PUBLICAÇÃO DA FRATERNIDADE DE ALIANÇA TOCA DE ASSIS | AGOSTO DE 2016
Somos mais que vencedores
REVISTA
Índice Toca para a Igreja
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Artigo especial
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Mãe da Igreja
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De olho na rua
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Formação
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Santa Clara, a luz que clareou o mundo
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Coração da Toca
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Benfeitoria
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AGOSTO DE 2016 Publicada por
Fraternidade de Aliança Toca de Assis CNPJ. 02019254/0001-87 Escritório São José
Rua Amador Bueno, 45, Vila Industrial Campinas/SP. CEP: 13035-030 comunicacaocentral@tocadeassis.org.br (19) 3886 -7 086 SAV- Serviço de Animação Vocacional
Filhos da Pobreza do Santíssimo Sacramento vocacional@fpss.org.br
Editorial
prezado amigo leitor, paz e bem.
Filhas da Pobreza do Santíssimo Sacramento sav.nacional@filhasdapobreza.com.br Revista Toca de Assis
Publicação mensal interna da Fraternidadede Aliança Toca de Assis Presidente
Ir. Emanuel do Sacramento de Amor, fpss. Departamento de Comunicação
Ir. Judá, Leonardo de Souza e Adora Comunicação. Editora Chefe
Ir. Judá, fpss Projeto gráfico e Diagramação
Adora Comunicação contato@adoracomunicacao.com (43) 3064-1633 SERVIÇO DE ATENDIMENTO AO PATROCINADOR: (43)3064-1633 Revisão Textual
Larissa Nazário Impressão e tiragem
10.000 exemplares Colaboradores nesta edição
Pe. José Carlos da Silva; Ir. Cordeiro; Ir. Sara Maria; Ir. Belém; Irmã Stephania e o Irmão Vicente de Paulo; Ir. Verônica; Leonardo de Souza; Fernando Nunes; Tamisa Graciano; Daniel Ávila; Oscar Nascimento; Murilo Messias; João Aquino.
Aquela que foi escolhida para ser mãe de Deus cumpre com zelo e obediência a missão inigualável confiada a ela. E também nós, que a acolhemos como nossa mãe quando Jesus disse “eis aí tua mãe!”, temos a alegria de festejar a sua presença no céu. No artigo “mãe da igreja” vamos falar da assunção de Nossa Senhora. Só é merecedor da medalha aquele que não desiste de lutar mesmo nas quedas, permanecendo firme na fé. O “artigo especial” desse mês nos mostra esse olhar que passa pela corrida do atleta em busca do seu prêmio, a medalha. Exemplos para nós, homens de fé, que precisamos estar atentos sobre a nossa corrida ser contra o mal permear o mundo. Um olhar de amor sobre o que mais necessita pode ser a oportunidade de uma mudança de vida. No “de olho na rua” vamos conhecer a história do senhor Antônio que após seu acolhimento retomou a vida com seus filhos. Nós viemos de Deus e para Ele retornaremos. São Francisco de Assis vai nos levar a uma meditação sobre a morte. Não é preciso temê-la quando nos mantemos conforme a vontade do Pai, é o que refletiremos na “formação” desta edição. Em “santa clara, a luz que clareou o mundo” veremos que a Santa nos impele a viver, em nossa vocação de cristãos, o chamado a santidade no estado de vida em que nos encontramos atualmente. Na coluna “coração da toca” vemos o quanto é importante a comunicação assertiva e que junto à Adora Comunicação chegamos até você através da revista e outros meios que usamos para difundir a missão fazendo com que muitos tenham uma experiência com nosso carisma.
Capa
Chama Olímpica que acenderá o primeiro portador da tocha.
Uma boa leitura a todos! Departamento de Comunicação
Vias de uma graça ueridos leitores , tenho que dar graças a Deus pelo encontro de fé que ao longo destes quatro anos realizo com as Irmãs do Santíssimo Sacramento de Palmas, to. Devo confessar que foi uma graça vinda através de uma atitude negativa minha. Um sacerdote insistiu para que eu celebrasse a eucaristia uma vez por semana para as irmãs da Toca de Assis. Eu estava chegando de São Paulo e possuía uma certa visão de preconceito e estranheza, não querendo aceitar de jeito nenhum. Aceitei desconfiadamente, e confesso que depois da missa, na hora do café, fiquei sensibilizado com a alegria, a simplicidade, e a entrega a Deus de forma tão radical. Estou há quatro anos, não só celebrando a eucaristia, mas também partilhando a vida, confessando, acompanhando, festejando, sentindo o silêncio desta casa, e aprendendo com estas irmãs que o desejo de viver com Deus pode ser mais forte do que a pobreza de meios e dinheiro, e inclusive mais forte do que as fragilidades humanas que limitam a nossa vida diária. Na leitura da vida de São Francisco e sobre a sua vivência da pobreza, ou vendo os filmes sobre sua vida, vemos e sabemos racionalmente da sua opção total por Deus, mas conviver com as Filhas da Pobreza tem obrigado a mim mesmo a assumir e procurar esta dimensão da vida como um tesouro e não co-
Gravação do clipe Nossa História. Bendita Árvore da Cruz, Cotia-SP. Fotografia por Adora Comunicação.
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"Conviver com as Filhas da Pobreza tem obrigado a mim mesmo a assumir e procurar esta dimensão da vida como um tesouro."
mo uma obrigação, como um caminho de enriquecimento e não como um castigo ou sacrifício. O testemunho de vida delas me interpela para uma maior paciência que espera em Deus, porque a vida corrida do mundo me leva sempre à precipitação, ao mau humor, à incompreensão das limitações alheias.
Obrigado meu Deus pela vida partilhada com as Filhas da Pobreza em Palmas!
pe. josé carlos da silva seminário interdiocesano divino espírito santo palmas - to
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Assunção de Nossa Senhora por Guido Reni, 1617.
Assumptione corporea Beatissimae Virginis Mariae. “Ensina-nos a adorar, derrama em nós suas glórias, Rainha dos anjos, gera-nos um povo adorador!”
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elebramos neste mês, caríssimos leitores, a Solenidade da Assunção da Santíssima Virgem Maria ao céu. As igrejas orientais frisam a morte da Virgem Maria, chamando-a Dormitio (dormição); mas nós, ocidentais, destacamos a sua Assunção ao céu, denominando-a Assumptione (Assunção). “Pasmem os homens, palpite o nosso coração, aquela que escolhida por Deus para ser a mãe de seu Filho agora sobe aos céus, para que na glória possa derramar graças sobre todos os que a invocarem sobre a terra”. Esta é a festa mais antiga em honra a Virgem Maria, nasceu no oriente, possivelmente em Jerusalém, sob o título de “Solenidade de Santa Maria”, chegando até Roma, a festa foi exaltada, no Séc. VI. No dia 1 de novembro de 1950, o Papa Pio XII proclamou solenemente como dogma de fé a Assunção da Virgem Maria. Jesus Homem-Deus morreu para salvar o mundo, desta forma a Virgem Maria, corredentora do gênero humano, compartilhou dos sofrimentos de seu Filho, seguindo-o até na morte.
Tão grande festa traz-nos à memoria que temos no Céu uma Rainha que, ao mesmo tempo é nossa Mãe; uma medianeira onipotente junto do soberano Mediador; e uma advogada junto do Redentor, que nenhuma graça lhe pode negar. Esta é a escada dos pecadores, esta a minha grande esperança, este o fundamento de toda a minha confiança (São Bernardo). Com esta belíssima solenidade a Toca de Assis se une a tão grande mistério de amor, assim como a Assunção da Virgem ao Céu foi de corpo e alma, podemos contemplar o sonho de Deus na vida daquela que gerou pelo Espírito Santo o Verbo Encarnado. A tradição nos diz que a Mãe de Deus não podia estar su-
"Tão grande festa traz-nos à memoria que temos no Céu uma Rainha que , ao mesmo tempo é nossa Mãe ." jeita a corrupção do túmulo, portanto, que cada um de nós, Filhos e Filhas da Pobreza do Santíssimo Sacramento, leigos e irmãos acolhidos, percebamos que temos a cada dia a oportunidade de meditar na oração do Santo Terço este mistério, que compreendamos nas nossas vidas a importância de ter sempre um coração ardente de amor pela Virgem que vem ao nosso encontro, conhece as nossas necessidades e
Fontes - Leituras Espirituais da Sociedade São Vicente de Paulo do Brasil, 1986.
nos conduz sempre ao caminho seguro, ou seja, está conosco em cada momento, faz parte do nosso cotidiano, do nascer ao pôr do sol estamos unidos a Ela, pois Maria se uniu a Deus pelo seu eterno Sim. Há 66 anos o Santo Padre proclamou este dogma de fé, hoje, no Ano Santo da Misericórdia, temos a oportunidade de recordar essa memória que nos liga sempre ao amor de Deus. Vivemos um tempo novo, tempos de misericórdia, de ir ao encontro do outro, tempo de saída, tempos de sermos ousados no Espírito Santo. Estamos em processo de construção de caminhada rumo à santidade, buscamos a cada dia a oportunidade de nos aproximar mais de Deus. E nesta busca podemos recorrer à intercessão de Nossa Senhora, suplicar sobre nós suas graças, estar totalmente entregues aos seus cuidados, pois sendo Mãe conhece os corações de seus filhos. Como diz São Bernardo em seus belos escritos: “Medianeira onipotente, escada dos pecadores”, que ela seja para mim e para você um porto seguro, que ao encontrá-la possamos dizer, com toda confiança: “Gera-nos um povo adorador!” Salve ó Virgem! Predileta de Deus! A Ti confiamos nossas vidas na certeza que levará ao coração de Deus nossos corações!
Ir. Cordeiro Humilis filhos da pobreza do santíssimo sacramento
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Nossa irmã morte corporal "Felizes os que ela achar conformes à tua santíssima vontade." São Francisco em oração. Por Caravaggio, 1606.
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ncerrando neste mês nossas reflexões sobre o cântico de São Francisco, vamos meditar a última estrofe do poema, composta em outubro de 1226, dias antes de sua morte. Pouco antes de morrer, nos conta Celano que, o Santo cantou o cântico das criaturas e manifestou o desejo de no momento da agonia ser despojado das vestes e colocado nu sob a terra (cf. FF, 2000 in: 2C n. 217). Assim como Cristo se entregou totalmente em seu desnudamento na cruz, São Francisco quis estar em comunhão com Ele na hora da morte, desejou que sua morte se assemelhasse a obra redentora de Cristo, na qual Ele recriou em Si todas as coisas, reconciliando o céu e a terra (cf. Col 1, 20). Toda a vida do Santo de Assis e também o momento crucial de sua morte foi um verdadeiro sacrifício1 a Deus. No mês passado, que comentamos a estrofe do perdão e da paz, perguntamo-nos sobre a ligação entre a primeira parte que louva a criação bruta com a segunda parte da composição, portanto, devemos agora questionar qual a relação da morte corporal, nessa terceira parte da composição, com a primeira e a segunda, para que entendamos a estrutura do poema. Eis a estrofe em questão: “Louvado sejas, meu Senhor, por nossa irmã a Morte corporal, da qual homem algum pode escapar; ai dos que morrem em pecado mortal! 6
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Felizes os que ela achar conformes à tua santíssima vontade, porque a morte segunda não lhes fará mal!” Até agora São Francisco louvou a Deus pelas criaturas e suas qualidades, nessa estrofe ele louva a Deus pela morte, que não é criatura de Deus e sim consequência do pecado. Na estrofe precedente louvou a Deus pelos que suportam
enfermidades e tribulações em paz, porque assim o homem se assemelha a Cristo na sua obra redentora que nos salvou por seus padecimentos. Suportar as inúmeras tribulações que nos advêm a cada dia, ou nas grandes ocasiões da vida e, ficar em paz nesses momentos atrozes é sinal de união com Deus, por isso esses (que as suportam em paz) são chamados por São Francisco de ‘bem aventurados’.
Morte de São Francisco de Assis. Por Giotto di Bondone, 1325-1328.
A morte é o desfecho da vida temporal, é a ruptura com todo o mundo material que foi cantado até agora em sua beleza, a morte é o salário do pecado (cf. Rm 6, 23). Entretanto, todas as criaturas foram cantadas em sua beleza porque refletem a beleza, ou melhor, a ‘glória’ do seu autor. Todas as coisas nos vieram de Deus, nós viemos de Deus e para Deus retornaremos, e o caminho de retorno é a passagem pela morte, na qual Cristo nos abriu a vida, do próprio veneno do pecado Deus extraiu o seu antídoto. Por isso, São Francisco louva a Deus pela morte, saúda a morte, se alegra pela sua chegada dizendo: “bem vinda seja a minha irmã morte!” (cf. FF, 2000 in: 2C n. 163,8). O cântico das criaturas louva a Deus pela criação, ou seja, de certa forma São Francisco quer dar ‘glória a Deus’. E eu te pergunto leitor:
acha que nós homens podemos acrescentar algo a glória infinita de Deus? Deus imenso que nos criou do nada num esbanjamento da sua glória divina, santidade, bondade, beleza e verdade? Ele se
"A morte é o desfecho da vida temporal, é a ruptura com todo o mundo material." basta a si mesmo, vive eternamente. Podemos acrescentar algo a sua glória infinita? Evidentemente que não, pois em Deus nada falta, Ele é a plenitude, Deus é imutável e soberano, não podemos mudar nada n’Ele, nem toda a criação pode acrescentar uma ‘migalha’ a glória que Ele tem em Si mesmo. Porém, a criação de Deus é limitada, porque limitadas são as
Referência 1 Pe. Nathanael Thanner, ORC, define sacrifício como “um ato de amor a Deus, pelo qual o ser humano se entrega a si mesmo, em adoração, a Deus, realizando um dom substancial, para entrar em comunhão consumada com Ele” (THANNER, Nathanael in: Sapíentia Cricís, 2004, p. 52). Fontes e siglas 2C: segunda Tomás de Celano/ FF: Fontes Franciscanas/ LECCLERC, Eloi. O cântico das criaturas ou símbolos da união. Petrópolis: Vozes, 1977.
criaturas, o homem é limitado, os anjos são criaturas. Na criação podemos, de certa forma, ‘acrescentar’ algo a glória de Deus, não a glória d’Ele em seu ser divino, mas a glória d’Ele que se reflete na criação. O pecado usurpou a glória de Deus refletida na criação, em toda a criação material. O homem precisa reparar a glória de Deus desfigurada nele mesmo e nas outras criaturas, aqui entra também o cuidado com a nossa ‘casa comum’ que é o tema da ecologia, o homem é guardião da criação. Antropologia, teologia e ecologia são temas profundamente conexos a tratar ‘ad maiorem Dei gloriam’ (para a maior glória de Deus). Na escatologia toda a criação participará da glória dos filhos de Deus (cf. Rm 8, 21). O Homem pode dar glória a Deus em seu próprio ser, em sua vida, em seu corpo, através de seus atos e até mesmo por sua morte. Cristo mesmo mostrou que glorificou o Pai na terra (cf. Jo 17, 4), e o próprio Pai prometeu glorificar o Filho na morte (cf. Jo 12, 28). A morte acaba por ser o último ato dado à glória de Deus, e pode chegar a ser o ato mais perfeito de adoração e glorificação a Deus por parte da criatura humana, pois envolverá uma entrega total de todo seu ser àquele que lhe criou e lhe deu a vida terrena. Mas Deus dá a vida em abundância e promete a vida eterna que consiste na participação do homem da Sua própria vida e glória divina (cf. Jo 17, 3). Por isso, “felizes os que ela [a morte] achar conformes à tua santíssima vontade porque a morte segunda não lhes fará mal!”
ir. sara maria
filhas da pobreza do santíssimo sacramento
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O Código do Carisma Semanalmente comunicamos o carisma Toca de Assis para mais de 2 milhões de pessoas, tornamos comum a decodificação deste carisma que existe em cada coração.
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á exatamente dois anos a Toca de Assis deu um passo importante, um carisma que nos traduz os feitos de Francisco e Clara de A ssis, não poder ia f ica r a margem da comunicação, af inal estes dois santos comunicaram como nunca visto antes a mensagem de Cristo. Francisco de Assis era um homem extremamente inteligente, 8
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sempre o vemos como o homem simples e humilde, porém essa característica do Santo não era medíocre, ele era simples a ponto de transformar coisas complexas em códigos de comunicação que tocavam extremamente a necessidade do homem de sua época. Um homem estratégico e audacioso no anúncio da mensagem de Cristo, conseguiu transcender as gerações, fomentar novos carismas, motivar um pontificado.
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Clara de Assis é uma mulher extremamente escondida, não menos que Fra ncisco, mas de uma ga r ra ex trema bem v ista até hoje, pois desde o século dezenove descobr i mos feitos desta imagem ilustre. Foi a primeira mul her a escrever uma regra de vida feminina, galgou os séculos ao lado de Francisco, cod i f icou a f ig u ra fem i n i na , este excelso carisma.
Po b r e z a q u e r e ve l a a grandiosidade. Iniciamos o trabalho com a Fraternidade Toca de Assis no final de 2013, éramos um grupo de amigos que sonhava em comunicar Cristo de forma diferente, graças ao sucesso do projeto fomos motivados pela Fraternidade a abrir nossa empresa de comunicação católica, e assim nasce, em 22 de Agosto de 2014 a Anima Comunicação, tendo a honra de ter por primeiro cliente a querida Toca. Mas, por questões burocráticas não pudemos manter este nome, buscamos em nossa essência um novo, desde o dia 03 de junho de 2016, Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, passamos a nos chamar Adora, o nome por inspiração do Santíssimo Sacramento, do verbo Adorar. É feliz aquele que Adora. Ao longo deste tempo caminhando juntos, sempre tivemos a missão de gerar um código visual do carisma Toca de Assis acessível àqueles que desejam viver uma experiência com esta família reli-
comunicar de maneira inovadora; o primeiro a dar passos neste projeto foi o Irmão Xavier seguido do Irmão Mateus, Irmão Belém, a Irmã Nínive e atualmente a irmã Judá, além de muitos que os precederam, a todos estes grandes comunicadores devemos muita gratidão, também contamos com toda a equipe da Central Toca de Assis Campinas, pessoas zelosas e amorosas que lutam constantemente por este ideal, ao qual com estima nos remetemos em especial ao Leonardo de Souza, que todos os dias responde com muita atenção cada mensagem que chega pelos mais diversos meios de comunicação da Fraternidade.
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Grandes feitos puderam ser colhidos deste trabalho para honra e glória de Jesus, o Santíssimo Sacramento, entre muitos testemunhos, veio o nascer de novas vocações, jovens que ao entrarem em contato com as redes sociais da Toca de Assis sentiram-se chamados a viver totalmente para este carisma, novos leigos, pessoas se sentiram motivadas a ajudar das mais diversas maneiras, conseguimos encontrar o código do carisma, que conectou as mídias ao Altar de Deus e aos irmãos em situação de rua. Hoje, somando todas as pessoas em nossas redes somos mais de um milhão, mas queremos ser um em Jesus Eucarístico e em favor dos irmaõs!
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"Procuramos conectar as pessoas de uma mídia, seja impressa, a tela de um computador ou smartphone ao Santíssimo Sacramento e aos pobres." giosa, todos os dias procuramos conectar as pessoas de uma mídia - seja impressa, a tela de um computador ou smartphone - ao Santíssimo Sacramento e aos pobres. Tivemos ao nosso lado grandes precursores, verdadeiros Franciscos e Claras que nos ensinaram a Legenda das fotos 1 - Equipe Adora Comunicação; 2 a 7 Trabalhos e serviços prestados à Fraternidade Toca de Assis; 8- Irmão Xavier, 9- Irmã Níníve; 10- Irmão Belém; 11-Ao centro Leonardo Souza no Estúdio Adora Comunicação; 12- Irmã Judá; 13- Primeira formação do Estúdio, Oscar, Fernando e Eveleyn Renata.
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ADORA COMUNICAÇÃO Londrina-Pr
Fotografias de 1 a 11 e 13 por Adora Comunicação; 12- Arquivo Filhas da Pobreza do Santíssimo Sacramento.
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Chama Olímpica que acenderá o primeiro portador da tocha.
Somos mais que vencedores Os que merecem a medalha de ouro são aqueles que mesmo em meio a dor ficam firmes na fé sem murmurar ou se lamentar.
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esse mês de agosto o mundo vai vibrar e se emocionar com a disputa de 42 esportes Olímpicos que acontecerão no Brasil. Em 19 dias de competição, 306 provas valerão medalhas: 136 femininas, 161 masculinas e 9 mistas. No Rio de Janeiro, cidade que cedia os Jogos, foi montada toda uma estrutura para os jogos de arenas, hotéis e reformas em vista das disputas olímpicas.
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Sobre a importância que a Igreja dá ao esporte, Dom Orani recordou que há dois conselhos pontifícios que tratam sobre o assunto, o Pontifício Conselho para os Leigos e o Pontifício Conselho para a Cultura. Recordou que São Pio X abriu as portas da Igreja para o mundo do esporte e que o Papa Francisco não só tem falado como tem recebido atletas. A Igreja também estará presente nas ruas, Cracolândias e espaços de vulnerabilidades do Rio de Janeiro para pastorear os nossos irmãos de rua que acabam sofrendo maior descaso nesses eventos, correndo o risco até mesmo de serem “retirados” das ruas para outras cidades ou algo do gênero. O fato é que nós da Toca de Assis, junto a outras comunidades que trabalham com os moradores de rua, estaremos reunidos realizando movimentos em favor dos abandonados... de olhos bem abertos!
Outras comunidades de evangelização de jovens, como a Comunidade Shalom, por exemplo, que tem um Centro de evangelização perto de um dos palcos olímpicos do Maracanã, também estarão a serviço da Igreja levando o nome de Nosso Senhor Jesus Cristo aos pobres que precisam de uma boa notícia no coração! Será uma grande festa na Terra, mas que também seja uma grande festa no Céu! Sabemos que existe uma beleza nas competições, na reunião das nações, das celebraç õ e s e i s s o t u d o é mu i t o empolgante.
"Eles se reúnem para construir e reforçar laços de fé, amizade e esperança, simbolizando a união entre povos de diferentes culturas." Aros Olímpicos , símbolo das nações unidas pelo esporte.
Projeto da Cidade Olímpica Rio 2016.
Com muita disposição a Arquidiocese do Rio estará aproveitando os jogos para evangelizar e levar a Boa-Nova a todos, desde competidores até funcionários. Na Vila Olímpica, local que servirá de abrigo aos atletas no Rio de Janeiro, será feita uma “capelania” inter-religiosa, onde todas as religiões terão seu espaço. “Um padre da nossa arquidiocese está sendo nomeado como capelão para coordenar todos os trabalhos inter-religiosos da Vila Olímpica. Nós teremos essa responsabilidade” explicita o Cardeal Dom Orani, que também afirmou que o Rio de Janeiro já tem uma tradição esportiva, uma ligação com o esporte. “Quando o Rio foi escolhido para ser a sede das Olimpíadas, nós tivemos a oportunidade de receber as bandeiras olímpicas e paraolímpicas, lá no Cristo Redentor e, pela primeira vez um papa (o Papa Francisco) abençoou as duas bandeiras”, enfatizou. Além disso, lembrou da atuação da Pastoral do Esporte na arquidiocese.
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Entretanto, para nós cristãos, o que realmente importa é que não nos esqueçamos de que a nossa corrida é contra o pecado e o mal no mundo. Que os verdadeiros campeões são aqueles que realizam o bem e amam o próximo, mesmo quando ele se faz inimigo. Quem, de fato, merece a marca de um recorde são aqueles que mesmo em meio a dor e sofrimentos ficam firmes na fé sem murmurar ou se lamentar. Eis os verdadeiros vencedores. Como não se lembrar da verdadeira prova de resistência daqueles moradores de rua que surpreen-
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dentemente carregam suas carroças pesadíssimas e infelizmente ninguém percebe que são os verdadeiros heróis que mereceriam as medalhas. Na verdade, é certo que um dia a receberão... Enfim, que possamos como Igreja estar em uma maratona também durante esse tempo de Olimpíadas, correndo atrás dve uma coroa, mas de uma coroa incorruptível (Cf. I cor 9), para proclamar a verdadeira vitória e o verdadeiro triunfo... A vitória da Cruz e o triunfo do Imaculado coração da Virgem Maria!
Fonte de Pesquisa - CNBB Legenda de Fotos 1-Casa Nossa Senhora Mãe dos Pobres. Fortaleza-CE; 2- Assembleia Geral Filhas da Pobreza do Santíssimo Sacramento, Canção Nova; 3-Praça da Sé, São Paulo-SP ; 4-Casa de Aliança São José, Campinas-SP; 5-Pastoral de Rua, Fortaleza-CE. Fotografias 1, 2, 4 e 5 por Adora Comunicação e 3 por Leonardo de Souza.
ir. belem
filhos da pobreza do santíssimo sacramento
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Reinserção Social: Um direito de todos e um dever de quem ama. Sr. Antônio junto da Irmã Stephania e o Irmão Vicente de Paulo.
“Apesar das falhas, todo ser humano merece uma segunda oportunidade na vida.”
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odo ser humano deve ter uma nova oportunidade após cometer algum erro grave na vida. A reinserção social mostra o processo que integra uma pessoa novamente ao convívio social após sofrer uma etapa de privação da liberdade. 14
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A reinserção social só acontece quando a pessoa muda e tem consciência de seus erros. Nesta caminhada é refletida a confiança que depositamos sobre o indivíduo que cometeu erros na vida, mas que pode iniciar um novo caminho graças ao arrependi-
mento. Além disso, a reinserção social mostra a capacidade de superação do ser humano através da força de vontade e sua capacidade de ref lexão. Trazemos hoje a realidade que a casa de apoio de Campinas acompanha bem de perto neste contexto.
Senhor Antônio Aparecido Ribeiro, 54 anos O senhor Antônio iniciou seu acompanhamento no nosso serviço de abordagem social em abril de 2015, através da pastoral de rua. Em seus primeiros atendimentos apresentou-se bastante debilitado devido ao uso abusivo de álcool. A principal queixa trazida por ele era a falta de seus documentos, que lhe trazia grande preocupação devido as constantes “batidas” policias que aconteciam no local onde dormia. Começamos, então, um trabalho de acompanhamento com ele aos locais de emissão dos documentos: poupa tempo, cartório eleitoral e junta militar. Após alguns atendimentos com a nossa dupla psicossocial, foi construído com Antonio um possível projeto de
vida, ele nos trouxe o desejo de saída das ruas por meio de internação em clínica de tratamento da dependência química e posteriormente a retomada do convívio com seus filhos. No dia 05 de maio de 2015 conheceu a casa mãe, onde tomou banho e começou a conviver com os irmãos da casa. No dia 13 de maio estava com a pressão muito alta pela falta do álcool, então os irmãos o deixaram dormir na casa para acompanhá-lo mais
"Hoje não tenho mais a minha mãe biológica nesta terra, mas ela me mandou uma mãe espiritual que se chama Nossa Senhora de Fátima."
de perto. Relata-nos que neste dia, subindo as escadarias da casa mãe de bengala, encontrou de fato sua mãe, Nossa Senhora de Fátima. “Ela estava linda no seu dia, dentro da cúpula de vidro, nunca vi uma Nossa Senhora tão bonita como ela.” – “Todos os dias ela fala comigo. Levanta, você é um guerreiro. Foi essa Senhora que me tirou das ruas...” No dia 14 de maio de 2015 oferecemos para ele um tratamento na associação de apoio Esperança e Vida e ele aceitou prontamente. Durante o período de tratamento, cerca de nove meses, o acompanhamos através de visitas e constantes contatos com a equipe técnica de lá. Sempre que precisava de algo estávamos com ele e assim vimos a evolução do seu tratamento passo a passo, pessoalmente. “Hoje já terminei a primeira etapa do meu tratamento, que era na associação. De volta a sociedade sou acompanhado pela Irmã Stephania e o Irmão Vicente de Paulo que estão sempre ao meu lado. Com a ajuda deles no escritório de abordagem social, já estou trabalhando em uma cooperativa de reciclagem, tenho um quarto alugado e amigos, e nos tempos vagos faço artesanato, pois gosto muito.”
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“Agradeço de forma especial ao senhor Roberto Geraldo da Silva, onde juntamente com a Toca de Assis me ensinaram a não desistir de mim mesmo. A Paloma e a Michele, a todos os irmãos e irmãs que acreditaram e continuam acreditando em mim, de forma especial ao Irmão Trindade. Posso terminar dizendo que hoje não tenho mais a minha mãe biológica nesta terra, mas ela me mandou uma mãe espiritual que se chama Nossa Senhora de Fátima.”
Legenda das fotos 1 - Sr. Antônio em uma das atividades que desenvolve atualmente. Fotografias por Equipe de Apostolado.
EQUIPE DE APOSTOLADO
CAMPINAS - SP
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Santa Clara e a Vocação Religiosa “Entre outros benefícios que temos recebido e ainda recebemos diariamente da generosidade do Pai de toda misericórdia e pelos quais mais temos que agradecer ao glorioso Pai de Cristo, está a nossa vocação que, quanto maior e mais perfeita, mais a Ele é devida.” (TestC 2,3)
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anta Clara de Assis, com a nossa vocação de Cristãos somos chamados à santidade, e cada pessoa, dentro do seu estado de vida, é convidada a responder e viver em plenitude esse chamado de Deus. Neste mês de agosto, que é dedicado as vocações, vamos falar da vocação religiosa, em especial na vida consagrada, pela vida de nossa patrona Santa Clara. Existem pessoas chamadas a entregar suas vidas de uma maneira mais intensa na entrega a Deus e ao próximo, um chamado que vem da iniciativa e vontade de Deus em sua unidade Trinitária, ou seja, um chamado pleno - como diz o documento da Igreja Vita Consecrata (17,18 e 19) “A contemplação da glória do Senhor Jesus no ícone da Transfiguração revela às pessoas consagradas, antes de mais, o Pai, criador e dador de todo o bem, que atrai a Si (cf. Jo 6,44) uma criatura sua, por um amor de predileção e em ordem a uma missão especial. O Filho, caminho que conduz ao Pai (cf. Jo 14,6), chama todos aqueles que o Pai Lhe deu (cf. Jo 17,9) a um seguimento que dá orientação à sua existência. A alguns, porém — concretamente às pessoas de vida consagrada —, Cristo pede uma adesão total, que implica o abandono de tudo (cf. Mt 19,27) para viver na intimidade com Ele e segui-Lo para onde quer que vá (cf. Ap 14,4). Como toda a existência cristã, também a vocação à 16
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vida consagrada está intimamente relacionada com a obra do Espírito Santo. É Ele que, pelos milénios fora, sempre induz novas pessoas a sentirem atracção por uma opção tão comprometedora.” Santa Clara foi uma dessas pessoas desde seu nascimento, na
sua infância teve uma grande influência de sua piedosa mãe Ortolana, e desde pequena possuía uma grande sensibilidade a necessidade dos pobres. Santa Clara tinha uma personalidade muito intensa, desejava se entregar plenamente a este Deus
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que é pleno, dentro da espiritualidade Trinitária e também do chamado, ela tinha plena consciência que essa resposta só poderia ser dada dentro da plenitude relacional com a Santíssima Trindade, como nos mostra esse trecho da 4ª Carta de Santa Clara a Santa Inês: “Ó mãe e filha, esposa (cfr. Mt 12,50; 2Cor 11,2) do rei de todos os séculos…” Ela sabia ser filha do Pai, esposa de Jesus Cristo e se deixar ser fecundada pelo Espírito Santo - como nos mostra esses trechos de suas cartas a Santa Inês: “Agradeço ao Doador da graça, do qual cremos que procedem toda dádiva boa e todo dom perfeito, pois adornou-a com tantos títulos de virtude e a fez brilhar em sinais de tanta perfeição (2 CtSI, 4). À outra metade da minha alma, singular sacrário do meu cordial amor, à ilustre rainha,
"Ela sabia ser filha do Pai, esposa de Jesus Cristo e se deixar ser fecundada pelo espírito Santo."
de sua época, a época do amor cortês, e ela tinha uma grande predileção pelo Livro do Cântico dos Cânticos.
esposa do Cordeiro, Rei eterno (4 CtSI,1). Assim também você, seguindo seus passos (cfr. 1Pd 2,21), especialmente os da humildade e pobreza, sem dúvida alguma, poderá trazê-lo espiritualmente em um corpo casto e virginal. Você vai conter quem pode conter você e todas as coisas.” (3 CtSI, 24).
Santa Clara acolheu em seu coração como Esposo o Cristo Pobre e Crucificado, dentro da espiritualidade Kenótica de Jesus, essa pobreza de seu esvaziamento, o Deus que sendo Deus se encarnou, morreu nu em uma cruz e se fez pobre e pequeno na Eucaristia. Santa Clara e o seu amor por esse esposo pobre, que em sua pobreza extrema nos eleva a dignidade de esposas do Altíssimo, nos ensinado a viver nesta terra a antecipação das núpcias eternas.
A mística nupcial de Santa Clara: uma mulher que desposa um Homem que é Deus. Este tema dos esponsais provém de um imenso amor de Santa Clara a Jesus Cristo e também do contexto cultural
Que todos nós, chamados a essa vocação, possamos responder com solicitude e generosidade e saibamos nos unir a Ele, neste mistério esponsal de nos tornarmos um com Ele!
Legenda de Fotos 1- Santa Clara de Assis, fundadora das irmãs Clarissas. 2- São Francisco recebe Clara no Domingo de Ramos na Porciúncula.
IR. VERÔNICA
FILHAS DA POBREZA DO SANTÍSSIMO SACRAMENTO
AGOSTO DE 2016 | TOCA DE ASSIS
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TOCA DE ASSIS | JUNHO DE 2016
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