Publicação da Fraternidade de Aliança Toca de Assis - Dezembro de 2014
Pobre Manjedoura: Doce Altar Eucar stico
Revista
ÍNDICE Mensagem de Natal
Artigo Especial 3
Mãe da Igreja DEZEMBRO 2014 Publicada por Fraternidade de Aliança Toca de Assis CNPJ: 02019254/0001-87
Toca em Ação 14
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Formação
Escritório São José Rua Amador Bueno, 45, Vila Industrial Campinas/SP. CEP: 13035-030 comunicacaocentral@tocadeassis.org.br Fone: (19) 3886-7086 SAV- Serviço de Animação Vocacional
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De Olho na Rua 6 Diário de um Peregrino
Coração da Toca
Filhos da Pobreza do Santíssimo Sacramento
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vocacional@fpss.org.br
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Filhas da Pobreza do Santíssimo Sacramento
sav.nacional@filhasdapobreza.com.br Revista Toca de Assis Publicação mensal interna da Fraternidade de Aliança Toca de Assis
Presidente: Ir. Maria dos Anjos do Mistério da Cruz,fpss. Departamento Comunicação Ir. Belém, Ir. Nínive, Leonardo de Souza e Anima Studio. Editor chefe: Ir. Belém,fpss Projeto gráfico: Anima Studio Diagramação: Anima Studio Revisão Ortográfica: Lucimara Castro Impressão e tiragem: 10.000 exemplares Colaboradores nesta edição: Ir. Belém; Ir. Romero; Ir. Nínive; Ir. Maria dos Anjos; Ir. Salete da Santíssima Trindade; Ir. Francisco de Assis; Daniela Saisu Fernando Nunes; Eduardo Vanzella; Fábio Oliveira; Évelyn Renata; Oscar Nascimento; Leonardo de Souza; Lucas Reis e Silva; Ir. Emanuel.
Capa Basílica da Natividade em Belém, na Palestina, por Ir. Emanuel,Fpss.
Prezado amigo Leitor, Paz e bem!
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EDITORIAL
o mês de Dezembro não teremos o artigo “TOCA PARA IGREJA”, mas uma mensagem especial para você! Na coluna “MÃE DA IGREJA”, veremos que cada vez que aprofundamos os estudos a respeito da Virgem de Fátima, mais nos deparamos com o carisma da Toca de Assis e como estamos intensamente ligados à Nossa Senhora. A “FORMAÇÃO” nos conduzirá a um dos mais lindos mistérios de nossa fé: Jesus é verdadeiro Deus e verdadeiro homem! Ela nos ajudará a contemplar o “rosto” de Deus, que é amor. No “CORAÇÃO DA TOCA”, conheceremos um pouco da missão de “nossa Assis”, na cidade de Campinas (SP), local onde está situada a nossa “Casa Mãe”, local onde começou toda a história dos institutos. O nosso “ARTIGO ESPECIAL” revelará as semelhanças e peculiaridades existentes entre o mistério da manjedoura e o mistério eucarístico, além da nossa missão de dar todo amor e carinho a Jesus Menino escondido sob o véu do Sacramento. No “TOCA EM AÇÃO”, falaremos do evento anual chamado Natal dos Pobres. Nesse evento queremos acolher a todos os moradores em situação de rua, com amor e alegria, como se acolhêssemos o próprio Menino Jesus, na pobreza do presépio. Na coluna “DE OLHO NA RUA”, poderemos contemplar o mistério do Menino Jesus, despojado de um lugar para nascer, e ao mesmo tempo os moradores de rua que não tem onde dormir, na precariedade de nossa sociedade que ainda nega a mínima dignidade. O “DIÁRIO DO PEREGRINO” nos mostrará como as privações nos permite entender na pele o que se passa com um morador de rua e o quanto precisamos rezar cada vez mais por nossa América Latina.
www.tocadeassis.org.br Departamento de Comunicação
Se perguntássemos às pessoas o que é o Natal, certamente as respostas seriam as mais variadas. Uns poderiam dizer que é um momento em que há muitas luzes espalhadas pelas cidades, outros, que é uma data em que se costuma enfeitar árvores e presentear os mais próximos, mas, para nós, que professamos a fé, celebramos algo além de tudo isso: ‘’ o nascimento de Deus amorosíssimo que se inclina, que se faz igual a nós, exceto no pecado, assumindo a nossa condição humana, que nasce numa gruta em meio à pobreza.”
Um Rei pobre!!! É uma noite diferente, pois, o amor vivo se faz presente em nosso meio, Deus conosco, o Emanuel. Irmãos e irmãs, podemos experimentar a alegria e a esperança do Natal todas as vezes que amamos e que tal amor, presente em nosso ser interior, transborda e se transforma em atitudes nobres, que enriquecem a nossa vida e a vida dos irmãos, gerando esperança aos aflitos, saciando a sede e a fome de justiça e paz entre os povos, alegrando os tristes, consolando os que choram, aliviando os pobres em condição de rua. Queremos agradecer cada atitude nobre que vocês, queridos amigos, leigos e benfeitores, realizaram no decorrer deste ano em benefício deste carisma belo que o Senhor nos confiou. Saibam que cada vez que amamos, o Natal acontece em nosso meio, pois o próprio amor nasce, JESUS, o nosso Salvador! José e Maria bateram de porta em porta visando encontrar um lugar para o Menino Jesus nascer e não encontraram. E hoje, Jesus Menino encontra em nosso coração um lugar para nascer? Sempre há algo que podemos melhorar! Assim, preparemo-nos com muito amor para esta noite, pois, se com amor nos prepararmos, com certeza Ele nascerá em nós e em meio a nós. Nesse espírito fraternal, desejamos a todos um abençoado e Feliz Natal!!!
Irmã Maria dos Anjos dos Mistérios da Cruz,Fpss
Presidente da Fraternidade de Aliança Toca de Assis
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Virgem Flor do Carmelo
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esse mês finalizaremos as três visões celestiais que os pastorinhos tiveram durante o milagre do sol. Para tanto, faremos memória do relato de Lúcia: “Eis que então se deram três aparições: A primeira: Junto ao Sol apareceu São José com o Menino nos braços e Nossa Senhora do Rosário. A Virgem vestia uma túnica branca e o manto azul, São José, também de branco e o menino Jesus, de vermelho. Traçando no ar uma Cruz, São José abençoou o povo e o Menino Jesus fez o mesmo”. Pouco depois, desvanecia a aparição anterior e aparecia Nosso Senhor, transido de sofrimentos, como a caminho do Calvário, e Nossa Senhora das Dores, sem a espada no peito. O Divino redentor também abençoou o povo. “Em seguida, apareceu gloriosa, Nossa Senhora do Carmo, coroada Rainha do Céu e da Terra com o Menino Jesus no colo.” Gloriosa Virgem do Carmo Essa última visão, na qual ocorre a aparição da Virgem do Carmo, possui um grande significado, uma vez que está intimamente ligada à primeira prefiguração da Virgem Maria à humanidade. Ainda no Antigo Testamento, o profeta Elias subiu ao Monte Carmelo para rezar, implorando a Deus que cessasse a terrível seca. Eis, então, que se levantou do mar uma "pequena nuvem, como a pegada de um homem", a qual, em pouco tempo, deu origem a uma grande chuva1. Essa nuvenzinha é o símbolo de Nossa Senhora e de sua Imaculada
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Conceição. Pois, assim como a pequena nuvem surgiu do mar salgado, sem conter seu amargor, a Virgem Maria surgiu da humanidade culpada, sem a culpa. E dessa pequenina nuvem, uma grande chuva, símbolo de Nosso Senhor, Salvação do povo de Israel nascido da Virgem, chuva de Graça. De acordo com a piedosa tradição, atestada pela Liturgia da Igreja, no dia de Pentecostes, um grupo de homens,
devotos dos Profetas Elias e Eliseu, abraçaram o Cristianismo. Haviam sido discípulos de São João Batista, que os preparara tendo em vista o advento do Salvador. Partiram de Jerusalém e no Monte Carmelo erigiram um santuário votado à Santíssima Virgem, no mesmo lugar onde Elias vira aparecer aquela nuvenzinha anunciadora da fecundidade e, ao mesmo tempo, símbolo da Imaculada Conceição da Mãe de Deus. Adotaram eles o nome de Irmãos da Bem-aventurada Maria do Monte Carmelo.
MAE DA IGREJA
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O Escapulário No dia 16 de julho de 1251, quando rezava em seu convento de Cambridge, Inglaterra, S. Simão Stock, superior geral da Ordem, pediu à Nossa Senhora um sinal de sua proteção, que fosse visível a seus inimigos. Recebeu, então, de Nossa Senhora, o escapulário com a promessa: "Recebe, filho amado, este escapulário. Todo o que com ele morrer, não padecerá a perdição no fogo eterno. Ele é sinal de salvação, defesa nos perigos, aliança de paz e pacto sempiterno”. Privilégio sabatino Nossa Senhora é supremamente misericordiosa e nos concede muito mais do que Lhe pedimos. Assim, para quem porta dignamente o escapulário, concedeu a Mãe de Deus o privilégio sabatino. Em 1316, a Virgem apareceu ao Cardeal Tiago d'Euze, que, no dia seguinte à visão, foi eleito Papa com o nome de João XXII. Na bula que João XXII escreveu para testemunhar essa aparição, o Papa declara que Nossa Senhora prometeu libertar do purgatório, no primeiro sábado após a morte, aqueles que morrerem com o escapulário. Daí o nome de privilégio sabatino. Mas para receber essa graça é necessário rezar diariamente o Pequeno Ofício da Virgem Maria, fazer abstinência de carne nas quartas-feiras e sábados e guardar a castidade segundo seu estado. As duas primeiras práticas podem ser comutadas pelo sacerdote autorizado a impor o escapulário. Mistérios Gloriosos e a Virgem do Carmo Nossa Senhora do Carmo está ligada à salvação das almas em um momento singular - a Salvação Eterna - e promete acompanhar aos seus devotos de maneira especial para que não caiam no fogo eterno. Também faz parte de suas promessas libertar as almas do purgatório, no primeiro sábado do mês, e por isso faz alusão aos mistérios da Glória, por sua predileção e proteção em levar as almas para o Reino Glorioso.
Nascemos na Praça do Carmo O Nascimento da Toca de Assis, assim como Fátima, está ligado à Virgem do Carmo, pois, foi à sombra da Basílica dedicada a Ela, em Campinas, que nasceu nossa Fraternidade. Nossa Senhora do Carmo tem predileção pelas pobres almas do purgatório, e a Toca de Assis pelas almas que purgam nas ruas. Assim como Nossa Senhora do Carmo quer levar todas as almas que purgam ao Reino Glorioso, a Toca de Assis quer, ainda aqui, na terra, levar os corações a conhecer o Reino Eucarístico. Cada vez que estudamos mais sobre a Virgem de Fátima, percebemos como este carisma está intensamente ligado à Nossa Senhora. No próximo mês vamos testemunhar mais uma grande predileção de Nossa Senhora de Fátima pela Toca de Assis. Assim como Elias, nós também tivemos uma pequena nuvem em nossa história!
1 I Reis 18,44 Referências SILVA, M. Fernando. Pastorinhos de Fátima. Lisboa: Paulinas, 2003. CLÁ DIAS, Pe. João. Fátima, Meu Imaculado Coração triunfará! São Paulo: Parma,2005. www.arautos.org Catolicismo.com.br
Fernando Nunes
Fraternidade de Aliança Toca de Assis
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Verdadeiro Deus e Verdadeiro Homem
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Anima Studio
Encarnação do Senhor é mistério de fé! O Deus invisível tornou-se visível aos nossos olhos, “pois o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e nós vimos a sua glória, glória que ele tem junto do Pai, como Filho único, cheio de graça e de verdade(...).Pois de sua plenitude nós recebemos graça após graça” (Jo 1, 14-16). Esta é a verdade que cremos e a fé que professamos. O Cristo que “veio de Deus” (Jo 13,3) e que “se fez carne” é o Deus que desceu do céu e quis morar no meio dos homens, fazendo-se Ele mesmo Homem, revelando-nos o Rosto do Pai e o verdadeiro rosto do homem, ou ainda, quem é Deus e quem é o homem aos olhos de Deus. É mistério revelado, admirado e acreditado!
Falar sobre a Encarnação do Verbo é entrarmos, de forma muito limitada e ofuscada, no âmago da nossa fé: “Deus amou tanto o mundo que enviou seu Filho Único”, isto é, Deus não se contentou em amar-nos de “longe”, ele quis “fazer-se semelhante a nós em tudo” –exceto no pecado- quis fazer-se próximo dos homens e assim destruir definitivamente toda distância que existia entre nós e Ele, nosso Pai. Podemos afirmar, com segurança, que cremos em Deus Pai e em Jesus Cristo consubstancial ao Pai, ou seja, da mesma natureza divina; afirmamos que Jesus é Deus e que se fez homem pelo poder do Espírito Santo no seio de Maria Virgem, sendo assim, Jesus é o único homem que é Deus. Não quer dizer que o homem é Deus, mas que Deus se fez homem; Jesus não é só o Enviado de Deus, Ele mesmo é Deus. O mistério da união hipostática significa a união das duas naturezas –divina e humana- na Pessoa do Verbo, ou seja, na Pessoa divina. Portanto, professamos Jesus verdadeiro Deus e verdadeiro Homem. A terminologia união hipostática foi desenvolvida nos primeiros séculos do cristianismo devido ao surgimento de algumas heresias que tentavam conciliar ou explicar a compreensão deste mistério de Cristo. Em controvérsia foram elaboradas afirmações dogmáticas de importância fundamental para a formação do Credo niceno-constantinapolitano. Na Carta Encíclica Lumen Fidei (nº 47) encontramos uma afirmação belíssima da identidade de Jesus Cristo no mistério da Encarnação: “Depois, a fé é uma, porque se dirige ao Único Senhor, à vida de Jesus, à história concreta que ela partilha co6
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FORMACAO
Anunciação, Convento de São Marcos, Florença/Itlália - Por Fra Angélico
nosco. Santo Irineu de Lião deixou isto bem claro, contrapondo-o aos hereges gnósticos. Eles sustentavam a existência de dois tipos de fé: uma fé rude, a fé dos simples, imperfeita, que se mantinha ao nível da carne de Cristo e da contemplação dos seus mistérios; e outro tipo de fé mais profunda e perfeita, a fé verdadeira reservada para um círculo restrito de iniciados, que se elevava com o intelecto para além da carne de Jesus rumo aos mistérios da divindade desconhecida. Contra esta pretensão, que ainda aos nossos dias continua a ter o seu encanto e os seus seguidores, Santo Irineu afirma que a fé é uma só, porque passa sempre pelo ponto concreto da encarnação, sem nunca superar a carne e a história de Cristo, dado que Deus Se
quis revelar plenamente nela”. Para nós cristãos, não basta crermos na realidade da Encarnação do Verbo, a fé nos pede algo muito além: inclinarmos nosso ser em adoração ao Senhor, que se dá inteiro aos homens, oferecendo a Ele nosso humilde e verdadeiro ato de gratidão, por ter nos amado a tal ponto de escolher “esvaziar-se de sua glória junto do Pai para Se fazer servo de todos”. Santo Atanásio afirma que “esta grande obra realmente convinha sob todos os aspectos à bondade de Deus. (...) O Verbo Divino do Boníssimo Pai, vendo o Gênero humano, sua criatura, desandar para a corrupção, não o abandonou; mas, pela oferta de seu próprio corpo, extinguiu a morte que se associara aos homens, por
C. Folch Gomes, Antologia dos Santos Padres, pag.205 –Sobre a Encarnação do Verbo de Santo Atanásio 2 Idem pg. 208
seu ensinamento corrigiu as negligências deles, por seu poder restaurou a raça humana”1. Em um mundo que valoriza apenas a beleza aparente, somos convocados a manifestar a beleza da fé que nos coloca no movimento da contemplação e do testemunho do “rosto” de Deus, revelado na Pessoa do Verbo, Cristo Jesus, do Deus que é o Amor e que se manifesta em toda parte, em cima e em baixo, na profundidade e na extensão, na latitude da criação e na humildade da Encarnação, na profundeza dos limbos, na largura do mundo: tudo está cheio do conhecimento de Deus2.
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Irmã Salete da Santíssima Trindade Filhas da Pobreza do Santíssimo Sacramento
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Ilustração interna do cd “Vai e Reconstrói a Minha Igreja” por Lucas Reis e Silva.
Campinas “nossa Assis”
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isso o que representa para a Fraternidade Toca de Assis a cidade de Campinas no interior de São Paulo, a nossa Assis! Assim como para o pobrezinho Francisco, filho de Pedro Bernardone, aquela cidade da Itália foi nascente para uma multidão de seguidores, fonte de nascimento também é para nós, Campinas.
em uma simplicidade despojada, fonte inesgotável de alegria, cujo centro é aquilo que o mundo tem como desprezível e que, por sua vez, a sociedade marginaliza e exclui.
Muitos se perguntavam: “Mas quem são esses, tão jovens e bonitos, com esse manto marrom tão pobre que não atrairia nenhuma grife?” Em meados de maio de 1994 nasce entre um “E como em meio a tanta pobreza eles sempre grupo de jovens, moças e rapazes que continua- estão alegres?” Assim nasce essa Fraternidade mente se encontravam no Largo do Carmo, o de- no seio da Santa Igreja de Deus: nasce de pobres sejo de estarem em meio aos pobres mais pobres, para os pobres!
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CORACAO DA TOCA A partir de então nasce a Casa de Aliança São José, a “Casa Mãe”, assim chamada por ser a primeira sede da Toca de Assis e por trazer consigo no nome e no mistério a “maternidade”. Como no presépio de Belém nasce o pequenino Deus em pobreza e simplicidade, no Santíssimo Sacramento, nosso Senhor “nasce” do Sacrário, desde os primórdios de nossa história, para ser adorado. Como na multiplicação dos pães, o Senhor fez surgir as demais missões, masculina e feminina, da Fraternidade, e juntamente, os Institutos de Vida Consagrada, Filhos e Filhas da Pobreza do Santíssimo Sacramento. Aqui, o carisma da obra é continuamente gerado nos corações daqueles que passam, seja no altar de Deus, seja no altar dos Pobres.
Anima Studio
Além da adoração de todos os dias, a Casa Mãe tem um intenso apostolado junto aos moradores de rua de Campinas. Até hoje, a mais de 20 anos, nos reunimos naquela mesma praça, defronte da Basílica Nossa Senhora do Carmo, para estarmos novamente com os pobres, em busca das nossas raízes, todas as quartas-feiras à noite.
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LEGENDA DAS FOTOS 1 Interna da Casa Mãe 2 Fachada da Casa Mãe
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Departamento de Comunicação Fraternidade Toca de Assis
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Irm達o Emanuel
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ARTIGO ESPECIAL
pOBRE MANJEDOURA: DOCE ALTAR EUCARÍSTICO “Cantem Glória os Anjos do Céu, e sobre esse véu está toda fonte de Amor (...). Que alegria é viver no Senhor, cantar teu louvor pra sempre, e sempre contigo estar (...)”.
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mais do que evidente a ligação entre a pobre manjedoura e o Altar eucarístico. Como no Natal histórico, também Jesus Sacramentado desce entre os homens em cada Santa Missa. Em Belém, os pastores enviados pelos anjos trouxeram seus dons. Os fiéis católicos, atualmente, acorrem com suas ofertas ao Altar. A aproximação entre o Mistério de Belém e o Mistério da Eucaristia é de fácil associação: “Bethlehem” significa “casa do pão” e o próprio Jesus se identificou como “pão descido do céu” e “pão da vida”, destinado a alimentar a fé de seus fiéis no Santo Sacrifício. O fato de que, ao nascer, foi logo deitado no presépio, isto é, na manjedoura que os animais usavam, leva-nos, antes de tudo, a vislumbrar ali uma imagem de Jesus Pobre no Santíssimo: “Este que é o Pão dos anjos, no presépio da Igreja se tomou alimento dos animais que creem.” (Sacramentário gregoriano, Liturgia de Natal). A ideia do presépio eucarístico nos permite como Toca de Assis, viver esse carisma de forma muito expressiva, visto que, o grande grito dessa festa se dá nesta pobreza de um Deus que por amor se despojou por nós. Nosso carisma manifesta de forma muito clara essa similaridade entre o Mistério da Gruta do Nascimento e o Mistério da Ceia Eucarística, permitindo-nos voltar os olhos à pobreza atualizada de Jesus no Santíssimo Sacramento, que, por sua vez, se concretiza nos pobres e em nosso coração.
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Leonardo Dias de Souza
Vivemos o Natal em nossa Fraternidade, dando ao Menino Jesus, escondido no véu do Sacramento, todo o amor e a adoração, manifestando-os externamente por meio de nossas capelas vivas de flores e beleza, com o intuito de acolher Aquele que vai nascer. Temos como costume expor o Senhor eucarístico à meia-noite e permanecer em Louvor, unindo-nos ao mistério. Com esse gesto de amor, tentamos reparar o abandono ao nosso Deus, que muitas vezes é esquecido nesse dia e hora, pelo fato de boa parte das pessoas focarem mais suas preocupações nos preparativos da “festa” do que no motivo central dela. Essa ação sempre fez parte de nossa história na Toca, pois, é parte de nós louvarmos, cantarmos e exaltarmos o Menino eucarístico na manjedoura do ostensório.
Anima Studio
Adoração na noite de Natal: pobreza atualizada no Sacramento
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ARTIGO ESPECIAL Anima Studio
Amor aos pequenos: pobreza atualizado nos pobres
Arquivo Filhos da Pobreza
Comumente, nos fins de semana que antecede o Natal, costumamos realizar uma ceia com os pequeninos das ruas, e nas casas de acolhida no dia da Solenidade, antes da meia-noite, ficamos com aqueles que simbolizam em nosso carisma o mesmo Jesus renegado nas hospedarias e passam o frio da noite de Belém: os esquecidos e abandonados. Amamos os pobres e permanecemos com eles, assim como a Virgem Maria e São José, na Gruta de Luz.
Tua vida em mim: pobreza atualizada nos nossos corações
Arquivo Filhos da Pobreza
Na verdade, o movimento eucarístico e de amor aos pobres só tem um sentido: fazer que o Menino Deus nasça e cresça em nosso coração! Como cantamos em uma de nossas canções: “Quero unir-me a Ti Jesus, realiza em mim o Seu Natal, e pertencendo-Te assim, Tua vida em mim se faz real.” Nosso desejo é que Ele possa se fazer real nos corações do mundo inteiro, principalmente naqueles que buscam encontrar Jesus pobre no abandonado e no Sacramento. Só o Espírito Santo pode nos fazer compreender que não há valor em adorar com o coração e amar os pobres com caridade, se o nosso interior não se transforma e não vive um processo de conversão em busca de uma vivência que se preocupe menos com o status ou com os bens dessa Terra. Deus anseia que O amemos onde institui Sua Presença e deseja que nos assemelhemos a Ele para que possa agir nesse mundo por meio de nós. Ao término de todos os anos, recebemos cartões nos desejando saúde, paz e alegria, prosperidade e amor. Para nós, a concretização desses votos está em abraçarmos uma vida parecida com a de Cristo nos exemplos que ele nos deixou, principalmente no despojamento e na pobreza de seu nascimento.
Irmão Belém, fpss
Filhos da Pobreza do Santíssimo Sacramento
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Natal dos Pobres para a Fraternidade Toca de Assis e para todos aqueles que vivenciam o seu carisma de amor aos pobres que se encontram em situação de rua, carinhosamente chamados de irmãos de rua, possui uma singular importância, pois, o Natal é o dia em que comemoramos o nascimento do menino Jesus, o Natal cristão, o dia em que “manifestou-se a graça de Deus, que traz a salvação para todos os homens” (Tt 2, 11). Segundo o Papa Francisco em sua homilia de Natal (2013), a graça que se manifestou no mundo é Jesus, nascido da Virgem Maria, verdadeiro homem e verdadeiro Deus. Veio para nos libertar das trevas e nos dar a luz. Nele se manifestou a graça, a misericórdia, a ternura do Pai: Jesus é o Amor feito carne. Foram os pastores os primeiros a receber o anúncio do nascimento de Jesus, porque estavam entre os últimos, os marginalizados. Para vivenciarmos verdadeiramente o Natal, fonte de luz, buscamos naqueles que melhor refletem Jesus em suas vidas, a vivência do verdadeiro amor e o sentido de partilhar. Procuramos acolher no morador de rua, Jesus menino, frágil, e termos a oportunidade de zelar por Ele por meio da vivência com os mais necessitados. O Natal dos Pobres é realizado pela Toca de Assis em várias cidades do Brasil e também no Equador. Procuramos levar aos irmãos em situação de rua, a dignidade da Salvação que se encarnou. Conta também com a ajuda de vários corações generosos, que participam de diversas maneiras. Com bastante antecedência ao Natal, começamos organizar nossa campanha de arrecadação de doações para este dia tão especial. As pessoas nos ajudam nas mais diversas formas, com doações em alimentos, em espécie e também doando um pouco de seu tempo, por meio do trabalho voluntário. 14
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NATAL DOS POBRES 2014
TOCA EM ACAO
O dia tem início a partir do convite feito aos moradores de rua, para comemorarem o Natal juntamente com a Toca, e a todas as pessoas que voluntariamente contribuem para a realização deste, com o intuito de reunir a maioria ou toda a população que se encontra nas ruas. Para que o evento ocorra com êxito, nos organizamos em equipes e o local geralmente é estabelecido de acordo com a necessidade de abrigar os ambientes que possibilitem os atendimentos prestados simultaneamente aos moradores de rua, dando-lhes maior dignidade e privacidade, como, por exemplo: recepção (cadastro dos participantes e entrega de crachás de identificação), banheiros com duchas (feminino e masculino), rouparia, barbearia, cozinha, refeitório, espaço de convivência (descanso e lazer) e oração (capela para Santa Missa e Adoração ao Santíssimo Sacramento). No dia do evento, uma equipe fica responsável pela pastoral de rua, buscando os irmãos de rua que por ventura se encontram distantes do local de realização ou possuem outros motivos que os impeçam de chegar até lá.
No local, estes irmãos são recepcionados com café da manhã, e ao decorrer do dia são realizadas atividades que auxiliam na higiene pessoal, momentos de convivências, oração, e as demais refeições do dia, como almoço e café da tarde. O encerramento se dá com a Santa Missa e a ceia de Natal. Os participantes recebem produtos de higiene pessoal, toalha de banho, e vestuário completo. Para a realização do Natal dos Pobres, a Toca de Assis conta com doações de benfeitores, trabalho voluntário dos leigos e profissionais como cabelereiros e enfermeiros, que se dedicam a atender as necessidades dos irmãos marginalizados. O fim deste dia resulta em uma experiência gratificante e única, em que a fé se une às obras, com a esperança de que perdure na vida de cada um, revigorando suas forças para que possam seguir a caminhada com esperança e a certeza de que a cada dia basta seu cuidado. Cristãos unidos podem fazer a diferença na vida e na história de cada filho de Deus. Venha fazer parte desta experiência conosco! Acesse nosso site www.tocadeassis.org.br/ondeestamos, procure nossa casa Fraterna mais próxima e venha viver conosco o verdadeiro sentido do Natal. Arquivo Filhos da Pobreza
Um Dia Especial
Daniela Saisu
Fraternidade de Aliança Toca de Assis
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“NÃO HAVIA LUGAR PARA ELES NA HOSPEDARIA“
Arquivos Filhos da Pobreza
“Nós vos bendizemos, senhor Deus altíssimo, que vos humilhastes por nós, sois imenso, e fizestes-vos pequenino, sois rico, e fizestes-vos pobre, sois onipotente, e fizestes-vos frágil.” (Homilia do Papa Francisco, na missa do Galo de 2013).
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chegado o fim do ano e já nos vem a expectativa da celebração do natal, momento de estar com a família, com os amigos, com aqueles que mais amamos. Somos tomados por um espírito de recíproco amor, um tempo de se querer o bem a todos. Clima de natal!!!
Jesus, no natal, se faz pobre, aproximando-se de todas as realidades de pobreza desse mundo para se tornar a esperança, o caminho para aqueles que são marginalizados. O Senhor está presente na realidade das ruas, na vida deste povo tão desprovido das condições mínimas de dignidade.
Neste espírito natalino que brota do presente que nos é dado dos céus, o Senhor se reveste de nossa frágil humanidade e vem morar em nosso meio, viver como nós em tudo, exceto no pecado.
Ao contemplarmos aquele Menino que nasce em uma noite fria de Belém, sem um lugar para ficar, reportamo-nos a tantos lugares em nossas cidades onde se encontram muitos irmãos, jogados pelas calçadas, às vezes sobre algum papelão ou um simples cobertor ao estilo “seco posso”. Ou até mesmo dentro de um saco de lixo, na tentativa desesperada de se aquecerem até o dia nascer, na busca de um lugar da cidade onde possam passar a noite sem que sofram o incomodo de serem repelidos e expulsos dos locais.
Seu gesto de se aproximar de nossa realidade humana, na condição de pobreza, seu desejo de se identificar com aqueles que são os mais frágeis, os mais simples, os mais pobres, que durante esta vida sofrem o despojamento das riquezas deste mundo, revela-nos a sua predileção por todos os pequenos e sofridos. 16
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Tomando o improviso da manjedoura em que o menino nasceu, podemos estabelecer uma nítida relação com as di-
DE OLHO NA RUA
À mercê de tantos perigos, a população ainda insiste em querer permanecer nos grandes centros, mesmo sofrendo toda sorte de política de limpeza social e até mesmo as operações de intimação por parte dos agentes da segurança pública. Na fuga dos olhares indiferentes dos passantes, pautam-se na perspectiva de se afirmar como pessoas de direitos, a exemplo do Menino e de seus pais, na busca de um local onde pudessem permanecer naquela noite. Mas louvado seja Deus por tantas iniciativas que se tem realizado no tempo de natal, de grupos que se mobilizam para levar um dia que seja de festa aos nossos irmãos de rua, grupos que se organizam durante o ano para realizar tão benéfica ação, dedicando-se criteriosamente para com cada detalhe, para que tudo seja o mais belo e digno possível. São verdadeiros Reis magos, que, neste tempo fraternal, descobrem a riqueza que nos foi concedida naquela noite em que Jesus nasceu. Na pessoa de nossos irmãos conseguem ver o Deus que se esconde na vida de cada um deles.
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versas condições que a população de rua se vê obrigada a improvisar para passar a noite, seja dentro de carroças utilizadas para a coleta de material reciclável, nas brechas das calçadas das lojas que lhes são possíveis, ou nas marquises de viadutos onde se improvisa uma “maloca”; outros se arriscam a recorrer aos albergues, geralmente superlotados e em condições deploráveis.
Rápidas do ano “O CNDDH registrou, desde 2011, 860 homicídios e 1.012 tentativas de homicídios contra a população de rua em todo o país.” “A população de rua não passou despercebida nos eventos da Copa, como havíamos comentado na edição de junho. O MP do RJ denunciou a retirada forçada de 669 pessoas em situação de rua, obrigadas a permanecerem em albergues durante os jogos do evento. O mesmo se verificou em Vitória /ES e Salvador/BA.” “Em plena sexta-feira da paixão, a Toca de Assis se viu convocada pela Igreja do RJ a intermediar a situação de invasão ao estacionamento da Catedral, por parte de um movimento de sem tetos, na pessoa do Ir. Eli e do Ir. Josias. A Toca de As-
sis teve uma importante atuação na questão.” “O projeto Igreja na rua continua a todo vapor: a proposta da Igreja na rua é construir uma Igreja como nos pede o Papa Francisco, a partir dos pobres, dos fracos, dos pequenos e dos excluídos. Olhar a partir da margem, uma Igreja de portas abertas, que não necessita de paredes ou muros. Sua existência se dá na rua, sem precisar de portas. É aberta para o mundo! Essa é a importância de se rezar com nossos irmãos que estão esquecidos, para que eles possam também partilhar conosco o pão que é Jesus” (Pe. Julio Lancelloti, vigário do povo da rua da arquidiocese de SP). Fontes: Jornal “O Trecheiro”, “Pastoral do povo da rua de SP”. “Testemunho de Fe”, RJ.
Irmão Romero, fpss
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DIARIO DE UM PEREGRINO
FRAY BENTOS / URUGUAI
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omo amanhecera chovendo, o reitor do Seminário de Gualeguaychu, padre Oscar, comoveu-se de nos deixar caminhar e ofereceu passagem até a próxima cidade, Fray Bentos, depois da fronteira com o Uruguai. Nós, por conseguinte, aceitamos a esmola oferecida. Ao chegarmos a Fray Bentos, eram aproximadamente 15 horas, e como estava chovendo, não tivemos como adiantar o caminho. Orientados por uma senhora, na rodoviária, fomos até a igreja do centro. Enquanto esperávamos, optamos por fazer nossas orações pessoais na igreja e adorar ao Senhor, no Tabernáculo. Tendo nos atendido, o Pároco nos levou a um quartinho que ficava uma casa depois da igreja, para nos alojar. O quarto estava muito sujo de poeira, pois estava há muito tempo sem uso, cheio de teias de aranha. Limpamos com alegria o cômodo. Algumas senhoras deram dinheiro para a comida e uma coberta (graças a Deus!), já que não tínhamos nada para nos cobrir. Fazia muito frio e a chuva não cessava. Com a ajuda de Deus, encontramos na igreja uma piedosa senhora que nos aqueceu o coração com sua caridade. O quarto era muito pequeno, mal cabia a beliche. O cobertor que ganhamos estava com algumas partes úmidas. Creio que aquela caridosa senhora deixou sem perceber que molhasse alguma parte. Mas em tudo dai graças a Deus!
Na missão peregrina, de uma forma particular, experimentamos o que passam nossos amados irmãos de rua: a privação de alimentos, cobertas, um lugar para ficar, e inclusive a atenção das pessoas. Esse padre que nos acolheu, que não me recordo o nome agora, além de bem idoso é o único sacerdote em uma extensão de quatro cidades. Bem que nos disseram que o Uruguai é escasso de vocações e também de católicos! Na verdade, segundo algumas
pesquisas, é o país latino-americano com maior numero de Ateus. Senhor, concede ao povo, homens e mulheres capazes de doar a vida para que tua palavra seja difundida e conhecida. Dá-nos um coração unido aos teus pobres, que nessa noite padecerão pelo frio, pela fome, pela nudez, pelo abandono, assemelhando-nos assim ao teu Filho pendendo sobre o madeiro da Cruz. Que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Ir. Francisco de Assis
Filhos da Pobreza do Santíssimo Sacramento
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Dezembro 2014 - Toca de Assis
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