1.384: registro que provoca questionamentos. Para quem escreve é um indicativo, como placas a beira do caminho. Como tenho vários caminhos a interpretação é complexa. Mas algo mágico ou místico tem por traz das ideias e palavras rascunhadas nas diversas matérias. Para um olhar menos atento o 1.384 pode parecer somente um número, mesmo que importante ou de alta valorização. Mas tem algo mais além de. A história do ‘escrever’. Escrevo faz tempo. Desde o terceiro ano primário quando Dona Fidalma leu minha redação de um sete de setembro para todos os alunos da classe. Meu ego foi ás alturas, pois me pegou de surpresa e até hoje aquela cena da professora Fidalma Lombardi tem cores e vibrações como quando a gente está diante de uma grande tela de cinema com cenas de fortes emoções. Pena que na época não havia internet, nem xerox, nem mesmo tive o cuidado em guardar a ‘magistral’ redação. Então esta tal ‘coisa’ de escrever vem de longe. Depois vieram as publicações do TCC da faculdade, da pós na PUC-SP, das postagens de algumas redações pregadas no painel do University Hall da SIU, em Carbondale, Illinois. Ao retornar dos USA vieram as matérias no Jornal de Boituva-SP; com a criação de um jornaleco na pós da UNICAMP, também nos jornais de Amparo, na Folha de São Paulo, Jornal JUANORTE de Juazeiro do Norte, Ceará; sendo que nas últimas décadas o Jornal A Tribuna foi a plataforma de muitas matérias.
Mas tem algo mais que letras. Nesta faculdade do ‘escrever’ não tenho a competência de um Marçal Aquino, ou de algum acadêmico destas instituições de letras. Nem tenho tal pretensão. Mas o número 1.384 de leituras em uma plataforma que não é jornal e nem impressa em papel é algo que me provoca a busca do entendimento de tal resultado. 1.384 leituras, em menos de 30 dias, exclusivamente nas páginas do Facebook é algo que me provoca questionamentos diversos. Claro que me encanta. É certo que me incentiva. Também causa orgulho interior. Provoca-me a escrever mais e mais.
Mas isto não é tudo!
Algo estranho, que foge da compreensão imediata ocorre nas entrelinhas, ou nas ‘entre ideias’, que geram estas crônicas ou matérias. Certa magia ou algo místico vem repentinamente como que um fluído sem controle, sem clareza, sem coerência. As ideias vêm como em uma enxurrada e provocando conexões diversas. Não sei explicar, mas sinto que é como uma corredeira mesmo, sendo que algumas das palavras ou frases parecem não serem minhas. Se antigamente escrevia com caneta no papel, hoje no micro ou no notebook vira uma salada mista com tempero e tudo. Escrever, que é ‘coisa’ que vem de longe, sempre parece ser uma nova experiência. O texto anterior, já arquivado no passado, pode servir como nutriente para uma nova composição. E por falar em composição é como numa composição musical com as notas fluindo, fluindo em toda a canção. Tem canções que nos encantam. Colam feito tatuagem para dar coragem, como ‘disse para mim’ Elis Regina em pleno palco do Anhembi-SP.
Não sei dizer claramente se escrevo para mudar visões dos outros ou para expor as minhas próprias. Se a primeira assertiva for a real então já sei que terei enormes dificuldades nas mudanças perceptuais dos outros. Sou limitado neste sentido. Se, entretanto for com o sentido de mostrar a todos minhas visões esta arrogância não deveria ser penalizada por quem não escreve, mas sim pelos nobres pensadores com elevadas competências para avaliações. Então escrevo sem me dar conta das penalidades. Sei dos riscos de condenações, principalmente de quem lê somente títulos ou não ousa contestar com argumentos objetivos. Mas escrevo sim, de forma direta e por vezes contundente. O homem de palavra fácil e personalidade agradável raras vezes é homem de bem. Confúcio Não tenho perfil para aqueles discursos ou textos cheios de bajulações, de ‘excelências’, de ‘nobre senhor’, ou de ‘mestre’, tal qual um conhecido assim me tratou, sem que conseguisse omitir sua hipocrisia e confabulação melosa geralmente presentes em seus discursos. Meus escritos são escritos com a discrição da simplicidade e pontualidade (ir direto ao ponto) e em muitos casos denunciando nomes, mesmo que sejam autoridades. Algo que não sei descrever submete minhas letras e palavras ao sabor de verdades, que certamente irão desagradar os atingidos e seus fãs, pois estes não estão preparados para deixarem suas fantasias ou idolatrias. Alguns se encantam ou se enganam com histórias ‘pra boi dormir’, sem perceberem estar sendo enganados pelos autores, muitos engravatados e com sorrisos teatrais já conhecidos.
Em minhas matérias não consigo ainda ter a tamanha boçalidade como ao fazer elogios ou bajulações para algum político, sem os devidos cuidados de uma avaliação detalhada. Escrevo-vos uma longa carta, porque não tenho tempo de escrevê-la breve. Voltaire
Um dos ‘defeitos’ de minhas publicações referem-se ao tamanho dos textos, conforme alguns leitores. Eles devem ter suas razões para tal constatação, porém não tenho o hábito de redigir cartinhas ou breves notas de cinco ou mais linhas. É sim este o meu atrevimento de fato.
1.384 leituras sem contestações. Estas 1.384 leituras são sobre algumas matérias recentes postadas no Facebook, sendo que autoridades foram citadas nominalmente e nenhuma delas até o momento contestou, seja nas redes sociais ou até mesmo na justiça por se sentirem quem sabe ofendidas. O silencio até o momento comprova a credibilidade dos conteúdos, com uma autoria que não sabe ainda se omitir. Outro valor a considerar é que as 1.384 leituras na internet, sendo que 89 % delas feitas nos tablets são valores que entendo revelar uma atenção especial. Muitos vídeos e fotos não chegam nem próximo a estes índices. Em menos de 30 dias, algumas matérias gerando este significativo desempenho pode-se acreditar que é indício de estar construindo uma trajetória proativa com uma projeção crescente para o futuro, com leituras no Brasil e no exterior. Amparo, 07/Jan/2021 Tito, psicólogo
Marçal Aquino "Quando começo a escrever, não tenho a mínima ideia do que vai acontecer com os personagens, ou como a história vai se desenrolar. Não sei sequer se será somente um conto ou uma novela inteira... Eu dou muito valor à imaginação". Fonte: w.cafeliterario.jor.br/especiais/forum_letras/mat7html
“Gosto da frase do Kureishi: ‘Escrevo com pau duro e caneta de ponta mole, e não o contrário’. Acho que é por aí. Se houver música, será instrumental, que letras atrapalham nessa hora. O ideal é que eu esteja sozinho e disponha do tempo que precisar, nem que seja uma ilusão.” Fonte: http://michellaub.wordpress.com (23/10/2012)
Minha relação com a literatura é muito romântica, imagine que eu escrevo à mão, na hora que eu quero, sobre o que eu quero. Não penso em público, não penso em leitores… Só penso em mim quando escrevo". Fonte: https://webwritersbrasil.wordpress.com/a-arte-do-roteiro/entrevistas-2/marcal-aquino/
Marçal Aquino Nasceu em Amparo, SP. Jornalista, tradutor, poeta, roteirista e romancista. Começou a trabalhar nos jornais de sua cidade natal. Foi repórter e redator de futebol, com passagem pela A Gazeta Esportiva, O Estado de São Paulo, no Jornal da Tarde. A partir de 1990 passa a atuar como free-lancer e como tal permanece até hoje.