POSSO TE CHAMAR DE DISSIMULADO? OU DE CHARLATÃO?

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POSSO TE CHAMAR DE DISSIMULADO? OU DE CHARLATÃO? OU HIPÓCRITA? OU COVARDE? OU FALSO? OU DEMAGOGO? Prefácio. Pode ser que alguém considere este texto longo demais, mas certamente é muito menor que o tamanho do empréstimo que todos nós teremos obrigatoriamente que pagar: os R$ 50 MILHÕES de reais.

Inicialmente vamos para algumas definições. Canalha quer dizer, segundo o dicionário, que ou aquele que é infame, vil, abjeto; velhaco. Hipócrita: aquele que demonstra uma coisa, quando sente ou pensa outra, que dissimula, quase sempre por motivos interesseiros, fingido, falso, simulado. Covarde quer dizer: oque não apresenta coragem; que se caracteriza pela ausência de arrojo, de bravura, de valentia. Falso: que se manifesta contrário à verdade; inexato, sem fundamento, em que há mentira, fingimento, dolo.


Demagogo: abuso da democracia, dominação tirânica das facções populares, ação que visa manipular as paixões e os sentimentos do eleitorado para conquista fácil de poder político. (conceitos baseados em consulta ao https://dicionario.priberam.org/demagogia)

Quando alguém questiona um agente público (eleito ou em cargo comissionado oficial) solicitando esclarecimentos e esta autoridade simplesmente não responde e nem oferece um mínimo de atenção e educação, como podemos classificar este personagem pago com nossos impostos? Imagine cenas como esta envolvendo o Prefeito Municipal Carlos Alberto Martins que eleito e pago mensalmente deveria gerenciar a cidade, cumprir seu plano de governo, trabalhar assiduamente para agir principalmente de forma preventiva quanto aos problemas do cotidiano. Ainda visualize que este agente público sendo bem remunerado para apresentar planos e projetos com total transparência, sem conchavos, com os detalhamentos e objetividade que não permitam pairar dúvidas ou suspeitas. Mas não para por ai. Também cabe lembrar que este sujeito foi eleito ciente da necessidade do respeito e cumprimento para com uma Constituição Federal, uma Constituição Estadual e a Lei Orgânica do Município de Amparo, SP. Um dos preceitos da nossa LOM até prevê a cassação do prefeito no caso de: “proceder de modo incompatível com a dignidade e o decoro do cargo”.


Diante do exposto o ato de “mentir” não é falta do decoro do cargo? Usar de falsidade é ter dignidade como autoridade pública? A constante falta de transparência é aceitável e ético para um prefeito? Por outro lado se em algum momento presencio ou constato alguma destas situações envolvendo um prefeito posso chamá-lo de covarde, abjeto, dissimulado, manipulador ou demagogo? Ou tenho que ser submisso, falso, conivente e fazer de conta que não tenho nada a ver com isto? Se assim agir não estarei claramente assumindo a postura de covarde, cafajeste, vil, hipócrita e/ou fingido? Então vamos para uma cena real. Encontro o Prefeito Municipal, Carlos Alberto Martins, saindo de uma unidade de saúde. Sinalizei que queria falar com o mesmo e já de imediato vou propondo duas questões. Perguntei se tinha lido minhas matérias questionando a sua gestão. Ele meio que constrangido, sem me convencer, alegou não ter tempo para a internet. Mas é claro e contraditório tal desculpas pois sua presença na internet é notória para suas lives, para alguns comentários, postagens diversas e principalmente respondendo para que lhe dirige elogios e similares. Já quando se trata de solicitar esclarecimentos ou críticas o prefeito fica calado, se omite como que não dando atenção ou valor.


Já em uma segunda colocação sugeri para que fizesse uma visita em uma unidade próxima, pois a mesma estava num caos quanto ao atendimento. Ainda citei o nome da ACS, com desvio de função sofrendo o sufoco na recepção. Ele todo senhor de respostas prontas disse que tinha mais de 40 funcionários afastados por doenças. Não perguntei quantos funcionários estavam afastados, mas que fosse verificar ao vivo e a cores a situação do atendimento. Insisti para que resolvesse a situação ao invés de alegar problemas. Neste momento recebi com ar de ‘autoridade’ arrogante uma questão desafiadora: - Então o senhor me apresente uma solução, foi o que rebateu. De pronto sugeri como solução imediata a contratação emergencial principalmente no cenário da saúde. Ele negou com acenos de cabeça, alegando que não poderia fazer isto, já foi se afastando me deixando constrangido diante da ausência de uma argumentação respeitosa e sem a desejável objetividade ou clareza. Em resumo, nós pagamos para agentes públicos, como neste caso o prefeito, para que ele atue na resolução de problemas e execute projetos com visão preventiva. Nós não pagamos para um certo prefeito visitar locais públicos para dar tapinhas nas costas das pessoas, ou para tirar fotos ou para conversas com bajuladores. Desconheço a motivação da visita do prefeito naquela unidade, mas constatei presencialmente sua postura demagoga, abjeta e dissimulada. Quanto sua presença naquele local fiquei sabendo, através de comentários de terceiros, que ele teria ido


naquele local para tirar fotos com uma criança sendo vacinada. Se tal fato foi real o mesmo é digno de reprovação, pois parece atitude mais afinada com a autopromoção que com a preocupação quanto aos problemas da cidade. Na Câmara Municipal Depois de alguns dias após aquele encontro nefasto fiz uma visita ao site da Câmara Municipal e sem que estivesse preparado eis que vejo algo inusitado. O prefeito apresentou no início de janeiro projeto de lei buscando aprovação para um crédito especial no valor de R$ 500 mil reais para ser aplicado na Secretaria de Saúde, em regime de contratação temporária. Já o presidente da Câmara Municipal, Sr. Carlos Cazotti, em seguida apresentou uma emenda que trata de procedimento legal para facilitar a contratação de pessoal para o setor da saúde. Afirmou ele na emenda: “Sabemos que o projeto é necessário para a contratação de mão de-obra temporária nos trabalhos da Saúde, haja vista o elevado número de pessoas contaminadas pelo novo coronavírus nos últimos dias...” Ué! Mas o home num disse isto. Mas no dia 18 o prefeito disse claramente a mim que não poderia contratar? Esta afirmação ocorreu na saída da UBS Pinheirinho, sendo que outras pessoas ouviram sua fala quando lhe propus contratação emergencial. Abaixo comprovantes do projeto de lei e emenda.


ttps://www.camaraamparo.sp.gov.br/temp/20012022171603arquivo_Emenda_0001-2022.pdf

O Prefeito mentiu mais uma vez? Sim, a pergunta foi exatamente esta: - Ele mentiu mais uma vez? Tal questionamento tem razão de ser conforme outra ocorrência envolvendo também o prefeito. Desta feita foi durante um debate eleitoral no qual ele, taxativamente, declarou que daria para governar com o orçamento que nossa cidade tem.


Disse claramente que iria provar o que estava declarando no tal debate. Então qual a razão para um empréstimo fabuloso de R$ 50.000.000,oo (CINCOENTA MILHÕES) que todos os amparenses irão pagar? O que mudou depois das eleições? Sua palavra não tem validade, não merece crédito? Não dá mais para governar com o orçamento da prefeitura? O que está por trás desta descarada mudança? Diante deste cenário nada coerente posso dizer que o prefeito mentiu descaradamente? Ou como devo chamá-lo? Também posso chamar esta situação de cafajestagem pública? Onde foi parar o decoro do cargo? E a ética onde a encontro nas ações e falas do prefeito? Indelicado? Estou sendo muito indelicado ao tecer tais comentários? Mas diante da constante omissão e silêncios do prefeito quando questionado, será que devo me silenciar e ficar acomodado, por exemplo, assistindo um BBB, e concluindo que não tenho nada a ver com isto? Se ficar em silêncio creio que poderei até ser classificado como alguém gentil, simpático ou até muito educado, mas será que isto é coerente com a realidade de uma cidadania proativa?


Presenciar uma Agente Comunitária de Saúde sob intensa pressão, sozinha num atendimento caótico e me calar dando as costas para esta cena é ser cidadão empático? Ou será que poderão dizer que busco ‘aparecer’ perante a plateia? Mas e o prefeito? Devemos deixar de lado? Mentindo e sendo pontualmente pago apesar disto? Se omitindo e não respeitando a lei da transparência? Exclusividade? Não sou o único e nem tenho tal exclusividade no questionamento e criticas quanto às posturas do Prefeito Municipal, Carlos Alberto Martins. Em uma rápida pesquisa nas páginas do Facebook, em especial envolvendo os professores podemos observar a insatisfação como sentimento constante e de amplo alcance. Este cenário na Educação Municipal atinge também de forma nada agradável a figura da Secretária Municipal, Profa. Alice Veríssimo que tem revelado uma história de contradições nos últimos tempos desde que deixou o seu partido original, o PT. Uma destas aberrações é que outrora a Professora Alice era contra a ‘chupinzada’ e agora convive com tais representantes nos palcos da administração sem qualquer constrangimento. Seria tudo por dinheiro? Atualmente tem recebido criticas veementes sobre as mudanças nas atribuições das aulas acarretando prejuízos e/ou perdas para muitas professoras. A questão da ‘contratação’ do sistema SESI é outra pedra no sapato e cisco nos olhos da secretária de educação, pois tem professoras


que declaram publicamente a reprovação quanto a imposição deste sistema. O silêncio da Secretária Então a Profa. Alice Veríssimo também tem revelado o mesmo padrão adotado pelo prefeito: silencia-se diante das críticas, se omite nos questionamentos como no caso do FUNDEB, além de outras reações nada louváveis. Ela tem navegado nos mesmos mares do distanciamento nefasto quanto as suas bases de ações profissionais. Quando há um ano postei uma matéria trazendo reflexões sobre o FUNDEB, com anexos de sugestões para sua operacionalização e transparência, não recebi nenhuma consideração da atenção de Alice Veríssimo. Foi como dar as costas para a proposta. Então posso dizer que sua postura é infame, vil e com clara falta de consideração para com um cidadão? É falta de educação? Ou não tem argumentos para contrapor ou esclarecer quanto questionada? É postura que revela fragilidade no exercício do poder? E a responsabilidade com a transparência? Joga-a no lixo? Talvez eu seja um imbecil apresentando projetos e propostas absurdas. Mas até o momento nem Prefeito e nem Secretária de Educação se manifestaram neste sentido. Dito tudo isto temos dois personagens com alguns conteúdos comuns.


Perfis típicos de políticos tradicionais que só estão abertos para a bajulação, para falsos tapinhas nos ombros, para conversas contaminadas pela hipocrisia. Até quanto teremos tais figuras? Perguntar ofende? Então vamos para os ‘finarmentes’ perguntando: - Vai me processar por desejar, de quem é pago com nossos impostos, o fornecimento imediato de informações claras, pontuais, coerentes, objetivas, transparentes e sem demagogia? Enfim gostaria de saber como devo me dirigir a cada um dos dois agentes citados: - Hipócritas? Demagogos? Infames? Incompetentes? Dissimulados? Mentirosos? Oportunistas? Incoerentes? Ou Nobres Excelências?

Epistola Tito 1:10 “Pois existem muitos faladores e enganadores indisciplinados e vaidosos. Há muitas pessoas que não têm condições de se submeter à autoridade; muitos que são faladores vaidosos - e muitos que vivem para enganar os outros sob a máscara da religião”. Amparo, 21 jan 2022 Tito, psicólogo


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