Considerando alguns fatos incontestáveis: 1. Em plena pandemia, situação tal que provoca diversos conflitos, crise financeira de grande parte dos trabalhadores incluindo-se os desempregados; 2. Diante das colocações anteriores do atual prefeito de nas quais declarou em alto e bom som de que não havia recursos da PMEA; 3. Considerando que durante a campanha seus discursos foram claro no sentido de valorizar os servidores municipais e não exclusivamente uma classe ou alguns casos ‘especiais’; 4. Valendo-se ainda de que o slogan da administração “TRANSFORMAÇÃO” parece não estar sintonizado de forma coerente com a contratação de vários ‘senhores especialistas’ em Cargos de Confiança, muitos originários da administração anterior; e então gerando custos para os cofres públicos; 5. Lembrando ainda que o paradigma de que iria acabar com a MAMATA ficou no passado recente, pois até carro do superintendente do SAAE foi lavado na autarquia, conforme denúncia nas redes sociais;
6. E também se levando em consideração de que um prefeito que preze pela TRANSPARÊNCIA, pelo PLANEJAMENTO e pela PARTICIPAÇÃO PLENA iria propor qualquer mudança mediante um PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS, depois de diversas AUDIÊNCIAS PÚBLICAS e com a possibilidade até da participação popular (pois o povo é quem paga os honorários dos servidores). Assim só nos cabe questionar tal medida que parece protetora em relação a uma classe, porém destratando todos os demais servidores, mesmo que venha a justificar que OPORTUNAMENTE irá propor um Plano de Ação no âmbito do funcionalismo. É de se lamentar tal iniciativa, se for real e seguir em frente, pois sabemos de cenários dramáticos que acometem servidores com salários de fome, submetendo-os á condição de carências diversas e degradantes. Os vereadores que vierem aprovar este absurdo já começarão a somar em suas histórias marcas que serão lembradas OPORTUNAMENTE junto com a história do prefeito, pois independente das eventuais justificativas,
não tem LÓGICA e muito menos COERÊNCIA uma proposta com tal perfil. A questão aqui tratada não é de merecimento ou de mérito profissional, mas sim do caos que vivenciamos e da falta de uma visão holística da realidade dos servidores municipais. Sem PLANEJAMENTO, sem a VISÃO HOLÍSTICA, sem a PARTICIPAÇÃO dos servidores e da população, esta proposta mais parece uma iniciativa ditada pelo paradigma da exclusão, do protecionismo e do maldito oportunismo. Enfim é jogar na latrina os discursos eleitorais, como também os da posse, que acabam não valendo nem mesmo os R$ 0,50 centavos citado em uma das „belas‟ retóricas. Democracia é oportunizar a todos o mesmo ponto de partida. Quanto ao ponto de chegada, depende de cada um. Fernando Sabino
Amparo, 05 fev 2021 Tito, psicólogo
email fhoo@uol.com.br