 TVs grandes espalhadas pelos dois andares labirínticos de salas escuras e baixas, exibindo praticamente todos os jogos de futebol nacionais

Queen’s Head Interrompendo sua disputada programação de música ao vivo, que vai de quinta-feira a sábado, o Queen’s Head exibe partidas de futebol, como finais do Brasileirão – quando um time paulista está jogando – ou de campeonatos internacionais, em dois grandes televisores e um telão de 100 polegadas. Espere lotação, principalmente quando a Inglaterra está jogando, uma vez que o bar fica no térreo do Centro Britânico Brasileiro. O pub conseguiu dar um clima bacana a um espaço quadrado e sem janelas, com a ajuda de uma

BOteco São Bento No coração do Itaim, este bar espaçoso e de pé-direito alto é bastante frequentado, na maior parte da semana, por gente que sai do trabalho. Já nas noites de sexta-feira e sábado, o pessoal é mais enfeitado. Nas tardes de jogo, porém, o clima é descontraído, com grandes grupos se reunindo em frente às duas TVs e um telão que exibem jogos brasileiros e da Liga dos Campeões. Se quiser ter uma boa visão das telas, chegue cedo ou traga binóculos. Nas tardes ensolaradas, os toldos são levantados, o que faz deste o lugar perfeito para tomar um solzinho – embora o barulho da rua piore o som das TVs. O serviço é rápido e eficiente. R. Leopoldo Couto Magalhães Júnior, 480, Itaim Bibi, 3074-4389. 12h-últ. cliente. Chope, R$ 5,60; caipirinha, R$ 15. botecosaobento.com.br

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Hooters Sim, garotas escassamente vestidas servem a cerveja na filial paulistana da rede americana de bares, mas não há como negar as credenciais do Hooters como um dos melhores bares da cidade para assistir a jogos. No amplo espaço da Vila Olímpia, mais de 20 TVs de 42 polegadas ocupam as paredes forradas de madeira, exibindo de tudo – de futebol nacional e internacional a torneios de

golfe, tênis, basebol, basquete e UFC. O menu é totalmente americano, com hambúrgueres, asinhas de frango e costeletas, mas o chope (Devassa) é brasileiro. O lugar tem até mesmo uma área para crianças, com paredes de vidro, se este for o tipo de lugar que sua família frequenta. R. Gomes de Carvalho, 1.575, Itaim Bibi, 3842-3300. Seg. a qui., 12h-0h; sex. e sáb., 12h-1h; dom., 12h-0h. Half pint, R$ 8,50; caipirinha R$ 16,50. hootersbrasil.com.br

Posto 6 Ocupando uma esquina do cruzamento mais muvucado da Vila Madalena, com bares por todos os lados, essa choperia é decorada com fotos antigas e caricaturas; o nome vem do icônico ponto de surfe na praia de Copacabana, no Rio. Apesar de estar muito longe da praia, o Posto 6 está sempre lotado, principalmente em dias de jogo. O melhor lugar para ver partidas noturnas é na calçada, ao ar livre, pois são projetadas na fachada branca do bar da frente (Cervejaria Patriarca). R. Aspicuelta, 644, V. Madalena, 3812-4342. Seg. a sex., 18h-1h; sáb., 14h-3h; dom., 12h-0h. Chope, R$ 5,90; caipirinha, R$ 17. posto6.com

boa seleção de uísques escoceses e cervejas no barril, incluindo London Pride e Old Speckled Hen (R$ 14 por pint). R. Tucambira, 163, Pinheiros, 3774-3778. Seg. a qui., 18h-0h; sex., 17h-2h; sáb., 19h-3h. Half pint, R$ 10; caipirinha, R$ 13; couvert, grátis-R$ 20. queenshead.com.br

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e internacionais a que os clientes possam querer assistir. E o O’Malleys não para por aí: também exibe hóquei, rúgbi, futebol americano e até mesmo partidas de tênis. E, se o jogo não estiver disponível na TV a cabo, eles passam da internet em um telão, embora a velocidade da banda larga nem sempre esteja à altura. Preparese para muita bagunça por lá nos principais jogos. Al. Itu, 1.529, Jd. Paulista, 3086-0780. Seg. a qui., 12h4h; sex. e sáb., 12h-5h; dom., 12h-4h. Half pint, R$ 7; caipirinha, R$ 13. Entrada, R$ 10-R$ 35 (a partir das 22h). omalleysbar.net

Jeitinho carioca A cerveja gelada e o telão do vizinho são atrativos do Posto 6

De olho no lance Mais cinza que azul, o Blue Pub é divertido mesmo assim

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Comes & Bebes

(A)provamos

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Meats

Luz suave Um dos sinais de que o Meats aspira ao status de restaurante

Onde o hambúrguer vira alta gastronomia

Original Burger. Vintage Burger. General Prime Burger. Butchers’ Market. Rock ’n’ Roll Burger. St Louis. Se tem uma coisa que os paulistanos adoram, é um bom hambúrguer: a simples perfeição de um bolo de carne entre duas fatias de pão. Procure e encontrará todo

tipo de variação dessa fórmula, dos hambúrgueres defumados aos de pato, de camarão e vegetarianos. A veneração da cidade pelo sanduíche parece não ter limites, chegando ao auge no mês passado com uma quinzena dedicada aos hambúrgueres. Foi o 2o SP Burger Fest, com a participação de 42 estabelecimentos servindo uma receita de edição limitada. Mais uma entre as constantes ‘celebrações’

dessa ou daquela comida, o festival causou na minha linha do tempo do Facebook, aparecendo direto nessa rede social e também no Instagram durante o período do evento. Aproveitando a onda com destreza está o Meats, aberto no final do ano passado. Ele se juntou à profusão de hamburguerias na movimentada Rua dos Pinheiros e foi inaugurado alguns meses depois do Meat Chopper, mais uma casa com o mesmo perfil, do outro lado da rua. Assim como o Butchers’ Market, que chegou ao Itaim Bibi com muito buchicho em 2011, o Meats tem um clima bacana – e um espírito que as inúmeras réplicas de diners americanos de São Paulo parecem não ter. Com iluminação suave, o nome escrito em letras grandes formadas por lâmpadas atrás do balcão, uma carta de vinhos decente e uma boa seleção de coquetéis, o Meats claramente aspira ao status de restaurante, e não ao de lanchonete informal. Os hambúrgueres são gordos, suculentos e vermelhinhos por dentro, do jeito que devem ser, com preços que começam em R$ 19 e chegam até R$ 29, sem acompanhamentos. As combinações

gourmet incluem o zucchini, com abobrinha, queijo de cabra, bacon e molho de menta; e o hooligan, que leva queijo, bacon e maionese de raiz-forte (ambos R$ 29). As fritas mistas (R$ 19) – uma mistura deliciosa de batatas-doces e normais – estavam crocantes à perfeição, assim como os doces e grossos anéis de cebola, com casquinha de panko (R$ 19). As asinhas picantes de frango (R$ 24) não se sairam tão bem – saborosas e picantes, mas engorduradas em vez de úmidas. O steak tartare, servido com uma fatia de pão de Guinness crocante e outra de pão com azeite, além de fritas em formato de moeda, chegou bem apresentado em uma tábua de madeira, mas pouco temperado. Serão estes os melhores hambúrgueres da cidade? Podem até ser: eles são bons. Mas quantos sanduíches você precisa provar para ter certeza? Deixo a descoberta para os inveterados viciados em hambúrguer. Catherine Balston R. dos Pinheiros, 320, 2679-6323. Ter. a qui., 12h-15h e 19h-0h; sex., 12h-15h e 19h-1h; sáb., 12h-1h; dom., 12h-0h. Pratos principais, R$ 13-R$ 38. facebook: MEATS320

Comida apetitosa do Leste Europeu, perfeita para dias frios

Aberto há pouco mais de um ano, o Maria Escaleira é comandado por um casal transatlântico, formado pela brasileira Vanessa Medrado Wica, no front, e seu marido, o chef polonês Andrzeij Wica, nos bastidores. A especialidade deles são clássicos poloneses a preços moderados – uma novidade para a maioria, já que, salvo pelo estrogonofe (prato originalmente trazido da Rússia), a culinária do Leste Europeu e da Europa Central é raridade em São Paulo. O espaço do Maria Escaleira, assim como o menu, é caseiro e despretensioso: apenas dois andares de salas escassamente decoradas, ligados por uma velha escada de madeira. Com somente três ou quatro mesas por ambiente, grupos grandes podem tomar conta de uma sala e fazer barulho caso se empolguem, enquanto casais podem trocar murmúrios discretos ao lado de apenas um ou dois outros casais.

Wica, chef com 15 anos de experiência, está retornando às raízes e fazendo comida polonesa profissionalmente pela primeira vez. Levou cerca de um ano, e muita criatividade, para encontrar os ingredientes brasileiros certos a fim de criar seu cardápio. Com a vodca sendo um dos únicos produtos poloneses importados pelo Brasil – experimente a Zubrowka do Maria Escaleira, extremamente suave –, o queijo cremoso Polenghi substitui o creme de leite azedo, básico na culinária polonesa. Ele é usado em um molho com alho que acompanha geleia de cebola roxa caramelizada e deliciosos langos bread fritos, pães meio doces meio salgados (R$ 16,90); e também está no recheio do pierogi (R$ 29,50) – uma mistura de batata e queijo ao estilo do ravióli, com ou sem cobertura de bacon crocante. Outros destaques do menu incluem o bigos (R$ 30,50), um cozido de carne de porco robusto e de sabor intenso, que Wica cozinha no vinho a temperaturas brandas por pelo menos dois dias,

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Maria Escaleira

Comfort food O ‘pierogi’ é uma mistura de batata e queijo com cara de ravióli acrescentando linguiça defumada, bacon, tomate, cogumelos e chucrute. Menos satisfatórios são os placki ziemniaczane (R$ 14,50) – panquecas de batata muito gordurosas, com molho cremoso de alho –, mas o barszcz (sopa de beterraba, R$ 16,90) mais do que compensou, com sua maciez aveludada e vermelha escura. Destaque da comfort food do Maria Escaleira, a sopa é quente, deliciosa e

barata. O inverno está chegando? Que venha! Catherine Balston R. Cônego Eugênio Leite, 1.055, Pinheiros, 2364-9913. Seg., 12h-15h; ter. a qui., 12h-15h e 18h-23h; sex., 12h-15h e 18h-0h; sáb., 12h-0h; dom., 12h-17h. Pratos principais, R$ 28,50-R$ 31,50; menu de almoço, R$ 23,90R$ 28,50. mariaescaleira.com.br

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Comes & Bebes

Rota da gula o sistema

Festival Sabores de São Paulo

Visitamos os restaurantes de forma anônima e pagamos a conta sempre. Ah, e não nos interessa avaliá-los após a inauguração. Mas depois de, ao menos, dois meses. Envie sugestões para gastronomia@guiatimeout.com.br aberto nos últimos dois meses imperdível opções vegetarianas Wi-Fi grátis música ao vivo simpático ao público gay drinques BCB bom custo-benefício NOVO

Centro, Luz & Bom Retiro GREGO Acrópoles É fácil imaginar esse

Brás, Mooca & Tatuapé

Brooklin, Morumbi & Berrini INDIANO Govinda Com 30 anos de existência, o Govinda representa uma interessante mistura de arquitetura lusobrasileira e decoração indiana. O forro é sustentado por vigas de madeira aparentes (no século 19, a casa foi uma fábrica de processamento de gordura), enquanto suntuosos móveis indianos preenchem os diversos ambientes. O couvert é um bom começo: oito molhos diferentes e pão caseiro. Você não pode perder os clássicos da cozinha indiana – peça curries de cordeiro ou frango. R. Princesa Isabel, 379, Brooklin, 5092-4816. Seg. a sex., 12h-15h e 19h-0h; sáb., 12h-16h30 e 19h0h; dom., 12h-17h. R$ 32,90-R$ 66,90; almoço, R$ 33,90; couvert, R$ 17,90. govindarestaurante.com.br VEGETARIANO Recanto Vegetariano Na sombra dos arranha-céus da Avenida Berrini, este agradável bufê com tudo incluso serve uma das melhores comidas orgânicas da cidade. Frustrados pela falta de ingredientes

Ricardo D`angelo/divulgação

PIZZA Castelões Esse restaurante

clássico, localizado em um dos bairros italianos mais tradicionais da cidade, foi fundado em 1924. Sua decoração empoeirada, com quadros antigos, lhe confere um ar autenticamente nostálgico, que muitas pizzarias modernas falham ao tentar copiar. Recomendamos a pizza Castelões, com mussarela e calabresa artesanal, e a Margherita. Mas não importa seu pedido, esteja certo de que a massa será leve, crocante, coberta de molho de tomate com manjericão e queijo de qualidade impecável. R. Jairo Góis, 126, Brás, 3229-0542. 12h-16h e 19h-0h. R$ 39-R$ 64; couvert, R$ 9. Não aceita cartão.

aprovação Ospitalità Italiana em 2011, por seguir ao pé da letra as tradições da cozinha da Itália. Comece com o divino couvert de pães italianos, queijo de cabra e azeitonas. Como sugestão do chef para o prato principal, congro com crosta de sirí e arroz selvagem – impressionante (embora o cappelletti estivesse salgado demais). É um pouco caro, mas se você puder, deixe-se levar pelo charme do lugar e pela boa comida. R. Jataituba, 29, Brooklin, 5561-5287. Seg a qui., 12h-15h, 19h-0h; sex., 12h-15h, 19h-1h; sáb., 12h-16h30, 19h-1h. R$ 39-R$ 105; almoço, R$ 38-R$ 56; couvert, R$ 16. vicolonostro.com.br

O Estado de São Paulo supera em tamanho uma série de países europeus. Portanto, não é surpresa alguma descobrir que também possui uma rica variedade culinária. Unindo todas elas em um mesmo lugar, o Festival Gastronômico Sabor de São Paulo é resultado de uma busca pelos pratos mais emblemáticos desde as cidades litorâneas até as mais interioranas. Durante o evento de dois dias, você pode provar receitas de 30 seletos estabelecimentos. Que tal a barriga de porco à pururuca

assada lentamente (na foto) de Araraquara, a 275 km a noroeste de São Paulo? Ou então as frutas cristalizadas da ainda mais distante São José do Rio Preto? Do litoral, experimente o peixe defumado em folha de banana de Cananeia, município mais conhecido pelas ostras do mangue. Os visitantes também podem fuçar nas barracas de artesanato regional e comprar produtos orgânicos de pequenas fazendas do Estado. Pq. da Água Branca. Av. Francisco Matarazzo, 455, Barra Funda. 29 e 30/6. sabordesaopaulo.com.br

frescos, os empreendedores do Recanto Vegetariano decidiram não só abrir seu próprio restaurante, mas também abastecê-lo com seus próprios vegetais orgânicos - eles até mostram provas fotográficas da origem dos vegetais. R. Flórida, 1.442, Brooklin, 5506-8944. Seg. a sex, 11h30-15h; dom., 12h-16h. R$ 26-R$ 29. Não aceita cartões de crédito. recantovegetariano.com.br

ITALIANO Vicolo Nostro Escondido

entre as luminosas torres de escritórios da Berrini, o Vicolo Nostro é um dos poucos restaurantes de qualidade na área que abre também para o jantar. O vasto espaço em tom terracota, com trepadeiras crescendo nas paredes, é famoso pelas reuniões no almoço e jantares de negócios, mas não só por isso. O local serve comida italiana autêntica: ganhou o selo de

restaurante desempenhando um papel coadjuvante em um filme de Woody Allen ou fazendo uma aparição curta em Seinfeld, como a quintessência do comércio familiar de bairro. Conhecido pela boa comida, atrai paulistanos de todos os cantos da cidade, que se juntam em frente da casa para tomar um chope enquanto esperam pacientemente até que uma mesa seja liberada. Um pouco mal localizado, pode ficar lotado demais nos fins de semana. A decoração é surrada, com fotografias gastas de templos em ruínas. A cozinha fumacenta prepara clássicos da gastronomia grega, como moussaka e cordeiro assado, junto a alguns clássicos italianos. Não é nada espetacular, mas é uma opção caseira, boa e honesta. R. da Graça, 364, Bom Retiro, Centro, 3223-4386. Metrô Tiradentes. 12h-23h. R$ 30-R$ 60; couvert, R$ 25-R$ 45. restauranteacropoles.com.br BCB

FRANCÊS La Casserole Desde a inauguração, em 1954, pouca coisa mudou nesse bistrô – o que definitivamente não é um problema. O serviço é agradável e charmoso e a culinária está aprovada. O cardápio não faz concessões – há clássicos como tripes à la mode de Caen e rins de vitela ao molho de vinho Beaujolais, além de um cordeiro bem preparado e coq au vin saboroso. Durante o dia, vale a pena caminhar pela região, passear pelo mercado de flores ao lado e aproveitar uma parte de São Paulo que resistiu às demolições. Lgo. do Arouche, 346, Centro, 3331-6283. Metrô República. Ter. a sex., 12h-15h e 19h-0h; sáb., 19h-0h; dom., 12h-18h. R$ 38,50-R$ 72,50; couvert, R$ 10-R$ 14. lacasserole.com.br ALEMÃO Schnaps Haus Morrendo de vontade de comida alemã? Wilkommen (bem-vindo) ao Schnaps Haus. Uma das poucas opções de culinária alemã em São Paulo, esse restaurante está mais para taverna familiar do que para restaurante sofisticado. O schnitzel com páprica é de longe o melhor prato da casa: o tenro

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Consolação & Higienópolis CHURRASCARIA Angélica Grill Você

precisa estar bem carnívoro quando visitar esse enorme rodízio . Os garçons circulam pelo salão bem iluminado com 25 tipos de carne, e você enche o prato até dizer chega. Complemente a refeição com acompanhamentos do extenso bufê de saladas (sushi, pães, verduras e muito mais), mas tenha cuidado para não exagerar – você pode não conseguir aproveitar toda a riqueza de carnes. O manejo do prato no rodízio é uma arte que requer prática. Se você estiver concorrendo ao título de Maior Glutão do Mundo, os garçons o tentarão com um carrinho de sobremesas ou preparar uma deliciosa banana flambada bem na sua frente. Lembre-se de que sexta-feira é dia de frutos do mar e peixe, e que as sobremesas e bebidas são cobradas à parte. Av. Angélica, 430, Santa Cecília, 3664-0070, Metrô 3, Santa Cecília e Marechal Deodoro. Seg. a sáb., 11h30-23h30; dom., 11h3023h. Pratos principais, R$ 39,90-R$ 55. angelicagrill.com

FRANCÊS Ici Bistrô Esse chique e clássico restaurante francês recebe elogios desde sua inauguração, em 2002. Os aperitivos incluem a lula Panée, crocante e temperada. Mas prepare-se: a modesta porção é um truque para abrir o apetite – já usado há muito tempo pelos principais representantes da haute-cuisine francesa. O filé de atum com gergelim é macio e bem saboroso, e as sobremesas também merecem destaque, principalmente, os profiteroles gelados e a exclusiva pain perdu - uma deliciosa fatia de torrada francesa caramelizada, servida com compota de pera banhada em creme de leite. R. Pará, 36, Higienópolis, 3259-6896. Metrô Paulista. Seg. a qui., 12h-15h e 19h-0h; sex., 12h-15h e 19h30-0h30; sáb., 12h30-16h e 19h30-0h30; dom., 12h3017h. R$ 41- R$ 69. icibistro.com.br. ÁRABE Kebabel A proposta do Kebabel é “cerveja e kebabs”. Servidos no tradicional pão pitta, os kebabs são magrinhos, mas cheios de sabor. Prove um de falafel com vinagrete, picles, especiarias árabes e tahini (pasta de gergelim) à parte. Quem adora carne pode escolher os kebabs de cordeiro, frango ou kafta. Se ainda estiver com fome, esbalde-se com uma porção de couve-flor frita ou de linguiça defumada de javali. Para matar a sede, peça as cervejas Colorado Appia ou Indica (chope, R$ 7,50), produzidas em Ribeirão Preto, ou uma das várias garrafas importadas, como a belga Delirium Nocturnum (R$ 36). Faz entregas na região. R. Fernando de Albuquerque, 22, Consolação, 3259-1805. Metrô Consolação. Ter. a qui., 18h-0h; sex., 12h-0h; sáb., 13h-0h; dom., 18h-0h. Pratos principais, R$ 18,90-R$ 22,90. Outro endereço R. João Moura, 871, Pinheiros, 3062-7530. kebabel.com.br

FRANCÊS La Tartine Não há erro ao escolher o La Tartine para um jantar informal com amigos. É um pequeno bistrô com três ambientes aconchegantes: dois no térreo e um no primeiro andar, onde se pode esperar por uma mesa em um dos sofás – mas não se surpreenda se encontrar uma fila nos fins de semana. O cardápio, pequeno e com preços razoáveis, apresenta pratos da cozinha tradicional francesa, como quiche com salada, steak au poivre e coq au vin. R. Fernando Albuquerque, 267, Consolação, 3259-2090. Metrô Consolação. Seg. a sáb., 19h30-0h30. R$ 24-R$ 38. BCB BAIANO Rota do Acarajé Esse

restaurante prepara um acarajé delicioso. Além disso, também serve uma moqueca baiana saborosa. A decoração despretensiosa e a localização conferem ao local um ar descontraído. É como se você estivesse na Bahia – sensação reforçada pelo serviço simpático, mas extremamente lento. Relaxe, aproveite a cerveja gelada e deixe o relógio de lado. Durante a próxima hora, ou mais, você será o rei. R. Martim Francisco, 529, S. Cecília, 3668-6222. Metrô Santa Cecília. Ter. a sáb., 12h-23h; dom. e fer., 12h-18h30. R$ 54-R$ 115. (as porções servem de 2 a 3 pessoas).

ITALIANO Tappo Trattoria Esse corredor

claustrofóbico, com apenas dez mesas, serve culinária italiana fantástica. O ambiente é romântico e aconchegante, e a comida está à altura. O carpaccio de filé mignon é suculento, enquanto os bolinhos de ricota com molho de tomate são saborosos sem serem enjoativos. A lasanha à bolonhesa e o espaguete à la matriciana (bacon, tomate e cebola) surpreendem com uma suavidade que desafia a ideia de que a culinária italiana é pesada. As massas artesanais são o segredo. R. da Consolação, 2.967, Jd. Paulista, 3063-4864. Ter. a sex., 12h-15h e 19h30-0h; sáb., 12h30-16h e 19h30-0h; dom., 12h30-17h. R$ 39-R$ 74; couvert, R$ 6. tappo.com.br

BRASILEIRO Tordesilhas Os amantes da alta gastronomia brasileira não ficarão desapontados: eis aqui um raro exemplo de uma chef famosa, que prepara pratos realmente tradicionais. Inspirada em suas raízes pernambucanas, Mara Salles trabalha basicamente com ingredientes locais, dando destaque a pratos regionais. Sua maestria pode ser mais bem apreciada no guisado de carne seca. Como sobremesa, prove o sorvete de cupuaçu. Os habitués vão sentir falta do menu-degustação, de excelente custo-benefício, que saiu do cardápio quando o restaurante mudou de endereço em maio de 2013. Al. Tietê. 489, Jd. Paulista, 3107-7444. Ter. a sex., 17h-1h; Sáb., 12h-17h e 19h-1h; dom., 12h-17h. Pratos principais, R$ 53- R$ 77. tordesilhas.com

Ibirapuera & Moema CHURRASCARIA Costelaria Moema O segredo da casa está no uso de fornos verticais construídos para o cozimento da peça inteira da costela do boi. É coisa de caipira matuto. O aparelho tem prateleiras e a imensa peça vai, em um prazo de 30 horas, passeando de andar em andar, à baixa temperatura. Oferecem 8 tipos de corte, do chamado espaguete ao matambre, acompanhados de escoltas dignas de um caminhoneiro esfomeado – polenta frita, salada, maionese, arroz, feijão, banana frita. Av. dos Imarés, 758, Moema, 5532-1313. Seg. a ter., 11h30-16h; qua. a sáb., 11h30-23h; dom., 11h30-18h. Rodízio, R$ 51,90 (seg. e ter.); R$ 59,90 (qua. a dom). costelariamoema.com.br MEXICANO Sí Señor Este animado bar com temática Tex-Mex é bem popular entre casais, grandes grupos e famílias. O cardápio varia um pouco em cada uma das nove filiais da rede, mas espere os pratos de queijo e feijão tradicionais, como nachos, tacos e

burritos, acompanhados por uma seleção divertida e despojada de coquetéis. Um bufê de almoço traz frescor ao menu, enquanto qualquer prato pedido numa quarta, quinta ou domingo lhe garante um vale-comida para o mesmo prato às segundas e terças. Arriba! Al. Jauaperi, 626, Moema, 3476-4650. Seg. a sex., 12h-15h e 18h-0h; sáb., 12h-2h; dom., 13h-0h. Pratos principais, R$ 25-R$ 85 (para dois); almoço, R$ 32-R$ 42. Outros endereços por toda a cidade. sisenor.com.br

Itaim e Vila Olímpia CARNES Baby Beef Rubaiyat

A família Iglesias é sinônimo de competência no ramo. Ao longo dos anos soube associar carnes de altíssima qualidade de rebanho próprio a um serviço impecável, em um ambiente temperado por elegante modernidade. As unidades Faria Lima e Santos são as mais formais, lotadas de altos executivos. Se você deseja ver e ser visto à sombra de uma enorme árvore cercada de gente bonita, escolha a Figueira Rubaiyat. Av. Brig. Faria Lima, 2.954, Pinheiros, 3165-8888. Seg. a qui., 12h-15h30 e 19h-0h; sex., 12h-15h e 19h-0h30; sáb., 12h-0h30; dom., 12h-18h. Pratos Outros principais,R$ 76-R$ 215. endereços Al. Santos, 86, Jd. Paulista, 3170-5100. Figueira Rubaiyat. R. Haddock Lobo, 1.738, Jd. Paulista, 3087-1399. rubaiyat.com.br FRANCÊS/ITALIANO Bar des Arts

Um reduto para todos os sentidos pode resumir esse restaurante: da bela mansão onde está instalado, do seu jardim milimetricamente cuidado ao seu cardápio caprichado. Vá almoçar em um dia ensolarado e escolha entre o bufê e as opções à la carte. À noite, velas acesas dão o clima mais romântico ao local. O menu traz principalmente clássicos da

Ricardo D’Angelo/divulgação

Comes & Bebes

lombo de porco, também com molho de páprica e acompanhado por uma porção enorme de purê de batata e arroz (que dá um toque brasileiro à refeição), é memorável. Os pratos servem facilmente duas pessoas. R. Diogo Moreira, 119, 3031-9886, Pinheiros. Metrô Faria Lima. Seg. a sex., 12h-15h e 18h-23h; sáb., 12h-23h; dom., 12h-17h. R$ 18,30R$ 41,50; almoço, R$ 18-R$ 28. schnapshaus.com.br

Menu amazônico Inspirada em mais uma de suas viagens, a chef Ana Luiza Trajano, do Brasil a Gosto, apresenta a paca assada com abacaxi e farofa com tucupi (R$ 360, para quatro pessoas), receita dos índios Yawanawá. Até setembro.

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A melhor revista do mundo!

Pelo segundo ano consecutivo, a Time Out foi eleita a melhor revista internacional pela associação britânica PPA, um dos mais cobiçados prêmios em mídia. 40 cidades, mais de 16 milhões de leitores por mês, uma marca de confiança

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HAMBÚRGUER Butcher’s Market A nova hamburgueria da cidade fez sua lição de casa para copiar os seus similares nova-iorquinos, da cozinha ao décor. Os hambúrgueres são grandes e vêm no prato acompanhados de batata frita, anéis de cebola empanados e uma saladinha. Há uma boa variedade de cervejas especiais para acompanhar. Na hora da sobremesa, não deixe de experimentar o sanduíche de sorvete com dois cookies da Mr. Cheney. O ambiente evoca um galpão do Meat Packing District, em Nova York, com ganchos de açougueiro pendendo do teto e lâmpadas protegidas por arame. R. Bandeira Paulista, 164, Itaim Bibi, 2367-1043. Seg. a sex., 12h-15 e 19h-1h; sáb., 12h-1h. Chili cheese burguer, R$ 27; jarra de dois litros de cerveja Guinness, R$ 63. butchersmarket.com.br CONTEMPORÂNEO Cantaloup O arquiteto

contemporâneo Arthur Casas, que está por trás dos restaurantes Kosushi e Kaá, transformou uma antiga padaria em um restaurante impressionante. Passe pela porta de três metros de altura, entre em um jardim de inverno com teto de vidro e, depois, no salão de jantar – onde vigas expostas do teto de pé-direito alto, os tijolos brancos e as toalhas de mesa branquíssimas criam um ambiente sofisticado, minimalista e industrial. A comida, com raízes nas culinárias francesa e italiana, tem um toque moderno e boa apresentação. A adega, que fica à mostra no restaurante, tem 400 rótulos de dez países. Não vá embora sem tomar um café, senão você perderá a oportunidade de provar os sublimes petits fours. R. Manuel Guedes, 474, Itaim Bibi, 3078-3445. Seg. a qui., 12h-15h e 19h30-0h; sex., 12h-15h e 19h30-1h; sáb., 19h30-1h; dom., 12h-17h. Pratos principais, R$ 39-R$ 110; almoço, R$ 61; couvert, R$ 9. cantaloup.com.br

CONTEMPORÂNEA Clos de Tapas Com

cardápio reinventado a cada seis meses, o restaurante conta com a criatividade do casal de chefs Ligia Karasawa e Raúl Jiménez. O couvert é servido em duas etapas: a primeira com pães e manteiga de amburana com castanha-do-pará e conserva de legumes. A segunda é composta por crocante de arroz, creme de feijão, paio e farofa de couve. E isso é só o começo. A casa oferece um menudegustação de seis pratos que rivaliza com qualquer restaurante do Michelin. R. Domingos Fernandes, 548, V. Nova Conceição, 3045-2154. Seg., 12h-15h; ter. a sex., 12h-15h e 19h30-23h30; sáb., 13h-16h e 20h-0h. R$ 15-R$ 32; almoço, R$ 48. closdetapas.com.br

MEDITERRÂNEO Di Bistrot Apenas

os clientes menos observadores não perceberão a decoração eclética – por vezes kitsch – quando entrarem pela porta desse restaurante do Itaim: estofados com estampa de leopardo, lustres antiquados e uma profusão de obras de arte. A personalidade excêntrica do primeiro chef, Cássio Machado, está literalmente impressa nas paredes – a

Novo na área Esquina Mocotó

rogério voltan/divulgação

Comes & Bebes

cozinha francesa e italiana, com toques brasileiros. Se você quiser somente um drinque, o cardápio de aperitivos também vale a pena. R. Pedro Humberto, 9, Itaim Bibi, 3074-6363. Seg. a qui., 12h-0h; sáb., 12h-1h; dom., 12h-17h. R$ 42-R$ R$ 128; almoço, R$ 66-R$ 92; couvert, R$ 8-R$ 12. bardesarts.com.br

O Mocotó é uma lenda – um bar e restaurante sem frescuras, onde clientes fiéis e novatos ficam na fila por horas pela substanciosa comida nordestina. O mais novo capítulo desse sucesso é o recém-aberto Esquina Mocotó, espaço vizinho, claro e colorido. Com a mesma dedicação para encontrar os melhores ingredientes brasileiros, o chef Rodrigo Oliveira serve ali um menu menor, porém mais sofisticado. Tem até um sommelier e um menu de coquetéis – todos com cachaças artesanais. Av. Nossa Senhora do Loreto, 1.104, V. Medeiros, 29497049. Pratos principais, R$ 26,90-R$ 41,90; almoço, R$ 34,90. esquinamocoto.com.br decoração e a exibição de arte paulistana são uma homenagem ao artista Di Cavalcanti. Mas a atração principal é a comida extraordinária criada por Mariana Fonseca, a nova chef e proprietária, que se inspirou em Portugal e na Grécia, onde trabalhou durante muitos anos. O polvo grelhado com páprica o transportará diretamente para uma taverna grega. Não perca o prato que é a assinatura da chef: atum fresco servido com creme de wasabi e mostarda. Deixe espaço para a sobremesa: a criatividade de Fonseca não para nos pratos principais. Prove a terrine de goiabada com molho de queijo. Simplesmente deliciosa. R. Jacurici, 27, Itaim Bibi, 3079-9098. Seg. a qui., 12h-15h e 20h-0h; sex., 12h-15h e 20h-1h; sáb., 13h-17h e 20h-1h. Pratos principais, R$ 34-R$ 58; almoço, R$29,90; couvert R$ 12. dibistrot.com.br JAPONÊS Kinoshita Improvisação é a palavra-chave nessa cozinha japonesa, que pratica um conceito chamado Kappo cuisine: apresentação imaculada, em criações únicas, preparadas espontaneamente pelo mestre Tsuyoshi Murakami e sua equipe. Depois de calorosas boas-vindas, o maître lhe indicará destaques do cardápio, como os Nameko, pequenos cogumelos japoneses, delicadamente servidos no interior de

um limão. Inovações como escalopes e ovas de bacalhau em suco de limão e laranja, servidos em um copo de martini, são delícias para o paladar – com preços à altura, é claro. R. Jacques Félix, 405, V. Nova Conceição, 3849-6940. Seg. a sex., 12h-15h e 19h-0h; sáb., 12h-16h e 19h-0h. R$ 30-R$ 75; R$ 49-R$ 68 (almoço executivo); couvert, R$ 8. restaurantekinoshita.com.br PERUANO La Mar O salão do La Mar foi um dos lugares mais agradáveis que tive o prazer de jantar recentemente. Amplo, iluminado e com pé-direito alto, apresentando ricos detalhes de turquesa brilhante, este ambiente prepara você para o sabor fresco da especialidade da casa: ceviche. Mas não se apresse: peça um Pisco Sour enquanto olha o cardápio. Peça o menu-degustação de ceviche se quiser variedade; mas seja lá o que fizer, não perca o ceviche Nikkei com atum, e fique maravilhado com o sabor rico, marcante e doce do gergelim e do molho leche-de-tigre. As sobremesas não são lá essas coisas - vá por nós fique longe do gosmento e super doce suspiro Limeño. R. Tabapuã, 1.410, Itaim Bibi, 3073-1213.Seg.. a qui., 12h-15h e 19h-0h; sex., 12h-15h e 20h-1h; sáb., 12h-16h e 20h-1h; dom., 13h-17h. Pratos principais, R$ 35-R$ 60; almoço R$ 42. lamarcebicheria.com

AMERICANO PJ Clarke’s Se não deu

para comprar aquela passagem para Nova York, não há problema. Mate a saudade de Manhattan no PJ Clarke’s paulistano, clone do famoso restaurante frequentado por Frank Sinatra e aberto há quatro anos em São Paulo. O original norte-americano criou o hambúrguer Cadillac – o favorito de Sinatra e também da atriz Marilyn Monroe. A lanchonete à moda antiga até importou os lustres de Nova York para garantir a autenticidade. O ambiente é perfeito para saborear as fritas e os anéis de cebola. Como sobremesa, o cheesecake de morango e banana com mel é excepcional. R. Dr. Mário Ferraz, 568, Itaim Bibi, 3078-2965. Seg. a qui., 12h-0h; sex., 12h-1h; sáb., 9h30-2h; dom., 9h30-12h. R$ 26-R$ 46; almoço, R$ 37. pjclarkes.com.br

BUFÊ Senhora Salada Os bufês de almoço estão quase sempre dominados pela santíssima trindade de carne, arroz e feijão. Mas também são uma opção confiável para apostar nos tão necessários verdes, especialmente neste lugar descolado no Itaim, que se destaca por seu cardápio baseado em saladas. Comece com uma tigela de sopa de lentilha antes de ir para o bufê. Ele não é muito diverso, mas é suficiente para um almoço só de salada, ou você pode acompanhar os crus com um pedaço do delicioso peixe Saint Peter ou com um suculento bife ou frango, direto da grelha. Peça uma taça de vinho e pronto: o almoço balanceado perfeito. O som ambiente é tão gostoso e amigável quanto a comida. R. Joaquim Floriano, 402, Itaim Bibi, 3078-8089. Seg. a sex., 12h-15h. Pratos principais, R$ 28-R$ 35; bufê de saladas, R$ 24. ITALIANO Spago A mais nova casa do

chef Carlos Bertolazzi, do Zena Caffé, não é só mais um restaurante italiano inaugurado na cidade, mesmo se a falta de criatividade do menu lhe induza a chegar a essa conclusão. O cardápio lista uma pequena seleção de clássicos simples, como espaguete com almôndegas (R$ 29), Chicken Marsala (a partir de R$ 29) e conchiglione recheado (R$ 31). É o tipo de refeição que você esperaria encontrar na mesa de sua avó. Mas às vezes os clássicos funcionam bem, e é aí que a cozinha de Bertalozzi se destaca. Além da comida, prevalece um conceito que vai ainda mais direto ao ponto, algo que adoramos encontrar aqui: preços justos. R. Leopoldo Couto de Magalhães, 681, Itaim Bibi, 3078-0796. Seg. a qua., 12h-15h e 19h-23h; qui. e sex., 12h-15h e 19h-0h; sáb., 12h-0h. R$ 26-R$ 34.

ASIÁTICO Tiger Esse ‘tigre’ pertence a duas culturas e a três chefs diferentes: um prepara pratos tailandeses, enquanto dois especialistas em comida japonesa fria e quente completam o triunvirato. O resultado é uma experiência magnífica, com o melhor dos dois mundos. Onde mais seria possível provar macarrão tailandês acompanhado de sushi? O menu à la carte oferece pratos tradicionais como pad thai por R$ 39, além de uma variedade de sushis, makis e tempurás. O restaurante começou a servir bebida alcoólica recentemente. A decoração também é um dos destaques: móveis de madeira e paredes branquíssimas, refletindo o gosto da casa pela simplicidade e pelo requinte. R. Jacques Félix, 694, V. Nova Conceição, 3045-2200. Ter. a sex., 12h-15h30; sáb. e dom., 19h-23h30. R$ 23-R$ 60. tigerrestaurante.com.br

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FRUTOS DO MAR Amadeus A paixão

da família Masano por peixes e frutos do mar já está na segunda geração. A jovem chef Bella Masano praticamente cresceu no salão do restaurante e completou seus estudos na escola francesa Le Cordon Bleu. Para uma experiência inesquecível, prove a moqueca da casa, ao estilo baiano. Outra opção é o Camarão Frisson no Negro (camarões grandes, flambados no arroz negro). Para a sobremesa, uma boa pedida é a banana assada com calda de tamarindo. O sorvete de chocolate e o licor de café vai deixar um gostinho de quero mais. R. Haddock Lobo, 807, Jd. Paulista, 3061-2859. Metrô Consolação. Seg. a sex., 12h-15h e 19h-0h; sáb., 12h-16h30 e 19h-0h; dom., 12h-16h30 e 19h-23h. R$ 58-R$ 178; couvert, R$ 12-R$ 17; almoço executivo, R$ 72. restauranteamadeus. com.br

FEIJOADA Bolinha Atenção: para aproveitar a feijoada da casa, certifiquese de vir com bastante apetite. Os acompanhamentos que fazem parte do banquete são os tradicionais arroz, couve, banana frita e farofa. Considerado um dos melhores lugares da cidade para se comer essa especialidade brasileira, o serviço é de primeira (como é de se esperar pelos preços altíssimos). Se questionados, os garçons têm o maior prazer em contar tudo o que sabem sobre a história da feijoada. O cardápio também está repleto de entradas que vão muito além

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do tradicional, e conta também com uma versão light do prato. Av. Cidade Jardim, 53, Jd. Europa, 3061-2010. Seg., 11h-17h; ter. a dom., 11h-0h. R$ 52-R$ 97. bolinha.com.br BRASILEIRO Brasil a Gosto A chef Ana Luiza Trajano traz os ingredientes mais finos das várias regiões do país diretamente até a sua mesa. Comece pedindo a deliciosa caipirinha de morango e caju. Os miniacarajés, em versão aperitivo, são um convite para apreciar uma brilhante e exclusiva recriação do quitute baiano. Como prato principal, delicie-se com o abadejo grelhado com crosta de baru (fruto típico do Cerrado) ou o pirarucu grelhado. Encerre com uma degustação da cachaça de ameixa ou de banana – aqui, as aguardentes ganham o status de um fino conhaque. É recomendável fazer reserva. R. Azevedo de Amaral, 70, Jd. Paulista, 3086-3565. Ter. a qui., 12h-15h e 19h-1h; sex. e sáb., 12h-17h e 19h-1h; dom., 12h-17h. R$ 46R$ 90; almoço, R$ 44; couvert, R$ 8-R$ 12. brasilagosto.com.br INTERNACIONAL Chez Lorena Não é surpresa que o Chez Lorena encontre seu espaço precisamente entre o chique e o descolado: seus donos são os mesmos do badalado grupo ao qual pertence o Bar Secreto. O restaurante, aberto em 2010, rapidamente tornou-se um lugar casual-chique preferido de celebridades intelectuais como Philippe Stark, visto por lá em novembro. Recomendamos o ceviche e o risoto de tomate, brócolis e lula baby

grelhada do cardápio com influências hispânico-italianas. Escolha entre um lugar no terraço da frente para ver se e ser visto e uma mesa nos fundos, com uma luz intimista de velas à noite, para aqueles que querem um jantar mais discreto. Al. Lorena, 1.989, Jd Paulista, 3081-2966. Ter. a sex., 12h-1h; sáb., 12h30-1h; dom., 12h30-22h30. Pratos principais, R$ 36R$ 66; almoço, R$ 21,90-R$ 25,90. chez.com.br/chezlorena BRASILEIRO D.O.M. Aqui reina o chef celebridade Alex Atala, que absorve as tendências da gastronomia molecular e lhes confere um toque muito brasileiro. A comida é balanceada e harmoniosa, particularmente nos menus-degustação. Há também opções vegetarianas, servidas com verduras e frutas selecionadas, para garantir contrastes de cor e textura. Se você quer fugir de contas muito salgadas, prove o menu executivo, que traz um panorama da culinária caseira brasileira em belas apresentações, com farofa de mandioca crocante, arroz, feijão e frango. Parece simples, mas Atala eleva o prato a outro patamar. R. Barão de Capanema, 549, Jd. Paulista, 3088-0761. Seg. a qui., 12h-17h e 19h-0h; sex., 12h-17h e 19h-1h; sáb., 19h-1h. R$ 119-R$ 145; almoço, R$ 68; couvert, R$ 29. domrestaurante.com.br ITALIANO Fasano Passe pelo elegante lobby do hotel Fasano para chegar ao restaurante homônimo – um majestoso átrio de mármore preto e madeira escura

em um estilo clássico do década de 30. Projetado pelos arquitetos Isay Weinfeld e Márcio Kogan, a atenção dos dois pelos detalhes cobrem tudo, desde aos móveis até a iluminação. Os melhores pratos incluem o sedoso e perfumado raviolini d’Anitra al profumo d’arancia (R$ 99), massa recheada com carne de pato e com molho de laranja, uma desconstrução feliz inspirada no clássico francês canard à l’orange. – e a costoletta di vitello alla Milanese (carne de vitela à milanesa, R$ 113), um prato clássico que está no menu desde os anos 90, quando o chef italiano Luciano Boseggia estava no comando. R. Vittorio Fasano, 88, Jd. Paulista, 3062-4000. Seg. a sáb., 19h30-1h. R$ 89-R$ 270; couvert, R$ 29. fasano.com.br

Comes & Bebes

Jardins

FRANCÊS L’Entrecôte d’Olivier Você não terá problemas para escolher o que comer no restaurante que antes era conhecido como L’Entrecôte de Ma Tante - todos os dilemas gastronômicos se vão quando se passa pela porta, porque o chef-celebridade Olivier Anquier serve somente um prato: um entrecôte com um molho esverdeado, supostamente a receita secreta de sua tia. Não podemos deixar de imaginar o que aconteceu com a supracitada tia, mas seja qual tenha sido seu destino, a estrela solitária do show, um contra-filé com corte tradicional francês, é bom. Ele é servido com um monte de batatas fritas em estilo bistrô (provavelmente as melhores de São Paulo); e há uma razoável carta de vinhos cujo forte é a França e a América Latina. O espaço, decorado em

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Comes & Bebes

Um lugar de cozinha italiana e cultura

Iara Venanzi/divulgação

De segunda a segunda das 12hs as 2hs

Casa nova O Tordesilhas mudou de endereço (no roteiro), mas a cocada com sorvete de tapioca (R$ 21) segue no menu

O mais completo e melhor restaurante italiano

Trattoria, Buffet, Adega, Bar e Clube do Whisky

Transporte gratuito dos Principais hotéis da cidade

Rua Treze de Maio, 848 Bela Vista - São Paulo/SP Fone: 11 2842.9620 www.villatavola.com.br

vermelhos sensuais e cortinas de veludo, é um pouco exagerado, como poderia ser esperado do time de arquitetos e fashionistas que é dono do lugar. R. Dr. Mário Ferraz, 17, Jd. Europa, 30345324. Seg. a qui., 12h-15h e 19h-1h; sex., 12h-15h e 19h-2h; sáb., 12h-2h; dom., 12h-23h. Prato principal, R$ 58; couvert, R$ 4,80. bistroentrecote.com.br CONTEMPORÂNEA Maní Localizado em um canto do Jardim Paulistano onde se concentram vários bons restaurantes, o Maní consegue ser contemporâneo, sofisticado e discreto. Dentro ou fora da casa, é garantida uma refeição excelente em um dos restaurantes mais inovadores de São Paulo. A cozinha moderna, e os chefs Daniel Redondo e Helena Rizzo merecem todos os elogios que receberam por seu cardápio vasto e criativo. Prove a premiada entrada de peixe servida com tucupi e banana ou o rosbife em uma crosta de chá preto. É recomendável fazer reserva. R. Joaquim Antunes, 210, Jd. Paulistano, 3062-7458. Ter. a qui., 12h-15h e 20h-23h30; sex., 12h-15h e 20h30-0h30; sáb., 13h-16h e 20h30-0h30; dom., 13h-16h30. R$ 35-R$ 68; couvert, R$ 13-R$ 15; almoço, R$ 35. FRANCÊS Marcel Aqui você será apresentado a pratos inesquecíveis, preparados com maestria pelo chef Raphael Despirite. Como entrada, as coxinhas de rã em creme de alho são imperdíveis, assim como os impecáveis suflês – tanto as opções salgadas (como o feito à base de frutos do mar) quanto as variedades doces (de cupuaçu, por exemplo). Estes são apenas alguns dos pratos incomuns que fazem desse ótimo restaurante uma experiência memorável. R. da Consolação, 3.555, Jd. Paulista, 3064-3089. Seg. a sex., 12h-14h30 e 19h-0h; sáb., 19h-0h; dom., 12h30-15h e 19h-23h. R$ 39-R$ 107; almoço, R$ 42-R$ 48; couvert, R$ 7,80-R$ 12,80. marcelrestaurante.com.br

FRANCÊS Paris 6 O número ‘6’ faz referência ao sexto arrondissement parisiense – o bairro de Saint-Germain-desPrés, que inspira toda a decoração desse restaurante. Mas há toques bem brasileiros também, como a enorme televisão de tela plana que exibe jogos de futebol e os pratos batizados com nomes de celebridades. Aposte em opções difíceis de errar, como o steak frites e a truites aux amandes. Mas, o que interessa mesmo é que esse restaurante funciona sem parar as 24 horas do dia. R. Haddock Lobo, 1.240, Jd. Paulista, 3085-1595. R$ 36-R$ 79; almoço executivo, R$ 39-R$ 49; couvert, R$ 12. 24h. paris6.com.br FRANCÊS Robin des Bois As mesas de madeira à luz de velas, os pôsteres, os espelhos em molduras antigas e o espaço externo intimista dão um ar agradável ao lugar. Os pratos são fartos. Prove a salada de legumes grelhados com queijo de cabra e os mexilhões com molho de creme de leite, vinho branco e tomate (refeição que serve perfeitamente duas pessoas). Você com certeza se sentirá muito feliz ao final dessa refeição. Para curar a ressaca, no domingo vá de brunch (R$ 33, até as 16h). Se quiser vir na noite de sexta-feira, faça reserva antes. R. Capote Valente, 86, Jd. Paulista, 3063-2795. Metrô Clínicas. Seg. a qui., 19h-0h; sex., 19h-2h; sáb., 12h-2h; dom., 12h-23h. R$ 29-R$ 49; couvert, R$ 5,80. robindesbois.com.br VARIADA Spot Se São Paulo tem um

restaurante que serve para ver e ser visto, algo semelhante a um cenário da série Sex and the City, definitivamente é o Spot, um dos clássicos da cidade. O restaurante, aberto em 1994, está sempre cheio, com uma clientela composta por modelos, artistas e celebridades. A espera por uma mesa é longa, cerca de uma hora e 15 minutos. Mas a comida faz valer a pena. O mignon de porco, com minicebolas, pimenta vermelha e tomates-cereja

é suculento, com sabor penetrante e textura deliciosa. A carne, infelizmente, não vem com nenhum acompanhamento – peça um dos deliciosos legumes grelhados e uma porção de purê, cremoso e suave, para acompanhar seu prato principal. E coma sem culpa. Al. Ministro Rocha Azevedo, 72, Bela Vista, 3284-6131. Metrô Trianon-Masp ou Consolação. Seg. a sáb., 12h-15h e 20h-1h. R$ 34-R$ 71. restaurantespot. com.br MEDITERRÂNEO Trebbiano Elegante

e refinado, o salão de jantar do L’Hotel, em tons rosa, sândalo e com um toque de veludo, é popular entre executivos tanto para almoço quanto para jantar. O chef Luiz Pinheiro é o residente da cozinha, e o prato-símbolo do restaurante - cordeiro com casca de ervas (R$ 71) - é o indiscutível favorito. O cardápio fixo de almoço (R$ 70) inclui uma salada verde e um prato de carne ou peixe, mais sobremesa. Faça o upgrade para o ‘Menu Exclusivité’ (R$ 125), que inclui uma taça de vinho para harmonizar cada prato. O serviço agradável, mas descolado, agrega ao charme. L’Hotel, Al. Campinas, 266, Jd. Paulista, 2183-0500, Metrô 2, TrianonMasp. Diariamente, 12h-15h e 19h30-23h. Pratos principais, R$ 40-R$ 75; almoço, R$ 70. lhotelportobay.com.br

JUDAICO Z Deli Esse espaço simples, mas muito charmoso, tem poucas mesas e um balcão self-service cheio de saladas deliciosas. Gefilte fish (peixe recheado) pode ser encontrado não só no Pessach (Páscoa judaica), mas o ano todo. Para um gostinho da cozinha do Leste Europeu, prove as vareniks, pasteizinhos de carne e peixe. O ambiente não tem nada a ver com os preços, portanto, você pode gastar mais do que espera. É o mais próximo que chegará da famosa ‘Katz’s Deli’ de Manhattan. Al. Gabriel Monteiro da Silva, 1.350, Pinheiros, 3064-2058. Seg. a sex., 12h-18h; sáb., 12h-16h30. R$ 39-R$ 49.

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Liberdade, Bela Vista & Vila Mariana

CHURRASCARIA Fogão Gaúcho

JAPONÊS Bueno Atrás de uma porta preta corrediça encontra-se um dos segredos mais bem guardados da Liberdade: um diminuto restaurante, onde o chef e ex-lutador de sumô Fernando Kuroda reina soberano. Se houver espaço, pegue um banquinho no balcão (há mesas no primeiro andar também, menos convidativas) e delicie-se com a seleção de entradas expostas na vitrine. Por favor, experimente a barriga de porco assada – verdadeiro deleite. Dos pratos principais, o nosso favorito é o okonomiyaki - uma panqueca de abóbora e repolho frito coberta com molho tom ka e katsuobushi (flocos de peixe flutuantes). Ou então prove o isiyaki bibimpap (R$ 32) - prato coreano servido em uma tigela de pedra quente, cheia de arroz, legumes, carne e complementado com um ovo cru. Para fechar a noite, experimente o sorvete de chá verde ou se delicie com uma dose de Kuroda. R. Galvão Bueno, 458, Liberdade, 32032215. Ter. a sáb., 18h-23h. R$ 10-R$ 32. Não aceita cartão.

Instalado em uma zona semi-industrial, este restaurante reina sozinho. A qualidade das carnes, o ponto de salga e o zelo no uso da brasa estão em perfeito equilíbrio. O serviço é muito eficiente. O ambiente tem materiais de qualidade, ainda que não conte com um belo projeto arquitetônico. Em compensação, possui boa área de bar. Av. Marquês de São Vicente, 1.767B, Barra Funda, 3611-3008. Seg. a qui., 11h30-16h e 18h-23h30; sex. e sáb., 11h30-23h30; dom., 11h3022h. Jantar, R$ 72; almoço, R$ 78. fogaogaucho.com.br PERUANO Killa Nessa casa colorida e bem iluminada em uma rua tranquila de Perdizes, a comida não é apenas peruana, mas novoandina. O conceito consiste em misturar técnicas de preparo pré-colombianas com elementos da cozinha europeia. No Killa, a ênfase recai sobre o prato mais conhecido do Peru, o incrível ceviche. Ele é delicioso, com delicadas lascas de peixe de sabor suave, gentilmente mergulhadas em aromas cítricos. Atenção pois algumas porções são pequenas demais. R. Rua Padre Chico, 324, Perdizes, 8551-8511. Ter. e qui., 19h-23h30; sex., 12h-15h e 19h-0h; sáb., 13h-16h e 20h-0h; dom., 13h-17h (fecha seg.). R$ 30-R$ 39. killa. com.br

iTALIANO Cantina Roperto Esse

restaurante está na ativa desde 1942 no tradicional bairro italiano do Bixiga. A variedade de massas agrada a quem procura um farto almoço de domingo. Um dos preferidos de lá é o fusilli ao sugo. Se você quer mangiare bene, mas procura evitar os carboidratos,

também há a perna de cabrito e o filé à parmegiana. R. Treze de Maio, 634, Bixiga, 3288-2573. Seg. a qui.,11h300h; sex. e sáb., 11h30-1h; dom.,11h3023h30. R$ 39-R$ 130; couvert, R$ 7,50R$ 9,50. cantinaroperto.com.br

conta – você pode comer uma porção por R$ 20. R. Augusta, 1.422, Consolação, 3262-5535. Seg. a qua., 12h-22h; qui., 12h-23h30; sex., 12h-0h; sáb., 13h-1h; dom., 13h-22h30. R$ 12,90-R$ 24,90. BCB madhurestaurante.com.br

CARNES Dinho’s Se a sua paixão for

JAPONÊS Shin-Zushi Esse restaurante pode não estar localizado extamente no tradicional bairro japonês da cidade, mas tem ótima reputação entre os fãs da comida oriental. O sushi é feito com peixe de alta qualidade – sempre fresco – e o bolinho de arroz desmancha na boca. Há também uma boa variedade de delícias importadas – que vão pesar um pouco na conta, mas valem a pena. Experimente o sashimi de torô, inesquecível, apesar de um pouco gorduroso – é feito da barriga do peixe. R. Afonso de Freitas, 169, Paraíso, 38898799. Metrô Paraíso. Ter. a sex.,11h3014h, 18h-22h30, dom., 18h-22h. Sushi, R$ 14 (par); almoço, R$ 28; couvert, R$ 8.

o corte americano Prime Rib, esta casa ganhará status de altar supremo. As dimensões e o sabor inigualável do Prime do Dinho’s, com seus generosos 700 gramas, incluindo o imenso osso, o fará se sentir um Fred Flintstone curtindo a dolce vita em Bedrock. O antigo restaurante foi reformado, ganhou decoração mais contemporânea e atrai poderosos. Para um ambiente mais jovem, vá ao antigo Mabella, no Itaim, dos mesmos donos, agora como Dinho’s Steak House. Al. Santos, 45, Paraíso, 3016-5333. Seg. a qui., 12h-15h30 e 19h-0h; sáb., 12h-15h30 e 19h-1h; dom., 12h-17h. Pratos principais, R$ 58-R$ 110. Outro endereço R. Jerônimo Veiga, 153, Itaim Bibi, 30791049. dinhos.com.br

INDIANO Madhu Em uma cidade tão cosmopolita como São Paulo, é uma surpresa encontrar tão poucas opções de comida indiana. É uma surpresa maior ainda encontrar um fast-food indiano que não só serve um curry ótimo, como prepara combos com excelentes acompanhamentos. Chapatis são o básico, mas você terá que tomar algumas decisões difíceis: qual chutney? Arroz ou pão de arroz appam? Samosa ou kofta? Mais fácil fica com a

Comes & Bebes

Lapa, Perdizes & Barra Funda

BRASILEIRO Sobaria Um restaurante simples e convidativo em uma rua residencial da Vila Mariana, as especialidades variam de pratos típicos do Mato Grosso do Sul, ao sobá, um prato japonês e à sopa paraguaia (R$ 20) – um bolo de milho sólido e saboroso, feito com queijo e cebola e que, diz a lenda, foi levado por soldados brasileiros que partiram para a guerra com o vizinho Paraguai. R. Áurea, 343, V. Mariana, 5084-8014. Seg. a qui., 10h-23h; sex. a dom., 10h-0h. R$ 22R$ 38; almoço, R$ 17,90-R$ 21,90. sobaria.com.br

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Vila Madalena & Pinheiros

BRASILEIRO Feijoada da Lana A maioria dos paulistanos tem seu lugar preferido de comer feijoada. Lana, jornalista de formação, oferece sua versão imensamente popular do prato dentro de uma casa pequena e charmosa na Vila Madalena, onde a feijoada pode não ser tão elaborada quanto as versões mais caras, mas o serviço sorridente e a hospitalidade são garantidos. Passe a tarde de sábado por lá e deleite-se na preguiça pós-almoço. R. Aspicuelta, 421, V. Madalena, 38149191. Seg. a sex., 12h-15h30; sáb. e dom., 12h-17h30. Feijoada durante a semana, R$ 30; feijoada de fim de semana, caipirinhas inclusas, R$ 55.

INTERNACIONAL Arturito Intimistas

painéis de madeira escura, iluminação austera e assentos estilosos (estofados e com almofadas) distinguem esse luxuoso integrante da cena gastronômica de São Paulo. O lugar lota nos fins de semana desde que o restaurante e sua moderna chef e co-proprietária, a argentina Paola Carosella, ficaram famosos. O menu, maravilhosamente variado e sempre em mutação, inclui alguns pratos incomuns no Brasil, tais como perna de cordeiro, ceviche (peixe cru marinado em sucos cítricos) e a especialidade argentina asado de mollejas (pâncreas assado). O menu também conta com clássicos extraordinários: massas frescas, carnes de primeira (prove o excelente ojo de bife) e carne de porco, além de uma ampla carta de vinhos. R. Artur de Azevedo, 542, Pinheiros, 3063-4951. Ter. e qua., 12h-15h e 19h-0h; qui. e sex., 12h-15h e 19h-1h; sáb., 12h3016h e 19h-1h; dom., 12h30-16h. Pratos principais, R$ 42-R$ 103; almoço, R$ 45-R$ 56. arturito.com.br

JAPONÊS Jun Sakamoto O chef Jun Sakamoto lidera o balcão de sushi em seu restaurante desde 2000. O pequeno, estiloso, mas discreto lugar é bem estabelecido entre a elite paulistana. O que significa que você precisa fazer reservas, especialmente se quer orar no templo de Sakamoto com um lugar no balcão. Um dos pratos mais famosos de Sakamoto é o tartar de atum com foie gras, por R$ 27. Outra combinação surpreendente são as vieiras com sal trufado, R$ 12 por peça. Evite o cardápio quase incompreensível e peça aos garçons suas recomendações do dia, ou vá de menu-degustação (R$ 260). Arremate com o delicioso tempura de figo com sorvete de matchá, por R$ 18,50. R. Lisboa, 55, Pinheiros, 3088-6019. Seg. a qui., 19h-0h30; sex. e sáb., 19h-1h. Pratos principais, R$ 43,50-R$ 63; couvert, R$ 18.

BRASILEIRO Chef Vivi Depois de

Rua Thomaz Gonzaga, 84/90 Liberdade São Paulo - SP | Tel.: 11 3208.6177 Horário de Funcionamento: Terça à Sábado: 11h00 às 15h00 | 18h00 às 22h30 Domingo: 11h00 às 15h00 | 18h00 às 21h00 www.espacokazu.com.br

ECLÉTICO Feed Food O quintal arborizado desse espaço descolado, misto de restaurante, boutique e galeria, do Cartel 011, serve pratos tão ecléticos quanto o próprio local. Entretanto, o chef nem sempre acerta no ponto, como descobrimos ao pedir um insípido risoto de abóbora (R$ 27). Uma opção mais feliz foi o macarrão crocante com frango ao curry (R$ 27), com cenoura ralada e amêndoas torradas. As criativas caipirinhas (como a de figo verde e limão, ou banana com gengibre e rum) são imperdíveis. O mesmo se aplica ao pudim de tapioca (R$ 10), uma sobremesa apresentada impecavelmente com cobertura de baba de moça e, no topo, uma pitanga vermelha. R. Artur de Azevedo, 517, Pinheiros, 4305-7727. Seg. e ter., 12h-17h; qua. a sáb., 12h-22h. R$ 27-R$ 39.

Essa é boa Rolha grátis

SHUTTERSTOCK

conseguir uma medalha de ouro na China durante as Olimpíadas de Beijing com seu festejado restaurante Alameda, a chef Viviane Gonçalves está de volta com o seu mais recente empreendimento, Chef Vivi. Instalada em uma construção simples em um canto tranquilo da Vila Madalena, a casa combina um conceito espontâneo: ingredientes orgânicos e sazonais com um cardápio pequeno e que varia diariamente. Na nossa visita, experimentamos o saboroso queijo chancliche com uma combinação picante de zaatar, manga grelhada e rabanete sautée (R$ 27,50 ), seguido por uma porção saborosa de cordeiro assado no forno com molho de vinho tinto (R$ 67,50). Seja qual for o pedido, reserve um espaço para o menu degustação da sobremesa (R$ 20), que inclui cinco delícias coloridas. Elas devem amenizar o peso na consciência, causado pelo valor final da conta. Como alternativa, experimente durante a semana o menu de almoço, que inclui entrada, prato principal e sobremesa e sai por um preço bem modesto: R$ 39,50. R. Girassol, 833, V. Madalena, 3031-0079. Ter. e qua., 12h-15h, 19h-23h30; qui. e sex., 12h-15h, 19h-0h; sáb., 13h-16h, 20h0h; dom., 13h-17h. R$ 39,50-R$ 67,50; almoço, R$ 39,50. chefvivi.com.br

Marcel Jantar em São Paulo costuma ser caro e se pedir vinho, então, a conta pode dobrar. Você pode levar sua própria garrafa a esse francês contemporâneo sem pagar pela rolha. Martín Fierro Faça justiça ao seu filé com um bom vinho tinto. Nessa churrascaria argentina, a rolha só é cobrada (R$ 25) a partir da segunda garrafa. Robin des Bois Neste aconchegante bistrô, uma das pedidas é moules et frites. E é possível jantar sem pagar a rolha, se levar o vinho de casa.

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FRANCÊS Le Jazz Brasserie Um pequeno bistrô francês com uma enorme reputação, o Le Jazz está quase sempre lotado. Depois de garantir uma mesa, optamos pela tábua de charcuterie (R$ 38,50) para entrada. Nela, a rica terrine de campagne (uma mistura de carnes em patê) e o magret fumé (peito de pato defumado) fizeram sucesso instantaneamente, assim como as rillettes (patê), o torresmo e a variedade de carnes e picles. Se tivéssemos parado por aí, teria sido tudo de bom. Mas fomos adiante. Talvez devido à confusão na cozinha em uma noite de sexta-feira, o entrecôte (R$ 38,50) infelizmente veio muito bem passado; e a tagine de cordeiro (R$ 5)... Bem, digamos que o chef deve estar apaixonado: com excesso de sal, seus toques sublimes foram perdidos.

Provavelmente não demos sorte, em vista das entradas soberbas. R. dos Pinheiros, 254, Pinheiros, 2359-8141. Seg. a sex., 12h-15h30 e 20h-0h; sáb., 13h-15h30 e 20h-1h. Pratos principais, R$ 21-R$ 43; couvert, R$ 5,50. lejazz.com.br FRANCÊS Lola Bistrot Esse restaurante,

que inicialmente tinha apenas cinco mesas, mudou-se para o outro lado da rua, melhorando a decoração e o serviço. O mais importante, porém, é que continua servindo ótima comida francesa. A chef Daniela França Pinto tem boa mão para carnes, especialmente o filé au poivre. Se estiver com fome, não peça as massas, que são muito leves para uma refeição completa. Às quartas, são servidas ostras e há música ao vivo, com um grupo francês de acordeonistas. R. Purpurina, 38, V. Madalena, 38123009. Metrô Vila Madalena. Seg. a qua., 12h-15h e 20h-0h; qui. e sex., 12h-15h e 20h-1h; sáb., 20h-1h; dom., 13h-17h. R$ 30-R$ 43; couvert, R$ 6,50-R$ 8,50. lolabistrot.com.br

ECLÉTICO Marcelino Pan y Vino O time por trás do excelente Lola Bistrot abriu esse restaurante básico, com vista para o bar de jazz Orleans. Seu menu extenso, porém nada detalhista, inclui cachorroquente, hambúrguer, wraps e mais. Mas não vá pensando que é fast-food (não só pelo atendimento lentíssimo) – os molhos são caseiros e a carne é assada em um forno à lenha, que surge imenso da cozinha aberta. Experimente um dos sanduíches e wraps gourmets ou um dos pratos para

dividir (pequeno R$ 39, médio R$ 48), também disponíveis na versão vegetariana. Os sucos naturais de frutas são deliciosos e são servidos em uma mini jarra com canudo. R. Girassol, 451, Pinheiros, 30340461. Ter. a sex., 12h-0h; sáb. 13h-0h; sáb., 13h-23h. R$ 16,20-R$ 34; almoço, R$ 19,90; couvert, R$ 3,50. CARNE Martín Fierro Se carne é a

pedida do dia, esse restaurante argentino, cuja popularidade resiste ao tempo, é o lugar. Há uma série de cortes brasileiros no cardápio. Se preferir, você pode fingir que está em Buenos Aires, provando um excelente bife de chorizo ou o asado de tira. A salada de acompanhamento talvez seja simples demais – justamente como em Buenos Aires – mas, para começar, as empanadas são uma boa pedida. R. Aspicuelta, 683, V. Madalena, 38146747. 12h-23h. R$ 21-R$ 77; couvert, R$ 4,10. martinfierro.com.br

ITALIANO Pasquale Não é a Don

Pasquale, a famosa ópera de Donizetti, que esse restaurante homenageia, mas sim o proprietário, que nasceu na região de Puglia, na Itália. Para fãs da culinária italiana, o lugar oferece a combinação certa de entradas, massas e vinhos. Com nova sede desde 2011, o restaurante compensou com espaço o que perdeu em charme. Prove a berinjela marinada, o delicioso queijo boursin e nacos de salame . E isso é só o começo. R. Girassol, 66, V. Madalena, 3081-0333. Metrô Sumaré. Seg.-sáb., 12h-0h. R$ 21,50-R$ 41. pasqualecantina.com.br

Zona Norte BRASILEIRO Mocotó Considerada a melhor casa de comida nordestina da cidade, é um deleite para os gourmets de plantão. Para comer ali, você precisará de tempo, tanto para chegar até o lugar como para esperar por uma mesa. O chef Rodrigo Oliveira atualiza, com criatividade, pratos nordestinos tradicionais, como baião de dois e carne de sol. Para terminar, não deixe de provar o sorvete caseiro, com melado de cana e pedaços de rapadura. E, então, uma ou duas doses de cachaça – para ajudar na digestão, é claro. O restaurante fica em meio às anônimas casas da Vila Medeiros. Av. Nossa Senhora do Loreto, 1.100, V. Medeiros, 2951-3056. Seg. a sáb., 12h-23h; dom., 12h-17h. R$ 8,90-R$ 21,90. mocoto.com.br

Comes & Bebes

FRANCÊS L’Aperô Este endereço é um ótimo lugar para um jantar à luz da lua. Sente-se ao ar livre e examine o menu, que você encontrará colado atrás de uma garrafa de vinho, sem cerimônias. A comida não é extraordinária, mas o charme aconchegante e os preços moderados fazem do lugar um refúgio ideal na vizinhança. Nossa dica? Fuja do moules (mexilhões) e escolha uma das saladas – servidas em tigelas grandes com porções satisfatórias de alface e deliciosos pedaços crocantes de batata sautée ou queijo de cabra derretido com pedacinhos crocantes de pão. R. Mourato Coelho, 1.343, V. Madalena, 3814-2445. Seg. a sex., 19h1h; sáb., 12h-16h30 e 19h-1h. R$ 24R$ 36; couvert, R$ 10. lapero.com.br BCB

Zona Sul ESPANHOL Maripili Paulistanos em busca de autêntica culinária espanhola vão direto a este restaurante pequeno e simples. Prove um pincho de tortilla, acompanhado de uma boa xícara de espresso. Então feche os olhos e imagine que está em Madri – é fácil, já que a tortilla de batata tem volume, textura e umidade que você encontraria em qualquer bom restaurante espanhol. O Maripili também serve um bom gazpacho e rabo de touro. R. Alexandre Dumas, 1.152, Santo Amaro, 5181-4422. Seg. a sex., 12h-17h e 18h-23h; sáb., 12h-17h e 19h-23h; dom., 12h-22h. R$ 10-R$ 34. maripili.com.br

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Bares & Cafés Roteiro de bares

Coquetéis Bar Numero

Envie sugestões para gastronomia@guiatimeout.com.br. aberto há dois meses imperdível Wi-Fi grátis música ao vivo boas opções para refeição

NOVO

Verissimo Se ler um texto de Luís Fernando Verissimo já é uma delícia, imagine poder bebê-lo. Não é ficção: neste bar, prove o Sexo na Cabeça, um drinque que homenageia um dos livros do escritor gaúcho. É uma caipirinha de abacaxi, com limão e lima-da-Pérsia tão boa quanto a publicação. Tudo na casa faz referência ao também jornalista, humorista, desenhista e, nas horas vagas, músico – aliás, de vez em quando, ele se apresenta no bar. Depois de se acomodar – o atendimento é gentil e eficiente – peça um Entrevero, feito de massa de tapioca com queijo coalho, recheado com pato desfiado e coberto com requeijão nordestino e couve mineira crocante (R$ 32). R. Flórida, 1.488, Brooklin, 5506-6748. Seg. a qua., 11h30-1h; qui. a sáb., 11h30-2h. Cerveja 600ml, R$ 8; caipirinha, R$ 12-R$ 14. verissimobar.com.br

Centro, Luz & Bom Retiro Bar da Dona Onça Apesar do ‘bar’ no nome, este clássico do Centro é mais um restaurante, com um extenso menu que inclui massas e carnes e atrai bastante gente para almoço e jantar. Vale a visita, nem que seja por sua localização, no térreo do Edifício Copan, obra íconica de Oscar Niemeyer, e perto de outros lugares históricos da cidade. Decorado com estampa de onça e madeira, o bar tem um charme aconchegante. Não perca a caipiroska de caju e porções como o croc milanesa (bife a milanesa aperitivo). Av. Ipiranga, 200, loja 2.729, Centro, 3257-2016. Metrô República. Seg. a qua., 12h-23h; qui. a sáb., 12h-0h; dom., 12h-17h. Cerveja long neck, R$ 7; caipirinha, R$ 18. bardadonaonca.com.br Bar do Museu Esse bar retrô funciona no centro do Copan, o sinuoso prédio na Avenida Ipiranga projetado por Oscar Niemeyer, mas você não precisa ser morador para frequentá-lo. É aqui que os Amigos do Museu de Arte Moderna se encontram – o que deixa clara a boa reputação da casa junto aos círculos artísticos da cidade. É bom lembrar

antonio rodrigues/divulgação

Brooklin, Morumbi & Berrini

Com iluminação indireta, espelhos e sofás que afundam quando nos sentamos, o Bar Numero é garantia de uma noite cheia de estilo – contanto que você tenha um cartão de crédito premium. Para completar o glamour, um novo menu, com coquetéis assinados pelo premiado barman Derivan de Souza, foi lançado. Peça o Martini Wasabi (R$ 38) ou o Coco Fruit (R$ 38, na foto) – ideal para quem vai dirigir, porque leva amora, framboesa, morango, xarope Kaly framboesa e nenhum álcool. No roteiro. que você precisa entrar no prédio até as 21h, apesar de o bar não fechar antes das 23h30. Av. Ipiranga, 324, Bloco C, República. Metrô República. Seg. a sex., 18h-22h. Cerveja 750ml, R$ 5; caipirinha, R$ 5,50. Não aceita cartão de crédito. bardomuseu.art.br Terraço Itália Você pode até achar que está em um clube para cavalheiros de Londres, mas vai se lembrar que é São Paulo quando observar a vista incrível pelas janelas desse bar no

topo do Edifício Itália. No 41º andar, os clientes ficam ‘acima’ dos outros arranha-céus da cidade e até mais altos do que os helicópteros. Instalese em uma das cadeiras de couro marrom e aproveite a atmosfera retrô, acompanhado de uma caipirinha de saquê e manjericão. O bar marca pontos pelo eficiente serviço. Av. Ipiranga, 344, 41º andar, Centro, 2189-2929. Seg., a qui., 15h-0h; sex. e sáb., 15h-1h; dom., ‘5h-23h. Chope, R$ 8; caipirinha, R$ 22; couvert, R$ 30. terracoitalia.com.br

Consolação & Higienópolis Drosophyla Com decoração caoticamente colorida e encantadora – estilo que aqui se chama de “barroco contemporâneo”, mas que seria mais bem descrito como “invasão de classe de um senhor artista e excêntrico” –, esse barzinho discreto é popular entre o público um pouco mais velho e boêmio. Do lado de fora, parece apenas uma casinha tranquila em uma rua tristonha. Mas, lá dentro, o destaque é um jardim cheio de folhagens e com iluminação quente, mesas e cadeiras desparceiradas. Com luzes cintilantes, em uma extremidade fica um galpão pequeno e aconchegante com um bar; e, subindo um lance de escada, há um pátio para fumantes que tem até plantinhas asfixiadas pela fumaça. R. Pedro Taques, 80, Consolação, 31205535, Metrô Paulista. Seg. a qua., 19h2h; qui., 20h-2h; sex. e sáb., 20h-3h. Cerveja long neck, R$ 7; caipirinha, R$ 13; consumação mínima, R$ 20R$ 40. drosophyla.com.br Sancho Bar y Tapas Uma alternativa mais sofisticada aos bares baratos da Rua Augusta, o Sancho Bar y Tapas leva a temática espanhola do menu – um mistura de tapas para compartilhar e porções individuais tipo pintxo, feitas com pão e coberturas deliciosas e que ficam expostas no longo balcão iluminado por baixo – até a decoração, com um ecletismo que inclui de tudo, como pôsteres antigos de touradas e bandeiras bascas. A música também mistura sucessos espanhóis com rock, e o show ao vivo de guitarra flamenca é um verdadeiro deleite às segundas e quartas (20h30-22h30). Vinhos espanhóis podem ser pedidos na taça (R$ 15-R$ 30), mas você precisará de poderes mediúnicos para interpretar o enigmático menu de coquetéis, com misturas únicas como o “Sancho”, que aparece sem explicação alguma. R. Augusta, 1.415, Consolação, 3141-1956. Seg. a quar, 11h30-16h e 17h30-0h; qui., 11h30-16h e 17h30-1h; sex., 11h30-16h e 17h30-3h; sá.b, 17h30-3h; dom., 17h30-0h. Chope, R$ 5,50; caipirinha, R$ 14. sanchobarytapas.com.br

Ibirapuera & Moema Bar Ao Vivo Esse estabelecimento pequeno e charmoso é um meio-termo entre um bar de jazz escuro e um pub animado e, como o nome indica, é um bom lugar para ouvir música ao vivo. A lista inclui figuras respeitadas, entre as quais veteranos da bossa nova, como o Zimbo Trio. Para beber, experimente o Martíni do Chef, elaborado com vodca premium, Cointreau e Curaçau Blue. R. Inhambu, 229, Moema, 5052-0072. Seg. a sáb., 19h-2h. Chope, R$ 4,90; caipirinha, R$ 13,90; couvert, R$ 10R$ 40. aovivomusic.com.br

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Bardot ‘Comer, beber, paquerar’ é o mantra desse bar no Itaim Bibi. Entre no clima com o Brigitte, um coquetel com vodca, licor de framboesa e suco de cranberry. As tardes de domingo são um grande sucesso entre o público jovem (couvert, R$ 20-R$ 40). R. Clodomiro Amazonas, 260, Itaim Bibi, 3071-2859. Seg. a sex., 17h-últ, cliente; sáb., 12h-últ. cliente; dom., 14h-últ. cliente. Chope, R$ 5-R$ 5,50; caipirinha, R$ 16, couvert, R$ 40. botecobardot.com.br BottaGallo Ao se aproximar desse bar, é fácil se confundir ao ver um monte de gente do lado de fora, conversando e tomando cerveja, nos bancos compridos ou em pé. São clientes satisfeitos, fumando um cigarro depois da refeição, certo? Errado. Eles estão na fila de espera, porque aqui vale a pena. Comece com um dos coquetéis – o martíni Vesper, com um toque de limão, é uma boa pedida. Uma vez lá dentro, instalado em uma das rústicas mesas de madeira, deixe que os garçons eficientes e simpáticos tragam os chopes e peça uma ou duas deliciosas porções de petiscos. R. Jesuíno Arruda, 520, Itaim Bibi, 3078-2858. Seg. a qui., 12h-15h e 18h30-1h30; sex., 12h-15h e 18h302h30; sáb., 12h-2h30; dom., 12h-23h. Chope, R$ 4,10; caipirinha, R$ 13,50. bottagallo.com.br Botequim do Hugo Esse bar charmoso e acolhedor contrasta profundamente com os bares e restaurantes elegantes do Itaim, especialmente se não houver lugar na frente e você ficar no ambiente dos fundos, junto aos engradados de cerveja e freezers. A cerveja é gelada e o ‘buraco quente’ – carne moída no pão com queijo derretido – é excelente. Mas não chegue tarde: o Botequim do Hugo fecha cedo. R. Pedroso Alvarenga, 1.014, Itaim Bibi, 3079-6090. Seg. a sex., 16h-22h. Cerveja 600ml, R$ 6; caipirinha, R$ 8. botequimdohugo.com.br Eu Tu Eles Esse bar é popular entre os adeptos da happy hour que trabalham nas proximidades da Faria Lima. A decoração é rústica, com lâmpadas nuas e paredes de barro e o cardápio combina boas cervejas (incluindo Serramalte e Quilmes) e quitutes saborosos. Experimente a tapioca com gorgonzola. Domingo à tarde, o bar tem música ao vivo (pop-rock). Av. Brig. Faria Lima, 2.902, Itaim Bibi, 3071-4535. Ter. a sex., 18h-1h30; dom., 4h-1h. Cerveja 600ml, R$ 8,40; caipirinha, R$ 16,90; couvert, R$ 20R$ 40. eutuelesbar.com.br Johnnie Wash O bar se tornou praticamente um do tipo temático, oferecendo serviço de lava-rápido e se tornando naturalmente um reduto de motociclistas amantes de HarleyDavidson e afins. Combinada ao rock’n’roll nostálgico dos anos 1950, também é uma atração na happy hour. Se James Dean tivesse vivido em São Paulo, ele certamente adoraria ter provado a ‘MaracuJack’ – caipirinha de maracujá com Jack Daniels – enquanto via sua Triumph TR5 Trophy 1955 receber o tratamento completo. R. Dr. Cardoso de Mello, 570, Vila Olímpia, 3044-1195. Sáb. a ter., 8h-20h; qua. a sex., 8h-0h. Chope, R$ 4,90; caipirinha, R$ 18; couvert, R$ 15 (sex.).

MyNY Bar Movendo-se como uma pesada bola de cristal, o gelo esférico do coquetel Old Fashioned é projetado para derreter no ritmo perfeito: lentamente. Projetado? O gelo? Sim, é isso mesmo. À decoração inspirada em Manhattan somase a ambição no preparo dos drinques: o MyNY Bar é o tipo de lugar que traz do Japão uma máquina de gelo e elabora sob medida cada cubo que será usado – uma obsessão pelos detalhes que se estende a todos os elementos do bar, perceptíveis tanto no térreo como no mezanino. R. Pedroso Alvarenga, 1.285, Itaim Bibi, 3071-1166. Seg., 18h-1h; ter. e qua., 18h1h30; qui., 18h-2h30; sex., 18h-3h30; sáb., 12h-3h. Chope, R$ 6,40; caipirinha, R$ 18. mynybar.com.br

Baretto Com elegância, iluminação suave, confortáveis cadeiras de couro e mesas de madeira, o Baretto é tão elegante quanto o hotel onde está instalado. Tudo, do serviço à ótima seleção de músicos, que tocam jazz e bossa nova, remete aos Fasano – a família que dá nome ao hotel e, com meio século de experiência, reúne os melhores hoteliers e restaurateurs do Brasil. Peça um martíni e desfrute da atmosfera. R. Vitório Fasano, 88, Jd. Paulista, 3896-4000. Metrô Consolação. Seg. a sex., 19h-3h; sáb., 20h-3h. Long neck, R$ 16; caipirinha, R$ 20; couvert, R$ 36. fasano.com.br Bar Numero Aberto em maio de 2010, o agradável lugar faz parte do alto escalão de bares exclusivos. Para cruzar a soleira da porta, em primeiro lugar, você precisará ter feito reserva. Além disso, tem de estar diposto a gastar, no mínimo, R$ 200 por mesa; mas, se puder, não deixe de visitar. O dramático interior é um exemplo do virtuosismo do arquiteto Isay Weinfeld, assim como a misteriosa fachada, onde um conjunto enigmático de números em relevo adorna a parede: trata-se do único sinal a indicar o bar. R. da Consolação, 3.585, Jd. Paulista, 3061-3995. Metrô Clínicas. Ter. a sáb., 19h-últ. cliente. Long neck, R$ 12; caipirinha, R$ 26. Consumação mínima, R$ 100. barnumero.com.br

Na Mata Café Esta casa é tudo menos um café. Funciona como bar, restaurante e tem um espaço para shows. A música eletrônica ambiente embala a happy hour dos grupos de engravatados e baladeiras de calças justas e salto alto. Do cardápio, fique com as caipirinhas de uva-itália e lima-da-Pérsia. A área do restaurante é retangular, com filas de mesas paralelas ao bar e assentos confortáveis. Bom cenário para provar o peito de pato ao molho de vinho ou um menos pretensioso cheeseburger. Fique longe do ceviche com iogurte e hortelã, mas mantenha-se na casa para as apresentações musicais, com pop, rock, dance e MPB, sempre nas noites de semana. Se a banda que faz tributo a Stevie Wonder for se apresentar, não perca. R. da Mata, 70, Itaim Bibi, 3079-0300. Seg.,12h-15h30; ter. a sáb., 12h-15h30 e 19h30-últ.cliente. Chope, R$ 9; caipirinha, R$ 13,90. namata.com.br Wall Street Bar Se em uma noite dessas você estiver se sentindo como Gordon Gekko – personagem de Michael Douglas no filme Wall Street - Poder e Cobiça, de 1987, vá direto ao Wall Street Bar, no Itaim. Junte-se aos empresários, desate o nó da gravata e e entre na discussão sobre a cotação dos drinques e pratos, exibidos em painéis eletrônicos. Quanto mais pedido for o item, mais caro ele fica. As paredes são revestidas de tijolos e azulejos e a decoração inclui uma grande réplica do touro de Wall Street. Mas não se preocupe, você não está na Bolsa de Valores. Aqui, eles servem comida e bebidas de verdade. R. Jerônimo da Veiga, 149, Itaim Bibi, 3873-6922. Seg. a sáb., 18h-2h; dom., 15h-23h. Consumação, R$ 15-R$ 30. wallstreetbar.com.br

Jardins Bar Balcão Não importa se você se instalou no longo e sinuoso balcão de madeira ou em uma das mesas do andar superior: aqui, você está no melhor bar da cidade para quem busca um ambiente agradável para bater papo e comer um belo sanduíche. Não há música nem agitação em excesso, trata-se de um estabelecimento estiloso, que atrai um público ligeiramente mais velho, mas ainda assim animado. A comida, bem como o serviço, é simples mas de qualidade, e a gigante pintura no teto é um genuíno Roy Lichtenstein. R. Dr. Melo Alves, 150, Jd. Paulista, 3063-6091. Metrô Clínicas. Seg. a dom., 18h-1h. Chope, R$ 5,60; caipirinha, R$ 11,80.

O’Malley’s Essa casa grande e barulhenta adoraria ser chamada de um ‘tradicional pub irlandês’, o segundo lar dos britânicos que vivem na cidade.

Essa é boa Bares de jazz

divulgação

Comes & Bebes

Itaim Bibi & Vila Olímpia

Bar Ao Vivo Bossa nova e jazz são as especialidades deste lugar intimista e simpático em Moema – mas eles também se saem bem nos shows de soul, MPB e blues. Baretto Cheio de classe, o Baretto tem confortáveis poltronas de couro e apresenta performances de jazz em uma atmosfera sofisticada. Cervejaria Nacional Bandas de jazz se revezam às terça-feiras, posicionadas uma plataforma decorada com sacas de malte. Às quintas-feiras, tem rock e blues.

Mas o O’Malley’s é tão popular entre os brasileiros quanto entre os estrangeiros, que vêm até aqui procurar alguém para conversar – ou mais do que isso. A casa se parece mais com um dos pubs das redes que podem ser encontradas nas estações de trem de Londres do que com um acolhedor pub tradicional, mas há cervejas do México, da República Tcheca e da Bélgica. Ótimo lugar para se embebedar assistindo a rugby irlandês. Al. Itu, 1.529, Jd. Paulista, 3086-0780. Seg. a qui., 12h4h; sex. e sáb., 12h-5h; dom., 12h-4h. Chope, R$ 7-R$ 20; caipirinha, R$ 13. Entrada, R$ 10-R$ 35 (a partir das 22h). omalleysbar.net The View O nome desse bar, instalado no 30º andar de um prédio na Alameda Santos, já diz tudo: trata-se de um requintado bar de hotel, com uma bela vista. As janelas vão do chão ao teto e o terraço é perfeitamente posicionado para observar a cidade de noite. Mas o horizonte não é barato: só a entrada custa R$ 20 e apenas alguns poucos vinhos da carta saem por menos de R$ 100 a garrafa. As melhores pedidas são os coquetéis bem preparados – recomendamos especialmente os Kir Royales e as margueritas. Transamérica International Plaza, Al. Santos, 981, Jd. Paulista, 3266-3692. Metrô TrianonMASP ou Brigadeiro. Seg., 18h-0h; Ter. a sex., 18h-2h; sáb., 19h-2h. Long neck, R$ 10; caipirinha, R$ 18; couvert, R$ 22 (após as 21h). theviewbar.com. br Tutto Italiano Bar & Cucina Ao lado do restaurante Tutto Italiano, o Tutto Italiano Bar tem todas as qualidades de um barzinho de Nova York. Sua decoração art déco – espelhos, materiais cromados, muita madeira e sofás de couro – é lindamente iluminada em tons de amarelo por luminárias de parede, o que o torna um lugar sofisticado para encontros ou para um drinque solitário, com uma característica rara em São Paulo, que é poder sentar-se ao balcão. A sólida seleção de amaros italianos é usada em coquetéis interessantes, como o Negroni Sbagliato (R$ 23), uma mistura vermelha perfeitamente equilibrada de Campari, Aperol e vermute vermelho com um toque adocicado de prosecco. Se estiver a fim de uma taça de vinho, é melhor ir para outro lugar: o bar tem apenas uma opção na taça, e é um Frascati muito caro (R$ 17). R. Melo Alves, 191, Jd. Paulista, 3061-9639. Ter. a qui., 12h-15h e 19h-1h; sex., 12h-15h e 19h-2h; sáb., 12h-2h; dom., 12h-0h. Cerveja long neck, R$ 7; caipirinha, R$ 15. tuttoitaliano.com.br

Lapa, Perdizes & Barra Funda Valadares Há 50 anos, clientes bebem cerveja gelada e aproveitam para comer frango à passarinho (R$ 26,90) na sombra deste boteco amarelo da Lapa. Vencedor de premiações de melhor boteco do ano, o Valadares foi capaz de manter seu charme intacto. Enfeitando as paredes, há camisetas de futebol emolduradas. No cardápio, nada de pratos convencionais. A ideia de uma porção de rã do tipo touro à milanesa (R$ 12) pode até não dar água na boca, mas se trata de uma carne ótima, branca e suave. Prove também a porção metade torresmo e metade

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Comes & Bebes

batatinha na serragem (salpicadas de farinha de mandioca, alho e pimenta). R. Faustolo, 463, Lapa, 3862-6167. Seg. a sáb., 10h-0h30. Cerveja, R$ 5,50-R$ 7, caipirinha, R$ 10-R$ 15. aperitivosvaladares.com.br

Liberdade, Bela Vista & Vila Mariana Barnaldo Lucrécia É nesta bela casa amarela, no Paraíso, que muitos paulistanos comemoram o aniversário, reunindo os amigos nas grandes mesas de madeira do piso superior, com pastéis e muita cerveja. Se a banda do dia (sempre tocando sucessos nacionais) for boa o bastante, um trenzinho se formará em torno do bar. Com os funcionários agindo como animadores, distribuindo chapéus e serpentinas, não há como não se envolver na festa. R. Abílio Soares, 207, Paraíso, 3052-2145. Metrô Paraíso. Ter. a qua., 19h-1h; qui., 19h-1h30; sex., 19h-2h45; sáb., 20h-2h45; dom., 19h30-1h30. Cerveja 600ml, R$ 7,80; caipirinha, R$ 17,80; couvert, R$ 10R$ 35. barnaldolucrecia.com.br Choperia Liberdade Um ar deliciosamente cafona domina esse karaokê no coração da Liberdade. A comida não é impressionante, a pista de dança não é mais que um espaço aberto no meio da multidão e os cantores do karaokê também não são lá essas coisas. Mas, ainda assim, é o lugar perfeito para uma noite de bebedeira e diversão. Nos fins de semana, a casa lota, então é bom se inscrever cedo para garantir seus cinco minutos de fama. R. da Glória, 523, Liberdade, 32078783. Metrô Liberdade. Ter. a qui., dom., 19h-5h; sex. e sáb., 19h-6h. Chope, R$ 5,50; caipirinha, R$ 12; couvert, R$ 10 (qui. a sáb. e fer.). Ludus Procura um lugar para jogar a noite toda? Vá ao animado Ludus, na Bela Vista. Com 400 opções no menu, de dados e baralho a complexos jogos de tabuleiro alemães, a casa lota praticamente todas as noites – e nerds tomando Fanta Laranja enquanto jogam Banco Imobiliário não são os únicos clientes. O lugar é mais animado e barulhento do que se poderia esperar. E isso sem mencionar o Twister, que só é liberado quando há espaço disponível para a brincadeira. R. Treze de Maio, 972, Bela Vista, 3253-8452. Metrô São Joaquim. Seg. a sex., 12h-15h; qua. e qui., 12h-15h, 18h-0h; sex., 12h-15h, 18h-3h; dom., 11h-23h. Cerveja 600ml, R$ 6,80; caipirinha, R$ 12,80; couvert, R$ 10R$ 25. ludusluderia.com.br The Blue Pub Localizado logo atrás do hotel Maksoud Plaza, o Blue Pub é um bom lugar para tomar um drinque às sextas depois do trabalho. O bar principal, no andar superior, tem a atmosfera de um antigo pub repaginado; já no de baixo, o ambiente é mais aconchegante, clássico, com iluminação suave. No cardápio há uma boa variedade de cervejas importadas. Para acompanhar, empanadas picantes de legumes. A propósito, o bar não é azul, mas cinza. E muito britânico. Al. Ribeirão Preto, 384, Bela Vista. Metrô Trianon-MASP. 3284-8338. Seg. a qua., 16h-2h; qui. a sáb., 16h-3h; dom., 16h-2h. Chope, R$ 8; caipirinha, R$ 8. Consumação mínima, R$ 10-R$ 25. thebluepub.com.br

Veloso As caipirinhas de sabores surpeendentes fazem jus à fama com o toque do barman Souza e sua equipe. Prove a de jabuticaba, ou de tangerina com pimenta dedo-de-moça, e não se culpe por deixar a de romã com limão de lado. O espaço não é muito grande, por isso, vá preparado para esperar ou, então, acomode-se na calçada e aproveite. Os bolinhos de bacalhau são indispensáveis para acompanhar as caipirinhas, bem como as coxinhas cremosas – as melhores da cidade. Não se espante se depois de uma porção delas você sentir vontade de comprar uma das camisetas ‘Soy Loko por Coxinha’, vendidas no local. R. Conceição Veloso, 56, Vila Mariana, 5572-0254. Ter. a sex., 17h30-1h; sáb., 16h-últ.cliente; dom., 16h-22h. Chope, R$ 4,80; caipirinha, R$ 16.

Vila Madalena & Pinheiros Armazém Piola Este bar/restaurante faz uma fusão entre gastronomia italiana e cardápio de boteco. Assim, não é nenhuma surpresa saber que um dos dois proprietários é sócio da rede italiana Piola e o outro, do grupo que detém a tríade de botecos Salve Jorge, Posto 6 e Patriarca. No quesito gastronômico, o cardápio oferece uma bem-vinda mudança em relação aos tradicionais e oleosos petiscos. A pizza rossa (R$ 29-R$ 41) é deliciosamente crocante, coberta com molho de tomate fresco e queijo na medida certa. R. Aspicuelta, 547, V. Madalena, 43056539. Ter. a dom., 17h-2h. Chope, R$ 4,90-R$ 5,50; caipirinha, R$ 14R$ 19. armazempiola.com.br Astor/Sub Astor A atmosfera vintage, os garçons com gravatas-borboleta e o balcão do bar – trazido de barco da Filadélfia – dão ao bar um ar grandioso e, ao mesmo tempo, casual. A clientela, dos mais jovens aos mais velhos, é moderna e variada. A comida é excelente – experimente o caldinho de feijão preto (R$ 8), de dar água na boca. Descendo as escadas, você chegará ao Sub Astor, um bar elegante, em tons de vermelho e preto, onde são servidos alguns dos melhores coquetéis da cidade. R. Delfina, 163, V. Madalena, 3815-1364. Seg. a qua., 18h2h; qui., 18h-3h; sex., sáb. e fer., 12h-3h; dom., 12h-18h. SubAstor, ter. a qui., 20h3h; sex. e sáb., 20h-4h. Chope, R$ 5,90; caipirinha Astor, R$ 16,0. barastor.com.br/ subastor.com.br Botequim Cesinha Cesinha e sua mulher Marisa são os donos desse pequeno, mas completo, boteco. Pouco maior que uma garagem, o Bar do Cesinha possui uma decoração modesta, mas traz uma impressionante carta de cervejas. Dois refrigeradores, que ocupam quase um terço do espaço, estão repletos de 65 marcas de cerveja, nacionais e importadas. Os amantes da cachaça também se sentirão bem-vindos com uma seleção de marcas a preços razoáveis. Se você der o azar de não encontrar o bar aberto – o lugar fecha cedo – aproveite para apreciar a parede coberta de grafites do artista de rua paulistano Rui Amaral. R. Delfina, 66, V. Madalena, 3032-0058. Ter. a sáb., 13h15 - 23h15. Cerveja 600ml, R$ 7,50; caipirinha, R$ 10.

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Genésio Ignore, por um instante, as pizzas e as massas, apesar de serem muito boas, e não preste atenção na correria dos garçons vestidos de branco: agora repare na clientela – que pode incluir um professor de arqueologia, uma dançarina clássica ou apenas jovens barulhentos. Este é um dos principais ingredientes que faz do Genésio um bar sempre lotado e animado. Aqui, todos se sentem em casa e chegam a esperar até meia hora por uma mesa na calçada. O Genésio pertence aos irmãos Altman, donos do Filial e do Genial, e também conta com uma boa seleção de cachaças. R. Fidalga, 265, 3812-6252, V. Madalena. Ter. a qui., 17h-4h; sex., 12h-4h; sáb., dom. e fer., 12h-3h. Chope, R$ 5,50; caipirinha, R$ 12,50. bargenesio.com.br Gràcia ‘Catalunha não é Espanha’, entendeu? Os criadores deste bar temático catalão se apegaram aos detalhes: mapa do metrô de Barcelona na parede, mosaicos ao estilo de Gaudí e até menu escrito em catalão. Menu esse que se destaca por suas deliciosas tapas. Faça a degustação (R$ 29). As melhores são o queijo Brie derretido com mel e a torrada de cogumelos com presunto Serrano. As jarras de sangria são as mais pedidas e têm vários sabores para se escolher. Vá para um happy hour, mas

Luiz Berenguer/divulgação

Donostia Com o nome da cidade litorânea basca conhecida por ter o maior número de bares por quilômetro quadrado, esse bar de pintxo (tapas ao estilo basco) é um lugar tanto para comer quanto para beber. Postas de jamón ibérico (R$ 125 por porção) e jamón serrano (R$ 56 por porção) importadas, além de pratos de pintxo montados engenhosamente – suculentos camarões ao alho, grossas bordas de tortilla, pimentões recheados assados e afins –, cobrem o balcão em forma de L. Puxe um banco e escolha suas delícias entre as variadas opções do menu, ou simplesmente sirva-se do que chamar sua atenção no balcão. Com seis diferentes vinhos tintos servidos na taça, e a taça de cava por R$ 9, o único desafio da noite é o que escolher primeiro. R. Simão Álvares, 484, V. Madalena, 3034-0996. Ter. e qua., 19h-0h; qui. e sex., 19h-1h; sáb., 13h1h. Garrafa de cerveja pequena, R$ 12. donostia.com.br

Competição Comida de pub

A comida de pub está para o Reino Unido como os petiscos de boteco estão para o Brasil, ou seja, é uma tradição gastronômica. Porém, os gourmets britânicos mais puristas ficariam perplexos com alguns pratos que foram servidos no Pub Food Festival do ano passado, quando dez bares disputaram a coroa de melhor comida. Este ano, a competição volta com algumas novas receitas sem autenticidade, mas deliciosas, como os bolinhos empanados com pão de miga e recheados de alho-poró, queijo brie e presunto parma (R$ 32, foto), do The Sailor. Para a lista completa de bares e pratos, acesse j.mp/TOSP_Pubfood. De 12/7 a 3/8. volte para casa antes das 22h, quando house music alta começa a tocar. R. dos Coropés, 87, Pinheiros, 2306-5478. Ter. a sex., 18h-últ. cliente; sáb., 12h-últ. cliente; dom., 16h-últ. cliente. Chope, R$ 5,50; caipirinha, R$ 18; couvert artístico, R$ 0-R$ 30. graciabar.com.br Melograno Nesse oásis de calma em meio ao caos da Vila Madalena, você encontra um menu abrangente de cervejas de todo o mundo e, se tiver sorte, fincar pé em uma mesa do jardim arborizado, nos fundos. O Melograno é um barzinho pequeno, estiloso e discreto; e a comida não é nada má também, cobrindo petiscos de boteco, paninis e clássicos reconfortantes, como o peixe com fritas, servido com uma pint. A carta de cervejas foi reformulada em 2012 com uma seleção menor, mas ainda assim impressionante, de 130 rótulos, alguns dos quais são agrupados em menus-degustação com preço fechado. R. Aspicuelta, 436, V. Madalena, 30312921. Seg. a qui., 18h-0h; sex. e sáb., 18h-1h. Chope, R$ 7; caipirinha, R$ 18. melograno.com.br Pirajá O Pirajá fica em uma movimentada esquina da Faria Lima, mas, as árvores na calçada e o ambiente claro e agradável do interior fazem com que os clientes se sintam a quilômetros de distância dos congestionamentos. Bem longe, na verdade, já que o bar é inspirado nos botequins do Rio e tem

a fama de ser o mais carioca dos bares paulistanos. A decoração agradável, que mistura madeira com azulejos brancos, combinada ao excelente cardápio e ao serviço rápido e prestativo, fazem de uma tarde aqui um prazer. Chegue cedo para experimentar o ‘franguinho da TV’ – o prato esgota rapidamente. Av. Brig. Faria Lima, 64, Pinheiros, 3815-6881. Seg. a qua., 12h-1h; qui. a sáb., 12h-2h; dom., 12h-19h. Chope, R$ 5,40; caipirinha, R$ 14,50. piraja.com.br Posto 6 Considerado a grande dama das choperias e o melhor dos bares reunidos nesta movimentada esquina, tem paredes cobertas de caricaturas de personalidades famosas e fotografias dos anos 1960. O nome Posto 6 homenageia o movimentado posto de salva-vidas de Ipanema (RJ). Peça uma das melhores porções de mandioca frita da cidade para acompanhar seu drinque, enquanto sonha com as praias cariocas. R. Aspicuelta, 646, V. Madalena, 3812-4342. Seg. a sex., 18h-últ. cliente; sáb., 14h-últ. cliente; dom., 12h-0h. Chope, R$ 5,10; caipirinha, R$ 14,40. posto6.com Queen’s Head No lugar do Drake’s – que fechou as portas em 2009 –, o Queen’s Head tem estilo de pub tradicional, com assentos de madeira escura e couro vermelho e uma enorme bandeira do Reino Unido que cobre a

parede atrás do palco – o bar tem rock ao vivo de quinta a sábado. Merecem destaque a vasta seleção de uísques escoceses e as 21 cervejas disponíveis. Entre as cinco marcas de chope, fique com o London Pride ou Old Speckled Hen. O cardápio de Greigor Caisley, chef consultor e ex-proprietário do Drake’s, atrai britânicos que buscam um pedaço de casa reconfortante, com opções como empanados da Cornualha e fish and chips. Para algo mais brasileiro, escolha a caipirinha (duas por uma, das 17h às 20h de seg. a sex.) e a área externa. R. Tucambira, 163, Pinheiros, 3774-3778. Seg. a qua., 17h-0h; qui. e sex., 17h-2h; sáb., 17h-3h. Chope, R$ 8; caipirinha, R$ 13; couvert, grátis-R$ 35. queenshead.com.br

Comes & Bebes

Cervejaria Nacional Em São Paulo, nenhuma cerveja viaja uma distância tão curta do barril ao copo quanto nessa microcervejaria e bar. Sente-se no canto do primeiro andar, de onde se veem os grandes tanques de fermentação lá embaixo, ou suba ao salão de jantar, no último andar, para mais aconchego. Se você gostar de cerveja, encare a experiência completa com uma degustação (R$ 19,90), uma amostra de 150ml de cada uma das cinco cervejas da casa: weiss, lager, India pale ale (IPA), brown ale e stout. O atendimento simpático e a boa comida fazem desta uma ótima opção para sair em turma: nas noites de terça, tem jazz ao vivo e, às quintas, blues. Av. Pedroso de Morais, 604, Pinheiros, 3628-5000. Seg. a qua., 17h-0h; qui., 17h-1h30; sex. e sáb., 12h-1h30. Chope, R$ 7,90; caipirinha, R$ 14; couvert R$ 12. cervejarianacional.com.br

Ringue Lounge Carpete vermelho, candelabros e fotografias de pugilistas famosos e celebridades vestidas como boxeadores – David Bowie é uma delas – estão na decoração desse bar. Sim, a casa tem ‘ringue’ no nome, tema que permeia a decoração da casa. Mas, a despeito da decoração levemente kitsch, o lugar é boa opção para um drinque e, ao som do DJ residente, agrada e anima a clientela. R. Lisboa, 191, Pinheiros, 3082 -7904. Ter. a qui., 20h-2h; sex. e sáb., 20h-4h. Couvert, R$ 10 (sex. e sáb.); long neck, R$ 8-R$ 10; caipirinha, R$ 12-R$ 27. ringuelounge.com.br ¡Venga! Um hit desde sua abertura, em 2011, o bar de tapas Venga é do time que comanda o Original e o Astor. Apesar do mesmo serviço de ponta e decoração caprichada das casas irmãs, a comida não se equipara ao hype. O clássico catalão pan con tomate (R$ 8,5) veio com pedras de sal impossíveis de comer. O rabo de buey (R$ 27), entretanto, foi um destaque, com a carne se desmanchando em um purê cremoso. Atenção: as porções são pequenas, quem gosta de fartura vai precisar gastar bem. Para beber, escolha uma sangria (R$ 29) ou um dos vinhos espanhóis da extensa carta. (garrafas de Rioja a partir de R$ 69). R. Delfina, 196, V. Madalena, 3097-9252. Seg. e ter., 18h-2h; qua. e qui., 15h-2h; sex. e sáb., 12h-3h; dom., 12h-19h. Cerveja long neck, R$ 7,90. venga.com.br

Zona Norte Frangó Localizado na parte alta do bairro, próximo à Igreja da Matriz, na Freguesia do Ó, este bar é a meca dos apreciadores de cerveja – que não dispensam um bom galeto. Chegue cedo em um sábado de sol, acomode-se em uma mesa na calçada e já inaugure a refeição pedindo a famosa coxinha de frango e catupiry. Os amantes da loira devem provar o menu degustação das cervejas, que inclui rótulos brasileiros, britânicos e até os raros trapistas (somente sete mosteiros trapistas produzem cerveja atualmente). Cada opção é servida na temperatura e no copo certos (a trapista vem em uma taça especial). Para sair satisfeito, peça o frango completo – galeto assado servido com polenta, farofa e salada. Largo da Matriz Nossa Senhora do Ó, 168, Freguesia do Ó, 3932-4818. Ter. a qui., 11h-0h; sex. e sáb., 11h-2h; dom., 11h-22h. Cerveja, R$ 6,90; caipirinha, R$ 14. frangobar.com.br

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Comes & Bebes

Roteiro de cafés

Mamusca Para pais e filhos

Envie sugestões para gastronomia@guiatimeout.com.br. opções vegetarianas Wi-Fi grátis

Centro, Luz & Bom Retiro CAFÉ Café Girondino Com o nome de um antigo café da época em que os hotéis de luxo ficavam no centro e seus clientes precisavam de um bom local para sua dose regular de cafeína, o Girondino de hoje é um dos poucos da região onde se pode tomar um café nos fins de semana ou à noite, após conferir uma exposição no CCBB ou ter explorado o Mosteiro de São Bento. Café (R$ 3,20), chá e até cerveja, além de doces e bolos, são oferecidos ao lado do menu de almoço, que inclui opções de massas e carnes. R. Boa Vista, 365, 3229-4574. Metrô São Bento. Seg. a qui., 7h30-22h30; sex., 7h30-23h; sáb., 8h-20h; dom., 8h-19h. Cafezinho, R$ 3,20; sanduíches, R$ 9,90-R$ 19,90. cafegirondino.com.br

Itaim & Vila Olímpia CAFÉ Octavio Tomar um cafezinho neste espaço é toda uma experiência: desde a arquitetura até o décor interior, com poltronas de design ‘swan’, tudo aqui irá envolvê-lo. O café, mais as opões do cardápio, finalizam o objetivo. Omenu traz bebidas à base de café preparadas com os grãos da fazenda Nossa Senhora Aparecida, na região Alta Mogiana, no interior do Estado. Além do espresso (R$ 5,10) bem tirado, há variações como o espresso romano, que leva um pedacinho de casca de limão. Av. Brig. Faria Lima, 2.996, Itaim Bibi, 3074-0110. Seg. a sex., 7h45-22h; sáb., 9h-23h; dom., 9h-22h. Cafezinho, R$ 5,10; sanduíches, R$ 14,50R$ 34. octaviocafe.com

Jardins CAFÉ A Loja de Chá - Tee Gschwendner São mais de 37 diferentes opções de chá no menu, e mais de 200 no total à venda nesta elegante casa de chá no Shopping Iguatemi. Se você quiser ser ainda mais mimado, peça uma sugestão

CAFÉ Lady Fina A tônica do vermelho não deixa dúvidas: você está na Berlim do imaginário da apresentadora e ex-modelo Laura Wie. O projeto de dois anos rendeu nesta cafeteria aconchegante, com ares de bistrô soviético, que tem como destaque os quitutes das avós de Laura. Ao menos 15 doces foram resgatados dos cadernos de receitas da família, entre eles, a Frau Sampaio, uma torta com pudim de laranja dentro (R$ 9,50). O café, Santa Mônica, custa R$ 3,50. R. Loefgreen, 2.481, V. Mariana, 2359-2080. Seg. a sáb., 11h-19h. Sanduíches, R$ 16,30-R$ 19,80. Facebook: Lady Fina Café

Vila Madalena & Pinheiros CAFÉ Coffee Lab Figura importante do novo status do café em São Paulo, a barista Isabela Raposeiras é grande pesquisadora do assunto e garimpeira dos grãos produzidos em território nacional. Em seu ‘lab’, ela propõe uma experiência de imersão no universo cafeeiro, que se inicia com o aroma inebriante dos grãos sendo torrados em uma máquina Diedrich, uma das melhores do mundo. Vestidos de jaleco, os baristas preparam o café com o mesmo cuidado de cientistas, convidando o espectador a participar dessa experiência. Faça um ‘ritual’ (R$ 9-R$ 13), como o que contém duas xícaras do mesmo café, um preparado com o método French Press e outro com o AeroPress, e desafie-se a perceber as diferenças entre eles. R. Fradique Coutinho, 1.340, V. Madalena, 33757400. Seg. a sex, 10h-19h; sáb.: 11-20h. Cafezinho, R$ 4,50; sanduíches, R$ 6R$ 10. coffeelab.com.br

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Consolação & Higienópolis DOCERIA Cristallo A fachada dessa doceria – uma Mona Lisa em mosaico – chama a atenção na Rua Oscar Freire. A loja de chocolates e doces abriu em 1953 e, desde então, tem servido bons panettones e paninis da cidade. Pegue um lugar no lado de fora, peça um espresso e tire esse tempo para relaxar e observar o movimento. E não saia sem experimentar uma bomba de chocolate (R$ 5,20). R. Oscar Freire, 914, Jd. Paulista, 3082-1783. Metrô Consolação. Seg. a sex., 9h30-22h; sáb. e dom., 10h-22. Cafezinho, R$ 3,30; sanduíches, R$ 10R$ 24. cristalloonline.com.br

Liberdade, Bela Vista & Vila Mariana

Um lugar que agrada tanto as crianças cheias de energia como os pais ávidos por um momento de relax existe: é o Mamusca, misto de café e espaço para brincar. São salas de atividades infantis, com casa de boneca, tanques de areia e ateliê para aulas de culinária e arte. Na parte da frente, um bonito café serve papinhas caseiras e lanchinhos, além de tudo que os adultos gostam. R. Joaquim Antunes, 778, Pinheiros, 2362-9303. Seg. a sex., 9h-12h, 14h-18h; sáb., 9h-18h. Cafézinho, R$3,80; sanduíches, R$ 12-R$ 18 (adultos); atividades infantis, R$ 58-R$ 75. mamusca.com.br ou experimente o especial do dia – a loja prepara um diariamente para degustação com um dos blends da casa. Faça uma parada entre 15h30 e 19h30 (de terça a sábado) para desfrutar de um chá da tarde (R$ 58), com uma seleção de chás, bolos, doces, salgados e outras delícias. Shopping Iguatemi, Av. Brigadeiro Faria Lima, 2.232, 3º andar, Jd. Paulistano, 38165359. Seg. a sáb., 10h-22h; dom.,14h-20h. Chá, R$ 6,60; sanduíches, R$ 21-R$ 42. SORVETERIA Bacio di Latte Aberta

por um italiano e um escocês, a sorveteria veio atender a demanda de uma clientela exigente, mas que sentia falta de boas opções. Os equipamentos e todos os

ingredientes, – com exceção do açúcar, leite, água e algumas frutas – vêm da Itália. R. Oscar Freire, 136, Jd. Paulista, 3662-2573. Cafezinho, R$ 4; sorvete, R$ 8-R$ 12. Seg. a qua., 12h-22h; qui. a sáb., 12h-23h; dom., 12h-22h PADARIA Pão – Padaria Artesanal

Orgânica O balcão é cheio de tentações como brownies, bolos e pães. É a primeira padaria orgânica de São Paulo. Se der sorte, encontrará um lugar em uma das três mesas. R. Bela Cintra, 1.618, Jd. Paulista, 2193-2116. Metrô Consolação. Seg. a sáb., 8h-22h; dom., 9h-18h. Cafezinho, R$ 4; sanduíches, R$ 15-R$ 20. padariaartesanal.org.br

CAFÉ Deli Paris Esse café estilo parisiense é o local perfeito para um café com croissant, ou um brunch completo no domingo (R$ 29,90). Quer você esteja com desejo de doce ou salgado, tudo aqui é bom. Os crepes são de arrasar e servidos com uma boa variedade de recheios; ou peça as opções vegetarianas, tais como a quiche de alho porró e a ratatouille. R. Harmonia, 484, V. Madalena, 3816-5911. Metrô V. Madalena. Seg. a sex., 7h-23h30; sáb., 7h-15h; dom., 8h-15h. Cafezinho, R$ 3,20; crepe, R$ 17,90. CAFÉ Ekoa O conceito de alimentação consciente está presente em tudo o que é servido aqui, na Vila Madalena. A casa incentiva a alimentação com baixa emissão de carbono, evitando frutas e vegetais importados e utilizando ingredientes de época. R. Fradique Coutinho, 914, V. Madalena, 3032-7842. Metrô Vila Madalena. Seg. a sex., 10h-21h; Sáb., 12h-20h. Cafezinho, R$ 3,50; sanduíches, R$ 9,20- R$ 18,50. ekoacafe.com.br CAFÉ Stuzzi Gelato Caffé Ligeiramente fora do roteiro tradicional da Vila Madalena, este pequeno salão atrai um grande número de amantes de sorvete (especialmente aos finais de semana), que vão atrás do sorvete estilo italiano, altamente recomendado. R. Paulistânia, 450, V. Madalena, 3816-0279. Metrô Vila Madalena. Seg. a sáb., 9h-20h; dom., 12h-20h. Cafezinho, R$ 3; sorvete, R$ 14-R$ 18 (duas bolas). stuzzi.com.br

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Compras & Estilo

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Lojas, shoppings e beleza

Veja, toque, experimente Os móveis contemporâneos do showroom da loja virtual Oppa, na Vila Madalena

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Compras & Estilo Do virtual para o real Anna Fitzpatrick sai à caça de marcas de e-commerce que estão abrindo lojas e showrooms em São Paulo

com planos em andamento para se mudar para um lugar maior (R. Aspicuelta, 300, V. Madalena) no começo de julho. Renato Guidolin, o mentor da grife, diz que o motivo para montar uma loja era ter uma fonte de renda mais segura. “O número de visitantes no site sobe e desce, enquanto as vendas na loja são mais estáveis.” As camisetas também são vendidas na moderna galeria/loja/salão de beleza Cartel 011 (R. Artur de Azevedo, 517, Pinheiros, 3081-4171, cartel011.com. br), na loja de streetwear Guadalupe Store (R. Três Rios, 126, Bom Retiro, 3229-0020, facebook.com/ Guadalupestoresp) e na King Cap (R. Fidalga, 23, V. Madalena, 3569-7940, facebook.com: King

Cap Sp), ao lado de tintas spray e outros acessórios de arte urbana. As camisetas custam a partir de R$ 59, e os bonés, a partir de R$ 99; se você gostar de uma estampa, corra para comprar – eles só produzem cem peças de cada modelo. Assim como a Storvo, a Leitecom (Av. Pedroso de Morais, 785, Pinheiros, 3459-2781, leite-com. com.br) também começou como um blog em 2011. Juliana Rosa havia se mudado para um apartamento de paredes brancas (daí o nome) – a tela em branco que a inspirou para criar, juntamente com o sócio Wil Júnior, uma linha de acessórios coloridos e baratos para a casa, feitos para animar os apartamentos dos moradores da cidade grande.

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Comprar sem sair do sofá está se tornando um hábito cada vez mais comum no Brasil, onde brotam sites de e-commerce. Possibilitando o corte de aluguéis e custos altos demais para marcas empreendedoras e designers em ascensão, as lojas online também são o paraíso dos viciados em compras, que podem ter sua dose diária de consumo antes mesmo de se vestirem de manhã. Dafiti.

com.br para moda, netshoes.com.br para tênis e acessórios esportivos, e livo.com.br para óculos de grife são apenas alguns dos grandes sucessos lançados nos últimos anos na internet. Mas uma porção de novas marcas segue na contramão, fazendo a transição de online para offline ao ocuparem espaços físicos, sejam eles showrooms ou lojas. Um desses sites é o Storvo, que começou na internet como blog, comandado por um grupo de amigos que desenhava, estampava e vendia camisetas descoladas a amigos e amigos de amigos. Isso foi sete anos atrás, e o que era pura diversão ganhou fôlego, levando a Storvo a abrir uma loja própria na Rua Augusta em maio de 2011,

A cor desta cidade Bairros queridos de São Paulo, como Pinheiros e Barra Funda, inspiram as almofadas e sacolas do Leite-com, blog que virou butique

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A primeira coleção foi criada com a ajuda dos seguidores do site, convidados a votar nos bairros de São Paulo que queriam ver representados em produtos como capas de almofada (a partir de R$ 89), canecas (R$ 34) e sacolas reutilizáveis (R$ 69). “Queríamos produtos que nos lembrassem que amamos e temos orgulho de morar nessa metrópole tão maluca e fascinante”, diz Rosa. O resultado inclui uma série de gravuras representando o Centro em estilo art déco (a partir de R$ 89, sem moldura) e uma ilustração singular de Pinheiros, presente em pôsteres, canecas e sacolas. Expandindo seus horizontes e criando uma vitrine para seu trabalho, Rosa e Júnior abriram em dezembro uma charmosa e bem abastecida butique em Pinheiros, onde fãs da Leite-com agora podem,

digamos assim, experimentar antes de comprar, combinando mantas de sofá com almofadas e cortinas estampadas da primeira coleção, além de peças da nova coleção, que ainda é segredo e deve ser lançada em junho. “Muita gente ainda não sabe da nossa loja”, diz André Filippe, gerente de marketing. “Mas essa área é perfeita para marcas de design, e ter uma vitrine para nosso trabalho realmente ajudará.” Outra recém-chegada loja à mesma região tem um nome nada criativo: Beer4u (R. Cristóvão de Burgos, 74, 3031-6599, V. Madalena, beer4u.com.br), um espaço funcional que vende cervejas artesanais do Brasil e do exterior. Abrir um espaço físico

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divulgação catherine balston

Bolhas da internet As cervejas do site Beer4u foram para as prateleiras

não fazia parte do plano de negócio inicial, explica o proprietário Ériton Soares. “Lancei o site em agosto do ano passado, vendendo uma seleção de cervejas, mas pensei que, como já estávamos pagando para guardar nosso estoque mesmo, podíamos muito bem usar o espaço para vender aos clientes.” Convenientemente localizada a apenas uma quadra do Metrô Vila Madalena, a loja, inaugurada em abril deste ano, tem duas longas prateleiras cheias de rótulos nacionais, como Colorado, Amazon Beer e Paulistânia, ao lado de cervejas importadas como Rogue, Brew Dog e a holandesa De Molen – Lief & Leed – a mais cara da loja, que custa R$ 135,90, a garrafa de 750 ml. Geladeira, mesas e cadeiras colocadas em

Compras

Viva o design Você pode experimentar e testar móveis e objetos no Espaço Oppa, mas a venda ainda é online

um canto possibilitam aos clientes experimentar as cervejas antes de comprar, pagando pelo que consumirem. Um empreendimento em escala totalmente diferente, a Oppa (oppa.com.br) é uma criação do alemão Max Reichel, que percebeu a oportunidade de vender online móveis e artigos de decoração contemporâneos desenhados e produzidos no Brasil, sem os preços exorbitantes que parecem ser prática comum entre os varejistas. Reichel arrecadou US$ 13 milhões em investimentos para sua start-up, lançada em março de 2011, e, enquanto a venda é 100% online, você pode se sentar, deitar, empurrar, puxar e cutucar os produtos no Espaço Oppa – o showroom aberto no início do ano (R. Aspicuelta, 153, V. Madalena, 2738-0555) – antes de comprá-los. Quando visitamos o lugar, em uma tarde de sábado, o showroom claro e espaçoso estava cheio de jovens casais e famílias a fim de paramentar seus apartamentos com peças ousadas e em cores primárias. Mas olhar e tocar é tudo o que se pode fazer. Se você quiser saber preços ou comprar alguma coisa, pegue um dos iPads e confira no site. Os sofás saem por menos de R$ 3 mil, e os acessórios para a casa custam a partir de R$ 59,90 (por exemplo, por uma almofada com estampa de bicicleta). Os atendentes também podem ajudálo a finalizar seu pedido no site enquanto toma um Nespresso. Gostou da xícara do café? Ora, por que não adicioná-la a seu carrinho de compras online já que está aqui?

Quase exclusivo Há apenas uma centena de cada modelo das criativas camisetas da grife Storvo

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Olook Perua ambulante

Shopping centers Cidade Jardim Há mais shoppings em São Paulo do que seria possível conhecer ao longo de toda uma vida, mas esse tem Kate Moss, sucedendo Sarah Jessica Parker, como garotapropaganda. O shopping luxuoso, parte de um complexo com 12 torres, abriga grifes como Hèrmes, Giorgio Armani, Montblanc e o estilista brasileiro Carlos Miele. Não perca a Chocolat du Jour, uma das melhores lojas de chocolate da cidade. Av. Magalhães de Castro, 12.000, Cid. Jardim, 3552-1000. Seg. a sáb., 10h-22h; dom. e fer., 14h-20h. shoppingcidadejardim.com Conjunto Nacional Cerca de 30 mil pessoas circulam todos os dias por esse famoso símbolo da Avenida Paulista. Projetado por David Libeskind, em 1958, a construção é pioneira ao reunir escritórios, apartamentos residenciais e lojas em um só lugar. O complexo abriga a completa Livraria Cultura, fundada por Kurt e Eva Herz, e uma sala para espetáculos. Além disso, há o Cine Livraria Cultura, que conta com uma programação bem selecionada, livre de Blockbusters. O relógio e o termômetro digitais que coroam o prédio são referência diária para quem mora na cidade ou só está de passagem. Av. Paulista, 2.073, Metrô Consolação, 3179-0000. Seg. a sex., 7h-22h; sáb., dom. e fer., 10h-22h. ccn.com.br Galeria Ouro Fino O público alternativo de São Paulo vive nesta galeria. O lugar sedia estúdios de tatuagem, lojas de roupas e cabeleireiros, O destaque são os pequenos espaços de estilistas alternativos, que vendem peças criativas e diferentes por preços justos. Aqui você encontra coisas que dificilmente estariam em lojas de shoppings mais tradicionais. R. Augusta, 2.690, Jd. Paulista, 3082-7860. Metrô Consolação. Seg. a sáb., 8h-20h (fecha dom.). galeriaourofino.com.br Ibirapuera Um dos maiores e mais antigos shoppings da cidade, o Ibirapuera tem mais de 400 lojas e uma área gourmet que conta com bons restaurantes. Há opções de compras para quase todos os bolsos e gostos, o que torna difícil sair de lá com as mãos vazias. Você também pode aproveitar para caminhar pelas imediações, onde há lojinhas charmosas, cafés e restaurantes em ruas como Bem-Te-Vi, Gaivota, Pavão e especialmente a Normandia. Av. Ibirapuera, 3.103, Moema, 50952300. Seg. a sáb., 10h-22h; Dom., 14h-22h. ibirapuera.com.br

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Compras

Roteiro de perdição

Seguindo no tema do mês, das marcas online que se estabeleceram também em espaços físicos, há o Olookmóvel – uma Kombi 1968 restaurada que virou showroom do site de fast fashion olook.com. Dentro do automóvel, você encontra sapatos, bolsas e joias de marcas como Juliana Jabour e Iódice, e peças da própria Olook, mas para comprar é preciso acessar o site. A pedida do momento são as ankle boots pretas e douradas, os sapatos Oxford e os maxicolares. Para saber se a perua vai estacionar em uma rua próxima a você, cheque olook.com.br/olookmovel ou o Instagram (@olook) e o Twitter (@olook). Ter. a sáb., 11h-17h30.

Lojas Antix Após cinco anos sendo vendida em lojas multimarcas, as fãs da Antix se mobilizaram pelo Twitter para pedir uma sede própria. A dona, Patrícia Shin, garante que foi esse empenho do fã-clube que a impulsionou a consolidar um plano que tinha desde 2006: de agora em diante, quando você quiser desfilar por aí com um dos vestidos ultraestampados, característica marcante da grife, é só seguir até o Shopping Vila Olímpia, na Zona Sul. Os tecidos usados são produzidos na Espanha, o que, garante Mariana, é sinônimo de qualidade. Esperamos que sim: as peças custam entre R$ 200 e R$ 250. Shopping Vila Olímpia, R. das Olimpíadas, 360, V. Olímpia, 3047-6292. Seg. a sáb., 10h-22h; Dom. e fer., 11h-20h. Outro endereço Bazzar Store, R. Domingos de Moraes, 142, V. Mariana, 5549-3771. antixfashion.com.br

Avatim Cheiros da Terra As vantagens de comprar nesta loja com fábrica-base em Ilhéus, na Bahia, são ao menos três: variedade, inventividade e preço. Se até para quem sabe comprar presente há o momento da dúvida, aqui você encontra opções genéricas que não o deixarão de mãos abanando no Natal. Velas, sabonetes, águas de cheiro para roupas e aromas, muitos aromas para ambiente são a especialidade da casa. O perfume para interiores no sabor ‘patchouli’ (R$ 33, 200ml) dura ao menos três horas, e a vela perfumada cravo e canela (R$ 23, 100g) revela a cidade do aclamado romance de Jorge Amado. R. Aspicuelta, 228, V. Madalena, 30235612. Seg. a sáb., 10h-19h. avatim.com.br Calu Fontes Os delicados desenhos e decalques de Calu Fontes em peças em cerâmicas têm feito sucesso em decorações feitas com azulejos em alguns estabelecimentos pela cidade, como nos banheiros do café-bistrô Lady Fina (R.

Loefgreen, 2.481, Vila Mariana, 2359-2080). Não à toa, lindos pássaros pontilhados com flores dão vida a vasos, moringas, saladeiras, bules, xícaras e outros objetos utilitários, com preços que começam em R$ 25 (azulejo de 15cm x 15cm) a R$ 3.000 (vaso de 1m de altura). Suas colagens misturam mandalas ‘rendadas’ a desenhos de musas dos anos 1920 e imagens orientais. Ótimo para presentes que fazem a diferença. R. Luiz Anhaia, 91, V. Madalena, 3034-0352. Seg. a sex., 10h-18h; sáb., 10h-17h. calufontes.com Camelô Não é preciso muito para descobrir que nesta loja tudo pode ser útil e inútil ao mesmo tempo: há coisinhas para casa, bolsas e até mochilas para levar ao supermercado. O nome é apenas uma desculpa. Ali, nada tem a ver com as quinquilharias espalhadas pelas bancas ilegais da cidade. Os preços também confirmam isto. A dupla de xícaras de café para o vovô e a vovó custa R$ 45, um preço possível, mas superfaturado, embora um ótimo presente para eles. Outra boa escolha é o cesto de roupa suja colorido, de pano, que enfeita qualquer banheiro ou área de serviço (R$ 120). Na saída, invista em um kit ‘Xô Urucubaca’, com sabonete de sal grosso e um potinho com o produto (R$ 45). R. Manoel Guedes, 281, Itaim Bibi, 30797175. Seg. a sex., 9h-18h30; sáb., 10h-17h. Flávia Aranha Estilo marcante e sofisticação despretensiosa são marcas das criações da estilista Flavia Aranha, que resolveu seguir o caminho das pedras com uma bandeira sustentável, ao menos no que diz respeito a um dos fatores mais poluentes da indústria têxtil, o tingimento. Com peças em algodão orgânico (R$ 189, a regata; R$ 359, a saia longa), de cortes simples, minimalistas e, por vezes, geométricas, são finalizadas com a beleza em tons pastel vindos direto da natureza. Uma peça pode custar muito – tanto por parte da criação como do seu bolso –, mas a experiência de usar um modelo livre de tóxicos e cheios de personalidade não tem preço. R. Aspicuelta, 224, V. Madalena, 3031-1703. Seg. a sex., 10h-19h; sáb., 10h-18h. flaviaaranha.com.br Roxane Dreams Um pouquinho de flower power no coração dos Jardins, a Roxane Dreams é algo parecido com um boudoir ou salão de beleza de alguém que abraça o estilo da década de 1960. O incenso paira no ar misturando-se a mantras Hare Krishna e clássicos de Billy Joel e Beatles. Imagens de Jimi Hendrix e Elvis decoram as paredes sob lustres de cristal. E uma xícara de chá herbal, muitas vezes, recebe os clientes. Há lanternas do Marrocos, joias, souvenires e bibelôs que vêm de lugares como México e Londres. A inspiração maior, no entanto, é a Índia, com longos vestidos, tecidos e batas de mangas bufantes. Mas nem tudo é voltado ao estilo boho, há uma boa variedade de móveis, joias e acessórios. Al. Lorena, 1.635, 3088-4292. Seg. a sex., 10h-19h; sáb., 10h30-18h. roxanedreams.com.br

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Por aí

O mês na cidade

HANS SILVESTER/DIVULGAÇÃO

Na Cidade Arte Cinema Gay Música & Noite Teatro & Dança Futebol & Copa do Mundo 2014

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Arte tribal Pinturas corporais de jovens africanos são tema de mostra fotográfica no Museu Afro Brasil

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Na cidade

Hans Silvester/Divulgação

A moda do rio Omo

O estilo das pinturas das tribos africanas registradas pelo fotógrafo alemão Hans Silvester encantou Márcio Cruz Às margens barrentas do rio Omo, na fronteira da Etiópia, Quênia e o atual Sudão do Sul, figuras negras e esguias podem ser vistas enfeitadas por acessórios e pinturas impressionantes. Envoltos por pedaços de galhos, frutas amadurecidas e vagens verdes ou secas, seus corpos chegam a confundir-se com a selvagem paisagem local, formada por arbustos e florestas, em uma interação mimética. Quem adentra a exposição

As Fotografias do Vale do Rio Omo, em cartaz até o dia 25/8, no Museu Afro Brasil no Parque do Ibirapuera, tem a sensação de estar em um território virgem habitado por esses seres tão mágicos e poderosos como os criados pelo cineasta James Cameron no filme Avatar (2009). São 63 reproduções em grande formato de jovens dos povos Surma e Mursi, no difícil exercício de perpetuação de uma prática milenar, talvez tão antiga como a presença do homem em uma região onde foram descobertos vestígios de hominídeos que ali viveram há 250 mil anos. O fotógrafo alemão Hans Silvester, 74 anos, responsável pela criação de crônicas fotográficas em paisagens remotas de diversos países do mundo, como Peru, Índia e Grécia, entre

Hans Silvester/Divulgação

Tendência tribal A arte sobre o corpo é ancestral entre os povos que habitam a fronteira da Etiópia, Quênia e Sudão do Sul e entusiasma os jovens

Camuflagem A caracterização lembra os seres mágicos do filme ‘Avatar’

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inspiração proveniente do mundo exterior”, diz o fotógrafo. A maior parte das tribos não tem acesso a espelhos, o que faz com que as pinturas só ganhem significado no olhar do outro. “Eu nunca mostrei as fotos depois de tirá-las porque se eles vissem o resultado, mudariam a maneira de fazer os enfeites. Uma foto teria o mesmo efeito que um espelho.”

mestre do registro de tipos humanos, e retratou as diversas etnias trazidas do continente africano ao Brasil no século 19, incluindo os povos Cabinda e Mina, de Angola, que também praticavam a pintura corporal. Infelizmente, a vivacidade da obra dos povos do vale do Omo causam uma inevitável melancolia para quem tem conhecimento dos problemas da

‘Essas pinturas corporais são livres de modelo e nunca se repetem. Cada uma é extraordinariamente nova’

As Fotografias do Vale do Rio Omo Museu Afro Brasil. R. Pedro Álvares Cabral, s/no, Pq. do Ibirapuera, 3320-8900. Ter. a dom., 10h-18h. Até 25/8. GRÁTIS museuafrobrasil.org.br

Hans Silvester/Divulgação

região, onde muitas tribos entram em guerra constantemente em razão da disputa de terras para o pastoreio de cabras. Outro movimento que parece inevitável é a aproximação com a população das grandes cidades e com os visitantes, possivelmente incentivados pelos retratos do próprio Hans Silvester que correm a internet. Aclamadas por seus trabalhos, algumas

Hans Silvester/Divulgação

Vistas em uma galeria convencional, as fotografias de Silvester já lançariam luz às contradições entre o registro etnológico e a arte. A questão é reforçada pela contextualização imposta pelo acervo do museu — sobretudo do núcleo ‘Trabalho e Escravidão’ — onde são exibidas ilustrações de Johann Moritz Rugendas. O artista alemão foi o

tribos já foram cooptadas pela indústria do turismo e passaram a ser procuradas por fotógrafos amadores ávidos por souvenirs, imediatamente postados em redes sociais como Flickr e Instagram. “Então chegam os 4x4, lá pelas 10h, os nativos estão prontos para recebê-los, exibindo seus acessórios e corpos pintados para a ocasião. Esse show de certa maneira surreal dura até o meio-dia, e então os turistas vão embora e os ‘performers’ são pagos na moeda local... O dinheiro é convertido imediatamente em álcool ou armas, duas mercadorias valiosas. Todo o negócio tem o cheiro de uma tragédia”, lamenta-se Silvester, que vai retornar à tribo de Surma, em julho. “As crianças que eu fotografei agora são jovens. Muitas das garotas estão casadas e vão me mostrar seus bebês”, acredita ele.

Na cidade

outros, clicou, entre 2003 e 2006, esses personagens e seus corpos pintados com pastas feitas a partir de pigmentos provenientes de rochas, terra e outros minerais encontrados às margens do rio. Adornos compostos a partir de galhos de árvores, frutas, vagens e penas de animais completam o figurino, cuja criatividade poderia ter causado inveja e frisson entre estilistas de Milão à Nova York, quando as fotografias apareceram no livro Ethiopia: Peoples of the Omo Valley, publicado pela editora britânica Harry N. Abrams, em 2007. “Essas pinturas corporais são completamente livres de modelos e elas nunca se repetem; não há um sistema figurativo. Cada uma é extraordinariamente nova. A técnica e as habilidades das decorações, com suas variações infinitas, são aprendidas quando eles ainda são muito jovens, com as mães pintando seus bebês” explica Silvester no texto introdutório da exposição. São, no entanto, os jovens os mais entusiastas. “Eles têm tanto sobre o que fantasiar que não precisam de

Elementos da natureza Envoltos por galhos, folhas, frutas e vagens verdes ou secas, seus corpos chegam a confundir-se com a selvagem paisagem

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Saia a pé

Ocupação Mário de Andrade

Coloque sapatos confortáveis e se junte aos animados grupos que fazem caminhadas turísticas por São Paulo

Mário de Andrade Erudito e popular

Conheça a faceta menos famosa do escritor modernista, propõe Marina Monzillo Em 1935, São Paulo tinha pouco mais de um milhão de habitantes, estava em pleno processo de industrialização e urbanização, e por conta da expressiva população imigrante – italianos, espanhóis, sírio-libaneses – era chamada de Chicago da América do Sul. Foi nesse contexto que Mário de Andrade assumiu o Departamento de Cultura da Municipalidade de São Paulo (DC) – equivalente à Secretaria Municipal de Cultura de hoje. A mostra Ocupação Mário

de Andrade foca nesse trabalho desenvolvido por três anos pelo escritor — mais conhecido como um dos articuladores da Semana de Arte Moderna, em 1922, e autor de Pauliceia Desvairada e Macunaíma. Mais de 400 itens, entre cartas, filmes, fotografias e objetos foram reunidos pela curadora Silvana Rubino e sua equipe para esta que é a 14a exposição da Série Ocupação, do Itaú Cultural. “O lado gestor público do escritor não é secreto, foi tema de diversos trabalhos acadêmicos. A novidade é mostrar isso para um público não especializado”, comenta Silvana. “Mário inventou uma política cultural. Há ideias suas que ainda são surpreendentes e atuais”, acrescenta. Ele propôs inovações como uma discoteca pública (em 1935 as pessoas quase não tinham acesso a discos), uma biblioteca circulante e grupos de pesquisa etnográfica. Elaborou ainda um projeto para a preservação do patrimônio artístico nacional. “Mário se interessava pela festa do divino e por música clássica. Ele operava de modo ativo nos polos erudito e popular”. Silvana conta que havia no DC projetos de escolas onde os alunos poderiam fazer atividades de todo o tipo, como esporte, arte etc. “Muito parecidas com os atuais CEUs”, compara. De fato, não havia melhor nome para a biblioteca municipal de São Paulo do que Mário de Andrade. Ocupação Mário de Andrade Itaú Cultural. Av. Paulista, 149, 2168-1776. De 20 a 28/6. Ter. a sex., 9h-20h; sáb., dom. e fer., 11h-20h. Livre. GRÁTIS itaucultural.org.br

Caminhada Noturna Com duas horas de duração, o roteiro não é fixo e pode sofrer alterações de acordo com o interesse dos participantes, mas passa pelos pontos mais importantes da cidade. Qui., 20h. GRÁTIS caminhadanoturna.com.br Caminhada Literária Caminhe para aprender um pouco mais sobre as vidas dos escritores brasileiros, ouvindo trechos de suas obras enquanto visita os lugares onde eles trabalharam e viveram. Pátio do Colégio, Sé, 3042-4513. Última sexta-feira do mês, 9h. GRÁTIS institutomobilidadeverde. wordpress.com SAMPAPÉ Como o SAMPAPÉ usa o crowdsourcing para

escolher quais bairros serão explorados, você terá que entrar no site deles para descobrir por onde e quando será a caminhada. Na página, você também encontra o e-mail para reservas. O próximo será na Vila Madalena em 22/6, 15h. R$ 15. sampape.com.br SP Walking Tour Ao fim de quatro horas de caminhada por pontos como Edifício Copan, Viaduto do Chá e Pátio do Colégio, os guias se mostram competentes em manter o ritmo. Centro de Informação Turística. Pça. da República. Qua. e sáb., 11h30. Av. Paulista (metrô Consolação, esquina com R. Augusta, no lado dos Jardins). Qui. e dom., 15h30. GRÁTIS spfreewalkingtour.com

jose cordeiro/spturis

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Na cidade

O que vem por aí

Centro Presente em vários roteiros

youPIX

divulgação

É o momento de viver o mundo virtual de forma real, indica Juan Cifrian

Rede social Mesas redondas reúnem profissionais e usuários comuns da web

Reunir os mundos offline e online é uma tendência – basta pensar nos eventos reais nascidos nas redes sociais –, mas o festival youPIX celebra ao vivo a cultura da internet há séculos, se pensarmos em anos tecnológicos (já foram 13 edições). Após o sucesso no Rio, em Porto Alegre e até mesmo em São Francisco, a 14ª edição do festival volta para casa, São Paulo. Discutindo a influência da tecnologia da web em diversos

campos, o youPIX reúne professores, profissionais da área e usuários comuns da internet para mais de 300 palestras e atividades em seis palcos diferentes. Tobias Andersson, portavoz do The Pirate Bay (o polêmico site gigante de compartilhamento de arquivos) é um dos convidados, e acontecem mesas redondas chamadas Você no Palco, com participantes escolhidos pela internet. Isso deve ser suficiente para tirar alguns geeks e hackers do computador por dois dias – mas do Twitter, jamais (@youpix). youPIX Prédio da Bienal. Pq. do Ibirapuera. Av. Pedro Álvares Cabral. 5/7, 13h-23h30 e 6/7, 10h-20h. GRÁTIS Inscrições: youpix.com.br

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Passeios

Em forma Bienal de Design

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Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil São 1.592

Aquário de São Paulo Animais

Centro Cultural Banco do Brasil Ocupando um prédio construído

em 1901 no centro histórico de São Paulo, o CCBB dispõe de vários espaços, onde são apresentados filmes, vídeos, espetáculos de dança, exposições, apresentações de música e peças teatrais. O local foi inaugurado em 2001 e, desde então, tem alcançado o objetivo de revitalizar a relação dos paulistanos com o centro da cidade. R. Álvares Penteado, 112, Centro, 31133651. Ter. a dom., 9h-20h. Bilheteria, 1h antes das apresentações. bb.com.br/cultura Centro Cultural São Paulo Esse tradicional espaço cultural de aparência aerodinâmica, situado em uma colina perto da Avenida 23 de Maio, é um feito arquitetônico impressionante e engenhoso. Mostras de arte, festivais de cinema, performances e workshops ocorrem nos vários andares desse vasto espaço. Uma escada em espiral leva a um jardim na laje do edifício, onde você pode sentar e aproveitar a vista da cidade. R. Vergueiro, 1.000, Paraíso, 3397-4002. Metrô Vergueiro. Ter. a sex., 10h-20h; sáb., dom. e fer., 10h-18h. centrocultural.sp.gov.br GRÁTIS

metros quadrados de área expositiva, dividida em três andares do Edifício Bunkyo, em pleno bairro da Liberdade. O museu guarda fotografias, documentos e arquivos que cobrem os cem anos de história da imigração japonesa no Brasil. R. São Joaquim, 381, Liberdade, 32081755. Metrô Liberdade. Ter. a dom., 13h30-17h30. R$ 1-R$ 6; grátis (menores de 6 anos e maiores de 65). bunkyo.org.br

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Museu do Ipiranga (Museu Paulista da USP) Com vista

O conteúdo que nos perdoe, mas a forma é fundamental. Tanto que a Bienal Brasileira de Design Gráfico chega à sua 10a edição. São 444 projetos representativos do design produzido no Brasil ou por brasileiros, divididos nas categorias Identidade e Branding, Impressos Editoriais (como as capas da edição dupla de Dom Quixote, na foto), Impressos Promocionais, Digital, Espacial, Tipografia e Fronteiras. Na cerimônia de abertura, o público conhecerá cerca de 70 trabalhos selecionados e

comentados por jurados de 14 países. A programação do evento, organizado pela Associação dos Designers Gráficos – ADG Brasil, conta com exposição, workshops, palestras com artistas sul-americanos, debates e uma conferência paralela à Bienal, que reúne profissionais nacionais e estrangeiros durante o primeiro final de semana da mostra. Memorial da América Latina. Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664, Barra Funda, 3823-4600. De 14 a 30/6. Ter. a dom., 9h-18h. GRÁTIS bienaladg.org.br

Museu da Casa Brasileira

de jogos interativos e eventos regulares. Aproveite para bater um pênalti e medir a velocidade de seu chute. Pça. Charles Miller, 1, Pacaembu, 3663-3848. Ter. a dom., 9h-17h. Estudante, R$ 3; R$ 6; grátis (menores de 7 anos e às quintas). museudofutebol.org.br

Pertecente no passado à família Prado, de poderosos barões do café, essa bela mansão preservada abriga um museu especializado em decoração e design. O acervo inclui mobília dos séculos 17 ao 21. O museu sedia exposições temporárias, bem como uma premiação anual de design. Há ainda um ótimo restaurante e, nas manhãs de domingo, o terraço e o jardim são cenários de apresentações musicais gratuitas. Av. Brig. Faria Lima, 2.705, Jd. Paulistano, 3032-3727. Ter. a dom., 10h-18h. Estudante, R$ 2; R$ 4; dom. e fer., grátis. mcb.sp.gov.br Museu do Futebol Tem emoção, história e diversão de sobra. Único no mundo dedicado ao esporte, esse museu emprega tecnologia moderna para contar a trajetória da maior paixão brasileira. Você vai reviver momentos importantes do futebol por meio de vídeos, fotografias, gravações e narrações originais, além

Museu da Imagem e do Som (MIS) Uma obra realizada em 2008

reformou o prédio de concreto, que abriga 30 mil fotografias, filmes e gravações. Entre os registros sonoros, há depoimentos de Tarsila do Amaral e Tom Jobim. O museu também oferece retrospectivas e exposições temporárias. Av. Europa, 158, Jd. Europa, 2117-4777. Ter. a sex., 12h-22h; sáb., dom. e fer., 11h-21h. Estudante, R$ 2; R$ 4. mis-sp.org.br

Museu da Língua Portuguesa A língua portuguesa, ponto em comum entre culturas distantes e diversas, é o tema desse museu. Imponentes totens espalhados pelo primeiro andar

Na cidade

raros e exóticos são o tema principal desse aquário. Experimente a visita à noite, voltada para os interessados nos hábitos noturnos de peixes, tubarões e até morcegos. O tour começa às 20h e custa R$ 60. Fique atento para não perder sua lanterna. No total, são 2 milhões de litros de água doce e salgada, com 3 mil exemplares de peixes, aves, répteis e mamíferos de mais de 23.330 espécies. R. Huet Bacelar, 407, Ipiranga, 2273-5500. Diariamente, 9h-18h. Adultos, R$ 40; crianças (3 a 12 anos), R$ 25; grátis (menores de 3 anos). aquariodesaopaulo.com.br Casa Modernista Esta construção foi projetada em 1928 pelo russo Gregori Warchavchik, considerado um dos pioneiros da arquitetura modernista no Brasil. No interior, há uma exposição e, em alguns domingos, concertos de música clássica e jazz. O jardim, projetado pela esposa do arquiteto, Mina Klabin, também foi considerado inovador à época, graças ao emprego de plantas tropicais. Há visitas guiadas. R. Santa Cruz, 325, V. Mariana, 5083- 3232. Metrô Santa Cruz. Ter. a dom., 9h-17h. museudacidade.sp.gov.br/ casamodernista.php GRÁTIS Catavento Cultural Nesse espaço, criança aprende ciência brincando. Localizado no belo Palácio das Indústrias, as instalações são divididas em quatro estações interativas: Universo, Vida, Engenho e Sociedade. As atrações incluem um meteorito que caiu na Terra há seis mil anos – e está literalmente ao alcance das mãos dos futuros cientistas, que podem tocar a rocha. Ou, ainda, usar um microscópio óptico para observar células aumentadas 400 vezes. Em um miniestúdio, o visitante descobre o que acontece atrás das câmeras na produção de um programa de TV. Palácio das Indústrias, Pça. Cívica Ulisses Guimarães, Pq. Dom Pedro II, Centro, 3315-0051. Metrô São Bento. Ter. a dom., 9h-16h. R$ 6; R$ 3 (para estudantes e idosos); estac., R$ 10. cataventocultural.org.br

remetem ao encontro dos elementos que deram origem a ela. As exposições são visualmente impactantes. Pça. da Luz, Centro, 3326-0775. Metrô Luz. Ter. a dom., 10h-18h. R$ 6; grátis (professores da rede pública, menores de 10 anos e maiores de 60 e aos sábados). museudalinguaportuguesa.org.br

para o Parque da Independência (uma pequena réplica dos jardins de Versalhes), o Museu Paulista da Universidade de São Paulo – mais conhecido como Museu do Ipiranga – foi construído em homenagem à Independência do Brasil. Em seu interior, um panorama da história brasileira, desde os primeiros habitantes até a década de 1950, com destaque para o papel desempenhado pela população de São Paulo. O museu e o jardim oferecem lindas vistas para a cidade, e o Parque da Independência (entrada grátis) é um ótimo lugar para você tirar os sapatos e relaxar sob uma árvore. Pq. da Independência, Ipiranga, 2065- 8000. Ter. a dom., 9h-17h. R$ 3-R$ 6; grátis (menores de 6, maiores de 60 e primeiro domingo do mês). Inclui entrada para o vizinho (e decepcionante) Museu de Zoologia. mp.usp.br Oca A construção em formato de nave especial chama a atenção de quem passa nas imediações do Parque do Ibirapuera. A Oca foi projetada por Oscar Niemeyer para receber exposições temporárias e eventos. Desde 2005, é administrada pela Secretaria do Verde e do Meio Ambiente. R. Pedro Álvares Cabral, s/nº, Pq. do Ibirapuera, 5572-0985. Seg. a sex., 9h-17h. parquedoibirapuera.com/oca.php Parque do Ibirapuera É difícil decidir o que fazer nessa área de 1.584 km2: caminhar ou correr em uma das duas pistas que passam por entre as árvores, alugar uma bicicleta e passear pela ciclovia, fazer uma aula gratuita de ioga ou saborear uma água de coco. Localizado no meio da cidade e inaugurado em 1951, o Ibirapuera é uma obra conjunta do paisagista Roberto Burle-Marx e de Oscar Niemeyer. Em formato de coração, o parque não é indicado apenas para o corpo, mas também para a mente: há seis museus instalados em prédios de design inovador e espaços para mostras. Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, Moema. Seg. a dom., 8h - 18h, 5574-5177. ibirapuera.com.br Parque Villa-Lobos O espaço é recente na cidade, foi criado em 1994. As árvores mais velhas estão grandes, mas os gramados ainda dominam a vista. Trilhas de concreto para corrida e bicicleta circundam campos de futebol, quadras e equipamentos para ginástica, atraindo os adeptos dos esportes. Nos fins de semana, diversas modalidades de lazer convivem lado a lado: empinadores de pipa, aviões de controle-remoto e adestramento de cães. Alugue uma bicicleta, um skate ou patins e aproveite a vida sobre rodas. Av. Professor Fonseca Rodrigues, 1.655, Alto de Pinheiros, 3023-0316. Seg. a dom., 6h-18h. ambiente.sp.gov.br/parquevillalobos

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Arte Uma outra Luz

Olhar estrangeiro O artista alemão Florian Foerster em seu ateliê, em Berlim

Em uma mistura de sotaques, Fabiana Caso conversou com o artista Florian Foerster sobre a ponte que ele faz entre São Paulo e a Alemanha Em um misto de apartamento e ateliê no bairro de Nëukolln, em Berlim, moram pedaços do Jardim da Luz, do Brás e do Centro de São Paulo. Ao menos, no que tange à visão desses locais pela óptica do artista alemão Florian Foerster. A partir de 11/6, ele mostra 22 gravuras inspiradas pelo Jardim da Luz na galeria Gravura Brasileira, na mostra ‘Luz - Decay and Transformation’ – que integra a programação oficial do Ano da Alemanha no Brasil. Feitos a partir da mesma chapa de cobre, os trabalhos revelam uma aura densa e algo sombria, com formas orgânicas que se entrelaçam e confundem, sugerindo contornos humanos e

da natureza. No final de agosto, ele participa de uma exposição coletiva na Oficina Cultural Oswald de Andrade, junto de artistas brasileiros, com datas a serem confirmadas. Natural de uma pequena cidade da Alemanha, Oldenburg, Florian estudou arte em Manchester, na Inglaterra, e desenvolveu um fascínio por São Paulo desde que visitou a cidade pela primeira vez, em 1991, quando fez uma oficina de gravura no Museu Lasar Segall. De lá para cá, passou mais três temporadas na cidade, cada uma de quatro meses, desenhando “obsessivamente” bairros como o Brás e Centro, e fazendo pinturas, colagens e aquarelas inspiradas por essas regiões. Usar a mesma chapa de cobre nas gravuras sobre o Jardim da Luz e investigar até quando ela duraria depois de sucessivas imersões no ácido para compor as obras funcionou como metáfora de repetidas visitas ao parque – em um processo de dois anos e meio de

São Paulo é a maior inspiração de suas obras? As principais são desenhar e a observação. Nas cidades que vivi, me senti realmente atraído por alguns lugares. Em Manchester, onde morei por muitos anos, há dois lugares que eu desenhei obsessivamente por 15 anos. De muitas maneiras, gosto de como os lugares parecem deslocados – se eu fosse mostrar todo o meu trabalho em uma exposição, ele pareceria ser de diferentes pintores. Como na poesia de Fernando Pessoa, com diferentes personagens para diferentes lugares, gosto desse sentimento. Se for desenhar algo, preciso de muito tempo, de anos. O trabalho é uma mistura de memória,

observação, imaginação – e tenho temas que me perseguem, ou que eu persigo, há muitos anos. Algumas partes de São Paulo se tornaram alguns deles. Quando estou na cidade, ou quando trabalho com temas da cidade, eu sinto muita afinidade, me sinto em casa, talvez por contraste ao lugar onde nasci, que era muito calmo e provinciano. Seu trabalho é um processo de digestão dos lugares. Você digere, o lugar digere você, você responde a isso, você fica mais velho, a memória muda, sua experiência do lugar muda, ou como você responde às experiências. Em São Paulo, a própria realidade física da cidade muda. Se visitarmos a cidade com alguns anos de distância, isso se torna um forte estímulo. Há uma energia que é maior que a ideia de planejá-la ou controlá-la. A cidade é um organismo natural. Na observação da realidade europeia, a coisas são estáticas. Muitos estrangeiros ficam frustrados porque São Paulo não é organizada – está em constante evolução, historicamente isso nunca foi controlado. Na Europa se planeja muito mais. No Brasil, as pessoas vivem mais no presente.

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fabiana caso

criação, recomposição de impressões e memórias. Ele mostra os pedaços de cobre que sobraram da placa em seu ateliê. “Pensei que duraria meses e levou dois anos e meio para se desintegrar”, conta ele, que mora em Berlim há cinco anos, onde realizou exposições com as obras inspiradas em São Paulo. “O que faço é como uma escavação, como se eu fosse um arqueólogo da cidade, dos lugares. Procuro entender como funciona a energia de cada um deles.”

Sombras da Luz O jardim vizinho à Pinacoteca inspira as gravuras da mostra

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Comente o processo de usar a mesma chapa de cobre. Queria descobrir quanto tempo ela aguentaria até ser fisicamente destruída, mas com registros de gravuras de cada etapa. À medida que me envolvi mais no processo fiquei mais fascinado – eu pensei que fosse durar alguns meses, mas durou dois anos e meio. Era como estar em um parque ou na natureza, com o tempo você olha para as coisas e elas se tornam belas formas individuais. Se você observar as árvores, elas também se desintegram, nós mesmos nos desintegramos, porque mudamos com o tempo. Com a arte dá para trabalhar dessa forma destrutiva, como no caso da chapa de cobre, e criar algo bonito. Luz – Decay and Transformation Galeria Gravura Brasileira. R. Dr. Franco da Rocha, 61, Perdizes, 36249193. Seg. a sex., 10h-18h; sáb., 11h-13h. 11/6-3/8. GRÁTIS gravurabrasileira.com

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Há uma atmosfera escura nas gravuras, o Jardim da Luz é visto de uma perspectiva bem peculiar. Para mim, o Jardim da Luz é um lugar totalmente particular. Porque todos vão até lá com um desejo – os homens velhos vão buscar as prostitutas e havia uma cena gay antigamente. E é muito silencioso e calmo lá dentro. Aos domingos, os músicos vão tocar. É melancólico, mas de um modo lindo. Não é um lugar de festa e divertimento. As pessoas vão até lá com seus sonhos e esperanças, procurando felicidade por um tempo. Durante os anos 1990, quando a entrada do parque ainda era na Av. Tiradentes, tudo parecia onírico. Era claro, mas à medida que você caminhava para dentro, ia se tornando mais escuro, por causa da mata. Cortaram muitas árvores depois da reforma da Pinacoteca. Eu gostava muito também do bairro do Brás, com aqueles cheiros e oficinas – por ser industrial, me lembrava de Manchester. Desenhei muito o Edifício São Vito e outros prédios que foram destruídos.

Arte

Cidade mutante A Boca do Lixo e seus habitantes é tema de Foerster

Ares industriais O bairro do Brás sob a óptica particular do artista

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Museus & Gui Mohallem Volta do Líbano instituições Acervo Artístico dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo A instituição pública possui um acervo interessante de arte moderna e barroca, além de móveis e cerâmicas. O acervo é apresentado em exposições distribuídas em seus três palácios: Palácio dos Bandeirantes, Palácio do Horto e Palácio Boa Vista – esse último em Campos do Jordão. Além disso, a instituição oferece oficinas paralelas às exposições. Palácio dos Bandeirantes. Av. Morumbi, 4.500, Morumbi, 2193- 8282. Ter. a dom., 10h-17h. Palácio do Horto. R. do Horto, 931, Horto Florestal, 2193-8623. Qua. a dom., 9h-15h. Palácio Boa Vista. Av. Adhemar de Barros, 3.001, Alto da Boa Vista, Campos do Jordão/SP, 12 3662- 1122. Qua. a dom., 10h-17h. R$ 5. acervo.sp.gov.br Espaço Cultural BM&F BOVESPA Combine a ida a uma das exposições temporárias do Espaço Cultural, que fica no hall de entrada da bolsa de valores de São Paulo, com uma visita guiada à instituição financeira – informe-se na recepção. Pça. Antonio Prado, 48, Centro, 2565-6826. Metrô São Bento. Seg. a sáb., 10h-18h. Instituto Tomie Ohtake Localizado em um imponente arranha-céu, de vidro intercalado com ondas de aço roxo e marrom e batizado em homenagem à artista nipo-brasileira, o Instituto domina a paisagem de Pinheiros. Projetado pelo filho da artista, Ruy Ohtake, um dos arquitetos brasileiros mais amados e odiados do País, o Instituto não tem medo de chocar com exposições desafiadoras. Av. Brig. Faria Lima, 201, Pinheiros, 2245-1900. Ter. a dom., 11h-20h.. institutotomieohtake.org.br MuBE Um imenso espaço de concreto, com jardim, espelho d’água, esculturas abstratas e realistas, abre caminho para o Museu Brasileiro da Escultura. Mostras, acervo permanente e um grande auditório dividem a área da construção de características contemporâneas, projetada por Paulo Mendes da Rocha. Av. Europa 218, Jd. Europa, 2594-2601. Ter. a dom., 10h-19h. mube.art.br Museu de Arte Moderna (MAM) Fundado em 1948 e inspirado no Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA), o MAM possui mais de 5 mil obras de artistas brasileiros aclamados, como Regina Silveira, Cildo Meireles e Leonilson. Sua missão é exibir arte brasileira moderna e contemporânea, e também possui o Jardim de Esculturas, de seis mil metros quadrados. Av. Pedro Álvares Cabral, Pq. do Ibirapuera , 50851300. Ter. a dom., 10h-18h. R$ 5,50; grátis, dom. mam.org.br Museu de Arte Sacra Frei Galvão, o primeiro brasileiro a ser canonizado (em 2007), fundou esse monastério em 1774. O museu guarda um acervo fantástico de mais de 4 mil obras de arte, das quais cerca de 800 ficam em exposição. A maior parte das esculturas é feita de argila e madeira. Uma sala especial exibe Nossa Senhora da Luz, pintura trazida

Gui Mohallem/divulgação

Arte

Envie sugestões para arte@ guiatimeout.com.br (redação), claireguiatimeout.com.br (editora).

Resultado de uma residência artística de seis semanas no Líbano, a exposição ‘Tcharafna’ é uma série de 13 obras do fotógrafo Gui Mohallem. Batizada com a expressão em árabe que significa ‘prazer em conhecê-lo’, a mostra consiste em fotos, vídeos e objetos que o jovem artista mineiro de ascendência libanesa criou durante a estada em Beirute e Fakiha – cidade-natal de sua família. De 7/6 a 18/7, na Galeria Emma Thomas. No roteiro. de Portugal em 1603 que deu o nome ao bairro. Uma ala separada mostra uma coleção de presépios folclóricos de todo o mundo, além de um presépio bem brasileiro assinado por Mestre Vitalino, um dos mais importantes escultores de bonecos do Brasil. Av. Tiradentes, 676, 3326-1373. Ter. a dom., 10h-17h30. R$ 6; grátis, sáb. Não aceita cartão. museuartesacra.org.br Museu de Arte de São Paulo (Masp) O principal museu de São Paulo fica em uma imponente caixa vermelha de concreto e vidro, suspensa sobre quatro colunas de concreto, e domina a Avenida Paulista. Lá dentro, encontram-se grandes nomes da arte mundial. Há obras de Picasso, Gainsborough, Hieronymus Bosch e Goya, assim como de artistas brasileiros importantes, como Cândido Portinari e Anita Malfatti. Em resumo, é o melhor acervo de arte europeia e brasileira na América do Sul – ainda que somente cerca de 500 das 7 mil obras do museu sejam expostas por vez. Av. Paulista, 1.578, Jd. Paulista, 3251-5644. Metrô Trianon-Masp Ter. a dom.,11h-18h (a bilheteria fecha às 17h); qui., 11h-20h (a bilheteria fecha às 19h). R$ 7-R$ 15; grátis, ter. masp.art.br Pinacoteca do Estado O principal, mais tradicional e mais antigo museu de São Paulo foi projetado em 1897 por Ramos de Azevedo para abrigar a primeira escola de arte de São Paulo. Em 1997, o arquiteto Paulo Mendes da Rocha reformou o eclético edifício neoclássico, removendo o estuque e revelando um palácio impressionante, com colunas e tijolo à vista. Muitos dos modernistas brasileiros mais importantes estão em exposição, incluindo Cândido Portinari, Anita Malfatti e Di Cavalcanti. Pça. da Luz, 3324-1000. Metrô Luz. Ter. a dom., 10h-17h30. R$ 3-R$ 6; grátis, sáb. pinacoteca.org.br

Galerias Butantã Galeria Leme Esse espaço abriga uma galeria dinâmica que representa artistas nacionais e estrangeiros, com especial foco na América Latina. No início de 2012, a Leme levantou acampamento e se mudou para um novo endereço, a duas quadras do primeiro. Av. Valdemar Ferreira, 130, Butantã, 30938184. Seg. a sex., 10h-19h; sáb., 10h-17h. Não aceita cartão. galerialeme.com

Consolação Galeria Vermelho Projetada em 2002 por três arquitetos – entre eles Paulo Mendes da Rocha, a Vermelho ostenta um belo jardim e uma impressionante fachada, usada para instalações, projeções e eventos. A galeria tem uma reputação merecida de descobrir e investir em novos artistas. R. Minas Gerais, 350, Higienópolis, 31381520. Ter. a sex., 10h-; sáb., 11h-17h. galeriavermelho.com.br

Itaim Bibi & Vila Olímpia Casa Triângulo Instalada em uma casa grande e estilosa, a Triângulo promove e divulga artistas brasileiros e estrangeiros com projeção internacional desde 1988. Sem medo de chocar e diversificar, apresenta pinturas pálidas e infantis de Camila Macedo bem como as esculturas de Nazareth Pacheco. R. Paes de Araújo, 77, Itaim Bibi, 3167-5621. Ter. a sáb., 11h-19h. casatriangulo.com.br

Jardins Emma Thomas Após dois anos dividindo um endereço com a Baró Galeria, na Barra Funda, essa galeria descolada, jovem e ‘emergente’ cresceu e está fincando raízes em um novíssimo espaço, construído sob medida nos Jardins. O novo prédio tem uma fachada impressionante, feita de tijolos expostos enviesados que criam uma superfície com centenas de perfurações. Lá dentro, um ambiente clássico de exposição, no estilo cubo branco, leva a um grande escritório, que a galeria pretende dividir com outros nomes, em uma espécie de coworking. E, lá no topo, um terraço dá vista para as copas das árvores dos Jardins. R. Estados Unidos, 2.205, Jd. Paulista, 3666-6489. Seg. a sex., 10h-19h; sáb., 11h-17h. emmathomas.com.br Mônica Filgueiras & Eduardo Machado Filgueiras, que infelizmente faleceu em 2011, era uma veterana da cena artística paulistana. Ela tinha acabado de se unir com o galerista Eduardo Machado para formar uma galeria em conjunto. O novo espaço apresenta desde street art até trabalhos do escultor ítalo-brasileiro Victor Brecheret, responsável pelo famoso Monumento às Bandeiras, em frente ao Parque do Ibirapuera. R. Bela Cintra, 1.533, Jd. Paulista, 3081-9492. Metrô Consolação. Seg. a sex., 10h30-19h30; sáb., 10h30-14h30. Não aceita cartão.

Perdizes & Pompeia Gravura Brasileira Aberta em 1998 por Alberto Fuks e Eduardo Besen para expor arte impressa clássica e contemporânea, esse espaço já organizou mais de cem exposições em sua sede. É uma das poucas galerias do Brasil que trabalha exclusivamente com gravuras e as obras não só são chamativas, como também variam consideravelmente. R. Dr. Franco da Rocha, 61, Perdizes, 36240321. Seg. a sex., 10h-18h; sáb., 11h-13h. gravurabrasileira.com

Pinheiros Amoa Konoya A relação de Walter Gomes da Silva com os povos indígenas vem desde 1984. Hoje, a galeria vende obras de mais de 60 aldeias espalhadas pelo país, de cerâmicas com padrões geométricos a pontas de lanças. R. João Moura, 1.002, Pinheiros, Metrô Sumaré, 3061-0639. Seg. a sáb., 9h-18h. amoakonoya.com.br Galeria Estação A arte popular brasileira é o foco dessa galeria dirigida por Vilma Eid. Sua coleção tem obras fascinantes, incluindo artistas como José Antônio da Silva. O local tem também uma loja com belos livros e artesanato. R. Ferreira de Araújo, 625, Pinheiros, 3813-7253. Seg. a sex., 10h-18h; sáb., 11h-15h. galeriaestacao.com.br Galeria Virgílio O espaço arejado e a agradável cafeteria da Galeria Virgílio são pontos de encontro do público de arte em Pinheiros, e o local não se envergonha de ser intelectual. Portanto, não se surpreenda ao se deparar com um curso de jornalismo de mídia social ou um show de jazz do multi-instrumentista Renato Anesi acontecendo juntamente com exposições de artistas locais, como Diego Belda e sua “escultura” de mesa de sinuca. R. Virgílio de Carvalho Pinto, 426, Pinheiros, 23732999. Seg. a sex., 10h-19h; sáb, 10h-17h. galeriavirgilio.com.br

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Cinema

ma onliins e Veja com a progra

Um rosto (in)esquecível

maçã pleta o na ciddas estreia timeo ade em s ut.com .br

Carey Mulligan e Baz Luhrmann tinham um ritual durante as filmagens de O Grande Gatsby. Todas as manhãs, o diretor batia à porta do trailer de sua protagonista, pegava sua mão, a levava ao set e arrumava seu vestido. O objetivo, diz Mulligan, era “fazer eu me sentir uma dama”. É a primeira coisa que ela me conta durante um chá no Hotel Claridge’s, em Londres. Mulligan está serena, mas também um pouco brincalhona. Isso me surpreende, porque ela sempre parece tão séria quando posa para os fotógrafos. “Não gosto de foto. Eu costumava ser muito pior no tapete vermelho. Só ficava parada lá...” Ela imita a si mesma dando um sorriso amarelo e cômico. “Ao fim, eu estava aos prantos. Meu assessor de imprensa precisava me arrumar e me empurrar de volta ao evento. Estou um pouco melhor agora, mas o olhar das pessoas me apavora...” Talvez seja por isso que ela tenha tanto talento para desaparecer no personagem. A atriz surgiu em Educação, no papel de uma colegial que recebe uma lição de amor de um homem mais velho e enganador. Desde então, não houve dois trabalhos parecidos: era sábia demais para sua idade em Não Me Abandone Jamais e confusa e autodestrutiva em Shame. “Ajuda eu ter um rosto esquecível”, ri, acrescentando, mais séria: “Gosto de fazer algo drasticamente diferente a cada vez. Não quero que o público pense em mim como eu mesma”. Gatsby é a exuberante adaptação megamilionária que Luhrmann, diretor de Romeu + Julieta, fez do romance sobre ganância, alpinistas sociais e amor mal-sucedido, escrito por F. Scott Fitzgerald nos anos 1920. Leonardo DiCaprio é Jay Gatsby, o homem misterioso que faz e perde fortuna por amor. Mulligan vive a rica e bela Daisy Buchanan, a mulher que recebe sua devoção. Este foi o papel feminino mais desejado de Hollywood durante

matt hart/divulgação

Carey Mulligan fala com Cath Clarke sobre sua heroína em O Grande Gatsby, o mais novo épico de Baz Luhrmann

Menina de ouro Na adaptação do livro de Scott Fitzgerald, Mulligan é Daisy, amor de Jay Gatsby (Leonardo DiCaprio)

anos, e Luhrmann pensou em muitas atrizes: Scarlett Johansson, Michelle Williams, Blake Lively, Keira Knightley e Natalie Portman. Quando Mulligan recebeu o convite para o teste, não havia lido Gatsby. “Não estudei o livro na escola.” Ela voou para Nova York para uma confusa sessão com Luhrmann, Leonardo DiCaprio e uma sala cheia

Enquanto conversávamos, eu me perguntava: ‘Será que meu rosto está vermelho? Estou sendo articulada?’” Luhrmann ainda lidava com os testes de vídeo naquele momento. “Ele fez todo um discurso” – ela engrossa a voz – “‘Bem, você sabe, Carey, sou um cientista...’ E falava de forma poética, enigmática. Eu pensava: ‘Estou bêbada ou essa conversa não

‘Gosto de fazer algo drasticamente diferente a cada vez. Não quero que o público pense em mim como eu mesma’ de câmeras. A coisa toda parecia tão “além das possibilidades”, que ela nem ficou nervosa: “Pelo menos, eu poderia dizer: ‘Contracenei com DiCaprio por uma hora e meia’.” Ela conta que cruzou com Luhrmann em um restaurante de Los Angeles, algumas semanas depois do teste – ainda sem saber se tinha conseguido o papel. Ele foi até ela, que se levantou, sem jeito. “Eu havia tomado um martíni. E um drinque para mim é suficiente.

está fazendo sentido?’” Uma semana depois, ela caiu no choro quando ele lhe telefonou dizendo: “Olá, Daisy”. Daisy Buchanan é uma das heroínas da literatura mais difíceis de gostar. Fitzgerald a descreve como “uma menina de ouro” que prefere o dinheiro ao amor. “É difícil compô-la porque ela não se conhece de verdade”, analisa Mulligan. “Está sempre representando, isso é tudo o que tem a oferecer.” A atriz pesquisou as mulheres nas quais

Daisy é inspirada: a problemática mulher de Fitzgerald, Zelda, e seu primeiro amor, Ginevra King. Belos e malditos, Zelda e Fitzgerald eram um casal-celebridade antes dos casaiscelebridade existirem. Fitzgerald, um dos maiores talentos de sua geração, morreu em decorrência do alcoolismo aos 44 anos. Zelda, ícone feminista e escritora, morreu oito anos depois, num incêndio em seu hospital psiquiátrico. Mas, muito antes disso, Fitzgerald se apaixonou por Ginevra, uma linda debutante de 16 anos que conheceu em 1915. Eles se escreveram durante dois anos até a família dela convencê-la a se casar com um pretendente rico. A fala do pai dela – “Moços pobres não deveriam pensar em se casar com moças ricas” – foi direto para O Grande Gatsby. Será que Mulligan não está um pouco apavorada com a ideia de se tornar uma megacelebridade com esse filme? “Isso seria enervante.” Sua voz enfraquece: “Mas, sabe, é engraçado, ninguém nunca me reconhece”. Eu não teria tanta certeza. Leia a crítica de O Grande Gatsby na página 60.

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Estreias O Grande Gatsby

Cinema

Romeu + Julieta e Moulin Rouge – Amor em Vermelho nos mostraram que o diretor australiano Baz Luhrmann sabe dar uma baita festa. Agora, após a monotonia épica de Austrália, ele tira o aparelho de som do armário e volta com tudo em O Grande Gastby. A melhor cena dessa leitura veloz e furiosa do clássico romance de 1925 de F. Scott Fitzgerald aparece logo, quando invadimos uma festa extravagante na casa do ricaço Jay Gatsby, em Long Island. Nick Carraway (Tobey Maguire), o embasbacado e pobre vizinho de Gatsby, corta caminho por entre as senhoras bem vestidas e a ostentação e encontra seu esquivo anfitrião (Leonardo DiCaprio, que, talvez corretamente, não passa de um enigma) em meio a uma multidão em um terraço elevado. A cena traz o melhor de Luhrmann: câmeras girando, um excesso maluco, figurinos chamativos e grandes apresentações musicais. No mundo de Luhrmann, tudo é maior, mais barulhento, mais inteligente e mais rápido até mesmo que no universo da história de Fitzgerald, que por sua vez está longe de ser entediante. Tudo vai bem quando a festa está no auge, e a cena tem um pouco da excitação que sentimos com Claire

warner bros pictures/divulgação

The Great Gatsby. Dir. Baz Luhrmann, 2013, Austrália e EUA. Leonardo DiCaprio, Tobey Maguire, Carey Mulligan. 142 min.

Danes e DiCaprio no aquário, em Romeu + Julieta. Mas, quando a música para e as luzes se acendem, um brilho deselegante é lançado aos momentos mais calmos e intimistas do filme. Um dos pequenos problemas do longa de Luhrmann é que ele não decide se seu tema é o amor malfadado entre Gatsby e a prima de Nick, a volúvel e bela sulista Daisy (Carey Mulligan), que mora do outro

lado do rio com seu marido bruto, Tom (Joel Edgerton), ou se trata do olhar veemente, questionador e horrorizado de Carraway. Ele é um forasteiro em um mundo elitizado e teoricamente é aí que está a verdadeira força emocional da história de Fitzgerald. Mas há um trecho inteiro em que Carraway sai de cena e Luhrmann foca no vai e vem entre Daisy e Gatsby. É devagar como um romance e frio

como uma tragédia. O que o cineasta torna intoxicante é a noção de lugar – as casas, as salas, a cidade, as estradas. Tudo se desenvolve em uma bolha, como em uma fábula louca. Ele vacila em nos convencer de que isso é real, apresentando pessoas cujos destinos e experiências possam nos tocar. Dave Calhoun Estreia em 7 de junho.

Os Escolhidos Dark Skies. Dir. Scott Charles Stewart, 2013, EUA. Keri Russell, Josh Hamilton, Dakota Goyo. 97 min.

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Aliens fazem as coisas mais extraordinárias! Ou assim quer que acreditemos Os Escolhidos, esse excêntrico filme trash sobre abdução. As ações assustadoras dos seres de outro planeta incluem incomodar pombas e entrar no quarto de crianças no meio da noite e é bem possível que o diretor e roteirista Scott Stewart esteja confundindo extraterrestres com velhos safados. Keri Russell é Lacy, uma mãe suburbana que começa a temer por sua família depois de uma série de eventos inexplicáveis (todos irritantemente

familiares para quem já viu Sinais, Atividade Paranormal, Arquivo X ou Os Pássaros). Stewart desperdiça a oportunidade de fazer algo remotamente interessante ou que valha a pena: os personagens são superficiais, o visual é insípido, a trama é batida e, ao mesmo tempo, confusa. O pior de tudo é que o filme inteiro é sem graça, com alguns momentos de humor involuntário – a cena em que Russell, chapada, bate a cara repetidamente contra uma porta de vidro de fato tem seu valor como comédia. Mas o clima geral é de incessante tédio e mau humor. Tom Huddleston Estreia em 5 de julho.

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Los Amantes Pasajeros. Dir. Pedro Almodóvar, 2013, Espanha. Javier Cámara, Carlos Areces, Raúl Arévalo. 90 min.

Cinema

Um teste básico da autoria de um diretor é ver se ele é capaz de fazer em um espaço pequeno e fechado o que costuma fazer com mais liberdade cênica. No Tempo das Diligências e Um Barco e Nove Destinos são, sem dúvida, os grandes filmes de John Ford e Alfred Hitchcock, apesar de se passarem quase todo o tempo em uma carroça e em um barco. Alguns cineastas prosperam nesse modelo, outros parecem inapropriados a ele: Repulsa ao Sexo, de Roman Polanski, é, em muitos aspectos, sua obra-prima, enquanto que um dos apelos de 127 Horas foi ver como o dinâmico Danny Boyle contaria a história de um homem preso sob uma rocha. A maior parte de Os Amantes Passageiros, de Pedro Almodóvar, acontece dentro de um avião comercial, e sem dúvida não poderia ter sido feito por outra pessoa além do cineasta espanhol. Humor e drama de alto nível, segredos de família e mentiras podres, o uso da narrativa e o abuso do subconsciente, guinadas

sobrenaturais e reviravoltas melodramáticas – as questões que são sua marca estão todas a bordo e prontas para decolar. Uma declaração inicial nega qualquer ligação entre o filme e a realidade, mas, ainda assim, Os Amantes Passageiros é uma espécie de farsa excêntrica da situação do país. A classe executiva fervilha com um punhado de tramas de ressonância sóciopolítica, girando em torno de uma celebridade (Cecilia Roth), um banqueiro trapaceiro (José Luis Torrijo), um mexicano misterioso (José María Yazpik) e uma virgem paranormal (Lola Dueñas). A classe econômica está às traças. O voo tem problemas. A tripulação da cabine (Javier Cámara, Carlos Areces, Raúl Arévalo) dedica-se à distração, uma folia regada a bebidas, drogas, boquetes e dublagens. Há um rompante de dança, outro de sexo, muita tequila. É uma diversão desenfreada, mesmo que nem sempre fique claro aonde é que vai dar. Como em qualquer filme de Almodóvar, as ligações com seus filmes anteriores são muitas: podemos pensar no gazpacho de Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos, na ética contestável à beira da cama de Fale com Ela,

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Os Amantes Passageiros

E film do mês

nos sequestradores terroristas de Labirinto de Paixões. De fato, com essa sátira escancarada e esse tom de pastelão, Os Amantes Passageiros é o mais perto que Almodóvar chegou, em anos, de suas brincadeiras iniciais, como Labirinto, Pepi, Luci, Bom e O Que Fiz para Merecer Isto?. O contexto, é claro, mudou da libertação

pós-Franco para a ansiedade pós-crise na Espanha: depois de sobreviver a uma queda, os passageiros agora encaram mais uma. O conselho do cineasta é tentar ser honesto e fazer sexo. Apertem os cintos – será uma noite de turbulências. Ben Walters Estreia em 28 de junho.

A Filha do Meu Melhor Amigo The Oranges. Dir. Julian Farino, 2011, EUA. Hugh Laurie, Leighton Meester, Adam Brody. 90 min.

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O mais novo passeio por um bairro bem cuidado de subúrbio, A Filha do Meu Melhor Amigo, se passa na cidade-dormitório de West Orange, em Nova Jersey, onde os Walling e os Ostroff sempre estiveram mais para compadres do que para vizinhos. Essa intimidade, porém, é testada quando a filha Nina Ostroff (Leighton Meester) volta para casa após uma separação complicada e fica de olho no ‘tio’ David Walling (Hugh Laurie) – que, graças à união sem sexo com a mulher, Paige (Catherine Keener), se mostra pronto para o abate. Enquanto os Ostroff (Allison Janney e Oliver Platt) fazem um rebuliço de tão apavorados com a situação, os Walling se distanciam, com David tentando tornar normal seu caso com a moça mais nova e Paige tentando cometer um

assassinato na véspera de Natal. O veterano diretor de TV Julian Farino (da série Entourage) e os roteiristas Ian Helfer e Jay Reiss levam o crédito dessa farsa engraçada, mas o enredo basicamente se escreve sozinho: o gramado bem aparado do primeiro ato estará abandonado no terceiro; casamentos afáveis se mostrarão ausentes de amor; e mulheres com mais de 50 anos serão punidas por serem controladoras e intrometidas à base da gritaria. Janney e Keener não conseguem diminuir o ódio automático que suas caricaturas de malucas causam, enquanto que Laurie e Meester se dão melhor na pele de sonhadores que mudam o curso de suas vidas. Mas matar peixes no cativeiro geralmente causa compaixão pelos peixes – ou, neste caso, por suburbanos perfeitamente infelizes. Eric Hynes Estreia em 14 de junho.

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Gay Roteiro

Foto fetiche Crisálidas

ACADEMIA Commando Fitness A

Envie sugestões para gls@guiatimeout.com.br (redação).

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Clubes A Lôca A logo da balada, a imagem da Rainha de Copas de Alice no País das Maravilhas, já dá o recado: as coisas podem ficar meio loucas por ali, no melhor dos sentidos. As paredes são escuras e as batidas de techno e pop embalam frequentadores de diferentes tribos – de gays arrumadinhos a travestis. R. Frei Caneca, 916, Consolação, 3159-8889, Metrô Consolação. Qui. a sáb., 0h-7h; dom., 20h-6h. R$ 25-R$ 40. aloca.com.br Blue Space Este megaclube exclusivamente gay tem capacidade para receber 1.500 pessoas, que se divertem com os shows de drag queen e se deliciam com os go-go boys. Na pista de dança principal, a música é geralmente um bate-estaca não muito estimulante: garotos recém-saídos da adolescência dividem a pista com barbies. E há um darkroom (onde nada e ninguém são de ninguém). R. Brigadeiro Galvão, 723, Barra Funda, 3666-1616. Metrô Mal. Deodoro. Sex. e sáb., 23h-7h; dom., 20h1h. R$ 20-R$ 28. bluespace.com.br Bubu Lounge Os três ambientes espalhados em mais de mil metros quadrados são amigáveis para héteros. No lounge, há shows ao vivo de samba e MPB. House e techno dominam a pista principal. R. dos Pinheiros, 791, Pinheiros, 3081-9659. Qua., sex. e sáb., 23h30h-últ. cliente; dom., 19h-últ. cliente. R$ 10-R$ 60. bubulounge.com.br Club Yacht A temática marítima dessa belíssima casa do Bixiga buscou inspiração estética nas listras náuticas de Jean Paul Gaultier e em referências a Atlântida e Iemanjá. O espaço arejado, com uma grande pista de dança cercada por dois mezaninos, é decorado com paredes azuis e balcões espelhados; com pé-direito alto, o teto é cravejado de conchas e tem luzes piscantes que dão uma sensação do glamour dos anos 1980. Duas palmeiras gigantes, uma dentro e outra na área de fumantes, dão um toque tropical. Entre as bebidas da casa, o Sailor (com rum branco, menta, licor maraschino e soda, R$ 25), é servido por bartenders vestidos a caráter e uma boa maneira de entrar no clima. R. 13 de Maio, 701, Bela Vista, 3104-7157. Qua. e qui., 23h30-5h; sex., 0h-5h; sáb., 0h-9h. Cerveja long neck, R$ 8; caipirinha, R$ 12; consumação mínima, R$ 40R$ 120. clubyacht.com.br The L Club No clube das garotas, você econtra todos os tipos: das Ellen DeGeneres às Portia de Rossi e todos os outros que estão entre os dois extremos. Às sextas, tem MPB ao vivo no lounge

Por aí

O Museu da Diversidade – que não é bem um museu, e sim um espaço de exposições dentro da estação de metrô República – completa um ano. Para comemorar, foi inaugurada a mostra fotográfica Crisálidas, em referência às transformações pelas quais os transgêneros fotografados passam nas imagens. A exposição compreende uma série de retratos feitos por Madalena Schwartz (1921-1993). Imigrante húngara radicada em São Paulo, ela ficou fascinada com a excentricidade dessas pessoas durante os anos 1970. A artista clicou parte das fotos em seu apartamento no icônico Edifício Copan, o que explica o clima intimista de muitas delas. Museu da Diversidade. Dentro da estação de metrô República. Ter. a dom., 10h-20h. Até 30/9. museudadiversidade.com.br externo, mas a pista principal ferve mesmo é com com tribal house. Melhor noite: sextas-feiras. R. Luís Murat, 370, V. Madalena, 2604-3393. Sex., 23h-6h. R$ 15-R$ 20. thelclub.com.br The Society Do mesmo dono da The Week, a sede desta balada é um luxuoso casarão antigo, com uma pista de dança no térreo e um lounge carpetado no piso de cima. Os frequentadores nunca jogam as camisetas para cima, mesmo quando o DJ Paulo Pacheco anima a pista com músicas pop. R. Mq. de Paranaguá, 329, Consolação, 3154-1669. Sex., 0h - últ. cliente; dom., 21h-últ. cliente. R$ 60R$ 80. thesociety.com.br

The Week Este é o que os outros clubes (gays ou héteros) estão tentando ser. É uma espécie de Ibiza no meio de São Paulo. O público é formado por homens musculosos, casais heterossexuais e celebridades que se dispersam nas duas pistas de dança e na área da piscina. R. Guaicurus, 324, Lapa, 3868-9944. Sáb., 0h-8h. R$ 60-R$ 80. theweek.com.br Tunnel A casa é conhecida por realizar shows cafonas e concursos absurdos. Na decoração, murais de mosaico e pisos que imitam o estilo do arquiteto espanhol Gaudí. R. dos Ingleses, 355, Bela Vista, Metrô Brigadeiro, 3285-0246. Sex. e sáb., 23h-6h; dom., 19h-0h. R$ 20.

localização conveniente e a mensalidade barata fazem desta academia pequena e sem frescuras uma das favoritas entre os gays que moram na região da Frei Caneca. R. Augusta, 810, Consolação, 9442-8697. Seg. a qui., 6h-1h; sex., 6h0h; sáb.,10h-18h; dom., 12h-15h. R$ 15 por dia; R$ 190 por mês. ACADEMIA Gaviões Essa academia tem três andares e funciona 24 horas por dia. Parada quase obrigatória para os fanáticos por exercício e saradões que se preparam para mostrar na balada. A mensalidade inclui treino com pesos, aulas de aeróbica e karatê. R. 13 de Maio, 812, Bela Vista, 3285-3269. 24h. Outras unidades por toda a cidade. R$ 190. BAR Vermont República Este tradicional boteco é uma antiga instituição gay. Dos auto-falantes é possível ouvir som pop de bandas covers cafonas a hits da MPB. Av. Dr. Vieira de Carvalho, 10, Centro, 3222-5848. Metrô República. Seg. a qui., 18h-1h; Sex. a dom., 18h-2h. vermontrepublica.com.br COMPRAS Acessórios Arco Íris Um grupo de designers de joias produz colares, pulseiras, camisetas, cintos, chaveiros, lingerie e roupas de banho voltados para o público LGBT. Tudo é estampado com a bandeira arco íris e pode ser encontrado nas lojas física e virtual. R. Vitória, 833, República, 3337-3768. Metrô República. Seg. a sáb., 11h-20h; dom., 16h-22h. acessoriosarcoiris.com.br. PADARIA Bella Paulista Bem iluminada e sempre concorrida, essa padaria/restaurante é praticamente uma instituição gay. Desde o começo da noite até altas horas, baladeiros e personalidades de TV aparecem e paqueram, enquanto devoram deliciosos sanduíches, massas ou doces. Só o serviço deixa a desejar. R. Haddock Lobo, 354, Consolação, 3214-3347. Metrô Consolação. 24h. bellapaulista.com PASSEIO SP Gay Bikers O primeiro grupo gay de ciclismo do Brasil organiza passeios pela cidade e algumas vezes fora dela. As exigências: que os participantes sejam maiores de 18, tenham a própria bike e usem capacete. Quando chove, o passeio é cancelado. Dom., 10h. Quitanda Greengrocer. Pça. Cordeiro de Farias, Consolação. sp-gay-bikers.blogspot.com SAUNA Termas Fragata Uma das saunas mais tradicionais de São Paulo, com uma atmosfera casual e um público eclético. R. Francisco Leitão, 71, Pinheiros, 3085-7061. 14h-0h. R$ 40. termasfragata.com.br SAUNA Thermas Lagoa Você baba nos go-go boys na sua balada favorita? Aqui, é possível encontrar uma seleção dos melhores à disposição. R. Borges Lagoa, 287, V. Clementino, 5573-9689. Metrô Santa Cruz. Seg. a qui., 14h-0h; sex., 14h-2h; sáb., 14h-1h; dom., 14h-0h. R$ 40- R$ 50. thermaslagoa.com.br

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Música & Noite Temporada do barulho

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O cenário de heavy metal em São Paulo talvez não seja tão evidente: muito do que acontece tem pouquíssima divulgação, ou é um pouco afastado do circuito central mais conhecido. Mas, como indicam os constantes shows de metal que passam por São Paulo, o número de fãs é enorme: tanto Black Sabbath como Megadeth vêm para cá em outubro, e o espetáculo de três horas do Avantasia, o supergrupo operístico do vocalista alemão Tobias Sammet, já está esgotado para o dia 29/6, no HSBC Brasil. Junho também traz a pose comercial de falso metal da banda de rock Halestorm. Vencedora do Grammy em seu país de origem, os Estados Unidos, em São Paulo a banda toca no modesto Carioca Club (R. Cardeal Arcoverde, 2.899, Pinheiros, 3813-8598, cariocaclub. com.br. 16/6, 18h R$ 160). Talvez isso seja um sinal do tradicional isolamento dos metaleiros, mas são as bandas menos conhecidas que continuam atraindo constantes plateias de camiseta preta. De acordo com Fernando Oster, vocalista do grupo paulistano Woslom, uma grande variedade de “bandas locais de alta qualidade fazendo shows a preços baixos” mantém os fãs de metal contentes. Se você quiser conferir com seus próprios olhos, dois festivais em breve irão amplificar os acordes nacionais dos muitos subgêneros do metal, a valores razoáveis. Primeiro, o Panzer Fest acontece no dia 15/6 no Cine Joia, território geralmente mais voltado ao indie. A atração principal, o homônimo Panzer (banda chilena dos anos 1980), é o que o evento terá de mais próximo do clássico som heavy metal, construído com base em hinos arrebatadores (cantados em espanhol) e duas guitarras, ao estilo Iron Maiden. As cinco bandas participantes também incluem uma boa dose de talentos

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CM Corey trilha os misteriosos caminhos do heavy metal na cidade, que recebe shows e festivais do gênero este mês

Da pesada No alto, Tobias Sammet, do Avantasia; à esq., os chilenos do Panzer; e à dir., os paulistas do NervoChaos

locais definitivamente pesados. Fique de olho nos paulistas do NervoChaos, cuja mistura de death metal e hardcore é o combustível dos colapsos nervosos do álbum de 2012, To The Death. A programação se completa com os puristas do Woslom, inspirados no thrash, com a música surpreendentemente ritmada do Command6 e com a exatidão rígida e dramática do Forka, que abre o festival. Se, para você, uma noite da pesada pede uma sensação de mais mistério do que uma casa de shows comum pode oferecer, a intimista Livraria da Esquina, misto de loja de livros e bar, recebe o Brotherhood Deathfest no dia 7/7, que apresenta quatro bandas nacionais dedicadas ao som do death metal. Isso significa

guitarras graves e complexas, uma violência confusa de baterias e vocais furiosos e guturais descrevendo tudo o que é vil e terrível – de maneira ininteligível. As bandas Vomepotro, Anarkhon e a majoritariamente feminina Force antecedem o Ayin, metódico trio do Mato Grosso do Sul que lança o terceiro álbum, Ordo Ab Chao. A noite com certeza será barulhenta, escura e implacável. Se isso lhe soar um pouco hardcore demais e potencialmente aterrorizante, o Xtreme Noise Festival também começa neste mês, com cinco datas diferentes entre 15/6 e 3/7 no Teatro Mars e no Inferno Club. O termo ‘Xtreme’ não é lá muito apropriado: o clima predominante está mais para o skate rock do sul da Califórnia de meados da década de

1990. Um metaleiro provavelmente diria que, apesar das boas intenções do evento, a música não será nem tão extrema nem tão barulhenta – e certamente não tão pesada – como pede seu gosto. Panzer Fest Cine Joia. Pça. Carlos Gomes, 82, Sé, 3231-3705. R$ 25. 15/6, 20h. cinejoia.tv Brotherhood Deathfest Livraria da Esquina, R. do Bosque, 1.254, Barra Funda, 3392-3089. R$ 15. 7/7, 18h. livrariadaesquina.com.br Xtreme Noise Festival Teatro Mars. R. João Passalacqua, 80, Bela Vista, 3384-5115. teatromars.com. br. Inferno Club. R. Augusta, 501, Consolação, 3120-4140. infernoclub. com.br. R$ 150 para seis dias. 15/6 a 3/7. Para programação completa, acesse last.fm/festival/3528797

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O que vem por aí Fela Kuti - O Design Gráfico dos LPs

Festa Junina

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Encontre o seu lado caipira na megalópole, não perca este show com os variados sons do sertão nordestino

Artebeat As capas criadas pelo artista plástico Lemi Ghariokwu são consideradas manifestos políticos ilustrados

Márcio Cruz recomenda a exposição das capas dos LPs do nigeriano que foi o pai do afrobeat

piso térreo do Museu Afro Brasil até o dia 18/8 (quem prefere uma narrativa cronológica deve começar do final), não atende apenas aos fãs, ansiosos para ver os álbuns ao vivo pela primeira vez. Para contextualizar a conturbada cena política da Nigéria à época, o próprio Ghariokwu aparece em um vídeo, no qual também revela seus trabalhos prediletos: Before I Jump Like Monkey Give Me Banana (1976) e o incendiário Zombie (1977), este último o mais popular dos discos do músico lançados na Nigéria. Os álbuns vistos na mostra foram doados pelo cientista político e etnólogo cubano Carlos Moore, autor da biografia Fela - Esta Vida Puta (Nandyala, R$ 40), escrita em 1981, mas lançada no Brasil apenas em 2011, com a presença do autor, que atualmente reside em Salvador. Fela Kuti – O Design Gráfico dos LP’s Museu Afro Brasil. Av. Pedro Álvares Cabral s/nº, Pq. do Ibirapuera, 3320-8900, ramal 8921. Grátis. Ter. a dom., 10h-17h. Até 18/8. museuafrobrasil.org.br

Música & Noite

Instrumentos de sopro, batuque e dança. Alguns elementos do afrobeat são tão simples – e complexos – como os do samba. Talvez por isso, o ritmo, que começou a ganhar público por meio de uma meia dúzia de entusiastas, tenha conquistado uma parcela fiel de paulistanos. Pelos menos os frequentadores de festas como a Fela, Safári 70 e Bafafá, e os fãs da banda Bixiga 70, revelação da cena independente. O ponto alto da celebração do gênero, por enquanto, foi a apresentação de Seun Kuti, filho do legendário compositor, cantor, multiinstrumentista e ativista político nigeriano Fela Kuti (1938-1997), o pai do afrobeat. Ele incendiou o palco Júlio Prestes na Virada Cultural de 2012, e colocou milhares de paulistanos para dançar com uma mistura de jazz, funk e ritmos

tribais. Outro filho de Fela, Femi Kuti, também já tocou na cidade. O sinal mais recente dessa devoção pelo afrobeat é a exposição Fela Kuti - O Design Gráfico dos LPs. São 41 capas, todas criadas pelo artista plástico Lemi Ghariokwu, também cidadão da República Kalakuta, nome dado por Fela Kuti à comunidade na qual vivia com a família, amigos e outros músicos em Lagos, na Nigéria. Amigo pessoal de Fela, Ghariokwu é o criador da vibrante e anárquica estética visual que hoje é vista em flyers de festas de afrobeat e em discos de artistas influenciados por ele. Designer da maior parte das capas de álbuns de Fela Kuti, ele concebeu manifestos políticos ilustrados a partir do uso de colagens e tipografias irregulares, muitas vezes manuscritas. Somadas às letras combativas das músicas de Fela, um ferrenho opositor do regime autoritário vigente em seu país nos anos 1970, as capas serviram de contraponto à musicalidade vivaz do afrobeat. A seleção que pode ser vista no

Em geral, é difícil encontrar o charme rústico em meio à paisagem de concreto de São Paulo, mas junho sempre traz o interior do Brasil para dentro da cidade. São as festas juninas e, entre elas, este ano, haverá um tributo musical ao sertão nordestino, no espaço mais verde de São Paulo, o Parque do Ibirapuera. Abrindo o show, os Irmãos Aniceto, uma ‘instituição’ do Estado do Ceará, fazem uma apresentação folclórica de pífanos e percussão – com direito a passos sincronizados e figurinos típicos. Talvez com movimentos menos animados do que os Irmãos Aniceto, o octogenário Chico Paes de Assaré e seus dedos ágeis ainda impressionam, solidificando sua reputação de virtuose do acordeão, e soltando melodias alegres. Para encerrar a noite, Joquinha Gonzaga (sobrinho do Rei do Baião, Luiz Gonzaga), com sua banda, segue os passos – e o estilo musical – de seu célebre tio. CM Corey Irmãos Aniceto, Chico Paes de Assaré e Joquinha Gonzaga Auditório Ibirapuera. Av. Pedro Álvares Cabral, s/no, Portão 3, Pq. do Ibirapuera, 5908-4290. 22/6, 19h. GRÁTIS auditorioibirapuera.com.br

Afrobeat em São Paulo Conheça mais sobre o estilo musical de Fela Kuti por meio de bandas, festas e blogs As festas Safári 70 Festa liderada pelo jornalista e DJ Ramiro Zwetsch no Boteco Prato do Dia (R. Barra Funda, 34, Barra Funda, 23718534. Metrô Marechal Deodoro, botecopratododia.org). A próxima é no dia 19/7. Bafafá A festa itinerante reúne músicos, dançarinos e DJs de estilos de origens africana, como o afrobeat, e brasileira, como o coco. Para descobrir mais, visite facebook/bafafa.festa.

Festa Fela Realizada anualmente desde 2007 pelos DJs Ramiro Zwetsch e Mzk, a festa acontece em data próxima ao aniversário de Fela Kuti, 15/10. Saiba mais em facebook.com/festa.fela O site Radiola Urbana Criado por Zwetsch, o radiolaurbana.com.br aborda vários estilos de música, e dedica programas inteiros ao afrobeat e à história de Fela Kuti.

Helio Filho/Divulgação

As bandas Bixiga 70 Inspirada no afrobeat, no samba e nos tambores de terreiros, a banda é considerada uma das melhores em atuação. ‘Balboa da Silva’ foi citada pelo jornal britânico The Guardian como uma das melhores faixas da música mundial. Clube de Bolso A banda instrumental foi formada por estudantes da Unicamp e tem um repertório de músicas que misturam funk, afrobeat e MPB.

Irmãos Aniceto Pífanos e percussão

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Na trilha do som

multi.art Festival sustentável

Envie sugestões para musica@ guiatimeout.com.br e baladas@ guiatimeout.com.br (redação)

Hip-Hop Espaço Soma Todo tipo de evento artístico acontece nesta galeria moderna e brilhante na Vila Madalena, de exposições de arte até shows ao vivo, a maioria por artistas independentes. R. Fidalga, 98, V. Madalena, 3031-7945. Ter. a qui., 12h-20h; sex. e sáb. 12h-1h. Cerveja, R$ 4,50; caipirinha, R$ 9; couvert, R$ 10R$ 20 maissoma.com

Sertanejo Villa Country A casa tem decoração no estilo velho oeste, com peças originais das fazendas texanas e indumentárias indígenas. É considerada o templo da música sertaneja e costuma receber de duas a cinco mil pessoas por dia, geralmente jovens. A estrutura é grandiosa: são doze mil metros divididos em palco para shows, restaurantes, pista de dança, mesas de bilhar, cachaçaria, café, sete bares, camarotes com pista de dança, mezanino, chapelaria, loja e restaurante. Av. Francisco Matarazzo, 774, Barra Funda, 3868-5858. Metrô Palmeiras-Barra Funda. Cerveja, R$ 6; capirinha, R$ 12-R$ 16; couvert, R$ 30R$ 60. Qui. a dom., 20h-últ. cliente; pista de dança, 23h-últ. cliente. (véspera de fer., 20h-últ. cliente). villacountry.com.br

Ecléticos

Música & Noite

Bourbon Street Music Club O palco baixo, a proximidade com os músicos e o bom serviço de bar são algumas das características dessa casa em Moema. Blues, jazz e outras vertentes dos ritmos de New Orleans esquentam esse local onde todos assistem aos shows sentados. R. dos Chanés, 127, Moema, 5095-6100. Seg., ter. e dom., 20h; qui., sex. e sáb., 21h; shows, ter., 22h30; qui., 23h30; sex. e sáb., 0h e 1h30; jazz e piano bar, qui. a sáb., 21h30. Entrada, R$ 35-R$ 50. Chope, R$ 7,20; caipirinha, R$ 15,50. bourbonstreet.com.br Tom Jazz Um casarão de dois andares especializado em receber shows de… jazz, claro. O público que frequenta o térreo e o mezanino de paredes de tijolos expostos costuma ser mais velho, mais dado à tranquilidade. O ambiente, aliás, recebe no máximo 200 pessoas que sentam nas mesas para apreciar os shows, de forma confortável. Av. Angélica, 2.331, Higienópolis, 3255-0084. 20h-0h. R$ 40-R$ 100, cerveja long neck, R$ 7,50; caipirinha, R$ 13. tomjazz.com.br

Indie & Rock Alberta #3 A pista pode ser embalada tanto por hits da disco music como por faixas indies, tudo depende da noite. A decoração é estilosa, com muitas referências à música e uma grande imagem de Bob Dylan, que dá as boas vindas aos rockers e modernos que frequentam o local. Apesar do espaço pequeno, ele foi bem dividido entre três ambientes, com direito a uma animada pista. Ótimo para a happyhour (grátis) e para se jogar na dança. Mas atenção ao relógio: depois das 22h o ingresso pode ficar caro. Av. São Luís, 272, Centro, 3152-5299. Metrô Anhangabaú. Ter. a sab., 19h-últ. cliente. Entrada, R$ 15-R$ 35 (após as 22h); chope, R$ 4; caipirinha, R$ 12. alberta3.com.br Inferno Club Qual é a trilha sonora no Inferno? Rock’n’roll, é claro. Toda a ambiência combina com o gênero: paredes de oncinha, muito vermelho e um neon que acende o enfático nome do clube. Shows ao vivo e DJs incendeiam a pista espaçosa, frequentada por idades variadas – o preto é a cor dominante no figurino dos habitués. Em algumas noites, há outras vertentes musicais como o funk e o hip-hop. R. Augusta, 501, Consolação, 3120-4140. Metrô Consolação. Qui. a dom., 23h-6h.

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Jazz

O festival Sony INNER multi. art chega à 10a edição unindo música com tecnologia, arte e sustentabilidade. E está maior do que nunca, com três palcos. No principal, as atrações são da música eletrônica, como a dupla sueca Drop Out Orchestra (na foto) e o remixer americano Goldroon; o DJ Nu-Mark comanda o hip-hop e o soul do palco Red Bull Music Academy; enquanto o duo Database será destaque do palco Damn Fridays. Mas, apesar do crescimento orgânico, o DJ e criador Dré Guazzelli,

famoso pelo trabalho no Lions Club, no D-Edge e na Casa 92, manteve as raízes do evento em muitos sentidos: todo o lixo da festa é reciclado e boa parte da decoração é feita a partir de materiais reaproveitados. O tema deste ano é ‘Cores, Viagens e Celebração’, e o evento multidisciplinar terá novamente grafitagem ao vivo, exposições de fotografia e apresentações de circo. TW Eventos R. Guaicurus, 820, Lapa, 3868-9944. R$ 50-R$ 70. 26/6, 21h. innermultiart.com

Entrada, R$ 10-R$ 30; cerveja long neck, R$ 8; caipirinha, R$ 15. infernoclub.com.br

proprietário William, mestres locais do samba se reunem para tocar clássicos do gênero. É indicado para os amantes do do samba e muito bem recomendado. R. Águas Virtuosas, 347, Casa Verde. Sáb, 7h - 0h. Cerveja 1l., R$ 8; caipirinha R$ 5 Bar Mangueira Batizado em homenagem a escola de samba do Rio, essa pista fica abarrotada de gente interessada em ouvir e música e dançar, sem frescuras. Bandas de pagode, samba e samba-rock tocam até bem tarde, enquanto casais giram ao sabor do ritmo. Vale telefonar para saber sobre as aulas de dança, que acontecem antes dos shows. R. Cláudio Soares, 124, Pinheiros, 3034-1085. Metrô Faria Lima. Cerveja, R$ 6,50-R$ 7,50; capirinha, R$ 12; couvert, R$ 10-R$ 20. Qui. e sex., 21h30-4h; sáb., 13h3022h30; dom., 14h-21h . barmagueirasp. com.br

Samba Bar Brahma Um clássico de São Paulo, que fica na esquina mais famosa da cidade, a Avenida Ipiranga com São João, eternizada em ‘Sampa’, de Caetano Veloso. Oferece música ao vivo com shows de samba, MPB, choro e jazz. Av. São João, 677, República, 33333030. Metrô República. Seg., 16h-1h; ter. a qui., 11h30- 2h; sex., 11h30-4h; sáb., 11h30-últ. cliente; dom., 11h30-últ. cliente; shows, seg., qua. e qui., 22h30; ter., 21h; sex., 23h30; sáb., 23h30; dom., 20h. Entrada, R$ 14-R$ 75. Chope, R$ 5,50; caipirinha, R$ 16,50. barbrahmasp.com Bar do William Nesse lugar simples e aconchegante, que fica na garagem do

Carioca Club Uma das melhores casas de show da cidade de estilos variados, o Carioca Club tem um espaço amplo que pode acomodar até 12 mil pessoas, assim como camarotes e mezanino com uma vista privilegiada do palco. R. Cardeal Arcoverde, 2.899, Pinheiros, 3813-8598. cariocaclub.com.br Lions Instalada em um prédio da década de 1950, a casa tem um certo ar de exclusividade. Sem placa, só dá para encontrá-la se você já sabe o endereço. O salão tem pé-direito alto e é decorado como um clube de cavalheiros, com animais empalhados nas paredes e móveis chamativos. Cada uma das duas pistas mostra o seu charme: uma delas fica ao lado do belo bar, com um palco que às vezes recebe shows ao vivo. A outra exibe um impressionante jogo de luz que tira proveito dos espelhos. Mas a vedete do espaço é o terraço: com vista para a catedral da Sé. O menu musical é variado, com hip-hop, soul e funk. Av. Brigadeiro Luís Antônio, 277, Centro, 3104-7157. Ter., qui. a sáb., 0h-6h. Entrada, R$ 30R$ 120; cerveja long neck, R$ 8; caipirinha, R$ 18. lionsnightclub.com.br

Eletrônicos D-Edge Para entusiastas da música eletrônica, sempre vale conferir a programação desse clube, que leva às suas picapes alguns dos melhores DJs internacionais e nacionais. O sistema de iluminação pulsa de acordo com o ritmo dos beats, e o terraço feito após a ampliação da casa é um dos chamarizes. Al. Olga, 170, Barra Funda, 3667-8334. Metrô Barra Funda. Seg., qui. a sáb., 0h-últ. cliente; dom. 5h-12h. Entrada, R$ 30-R$ 80; cerveja lata, R$ 8-R$ 9; drinks, R$ 14-R$ 25. d-edge.com.br Hot Hot O sistema de som é um dos mais poderosos da cidade, amplificando beats eletrônicos dos DJs nacionais e internacionais que se revezam nas picapes, bombando a ampla pista do andar inferior. No ambiente de cima, há muitos pufes e um bar, em um visual que segue a linha dos anos 1970, com direito a um reluzente papel de parede. O público costuma ser de jovens endinheirados, ou amantes de eletrônica. R. Santo Antônio, 570, Bela Vista, 2985-8685. Metrô Anhangabaú. Qui. a sab., 0h-últ. cliente. Entrada, R$ 30R$ 80; cerveja long neck R$ 8; caipirinha R$ 15. hothotsite.com.br

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Teatro & Dança Elise de todos nós Beethoven não poderia imaginar o sucesso de sua ‘Bagatela No 25 em lá menor para piano Für Elise’, ou simplesmente, ‘Para Elise’, no português, ou ainda, ‘Pour Elise’, no frânces – e as traduções do título só mostram o alcance mundial deste clássico. Por aqui, ouvimos a música como trilha de desenhos, de comerciais, temas de aulas de iniciação musical e, uma gracinha local: a obra sendo usada nos caminhões de gás para substituir os gritos dos vendedores de botijões. A composição também inspirou o cantor e pianista Claudio Goldman para o musical Pour Elise. Com uma carreira eclética, que inclui a assinatura de cançõestema de novelas da TV Globo e apresentações no Festival de Inverno de Campos do Jordão, Goldman deu inícioao formato do espetáculo no show Versão Brasileira. Procure o vídeo no YouTube (http://j.mp/TOSP_goldman) para ver o que ele faz com algumas obras clássicas, inserindo ritmos da música

Jefferson Pancieri/Divulgação

Um musical miscigenado como o Brasil não pode ficar fora da sua lista, aposta Evelin Fomin

Clássico popular Composições de Beethoven, Mozart e Schumann são trilha sonora para esta história de amor brasileira, como o samba e o choro. Para o novo espetáculo, idealizado ao longo de quatro anos, Goldman teve a autoria de Flávio de Souza (do clássico teatral Fica Comigo Esta Noite) e a direção de Pamela Duncan (especialista em Teatro Físico e à frente de A Peste, Cia.

Urbana de Teatro). Cinco músicos executam a trilha sonora permeada por melodias também de Schumann e Mozart para retrataro melodrama do pianista judeu Sbig (Goldman), que se apaixona pela cantora Elise (Gabriela Alves Toulier). No romance de Souza, o casal se reencontra no Brasil, anos

depois do primeiro encontro na Varsóvia de 1938.

Você está dominado ou domina os objetos à sua volta? Para entender melhor, Evelin Fomin sugere a ida ao circo

o palhaço solitário, que aqui não traz um nariz vermelho, pretende mostrar o estresse e a fadiga de uma vida cheia de rotinas – e que podem ser fatais sobretudo em uma cidade engolida pelo trabalho como São Paulo. As reflexões profundas podem até passar despercebidas com um cenário minimalista e surrado, mas, ao mesmo tempo, se apresentam com leveza e bom humor. O espetáculo, melhor ainda, serve à toda família, sem restrições de idade.

Pour Elise Teatro Folha. Shopping Pátio Higienópolis, Av. Higienópolis, 618, 3823-2323. Ter., 21h30. 60 min. Livre. R$ 10-R$ 20. Até 20/8. teatrofolha.com.br

Divulgação

Peça para ver O Descotidiano

Riso melancólico Um palhaço solitário faz malabarismos no número circense

O teaser do número de circo ‘O Descotidiano’ no YouTube (http://j. mp/TOSP_descoti) é um convite poético e silencioso para a entrada em um mundo singelo e fantástico criado por Otavio Fantinato, da Cia. do Relativo. Ao manipular objetos do cotidiano com malabarismos que por vezes se mostram cômicos, por outras, irônicos e ainda tristes,

O Descotidiano Sesc Pompeia. R. Clélia, 93, Pompeia, 3871-7700. Ter., 20h30. 45 min. Livre. R$ 2R$ 8. 18 e 25/6; 2/7. sescsp.org.br

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Futebol & Copa do Mundo 2014 Na campo social

Em janeiro, em uma partida do Campeonato Paulista, o Santos Futebol Clube entrou em campo com a emblemática camisa alvinegra levemente modificada: além das estampas dos patrocinadores, os jogadores levavam no peito e nas costas o nome INJR – Instituto Neymar Jr (neymaroficial.com), projeto social do craque do time, que havia sido lançado naquele mês. A jogada solidária de Neymar tem como objetivo ajudar a população carente por meio de atividades esportivas, educativas e sociais. Para isso, o atacante está fazendo fora de campo uma tabelinha com ONGs e empresas privadas. À véspera da Copa das Confederações (leia mais na página ao lado), na qual será uma das estrelas da Seleção Brasileira, Neymar lançou a mais expressiva ação do instituto até agora. O projeto Sede de Vencer vai levar água potável para cerca de 85 mil brasileiros em cinco das cidades-sede do torneio, Brasília (DF), Salvador (BA), Fortaleza (CE), Belo Horizonte (MG) e Rio de Janeiro (RJ). Serão doados 850 filtros que limpam e purificam água suja deAN_RODAPE_AF.pdf terra, desenvolvidos 1

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MARCOS BEZERRA/FUTURA PRESS

Instituto Neymar Jr. leva água potável para comunidades carentes das cidades da Copa das Confederações, conta Marina Monzillo

Marketing do bem O prestígio de Neymar garantiu um espaço para seu projeto social na camisa do Santos

pela ONG Waves for Water, parceira do INJR e fundada pelo ex-surfista norte-americano Jon Rose. Ainda um novato no campo da responsabilidade social, Neymar tem como aliado o seu carisma, que o tornou um dos principais garotos-propaganda do Brasil. Usar esse apelo para fazer o bem pode resultar em gols tão bonitos quanto aqueles que ele marca dentro das quatro linhas. A realidade, entretanto, é que 5/25/12 1:06 PM

são poucos os astros do futebol brasileiro que se dedicam a seus próprios projetos sociais. Podemos citar Paulo André, zagueiro do Corinthians, que desde 2011 tem seu instituto. O IPA (institutopauloandre.org. br) tenta driblar a exclusão na periferia de Campinas (SP), por meio de tratamento dentário gratuito e escolinha de futebol e doações de cesta básica, entre outras iniciativas. Mas o melhor exemplo de quem

vivia com a bola no pé e agora põe a mão na massa é a dupla Raí e Leonardo. Ex-jogadores do São Paulo, de clubes europeus e da Seleção, eles mantêm desde 1998 a Fundação Gol de Letra (goldeletra. org.br). A ONG atende cerca de 1.300 crianças e jovens promovendo atividades de arte, cultura, esporte, lazer, cidadania e capacitação no Rio de Janeiro e em São Paulo. É o marketing esportivo trocando passes com o marketing social.

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O campeonato que funciona como prévia da Copa do Mundo também é levado a sério, mostra Cecília Gianesi A Copa das Confederações costuma ser encarada apenas como uma prévia do que realmente importa, a Copa do Mundo. Mas, quando se está na competição – que acontece exatamente um ano antes do grande evento – os ânimos não são os mesmos de um treino qualquer. Os argentinos, por exemplo, levaram a sério a derrota na final de 2005, por 4x1 para a Seleção Brasileira – comandada com muito samba por Kaká, Ronaldinho e Adriano. O Olé, principal jornal esportivo da Argentina e famoso por suas provocações, foi para as bancas sem capa, simulando uma falha na impressão, para não estampar a vitória de seus maiores rivais. Esse campeonato alternativo entre nações surgiu em 1992 e era, em suas duas primeiras edições, chamado de Copa do Rei e sediado na Arábia Saudita. Em 1997, a bola foi passada para a FIFA, que começou a organizar a competição, já com o nome atual, com oito países na disputa. E assim como no Mundial, o Brasil é o maior vencedor – já conquistou três títulos. Neste ano, os brasileiros, atuais campeões do torneio, não terão que se preocupar com uma vingança argentina, já que a

seleção comandada por Messi não se classificou, mas nem por isso o percurso até a final parece fácil. A chave do Brasil tem rivais de respeito. Ainda na primeira fase, o time comandado por Felipão encontra pela frente a tradicional Itália e o México, que no ano passado impediu o Brasil de ganhar a inédita medalha de ouro na Olimpíada. No caminho até a taça, ainda há a Espanha, primeira colocada no ranking da FIFA, e o Uruguai, campeão da Copa América de 2011. A Seleção Brasileira já está montada e conta com as habilidades do atacante Neymar – que vai estrear como jogador do Barcelona após a competição – , com a versatilidade do volante Paulinho e a segurança do zagueiro Thiago Silva para achar o caminho do gol e voltar a figurar entre os melhores times do mundo. Sediada em seis capitais brasileiras, a Copa das Confederações deve levar multidões verde e amarelas para os estádios. São Paulo, que receberá a abertura da Copa do Mundo, ficou de fora este ano, e os paulistas terão que viajar pelo menos até o Rio de Janeiro para poderem ver a bola rolar de perto. Caso o Brasil não leve o título, fica de consolo a superstição de que quem vence a Copa das Confederações não tem chance de se sagrar campeão da Copa do Mundo, o que tem lá o seu fundamento: em oito edições do torneio, nenhuma seleção sentiu

Rafael Ribeiro/CBF

Copa das Confederações da FIFA 2013

É festa no Maracanã O encerramento do torneio será no estádio carioca

o gostinho de levantar a taça de campeão das duas competições em anos seguidos. Caso o título venha, não haveria lugar melhor para quebrar essa ‘zica’ do que em casa.

Grupo A Itália

Grupo B Japão

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Qua. 26/6 - 16h Belo Horizonte

Qui. 27/6 - 16h Fortaleza

Espanha 3ª rodada 2ª rodada 1ª rodada

3ª rodada 2ª rodada 1ª rodada

Esporte

Brasil

Copa das Confederações da FIFA. De 15 a 30/6, no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Fortaleza, Brasília e Recife. Informações e ingressos: fifa.com

Nigéria

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Dom. 30/6 - 13h Salvador

final

Dom. 30/6 - 19h Rio de Janeiro

1º A

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2º A

Perd. Semifinal 2

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CAIO PIMENTA/SPTURIS

Mapa Informações Úteis

Siga o fluxo Avenida Paulista, lugar de passagem obrigatória para quem quer conhecer a cidade

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Informações úteis Bombeiros e emergências médicas (Resgate) 193. Polícia 190. DEATUR (Delegacia Especializada de Atendimento ao Turista) R. da Consolação, 247, Centro, 3151-4167 e 3259-2202.

SAÚDE Para emergencias médicas, vá para um dos hospitais públicos da cidade, como o imenso Hospital das Clínicas (Av. Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 255, Pinheiros, 2661-0000, hcnet.usp.br), mas prepare-se para encarar uma multidão. Entre os hospitais particulares, uma opção é o Hospital Nove de Julho (R. Peixoto Gomide, 625, Bela Vista, 3147-9999, hospital9dejulho.com.br), que fica perto da paulista e aceita pacientes sem plano de saúde. Consulte a lista completa de hospitais de São Paulo em saude.sp.gov.br.

Circulando em SP

SEGURANÇA O visitante deve tomar precauções para evitar ser vítima de furtos e assaltos. Mantenha seus pertences sempre à sua vista. Seja cuidadoso com seu laptop ou tablet. Abra mão de joias de aparência cara e seja discreto ao usar câmeras e celulares. Cheque se bolsas e mochilas estão fechadas; não manuseie grandes quantias de dinheiro; não forneça informações pessoais para qualquer pessoa; use só transporte cadastrado. A maioria dos lugares de São Paulo é segura para se andar a pé durante o dia, mas, à noite, evite ruas escuras e onde há pouca circulação de pedestres. Fique atento a motos com passageiro na garupa, esta é uma maneira comum de assalto. Se um bandido se aproximar, não reaja. Ao dirigir, fique atento nos faróis e evite deixar a janela aberta. Por esse motivo, os motoristas tendem a ignorar os semáforos e placas de ‘pare’ à noite. Tranque o carro sempre.

INFORMAÇÃO TURÍSTICA O site oficial de turismo de São Paulo é cidadedesaopaulo.com. Existem várias Centrais de Informação Turística (CITs), como a localizada na Av. Paulista, 1.853. Às quintas-feiras, às 20h, um tour pelo Centro sai do Teatro Municipal. O passeio de duas horas é feito a pé e é gratuito. Informações: 3256-7909 ou 3019-8831.

TRANSPORTE CHEGAR E PARTIR

De avião Aeroporto Internacional de Guarulhos (6445-2945, infraero. gov.br), ou Cumbica, fica a 40 km do Centro e opera voos domésticos e internacionais. Guaracoop (6445-7070, radiotaxiazulebranco.com.br) é o serviço de táxi localizado na saída

do desembarque. As tarifas são fixas e variam de R$ 75 a R$ 130, dependendo do bairro de destino. Por R$ 35 há o ônibus executivo Airport Bus Service (3775-3861, airportbusservice.com.br), que faz paradas em bairros centrais, grandes hotéis e na Rodoviária do Tietê, onde há estação de metrô. A opção mais econômica, embora demorada, é o ônibus circular no 257 para o metrô Tatuapé (R$ 4,30). Congonhas (5090-9000, infraero. gov.br) opera voos domésticos e está a 8 km do centro. As opções de transporte são as mesmas: táxi (R$ 30-R$ 40), ônibus executivo (R$ 35) ou circular (R$ 3). A 99 km de São Paulo fica ViracoposCampinas (3725-5000, infraero.gov.br). A companhia aérea Azul (3003-2985, voeazul.com.br) opera voos que partem dali para várias cidades brasileiras. De ônibus Há três principais terminais em São Paulo, todos conectados ao metrô. A Rodoviária do Tietê (Av. Cruzeiro do Sul, 1.800, 3866-1100), da Barra Funda (R. Maria de Andrade, 664, 3866-1100), e do Jabaquara (R. dos Jequitibás, s/nº, 38661100). Pelo socicam.com.br, pesquisa-se os destinos operados por cada companhia. As passagens também são adquiridas nas rodoviárias ou pelos sites das companhias. No verão e em feriados, recomenda-se comprá-las com antecedência.

TRANSPORTE PÚBLICO O metrô de São Paulo é limpo, seguro e rápido. Entretanto, fazer baldeação costuma ser necessário e alguns bairros não são servidos pelo metrô, só por ônibus. Tarifas & bilhetes Se vai ficar na cidade por um período longo e usar o transporte público, vale a pena ter um Bilhete Único. Esse cartão dá descontos, permite integração entre ônibus, metrô e trens da CPTM, por R$ 5, e pode ser comprado nas estações de metrô. Metrô Existem quatro linhas de metrô. Há mapas nas estações. Uma viagem custa R$ 3.20. O metrô costuma funcionar entre 4h30 e 0h. (0800-7707722, metro.sp.gov.br). Ônibus circulares Informações são obtidas pelo telefone 156 ou pelo sptrans.com.br. A tarifa é de R$ 3.20. CPTM A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (0800- 0550121, cptm.sp.gov.br) é uma extensão do metrô. Um bilhete custa R$ 3.20, e a integração com o metrô é permitida sem custo adicional. TÁXIS Os táxis de São Paulo são brancos. O jeito mais seguro de pegá-los é no ponto ou chamando um rádio-táxi. Táxis comuns também podem ser pegos na rua – um pouco menos seguro. Um novo modo de solicitar um táxi é por meio dos aplicativos para smartphones Easy Taxi e 99taxis. A bandeirada começa em

Um instante em SP

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EMERGÊNCIAS

Marque suas fotos de São Paulo no Instagram com a hashtag #timeoutsp. Uma delas pode ser escolhida para aparecer nesta página. O nosso colega Juan Cifrian (@10kjuan) clicou este trabalhador nas alturas, consertando um poste de luz, perto de nossa redação. R$ 4,10. Cada quilômetro adicional custa R$ 2,50. A bandeira 2 vale entre 20h e 6h. A maioria das corridas custará entre R$ 20 e R$ 50. Central Táxi 3035-0404. Delta Rádio Táxi 5072-4499. Ligue-Táxi 2101-3030/3873-3030.

DIRIGIR Aluguel de veículos

Os motoristas de São Paulo são agressivos e os congestionamentos podem ser um pesadelo, assim como encontrar onde estacionar. Dirigir não é uma necessidade de quem está visitando a cidade. Para alugar um carro, é preciso ter carteira de motorista e cartão de crédito. A idade mínima é de 25 anos. Hertz 3258-9384/ hertz.com Localiza 5533-3535/localiza.com Movida 3075-8686/movida.com.br

Estacionamento

Durante o horário comercial, existe a exigência de cartão-horário (Zona Azul) em algumas ruas mais movimentadas, fique atento às placas e marcações no asfalto. O valor por hora é de R$ 3. O talão de Zona Azul (dez folhas por R$ 28) pode ser comprado em bancas de jornal.

Rodízio

Entre 7h e 10h e 17h e 20h, há o rodízio de veículos no Centro expandido. Às segundas, placas com finais 1 e 2 não podem circular; às terças, 3 e 4; às quartas, 5 e 6; às quintas, 7 e 8; e às sextas, 9 e 0.

Bicicleta Há poucas ciclovias em São Paulo, mas bons lugares para andar de bicicleta são o Parque Ibirapuera, a Cidade Universitária e às margens do Rio Pinheiros. O passeio é mais seguro e prazeroso durante os fins de semana, quando há menos trânsito de carros. Aos domingos e feriados, entre 7h e 16h, existem as ciclofaixas – faixas das ruas que são delimitadas para o uso exclusivo dos ciclistas. Aos fins de semana e feriados, bicicletas são permitidas no metrô e existe um novo programa de aluguel em vários pontos da cidade (bikesampa.com).

A pé Os melhores bairros para se caminhar são o Centro, Higienópolis e Jardins (mas não é seguro fazê-lo à noite). A Rua Oscar Freire é ótima para ver vitrines das grifes. O Parque Ibirapuera tem várias trilhas. Bairros como Vila Madalena, Consolação e Bela Vista também são agradáveis, mas possuem mais ladeiras.

Necessidades especiais São Paulo é pouco adaptada a portadores de deficiências físicas. A agência Go in São Paulo (3289-3814, goinsaopaulo. com.br) oferece serviços a cadeirantes. O Instituto Mara Gabrilli (img.org.br) dá informações gerais.

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