Clic em CEM DIAS, SEM TRANSPARÊNCIA

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As pessoas tem o direito inalienável de pagarem seus impostos e não se importarem com qualquer ação dos políticos. Outros também têm o direito de revelar total repugnância com a política em geral e assim justificarem seus distanciamentos. Outros mais podem exercer o digno direito de fiscalizar, manifestar opiniões com racionalidade e/ou questionar os gestores sobre suas decisões e atos públicos. Aqui optamos por estar na terceira classe de cidadãos que podem ser chamados de ativistas ao assumir o exercício de uma cidadania proativa, isto é algo que vai além dos discursos somente. Esta abertura se faz necessária diante de algumas notas que são no mínimo indesejáveis e que não contribuem para a credibilidade em relação à gestão pública, seja no executivo ou até mesmo no legislativo quanto a alguns de seus representantes. O prefeito municipal há poucos dias divulgou sua lista de seus 34 „feitos‟ dos CEM DIAS DE GOVERNO. Claro que entre os atos e fatos apresentados tem aqueles que merecem


méritos e são, nada menos, decorrentes da responsabilidade exigida naturalmente para como os agentes públicos pagos com nossos recursos. Todos os eleitos tem o dever de prestar serviços públicos com qualidade e legalidade. Ficar aplaudindo políticos, pagos com nossos recursos, por terem feito o que deveriam exatamente fazer, entendo ser de uma redundância inútil que me permito deixar para os bajuladores ou puxa-sacos. Questionamentos, requerer esclarecimentos e até fiscalizar são atos dignos e corajosos em uma sociedade na qual a omissão ainda é muito comum. Os gestores com alta maturidade e ampla visão democrática devem valorizar e agradecer quando um cidadão lhe cobra explicações, critica atitudes e chama a atenção para fatos de interesse coletivo. Mas a listagem de „feitos‟ do prefeito não foi completa e assim naturalmente nos convoca para a inclusão de diversos eventos ou fatos que parecem terem sido „esquecidos‟. Pode até ser que foram deletados por algum assessor ao redigir o rascunho e então a publicação oficial ficou manchada por omissões importantes que tomamos a liberdade de trazê-las ao público e assim propor suas inclusões. Vamos a algumas delas, de forma sintetizada: 1. Ficou patente, conforme declaração de um representante da ACEA, a declarada omissão e o radical „distanciamento social‟ do prefeito e vereadores para com os comerciantes da Rua Treze, deixando de pisar naquelas calçadas e nem buscando diálogos com funcionários e empresários.


Se o Roldão Atacadista, por sinal bem vindo à cidade, está recebendo atenção especial do prefeito, já o mesmo não ocorreu com os comerciantes sendo sim tratados com um „roldão‟ (confusão, bagunça, desorganização) de desprezo. 2. Conta-se também com a declarada INCOERÊNCIA a contratação para sua equipe de governo justamente daqueles agentes públicos que outrora eram alvo de seus ataques, pois os mesmos assumiam cargos de confiança na administração Jacob. 3. Rádio Cultura FM. O uso da Rádio Cultura FM sendo usada como o chamado “cabide de emprego” para agasalhar „cabos eleitorais‟, alguns que outrora faziam parte de outro cabide na gestão Jacob. 4. Qual o número do processo do caso “VEÍCULOS DO MUSEU”? Não deu publicidade quanto a um suposto processo judicial por crime de responsabilidade referente ao desleixo para com os veículos antigos, patrimônio histórico-cultural. Fez um estardalhaço com „lives‟ e desfile, prometendo processar os prováveis responsáveis. E então? Fez ao menos alguma sindicância interna e qual o resultado registrado oficialmente? 5. Quanto ao evento “Testagem em massa” promovido em alguns finais de semana, mais pareceu ser uma ação de marketing com péssimo resultado. Evento centralizador, gerador de aglomerações, promoção pessoal do prefeito dando o resultado positivo de


contaminação ao vivo para uma senhora, além de „lives‟ e depoimentos. Outro dado deste evento é que a quantidade disponibilizada era muito restrita e de certa forma a promoção revelou ser discriminatória para com quem reside na periferia e/ou distritos, sem condução própria. 6. Falta de um Programa de Educação Comportamental. Quanto à pandemia e suas consequências o que se nota claramente é a falta de um programa abrangente e de alto impacto comportamental que tivesse como objetivo a prevenção e monitoria de atitudes proativas no enfrentamento da situação. Chegou a ser absurda a postura do prefeito com um carro de som elogiando através de alto falante uma senhora por usar a máscara, como se tal procedimento determinasse algum impacto na coletividade. Ou o caso de um locutor, com imagem desgastada por ter ocupado cargo comissionado na gestão anterior, também com locução velhaca, enredo pobre e sem impacto residual. Alguns poderão dizer que nem o governo estadual e muito menos o federal fizeram alguma coisa neste sentido. Se assim entenderem estarão com plena razão, mas neste momento estamos focando a realidade próxima de todos nós, que poderia até ser alvo de um projeto exemplar para governadores, ministro da saúde e presidente. 7. A falácia da expressão “ACABOU A MAMATA” Este discurso declamado inúmeras vezes foi criticado e até questionado devido ao descarado acolhimento em CARGOS DE CONFIANÇA e CARGOS


COMISSIONADOS daqueles que popularmente são enquadrados como „chupins‟. Serve como lembrete que o próprio ex-prefeito com Jacob, o Biro Biro deixou evidenciado em anos passado estes seres alados em uma gravação de áudio. Agora o mesmo faz parte da „EQUIPE DE GOVERNO‟ do prefeito Carlos Alberto. Se a “MAMATA ACABOU” por que será que não há a divulgação do total de CARGOS DE CONFIANÇA e COMISSIONADOS, com nomes, função, perfil técnico, salários e horários de trabalho? A “MAMATA ACABOU”? E a OMISSÃO? 8. Na área da Educação não tivemos nenhuma ação de destaque. Cabe ainda cobrar um item que foi vergonhosamente omitido no Plano de Governo quanto ao desempenho de nossas escolas: os índices do IDEB. Que metas ou índices do IDEB a Secretaria de Educação estima alcançar quanto ao desempenho de nossos alunos? Que metodologias, cronogramas e recursos fazem parte do suposto planejamento? Podem disponibilizar ao público em geral? Se Amparo obteve como média 6,5 no Ideb, o que fazer para se obter algo próximo de 9.8 que foi o índice alcançado pela cidade de Mucambo no Ceará? Com um plano de governo sem metas objetivas poderemos dar crédito a esta gestão? 9. Vexames Advocatícios Por último, sem ser conclusivo, temos a registar alguns fatos vergonhosos envolvendo ações do Direito e a justiça.


Cancela do Hospital Começamos pela cena circense da retirada da cancela da Santa Casa, sem respaldo legal e um ato tosco, com aval do secretário de saúde, também advogado e aplaudindo o espetáculo. Veículos do Museu Logo depois tivemos o desfile dos veículos do Museu com a promessa de abertura de processo na justiça. E então, no que deu? Projeto em regime de urgência De forma inesperada deu entrada na Câmara Municipal um projeto de lei no qual se propunha aumentos salariais para procuradores. Uma emenda providencial extinguiu tamanha aberração. Galeria de Fotos dos Ex-prefeitos Vieram os 38.000 para uma GALERIA DE FOTOS DE EX-PREFEITOS, um absurdo em plena pandemia, em regime de urgência descabida e com a anuência e aprovação da maioria dos vereadores. HÁ poucas horas a justiça se manifestou contra a GALERIA DE FOTOS a partir de uma ação judicial. Doações: Secretárias. Legal, porém suspeitas imorais. Outro item nada transparente, embora legais, foram as doações financeiras feitas para a campanha eleitoral. O vice-prefeito doou R$ 25.000, se tornou Secretário do Meio Ambiente e revelou-se omisso quanto a “Burragem” de Duas Pontes, outrora pauta de luta enquanto era vereador.


Virou vice-prefeito, virou secretário, mudou secretaria do centro para a periferia, sumiu das ruas do centro e ficou calado até o momento diante da aberração. Virou a casaca. Outro doador também virou secretário municipal conforme registro de R$ 17.000 nas contas eleitorais. Doações de campanha e a indicação de CARGOS DE CONFIANÇA tem alguma relação ou são somente coincidências? HOSPITAL & DENÚNCIA DESVIO DE FINALIDADE X RECURSOS Denúncia de autoria de Jacob feita durante entrevista na UNIFIA acusou desvio de finalidade e da aplicação de recursos públicos contra o Hospital Beneficência Portuguesa, citando seu presidente Dr. Fernando Cazotto. Fernando Cazotto é o atual secretário de saúde indicado por Carlos Alberto. E então? Que procedimentos judiciais foram tomados para preservar o direito público que envolve recursos também públicos para atendimento ao SUS e não para convênios, conforme declaração de Jacob. Se nenhuma ação foi tomada pelo prefeito ele então estaria prevaricando? Que esclarecimentos poderia e deveria trazer a público? Ambos, prefeito e secretário de saúde silenciaram-se SEM JUSTIFICATIVAS. Hospital de Campanha A mais recente suspeita vem da construção do Hospital de Campanha, conforme publicação no jornal oficial de 09/04/2021.


A empresa contratada para o Hospital de Campanha é a mesma que se encontra na prestação de contas do TSE que trata dos gastos eleitorais do então candidato Carlos Alberto Martins. A coincidência é digna de que o executivo venha a público imediatamente prestar todos os detalhes e esclarecimentos ao público. O tradicional silêncio poderá ser declarado como atestado de ação corrupta. Nota: Caso alguém queira contribuir com este posicionamento fique a vontade para comentários, contestações, repúdios, aprovações, complementações e similares. Amparo, SP Minha cidade, a outrora Flor da Montanha, agora com seus espinhos 14 abr/2021 Tito, psicólogo email fhoo@uol.com.br


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