MEMORIAL EDUCAÇÃO: "O ano era 2022"

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MEMORIAL

PARA A HISTÓRIA 33,23% 470 Professores

Caos desvalorização

145 Páginas De cidadania O ano era 2022 Autoria

Tito psicólogo Francisco Henrique de Oliveira CRP 06.1631-6

E-mail fhoo@uol.com.br


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HIPOCRISIA CONTAMINA: EDUCAÇÃO NÃO É SOLUÇÃO. A entrevista com o empresário fluía conforme roteiro: tudo no tempo certo, porém repentinamente a jornalista levantou questão sobre segurança pública e altos índices de criminalidade. A partir daí veio o já conhecido discurso apontando diversas carências nas polícias militares, nas guardas metropolitanas, na falta de vagas em presídios e no baixo nível educacional dos moradores das periferias. O entrevistado até citou a fala do bispo católico sobre “Pátria amada x pátria armada”, sem entretanto ter clareza ao apresentar racionalidades e nexos em seus argumentos. Repetiu a citação de que o Papa também tem uma guarda com armas. Aliás, este apontamento foi feito há anos atrás por um padre chamado Leonardo em uma polêmica com a Associação Montfort. A entrevistadora foi mais contundente ao questionar que tal argumento não tinha conexão lógica com o comentário do bispo de Aparecida, pois este tratava de uma reflexão que envolve proposições além do


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armamento, questões do aumento da violência, de comportamentos de ódio, do crescimento da intolerância e da valorização de postulados populares como: "bandido bom é bandido morto”. Ao perguntar se o empresário tinha uma empregada ele respondeu que contava com três: uma cozinheira, outra para roupas e a terceira para serviços adicionais. Então vieram questões como: - Elas são da periferia e tem posse de armas? - Elas têm condições financeiras para a posse e uso de armas? Encurralado por tais „espinhos‟ ele respondeu que elas eram da zona sul, periferia da metrópole, que não tinham armas e muito menos condições de comprá-las e acabou „cuspindo‟ que elas não estudaram porque a coisa é assim mesmo em nosso meio. Depois do intervalo parece que algo foi combinado, pois a linha do programa foi para outra direção. Desviando visões. Até onde assisti me provocou para algumas reflexões que pouco estão presentes nos bate-papos, afinal é mais fácil discutir futebol do que segurança pública ou educação. Nem são percebidas pela maioria da plateia. Por outro lado a plateia nem quer saber de se posicionar com ações proativas e posturas concretas diante de sua realidade social.


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Por vezes postam suas opiniões que não vão além das palavras. Tem os casos que são tão repugnantes ao revelarem conteúdos cheios de hipocrisia e demagogia. A hipocrisia, por exemplo, aparece de surdina em alguma postagem nas redes digitais ou em falas doces e suaves na interação social. É aquele sujeito que com largo sorriso dá tapinha nas costas, diz estar feliz em encontrálo ou algo assim, mas pelas suas costas revela seus dentes afiados. É a plena realização do hipócrita que vai a todos os velórios, mesmo que não conheça os defuntos, mas usa de tal recurso para marcar seu nome perante a população. Ou é o descarado gerador de „Parabéns pra você nesta data querida‟ para qualquer um e assim „passar‟ a imagem supostamente imaculada de um ser atencioso e carinhoso. Por sinal, atenção carinhosa é uma bela estratégia de enganar inocentes carentes. Os golpistas usam de estratégias psicológicas atingindo níveis mais profundos da mente humana que estão abaixo da consciência e da racionalidade. Ás vezes os „golpes‟ nem são percebidos. Como exemplo no campo comercial ao escolher um produto em uma gôndola do supermercado a nossa predisposição é para pegar os que estão na frente, sem notar no prazo de validade. Em alguns casos aqueles com


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os prazos com vencimento de maior brevidade ficam a beira e os demais no fundo da tela de exposição. Outra ocorrência que parece estar sendo frequente trata-se dos eventos estilo „Friday‟, que nem é mais feito nas sextas-feiras e muito menos tem os descontos prometidos. O processo de enganação é tão presente em nosso meio que não damos mais atenção a este fato. Educação não é a solução. Uma forma que encontro para parabenizar os professores pelo seu dia é retirar de suas costas a responsabilidade pela salvação do país com a mensagem: “EDUCAÇÃO NÃO É A SOLUÇÃO, PARABÉNS PROFESSORES”. Para justificar a afirmação recorro aos limites dos processos educacionais, nos quais a maioria dos alunos passa somente algumas horas nas escolas, de quatro a seis horas em média e o restante junto ás suas famílias e/ou comunidade. Também não temos aulas aos sábados e domingos, então em uma semana mais de 28% do tempo crianças e adolescentes estão fora da escola. Outra vertente para a defesa da escola como não responsável pela solução dos problemas sociais é que a grande parte do conteúdo programático trata de matérias específicas e não vinculadas ao comportamento individual e coletivo dos alunos, com suas conexões comunitárias.


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Uma aula de Matemática ou da língua portuguesa trata de matérias que segundo alguns autores até poderiam ser conectadas com temáticas sociais ou coletivas como cooperação, empatia, compreensão, doação, voluntariado, visão holística, etc. Mas não temos tal previsão nos currículos escolares. Um terceiro golpe na crença de que a educação é a solução está relacionada a uma influência marcante dos meios digitais na nossa sociedade e em especial no desenvolvimento da personalidade e do perfil psicossocial da criança e do adolescente. Através da observação empírica, considerando os padrões comportamentais dos usuários das redes digitais, nota-se a crescente expansão de comportamentos individualistas, egocêntricos, materialistas, consumistas, geradores da intolerância, falas de ódio e similares. Os eventuais „cases‟ de um grupo com uma ação social meritória não é justificativa para negar os cenários caóticos e conflitantes com números cada vez maiores que nos envolve como sociedade digital. A prova de um estado de violência está nos índices oficiais crescentes na sociedade brasileira. De certa forma a violência é „mascarada‟ por cenários como o aumento da fome no país atingindo quase 20 milhões de famintos. É uma condenação pública e notória.


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É uma comprovação de que gestores públicos de todos os naipes são incompetentes nesta epidemia: a nutricional. EDUCAÇÃO NÃO MATA A FOME, nem a hipocrisia. A hipocrisia é tão gritante que um politiqueiro vem a público se arvorar de decente quando em seu histórico tem desvios de recursos da merenda. Outro veste ternos da honestidade, mas carrega em sua cueca milhões, fedendo as notas em suas entranhas. Mais um se diz honesto, porém convive com corruptos, ladrões, déspotas da pior classe. Estes comem caviar servidos por garçons desarmados da periferia. E a hipocrisia contamina os inocentes que aplaudem tais manifestações politiqueiras. Um sujeito ao propor uma enquete, posta nas redes digitais algumas fotos com poucos comentários e lá vem os bajuladores com toscos elogios do tipo: “Falou tudo”, “Perfeito”, “Sem comentários, tamo juntos”. Se já „falou tudo‟, então me calo diante de tamanha aberração, pois não tenho competência para sensibilizar visões travadas e acomodadas em bolhas de oportunistas. Estes, entre outros casos, são de ex-alunos que não apreenderam que aprender não é suficiente. Apreender é mais que ficar boiando. E boi boia também.


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É difícil alguém assumir a postura de questionar o agente público que se apresenta como líder ou representante do povo. Esta missão exige trabalho, ousadia, coragem e principalmente o direito ao esclarecimento para com aqueles são pagos com os impostos. Mas a apatia é alimentada pelas nossas rotinas e costumes. Nossa sociedade foi construída através do trabalho serviçal. Servir era o mote desde o início com a escravidão dos negros. Depois vieram outras raças e classes como no caso dos nordestinos que „construíram‟ Brasília e São Paulo, a maior capital nordestina do país. Servir sob condições desumanas era e ainda é verbo praticado. Até nas milícias e no tráfico a servidão tem sua prática a começar pelos jovens que são contagiados pelo sistema criminal. Então temos uma rede enorme de canais ou contatos que exercem forte influência junto a população em geral. E o Dia do Professor passa a ser tratado com um feriado escolar a mais, para a maioria da população. Até os profissionais das mais diversas áreas não valorizam, no dia-a-dia, suas histórias junto a educação e com professor em especial.


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O carnaval é muito mais marcante que a valorização do professor. Torcer por seu time tem muito mais ingredientes em comparação com os impactos dos docentes em sua vida. A figura de um cantor de funk pode catalisar muito mais „adoração‟ e encantamento que os „teachers‟. Tem até político corrupto que conquista corações com suas falas cheias de mentiras e demagogia, pois as frágeis mentes não conseguem filtrá-las. Estes pressupostos podem confirmar que: “A EDUCAÇÃO NÃO É A SOLUÇÃO”, mas sim a SENSIBILIZAÇÃO. A SOLUÇÃO É A SENSIBILIZAÇÃO. Sensibilizar é como que encantar. É usar de magias mesmo que com simplicidade, para cativar sentimentos proativos. A sensibilização pode comparecer nas mentes dos alunos mediante algumas ações simples como a prática da meditação e visualização criativa. Estas técnicas, já com comprovações em diversas instâncias, não apresentam custos materiais, nem mesmo compromete a carga horária da rotina escolar.


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A visualização criativa é um tipo de investimento no qual o estado ou o município só terão benefícios enquanto coletividade docente e discente. A saúde emocional será beneficiada com a redução de comportamentos violentos, da intolerância, do negativismo e outras distorções comportamentais. Psicólogos venhammm! A participação de psicólogos é essencial para a implantação de um sistema inter-relacionado com diversas matérias, pessoal de apoio, auxiliares, professores e até pais. Esta visão ampla deveria ser construída como num sistema circular e não verticalizado. O protagonismo dos participantes deveria ser meta permanente, com a responsividade de todos. Outras ações podem ser agregadas como a prática do jogo de xadrez, das diversas atividades no campo da ArteEducação, da criação de uma rádio escolar via internet, jogos de poesia, cantos, grafite, teatro (escrita de peças, montagens, dramatização e oficinas), pintura, escultura e outras modalidades nas quais a criatividade estabelece conexões com a cooperação, competição, concessão, permutas e doação. A modalidade de evento no estilo de gincanas artístico-culturais contagia toda uma clientela interna e externa da comunidade escolar, viabilizando a estimulação de comportamentos proativos. Atualmente


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com a presença dos canais da internet as gincanas podem ter ações presenciais e virtuais, com duração ampliada durante meses, tal como que em um campeonato. Questões dos níveis competitivo e cooperativo devem compor todo o esqueleto dinâmico de um „happening‟ envolve alunos, pais e amigos em cenários instigantes e de intensidade afetivo-emocional. A escola geradora de tais „cases‟ deve se tornar uma praça aconchegante para a clientela escolar e também para seus profissionais, pois até questões como frequência e comportamentos desejáveis podem ser focos de pontuação nos desafios das equipes. Em toda esta exposição supõe-se que a sensibilização estará sendo implementada, alimentada e estimulada em cada ator protagonista dos fatos. O ser humano é afeito ao enfrentamento de desafios, porém não sob clima de gritos e berros que só geram afastamentos, conflitos e perdas. Cabe também salientar que os tradicionais discursos pouco efeitos geram nos ouvintes que nos tempos atuais revelam restrições no ato de escutar atentamente. A falta de paciência, a agitação, o imediatismo são padrões comportamentais assimilados culturalmente e se apresentam como barreiras para sermões, falas verticalizadas, oratórias tradicionais e eventos similares. Para conferência desta afirmação é só questionar as pessoas que há algumas semanas atrás assistiram algumas


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palestras e avaliar as respostas sobre o conteúdo apresentado. Nossas limitações sobre o ato de memorizar tem sido mais e mais presente, pois já nem mesmo anotamos quase nada, quanto mais o registro de conceitos ou exemplos que o famoso palestrante disse a um mês. Exceções não excedem. Mas, porém, contudo, todavia tem exceções. Entre as exceções temos a apresentação de Ariano Suassuna com o relato sobre um presidente burro que pergunta ao aluno: “a quantos graus a água ferve?” Diante da afirmação de que era a cem graus a „otoridadi‟ contesta dizendo que era a 90 graus. A professora intervém e o presidente observa que errou ao conferir em sua „cola‟ e completa: - “É verdade, quem ferve a 90 graus é o ângulo reto”. Esta cena com as expressões do mestre Ariano jamais cai no esquecimento. Basta pensar em um presidente qualquer ou no ângulo reto da matemática, ou ainda ao ferver a água para um cafezinho que lá vem todo o cenário proferido por Suassuna. Aqui somente um exemplo da visualização oferecida por um contador nordestino, mestre em suas falas que fazem parte de um movimento chamado armorial no qual


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a simplicidade e criatividade despontam como ingredientes. O movimento armorial criado pelo escritor paraibano envolve a literatura, artes plásticas, música, dança, teatro, cinema, arquitetura, pintura, escultura, etc. Talvez seja também este mote algo também a ser avaliado como receita adicional para se somar com as demais ações voltadas para o encantamento e o ato de cativar a clientela (alunos e pais) das escolas públicas. Assim, partindo para um intervalo temporal, fica aqui uma ousada exposição de motivos para comemorar o Dia do Professor com propostas sob a sustentação do pensamento crítico. E faço uso de Ariano ao propor uma reflexão final: “Tenho duas armas para lutar contra o desespero, a tristeza e até a morte: o riso a cavalo e o galope do sonho. É com isso que enfrento essa dura e fascinante tarefa de viver”. Amparo, 15 out 2021 Parabéns: Dia do Professor Tito, psicólogo, professor, artesão, projetista, curioso teatral, escritor de ideias, pensador crítico, irreverente, pro-cultura e incompetente em apatia.


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POSSO TE CHAMAR DE DISSIMULADO? OU DE CHARLATÃO? OU HIPÓCRITA? OU COVARDE? OU FALSO? OU DEMAGOGO? Prefácio. Pode ser que alguém considere este texto longo demais, mas certamente é muito menor que o tamanho do empréstimo que todos nós teremos obrigatoriamente que pagar: os R$ 50 MILHÕES de reais. Inicialmente vamos para algumas definições. Canalha quer dizer, segundo o dicionário, que ou aquele que é infame, vil, abjeto; velhaco. Hipócrita: aquele que demonstra uma coisa, quando sente ou pensa outra, que dissimula, quase sempre por motivos interesseiros, fingido, falso, simulado. Covarde quer dizer: oque não apresenta coragem; que se caracteriza pela ausência de arrojo, de bravura, de valentia. Falso: que se manifesta contrário à verdade; inexato, sem fundamento, em que há mentira, fingimento, dolo. Demagogo: abuso da democracia, dominação tirânica das facções populares, ação que visa manipular as paixões


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e os sentimentos do eleitorado para conquista fácil de poder político. (conceitos baseados em consulta ao https://dicionario.priberam.org/demagogia) Quando alguém questiona um agente público (eleito ou em cargo comissionado oficial) solicitando esclarecimentos e esta autoridade simplesmente não responde e nem oferece um mínimo de atenção e educação, como podemos classificar este personagem pago com nossos impostos? Imagine cenas como esta envolvendo o Prefeito Municipal Carlos Alberto Martins que eleito e pago mensalmente deveria gerenciar a cidade, cumprir seu plano de governo, trabalhar assiduamente para agir principalmente de forma preventiva quanto aos problemas do cotidiano. Ainda visualize que este agente público sendo bem remunerado para apresentar planos e projetos com total transparência, sem conchavos, com os detalhamentos e objetividade que não permitam pairar dúvidas ou suspeitas. Mas não para por ai. Também cabe lembrar que este sujeito foi eleito ciente da necessidade do respeito e cumprimento para com uma


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Constituição Federal, uma Constituição Estadual e a Lei Orgânica do Município de Amparo, SP. Um dos preceitos da nossa LOM até prevê a cassação do prefeito no caso de: “proceder de modo incompatível com a dignidade e o decoro do cargo”. Diante do exposto o ato de “mentir” não é falta do decoro do cargo? Usar de falsidade é ter dignidade como autoridade pública? A constante falta de transparência é aceitável e ético para um prefeito? Por outro lado se em algum momento presencio ou constato alguma destas situações envolvendo um prefeito posso chamá-lo de covarde, abjeto, dissimulado, manipulador ou demagogo? Ou tenho que ser submisso, falso, conivente e fazer de conta que não tenho nada a ver com isto? Se assim agir não estarei claramente assumindo a postura de covarde, cafajeste, vil, hipócrita e/ou fingido? Então vamos para uma cena real. Encontro o Prefeito Municipal, Carlos Alberto Martins, saindo de uma unidade de saúde. Sinalizei que queria falar com o mesmo e já de imediato vou propondo duas questões.


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Perguntei se tinha lido minhas matérias questionando a sua gestão. Ele meio que constrangido, sem me convencer, alegou não ter tempo para a internet. Mas é claro e contraditório tal desculpas pois sua presença na internet é notória para suas lives, para alguns comentários, postagens diversas e principalmente respondendo para que lhe dirige elogios e similares. Já quando se trata de solicitar esclarecimentos ou críticas o prefeito fica calado, se omite como que não dando atenção ou valor. Já em uma segunda colocação sugeri para que fizesse uma visita em uma unidade próxima, pois a mesma estava num caos quanto ao atendimento. Ainda citei o nome da ACS, com desvio de função sofrendo o sufoco na recepção. Ele todo senhor de respostas prontas disse que tinha mais de 40 funcionários afastados por doenças. Não perguntei quantos funcionários estavam afastados, mas que fosse verificar ao vivo e a cores a situação do atendimento. Insisti para que resolvesse a situação ao invés de alegar problemas. Neste momento recebi com ar de „autoridade‟ arrogante uma questão desafiadora: - Então o senhor me apresente uma solução, foi o que rebateu. De pronto sugeri como solução imediata a contratação emergencial principalmente no cenário da saúde.


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Ele negou com acenos de cabeça, alegando que não poderia fazer isto, já foi se afastando me deixando constrangido diante da ausência de uma argumentação respeitosa e sem a desejável objetividade ou clareza. Em resumo, nós pagamos para agentes públicos, como neste caso o prefeito, para que ele atue na resolução de problemas e execute projetos com visão preventiva. Nós não pagamos para um certo prefeito visitar locais públicos para dar tapinhas nas costas das pessoas, ou para tirar fotos ou para conversas com bajuladores. Desconheço a motivação da visita do prefeito naquela unidade, mas constatei presencialmente sua postura demagoga, abjeta e dissimulada. Quanto sua presença naquele local fiquei sabendo, através de comentários de terceiros, que ele teria ido naquele local para tirar fotos com uma criança sendo vacinada. Se tal fato foi real o mesmo é digno de reprovação, pois parece atitude mais afinada com a autopromoção que com a preocupação quanto aos problemas da cidade. Na Câmara Municipal Depois de alguns dias após aquele encontro nefasto fiz uma visita ao site da Câmara Municipal e sem que estivesse preparado eis que vejo algo inusitado.


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O prefeito apresentou no início de janeiro projeto de lei buscando aprovação para um crédito especial no valor de R$ 500 mil reais para ser aplicado na Secretaria de Saúde, em regime de contratação temporária. Já o presidente da Câmara Municipal, Sr. Carlos Cazotti, em seguida apresentou uma emenda que trata de procedimento legal para facilitar a contratação de pessoal para o setor da saúde. Afirmou ele na emenda: “Sabemos que o projeto é necessário para a contratação de mão de-obra temporária nos trabalhos da Saúde, haja vista o elevado número de pessoas contaminadas pelo novo coronavírus nos últimos dias...” Ué! Mas o home num disse isto. Mas no dia 18 o prefeito disse claramente a mim que não poderia contratar? Esta afirmação ocorreu na saída da UBS Pinheirinho, sendo que outras pessoas ouviram sua fala quando lhe propus contratação emergencial. Abaixo comprovantes do projeto de lei e emenda. ttps://www.camaraamparo.sp.gov.br/temp/200120221 71603arquivo_Emenda_0001-2022.pdf O Prefeito mentiu mais uma vez?


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Sim, a pergunta foi exatamente esta: - Ele mentiu mais uma vez? Tal questionamento tem razão de ser conforme outra ocorrência envolvendo também o prefeito. Desta feita foi durante um debate eleitoral no qual ele, taxativamente, declarou que daria para governar com o orçamento que nossa cidade tem. Disse claramente que iria provar o que estava declarando no tal debate. Então qual a razão para um empréstimo fabuloso de R$ 50.000.000,oo (CINCOENTA MILHÕES) que todos os amparenses irão pagar? O que mudou depois das eleições? Sua palavra não tem validade, não merece crédito? Não dá mais para governar com o orçamento da prefeitura? O que está por trás desta descarada mudança? Diante deste cenário nada coerente posso dizer que o prefeito mentiu descaradamente? Ou como devo chamá-lo? Também posso chamar esta situação de cafajestagem pública? Onde foi parar o decoro do cargo?


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E a ética onde a encontro nas ações e falas do prefeito? Indelicado? Estou sendo muito indelicado ao tecer tais comentários? Mas diante da constante omissão e silêncios do prefeito quando questionado, será que devo me silenciar e ficar acomodado, por exemplo, assistindo um BBB, e concluindo que não tenho nada a ver com isto? Se ficar em silêncio creio que poderei até ser classificado como alguém gentil, simpático ou até muito educado, mas será que isto é coerente com a realidade de uma cidadania proativa? Presenciar uma Agente Comunitária de Saúde sob intensa pressão, sozinha num atendimento caótico e me calar dando as costas para esta cena é ser cidadão empático? Ou será que poderão dizer que busco „aparecer‟ perante a plateia? Mas e o prefeito? Devemos deixar de lado? Mentindo e sendo pontualmente pago apesar disto? Se omitindo e não respeitando a lei da transparência? Exclusividade?


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Não sou o único e nem tenho tal exclusividade no questionamento e criticas quanto às posturas do Prefeito Municipal, Carlos Alberto Martins. Em uma rápida pesquisa nas páginas do Facebook, em especial envolvendo os professores podemos observar a insatisfação como sentimento constante e de amplo alcance. Este cenário na Educação Municipal atinge também de forma nada agradável a figura da Secretária Municipal, Profa. Alice Veríssimo que tem revelado uma história de contradições nos últimos tempos desde que deixou o seu partido original, o PT. Uma destas aberrações é que outrora a Professora Alice era contra a „chupinzada‟ e agora convive com tais representantes nos palcos da administração sem qualquer constrangimento. Seria tudo por dinheiro? Atualmente tem recebido criticas veementes sobre as mudanças nas atribuições das aulas acarretando prejuízos e/ou perdas para muitas professoras. A questão da „contratação‟ do sistema SESI é outra pedra no sapato e cisco nos olhos da secretária de educação, pois tem professoras que declaram publicamente a reprovação quanto a imposição deste sistema.


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O silêncio da Secretária Então a Profa. Alice Veríssimo também tem revelado o mesmo padrão adotado pelo prefeito: silencia-se diante das críticas, se omite nos questionamentos como no caso do FUNDEB, além de outras reações nada louváveis. Ela tem navegado nos mesmos mares do distanciamento nefasto quanto as suas bases de ações profissionais. Quando há um ano postei uma matéria trazendo reflexões sobre o FUNDEB, com anexos de sugestões para sua operacionalização e transparência, não recebi nenhuma consideração da atenção de Alice Veríssimo. Foi como dar as costas para a proposta. Então posso dizer que sua postura é infame, vil e com clara falta de consideração para com um cidadão? É falta de educação? Ou não tem argumentos para contrapor ou esclarecer quanto questionada? É postura que revela fragilidade no exercício do poder? E a responsabilidade com a transparência? Joga-a no lixo? Talvez eu seja um imbecil apresentando projetos e propostas absurdas. Mas até o momento nem Prefeito e nem Secretária de Educação se manifestaram neste sentido. Dito tudo isto temos dois personagens com alguns conteúdos comuns.


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Perfis típicos de políticos tradicionais que só estão abertos para a bajulação, para falsos tapinhas nos ombros, para conversas contaminadas pela hipocrisia. Até quanto teremos tais figuras? Perguntar ofende? Então vamos para os „finarmentes‟ perguntando: - Vai me processar por desejar, de quem é pago com nossos impostos, o fornecimento imediato de informações claras, pontuais, coerentes, objetivas, transparentes e sem demagogia? Enfim gostaria de saber como devo me dirigir a cada um dos dois agentes citados: - Hipócritas? Demagogos? Infames? Incompetentes? Dissimulados? Mentirosos? Oportunistas? Incoerentes? Ou Nobres Excelências? Epistola Tito 1:10 “Pois existem muitos faladores e enganadores indisciplinados e vaidosos. Há muitas pessoas que não têm condições de se submeter à autoridade; muitos que são faladores vaidosos - e muitos que vivem para enganar os outros sob a máscara da religião”. Amparo, 21 jan 2022 Tito, psicólogo


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QUE VERGONHA PREFEITO! Esta manhã de 18 jan/2022 não foi rotineira como os outros dias, ao menos para mim. Tive que ir para a Unidade Centro para uma consulta, porém fui encaminhado para a Unidade Pinheirinho. Mas de imediato ficou claro o estado de caos que uma funcionária da unidade de saúde enfrentava, pois a mesma havia sido transformada em Polo de atendimento especial da Covid e similares, sendo todos os demais atendimentos transferidos para o Centro de Saúde I. A servidora da recepção, a única disponível, revelou o estado de pressão e estresse que passava, pois haviam transformado aquele setor sem que houvesse garantida a presença de um número adequado de trabalhadores para o atendimento especializado. Como profissional que outrora havia atuado na Saúde Mental da prefeitura, percebi claramente duas condições estarrecedoras: 1ª o desvio de funções, pois a atendente na recepção era uma Agente Comunitária de Saúde, e 2º viés era um cenário de intensa pressão pela demanda diversificada que a atendente sofria. O absurdo constatado era que a Saúde Municipal estava gerando doença emocional para seus servidores. Creio que a nova secretária municipal de saúde não deva


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ter planejado adequadamente a transformação da unidade em polo especializado. A comunicação pública era outro fator claramente exposto a uma avaliação que revelava falha gritante. As pessoas não tinham informações adequadas de onde e a quem procurar. O festival de perguntas sobre onde seria determinado atendimento tomava conta das conversas entre pacientes e a única servidora na recepção. Bem, assim como outros tantos pacientes eu também fui reencaminhado para outra unidade para o devido encaminhamento de meu procedimento. Então vi uma cena degradante chegando na outra unidade. Que vergonha, Prefeito! Enquanto esperava pela chamada de minha senha vi uma cena típica da demagogia medieval. O Sr. Prefeito, Carlos Alberto saindo de um corredor da Unidade Pinheirinho encontra com uma paciente que parece lhe cobrar algo. Ele repete algumas vezes: - Pode deixar que vai dar tudo certo! Depois, ainda na sala de espera vai ao encontro de uma criança e pergunta se irá tomar vacina. A conversa de desenrola com perfil típico de quem está exercitando a demagogia, isto é o faz de conta que está interessado. Então veio o encontro fatal.


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Carlos Alberto ao me ver no lado de fora da unidade parece desviar o olhar, mas ao sair da sala como que indo embora dei um sinal que queria falar com ele. Outros pacientes estavam também aguardando o atendimento, sentados atrás de mim e puderam visualiza a cena. Ele não teve outra saída a não ser conceder a palavra para mim. Então lhe perguntei se havia lido as matérias de minha autoria que tinha postado nas redes sociais. O prefeito fez uma cara de insatisfeito e negou que houvesse lido. Então fiz uma sugestão para que fosse fazer uma visita naquele instante na unidade de saúde que „virou‟ polo de atendimento e citei a situação caótica. Ele veio com uma resposta pronta que se referia ao afastamento de 40 ou 45 servidores e que não poderia fazer nada. Pressionei para que tomasse alguma medida de resolução e então ele me contestou com: - Então o senhor me diga oque fazer, me dê a receita para esta situação! Disse para ele que deveria fazer remanejamentos e que também deveria fazer contratos em regime emergêncil, mas ele já foi saindo me deixando sem resposta, mas com a sensação de estar diante de mais um político demagogo, que age com a tradicional hipocrisia e


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pior ainda, sem competência para planejamentos com visão holística. Aquela servidora na recepção pouco lhe importava. Os pacientes confusos em busca de atendimento, mas sendo transferidos para outros locais. A falta de informação estava clara e patente. O prefeito foi embora. Mal o prefeito entrou no veículo com seu motorista particular e tive a oportunidade de ouvir de alguns pacientes reclamações e comentários sobre o comportamento do tal agente público. Mas não imaginava algo mais que viria a tona. Segundo uma servidora comentou com um paciente, até que se prove o contrário, o prefeito tinha vindo naquela unidade somente para tirar fotos com uma criança que iria tomar vacina. Vejamos este absurdo! Um prefeito vai tirar foto com uma criança! Em plena pandemia, com diversos problemas de gestão, com ameaças de greve, com a insatisfação dos servidores quanto aos salários, com a falta da cesta de Natal, com a omissão sobre os subsídios nos salários, com uma gestão na saúde que já revela sinais de adequação no


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planejamento, além de outros pontos críticos de sua gestão vai tirar fotos para sua autopromoção? Oh! Meu! Nós não lhe pagamos para virar estrela em programas de tv. Nós lhe pagamos para resolver problemas e não ficar jogando para algum cidadão a responsabilidade deste sugerir as soluções. Oh! Meu! Que vergonha Carlos Alberto Martins, que deveria estar ciente das reclamações dos servidores, dos absurdos que relatam as professoras (atribuições, material SESI, notebook emprestado, omissão da secretária, etc.), além de estar preocupado com as fotos que revelam o desleixo com a cidade. Que vergonha não ter vergonha de ainda receber seus honorários pagos com nossos impostos. Amparo 18 jan 2022 Tito, psicólogo


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CARA A CARA com CAM Para aqueles menos atentos ou que desconhecem antecedentes de contatos que tive com Carlos Alberto Martins, atual prefeito, eis aqui um resgate de um ano e meio atrás. Tive contatos diretos com CAM antes, durante e depois das manifestações da Taxa do Lixo. Também me posicionei nas eleições de forma clara e contundente. Nestas relações deu para conhecer bem o estilo e a performance do político Carlos Alberto Martins. Para alguns é mais fácil a bajulação, o tapinha nas costas, ou o aplauso hipócrita. Não tenho em meu repertório estes padrões ainda e então sou incompetente para tais atitudes. Por outro lado não tenho a covardia de atirar pelas costas, como que fazem alguns fofoqueiros políticos, que têm em comum somente a covarde fofoca e jamais ações proativas em favor da coletividade. Como tive diversas evidências da falta de coerência, consistência e até de credibilidade em suas falas, conversar diretamente com Carlos Alberto, para mim é jogar fora tempo, atenção, ideias, sugestões, opiniões e similares. CAM é um exímio bajulador, péssimo ouvinte e tem alta habilidade para descartar as pessoas em geral,


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principalmente aquelas que lhe trazem algum questionamento ou solicitam esclarecimentos públicos. Há algumas semanas, na UBS Pinheirinho tive recente prova de sua inabilidade em tratar uma sugestão e um questionamento. Ele, em visita naquela unidade para tirar fotos com uma criança, na saída já indo embora o interpelei. Pedi sua atenção, interrompendo sua caminhada e sugeri fazer naquele mesmo momento visita na unidade de saúde ao lado, para constatar o caos no atendimento, com uma ACS (em desvio de função) obrigada, sob estresse, a fazer a recepção sozinha diante de uma multidão. Também sugeri a contratação de pessoal em regime de urgência para a saúde oque ele negou dizendo que não poderia fazer isto. Mentiu descaradamente e passados alguns dias conferi registro na Câmara Municipal de um processo para a contratação na Saúde, com data bem anterior ao ocorrido na Unidade de Saúde. Para melhor demonstrar como CAM atua segue registro de uma manifestação (outubro de 2020), publicação esta que pode oferecer aos leitores dois perfis completamente diferentes: o meu e o de CAM. Segue anexo:


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Carlos Alberto publica no Facebook: Tito Bom dia Respeito muito sua opinião. A política bem feita deve ser exercida de forma transparente. Me sinto orgulhoso de contar com apoio de tantas pessoas amam nossa cidade. Talvez a diferença esteja aí: não faço distinção das pessoas pelo partido, pelo time de futebol ou se gosta de homem ou de mulher. A gente precisa colocar os interesses da sociedade sempre em primeiro lugar. Gente boa e ruim, tem em todos os lugares: nos partidos, nas empresas, nas igrejas etc. Vejo a pessoa, seu interior, seu caráter. Não é porque foi daquele ou desse partido, que a pessoa perde seu valor. O senhor é um homem inteligente e tem meu respeito. Tito responde no Facebook: Carlos Alberto esta sua manifestação só vem corroborar meu posicionamento sobre sua forma de lidar com a política, conforme pude vivenciar diretamente há algum tempo e mesmo á distância. Para melhor exposição


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e entendimento irei pontuar alguns itens, pois assim creio que a clareza e compreensão devam ser atendidas. 1. RESPEITO MUITO SUA OPINIÃO. Aqui já temos uma evidente falta de coerência entre sua fala e os fatos aos quais já postei aqui no Facebook. O „muito‟ desta sua fala, na realidade é pouco em relação, por exemplo, quando de sugestão para a realização de eventos como: audiência pública contra as Barragens, uma Gincana vinculada ao contato com o DETRAN-SP nas questões de trânsito e cidadania e quanto a Petição Virtual de Assinaturas contra a Taxa do Lixo. Simplesmente não deu nenhuma atenção, nem mesmo algum feedback sobre tais propostas, embora tivesse dito serem muito interessantes. Falou que eram muito interessantes, mas não fez nada e ao menos algum agradecimento. Especificamente na coleta de assinaturas contra a Taxa do Lixo este suposto respeito também não ficou patente. Como convidado para os plantões das coletas de assinaturas, aos quais me dediquei com total empenho, em determinados momentos tive a sensação de certo „ar de oportunismo‟ e até desconsideração para com alguns colaboradores, incluindo-me neste rol.


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Depois da coleta de assinaturas diversos afastamentos ocorreram, além de minha pessoa. Tanto assim que é só conferir a composição do grupo e de participantes que confirmam tal fato. 2. POLÍTICA TRANSPARENTE Esta é uma questão fácil de contestar e negar. A suposta transparência é relativa, tanto assim que alguns questionamentos feitos dirigidos a você ou algum membro do grupo político, a resposta conveniente é o silêncio. Esta não é sua exclusividade, já que tenho registros de outros políticos que também assim agem quando suportados por questionamentos objetivos e pertinentes á sua vida pública (política). O silêncio é a arma mais usada sob o manto da tão defendida transparência. Uma prova deste posicionamento foram questionamentos, por exemplo, sobre a atuação de Reginaldo Leme, que estaria atuando em seu grupo. Disse ele no Facebook como comentário para uma conhecida e experiente Profa. de Dança: “Desde as eleições de 2016, estou ajudando no plano de governo do Carlos Alberto, nos itens cultura e turismo, e estou a disposição para trocar informações a respeito de sua mensagem.”


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Muito estranha tal afirmação já que tudo leva a crer ele estaria junto com o amigo Gilberto Piassa, no grupo de Edgar Jorge até a pouco tempo. Mas sendo verdade tal empenho desde 2016, nos campos da Cultura e Turismo, de imediato supus que a troca de Gilberto Piassa, deixando Edgar Jorge para aderir a sua campanha, também poderia ter outro ingrediente: a indicação de Reginaldo Leme como futuro secretário municipal, da Cultura ou Turismo. Então a favor da transparência já que até agora ninguém me respondeu me diga qual o real envolvimento de Reginaldo em sua campanha? Quando começou? E ele será Secretário Municipal em alguma pasta? É resultado do apoio de Gilberto Piassa, outrora defensor no grupo Edgar Jorge? Como cidadão comum não tenho direito a tais informações? 3. NÃO FAZ DISTINÇÃO Quanto a não fazer distinções de clubes ou preferências sexuais, estes critérios em momento algum foram objeto de questionamento, então é descabida tal afirmação. Quanto a não fazer distinção de partido isto não é nada surpreendente, pois grande parte dos políticos assim age.


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É o velho e antigo fisiologismo que em geral oculta negociatas e acordos. E também dizem fazer uma nova política a cada eleição. A tal „troca-troca‟ de siglas e as negociatas de cargos entre outras benesses são elementos presentes neste estilo de fazer política. Veja por exemplo a denúncia de Biro-Biro, viceprefeito em relação a Jacob, que teria oferecido duas secretarias em um processo eleitoral, só vindo a público recentemente por iniciativa do próprio, que por sinal estaria te apoiando agora. Ou Biro-Biro não faz parte de seu grupo de apoio? Posso estar errado, mas parece que „não fazer distinção‟ é uma postura de quem tem a meta de conquistar o poder a qualquer custo ou preço. Então opta por não fazer distinção entre quem VOTOU A FAVOR DA TAXA DO LIXO, VOTOU A FAVOR DOS CARGOS DE CONFIANÇA, VOTOU CONTRA A CASSAÇÃO DE JACOB E ERAM A FAVOR DA VENDA DO SAAE. Os colaboradores que ficaram dias e mais dias expostos ao calor, voluntariamente coletando assinaturas e os mais de 8.000 eleitores que assinaram, mais os 1.500 eleitores da Petição Virtual, todos foram „deixados de


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lado‟ para receber de braços abertos aqueles que ficavam rindo de nossas caras na Câmara Municipal, nas ruas e nas redes sociais. É esta a impressão que me causou ao ver que determinados candidatos e apoiadores eram justamente os apoiadores da situação até alguns dias atrás repentinamente mudando de ares. Por esta razão não me condene ao rotular este grupo similar á „Casa da Mãe Joana‟, já que não tem distinção alguma, entra quem quer. Aqui aproveito para comentar que não ficou evidente o “INTERESSE DA SOCIEDADE EM PRIMEIRO LUGAR” ao se associar com tantos oportunistas. Parece sim que o interesse politiqueiro vem em primeiro lugar pelas ações recentes de seu grupo, como se registra também em outras coligações. 4. GENTE BOA, GENTE RUIM. Esta questão é genérica e não justifica nenhuma argumentação. Faz parte de um sistema anárquico uma liderança não dedicar cuidados na filtragem e seleção de seus parceiros, colaboradores e/ou apoiadores; pois para alguns o que interessa é chegar ao topo.


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5. VÊ CARÁTER, O INTERIOR DA PESSOA. Já neste paradigma faltou você aplicá-lo com a devida coerência para com alguns de seus opositores, agora apoiadores. Alguns opositores que riram de nossas caras (os colaboradores das listas contra a Taxa do Lixo), que nos trataram com desprezo, inclusive a si mesmo quando foi „expulso‟ da Câmara Municipal, ao cortar sua palavra em uma sessão da Tribuna Livre. Outros opositores estavam ao lado do prefeito, declinando nas redes sociais palavras de desqualificação para com os colaboradores que iam contra a Taxa do Lixo, inclusive como no meu caso. Faltou você ver o caráter de quem estava se opondo á Taxa do Lixo, não somente na Listagem Presencial, com mais de 8.000 eleitores, mas também com os mais de 1.500 eleitores da Petição Virtual, que em momento algum foi valorizada por você e também nem pelo vereador Gilberto Piassa que ficou com a responsabilidade da mesma nos procedimentos legislativos. Finalizando, quanto ao adjetivo „inteligente‟ a mim dedicado, agradeço, mas creio ser mais importante outro mérito que tenho: autenticidade e justamente por ser autêntico é que o ser proativo se manifesta, bem diferente


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dos costumes comuns das pessoas que se silenciam e são coniventes com cenários indesejáveis. Amparo, 30 out/2020 Tito, psicólogo RETRATOS DA CONIVÊNCIA OU AUTORITARISMO EM EVIDÊNCIA. Dois palcos tomaram conta no inicio da noite de quinta na Câmara Municipal. Do lado de dentro somente algumas professoras em reunião com vereadores para discutirem as questões do Piso Mínimo da Educação. A proibição ou restrição impedindo acesso das demais professoras mostra como a presidência do legislativo se molda às inspirações do prefeito e fecha as portas para esta classe de profissionais que merecia ser tratada com mais respeito, maior compreensão empática, ética e principalmente transparência. E do lado de fora? Do lado de fora uma multidão de professores, os condenados pela proibição legislativa, de certa forma sendo tratados como se um bando de selvagens, que não sabem se portar em momentos oficiais ou como


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integrantes de alguma gangue violenta que tem que ser escrachada. A exclusão certamente teve argumentos ou discursos que já sabemos, contaminados de demagogia, mas na realidade tentando ocultar a fragilidade da vereança para um debate democrático pleno. Em uma sessão um vereador teve a infeliz colocação de dizer que eram somente quatro ou cinco professoras que estavam pressionando o legislativo e o executivo. Nas fotos e vídeos postados na internet ficou evidente que o vereador „vidente‟ certamente estava rezando a cartilha do prefeito. Parabéns professores! Parabéns por mais esta lição de moral e ética através do exercício da cidadania! Uma lição que parece ainda não ter sido trazida a tona é a não vinculação de alguma liderança política em todo o movimento. É muito comum politiqueiros oportunistas se valerem de ações polêmicas para postarem seus nomes e fotos. Também frequente estes, que não produzem nada de forma proativa e precisam de „muletas‟ para suas caminhadas eleitoreiras. Parabéns professores pela autonomia. Prefeito derrotado.


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O resultado da reunião foi pela reprovação do projeto de lei, de autoria do prefeito que propunha algo em torno de 10%. Esta rejeição que há muitos dias já deveria ter sido tomada pelos componentes da Câmara Municipal e somente mediante a pressão dos profissionais da Educação é que cederam. As últimas sessões do legislativo registrou vários momentos nos quais prefeito e vereadores se apresentaram em oposição aos direitos dos professores. Agora é 33,23%. Com esta vitória parcial, mas significativa, os professores tiveram outro ganho que não se reflete os aspectos financeiros. Tem um ganho que permeia todas as ações, curtidas, compartilhamentos, postagens, reuniões e planos de ação. Este ganho é o da redescoberta da união de esforços diante dos chamados „poderosos‟. Os professores municipais saíram da Câmara Municipal mais fortalecidos, mais potencializados e com mais entusiasmo para a luta dos 33,23%. O resultado deste ganho exponencial tem a ver com a incompetência de um prefeito que opta pela demagogia, pelo autoritarismo e não tem em seu repertório o contraditório.


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Ele se revela como um ditadorzinho tal qual como expressou em uma „live‟ para uma senhora que o questionou: “Vá lavar louça!” Como não sabe lidar com gerenciamento grupal age como mandatário rosnando suas ordens, assim alimentando hostilidades e gerando a formação de grupos de oposição, justamente devido aos seus comportamentos arrogantes. A Secretária de Educação tem sua parcela de favor neste péssimo exemplo. Professores, mas faltam ainda algumas lições. Vencida esta etapa faltam ainda outras mais a serem conquistadas. Tem o Piso Salarial Mínimo que não pode ser abaixo de 33,23%. Isto é lei federal. Tem também o pagamento dos retroativos, já que o prefeito está atrasado com o decreto no Piso Salarial desde sua publicação. Isto é direito da classe. Tem também, como direito, fazerem proposições objetivas, detalhadas, fundamentadas e pertinentes quanto ao cenário todo da Educação Municipal. É inconcebível, por exemplo, duas crianças especiais sem tutores em uma classe. Isto não é inclusão, é depósito funcional. Lembro que nestas situações cabem denúncias oficiais baseadas no ECA Estatuto da Criança e do Adolescente. O


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Conselho Tutelar poderia ser acionado a colaborar nestas questões. Outro item não menos importante trata da Saúde Emocional dos professores e profissionais da Educação. Ficaram públicas reações e sentimentos de dor, sofrimentos e estresse que atinge os cenários destes atores. Algumas medidas preventivas e atendimentos pontuais merecem ser colocado em discussão. Sofrimento emocional, estresse, depressão não combina com Educação. Assim como estas, outras ações poderão compor as pautas de cobranças em busca da excelência educacional. Neste sentido fica claro que Prefeito, Vereadores e Secretária de Educação estão muito distantes do cumprimento de necessidades que o sistema educacional requer como um todo. Parabéns professores! A luta continua e é contínua! “Quem luta contra nós reforça os nossos nervos e aguça as nossas habilidades. O nosso antagonista é quem mais nos ajuda.” Edmund Burke Amparo, 18 fev/2022


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CARLOS ALBERTO PROFESSORES

X

Da.

ROSELI

&

Fui pego de surpresa neste 24 fev/2022 diante do vídeo no qual o nosso ilustríssimo e excelentíssimo prefeito municipal, Sr. Dr. Carlos Alberto Martins fez um discurso. A reunião era da Região Metropolitana de Campinas e os seus seis minutos de fama foram totalmente distantes de qualquer utilidade, coerência e originalidade. Para os bajuladores o prefeito falou bonito, defendeu a Santa Casa e foi até brilhante. Para um analista neutro sua apresentação foi fora de sintonia com o cenário vivenciado. Em resumo suas falas foram centradas nas questões já bem conhecidas do atendimento regional da Santa Casa, tomando o maior tempo de sua exposição. Mas a questão dos repasses de verbas e da regionalização não depende do governo estadual? Não seria assunto para já ter sido tratado e detalhado com o Secretário Estadual de Saúde? Não deveria já ter ido ao Palácio dos Bandeirantes e plantar uma barraca nos portões até que o Doria oferecesse uma solução?


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Ou também não deveria ter jogado nas pautas de seus deputados estaduais, já no ano passado, estas e outras questões relativas? Vai ficar choramingando em palcos distantes da capital? Qual a razão deste discurso demagógico? O PISO DE 33,23% Depois Carlos Alberto Martins se enrolou na questão do PISO MÍNIMO DOS PROFESSORES, os 33.23%, não sendo convincente mais uma vez ao acusar o governo federal de gerar este impasse. Mas o prefeito não falou que o presidente somente cumpriu uma lei, nada mais que isto. Deu a entender que o Presidente fez „festa com chapéu alheio‟. Não detalhou também as questões do FUNDEB dando a entender que já aplica sua totalidade. Enfim, foi um falatório que não tinha ressonância com oque deveria ter sido essencial: a defesa ou motivações para a inclusão de Amparo no grupo da Região Metropolitana de Campinas, que até agora não sei quais são as vantagens e/ou desvantagens. Estimo que os comentaristas que elogiaram o prefeito nesta apresentação não saibam explicar as questões relativas a origem, motivações, consequências, relevâncias


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e demais itens da chamada Região Metropolitana de Campinas. Será que é só para constar no curriculum do prefeito que teria sido dele tal conquista? Aos bajuladores nem cabem tais questões, pois já podemos imaginar as respostas. ENGANADOR Durante a exposição a senhora Roseli tece suas críticas, pertinentes e justas, ao focar as questões do PISO MÍNIMO DOS PROFESSORES. Entre outras coisas disse ela: - ...Sr prefeito pare de enganar a população com esse mimi, colocando a população contra os professores. Como acusado e insatisfeito ele reclamou: - Roseli, a palavra “enganar” é muito forte e fora do contexto. Será que não vale a pena a senhora rever os termos? Ela de forma contundente e objetiva se recusou a acatar a ameaça e propôs que o prefeito reveja suas atitudes, Neste instante ficou caracterizado algo que tem sido comum nas falas e/ou ações do político Carlos Alberto Martins, isto é, a mentira.


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Então ele se revela como o enganador perante a população. Um exemplo contundente para justificar o posicionamento de Da. Rosilei é registrado durante os debates na campanha eleitoral, quando Carlos Alberto declara em alto e bom som que o orçamento municipal era suficiente para administrar a cidade. Não teria nenhum problema para o financiamento da gestão municipal. Tudo bonitinho, conforme sua apresentação no debate. Mal assumiu e vieram os empréstimos fabulosos, um deles em torno de 50 milhões. Outra cena foi durante a posse na qual um discurso do ex-secretário de saúde, falando em nome de todos os empossados, declara que todos irão trabalhar de acordo com a ética e transparência. Mal assumiram e já tomaram outra posse: a posse das cancelas do Hospital Anna Cintra, contrariando princípios legais, pois trata de uma instituição privada. Prefeito e Secretário de Saúde, ambos advogados jogaram no lixo o Código Penal, a Lei Orgânica do Município e a Constituição Federal. A mentira estava ali comprovada. A hipocrisia vivenciada.


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A MAIORIA É SILENCIOSA Então já podemos concluir que a palavra “enganar” não é muito forte e nem mesmo fora do contexto, mas sim muito fraca e contextualizada em vários atos e falas do prefeito. Aproveitando a oportunidade, se por ventura o prefeito optar por processar a Da. Roseli pelo uso do termo “enganar” desde já autorizo a mesma a anexar esta matéria em sua defesa, como também relacionar meu nome como testemunha dos fatos. Este meu posicionamento não tem nada de meritório ou excepcional, mas sim somente é uma conexão derivada de princípios como a empatia, a compreensão ampla das realidades, o uso dos paradigmas psicológicos em benefício do coletivo e principalmente o exercício preponderante da cidadania proativa. Outro fundamento que permeia esta colocação é baseada nos princípios do raciocínio crítico que nos sugere análises, interpretações, levantamento de alternativas e outras atitudes para não sermos comandados como um gado ou massa de manobras. Sei que é mais fácil e cômodo ficar em silêncio ou cuidar somente do que é de minha alçada. Por mim não me interessa aqueles tradicionais bajuladores.


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Também não tenho espaço mental para os críticos fúteis, pois estou mais ocupado com o fazer coletivo do que com cenas do BBB, empates do meu time ou as postagens de santinhos de iniciativa dos candidatos derrotados. Mas, ficar em silêncio diante de tantas bobagens feitas por um prefeito pago com meus impostos, certamente não é postura madura e nem sou palhaço para aceitar dispender mensalmente, durante quatro anos, meu dinheiro com asneiras públicas. “Para um asno, o feno é mais bem-vindo que o ouro”. Provérbio Latino Amparo 25 fev/2022 Tito, psicólogo


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PROFESSORES, AH SE EU PUDESSE! Se fosse vereador já teria deixado claro ao prefeito que não iria compactuar com um ato corrupto, como este de não cumprir uma legislação federal. Se ainda como vereador tivesse o poder entraria na justiça com uma ação de prevaricação e falta de ética do prefeito. Quando um agente público comete crime deve ser punido exemplarmente. Se tivesse sido professor do prefeito, na academia de Direito, iria fazer uma manifestação pública desqualificando o seu ex-aluno por não respeitar os códigos legais, por estar assim maculando toda uma classe ao não respeitar o preceito do Piso Mínimo Salarial dos Professores da Rede Básica, que é uma lei. Se pudesse ou tivesse o poder iria exigir que o atual prefeito fizesse uma vistoria detalhadíssima em cada unidade escolar e ainda ouvisse em reunião especial professores da rede, para anotar além das questões salariais (que são muitas) a problemática derivada da compra de apostilas do SESI. Ainda nesta avaliação o prefeito teria como obrigação ouvir, ouvir e ouvir também os pais de todas as escolas municipais. Em ambos os encontros e vistorias a


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Secretária de Educação deveria também estar na condição de ouvinte atenta. Se pudesse iria exigir, após as vistorias e reuniões, que prefeito e secretária apresentassem ao público os prazos, medidas e providências a serem tomadas com urgência. E caso este diagnóstico não fosse atendido eu, em minha plena arrogância, mas em respeito aos professores, iria demitir a secretária de educação e processar o prefeito por quebra de decoro e incompetência administrativa. Se eu fosse um juiz que recebesse algum processo contra o prefeito, no que se refere a negação dos 33.24% do Piso Salarial dos Professores, simplesmente iria propor a cassação imediata de todos seus direitos políticos do sujeito, pois não é concebível para uma autoridade dar o péssimo exemplo de não-cumprimento de leis. Não é concebível pagarmos para uma autoridade usar seu cargo para a demagogia e mentiras. Se fosse um Secretário de Educação jamais faria a compra de apostilas em um cenário educacional onde já existem materiais distribuídos pelo governo federal. Também em hipótese alguma iria ser omisso ou contra um dispositivo legal, como o Piso Salarial dos Professores. Como Secretário da Educação seria uma asneira desmedida ficar contra a própria classe já desvalorizada ao longo de muito tempo.


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Os incoerentes ou os hipócritas aceitam qualquer moeda de troca. Enfim se eu fosse um simples professor municipal contrataria imediatamente um advogado, arranjaria todas as provas e entraria na justiça para buscar a justiça para como todos os 470 colegas. Caso viesse sofrer alguma perseguição, retaliação ou intimidação de agentes públicos iria tomar as medidas judiciais em casos de assédio moral. Para tanto me lembro da reflexão da escritora, autora teatral e filósofa norte-americana Ayn Rand que disse: “O argumento pela intimidação é uma confissão de impotência intelectual.” Mas não sou Juiz, nem vereador, muito menos professor municipal; porém como cidadão me sinto incomodado diante do péssimo exemplo de uma autoridade constituída que não segue preceitos legais, no caso o Prefeito Municipal. Dizer que não irá pagar os 33,23% de aumento por ainda estar em discussão é tratar a mim e aos outros como imbecis ou analfabetos funcionais. Ah! Se eu pudesse! Amparo, 17 fev/2022 Dia de uma reunião do professorado municipal, que não são somente 4 ou 5 professoras.


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PROPOSTAS EDUCAÇÃO AGORA! JUSTIFICATIVAS; Para os gestores públicos o fator „deixar passar o tempo‟ é primordial para o esfriamento de pressões da coletividade. Nas redes sociais eles contam com o fato de cari no esquecimento em poucos dias. As postagens e comentários vão sendo escassos com o passar dos dias. É só conferir dentro de uma semana, por exemplo. No meu papel de cidadão que contribui com seus impostos para pagar a Educação, sinto-me também motivado em contribuir com a solução dos problemas, pois claro é mais fácil ficar jogando milho aos pombos. Por tais considerações é que venho propor para análises dos prováveis interessados, me colocando a disposição para eventuais detalhamentos. Vamos às propostas.


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1. ABRIR GRUPO NO FACEBOOK envolvendo todos da educação, não somente professores. Também permitir adesão do público em geral e assim fortalecer os impactos nas postagens, produções, etc. 2. POSTAGENS: diárias, com questionamentos, solicitações de esclarecimentos, vídeos, lives, gráficos, informações aos participantes, matérias de interesse coletivo; centralizando assim todas as manifestações.

3. LIVES: promover de imediato lives abordando as questões não respondidas até o momento, incentivando a participação da coletividade, convidando profissionais de outras cidades para debates, entrevistas com profissionais, esclarecimentos sobre aspectos jurídicos, informações sobre atribuições, etc. 4. DIVULGAÇÃO INTENSA/PERMANENTE: ao vivo de „rodas de conversa‟ em praça pública, entre professores e convidados. Inovar quanto a apresentações virtuais cativando profissionais da educação e publico em geral. Tem que virar „febre‟ para fortalecer a classe de profissionais da educação. Envolver gradualmente os profissionais da Saúde que sofrem também desvalorização. Lembrar-se dos auxiliares, pessoal da limpeza e até terceirizados.


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5. RODA DE CONVERSA (exemplo): quinzenal ou semanal. Lançar de imediato em um sábado a tarde (para não competir com preparação de almoço, etc.) e fazer convite/divulgação por todos os meios possíveis. Planejar pauta, direção do evento, algumas canções que sensibilize, aparelho de som, filmagens, compartilhamento ao vivo nas redes sociais, etc. É como fazer um evento recreativo, mas com caráter sensibilizador, levantamento de opiniões, registros de depoimentos e de aglutinação dos profissionais. Ir mais além de simples encontros nos quais tem discursos e mais nada. 6. TRIBUNA LIVRE na CAMARA: Agir de imediato para que várias professoras se inscrevam para expor na Câmara Municipal. Verificar as regras no site da Câmara. Ocupar por diversos dias, com inscrições de diferentes pessoas e tópicos diferentes para evitar o impedimento por parte do presidente da Câmara. Por ex. Maria vai falar dobre FUNDEB. Joana, na mesma data fala sobre o sistema de atribuições. Em outra data Clara fala sobre salários e Sonia trata de Funções e Desvios de Funções. 7. GINCANA VIRTUAL: “EDUCA COM AÇÃO”: Levantar com comerciantes sugestões de premiações para que alunos, pais e profissionais da Educação


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venham a se inscrever (em sistema de equipes) para a Gincana Virtual que promova diversos desafios. Mostrar aos comerciantes o potencial de divulgação de suas imagens e promoções. Esta estratégia a ser veiculada na página do grupo e também compartilhada com outros grupos da cidade. Assim a classe de profissionais, alunos e pais serão englobados nas propostas da Educação como um todo e principalmente nas questões da classe institucional: Educação. 8. OUTRAS SUGESTÕES: devem ser levantadas pela classe de profissionais. 9. NOTA. Estas medidas não tem custo financeiro algum, mas exige inicialmente a liderança de alguns profissionais para o lançamento e ocupar os espaços na sociedade como um todo. Tem que buscar tirar a Educação de dentro das escolas e lançá-la como responsabilidade compartilhada também da população que é quem financia o todo institucional. Amparo, 22 jan 2022 Tito, psicólogo


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DEPOIMENTO DIGNO DE PÓS-DOUTORADO EM SISTEMAS POLÍTICOS DO SÉCULO 28 Encontro em uma página do Facebook um comentário (cópia idêntica ao original, por isto é cópia!) no qual o fulano diz: “M‟eu voto e pra qualquer 1 q acabar com o funcionarismo público. Simples assim vcs não são necessários. Aí presta concurso, sabe do salário sabe de tudo q tá no edital, depois querem vários benefícios aumento. Parecem q não sabem ler, ou não sabem interpretar, pq ficam querendo o mundo, se o salário e baixo se exonera, eu não trabalho pelo q eles pagam.” Minha análise: Leio, releio e fico estarrecido com a colocação. Vejam aonde chegamos! Acho que este sujeito está muito avançado nas suas colocações. Então os governos não teriam funcionários?


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É isto mesmo que ele escreveu? “...acabar com o funcionarismo público”? Creio que ele quis dizer “funcionalismo”, né! E qual seria a alternativa para que um país, os estados e as cidades funcionassem sem os funcionários públicos? Seriam todos contratados por empresas privadas? Sim, aquelas empresas que visam lucro? Ou teríamos um sistema totalmente informatizado com acesso pela internet 8G, conexões grátis para toda a população? Mas quem iria contratar as empresas para instalarem e fazerem a manutenção do sistema tecnológico. As empresas privadas? E as remessas de materiais (medicamentos, por exemplo) seriam feitas por drones? Dá até para imaginar uma situação: Seu celular toca avisando que o drone do departamento de justiça está em sua porta para entregar uma intimação, por motivo de analfabetismo funcional que tem gerado despesas governamentais. Você atende, o drone lhe fotografa automaticamente e libera um envelope com um chip. Ainda nesta operação o drone diz que trouxe seu remédio de uso contínuo para ser


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entregue, mas para isto você tem que cantar a primeira estrofe do hino nacional (que é a senha programada). E assim você canta o drone grava simultaneamente e libera seu remédio. No final do contato o drone pergunta se está tudo certo e você responde afirmativamente. Ele conclui perguntando se vai ter gorjeta. Se você responder que não ele será avaliado com notas baixas. Se a caixinha for graúda ele poderá ser promovido para Super Chef Drone. Quando ele se despede solicita ainda de você que tire um selfie para registro histórico. E assim este país sem funcionários públicos funciona como uma maravilha onde quase 99,9 % dos eleitores votam nos drones para as Câmaras, Assembleias, Ministérios, Prefeitos, Governadores, Reitores Universitários, Juízes, Promotores e até para as chefias das milícias espalhadas por vários territórios. É uma beleza! Ah! Esqueci-me de um detalhe as constituições e os códigos jurídicos. Mas pra que Constituição Federal, ou as estaduais e as Leis Orgânicas dos Municípios? Pra que Código Penal e outros?


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Cada habitante teria implantado em seu cérebro um super chip com todos estes documentos, sendo assim de acesso imediato. Que bom, não precisaríamos mais de advogados, promotores, juízes, testemunhas e muito menos os componentes do júri. Tudo seria exercido pelos „drones justus‟. Caso alguém fosse condenado a morte de forma indevida e a sentença cumprida, o sistema judicial iria liberar automaticamente os acessos para a missa de 7º dia do inocente. Enfim creio que é melhor reprovar esta proposta de „zero funcionalismo‟, pois na realidade temos profissionais no serviço público que são dignos de mérito. Como ex-aluno de uma universidade pública tive contatos com professores e funcionários exemplares. Como ex-aluno de escolas públicas guardo ótimas referências de meus professore, diretores e auxiliares. Como ex-servidor público na Saúde Mental tive a honra de contribuir com minha cidade nos atendimentos clínicos, incluindo-se projetos que vieram colaborar com a população periférica, como na descentralização da psicologia, indo para os bairros. Como usuário do serviço público entendo que generalizações são posturas toscas e revelam a ignorância de quem assim atua.


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Perfeição não existe, mas boçalidade é inconcebível! PS. Quem escreveu esta nota não foi nenhum drone, mas sim um cidadão proativo e consciente de suas limitações. Tito, psicólogo ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS...DELA(?)


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Completados 12 meses da posse como Secretária de Educação Alice Veríssimo registra uma caminhada nada meritória. A partir do papel profissional como diretora de escola municipal deu um salto enorme em sua carreira, porém com passos atabalhoados que traíram muitos de seus colegas professores. Conheci Alice ainda quando psicólogo da Saúde Mental ao atender seu convite para algumas ações junto aos alunos da escola onde era diretora na periferia da cidade. Foi um trabalho gratificante e percebia claramente a valorização da então Diretora Alice quanto às oficinas junto aos seus alunos e também alguns encontros com pais. Sempre defendi a participação da psicologia nas rotinas das escolas municipais e Alice estava assim dando evidências de aprovação, tanto quando já houvera recebido também da querida Profa. Orley Mantovani quando Secretária de Educação. Bem, o tempo foi passando e eis que Alice se candidata a vereadora sendo eleita com resultado significativo. Vereadora pelo PT teve atuação marcante como em movimentos de pressão ao executivo para a valorização salarial dos professores. Postura coerente e justa de Alice tinha apoio também da população até na denúncia da gravação de uma reunião


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secreta expondo negociatas com dinheiro dentro da prefeitura. Teve a coragem e objetividade para se posicionar publicamente. Foi digna de aplausos pela ousada manifestação na Câmara Municipal. E o tempo foi passando. Depois de alguns meses Alice em uma reunião agendada comigo e outro amparense declara, de forma inesperada e surpreendente, que não iria mais participar da política amparense por questões familiares. Algumas propostas que seriam discutidas foram para o lixo da memória e aceitei passivamente tal escolha. E passados quatro anos eis que ressurge dos silêncios a Alice. Alice que era vereadora pelo PT, depois passou a ser simplesmente Diretora de escola municipal, agora retorna a vida pública como candidata a vereadora. Vereadora pelo PT? Oh! Não…não mesmo! Candidata a vereadora pela sigla que outrora tinha sido adversária e alvo de suas críticas. Agora era candidata ao lado da chupinzada que também não aprovou no passado. Alguns que fizeram parte do áudio-denúncia de falcatruas dentro da prefeitura. Alice agora estava em outro „país‟, pois traiu o seu partido de origem o Partido dos Trabalhadores.


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Claro que entendo que siglas partidárias não tem muito sentido em nosso meio e na cultura política, vide o exemplo do “centrão se gritar pega ladrão, não sobra um meu irmão” Se trocar de sigla é como trocar de roupas, entretanto não me parece coerente e decente deixar um grupo e ir para outro completamente repleto de personagens especialistas em „mamar nas tetas do estado‟ e então que não se sentiria confortável em uma foto com tais figuras, algumas acusadas pela vereadora no passado. Mas agora tudo bem, tudo pelo social! Ou seria pelo $ocial? E a campanha de Alice vai de vento em popa, sem detalhamentos sobre propostas e declaradamente se omitindo das críticas pela traição partidária, do PT para o DEM. Alice é eleita vereadora! Viva! A Câmara Municipal vai ter novamente a combativa professora nas reuniões parlamentares? Não! Não mesmo! Nova traição! Alice mal comemorou o resultado das urnas e „negociou‟ com o prefeito eleito seu cargo como Secretária Municipal de Educação. Oh! Não, disseram alguns de seus eleitores, pois votaram nela como vereadora e em momento algum ela


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disse, durante a campanha, que tinha interesse pelo cargo que estava assumindo. A vaga na Câmara que ficasse para outro, pois estava descartando-a. Assim se configura a outra traição de Alice para com seus eleitores e certamente boa parcela da população, pois agora ela iria sentar à mesa com muitos daqueles os quais outrora foram alvo de suas críticas, mas a memória do brasileirinho médio é curta mesmo. Alice assume a Secretaria de Educação e logo começam os „infernos‟ nos cenários da educação. Sua postura como secretária começa a ser alvo de criticas abertas em público por apresentar cenas de mando, falta de diálogo compreensivo, atribuições de aulas conflitantes, discursos não convincentes como no caso do material do SESI e assim por diante. Até que veio uma surpreendente demissão. Alice demitida? Não, não! Alice „pede‟ para sair, pois teria sido aprovada em concurso para professora numa cidade vizinha. A Secretaria de Educação ficou para um segundo ou terceiro ou último plano, pois iria assumir um novo cargo fora da cidade. Mas, sem que tenha havido a devida transparência, alguns dias depois, eis que Alice NÃO ASSUME o novo cargo de professora na cidade vizinha e É


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READIMITIDA como Secretária de Educação de Amparo. Que bagunça institucional, não? Que falta de coerência? É um tal de deixar um partido e abandonar a política. Depois de um silêncio de quatro anos volta como candidata. Abandona o PT e se filia ao DEM. É eleita vereadora. Abandona o cargo de vereadora para ser Secretária. Abandona o cargo de Secretária para ser professora. Abandona o cargo de Professora para retornar como Secretária. E parece que também abandonou o estilo ou perfil de discursos e atuação que outrora revelou em público. Agora Alice está mais para o “País dos Silenciosos e Omissos” do que para o perfil ideal de uma Secretária de Educação que deveria atuar com transparência, diálogo compreensivo, empatia, valorização da classe dos professores. Como os politiqueiros Alice assimilou e dita exatamente o perfil dos politiqueiros velhacos e assim enterra sua carreira política por algumas migalhas de dinheiro.


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O poder parece não ter subido à sua cabeça, mas sim dentro de sua conta bancária, pois não evidencia outra razão de forma clara e convincente. Posso estar sendo injusto, mas nenhuma prova do contrário foi exposta a público até o momento. Lamento estar diante deste cenário, como contribuinte que paga os honorários da Secretária de Educação, mas que no passado confiei minhas atividades e algumas sugestões para a melhoria global da educação municipal, desde a valorização dos profissionais (todos) até sugestões como a criação do Atendimento Multidisciplinar na Educação com fonoaudiologia, psicologia, terapia ocupacional, assistente social e nutricionista. Mas estas sugestões são meras utopias, pois não temos noticias nem mesmo atos oficiais como os 33,23% de aumento para os professores até esta data. Um bom observador poderia claramente defender que a Alice, Secretária de Educação, deveria estar complemente posicionada respondendo de forma objetiva e inúmeras „rodas de conversas‟ os questionamentos com os professores. Se assim agisse muito do que é postado nas redes sociais não teria respaldo. Se assim agisse certamente teria a credibilidade principalmente em seu campo de ação. Mas Alice escolheu trair novamente, então fica em silêncio ou age com „mandos‟, ao invés do tato.


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No atual cenário cabe a Alice alguns encaminhamentos. Deixar tudo como está optando pelo silêncio, algo nefasto e egocêntrico. Ou abrir mão do cargo de Secretária de Educação por discordar do prefeito, principalmente quanto ao aumento determinado por medida federal. Entendo que esta providência iria gerar algum benefício para a imagem da Alice, mas não resolve as questões do funcionalismo. Ou adotar uma medida ousada. Como Secretária Municipal, no pleno exercício de seu cargo, pode optar por realizar uma grande assembleia com todos os profissionais da educação, contando com a presença do prefeito e deste evento sair uma pauta operacional para a viabilização do aumento de 33,23%. Se assim o fizer Alice estará resgatando muito em termos de credibilidade e até superando em confiabilidade a imagem desgastada do prefeito. Claro que tal situação poderá constranger o executivo principalmente diante da confabulação em um futuro processo eleitoral: - “Será que Alice seria candidata à prefeita?”. As cartas não estão marcadas, mas sim na mesa do jogo. De um lado o contingente de professores e profissionais da Educação, que se resolverem tomar as rédeas do cenário eles param nossa cidade.


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De outro lado o prefeito com imagem desgastada, posturas inócuas, mentiras deslavadas e discursos fúteis. E em outra ponta a Secretária de Educação, Alice Veríssimo que pode lutar com „unhas e dentes‟ pelo “País das Maravilhas na Educação”. Eu estou torcendo para que o colegiado de profissionais da educação seja valorizado de forma condizente com sua importância e assim a educação amparense um dia esteja entre as melhores do país, conforme registros do IDEB. Amparo, 29 Jan 2022 Tito, psicólogo, com coerência e muita educação!


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SILÊNCIO, SENÃO... Na Educação, onde se propõem educar novas gerações, profissionais enfrentam um clima doentio que registra: medos, constrangimentos, silêncios impostos de forma sutil, algumas posturas de autoritarismo, omissões, perda da autoestima, cenários estressantes, falta de confiança no outro, rejeições, estima de represálias, canais precários de diálogo e perdas. Educação, onde se requer a saúde emocional presente, professores vivenciam distúrbios afetivo-emocionais diversos diante da pressão entre seus superiores, da falta da real valorização profissional (que vai além dos 33,23%) e de um gerenciamento desconectado com a realidade. Falar ou reivindicar é correr riscos previsíveis. Como educar neste palco? Os atores devem subir no palco das salas de aula e se transformarem em seres felizes, íntegros, satisfeitos e valorizados? Dá para exercitar esta „falsidade‟ por muito tempo? Como educar e/ou ser educador em uma sociedade ou grupo onde a liberdade é reprimida, o medo emerge, a represália ocupa as falas dos principais atores? Como? Dias atrás recebi via Facebook uma „carta‟ dividida em várias partes. Embora não sendo atualmente mais uma servidora municipal o medo de represálias surge forte


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razão para não divulgação de sua identidade e nem das escolas onde atuou. Vivemos em uma sociedade do medo, da possibilidade de represálias, do constrangimento batendo na porta, da inibição para não se manifestar, da liberdade reprimida. Vivemos em uma “democracia fake”. Poucos professores assumem riscos de expor publicamente suas percepções. Na Educação são mais de 470 mestres e outros tantos auxiliares também importantes. Todos sob o mesmo cenário. Quer conferir? Leia a „carta‟. CARTA DE UMA PROFESSORA ANÔNIMA (professora se identifica, mas pede para não divulgar seu nome) e diz: Tito Francisco Henrique de Oliveira... Há mais mistérios dentro do âmbito educacional do que se possa imaginar. Existem muitas culpas, mas nenhum culpado. Negligências? Não, é falta de comprometimento, de competência, de consciência, de compromisso com a ética moral e lealdade com a dignidade da própria raça humana, da sua existência como um ser que presa seu povo, seu legado.


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Essa gente, se é que posso chamá-los assim, ditam regras perante suas necessidades, buscam um poder temporário pra benefício de seu cupinchas e o benefício da família, ou seja, seu próprio benefício. Política foi, é e sempre será um meio sujo de se beneficiar e enriquecer e priorizar suas necessidades pessoais. Esquerda? Direita? Isso é apenas uma forma de dividir o povo pra ver quem se mantém no poder eleito pelas marionetes. Nos bastidores esquerdas e direitas se protegem conforme seus interesses e dominam o que tem mais poder de persuasão. O povo? Bem, o povo é acariciado com promessas infundadas, iludidos com benéficos que na verdade o próprio povo paga. Sim, paga com impostos e diga-se de passagem um kit completo e recheado de diversas formas de impostos. Onde está de fato o benefício??? Se os projetos que eles aprovam em "beneficio" ao povo fosse ou é tão bom, completo e funcional, eu pergunto: - Por que os filhos deles estudam em escolas privadas? - Por que eles têm os melhores planos de saúde?


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- Pra que tantos benefícios nos diversos ministérios como alimentação, condução, terno entre tantos outros, se eles consideram o salário mínimo como digno para seu povo? Sei que a busca por formação, por conhecimento faz com que uns tenham uma posição melhor que outros e obviamente um salário digno de seus esforços, mas definir um salario mínimo de R$ 1.212,oo reais diante do custo de vida no Brasil justifica e muito o interesse na educação de seu povo, afinal quanto mais ignorante mais submisso seu povo se tornará. Portanto isso também justifica a falta de comportamento para com o reconhecimento da importância dos professores na educação fazendo com que eles busquem formas de desestimular a minoria que ainda se importa com a educação. Há dores escondidas disfarçadas em sorrisos, há sensação de importância dentro do que se é imposto como regra a ser seguida quando se tem uma diversidade dentro da sala de aula. Há muitas lágrimas escondidas pela falta de apoio em diversos âmbitos da educação que levariam anos pra que se torne, no mínimo, ideal e satisfatória.


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Fui professora Fui professora tanto de rede pública quanto privada e posso dizer que existem professores e "professores". Se eu pudesse relatar tudo que vi e vivi, talvez eu fosse perseguida para posteriormente ser silenciada. Esse é o medo que, a maioria, dos verdadeiros e comprometidos professores tem em dar sua voz sobre o que é a educação na prática. Amo dar aula, amo cada serzinho que chega com toda sua pureza acreditando que seus sonhos serão realizados, porém não fazem a menor ideia de quantas batalhas terão que enfrentar, quantas injustiças virão pela frente e, se não desistirem ao longo da jornada, chegarão ao topo tão cansados e descrentes no sistema. Tito, a vida é magnífica, coisa mais linda que eu conheço, mas a humanidade é o declínio da nossa existência. Espero que não tenha tido muitos erros, pois estou simplesmente deixando fluir na velocidade com a qual minhas palavras surgem estimuladas pelos meus sentimentos de pura indignação. Espero que possa ter sido compreendida apesar de parecer longo, foi um breve desabafo. Anos presenciando injustiças, sei que não sou perfeita, mas quem o é? Apenas acredito que devíamos "todos" aprender com os erros, sejam nossos ou alheios. Lamentável comportamento "humano" tão egoísta, tão frio e imaturo, nem mesmo poderia comparar com a fase


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pré-histórica, pois passamos da fase instinto e nos colocamos como seres racionais, mas esquecemos da parte em que deveríamos pensar no coletivo, para o bem da nossa própria existência. (assinada, nome completo, professora Amparo, SP 07/fev/2022) Depois de ler esta manifestação conversei com a “Profa. Anônima” que acrescentou mais dados em outros relatos, também redigidos. Em determinado momento acabamos por descobrir que estivemos juntos em uma sala de aula do Magistério (ensino médio) no Coriolano. Ela como aluna e eu na disciplina de Psicologia. Citou algumas atividades que foram marcantes na sala de aula e me pareceu, que ao fazer seu desabafo, pretendeu sentir-se como mais uma contribuinte para a melhoria dos cenários da Educação e não simplesmente uma observadora crítica passiva ou apática. Este seu posicionamento traz a tona algumas reflexões graves sobre a Educação e por outro lado como cidadã participativa nos traz lições como esta: “Você não precisa mudar a vida. Você só precisa participar dela” Provérbio japonês


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PROFESSORES: BASTAM OS 33,23%? Somente duas respostas cabem para esta questão. “Sim” ou “Não”. O “Talvez” é inútil neste momento. Veremos porque ao longo desta caminhada. BASTAM OS 33,23% Pode ser suficiente para muitos professores a concessão dos 33,23% de aumento do Piso do Magistério. Vale sempre lembrar que este parâmetro é o mínimo determinado por lei. Pode ser “Sim” quando a resposta for do prefeito agora encurralado pela reprovação da Câmara Municipal, já que terá que enviar novo projeto sem enrolação, sem distorções, sem demagogia. Se assim não proceder o executivo cairá nas redes do movimento dos professores que terá maior manifestação ainda, podendo também contar com o trunfo de um processo judicial, algo que já poderia ter ocorrido diante das provas da falta de respeito à lei. “Sim” bastam 33,23%!


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Esta é uma posição se adotarmos uma visão restrita e baseada na prerrogativa legal. A lei disse que é 33,23% o Piso, então muitos podem se conformar com tal valor. Mas o executivo pode dar um aumento de 40%? Ou de 50%? Claro que pode já que não há impedimento legal para tal ousadia, oque não pode é conceder abaixo do expresso oficialmente. Então um prefeito inteligente, coerente e educado daria algo em torno de 40% já, mas com o compromisso de ser 50% no ano seguinte. Aqui teríamos a prova de que o executivo estaria “respeitando e valorizando o magistério”. Como sustentar tal proposta? Isto ele que se vire com seus secretários, já que declarou em campanha ser o orçamento da cidade suficiente para sua gestão. Agora se vire nos trinta, ou melhor, nos 40! “NÃO”! “NÃO BASTA” é a outra opção. Se os professores tiverem uma percepção ampliada da realidade irão bater na tecla de que não é o suficiente o prefeito conceder os 33,23%. Para sustentar este “não” é preciso de inteligência extra?


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Creio que se requer outro atributo muito especial. Antes de tentar explicar esta concepção entendo que temos conteúdos a serem diluídos. A massa dos professores construiu até o momento uma base de força que está comprovada nas redes virtuais, nas redes sociais e na manifestação, com a „cara na porta‟, da Câmara Municipal. A manifestação “RESPEITEM O MAGISTÉRIO” revelou alguns significados que merecem análise cuidadosa por parte dos envolvidos. Primeiramente derrotou o projeto do prefeito que tratava dos 10% de aumento. Colocou grande parte dos vereadores contra a parede e estes sob pressão declararam que irão reprovar a tal bobagem do executivo. Em plena vigência de uma lei propondo o mínimo de 33,23% vem o prefeito com um aumento de 10%. Precisaria de uma classe de submissos para aceitar tal bobagem. Bem, assim estamos diante de uma construção grupal forte formada por professores dispostos a irem à luta pelos seus direitos. PARABÉNS PROFESSORES! Este primeiro passo vitorioso da turma dos professores merece nossos elogios, pois acatar posturas


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ditatoriais e ilegais seria estar em conivência com a ilegalidade. Mas então qual o ingrediente para propor que “NÃO BASTA 33,23%”? A tal visão ampla envolve algo mais que a classe dos professores. ABISMO NA EDUCAÇÃO. Prefeito e Secretária de Educação ao alimentarem a proposta de não respeito ao Piso Mínimo do Magistério, eles abriram um abismo grotesco e profundo nos cenários da própria secretaria. O tal abismo coloca em lados opostos professores, merendeiras, serviçais e outros servidores da educação. Isto não quer dizer que os professores desqualificam os serviçais e as merendeiras. Mas na luta em questão temos de um lado os professores e do outro todos os demais que não são nem incluídos em qualquer atenção do prefeito ou secretária: eis o abismo. Se já havia diferenças estas se tornaram mais cruciais e claras, pois os insatisfeitos então nos dois lados. A classe dos professores conseguiu se fortalecer, manifestar e mostrar uma força que outrora estava adormecida.


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Professores agora se posicionaram com muita propriedade e eficiência para o enfrentamento na busca de seus direitos inalienáveis e merecidos. Estão de parabéns! “É sempre prudente olhar em frente, mas é difícil olhar para mais longe do que pode ver-se.” Winston Churchill Entretanto estes mesmos mestres proativos podem nos oferecer outra lição mais importante ainda para a história amparense: também entrar em campo para lutar pelo do outro segmento mais fragilizado, menos afeito às manifestações, mais disponíveis para o sofrimento de represálias, mais intimidados por perdas diversas. Merendeiras, serviçais e similares estão do outro lado do abismo alimentado pelo prefeito e secretária de educação. Pessoas dedicadas ao importante trabalho de apoio na rotina escolar, mas agora „sentadas a beira do caminho‟, sem voz para serem ouvidas. SERES DE SEGUNDA CLASSE. Nem mesmo a Secretária de Educação fez alguma manifestação quanto algum aumento salarial destes invisíveis profissionais.


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O desprezo está registrado ao longo de mais de um ano de gestão. A insatisfação e os sentimentos de rejeição acabam gerando uma sensação de seres de segunda classe. É natural e aceitável que os professores focalizem sua luta sobre os 33,23%. Mas seria surpreendente se resolvessem ir mais a frente com diversas cobranças em um fórum de discussão com prefeito e secretária de educação. Os integrantes do “RESPEITEM O MAGISTÉRIO” podem ter outros ganhos além dos 33,23%. Ganhos imensuráveis como prestígio, sentimentos de empatia colocados em prática, altruísmo digno de méritos, autovalorização afetivo-emocional, melhorias emocionais nas relações das equipes, fortalecimento concreto do poder da união e cooperação da classe de professores como um todo. Assim, além dos 33,23% estes ganhos subjetivos teriam o reconhecimento de toda uma população já que a luta teria sido mais ampla, ousada e de necessário valor. Entendo que um avanço neste sentido requer visões empáticas, estratégias de luta grupal, conscientização dos envolvidos direta e indiretamente. A população pode e deve ser chamada a participar, como por exemplo, os pais dos alunos, que precisam ter as informações e conhecimento das precariedades nos cenários da Educação.


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“Maior que a tristeza de não haver vencido é a vergonha de não ter lutado!” Rui Barbosa “RESPEITEM O MAGISTÉRIO” Assim a luta envolvendo demais profissionais da Educação poderia ter uma pauta de discussão com maturidade e responsividade da parte dos envolvidos. Somente como exemplo seguem alguns itens que poderiam compor a lista de exigências tais como: - definição objetiva da projeção do aumento para os próximos anos da gestão; - qual o índice de aumento para as merendeiras e serviçais; - que ações serão tomadas de imediato quanto aos alunos especiais; - a criação de um Fórum Permanente da Educação, com reuniões mensais para debates e análises de propostas, programas, necessidades, elaboração do plano do magistério e outros temas pertinentes; - estudos para a implantação de atendimento multidisciplinar de apoio como com a atuação de psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogas, assistentes sociais e nutricionistas; - criação de dispositivo legal para a escolha/votação da secretária de educação, com mandato de quatro anos, independente da duração da gestão;


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- criação da Rádio Educação com programas diários transmitidos pela FM Cultura, com a participação exclusiva de professores, pais, alunos e especialistas convidados; - criação da Equipe de Metodologias & Excelência. Professores escolhidos pela classe teriam como missão a busca de metodologias e experiências de sucesso no país e até no exterior. Por exemplo, uma equipe poderia ter um estágio-visitante em Sobral, Ceará para trocas de visões. Ou contatos com a Faculdade de Educação da UNICAMP para permutas metodológicas. E assim com outros registros importantes. - criação do Prêmio Anual da Educação para profissionais e alunos com produções artístico-culturais importantes. - implantação das metodologias vinculadas ao relaxamento mental, visualização criativa, jogos lógicos (xadrez, dama, etc.); - criação do estágio do Magistério para estudantes de Pedagogia, para a atuação em atividades de apoio metodológico. Enfim estas devem ser entendidas somente como algumas ações, entre outras mais que podiam ou deveriam ser adicionadas, oque certamente iriam criar um impacto jamais previsto na história da educação de Amparo.


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Cabe registrar que muitas destas anotações não são de minha autoria, mas perambulam nas redes sociais e nos bastidores da Educação. PROFESSORES & OUSADIA. Os professores municipais ao assim agirem iriam entrar no palco das manifestações com todos os méritos por se organizarem para a luta que iria além dos 33,23%, isto é também lutando por pautas importantes para a comunidade como um todo. As heroínas estão aí para os desafios. Não precisam de mais nada além do estabelecimento de estratégias para a devida e necessária pressão, pois nada cairá dos céus desta gestão. O grupo “RESPEITEM O MAGISTÉRIO” ´já mostrou sua cara e poder de pressão justa. As professoras já mostraram sua força e este movimento pode até contar com outras participações adicionais. Pode virar uma „bola de neve‟ não prevista pela administração. Mais que isto as professoras podem marcar um ponto na história amparense que ofereça lições importantes para muitos políticos que só enxergam a meio palmo do próprio nariz. A miopia está aí para ser combatida.


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Esta intromissão aqui proposta pode até ser considerada inoportuna, mas por outro lado poderá se tornar nobre lição até para outro segmento da administração que está adormecido, submisso e vítima de maus tratos. Refiro-me aos profissionais da Saúde que até durante a pandemia não tiveram o devido tratamento e valorização. Discursos de prefeito e de ex-secretários não têm a menor credibilidade. Este é outro caos na cidade. Para concluir os professores podem agora constatar que o poder de luta e enfrentamento construído nestas últimas semanas já oferece a possibilidade de um alcance altruísta ainda maior. A história dos fatos está à espera das novas cenas. Parabéns Professores Municipais! “Todos nos reconhecemos indicados para oferecer o melhor de nós para que apareça o melhor dos outros em auxílio de todos”. Chico Xavier. Livro “Encontro de Paz” - Obrigado Chico! Amparo, 20 fev 2022 Tito, psicólogo


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TEM ANGU NESTE CAROÇO? Em decorrência da matéria sobre a Educação x Prefeito x 33,23%, na qual declarei estar estarrecido diante da omissão de diversos profissionais e em especial pela não elaboração de ação junto à Justiça do Trabalho, a professora Sílvia Morreton fez uma contundente questão: - Infelizmente não sei o que acontece, mas parece que de repente todos resolveram ficar com "medo" de se posicionar ao lado desses professores. Tô enganada ou tem "angu nesse caroço"? E lá vou me intrometendo nesse angu. Mas antes creio ser interessante entender a expressão tem caroço neste angu que tomei a liberdade de copiar de um site. Vejamos a explicação. TEM CAROÇO NESSE ANGU A expressão “Tem caroço nesse angu” significa que alguém está escondendo algo e se originou a partir de um truque realizado pelos escravos para se alimentarem melhor. Se muitas vezes o prato servido era composto exclusivamente de uma porção de angu de fubá, a escravizada responsável ao servi-los às vezes conseguia


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esconder um pedaço de carne ou alguns torresmos embaixo do angu. A mesma nasceu dos comentários de escravizados a respeito do prato que lhes parecesse suspeito. A frase tem origem no período da escravidão. Para poderem se alimentar um pouco melhor, alguns escravos conseguiam esconder um pedaço de carne ou de torresmo em meio ao prato. Interessante esta observação. Entretanto parece corresponder à nossa realidade. A omissão como padrão social, seja por medo, por comodismo, por apatia instalada no repertório comportamental, seja por preguiça mental, seja por egoísmo providencial, enfim dá pra se ficar engasgado mesmo quando se tem sensibilidade. Bem dito isto, voltemos ao nosso angu. A colocação da Profa. Sílvia é pertinente e nos convida para outras reflexões. A primeira delas é a „escravidão‟. Para os bajuladores do prefeito proponho um convite para „vestirem‟ as funções das serviçais e/ou merendeiras, como também de milhares de servidores municipais para entenderem o cenário de escravidão invisível nos quais estes profissionais estão condenados a enfrentarem duras rotinas a troco de migalhas.


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Mas a corja da elite recebe até gratificações ou promoções em cargos de confiança com direitos a diversos benefícios concedidos a olhos vistos do reizinho. É uma forma de escravidão, na qual a grande maioria dos servidores não tem a valorização do poder da palavra, recebe como forma de incentivo a submissão e o silêncio é resposta ao „soldo‟ recebido no início de cada mês. Enquanto isto o agente público „maior‟ deveria dar exemplos de dignidade, transparência e coerência, mas manda uma questionadora lavar louça ou mente descaradamente para mim quando questionado sobre a contratação emergencial para a saúde. Então esse angu é muito mais amplo que o servido na mesa da Educação. O medo, a passividade, o comodismo, enfim um cenário de „covardia socialmente aceita‟ vai se instalando em cada prato e cada um comendo seu angu, sem questionar por qual razão o nobre prefeito come „caviar‟. Aqui o „caviar‟ é um simbolismo para revelar o distanciamento do angu real de muitos servidores, alguns que para aliviar o pessimismo ou depressão toma alguns goles de pinga no final da tarde e conversa sobre o jogo do timão. É este angu que faz parte de nossa sociedade hipócrita.


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EDUCAÇÃO+OMISSÃO Mas a contribuição da professora é no sentido de tentar buscar explicações sobre o angu no caroço. Faz esta inversão ao se referir sobre a “educação+omissões”, que é o foco principal da questão, algo insuportável de se aceitar. Vejo atualmente como um cenário repugnante, indecente, incoerente, preconceituoso, autoritário e demagógico, justamente na Educação ocorre a falta de educação para a liberdade de expressão, na valorização dos profissionais (professores, merendeiras, serviçais e auxiliares), atingindo até alunos especiais que são „depositados‟ em salas de aulas sem tutores. Mas é esta Secretaria de Educação que foi como um jato nuclear para a compra das apostilas do SESI. Foi como um rojão junino que a Profa. Alice Veríssimo virou garota-propaganda do prefeito e do SESI. Aquela semana na qual o projeto estava na Câmara foi um festival de lives. Depois da aquisição veio o ostracismo e a arrogância. Que digam os professores. Em caso de dúvidas é só consultar as redes sociais registros do angu formado. Todo este cenário acabou de ser “um prato cheio” para hipócritas oportunistas saírem das tocas, mas nenhum destes tomou a iniciativa de concretizar o ato mais importante: uma AÇÃO JUDICIAL. AÇÃO ou AÇÕES?


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O angu tá cheirando mal. Ao dizer “ação judicial” cometo um erro. Na realidade, mesmo sob a minha ignorância sobre os liames jurídicos, creio que o correto seria propor diversas ações judiciais contra agentes públicos. Para 'curar' de vez este angu suponho que algum „cavaleiro errante do Direito Constitucional‟ pudesse entrar com ações que atinjam alguns „caroços indigestos‟ senão vejamos: 1. Ação na Justiça do Trabalho referente aos 33,23% do Piso do Magistério que seria uma inciativa com grandes possibilidades de sucesso; 2. Ação na Justiça para o pagamento do retroativo proposto pelo reajuste do Piso do Magistério; 3. Ação na Justiça por prevaricação do prefeito quanto ao não cumprimento do Piso do Magistério; 4. Ação de Assédio Moral, de inciativa de pais e/ou responsáveis, na Justiça contra Prefeito e Secretária de Educação, por questão dos Direitos da Criança e Adolescente, no caso de alunos especiais tratados com desprezo; e 5. Ação por improbidade administrativa contra Prefeito e Secretária de Educação por desrespeito a princípios do Estatuto do Magistério, em especial sobre


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tratamento desleal para com alunos mais fragilizados e/ou com limitações. Veja Profa. Silvia Morreton em que angu estamos mexendo! E observe os caroços indigestos escondidos no fundo dos pratos. Agora fica para nós a questão já um tanto envelhecida questão: - Quem terá a coragem, idealismo e ousadia de se colocar a disposição de dar o devido suporte advocatício para professoras voluntariosas que aceitaram entrar na Justiça do Trabalho? Volto a reafirmar, ação que já deveria ter sido apresentada em fevereiro e logo, logo estaremos em 1º de Abril e a mentira será enfatizada. Antes de me despedir estou com clara sensação que já temos material para um livro inédito e certamente não acolhido por nenhuma academia de letras. Refiro-me a um 'suposto' livro que até poderia receber como título: "AMPARO: O ANGU DA EDUCAÇÃO!" para que assim fiquem na história os caroços jamais permissíveis nas futuras administrações.


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Para encerrar congratulando-me pela dedicação da Profa. Sílvia compartilho a declaração a seguir: “(...) Pelo fato de que se movimenta sempre entre e em relação a outros seres atuantes, o ATOR nunca é simples agente, mas também, ao mesmo tempo, PACIENTE. AGIR e PADECER são como as faces opostas da mesma moeda, e a história iniciada por uma ação compõese de seus feitos e dos sofrimentos deles decorrentes. Estas consequências são ilimitadas porque a ação, embora possa provir do nada, por assim dizer, atua sobre um meio no qual toda reação se converte em reação em cadeia, e todo processo é causa de novos processos. Como a AÇÃO atua sobre seres que também são capazes de agir, a REAÇÃO, além de ser uma resposta, é sempre uma nova ação com poder próprio de atingir e afetar outros.” (Hannah Arendt). Referência: Hannah Arendt e a política sem piedade Amparo, 21/03/2022 Tito Psicólogo, mas não escravizado ainda.


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JAIR & EDUCAÇÃO & EU Inicialmente, para aqueles que não o conhecem, Jair Pires de Camargo é um ativista proativo, letrado, poeta, construtor, representante com méritos do Distrito de Arcadas e polivalente cidadão. Ao me convidar para opinar a respeito do tema Inclusão Social, especificamente de alunos especiais nas escolas, senti que esta missão era grande demais para minha alçada. Ocorreu de imediato que o caro amigo deveria ter convidado também outros psicólogos, principalmente os atuantes na rede municipal, como também poderia contar com a ajuda de psicopedagogas e pedagogas da municipalidade. Por outro lado, a sensação de confiança e credibilidade a mim foi dirigida naturalmente oque agradeço com satisfação imensa. Ao tomar conhecimento do convite pedi um certo tempo para atender, dado o fato de estar envolvido com algumas demandas atuais. Mas em hipótese alguma iria deixar de contribuir com algumas reflexões justamente pelo reconhecimento da importância da causa e também pelo profundo respeito que tenho pelo profissional Jair Pires de Camargo. VOCÊ, QUE NÃO FAZ NADA, RESPONDA.


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Num intervalo de recomposição, quando ao lado do painel de mensagens que fica na calçada em frente de casa, um conhecido com certo riso irônico citou ter lido a matéria de Jair e me disse: - Você que não faz nada quero ver responder agora! Embora parecendo simpático, uma expressão de deboche pairou no ar. Respondi que iria atender ao convite do autor sem qualquer restrição, mas uma verdade haveria de ser recomposta, pois a rotulação “você que não faz nada” não tinha cabimento e nem conferia com a verdade. Então disse ao leitor irônico que naqueles momentos eu estava envolvido com alguns projetos em nossa cidade e alguns deles fora do município. Para „calar a boca‟ do irônico e preventivamente inibir o compartilhamento da rotulação com outras pessoas passei a relacionar as minhas ocupações momentâneas; Disse-lhe que além do Projeto “Uma Mensagem Pra Você”, também estava atuando na manutenção e atualização do FM CULTURA, projeto virtual que visa valorizar o Folclore, a Música, a Arte e a Cultura. Completei dizendo que esta sementinha já estava colocando a público algumas produções simples, amadoras, mas com presenças importantes para o canal. Fui além, acho que por me sentir ferido indevidamente e lhe contei sobre um projeto comemorativo de 50 de uma entidade em São Paulo, da qual sou convidado especial e tenho um legado histórico


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memorável: o artesanato de cipó. O provocador em questão não tinha o mínimo conhecimento desta atividade em Amparo. Também informei sobre as contribuições nas questões da omissão do prefeito quanto ao Piso Salarial do Magistério e perguntei se havia lido alguma matéria, mas a negação veio como um raio. E para finalizar a abordagem irônica disse de minha dedicação com a redação de matérias para dois canais de alcance nacional com focos voltados para os conceitos da política e da cidadania. Ao encerrar meu discurso apimentado disse: - Como não faço nada irei responder sim e estimo que você desta vez leia e mais que isto comente a minha resposta e mais que isto responda às colocações de Jair Pires de Camargo. O riso de hiena surgiu como um pedido de despedida ao qual atendi sem qualquer impedimento.

E VOCÊ QUE NÃO FAZ NADA? É provável que também Jair Pires de Camargo seja mais uma vítima destes chulos rotuladores que não tem a competência da leitura e muito menos da redação com argumentos no mínimo aceitáveis. Se vamos entrar no campo da INCLUSÃO são estes senhores das mesas de botecos que nos excluem com seus


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irônicos rótulos. Alguns deles são até aduladores de autoridades, tal como chupins do poder. Estou fazendo estas colocações para revelar em que campo adentramos, que sociedade estamos nos aventurando propor reflexões. Estamos no meio de um bando de chacais, principalmente no ramo político, que não tem a mínima consciência do que se trata a prática da INCLUSÃO SOCIAL e em consequência a EDUCACIONAL. Quanto uma professora confidencia que tem dois alunos especiais e nenhum professor tutor para acompanhá-los estamos diante de uma aberração pedagógica, com a gravidade de crimes pertinentes ao Estatuto da Criança e do Adolescente. Devido a minha limitação irei recorrer ao respaldo de uma publicação oficial que em certo trecho diz: “o atendimento das especificidades educacionais das crianças com deficiência em seus projetos políticopedagógicos (PPPs), planejando e desenvolvendo as atividades próprias da educação infantil de forma a favorecer a interação entre as crianças com e sem deficiência nos diferentes ambientes (berçário, solário, parquinho, sala de recreação, refeitório, entre outros), proporcionando a plena participação de todos. Continua a seguir com a determinação legal:


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“De acordo com a lei n° 13.005/2014, a articulação entre as áreas da educação infantil e da educação especial é condição indispensável para assegurar o atendimento das especificidades das crianças com deficiência na creche e na pré-escola.” Nos chama a atenção neste momento a necessidade da existência e seguimento das prerrogativas do PPP Projeto Político-Pedagógico que „deve‟ estar presente no gerenciamento da Secretaria de Educação. Cabe á Secretária de Educação a responsabilidade na operacionalização do suposto PPP e assim como consequência regular os procedimentos de encaminhamento, seleção, programação psicopedagógica, recursos humanos, recursos matérias, compartilhamento com pais/responsáveis e demais tarefas pertinentes ao que podemos chamar busca da INCLUSÃO SOCIAL, que não se restringem somente nas tarefas da sala de aula. Este ideal nos parece distante da realidade apontada por Jair que em determinado momento registra duas citações: - “No entanto até onde pesquisei isso não está sendo feito e são encaminhados para as escolas sem nenhum critério.” E a segunda colocação é também preocupante, quando afirma:


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- “Ao invés de investirem muito na melhoria, aumentando se a capacidade de atendimento na APAE, para que essas crianças sejam inclusas, preferem distribuir nas escolas municipais sem qualquer suporte profissional.” INCLUSÃO OU FAZ DE CONTA? Quanto à inclusão em salas de aula tive a oportunidade de ouvir declaração similar da professora que com receios naturais de represálias e perseguições pediu confidencialidade, oque entendi como perfeitamente natural. Ela completou que havia orientado aos pais para procurarem o Conselho Tutelar para denunciarem a falta de respeito aos direitos dos mais frágeis, mas não teve nenhuma informação a respeito da sugestão. Já na sugestão de investimentos para o aperfeiçoamento na APAE considero justa sua colocação, embora como ONG a Prefeitura não tenha acesso direto na sua gestão, mas não há nada que impeça a construção de parcerias para a evolução dos procedimentos institucionais e metodológicos da instituição. Para confirmar esta preocupação do autor, lembro-lhe que na década de 80 fui professor e psicólogo da citada entidade e tivemos diversas ações buscando o aperfeiçoamento do atendimento. Tivemos inclusive a ousadia de promover a 1ª Conferência Regional do Excepcional na APAE de Amparo, como apoio da Prefeitura e atingindo profissionais de toda a região. Isto


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naqueles tempos ainda sem internet, celulares, leis de inclusão, etc. Agora, com olhar mais distante entendo não ser concebível o atendimento de alunos especiais como se fossem pacotes humanos, sem respaldo psicopedagógico, sem respeito às prerrogativas previstas em lei. Neste mesmo sentido cabe a reflexão ampla e profunda sobre todas as implicações intra e interpessoais que podem envolver alunos especiais, seus familiares, professores, profissionais de apoio, técnicos especializados e também o conjunto de alunos que irão conviver com eles. A fim de provocar esta reflexão segue trecho de uma publicação oportuna: “Como diz o artigo 5º do Pacto de São José da Costa Rica artigo 5º - Direito à integridade pessoal: Toda pessoa tem direito a que se respeite sua integridade física, psíquica e moral. Para um jovem com deficiência essa integridade física, psíquica e moral será desrespeitada a partir do momento que se ingresse em uma escola, por exemplo, em que se tenham profissionais despreparados para recebê-los, já que não terão suas necessidades respeitadas e compreendidas, não se desenvolverão da forma adequada, serão deixadas de lado.”


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Ao finalizar devemos aceitar que a temática é complexa e que fica tomada de assalto a falha por parte da Secretaria de Educação que deveria já ter proposto toda uma regulamentação de procedimentos para evitar justamente esta falta de respeito aos direitos do educando. Esta, a Secretaria de Educação, se revela mais e mais com um gerenciamento sob críticas constantes que vão além da não concessão dos 33,23% do Piso do Magistério, mas também com problemas na infraestrutura de algumas creches, no sistema de atribuição de aulas que gerou perdas graves para algumas professoras, aquisição do kit Apostilas SESI que agora está revelando insatisfação entre os profissionais do magistério, clima opressivo entre os professores, desqualificação de Merendeiras, Serviçais e Auxiliares, entre outros. O caos está presente. E nós, Jair e Eu, não fazemos nada (sic); mas certamente não somos como alguns chacais. Referências consultadas e citadas https://diversa.org.br/artigos/marcos-legais-daeducacao-infantilinclusiva/?gclid=CjwKCAjw_tWRBhAwEiwALxFPoTf WPtmAuYYVABhuCqRxQN9WQP4KWdc3PKzD1_Ou MOarrN9TW9E1qhoC_YQQAvD_BwE


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https://jus.com.br/artigos/82609/o-estatuto-da-criancae-do-adolescente-e-a-inclusao-social-de-pessoas-comnecessidades-especiais Amparo, 19/03/2022 Tito, psicólogo

PROFESSORAS ADVOGADOS

ENSINARAM

AOS

Já se passou uma metade de março e cheguei a uma constatação nada agradável. Depois de muita pressão, textos reflexivos, bate-papos diretos com várias professoras, algumas sugestões para procedimentos e então veio, como último recurso, uma inédita e ousada busca pública (professores e advogado/a) para a entrada de uma ação na Justiça do Trabalho. Tudo feito com base em argumentos objetivos e tendo respaldo legal. Tudo feito com idealismo, sem contaminação promocional de qualquer tipo que seja. Desde fevereiro tudo isto para não dar em nada de concreto. EVITANDO DISTORÇÕES Claro que merecem elogios as manifestações públicas dos professores, tanto nas redes sociais como presenciais.


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Na proposta de busca para uma ação diversas professoras se colocaram a disposição para a formatação do processo judicial, coisa que em princípio imaginei ser difícil, mas surgiram voluntárias voluntariosas. Mas a decepção maior veio de uma vertente que frustrou toda a expectativa de nossa parte. Nenhum advogado(a), nenhum destes profissionais se manifestou, ao meu conhecimento, mesmo que reservadamente, para entrar em campo na defesa de direitos inalienáveis de toda uma classe. Até é compreensível que alguns não possam se dispor por vários motivos. Por questão ética não é compatível trabalhar pela prefeitura e ao mesmo tempo entrar com ação contra a instituição. Também se entende a eventual falta de agenda que permitiria um ou outro de dispor nesta proposta de interesse coletivo. Enfim, ficamos sem o respaldo advocatício para que os professores tivessem a oportunidade de defenderem o que lhes é de direito. Um prefeito, também advogado, não respeita um preceito legal e federal, jogando no lixo a determinação do reajuste de 33,23% do Piso do Magistério. E a pior constatação, no meio deste caminho, é ter encontrado uma professora que deu aulas para o então aluno, agora advogado, mas ela também reprovada no item Piso do Magistério é rejeitada pelo seu ex-aluno, que nem mesmo olha mais em sua cara bem próxima da aposentadoria.


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A professora vítima deste assalto não sabe explicar o que determina um sujeito agir assim com tamanha hipocrisia. E vai mais além ao envolver também o prefeito advogado, dando aulas de falta de coerência para com a ética e os princípios legais. Então temos uma classe profissional tendo uma representatividade nada louvável. JUSTIÇA DO TRABALHO Quanto a ausência total de algum representante do Direito para uma ação de interesse coletivo, com foco em uma dedicação voluntária, tal constatação não é estranha. Nos mais diversos campos temos o claro distanciamento de profissionais quanto às realidades que concentram as carências diversas da população. São engenheiros, médicos, assistentes sociais, docentes, odontologia, nutricionistas, inclusive psicólogos. Poucos são os que assumem dedicação voluntária sem buscar a promoção politiqueira ou personalista. Conhecemos alguns destes dignos profissionais que por vezes atuam no anonimato, mas seus resultados aparecem nas vozes dos beneficiados. Mas ficamos sem advogado. Mesmo ciente de que ninguém tem a obrigação de atender pedidos inusitados, mas o pensamento livre nos levou para uma possibilidade agora nula: ficaram somente as professoras voluntárias e voluntariosas.


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De minha parte, sempre buscando a transparência e objetividade, entendo que somente sobraram duas alternativas: 1ª Greve/paralizações dos professores e/ou 2ª Ação na Justiça do Trabalho, já. Greve e/ou paralizações creio que cabem serem discutidas em uma assembleia de professores e não por alguém como eu „estranho ao ninho‟. Quanto a Ação na Justiça do Trabalho tenho defendido esta medida desde fevereiro e não entendendo as eventuais razões de tal omissão até o momento. As justificativas de que seriam necessárias tabelas salariais não correspondem à orientação que tenho, sendo que bastam os holerites, depoimentos e publicações do prefeito, projeto dos 10%, sustentação da lei municipal e adicionando-se o preceito federal dos 33,23%. Mas até agora fui voto vencido sem ter respostas plausíveis da falta de uma ação judicial. Incompreensível, para mim, a razão de até o momento nenhuma ação executada na Justiça do Trabalho, na qual suponho ter grandes chances de sucesso para toda a classe de professores. Não entendo. Então fico, no momento, também sem qualquer outra ação ainda a ser construída de minha iniciativa, parecendo


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que o arsenal de enfrentamento já se esgotou, sendo este um último tiro. Tenho a lamentar o não aproveitamento da motivação de todos os professores e em especial àquelas que se dispuseram a entrar na justiça, correndo os riscos dos mais diversos, desde retaliações, constrangimentos, ameaças, prejulgamentos, rejeições entre outros. Desde a declaração de disponibilidade todas foram orientadas quanto a preservação de suas identidades e privacidades. Mesmo cientes destes males elas se mostraram corajosas e coerentes merecendo total respeito de todos nós. Estas professoras nos ensinaram mais uma lição histórica dentro do voluntariado: aceitar correr riscos em benefício de toda uma classe. Parabéns Senhoras Professoras! Pena que não venhamos a declarar o mesmo para com um ou mais advogados que poderiam agora estar dando ensejo a uma nobre causa: o enfrentamento da falta de respeito de um advogado prefeito, que não tem advogado pleno respeito para com duas leis: uma municipal e outra federal. Parabéns caras Professoras! Amparo, 20/03/2022 Tito, psicólogo voluntário


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OS 8 PECADOS MUNICIPAIS Cap. 1 ABERTURA Na foto por enquanto só cabem oito personagens públicos. Isto tem a ver com os oito capítulos? Só responderei isto na frente de seus advogados! Mas vamos aos fatos. Desde a data que assumiram cargos públicos estes agentes se colocaram a disposição, mesmo que sem saber, para análises, avaliações, críticas, cobranças e questionamentos. Isto é a essência do fazer político. Quem acha que só devemos elogiar está assumindo provável postura de bajulador e este modelo já temos de sobra em nossa cidade e nas redes sociais. Parece não ter sentido lógico você pagar para um político construir uma ponte, por exemplo, e ficar bajulando o mesmo por ter feito a tal obra, com dinheiro de seus impostos, porém em momento algum o cidadão se preocupa com eventuais aditivos, gastos imorais ou desvios de verbas ilegais.


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A cegueira toma conta do bajulador. Mas vamos então para os demais pecados municipais, embora a lista não seja conclusiva. Cap. 2 EM COMUM O prefeito Carlos Alberto, o Vice-prefeito e Secretário do Meio Ambiente Piassa, o líder do governo na Câmara Pastor Elson, o Presidente da Câmara Municipal Carlos Cazotti, a vereadora Rosinha, o vereador Farlin, a Secretária de Educação Alice e a vereadora Jana; todos tem em comum algo nada elogiável. Ao longo destes meses, após suas posses, tivemos diversas manifestações públicas nas quais os nomes destes „pecadores‟ foram citados. Refiro às matérias de minha autoria nas quais significativa parcela dos conteúdos situase na linha de questionamentos, solicitação de esclarecimentos; mas sem deixar de também apontar erros e omissões. Diversas publicações alinharam sugestões de projetos e/ou ações para avaliação. Mas o que todos estes agentes tem em comum? A resposta é simples: “O silêncio”. Simplesmente eles agem como um coral combinado para não responderem a nenhuma solicitação. O silêncio deles revela um padrão nada digno do que podemos chamar de maturidade política.


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Entendo que na maturidade política os personagens envolvidos partem do princípio que temáticas e cenários podem ser opostos, mesmo em contradição; mas isto não tem nada a ver com a negação ou cancelamento. A imaturidade política propõe o absurdo do extermínio de um segmento partidário, ou de um opositor, estando assim na realidade defendendo postura ditatorial. Mas aqui não temos como respostas destes agentes o extermínio do autor, mas sim seus silêncios, suas omissões ou a negação pela ausência. Cap. 3 FALE AGORA ! Por que será que estes 8 agentes não respondem as matérias de autoria deste cidadão? Seria pelo fato de que seus conteúdos são boçais? Ou o autor não tem nenhuma credibilidade para questionar ou propor ideias? Ou as matérias são sem nexos e nem plexos? Plexo etimologicamente tem a ver com algo trançado ou entrelaçado. Será que as temáticas não tem nenhuma importância para a coletividade? Ou pensam que o autor quer autopromoção e quem sabe um dia virar um vereador, prefeito ou até sei lá oque? As matérias são diversas, todas arquivadas devidamente, mas mais que isto todas as matérias são


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publicadas nas redes sociais e algumas até foram encaminhadas à Câmara Municipal, mas sem nenhum feedback. Nem mesmo uma resposta confirmando o recebimento. Uma falta de respeito para com um cidadão. Uma falta de educação política e uma negação tola, não vendo no momento outro adjetivo para tal comportamento.. Então estamos diante de políticos que agem como surdos quanto questionados e ouvintes hipócritas quando bajulados. É esta a impressão que me passam em seus silêncios e em outras reações ou manifestações. Cap. 4 MAS, POR QUÊ? Eles não responderam aos questionamentos de minha inteira responsabilidade por serem arrogantes? Ou são incompetentes para debaterem os conteúdos expostos? Ou tem a covardia diante do enfrentamento típico dos debates? Ou são tão frágeis que optam pelo silêncio, pois se responderem a „coisa‟ pode ficar mais feia? Nesta última questão lembro-me de uma única resposta dada pelo prefeito, que em resumo disse que respeitava muito a minha opinião, porém seus argumentos foram todos uma balela de elogios revelando para mim algo muito próximo da hipocrisia. O item interessante é que quando da eleição muitos usam o refrão da „renovação‟, mas é só tomar posse e lá


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vem o padrão colonialista de não dar satisfação à população. Cap. 5 NÃO ESTOU SÓ Neste questionamento e reflexão envolvendo estes 8 „mosqueteiros‟ creiam que não estou só. Uma multidão no seio da população também reproduz o mesmo sentimento no qual os „poderosos‟ assumem posturas omissas e silêncios aviltantes. Daí surge a falta de credibilidade nos políticos. Também a cultura da insegurança que gera a submissão. E lamentavelmente existe na sociedade uma cultura do medo, do constrangimento, das ameaças ou intimidações. Neste cenário da falta de pagamento dos 33,23% do Piso do Magistério, diversos relatos de professoras comprovam o receio de manifestações abertas por preverem a possibilidade de represálias diversas. É claro que nenhum secretário traça ameaças em público e de forma clara, mas o clima organizacional revela muitos casos nos quais nenhum canal de expressão ou manifestação é alimentado pelo poder. Não se nota com frequência e de forma ampla, por exemplo, a divulgação da possibilidade de uso da Ouvidoria. Colocar um cartaz na parede de uma sala municipal não é o suficiente. Não estampar de forma permanente e ampla telefones e canais de contatos para denúncias, este é um procedimento que não incentiva a


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participação. Incentiva sim o silêncio da população que mal sabe oque faz uma Ouvidoria. A Câmara Municipal de Amparo tem uma Ouvidoria para receber, registrar e atender manifestações da população? Desde já aponto que não vamos confundir a janela “Fale conosco” com a instituição da Ouvidoria Parlamentar. Então, temos ou não? Se existe a Ouvidoria do Legislativo onde e como estão anunciando este canal? Que fones ou formas de contatos? Com a invenção da internet pode-se fazer denúncias „on line‟ ou o cidadão tem que se dispor a comparecer na sede, em horário comercial, para expor sua manifestação? Posso postar e/ou publicar esta matéria onde para que todos os responsáveis na Câmara Municipal (vereadores, procuradores e/ou servidores) tenham a responsabilidade de registrar, dar conhecimento, confirmar recebimento individual e apresentar as devidas respostas? Então aqui notamos mais uma constatação do silêncio de agentes públicos diante da população. Cap. 6 NÃO FALE CONOSCO A conclusão que chego após de diversas matérias, diversos encaminhamentos, postagens públicas sendo algumas recentes; é de que estamos diante de „pecadores


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públicos‟ que veneram a bajulação e não suportam questionamentos, críticas, solicitações de informações. Estamos sob um regime da velha política da autoridade que se impõe pelo constrangimento e arrogância, não tendo ao menos a capacidade de implantar canais de participação com objetividade. Adianto que as „velhas‟ audiências ou conferências públicas só servem „para boi dormir‟, pois a interatividade e responsividade são nulas. São raras as experiências positivas e proativas como registrada quando do Orçamento Participativo que vivenciei durante a gestão de Cesar Pagan, com suas extensões nas vertentes da saúde e educação, que eram as áreas com as quais eu tinha conexões. Na última Conferência Municipal de Saúde, na qual fui como delegado regional, simplesmente foi um faz de conta com manipulações temáticas. Uma matéria de minha autoria, publicada dias antes em um jornal da cidade, justamente refletindo conteúdos pertinentes à citada Conferência, simplesmente foi banida da pauta. Conclusão destas experiências: - “Não fale conosco aquilo que não queremos ouvir!”


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Cap. 7 E AGORA JOSÉ? “O povo sumiu, A noite esfriou, E agora, José? E agora, você? Você que é sem nome, Que zomba dos outros,” E agora você que nem sabe se irá responder ao Drumond de Andrade ou a mim, enquanto isto pode estar zombando desta matéria, sem estar ciente de que dentro de 200 dias, aproximadamente, estarei votando e mais que isto fazendo intensa divulgação daqueles que foram omissos ou oportunistas nos últimos tempos. Tem baleia que irá sentir a sede em nossas praias. Em Carlos que irá se calar por decepção. Tem magnatas que serão desprezados. Tem tenor que nem canto terá como o do digno Caruso. Enfim nas próximas eleições milhares de eleitores irão se silenciar para seus candidatos e então o troco virá de forma cidadã e responsiva.


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E agora José? E agora Carlos Alberto? E agora Gilberto Piassa? E agora Pastor Elson? E agora Carlos Cazotti? E agora Rosinha? E agora Farlin? E agora Alice? E agora Jana? Todos vocês continuarão em silêncio? Se eu fosse covarde não estaria aqui me manifestando. Faria silêncio. Se fosse submisso o máximo que faria era criticá-los em alguma fila bancária. Se não tivesse credibilidade não iria correr riscos de parecer antipático para seus fãs. Se não tivesse competência não os enfrentaria com ampla e total publicidade. Se tivesse receios de caras feias não perderia meu tempo com tanta mediocridade. E se quisesse autopromoção o melhor caminho a fazer são as postagens sem viés político. Flores e santinhos, por exemplo. Mas receitas de culinária também conquistam fãs. Entretanto tem aqueles que optam por uma causa sem qualquer estrutura, como cuidar de cães, gatos ou borboletas; e estes podem virar políticos no futuro. Justamente são alguns que podem até ocupar suas cadeiras num futuro próximo. O assistencialismo oportunista vai de cuidar de animais, transporte pela ambulância, doação de dentaduras, acertos de vagas para cirurgias, fazer vídeos


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esportivos, montar uma escolinha esportiva, frequentar uma comunidade religiosa, estar presente em caminhadas das mais diversas e assim se passa a imagem de um cidadão prestativo, até que se eleja, pois depois já é depois. Cap. 8 É COM VOCÊS AGORA. E agora? Depois de tudo que foi dito! Irão se calar novamente? O tentarão me calar?

Amparo, 13 mar 2022 Tito, psicólogo


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ROSINHA & JANA NA PROVA FATAL DA LEGALIDADE.

Antes de tudo aqui falaremos de agentes públicos e não de vidas privadas. Estava no inicio da madrugada assistindo pela segunda vez, para melhores reflexões, uma aula de um exprofessor com o qual convivi nas salas da UNICAMP, eu como aluno de uma pós. Suas visões filosóficas provocavam buscas de conexões com o nosso cotidiano. Em determinado momento ele citou a trágica experiência de 125 mulheres de Nova York, USA, que no dia 25 de março de 1911 morreram incendiadas. Este destaque trouxe ligação com a Lei Maria da Penha, sancionada em 2006, que cria mecanismos de proteção à mulher contra a violência doméstica. A Lei Maria da Penha é uma homenagem à farmacêutica que vivia sofrendo violência do marido durante muitos anos. Daí então chegamos ao conceito de violência, que para a grande maioria trata somente de atos físicos contra alguém. Nesta percepção popular a violência psicológica é „frescura‟, ou é desqualificada ou até não merece atenção.


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E justamente neste enfoque é que gostaria de ouvir os posicionamentos das vereadoras aqui escolhidas, Rosinha e Jana. Quais são suas posições sobre a violência afetivoemocional? Que propostas objetivas já colocaram para análises do legislativo amparense? PERGUNTAR NÃO OFENDE. Rosinha & Jana, qual seria o posicionamentos de vocês, se fossem professoras municipais que estivessem sofrendo com um sistema de atribuições de aulas que as prejudicassem? Quais seriam seus sentimentos, ainda como mestres do ensino básico, se no final do mês não tivessem R$100,oo reais para comprar o gás e tivessem que pedir emprestado para uma vizinha? Indo mais além pergunto oque fariam se estivessem diante de uma proposta imoral e ilegal? Iriam denunciar o autor ou ficariam em silêncio para não sofrerem pressões como vereadoras? Já que ambas não são especializadas em Direito Constitucional e outras legislações, assim como eu, mas oque fariam se um advogado explicasse para ambas que tem duas leis diante das quais o prefeito está prevaricando, ou ofendendo o preceito legal? Como cidadão que contribui para pagar os honorários de vocês e também dos demais agentes públicos, continuo


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a minha saga questionadora, pois muitos temem fazê-la e até entendo seus receios, então seguimos. CORRUPÇÃO DA LEI Se um princípio legal é estabelecido como vocês poderão se explicar ao povo pelo fato de votarem contra esta lei ou decreto? Isto não é agir de forma corrupta? Corromper o preceito legal e gerar um clima de pessimismo, descrença, desânimo e diversas contrariedades nos mais de 450 professores, vocês dão alguma importância a esta situação? Justamente na semana que se comemorou o Dia Internacional da Mulher, qual o posicionamentos de vocês diante da aberração do prefeito Carlos Alberto que não concedeu os 33,23% determinado por lei federal? Vocês, que até o momento não se manifestaram, irão votar atendendo os desmandos do prefeito? Irão correr o claro risco de ver dentro de alguns dias o Ministério Público declarando a inconstitucionalidade de uma votação que seguiu os acertos com o prefeito? Como ainda não sabemos de suas posições sobre os 33,23% poderiam declarar que vocês não tem nenhuma relação de dependência em relação ao prefeito, ou será que devem favores ou tem cargos comissionados aos quais estão atreladas?


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Esta é questão típica de transparência, vocês podem exercê-la aqui? O clima aqui evidenciado tem sua razão de ser, pois os históricos de votação de muitos vereadores, inclusive vocês duas, são claramente favoráveis ao prefeito mesmo quando os conteúdos são polêmicos. Em diversas votações o máximo de falas a respeito de alguns projetos é o “Sim” favorável ao executivo, revelando exposição nada elogiável em alguns momentos. O PUXADINHO DO PREFEITO Assim os registros de votações favoráveis ao prefeito, principalmente quando projetos polêmicos são apresentados, nos levam a crer em algumas suspeições de dependência por questão de favores, benefícios, acertos ou negociatas. Como não temos provas de tais suspeitas ficam as crenças subjetivas. Se de outra forma vocês fossem mais claras, objetivas, pontuais, transparentes, coerentes e lógicas no exercício da democracia, poderíamos ter outra percepção sobre seus desempenhos. Claro que este quadro não é exclusivo de vocês duas. Temos a clareza de outros membros do legislativo que agem com padrões nada transparentes e/ou independentes quanto ao executivo. Assim cada vez mais tenho escutado a expressão “Puxadinho do Prefeito” quando a pessoa se refere à


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Câmara Municipal. Esta rotulação pejorativa tem como principal responsável, segundo minha percepção, o presidente da mesma, o Sr. Cazotti com seus discursos repletos „de nada‟ e rico em falas demagógicas. Outro membro que tem alimentado o rótulo “Puxadinho do Prefeito” é o seu líder que chegou até desprezar a Bíblia, mesmo sendo pastor, ao tecer comentários sobre doações de cestas de alimentos. Este vereador é o Pastor Elson que assume claramente o papel de informante do executivo ao invés de exercer a fiscalização e outras providências legislativas. Então vocês e demais vereadores não podem condenar o cidadão que chama de “Puxadinho do Prefeito” a Câmara Municipal, pois na realidade dão a este eleitor elementos para tal descrédito. A mudança de percepção de “Puxadinho do Prefeito” para uma noção digna de uma Casa de Leis passa pela mudança de atitudes, ações, posturas e discursos. Mas quem sou eu para dar lições de exercício de democracia, de proatividade, de legalidade, „compliance‟, transparência e independência política.


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DIA DA MULHER PROFESSORA Entrando mais a frente das questões relativas ao Piso Mínimo do Professor não posso conceber como postura inteligente, ética, cidadã e autônoma quando se supõe que vereadoras tendem a votar contra uma Lei Federal, uma Lei Municipal e principalmente contra mais de 450 mulheres, profissionais qualificadas. Rosinha e Jana, segundo observações das sessões da Câmara, vocês estão se incluindo no balaio da exvereadora, Secretária de Educação Alice Veríssimo. Esta que foi vereadora pelo PT, abandonou os cenários do partido por quatro anos, se omitiu em todas as questões e depois disto volta como candidata a vereadora. Mas, lembrando os menos atentos, pasmem, Alice retorna à vida pública justamente com a chupinzada que um dia acusou. Foi eleita e para muitos a surpreendente „traição eleitoral‟ veio com o abandono da cadeira na Câmara para trocar pela Secretaria de Educação. Uma perfeita aberração. Assume a secretaria e logo vem o polêmico contrato das apostilas do SESI, no qual Alice parecia garotapropaganda em lives sem credibilidade e sem conteúdos convincentes. E desde final de janeiro começa a operação PISO SALARIAL do PROFESSOR que é negado de forma ilegal, imoral, antiética e inconstitucional, segundo


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exposição de eminente advogado na própria Câmara Municipal. Por enquanto tenho a liberdade de sentir lastimável suspeita de que poderemos ter um “trio desesperança” se Rosinha e Jana votarem contra os professores. Rosinha, Jana e Alice então poderão contar que dentro de aproximadamente 200 dias teremos o troco nas eleições para deputados estaduais e federais. Tem muita baleia que sentirá sede e muito Caruso (tenor italiano) que não irá cantar de felicidade. Se tal cenário acontecer, então será profundamente repugnante registrar votos contra as mulheres, votos contra as professoras e principalmente votos contra a Constituição Federal e a Lei Orgânica do Município de Amparo. Rosinha e Jana, vocês não tem a obrigação de serem formadas em Direito Constitucional, mas não têm o direito de alegar falta de conhecimento. Se ainda não estão devidamente fundamentada busquem a procuradoria da Câmara que tem a obrigação de orientar a todos para o respeito legal. Se assim não o fizerem estarão também contribuindo para a imagem negativa que os políticos carregam. Se forem mais além consultem outros legisladores especializados, mas somente poderão fazer isto se tiverem plena independência ou autonomia para com o executivo.


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EM TEMPO, DÁ TEMPO. Aproveitando este tempo de reflexões aproveito para fazer um convite a vocês, Rosinha e Jana. Ou melhor, ao invés de convite faço uma convocação desafiadora. Estamos em uma campanha de apoio explícito aos professores. Professores estaduais, professores aposentados e aqui os professores municipais. Qual é o desafio? Trata-se do seguinte Senhoras Vereadoras. Temos já de pleno acordo e interesse quatro professoras disponíveis para a abertura de um processo judicial referente aos 33,23%. Estas ousadas profissionais espontaneamente se colocaram a disposição para esta missão. Entretanto não conseguimos até o momento um(a) advogado(a), que com caráter altruísta, se colocasse a disposição para o atendimento de nossas professoras em questão. Assim convoco as duas vereadoras para sensibilizarem ou conscientizarem algum(a) advogado(a) para somarmos esforços nesta pretensão. Se vocês realmente valorizam e respeitam os professores irão promover o máximo dos esforços para apresentarem a nós algum profissional interessado neste investimento cooperativo.


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Entendemos que se tal fato vier a se concretizar estaremos então diante de uma lição inédita e de impacto nacional, na qual professores e advogado(a) voluntariamente fizeram por bem o cumprimento constitucional do Direito. Estes profissionais entrarão para a história de Amparo e do país com o belo exemplo do exercício de uma cidadania digna de sua etimologia. A divulgação de uma provável sentença positiva servirá de modelo e referência para outras cidades. Ficamos na expectativa de suas ações e contatos. MINHAS RAZÕES Estou expressando minhas posições e reflexões sem ser representante de qualquer partido. Não tenho qualquer dependência para com candidatos futuros. Não esqueci ainda que fui e sou professor, embora aposentado como psicólogo, tenho a honra de ter minha docência desde salas de aula da APAE de Amparo (embora já psicólogo), como também nas aulas do MOBRAL, Adultos da Zona Rural-Pantaleão e aulas de Psicologia do Luís Leite e Coriolano Burgos. Também me valho das aulas em nível de especialização na PUC-SP, na URCA em Juazeiro do Norte e dezenas de outras experiências didáticas em vários estados.


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Esta é uma das razões por estar nesta luta contra o abuso e maus tratos para com os professores municipais. Outra razão é que me incomoda ficar na plateia assistindo o caos e os abusos de um prefeito mentiroso, arrogante, demagógico e hipócrita. Sei deque estou falando. Tenho evidências de tais declarações. Por final tenho algo que se chama empatia, isto é, me coloco no lugar de quem está sob sofrimento, ameaças, sentimentos de perseguição, medos e outros sentimentos similares. Só para retratar todo o restante é um absurdo quando uma professora não tem R$ 100,oo reais para completar a compra do gás de cozinha no meio do mês. Esta, uma professora municipal que não sabe que sua genitora pediu emprestado para a vizinha buscando assim preparar a refeição para a filha professora e dois netos ainda na infância. Ela perdeu aulas em uma atribuição atribulada e mal feita. Este é um dos retratos lamentáveis, Rosinha e Jana. Vocês podem ajudar no agravamento ainda maior ou poderão alimentar o entusiasmo, a valorização dos professores e das mulheres da Educação, entrando para a história com decência. Fiquem a vontade para esclarecer e principalmente responder a todas as questões, pois pagamos seus


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honorários. Só não tem o direito e a justificativa de se calarem. Amparo, 11 março 2022 Tito, psicólogo

Carta Aberta para Rosinha Rosinha chateada por „parar no Face‟. A vereadora Rosinha comentou na última sessão da Câmara Municipal sua insatisfação por ter sido alvo de uma matéria postada no Facebook. Ao invés de responder as mais diversas questões constantes no texto a vereadora distorceu o conteúdo revelando ter sido ofendida pelo autor. Para dirimir qualquer dúvida vamos para alguns esclarecimentos. A autoria da publicação é de minha inteira responsabilidade como cidadão em um regime democrático que se vê no direito de questionar qualquer agente político eleito ou indicado para cargos públicos. Tanto assim que ficou explícito já na primeira linha de que se tratava “de agentes públicos e não de vidas privadas”. Acho que a vereadora não leu esta introdução ou desvalorizou a mesma.


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Rosinha quanto a recair sobre você e outra vereadora o conteúdo, o mesmo foi justamente pela referência do Dia da Mulher em conexão com a maioria das mulheres professoras. Também está declarado tal motivação, pois as duas ainda não declararam seus posicionamentos em favor do Piso do Magistério, isto é os 33,23%. Se tivesse mais uma, ou duas, ou três vereadoras na Câmara que estivessem se omitindo sobre esta questão, todas também seriam relacionadas, mas no momento vocês é que se enquadram no cenário passível de questionamentos. Se a postagem conta com fotos ou somente fatos esta questão não é a essencial, mas sim você omitiu em sua declaração na Câmara respostas a diversas questões constantes no texto original. Em momento algum fui autor de chacotas ou rotulações chulas, então não dirija a mim aquilo que não me é devido. Se em algum momento alguém lhe dirigiu rotulações toscas cite publicamente quem é este indecente cidadão. Também sugiro buscar a devida reparação na justiça diante de comentários ofensivos que deu a entender ter recebido. Para a análise e conferência de toda a população a matéria de minha responsabilidade ainda está nas redes sociais e em duas plataformas mundiais. Na mesma poderão conferir que não há nenhuma citação caluniosa, ofensiva ou com conotação de violência como declarou em sua fala na Câmara. Não existe


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nenhuma afirmação que tenha caracterização violenta contra você e a outra vereadora. Sua declaração é uma clara distorção do conteúdo. POR QUE NÃO COLOCOU OS HOMENS? Rosinha ainda completou com uma questão referindo do por que “não colocou fotos dos homens também”. A vereadora não entendeu, ou preferiu não declarar que o foco base do texto era referente ao Dia da Mulher, que a grande maioria da Educação são mulheres e que somente as duas vereadoras ainda não tinham dado sinais de seus posicionamentos quanto o aumento dos professores. Se iriam votar favorável ou contra o projeto do Prefeito e isto tem a ver com as professoras. Quanto ficar chateada isto não me surpreende, mas é surpreendente sim ao menos para mim não ter declarado estar chateada com a situação de diversas mulheres que tiverem seus rendimentos reduzidos por uma atribuição de aulas no mínimo esquisita. Surpreende a mim também uma vereadora, que apesar de seu segundo mandato, não está ainda aberta para solicitações e questionamentos baseados no raciocínio critico de um cidadão que revela a coragem e a responsabilidade pelo ato cumprido. É lamentável surpresa também que a vereadora tenha rotulado a matéria com desqualificação quanto aos temas propostos, ao desdizê-la afirmando ter sido uma violência


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contra a mulher, quando na verdade a matéria apresenta questões para as duas vereadoras. Outra surpresa em seu discurso, pobre de argumentos objetivos, mas carregado de rotulações genéricas sem conexão com a totalidade do texto. Esta limitação trazida ao debate reflete a falta de atenção para com o essencial e prioritário, para dar relevância a fatos que nem foram contemplados nas colocações de nossa autoria. “São diferentes a águas que cobrem aos que entram no mesmo rio.” Heráclito POR QUE? POR QUE? Quanto a Vereadora pergunta “Por que?” qual a razão desta questão? Quando pergunta, por exemplo, qual a razão de fotos na matéria, ela deveria antes estar respondendo as questões formuladas na matéria oferecendo assim um retrato da maturidade como agente público em plena democracia. Mas não está ainda preparada para questionamentos diversos como algumas das questões registradas na matéria, que renovo aqui. Por exemplo: -“qual seria o posicionamentos de vocês, se fossem professoras municipais que estivessem sofrendo com um sistema de atribuições de aulas que as prejudicassem?”


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- “quais seriam seus sentimentos, ainda como mestres do ensino básico, se no final do mês não tivessem R$100,oo reais para comprar o gás e tivessem que pedir emprestado para uma vizinha?” - “o que fariam se estivessem diante de uma proposta imoral e ilegal? Iriam denunciar o autor ou ficariam em silêncio para não sofrerem pressões como vereadoras?” - “o que fariam se um advogado explicasse para ambas que tem duas leis diante das quais o prefeito está prevaricando, ou ofendendo o preceito legal?” - “Justamente na semana que se comemorou o Dia Internacional da Mulher, qual o posicionamentos de vocês diante da aberração do prefeito Carlos Alberto que não concedeu os 33,23% determinado por lei federal?” - “Como ainda não sabemos de suas posições sobre os 33,23% poderiam declarar que vocês não têm nenhuma relação de dependência em relação ao prefeito, ou será que devem favores ou tem cargos comissionados aos quais estão atreladas? Esta é questão típica de transparência, vocês podem exercê-la aqui?” VIOLÊNCIA? ONDE? Estas são algumas das questões constantes do texto ao qual a senhora se omitiu. Tem alguma parte na matéria que declara palavras ofensivas às mulheres?


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Tem alguma citação que é chula no sentido de ofender às vereadoras? Qualquer cidadão não tem o direito de questionar vereadores antes mesmo de qualquer votação? Um cidadão não pode declarar suas suspeitas sobre os posicionamentos dos vereadores? Rosinha que tal a senhora responder de forma explicita e detalhada todas estas questões, sem distorções, sem generalizações e principalmente com maturidade? AGENTES PÚBLICOS Relembro que não estamos em momento algum lidando com vidas privadas, com pessoas comuns, mas sim com agentes públicos. Políticos pagos com nossos impostos, responsáveis para prestarem serviços públicos tendo diversos princípios que os regulam, e no mínimo deveriam praticá-los. A Deontologia, isto é o conjunto de regras que regulam as ações públicas declara a exigência da prática de alguns destes preceitos tais como: a Dignidade, a Ética, a Moralidade, a Publicidade, a Transparência e a Impessoalidade. Então como vereadora a Senhora tem sim o dever de responder pelas suas ações tendo os princípios constitucionais e da Lei Orgânica do Município como referência. Não cabe em momento algum tentar mesclar a vida privada com a pública, ou então achar, por exemplo que


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sua foto não pode constar de alguma matéria que venha a questioná-la de forma objetiva, que é exatamente o perfil de minha matéria. É de se desqualificar a acusação de que somente as mulheres são alvo de criticas. Falta sustentação objetiva para tal comentário. Em minhas matérias diversos vereadores já foram objetos de análises, criticas, questionamentos, etc. Quer prova disto pergunte ao vereador Pastor Elson, ao vereador Farlin, ao vereador Edilson, ao ex-vereador Gilberto Piassa, ao vereador Cazotti entre outros mais. Fica patente então até o momento que a vereadora não foi transparente em suas colocações, não deu a devida publicidade para as questões formuladas preferindo a omissão e, lamentavelmente optou por distorcer a matéria com argumentos pobres, descabidos e sem nexos com o conteúdo. “As pessoas inteligentes têm um direito sobre as ignorantes: o direito a instruí-las.” Ralph Emerson Amparo, 14 mar 2022 Tito, psicólogo


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TUDO CERTO? CERTINHO? VERDADE? Amparense indo pra Ucrânia? Pra começo de conversa alerto que não devem aceitar esta matéria como verdade absoluta, jamais. Neste sentido é bom lembrar a fala de Sócrates que morreu em 399 a.C. : “Só sei que nada sei.” E prova de minha ignorância começa com a abordagem sobre um fato muito interessante. O fato. Um mineiro do sul de Minas Gerais resolveu lutar na Ucrânia contra a Rússia e como não tem recursos lançou mão de uma vaquinha virtual. Assisti aos vídeos onde este „patriota‟ declarou seus argumentos para a „nobre‟ missão. Outras pessoas também apresentaram apoio à causa deste „herói mineiro‟. O cidadão em questão teve uma formação militar e sobrevivia como fotógrafo de casamentos. Mas pelas dificuldades impostas pela pandemia virou motorista de Uber. Seu mote ou „mantra motivacional‟. Disse ele em uma reportagem:


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"Quem vai para uma guerra, não vai com a intenção de morrer. Vai com a intenção de lutar por algum ideal. A possibilidade de perder a vida existe, é lógico. Porém, quando você luta pelo que acredita, o medo passa a não existir. Acho que meus ideais valem esse sacrifício!". Então aqui temos o cenário de um caso típico de distorção da realidade como iremos verificar ao longo da matéria. Esta distorção é componente do processo de hipnose coletiva. Inicialmente chega a ser absurda ou ilógica a escolha feita por um brasileiro para „entrar numa guerra‟ em um continente para o qual não tem nenhuma relação de convivência. Para conquistar este estágio de perda da normalidade há que ser contaminado por um processo mental que nega realidades ao redor do próprio sujeito, sua cidade, família e até as carências que certamente se encontra em sua comunidade ou região. Os cenários com os quais convive são anulados, pois a tela mental é tomada de assalto por uma proposta ousada, arrojada e „nobre‟ (ir para outro continente matar supostos inimigos). E como constatação interessante temos o personagem, um ex-militar, que se apresenta como preparado para a guerra só faltando a conta bancária para enfrentar as despesas de ida.


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Bem, aí temos uma verdade ou algumas verdades do nosso herói mineiro. Deixa família, cidade, amigos e tudo mais para entrar em uma guerra. Estas suas verdades que ninguém conseguiu combater com eficiência, pois disse ele que até já se despediu de todos. Típica dissonância cognitiva aflora em „verdades‟ então tidas como verdadeiras. Acha que está certo “fazendo tudo certinho.” Tudo certinho? “Estou fazendo tudo certinho” foi a frase que ouvi nesta semana na Câmara Municipal. A verdade da vereadora em questão é somente a sua única e exclusiva verdade. Este outro fato também nos proporciona momentos de reflexões no curriculum de um agente público, no caso em foco. Fez tudo certinho? Tenho cá minhas dúvidas, da mesma forma quanto às visões do „herói mineiro‟. Na última eleição a vereadora era apoiadora do prefeito de seu partido, mal foi reeleita passou a apoiar justamente o adversário de seu partido. Tem alguma lógica nesta troca? Este é o fazer certinho? Quais são as razões para tal postura não sabemos, pois a transparência não consta de suas apresentações. Então tal como o ex-militar mineiro nega-se a trazer a público


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suas motivações políticas e declara em alto e bom tom: “Faço tudo certinho”. Mas que certinho é este? Certinho para quem? O que é o seu fazer tudo certinho? Creio que em última instância a vereadora acredita mesmo em suas falas, pois aceitar o contrário disto seria exercer a hipocrisia. Certamente ela age com suas verdades, sem plena consciência, como que hipnotizada pelas mesmas já não consegue enxergar outras verdades completamente opostas de suas visões. Seus discursos como, por exemplo, não enfocam os problemas das mulheres da educação. Merendeiras com baixos salários, Serviçais e outras que também são relegadas ao plano da invisibilidade, alunos especiais sem professores-tutores, atribuições de aulas gerando perdas financeiras, docentes com estresse e outros distúrbios emocionais. Mas a listagem de problemas não enxergados pela vereadora, como também por outros mais é mais longa. A falta de respeito para com a lei municipal de 2015 e a lei federal de 2022 que dão amparo ao Piso do Magistério não ocupa os discursos dos parlamentares apoiadores do prefeito, como no caso da vereadora. A falsa acusação do prefeito de que seriam 10 alunos por classe não sofreu reparação ou crítica, nem mesmo da secretária de Educação que simplesmente se omitiu.


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A ofensa aos preceitos do Estatuto da Criança e do Adolescente ECA quanto a inclusão e tutoria é de tamanha evidência que chega a ser outro absurdo o silêncio dos gestores e representantes municipais. Assim estou retratando as molduras de um cenário hipnótico que atinge uma coletividade de agentes públicos que acham estarem fazendo tudo certinho. Tudo certinho até no que toca a falta de transparência do que trata do FUNDEB? Referências https://g1.globo.com/mg/sul-deminas/noticia/2022/03/09/voluntario-mineiro-pede-ajudapara-se-juntar-a-guerra-na-ucrania-lutar-pelos-meusideais.ghtml https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2022/03/11 /interna_gerais,1352011/mineiro-faz-vaquinha-para-irdefender-ucrania-da-invasao-russa.shtml


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A CHATEAÇÃO DOS POLÍTICOS MOTIVAÇÃO Atendendo a uma provocação da Vereadora Rosinha que questionou da não inclusão dos homens vereadores nos questionamentos (embora isto não seja verdade), vamos aqui então enveredar alguns vereadores, homens, e justamente aqueles que ainda não declararam a intenção de votos na questão do PISO DO MAGISTÉRIO. Os excluídos neste enfoque já declararam seus posicionamentos a favor ou contra os Professores. Em tempo aproveito para agradecer a Vereadora Rosinha pela sugestão oportuna. Então vamos aos fatos e fotos, sem a pretensão de „chatear‟ os envolvidos, pois já temos mais de 600 servidores chateados com esta situação. Professores, Merendeiras, Serviçais e Auxiliares estão profundamente chateados com o prefeito, secretária de educação e muitos vereadores. PERGUNTAS? “A gente não faz perguntas” é o tema de uma propaganda de 2011, uma promoção da NORITSU. Este tema é o preferido também da grande parcela dos políticos e agentes públicos, pois não estão preparados


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para cobranças, questionamentos, debates; enfim não ainda habilitados para o que se enquadra no cerne da Democracia. Eles preferem o exercício pessoal da autocracia. Estão abertos para os bajuladores. Alimentam a submissão da massa em alguns casos no sistema “Pão e Circo”. Em recente cobrança sobre seus posicionamentos para uma vereadora a dita cuja declarou ter ficado „chateada‟ ao invés de responder diversas questões. Ao distorcer o conteúdo dos questionamentos ela disse ter sido alvo de violência, oque não é verdade. A mágica do discurso foi tremenda em um cenário protegido, pois na Câmara Municipal não pode ser contestada pelo cidadão comum. Sua estratégia declara a omissão quanto a algumas questões pontuais e objetivas, mas a „atriz do sofrimento‟ simplesmente bateu na tecla da sua chateação. Enquanto se omitiu foi revelando ao público o padrão político muito conhecido de „sair pela tangente‟ quando encurralado com perguntas como: - tem algum cargo de confiança junto ao executivo? - deve algum favor ao prefeito? - qual a razão de votar a favor das propostas do prefeito em grande parte das sessões? - vai votar a favor do Piso do Magistério que trata dos 33,23%?


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Estas servem de exemplos de questões pontuais, contundentes e objetivas que atinge o político de uma forma desconcertante, que em alguns casos a fuga, abandono puro e simples do debate é a solução mais tosca. AGORA É HORA DOS HOMENS Na referida cena da Câmara Municipal a política questionou do por que somente ela e outra vereadora foram focos da matéria. Embora o conteúdo revelasse, elas eram as únicas mulheres do legislativo que ainda não tinham declarado posicionamento sobre o caso das professoras. E perguntou do por que não envolver os homens se colocando como vítima frequente, o que não tem veracidade, ao menos em minhas matérias. Então aceitando a sugestão “Vamos aos Homens” senhora vereadora! Será que iremos „chatear‟ agora a ala masculina que ainda não declarou seu voto ou intenção quanto ao do Piso do Magistério? Claro que farei perguntas, mas também irei tentar a melhor revelação, se possível. De imediato pergunto aos homens vereadores, todos pagos com nossos recursos: - Existe um dispositivo legal no município que defende o aumento dos 33,23% para os professores?


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- O preceito legal a nível federal que determinou o Piso Mínimo dos Professores está sendo respeitado pelo executivo? - Algum advogado veio a público defender o prefeito e negar os direitos dos professores? - Algum advogado expos com toda claridade possível as legislações que favorecem os mestres e enfia o prefeito na vala da prevaricação? - Se existem dois dispositivos legais que favorecem os professores por qual(ais) razão(ões) vocês até o momento a não seguiram a opinião dos outros quatro vereadores que já declararam favoráveis aos professores? Podem explicar para toda a população o que os impede de declarar voto contra o prefeito? - Qual a opinião dos procuradores da Câmara Municipal a respeito destas questões? Eles também são agentes públicos e devem respeito quanto a transparência? CHATEAR DIFERENTE DE QUESTIONAR Estou chateando demais os senhores? Mas no momento isto é oque menos importa, pois tenho outras questões ainda. Se por ventura alguns dos senhores votarem contra os professores e o projeto dos 10% de aumento do prefeito for aprovado, vocês têm plena noção das implicações judiciais para com as das quais estariam concorrendo?


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Uma delas trata da inconstitucionalidade de uma provável aprovação de aumento abaixo do previsto por duas, uma federal e a nossa municipal. Já imaginaram esta aberração? E por último, para não chateá-los demais gostaria de saber por qual razão até o momento não engavetaram este absurdo de projeto (10% de aumento), sendo que até agora o prefeito não exercitou a devida transparência quanto ao suposto perfil financeiro da prefeitura. Ele só fala que não pode, que não pode, mas não apresenta nenhum dado concreto e nenhuma argumentação passível de credibilidade, aliás, este conceito passa longe de seus atos. A gestão municipal carece de Credibilidade e Transparência, esta é uma revelação clara. Ao falarmos sobre a chateação vocês já ponderaram sobre a possibilidade de uma CPI da Educação com o objetivo de diagnosticar diversos problemas que estão ferindo as professoras, como por exemplo, o sistema de atribuição de aulas que prejudicou diversas profissionais? E a questão da falta de tutores para alunos especiais? Outro tema que deveriam explorar trata da aquisição das apostilas do SESI e neste tema levantar as opiniões técnicas dos professores. Mas tem mais ainda a ser tirado dos meandros da Educação. Por exemplo, as questões do sofrimento mental, ambivalência, depressão, constrangimentos,


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sentimentos de ameaças, medos e outras reações que violentam o emocional das professoras. Segundo alguns relatos, até publicados nas redes sociais o cenário da educação não é nada educado para com os profissionais. E AS OUTRAS? E as Merendeiras, as Serviçais e Auxiliares não são dignas de valorização ou devem ser tratadas como seres de segunda categoria? Algum de vocês já elaborou projetos ou indicações para a questão salarial destas mulheres? Elas sim estão chateadas e com plena razão, pois quase não são citadas no legislativo. Esta sim é uma violência que se instala sob o clima da desvalorização, preconceitos, discriminação, pois além da baixa remuneração são „esquecidas‟ pelo prefeito e aliados. Então caros homens vereadores que tal agora vocês trazerem as suas revelações aqui mesmo neste palco democrático e não no local que está sendo rotulado indevidamente pela população como o „puxadinho‟ do prefeito? Cabe um detalhe a ser considerado e respeitado. Os devidos esclarecimentos e respostas aqui apontados não são de exclusividade deste autor, mas sim uma necessidade de conhecimento público e em especial para todos os profissionais da educação.


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“Quando de fala exaustivamente na valorização dos professores, em geral os políticos não percebem dois conceitos inseridos na colocação: Valor + Ação.” (autoria é o menos importante) Então somente os discursos ou sermões já não bastam!

Amparo, 16 mar 2022 Tito, psicólogo


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