'De tanto ver triunfar as nulidades’
Ex-prefeito Jacob
Ex Vice-prefeito Biro Biro
Ex Vice-prefeito Celso Manzolli
ADVERTÊNCIAS INICIAIS. 1. Esta não é tese de mestrado, doutorado e nem de prova para alguma academia de letras. 2. A leitura é aconselhável que seja feita sem a costumeira contaminação politiqueira ou de caráter ideológico. 3. Naturalmente aqui não é o espaço ideal para comentários chulos e/ou ofensivos, pois tais comportamentos expõem os perfis de quem assim age. 4. No caso dos fanáticos creio serem oportunas outras leituras que bajulem seus ídolos, pois o autor já está devidamente vacinado contra o vírus do puxasaquismo. 5. A missão deste trabalho é expor alguns fatos e pontos de vista relativos aos mesmos, claro podendo ser contestado e/ou complementado com os devidos argumentos com clareza e lógica. 6. Sugere-se que „achismos‟ e/ou rotulações chulas devam ser aplicadas em outras manifestações, pois aqui não temos competência para assimilá-las. 7. Caso alguns leitores entendam que este texto é longo demais não culpem o autor por tal impropriedade, sugerindo em tempo, aos que assim pensam, que nos ofereçam algo melhor para a nossa evolução e reflexão. 8. Também se algumas conclusões forem no sentido de se evitar a leitura por ser um texto de política, lembro que a política nos controla, assedia, suga, explora e nos domina a todos o tempo todo, em todos os cenários. A opção de não ler ou de não se interessar por política é desejável sob o ponto de vista dos políticos, que assim ficam com maior liberdade, sem terem que nos dar satisfações, mas sim receberem ricos honorários pagos por todos nós pontualmente. 9. Por último é desejável o recebimento de manifestações e marcações de curtidas, compartilhamentos e opiniões de leitores.
1/Jan/2021: O 1º Dia da Terceira Década. Neste 1º de janeiro de 2021, quando o novo prefeito eleito toma posse ocorre, por registro natural de quem não tem a memória curta, a constatação de que a cidade teve uma década perdida. Claro que a definição de „década‟ é um arredondamento providencial que vai de 2011 a 2020. A „Década Perdida‟ tem como personagens principais: - ex-prefeito Luiz Oscar Vitale Jacob (PSDB) e - os vices Celso Manzolli (PMDB e depois PSDB) e José Ivo Vilas Boas (Biro Biro do PSDB). Claro que nos dois anos iniciais teve a gestão Paulo (20112012). O elenco de atores secundários nesta chamada „década perdida‟ inclui com o mesmo grau de responsabilidade diversos secretários, vereadores aliados da situação e até vereadores da suposta oposição que também deram suas cotas de contribuição para tal „perdição‟ institucional. Ficam para a história inúmeros fatos com graves repercussões tanto no cenário educacional, na saúde pública, na imagem da cidade projetada em rede nacional e com registros negativos na justiça com apreensão de bens de diversos elementos. “O topo da inteligência é alcançar a humildade”. (textos judaicos) Uma primeira reflexão sobre a composição desta década perdida é que faltou inteligência aos atores condenados ao fracasso, pois conforme crença judaica faltou humildade a todos os envolvidos para entenderem das necessidades básicas da população. Quais necessidades? Muitas e entre elas é só conferir nos pontos de ônibus questões de horários, conforto e proteção ambiental, qualidade dos veículos, custo das passagens, acessos restritos em algumas áreas da periferia, redução de veículos em determinados dias/horários e as dúvidas quanto as „indas e vindas‟ nas licitações. Prova disto foram as intervenções judiciais nos atos administrativos. Outras necessidades vão além do transporte público.
Na educação, por exemplo, registrou-se o comprometimento da aprendizagem no ensino fundamental com notas de baixo aproveitamento no Ideb. Para efeitos de comprovação vejamos alguns resultados de três escolas municipais: duas delas com as notas mais baixas e a que obteve a nota mais alta no Ideb 2019 (Prova Brasil). Amparo-SP Escola Clarinda de Almeida Mello: 6,4 Escola Raul de Oliveira Fagundes: 6,4 Escola Jacyra Ribeiro Guilardi: 7,4 (melhor resultado da cidade). Abaixo as notas totais do município desde 2005 para efeitos de informação e análise.
Agora vamos para outro espectro geo-educacional, mas ainda com escolas públicas, municipais, isto é exatamente no nordeste brasileiro. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do Ministério da Educação (MEC), nove das 10 melhores escolas do Brasil estão no estado do Ceará. Confira lista: 1º Escola Maria do Carmo Cardoso: 9,8 2º Escola Manoel Cotias de Jesus: 9,7 3º Escola José Carlos da Silva: 9,7 4º Escola José Augusto Ferreira: 9,7 5º Escola João Evangelista de Cruz: 9,6 6º Escola Ladislau de Paulo Magalhães: 9,5 7º Escola Francisco Rufino: 9,5 8º Escola Duque de Caxias: 9,5 9º Escola Manoel Farias de Almeida: 9,5 10º Escola Heloisa Maria M. P. Dinelly: 9,5 Um leitor atento fica estarrecido.
Um professor poderá ficar espantado. Um diretor então inconformado. Tais percepções ocorrem diante da tamanha discrepância entre escolas municipais de um estado supostamente rico (São Paulo), em comparação com um estado nordestino que não conta com tantos recursos econômicos. Qual a razão oxente! Outra reflexão nos leva a questionar sobre a existência de diferenças metodológicas a ponto de gerar o expressivo sucesso cearense em comparação com a estagnação amparense. Que diferenças são estas oh meu Padim? Será que a cidade de Mucambo, no Ceará, com aproximadamente 15 mil habitantes e a melhor nota do país tem alguma lição a nos ensinar em termos de métodos, dos procedimentos, de logística e dos processos de aprendizagem? Será que Mucambo está aplicando a metodologia do SESI, de Piaget, de Paulo Freire, de Vygotsky, de Montessori, ou de qual outro autor? Será que a „saída‟ é simplesmente implantar algo como o sistema SESI no ensino fundamental? Não se avexe meu irmão em responder sem avaliar! Qual a razão do SESI não estar entre as 10 melhores escolas com Ideb do país? E quando um gestou propaga favorável a implantação do sistema SESI em uma cidade cabe-lhe responder sobre o custo de tal parceria tanto para o município, como eventuais implicações para os alunos. Será que os pais teriam que pagar mensalidades como ocorre em algumas unidades da instituição? E qual o índice do IDEB das escolas de ensino fundamental do SESI? Assim ao se propor alguma medida ou plano de ação um gestor responsável antes de qualquer divulgação de intenções deveria agir com a máxima objetividade na realização de um diagnóstico transparente e pontual, buscando as razões que levaram a educação de nosso município obter notas tão distantes dos valores cearenses. A proposta de imediata implantação de um novo sistema educacional „importado‟ de uma instituição, sem a adequada avaliação, principalmente envolvendo dos gestores das escolas, pode deixar transparecer mais um objeto de „negociata‟ entre a
prefeitura municipal com o sistema FIESP-SESI, do que o real interesse em obter resultados como os índices cearenses. No tratamento destes dados educacionais, aqui não se está avaliando o desempenho das escolas SESI e muito menos dos níveis relativos ao ensino médio, de escolas públicas e/ou privadas, que também merecem cuidados entre as lindas oratórias e os péssimos „fazetórios‟. Vale lembrar que estamos tentando entender uma „década perdida‟ entre ações e fatos que deixaram sequelas, algumas invisíveis, na história amparense, com impactos diversos na população. Tanto assim que os gestores responsáveis por tal período foram derrotados nas eleições, em processos judiciais, em propostas absurdas e tudo confirmado por documentação na mídia em geral. “O segredo da sabedoria, do poder e do conhecimento é a humildade”. Ernest Hemingway Novamente a humildade dos senhores gestores públicos ficou ausente em suas oratórias, ações e consequências. Prova disto foram os desencontros, por exemplo, em conferências sobre temáticas da saúde pública. Ao assim afirmar é inerente o apontamento de alguns destes „encontros‟, isto é fatos reais. Audiência da Dengue. Quando da epidemia da dengue uma audiência pública foi instalada na Câmara Municipal. Depois de uma apresentação estilo marketing institucional por iniciativa de uma substituta da secretária de saúde, quando foi aberta a possibilidade de participação da população foi apresentado um documento revelando o grave quadro do município. Este relatório, de minha autoria, mostrava correlações da epidemia com a incompetência gerencial da secretária de saúde, a qual responsabilizei como culpada pelo cenário de sofrimento humano que nos acometia. A consequente sugestão apresentada em público de sua demissão sumária como secretária não foi acatada por nenhum vereador e nem mesmo pelo prefeito. Meses depois de deixar o cargo, por troca para uma função no setor privado, a ex-secretária foi presa no sul do país dada as suspeitas de corrupção no setor de saúde.
Outro fato que também reverbera a crise na saúde nos leva a lembrar, ainda durante a epidemia da dengue, o atendimento no hospital Beneficência Portuguesa, o „Grêmio‟. Ao acompanhar um paciente com suspeitas de contaminação, durante uma noite presenciei alguns absurdos disponibilizados ao ser humano carente da normalidade na saúde. Um dos procedimentos era quanto ao material para exames que tinha uma demora de horas para com o resultado. Tal fato era devido ao sistema de coleta que aguardava certo número de „x‟ de coletas para então ser transferido para a Santa Casa Anna Cintra, onde seria analisado e, naturalmente, depois obtido o resultado de cada paciente. Além desta demora, que não era explicada aos pacientes, tratava-se de outra irregularidade quando ao transporte do material em veículo particular e sob a responsabilidade de uma profissional da enfermagem, contrariando assim claramente todas as normas reguladoras de manutenção, transporte, prevenção e cuidados. Assim tanto o material como a própria funcionária estavam sob riscos diversos no campo do comprometimento da saúde individual e coletiva. Ao serem denunciadas estas irregularidades nas redes sociais tanto o diretor clínico, como o presidente da instituição não se manifestaram a respeito, optando pelo silêncio. Também secretário da saúde e prefeito nem tomaram ciência das denúncias e suas responsabilidades diante deste fato. Este fato por si só revela fortes indícios de um gerenciamento da saúde ainda feito sob forte perfil amadorístico, comprometendo vidas, destruindo imagens da instituição, submetendo profissionais a processos irregulares e logística do estilo „gambiarra‟. Ainda na saúde importa registrar um questionamento que envolve a saúde mental no município. Mais especificamente um dado importante foi apresentado em uma reunião preparatória para a Conferência da Saúde. Em uma Unidade de Saúde, ao ser discutida a pauta para o encaminhamento da mesma para a conferência municipal que iria ocorrer algumas semanas seguintes, um número pegou de „assalto‟ todos os presentes, pacientes e servidores. A Ala Psiquiátrica. A planilha oficial com os itens para discussão registrava a doação feita pela prefeitura no valor de “Um milhão de reais” para o hospital Beneficência Portuguesa, relativo à „Ala Psiquiátrica‟ a ser implantada naquela instituição. Entretanto quando os tais de “Um Milhão de reais” foram questionados através de matéria de minha autoria, publicada no
jornal A Tribuna um dia antes da referida conferência, nenhuma resposta ou esclarecimento foi oferecido pelo prefeito municipal, secretário de saúde, diretor clínico do hospital e/ou presidente da Beneficência Portuguesa. Todos se calaram até hoje. Nenhum vereador acolheu o questionamento para ser submetido à apreciação do processo de fiscalização que é inerente ás suas funções legislativas. Todos também se calaram. A “Ala Psiquiátrica” em questionamento foi „encerrada‟ naquele hospital, conforme declaração de uma funcionária que não soube informar (ou não quis declarar) quem era o diretor clínico responsável pela mesma, a composição de profissionais, o número de casos atendidos, etc. Tal constatação presencial ocorreu quando estive na busca de internação para um caso de alcoolismo, com acréscimo de drogadição, conforme pedido de „socorro‟ feito pela própria esposa do paciente. A falta de transparência ficou evidente neste „case‟ da “Ala Psiquiátrica” do Grêmio, claro envolvendo responsabilidades explícitas do executivo municipal, secretário de saúde, diretor clínico e também do presidente do hospital. Enquanto não se dispôs a esclarecer como foi a instalação, o funcionamento, a duração, o número de atendidos, seu quadro técnico, os responsáveis e todos dos demais cenários da tal “Ala Psiquiátrica” de “Um Milhão de reais”; o presidente da instituição hospitalar declinava sua atenção e carinho para com o prefeito municipal dedicando-lhe um “Título de Mérito” em nome do hospital Beneficência Portuguesa. Conforme publicação com fotos alusivas ao fato, em um jornal da própria instituição hospitalar, o nobre presidente até discursou, enquanto uma servidora reclamava na recepção da falta de reajuste decente para com os servidores. Claro que alguém poderá dizer que isto já faz tempo que ocorreu e terá razão neste foco reduzido. Mas fatos similares que comprometem o atendimento na saúde, tanto pública como privada, ainda ocorrem com frequência e são registrados principalmente nas redes sociais, envolvendo também o serviço de ambulância municipal. “Necessitamos mais de humildade que de máquinas. Mais de bondade e ternura que de inteligência. Sem isso, a vida se tornará violenta e tudo se perderá”. Charles Chaplin
Descentralização da Saúde Mental. Esta proposta foi concretizada graças a uma parceria inicial que estabeleci com os dois médicos coordenadores de duas unidades de saúde da periferia. São Dimas e Moreirinha foram os alvos de um atendimento psicológico, inicialmente dirigido a grupos da Terceira Idade, com avanços graduais para grupos de crianças até que veio a posse do prefeito Cesar Pagan, isto em 2001. A partir daí graças a certa irreverência de minha parte com debates nada fáceis, consegui com apoio dos Dr. Otávio e Dr. Sérgio, os argumentos favoráveis para a descentralização total dos psicólogos para atendimentos aos bairros. Tal medida tinha como valor principal a facilitação do acesso de cidadãos da periferia para os recursos terapêuticos da Psicologia. A iniciativa teve com sustentação a questão de ética, de sensibilidade e empatia a ponto de propiciar tal construção funcional. A volta sem nexo. Entretanto com as gestões jacobinas certos bairros foram perdendo esta oferta da Saúde Mental dada a uma nova concentração, isto é uma volta ao passado conformista. Em um município com altos índices de suicídio, com relatos constantes de depressão, conflitos gerados pelo consumo de drogas/álcool, entre outros problemas humanos, não tem cabimento a centralização de atendimentos especializados passíveis de ofertas próximas ás comunidades carentes. Perdas institucionais. Outros fatos reais e de impacto significativo tanto no aspecto da saúde emocional com conexões vinculadas á educação referese ao encerramento de atividades de duas instituições. O projeto Fazendo Arte Este projeto funcionava ao lado da Unidade de Saúde do bairro de São Dimas e era fonte de incentivo dos mais diversos ao atender crianças e adolescentes, incluindo-se alguns em situação de risco social. Para um público jovem sem o hábito da leitura e muito menos sem condições financeiras para aquisição de livros, este
contingente tinha a disposição livros e enciclopédias para a promoção da cultura e do saber. Diversas atividades compunham o roteiro do Projeto Fazendo Arte que em algumas oportunidades funcionava de segunda a segunda. Tive a grata participação no rol de profissionais que colaboraram para o atendimento da criançada. Porém um dia, não tenho lembrança exata, o Projeto Fazendo Arte fechou suas portas, sem que o poder público oferecesse alguma alternativa para centenas de crianças e jovens „artistas comunitários‟. Também desconheço a motivação para tal perda institucional. A Associação Amar. Aqui outro exemplo de encerramento de atividades de uma organização sem fins lucrativos que atendia crianças do Jardim Europa. Posso relatar tal fato com lamentos, pois minha atuação como psicólogo voluntário foi proativa até um dia antes do „fechar o portão‟. Aliás, fui comunicado deste ato de forma inesperada e sem maiores explicações, embora tenha suspeitas de que um dos fatores era vinculado ao aluguel do prédio. É de se lamentar tal perda institucional, se devido a motivação financeira, sendo que o poder público municipal poderia „entrar‟ em ação para a busca de uma solução com sustentabilidade. Mas após o encerramento das atividades do projeto da Associação Amar no Jardim Europa não tive nenhum conhecimento de alguma ação ou manifestação para sua reativação naquele bairro. Aqui mais uma perda que certamente tinha investimentos socioculturais para uma comunidade carente. Mas ficou no passado. Projeto “Uma Mensagem Pra Você” Esta outra perda sob uma postura de arrogância, com um misto de rejeição. Como autor do premiado projeto ofereci o mesmo gratuitamente para ser implantado nas escolas municipais e nas salas de espera das unidades de saúde do município. O prefeito municipal nem se dedicou a agradecer a oferta. O Projeto “Uma Mensagem Pra Você” que desde 2010 disponibiliza mensagens impressas gratuitamente para condutores
e pedestres tem uma metodologia passível de ser implantada em qualquer cenário humano. Para breve avaliação imagine em cada sala de aula, no início do período, todos os alunos amparenses tendo a oportunidade de: leitura, interpretação da mensagem, correlação com a realidade, percepção de implicações comportamentais, etc. Milhões de momentos teriam sido promovidos para análises e analogias quanto a conteúdos como: preconceito, violência, percepção, visão restrita, causa-consequência, relacionamentos inter e intrapessoal, empatia, mediação de conflitos, além de outros mais. O prefeito revelou sua miopia e desprezo pela oferta gratuita de um projeto que foi exposto no METRÔ-SP, na TV Globo-Rio de Janeiro no programa “Encontro com Fátima Bernardes”, na AACDIbirapuera-São Paulo, além de diversas premiações. Outro destaque deste projeto recusado pela Prefeitura de Amparo foi a indicação pelo Ministério das Relações ExterioresItamaraty-DF como único representante brasileiro junto a UNESCO-Paris, França em 2018. Esta perda, como as anteriores, jamais será reparada, embora o Projeto “Uma Mensagem Pra Você” ainda seja objeto de destaques, premiações, reportagens e principalmente de valorização de milhares de pessoas que curtem colher mensagens no painel afixado na árvore da Rua Afonso Pacetta. Hoje já temos mais de 3 milhões e 800 mil mensagens distribuídas ao longo de toda a década. Câmara Municipal da Juventude Significativa perda com perfil institucional foi a não implantação do projeto “Câmara Municipal da Juventude”, autoria de dois psicólogos e voluntários. Esta proposta foi apresentada no final de outubro de 2019 ao presidente da Câmara Municipal, contando também com a presença de um vereador no ato. O projeto apresentava argumentos contundentes que eram a razão da aprovação imediata desta iniciativa, pois tinha como foco principal a inclusão sócio-política da juventude amparense nos destinos da cidade. Muito mais que conhecer as rotinas do legislativo a Câmara da Juventude visualizava a construção de momentos reflexivos, análise de propostas/projetos, discussão de temáticas vinculadas á cidadania proativa, entre outros temas. Entretanto a arrogância e o nefasto silêncio determinaram o engavetamento desta proposta de alto impacto social, com a
criação de comissões regionais, fóruns da juventude, eventos criativos, proposição de iniciativas ao legislativo, enfim atingindo diretamente em torno de três centenas de jovens na composição dos grupos vinculados. Durante a pandemia teria sido uma ótima alternativa de contaminação proativa para a geração de eventos mesmo que á distância com o uso das redes sociais. Se o presidente da Câmara Municipal „engavetou‟ tão importante iniciativa, agora em 2021 o Grupo Criteens com base no Facebook terá a irreverência de criar condições para que a implantação da Câmara Municipal Independente da Juventude venha a se tornar uma realidade, sem ranços partidários. Perdas eleitorais. Entre elas vem a tona a perda da Credibilidade Política. Os resultados finais da apuração de 2020 revelam tal diagnóstico. Entre votos Brancos + Nulos + Ausentes registrou-se 21.460. Entre os votos contra o prefeito eleito tivemos: 21.123. No total soma-se 41.583 eleitores que não votaram no eleito. Cabe realçar que 16.534 eleitores estão entre os ausentes. Estes números denunciam sentimentos e percepção de descrença, apatia, conformismo, fisiologismo, baixa consciência de cidadania por parte de grande contingente de eleitores. Até a expressão “farinha do mesmo saco” que não tem sustentação real está presente nas manifestações populares. Neste relato inclui-se até o atual secretário de saúde municipal, Dr. Fernando Cazotto que fez uso da mesma há algum tempo nas redes sociais para rotular os políticos indistintamente. Casos como cassação de vereador, tentativa de cassação de prefeito, denúncias de mentiras, promessas não cumpridas, audiências da saúde, audiências contra a Barragem Duas Pontes, viagens oportunistas sem resultados claros e com oratórias de pobre impacto, são os scripts que alimentam a baixa credibilidade. Outro fator contribuinte para a descrença nos políticos é a tradicional negociata com cargos de confiança, nos quais muitos agentes até tem vergonha de sair em público com tal rótulo. Questões para esta Terceira Década. Como crer em um agente improbidade administrativa?
político
condenado
por
Como crer em um eleito que usa da demagogia e do espetáculo para omitir acertos de cargos a ex-oposicionistas? Como acreditar em transparência de quem se omite ao ser solicitado a esclarecimentos públicos? Como dar crédito a alguém que trai seu partido e companheiros sob o lema de evitar que a oposição vença? Como ter credibilidade quando o agente público é especialista em omissões, covardias, silêncios e algo similar quando questionados pela população? Diante deste quadro caótico nos reserva a refletir sobre como ainda temos pessoas com certo grau de consciência e discernimento, porém aceitando papeis de bajuladores de políticos mentirosos, corruptos, narcisistas, personalistas, enriquecedores dos próprios bolsos. Quantos cidadãos ainda alimentam personagens da política com idolatria, com fanatismo e assim tornando-se cegos para a realidade mais profunda e que merece sempre ser questionada? O que fazer para mudar esta realidade em busca da decência na vida pública, sem shows, sem oratórias, retóricas, sem fantasias do „faz de conta‟ e sem ditadores engravatados? “O fanatismo é a única forma de força de vontade acessível aos fracos”. Friedrich Nietzsche Nota: Esta matéria não é conclusiva, cabendo continuidade. Também não teve como proposta a inclusão de todos os prováveis temas que fizeram parte da história desta segunda década do milênio. Fontes consultadas. https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2020/09/15/ideb-nove-das-10-melhores-escolas-dobrasil-sao-do-ceara-confira-lista.ghtml http://ideb.inep.gov.br/resultado/resultado/resultado.seam?cid=4376062
Amparo, 2 jan/2021 Tito, psicólogo
.............................................................................................. Tenho vergonha de mim pois faço parte de um povo que não reconheço, enveredando por caminhos que não quero percorrer... Tenho vergonha da minha impotência, da minha falta de garra, das minhas desilusões e do meu cansaço. Não tenho para onde ir pois amo este meu chão, vibro ao ouvir o meu Hino e jamais usei a minha Bandeira para enxugar o meu suor ou enrolar o meu corpo na pecaminosa manifestação de nacionalidade. Ao lado da vergonha de mim, tenho tanta pena de ti, povo deste mundo! 'De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, A rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto'. Cleide Canton & Rui Barbosa