BOLETIM MENSAL
OUTUBRO/2019
CORAÇÃO EM COMUNHÃO
8 a 21 de setembro, Do14diareligiosos capitulares
do Instituto Filhos da Pobreza do Santíssimo Sacramento, que são os irmãos do antigo governo geral e outros de votos perpétuos, estiveram reunidos em capítulo geral em Itaici, na cidade de Indaiatuba (SP), para o capítulo geral da família religiosa. Nessa assembleia, os religiosos ficaram em retiro para avaliar o desempenho do instituto nos últimos três anos e decidiram os novos rumos até 2022, além de eleger o novo governo geral do triênio. O capítulo geral apresenta um novo florescer para o instituto, é um período de análise do que pode ser melhorado tanto espiritualmente quanto de outras ações, é uma atualização dos rumos sem perder a essência do carisma. Essa assembleia é a maior autoridade do instituto, abaixo apenas do bispo e do Papa. Por isso, tamanha é a importância para a perpetuação do carisma e sua influência na vida de tantas pessoas ligadas a essa obra de Deus.
“Todos os organismos do instituto são revistos, desde a eleição do governo geral tanto os que compõem a nossa cúria, como é o caso dos setores administrativo, vocacional, formação institucional, apostolado, economia e outros projetos importantes. O capítulo é a maior autoridade de um instituto. Ele rege toda a vida da família religiosa e mantém organizada toda a vida institucional, as formas de manifestação do carisma. Por ser a autoridade máxima, impõe normas para vivência de forma clara, bem planejada, projetada. São irmãos eleitos que estão reunidos para responder sobre as novas urgências do instituto, por isso, a importância dele para toda a Instituição”, relata Irmão Francisco da Cruz, religioso capitular. Nesse período pós-capítulo geral, algumas mudanças acontecerão e poderão ser vistas por leigos, religiosos, amigos e benfeitores do Instituto Filhos da Pobreza do Santíssimo Sacramento. Pedimos orações de todos para
que as decisões tomadas pelos religiosos capitulares sejam guiadas da melhor forma possível sem perder a essência do carisma confiada a eles pelo próprio Deus e que todos possam viver com o coração em comunhão. Acolhamos o novo governo geral: Ministro geral – Irmão Belém da Virgem de Israel. Custódio geral 1º conselheiro – Irmão Petrus Maria do Santo Sacrifício do Altar. 2º conselheiro – Irmão Cordeiro Humilis Maria do Madeiro da Cruz. 3º conselheiro – Irmão Joel Maria do Preciosíssimo Sangue de Cristo. 4º conselheiro – Irmão Carlos de Jesus. 5º conselheiro – Irmão Rafael do Imaculado Coração de Maria. filhos da pobreza do santíssimo sacramento
SÃO FRANCISCO DE ASSIS E A EUCARISTIA da história da Igreja e do mundo poucas Dentro figuras ficaram tão conhecidas e evocaram tanta simpatia e admiração como São Francisco de Assis. A influência de Francisco foi enorme já em seu tempo, dentro e fora da Itália (VAN DER VAT, Odolfo) Vemos isso refletido na indagação de um dos frades, que pergunta a Francisco: “Donde vem que todos correm a ti, e cada qual parece que só deseja ver-te e ouvir-te e obedecer-te? Tu não és formoso de corpo, não possuis grande ciência, não és nobre; donde vem, pois, que toda a gente corra atrás de ti”? (ATOS DO BEM AVENTURADO FRANCISCO E SEUS COMPANHEIROS 10, p. 933)
Embora Francisco também seja alvo de caricaturas empobrecidas e reducionistas nos dias de hoje, tais como o padroeiro e protetor dos animais, da ecologia, meio hippie, romântico, sonhador e até “bobo”, não julgamos as pessoas que assim o veem, mas queremos trazer à tona o verdadeiro ou a verdade de São Francisco. O que ele nos deixou? Quais os principais temas de seus escritos? Francisco é o amante do Evangelho, profundamente identificado com Cristo pobre e crucificado, contemplativo, alegre, mestre de oração. Homem da fraternidade, da vida apostólica, da encarnação, mas, sobretudo, homem do “corpo do Senhor”. Percebe-se que os seus escritos estão permeados de textos e orientações a respeito da Eucaristia. Esse tema é
central em sua fé e em seu modo de contemplar a Cristo. Não ignoramos que isso se origina, provavelmente, do acentuado peso que essa questão teve naquele contexto histórico em que viveu Francisco, sobretudo os séculos XII e XIII, mas não só. Francisco terá uma compreensão simples, pontual e esclarecida desse mistério de fé e devoção. Ele estará atento a tudo o que circunda a Eucaristia, com profunda originalidade e obediência a Igreja. Francisco tem zelo por tudo o que é usado na celebração do sacramento: as alfaias, os vasos, a Palavra-Escritura, igrejas e os sacerdotes. Francisco diz em seu testamento: “E quero que estes santíssimos mistérios sejam acima de tudo honrados, venerados e colocados em lugares preciosos” (TESTAMENTO 11-12). Por isso, “O sacramento da Eucaristia é para o santo, sobretudo, em seus últimos anos, quase uma obsessão” (MICÓ, Julio). Seu conselho é “Empenhem-se todos os irmãos em seguir a humildade e pobreza de nosso Senhor Jesus Cristo” (REGRA NÃO BULADA 9, 1.) que, sendo Deus Se fez homem (carne) e querendo permanecer conosco, fez-Se alimento (pão). Francisco parece constatar que essa é a maneira de ser de Deus, em Seu Filho, pois Aquele que foi pobre ao assumir a condição humana no seio da Virgem Maria continua sendo na Eucaristia.
IRMÃ ANA PAULA Filhas da Pobreza do Santíssimo Sacramento
fazei de mim um insS trumento de Vossa paz.” A " enhor,
exemplo de São Francisco de Assis, os religiosos do Instituto Filhos da Pobreza do Santíssimo Sacramento fazem peregrinações, conforme regra prevista na constituição da família religiosa. Eles são impelidos pelo amor recebido de Deus nas adorações das casas fraternas, momentos de oração, santas missas e depois enviados dois a dois como se lê o que Jesus fez no Evangelho e São Francisco de Assis fez ao enviar os irmãos para evangelizar. No instituto há duas missões: a peregrina e a eucarística. A peregrina acontece uma vez ao ano e os religiosos geralmente recebem uma formação para depois ser enviados de dois em dois com destino a uma igreja, santuário ou basílica. O trajeto é todo feito conforme a Divina Providência: os religiosos saem a pé com objetos básicos de higiene, pode acontecer de conseguirem carona ou não, dormem em igrejas ou com os irmãos da rua. O objetivo é sair e testemunhar o Evangelho a todos que encontrarem pelo caminho, oferecerem-se para adorar Jesus nos sacrários e colocarem-se à disposição dos sacerdotes para todo tipo de ajuda nas paróquias. A missão peregrina acontece uma vez ao ano em âmbito nacional. Há ainda casos extraordinários nos quais cada casa fraterna organiza outras peregrinações regionais. Já a missão eucarística acontece de forma fixa e sem o rigor do despojamento dos bens como na peregrina. Ela ocorre
em uma paróquia que solicita missão para desenvolver atividades do carisma, como adoração, pastoral de rua, participação na santa Missa, durante uma semana. Além disso, os religiosos saem com pessoas da comunidade para visitar casas de paroquianos. Assim como a missão peregrina, a eucarística ocorre de forma ordinária uma vez ao ano e extraordinária em outros momentos em houver necessidade conforme a realidade de cada região. “A Eucaristia é fonte e ápice não só da vida da Igreja, mas também da sua missão: ‘Uma Igreja autenticamente eucarística é uma Igreja missionária’. (…) Não podemos abeirar-nos da mesa eucarística sem nos deixarmos arrastar pelo movimento da missão que, partindo do próprio coração de Deus, visa a atingir todos os homens; assim, a tensão missionária é parte constitutiva da forma eucarística da existência cristã” (Sacramentum caritatis 84.). Neste ano, o instituto já realizou a missão peregrina no mês de agosto. Em anos anteriores, os religiosos foram em missão eucarística a outros locais, um deles a Fazenda da Esperança. Rezemos para que os religiosos, homens generosos que dedicam suas vidas totalmente a Cristo, possam, a exemplo de São Francisco de Assis, transmitir a mensagem do Evangelho, o amor a Jesus Eucarístico e aos pobres abandonados de rua. No mês de outubro, a Igreja Católica comemora o dia desse santo que é
um de nossos patronos. Digamos: São Francisco de Assis, rogai por nós! Senhor, fazei de mim um instrumento de Vossa paz. Onde houver ódio, que eu leve o amor. Onde houver ofensa, que eu leve o perdão. Onde houver discórdia, que eu leve a união. Onde houver dúvida, que eu leve a fé. Senhor, fazei de mim um instrumento de Vossa paz. Onde houver erro, que eu leve a verdade. Onde houver desespero, que eu leve a esperança. Onde houver tristeza, que eu leve a alegria. Onde houver trevas, que eu leve a luz. Mestre, fazei que eu procure mais Consolar, que ser consolado. Compreender, que ser compreendido. Amar, que ser amado. Pois é dando que se recebe. É perdoando que se é perdoado. E é morrendo que se vive para a vida eterna.
filhos da pobreza do santíssimo sacramento
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tocadeassis BOLETIM MENSAL TOCA DE ASSIS Outubro • 2019
Periodicidade: mensal • Distribuição: gratuita • Tiragem: 5.000 exemplares Direção: Ir. Xavier e Ir. Maria Fernanda • Revisão: Marcus Facciollo Editor: Rafael Belucci • Diagramação: Ana Carolina Andrade