AUDIÊNCIA (?) PÚBLICA TAXA LIXO A citada audiência para debater a nova proposta da Taxa do Lixo, sob o título de “Selo Verde” ocorreu na Câmara Municipal neste 17 de nov. Com péssima divulgação e agendamento em horário nada facilitador para a grande massa da população já revelava indícios de ‘direcionamento’ proposital para uma baixa participação popular. O ‘teatro’ montado com oratórias jurídicas e explanações por vezes inseguras não conseguiu me convencer da real necessidade da implantação de uma taxa, que outrora foi combatida pelo mesmo personagem principal: Carlos Alberto, na época candidato a prefeito. Não nego ter colaborado presencialmente com o sistema de coleta de assinaturas e tomando até a iniciativa de obter em torno de aproximadamente 1700 adesões em um procedimento virtual, que foi deixado a disposição do então vereador na época: Gilberto Piassa. Até hoje não sei qual o tratamento dado ao esforço coletivo registrado, creio que foi jogado no lixo, até que me prove ao contrário. Mas voltando agora para 2021 eis que o vice-prefeito e secretário do meio ambiente, Gilberto Piassa simplesmente se omite em questões que poderia ou deveria revelar seus posicionamentos.
A omissão e o silêncio nos custa caro, pois seus honorários não se atrasam jamais, mas assalariados irão ter que pagar mais uma taxa de forma compulsória. Durante esta nova audiência vários questionamentos foram explicitados, mas as respostas revelavam fragilidade com argumentos não convincentes. Cazotti interrompe. Teve um momento especial, que pode ter passado sem destaque para quem assistia, quando o presidente partidário Edgar Jorge tomou a palavra para expor seus posicionamentos. Ia num crescente de argumentação até que foi interrompido pelo então presidente da Câmara Municipal, Sr. Carlos Cazotti que exigiu que o político fizesse sua pergunta. Cazotti incomodado com o fato de Edgar estar tecendo comentários, cortou-lhe a palavra cobrando a ‘tal pergunta’. Então Edgar leu para o público que entre as regras da audiência estavam previstos comentários e perguntas, revelando uma postura do presidente Cazotti sem coerência e, pior ainda, com indícios de ‘puxa-saquismo’ para com a figura do prefeito Carlos Alberto. Cobrado o direito de comentar. Edgar cobrou o direito de perguntar e comentar, algo que parece não ser de sintonia do vereador Carlos Cazotti, afeito mais a bajulações e/ou elogios, conforme já tive evidências ao questioná-lo enquanto agente público, sem que tivesse ao menos alguma resposta decente. Falas superficiais elogiando a participação da equipe do executivo, alegar que o projeto irá passar pelas comissões internar, defender que é importante o debate e assim outras falas só podem convencer aqueles menos atentos aos conteúdos nas entrelinhas.
Vejam que o direcionamento começa com a marcação do horário da audiência: 17 horas. A grande maioria da população não tem acesso a eventos neste horário, durante a semana. Outro detalhe foi a diminuta divulgação do evento, que se usasse o mesmo perfil quando da outra TAXA DO LIXO teríamos carros de som nas ruas, postos de divulgação nas concentrações populares, folhetos distribuídos com antecedência nos pontos de ônibus e supermercados, etc. Eles não fizeram nada disto. Mas tanto o Presidente da Câmara Sr. Carlos Cazotti, o Prefeito Municipal Carlos Alberto e o vice-prefeito Gilberto Piassa parecem não estarem abertos para ouvir verdades, responder com habilidade a ponto de nos convencer de que esta proposta: TAXA DO LIXO’ com o nome de ‘SELO VERDE’ seja coerente. A proposta revela para mim a ‘cor vermelha’ da vergonha política com ranços de oportunismo, demagogia e distorções da realidade. Um amigo sugeriu transformar minha residência em igreja (Igreja das Mensagens Proativas) para assim ficar isento da nefasta TAXA. Mas prefiro ainda oferecer uma sugestão aos partidos para sensibilizar a população sobre o projeto em andamento (vide quadro acima). Amparo, 18 nov 2021 Tito, psicólogo