Edição Tito, psicólogo email fhoo@uol.com.br
Esta é a sensação que calou dentro de mim nesta segunda feira trágica para nosso país. Trágica sim diante da eleição no senado e câmara federal com acusações de compra-venda de votos, corrupção de ideais, traições diversas, discursos hipócritas, bajulações com certa contaminação de bandidagem oficial; enfim um desempenho político que comprova o desempenho do Brasil como um país corrupto.
Com frequência não ocupo meu tempo em redigir sobre fatos e eventos políticos na seara estadual e/ou federal, pois me toma muito tempo para ser responsável ao postar qualquer opinião ou matéria. Mas neste 1º de fevereiro tive a paciência de ler, ouvir, assistir e tentar entender as
dinâmicas comportamentais dos nossos deputados federais, senadores, ministros e presidente da república. Fiquei estarrecido com grande parte do que apreendi! Senti nojo e repugnância diante de alguns ‘jornalistas’ que assumem a postura de meninos de recados para enganarem a população com suas ‘opiniões’ cheias de distorções, omissões e no geral não indo a fundo nas entrevistas. Enfim estive diante de um zoológico político do qual poucos se salvam. Ouvi discursos que me fizeram lembrar de recente apresentação em nosso meio, no qual a ‘otoridadi’ usou uma moeda de R$0,50 centavos para enaltecer a dignidade do cargo. Passados alguns minutos o dito cujo jogava pela latrina seu diploma de Direito, tudo por causa de uma cancela de um estacionamento hospitalar. Esta conexão mental entre os dois discursos creio ter sido pela oratória linda, correta, cheia de ‘excelências’, ‘senhores e senhoras’, ‘com licença’, etc e tal. Neste caso específico, logo após o autor ter encerrado sua fala fui pesquisar sua vida política e fiquei irritado ao confrontar que aquele sujeito tem uma história de atos corruptos e se apresenta com a ‘maior cara de pau’ como representante da população. Claro que representa sim, pois foi eleito com votos de eleitores ou corruptos também, ou ignorantes quanto ao perfil do ladrão da ética e da cidadania brasileira. Durante aproximadamente oito horas fui colecionando observações das mais diversas, algumas falas contundentes, outras típicas de demagogos, acusações claras e pertinentes que foram dirigidas a senadores e presidentes (da república e do senado), enfim um rol que determina uma conclusão anda
desejável: nosso dinheiro sendo jogado ás traças, ou melhor, às ratazanas gulosas e malditas. Claro que temos exceções! Poucas, mas temos representantes políticos que ainda honram seus cargos, que revelam a coragem de não se corromperem no tal de ‘toma lá, da cá’ (que pagamos muito caro) e figuras que nos servem com sinal de esperança para um país que seja digno da grande maioria. Hoje temos um Brasil corrupto (94º lugar ao nível internacional), uma grande massa abaixo da linha da pobreza, brasileiros já sendo condenados a passar fome, sem leite condensado e nem mesmo chicletes para higiene bucal; e um grande contingente de alienados que não querem saber da política, a não ser quando se incomodam com descontos em seus holerites. Acima da linha da pobreza temos a elite política, principalmente em cargos bem remunerados, outros chupins com cargos de confiança, tem até vereadores(as) que apunhalam seus eleitores pelas costas ao serem eleitos, optando porém pela troca de cargo por outro no executivo, tudo ‘pelo bem comum’.
Brasília então é o retrato perfeito destas distâncias sociais, que parecem não ter a devida importância para os detentores de cargos federativos. Nesta experiência oportuna que fui mero observador, principalmente na eleição do senado um destaque digno de respeito e mérito vem de uma mulher. Uma senadora que foi vítima de algozes traíras de seu próprio partido. Não consegui ser eleita como presidente do senado. Foi derrotada pela corrupção! Foi derrotada, mas surgiu acima dos destroços como uma vencedora com imagem límpida e nobre. Simone Tebet é a vencedora da luta contra os ratos e chupins federais, que fedem em suas gravatas enforcando-os lentamente para as próximas eleições. Simone Tebet surge com vencedora pela postura transparente e então pode ser até uma opção louvável para a próxima eleição presidencial. Fico imaginando com total liberdade nosso país ter uma presidente com ampla visão da democracia. Simone Nassar Tebet, advogada, professora, senadora da República pelo estado do Mato Grosso do Sul, eleita pelo MDB, seu primeiro e único partido. Senadora Simone pode muito bem cristalizar sua campanha para nos oferecer um futuro salutar na política nacional. Por mera coincidência dos destinos cruzamos claro sem nos encontrarmos, os mesmos corredores da querida PUCSP, no Campus Monte Alegre.
E o Brasil precisa de competência, transparência, experiência e alegria, cara Senadora Simone.
Simone Tebet