O 1º ATO QUE VIROU DESACATO Parece que um simples ato, promessa de campanha, virou contundente desacato. Para esclarecimentos antecipados ‘desacato’ quer dizer também: falta de acato, de respeito, atitude de menosprezo; afronta, agravo, desfeita e desrespeito. O 1º ato do Prefeito Carlos Alberto, até que se prove ao contrário faltou com o acato de normas institucionais claras e dignas de respeito, principalmente vinda de alguém com cargo de liderança e com formação em Direito. Vamos entender os liames desta afronta aqui apontada. A Santa Casa Anna Cintra é uma instituição particular, filantrópica e não é propriedade da prefeitura. A Prefeitura Municipal de Amparo é um órgão executivo com atribuições específicas e com seus limites. Pode o Prefeito Municipal intervir na instituição hospitalar, porém mediante processo administrativo oficial e público. Aqui não estamos entrando no mérito da INTERVENÇÃO NO CORPO DIRETIVO DA SANTA CASA. Também não estamos discutindo a cobrança do estacionamento que ocorre há anos e da qual sou também contra. A motivação desta manifestação está circunscrita no 1º Ato do Prefeito Carlos Alberto: acabar com a cobrança do estacionamento da Santa Casa. Ato que mais pareceu um circo montado para uma plateia especial, com cenário filmado a cores para que a população tivesse conhecimento do cumprimento de sua promessa de campanha. Mas o Prefeito Municipal Carlos Alberto ditou um script ‘particular’, com suas próprias mãos, ao retirar a ‘cancela’ da cabine de cobrança do estacionamento.
Conforme o próprio executivo declarou iria depois promover a oficial intervenção no hospital. Então temos uma aberração legal que até deixou em segundo plano os pacientes hospitalizados, não revelando em momento algum respeito nas caminhadas pelo interior do hospital, pois como ator principal sendo filmado, estava a procura da interventora para comunicar a nova intervenção. Ficou patente que a retirada da cancela de cobrança do estacionamento ocorreu sem respaldo legal, por uma postura cinematográfica do prefeito, já que não conseguiu executar a citada intervenção posterior ao seu ato de desacato a uma instituição hospitalar. Particularmente sou contrário à cobrança do tal estacionamento, entretanto cabem algumas reflexões que nos próximos dias poderão ser alvo de questionamentos. Um dos problemas que de imediato poderá ocorrer com a atitude do prefeito é o estacionamento de veículos sem destino real vinculado ao hospital, mas sim por parte de turistas e frequentadores de bares nas imediações, Nas noitadas de final de semana pode-se constatar o aumento da circulação de carros na região próxima ao hospital. Então, mais uma vez faltou discernimento antes de se tomar uma atitude autoritária, sem oferecer alternativas para o controle da área do hospital, que poderá virar por tabela, estacionamento de bares e restaurantes próximos. Outro aspecto também não analisado antes de se retirar as cancelas é a abertura para aproveitadores de situações nada desejáveis para a proximidade do hospital, seja no uso de drogas e até mesmo se aproveitando dos espaços para encontros de cunho sexual, conforme já ocorreu antes das atuais cobranças. Então mais uma vez o senhor prefeito, no afã de conseguir destaque na mídia oferece agora oportunidades nada desejáveis sob o mascaramento de cumprir uma promessa de campanha.
Assim, resumindo temos: 1. Abuso do poder ao retirar as cancelas sem ato oficial da intervenção, pois quem deveria cancelar o sistema de cobrança seria o interventor e não um prefeito; 2. Abertura de alternativas para estacionamentos de veículos sem finalidades vinculadas ao hospital; 3. Possibilidade de abuso do local de estacionamento para uso de drogas e encontros sexuais. 4. Falta de consideração e respeito para com os pacientes internados ao incentivar a circulação de diversos seguidores pelos corredores, sendo que não havia tal necessidade para tratar da intervenção oficial; 5. E por último, figurou cenas de puro populismo exacerbado, com ares de um narcisismo que poderia ser evitado com uma ação oficial de intervenção administrativa, sem a presença circense do prefeito, mas com a natural divulgação nas redes sociais. 6. Cabe registrar também que pareceu que nenhuma autoridade, participante do circo montado, não tenha alertado o Prefeito Carlos Alberto sobre a ilegalidade que estava cometendo. Alguns dos presentes com formação em Direito pareciam optar pelos aplausos, tornando-se míopes para todas as implicações futuras. É de se lamentar que tal estado de coisas ainda ocorra em nosso país, com um modelo comportamental negativo oferecido pelo prefeito recém-empossado Carlos Alberto. Amparo-SP 1º dia desta 3º Década Tito, psicólogo