Revista Toca de Assis JUNHO de 2016

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Publicação da Fraternidade de Aliança Toca de Assis | JUNHO de 2016

Há quanto tempo você não participa da Santa Missa?


REVISTA

Índice Toca para a Igreja

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Artigo especial

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Mãe da Igreja

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De olho na rua

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Formação

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O mundo tem saudades de Francisco.

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Coração da Toca

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Benfeitoria

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JUNHO DE 2016 Publicada por

Fraternidade de Aliança Toca de Assis CNPJ. 02019254/0001-87 Escritório São José

Rua Amador Bueno, 45, Vila Industrial Campinas/SP. CEP: 13035-030 comunicacaocentral@tocadeassis.org.br (19) 3886 -7 086 SAV- Serviço de Animação Vocacional

Filhos da Pobreza do Santíssimo Sacramento vocacional@fpss.org.br

Editorial

prezado amigo leitor, paz e bem.

Filhas da Pobreza do Santíssimo Sacramento sav.nacional@filhasdapobreza.com.br Revista Toca de Assis

Publicação mensal interna da Fraternidadede Aliança Toca de Assis Presidente

Ir. Emanuel do Sacramento de Amor, fpss. Departamento de Comunicação

Ir. Judá, Leonardo de Souza e Anima Comunicação. Editora Chefe

Ir. Judá, fpss Projeto gráfico e Diagramação

Anima Comunicação contato@animacomunicacao.com (43) 3064-1633 Revisão Ortográfica

Larissa Nazário

Impressão e tiragem

10.000 exemplares Colaboradores nesta edição

Pe. Emmanuel Cardozo; Ir. Cordeiro; André Nogueira; Ir. Sara Maria; Ir. Belém; Ir. Maria de Deus; Ir. Verônica; Angela Maria F. Vieira; Sidney Paco; Leonardo de Souza; Fernando Nunes; Tamisa Graciano; Daniel Ávila; Oscar Nascimento; Murilo Messias.

“Conservava todas estas palavras, meditando-as no seu coração”. (Lc 2, 19) Quem não confiaria nesse Coração a quem foram confiados tão preciosos mistérios? O Imaculado Coração de Maria tem sido o amparo da Igreja ao longo dos tempos e continua a ser o nosso amparo, é o que veremos no artigo mãe da igreja. Na Santa Missa, Jesus se dá por inteiro a nós no Santíssimo Sacramento, e nos faz esse convite: “Fazei-vos também vós eucaristia por Deus!” algumas reflexões acerca da nossa participação nos sagrados mistérios é o que veremos no artigo especial deste mês. No de olho na rua deste mês conheceremos a Pastoral do Povo de Rua de Belo Horizonte, que trabalha em parceria com a Fraternidade desta cidade. Na coluna formação daremos continuidade ao aprofundamento sobre o Louvor das Criaturas de São Francisco, e veremos como ele encontra nas criaturas uma mediação para o louvor de Deus Criador. Em o mundo tem saudades de francisco vamos conhecer a relação entre São Francisco e o Espírito Santo, a terceira Pessoa da Santíssima Trindade. Na toca em ação vamos apreciar o testemunho da mãe da Irmã Nínive, a vocação religiosa sob o olhar de uma mãe. Nota de retificação: Informamos que na revista do mês de maio/2016, na coluna Toca Para a Igreja, o título correto do colunista é Missionário Divinol Rufino e não Pe. Divinol Rufino, como publicado.

Capa

Dom Airton José dos Santos, ministrando a Eucaristia ao Irmão Ângelo Gabriel, FPSS.

Uma boa leitura a todos! Departamento de Comunicação


Toca de Assis na vida da Igreja e do mundo "Um sinal levantado no meio das nações"

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Quando voltei ao seminário perdi um pouco deste constante contato nos anos de minha formação, mas a partir de 2012 – quando fui ordenado sacerdote – tive a alegria de conviver um pouco mais com a casa masculina de Curitiba e também de passar alguns dias na casa feminina de Santos por duas vezes. Foi então que aquela admiração inicial foi crescendo, hoje posso contemplar o zelo pelo Sagrado tão profundo, tudo tem sua base na profunda vida interior cultivada. E mais... a vida interior faz cada consagrado doar-se totalmente pelo Senhor presente na Eucaristia e nos pobres. Hoje percebo o quanto o carisma é profético na vida da Igreja, num mundo em que se quer muito o sensível, mas está repleto de in-

Casa São Pio, Fortaleza-CE. Por Anima Comunicação.

onheci a Toca de Assis em 2002, quando era seminarista do Seminário Menor. Acabei saindo do seminário e, em 2003 comecei a participar de Grupos de oração e retiros, foi quando conheci melhor a Fraternidade, ouvindo as pregações pela Canção Nova, lendo alguns livros e conhecendo algumas casas. Algo que sempre me encantou na Santa Igreja foi a Sagrada Liturgia, por isso, este foi o primeiro aspecto que me chamou a atenção: o zelo pelo Sagrado, o respeito por Nosso Senhor presente na Eucaristia, a Adoração Eucarística profunda, contemplativa e constante.

"O zelo pelo Sagrado, o respeito por Nosso Senhor presente na Eucaristia, a Adoração Eucarística profunda, contemplativa e constante." sensibilidade, o carisma da Toca de Assis é “um sinal levantado no meio das nações”, apontando para o essencial da vida cristã: o amor a Deus e ao próximo, tão bem expressados na Adoração Eucarística e no cuidado com os pobres. Além disso, um aspecto que chama a atenção na convivência com os consagrados e consagradas

é a alegria do serviço. O convite à alegria que tanto o Papa Francisco insiste para os consagrados é autenticamente vivido pela Toca de Assis. Mesmo em meio a dificuldades e desafios sempre encontrei, nas casas que conheci, o sorriso de felicidade de quem está com o Senhor. Realmente, este sinal levantado por Deus no meio do mundo e da Igreja continua atraindo corações e levando as pessoas a refletirem sobre em que colocam a sua confiança.

pe. EMMANUEL CARDOZO Arquidiocese de curitiba

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Imaculado Coração de Maria

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aríssimos leitores, neste mês a Igreja celebra a festa do Imaculado Coração de Maria, sabemos que é sempre uma alegria para a Fraternidade Toca de Assis, pois é no Coração da Virgem Maria que, “por amor a Jesus”, depositamos toda a nossa vida. Quando celebramos a festa do Imaculado Coração de Maria experimentamos a misericórdia de Deus que nos ama com um coração humano, o coração da Virgem de Nazaré que pelo mistério da Encarnação deu vida ao Salvador. Essa encontra raízes profundas no Evangelho, que por mais de uma vez relata essa experiência amorosa da Virgem de guardar as coisas em seu coração. E o que guarda em seu Coração? As lembranças do seu Sim, do nascimento, da infância, da juventude e da missão do seu Divino filho. Liturgicamente, a Festa do Imaculado Coração de Maria deve ser celebrada no Sábado a seguir ao Segundo Domingo de Pentecostes. Mas não foi sempre assim! Ainda que os Santos Padres, os místicos da idade média, os teólogos e os ascetas dos séculos tivessem sido grandes devotos do Coração de Maria, foi S. João Eudes (1601-168O) o promotor do culto litúrgico, que se tornou uma devoção e patrimônio comum dos fiéis, tributando-lhe assim uma celebração litúrgica. No entanto, essa devoção ganhou grande destaque com as aparições de Fátima e encontrou o 4

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Ícone do Imaculado Coração de Maria. Por Ir. Claud Lane,OSB.

“Conservava todas estas palavras, meditando-as no seu coração”. (Lc 2, 19)


Natália, Irmão Elias e André. Arquivo pessoal.

derradeiro reconhecimento mediante as revelações de Jesus Cristo feitas à Beata Alexandrina de Balazar, frente aos pedidos de consagração do mundo ao Imaculado Coração de Maria, o que se concretizou em dia 31 de Outubro de 1942, pelo papa Pio XII. Este ato de consagração veio complementar o ato de consagração do Gênero Humano ao Sagrado Coração de Jesus, realizado algumas décadas antes pelo Papa Leão XIII, feito a pedido da Beata Maria do Divino Coração Droste zu Vischering. Queremos também, neste texto, apresentar um breve testemunho do André, um dos nossos Jovens de Assis com o Imaculado Coração de Maria. “Minha devoção ao Coração da Virgem Maria começou em novembro de 2014, quando participava de um retiro chamado Renascer com Maria, juntamente com a Natália, na época minha namorada e atualmente noiva. No decorrer do retiro, um dos palestrantes estava com uma imagem de Nossa Senhora no colo, e passava entre os encontristas para que pudessem fazer pedidos, agradecimentos. Quando chegou a vez da Natália, ela pegou na minha mão e ajoelhamos juntos diante de Nossa Senhora, e lá pedíamos a graça de, unidos, sermos como Maria e José foram um para o outro. Sentimos uma forte emoção e ao mesmo tempo a certeza de que Nossa Senhora estava preparando tudo. Hoje somos consagrados ao Imaculado Coração da Virgem Maria. Nossa Senhora tem um papel fundamental na minha vida, pois em minhas orações diárias peço a graça de ser cuidado e conduzido por Ela, e tenho certeza que é ela quem me envolve em seu Manto Sagrado, me protegendo e me livrando dos perigos e armadilhas do dia a dia.

"Quando celebramos a festa do Imaculado Coração de Maria experimentamos a misericórdia de Deus que nos ama com um coração humano" Sua presença em minha vida foi muito marcante através de minha mãe: aproximadamente há oito anos eu vivia uma vida desregrada, mas graças a proteção de Nossa Senhora e de Deus, nunca aconteceu nada grave comigo e eu tenho a plena certeza de que era Nossa Senhora quem cuidava muito de mim porquê a minha mãe, todas as noites em que eu saia, rezava incessantemente e com muita fé para que eu voltasse bem e em paz. Com este exemplo simples, pude ver o cuidado, o amor e a atenção de Nossa Senhora comigo, atendendo

as preces da minha mãe na terra. Ser um Jovem de Assis Mariano é uma graça imensa e quem poderia nos ensinar melhor a adorar do que Nossa Senhora, pois foi por ela que aconteceu a primeira adoração e é por ela que temos a graça de adorar ao Santíssimo Sacramento todos os dias, em todos os sacrários do mundo. Ser um Jovem de Assis Mariano é deixar ser conduzido por Nossa Senhora, para que possamos adorar de maneira plena ao seu Filho, o nosso Salvador, e assim enxergarmos no irmão a face de Jesus, este Jesus que se faz vivo e presente no sacrário e no irmão.”

Ir. Cordeiro Humilis filhos da pobreza do santíssimo sacramento

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As criaturas no ‘Cântico do Irmão Sol’ de São Francisco Irmã Água, obra de Piero Casentini.

" A nossa irmã, a mãe terra que nos sustenta e governa, mostra que o valor e a força emergem da profundeza do ser..."

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o mês passado fiz uma apresentação geral do ‘Louvor das Criaturas’ de São Francisco, também conhecido como ‘Cântico do Irmão Sol’, mostrei como foi composto em três momentos - de outubro de 1225 a outubro do ano seguinte. Nesse mês focaremos na primeira parte da composição que louva a Deus pela criação bruta, nos próximos dois meses refletiremos sobre os outros dois momentos do cântico. Nessa primeira composição, São Francisco encontra nas criaturas uma mediação para o louvor de Deus criador, ao qual nenhum homem é digno de dizer o seu nome. Ao se fraternizar com as criaturas chamando-as de ‘irmãs’, Francisco faz uma descida que o ajuda a exprimir a transcendência divina.

chama de ‘belo’ os elementos de luz: o sol, a lua, as estrelas e o fogo. O Sol paterno, que é o primeiro elemento, faz o par com o último elemento cantado por Francisco, a “nossa irmã a mãe Terra”, além de já fazer par com a lua e as estrelas que o seguem no poema1.

Já mencionei anteriormente que os elementos formam pares ‘masculino-feminino’, nos pares ‘irmão -irmã’, mas não se trata apenas de ingênua combinação de gêneros gramaticais, essas imagens da criação revelam um sentido superior, são imagens do homem e da mulher. O Irmão Sol, que é também ‘imagem do Altíssimo’, traz o sentido paterno e fecundador. O Sol é fonte de luz, Francisco sempre

Francisco compôs o poema quando (por causa de sua enfermidade) se encontrava hospedado em São Damião, local onde vivia Santa Clara. Embora não apareça o nome de Santa Clara no poema, o escritor Leclerc levanta a hipótese de que ela poderia estar presente na imagem da ‘lua e estrelas’. Esses elementos cósmicos que envolvem a noite evocam na mente do homem seu lado sonhador, o seu outro ‘eu’

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que se manifesta no semblante da mulher. O que há de mais interessante nessa estrofe sobre a lua e as estrelas é a qualidade “preciosa” empregada a elas. Em seus escritos, Francisco só usa o termo ‘precioso’ para coisas sagradas ligadas ao corpo do Senhor, respectivamente os objetos e os lugares de conservação da Eucaristia. Portanto, São Francisco não chamaria os astros de preciosos sendo que utiliza a palavra para as coisas sacras do corpo do Senhor, razão que nos indica a revelação de dois mundos no poema, um exterior e outro interior, porque possui uma linguagem simbólica, assim Clara poderia estar figurada nos astros ‘preciosos’.


Cântido das Criaturas, obras de Piero Casentini.

Nos elementos masculinos: o sol, o vento e o fogo se mostram qualidades viris de ação. O sol nos ilumina; o vento tem a tarefa de sustento; e o fogo, robusto e forte ilumina a noite. Já os elementos femininos como a lua e estrelas, a água e a terra, mostram a importância da imanência, as profundezas do ser, do valor na própria substância e não na ação que executam. Por isso, a lua e as estrelas são preciosas e belas, a água é também preciosa, humilde, útil e casta. A nossa irmã, a mãe terra

sobre as águas e a dividiu (Ex 14, 21-22). Na Escritura, a imagem da água sempre está associada à do o vento (por exemplo, cf. Ez 36, 25-26; Jo 3, 5.8). O escritor Leclerc notou o elemento comum da fecundidade, ao irmão vento que dá sustento às criaturas (e semeia), e a água que é casta. A água é fonte de fecundidade como na visão do profeta Ezequiel, que viu uma torrente de água saindo do templo dando vida por onde passava (cf. Ez, 47). Enquanto o vento expressa seu valor pela ação, “o valor da ág ua está no seu próprio ser” (Leclerc, 1977, p. 83).

que nos sustenta e governa, mostra que o valor e a força emergem da profundeza do ser, onde a semente morre e cresce na escuridão produzindo frutos para a alimentação, ervas para a cura e coloridas flores em que podemos apreciar a sua beleza. O vento e a água são realidades que se apresentam juntas na revelação bíblica desde o início quando “um vento de Deus pairava sobre as águas” (Gn 1,2), ou no êxodo quando o vento soprou

Fontes LECCLERC, Eloi. O cântico das criaturas ou símbolos da união. Petrópolis: Vozes, 1977. FONTES FRANCISCANAS, escritos e biografias de São Francisco de Assis. Organização SILVEIRA, Idelfonso. 9ª edição, Petrópolis: Vozes, 2000. Referências 1 Poema publicado na edição anterior.

Vamos agora para o último par dos elementos: o fogo e a terra. Francisco não teme o fogo irmão, ele é forte, mas não lhe faz mal, não o fere quando o cirurgião lhe cauteriza com ferro em brasa para curar-lhe a oftalmia (cf. FF, 2000 in: 2C n. 166), a força do fogo, símbolo de toda força masculina, não é apresentada como ameaça. Ao lado da imagem masculina do fogo, Francisco coloca ‘nossa irmã, a mãe Terra’. Para o Santo de Assis a terra é lugar de nascimento, onde sua vocação é gestada no esconderijo por ele cavado a fim de fugir da fúria do pai (cf. FF, 2000 in: 1C n. 10). Além disso, gostava de rezar em uma gruta perto de Assis para conhecer a vontade do Senhor (cf. FF, 2000 in: 1C n. 6). “[...] A caverna ficará sempre ligada à descoberta do ‘tesouro imenso e precioso’” (Leclerc, 1977, p. 116). Portanto, existe no poema a valorização do duplo movimento: de um lado a ação viril para fora, e de outro que se dirige para as profundezas do ser e encontra o valor em si mesmo.

ir. sara maria

filhas da pobreza do santíssimo sacramento

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O servir de uma mãe "...Ficamos felizes, mas nossa maior alegria, sem dúvida, é quando ela chega para passar as férias aqui em casa."

Chamo-me Angela Maria de Freitas Vieira, moro em C ere s - g o , s ou c a s ad a c om Alcides Vieira e tenho dois filhos: Nínive e Henrique, que são a complementação da nossa família. A Nínive, hoje como freira da Toca de Assis: Irmã Nínive Maria, sempre foi muito alegre, divertida, gostava de praticar esportes, estudar música, viajar e tinha planos de faculdade. Aos quatorze anos começou a participar da Igreja, a ter o primeiro contato, participar dos acampamentos de músicos, de carnaval, e eu e seu pai sempre fomos muito companheiros, mas até então não demonstrava interesse em ser freira, era uma jovem como as outras, com ideias, sonhos, projetos, enfim, ser freira era algo longe de “nossos sonhos” para ela.

Em Setembro de 2001 ela foi visitar uma amiga em Anápolis-go, nas Irmãs Clarissas, já buscando seu ideal que seria servir a Deus de alguma forma. Nessa busca ela conheceu uma menina que iria fazer o Encontro Vocacional da Toca de Assis em Dezembro daquele ano, foi quando ela despertou para a vivência do carisma da Toca. Ao retornar para nossa casa em Ceres ela passou a se informar mais sobre a Toca de Assis através da Canção Nova. Ela entrou em contato e se inscreveu para o Encontro Vocacional no final de dezembro de 2001, em Campinas-sp. Ao término do retiro, já sabendo que iria entrar no dia 06/01/2002, em sua viagem 8

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de retorno para Goiás, ainda durante a madrugada, me liga para falar que irá entrar para a Toca de Assis, ela super feliz de um lado da linha e eu chorando do outro! Certo dia ela saiu a tarde e demorou um pouco, quando chegou seu pai perguntou onde estava, ela disse que tinha ido a festinha de uma amiga que passou no vestibular, ele, inconformado pela decisão de entrar para a Fraternidade para ser freira falou: “você dizia que

queria fazer medicina, ou medicina veterinária e a agora o que você vai ser?!” Sorridente ela respondeu: “pai, eu vou ser uma médica formada por Deus, eu vou tratar não só do corpo, mas do corpo e da alma das pessoas e Nossa Senhora vai ficar no meu lugar aqui com vocês!”. Lembro-me que naquele momento eu senti a sua determinação e força para renunciar tudo! Foi muito rápido, da descoberta de um chamado à vida religiosa até Casa São Francisco, Niterói-RJ. Arquivo Filhas da Pobreza do Santíssimo Sacramento.

P

az e Bem!


sua entrada para a Fraternidade. Fiquei assustada, preocupada porque a Toca de Assis era uma instituição ainda muito nova, não sabia muito sobre, a Nínive ainda não tinha terminado o Ensino Médio, era muito jovem, mas ainda assim dei todo meu apoio, arrumei o que ela precisava e a acompanhei na viagem para Campinas. Nas vésperas de sua missa de entrada para a Toca em Campinas me deparei com mais de cem meninas, jovens, algumas com mais idade outras com menos, de todas as partes do Brasil, que estavam ali para a mesma finalidade: Entrar para a Toca de Assis! Meu Deus, elas tinham uma alegria tão grande, muitas delas nem se conheciam, mas quando se encontravam era como se conhecessem há anos, e eu como mãe

só chorava, por ver em cada uma a escolha de Deus para estarem ali! Ao terminar a missa a qual foi anunciada que ela iria para São Paulo, lembro-me até hoje o endereço: Rua Tsutomi Suzuki, Jardim Leila. Como esquecer?!! Minha filha morar em São Paulo?!! Só por Jesus mesmo! No início sofremos muito com a distância, pela saudade, nunca

"Pai, eu vou ser uma médica formada por Deus, eu vou tratar não só do corpo, mas do corpo e da alma das pessoas e Nossa Senhora vai ficar no meu lugar aqui com vocês!"

tínhamos ficado separados. Mas com a força de Deus, pois acredito que Nosso Senhor Jesus não nos dá um sofrimento ou uma dor maior do que possamos suportar, e com a felicidade transmitida por ela a cada telefonema, a confiança, a segurança, a serenidade de que era o que queria viver, fomos acostumando, aceitando e pedindo a Deus por ela, pois apesar da pouca idade, ainda com 16 anos, sempre demonstrou determinação, mas sempre pedia “mamãe, reza para eu perseverar em minha vocação”. Hoje ainda sentimos a sua falta a cada aniversário que não estamos todos juntos, a cada Natal, ano novo, dia das mães, dia dos pais, porém compreendemos que lá ela vive a experiência de encontrar, em suas Irmãs Religiosas e em cada pessoa que elas ajudam neste trabalho da Toca de Assis, valores estimáveis e preciosos para viver essas datas e é assim, ficamos felizes, mas nossa maior alegria, sem dúvida, é quando ela chega para passar as férias aqui em casa. Hoje, ela como Religiosa e nós como família toqueira, temos 14 anos de Fraternidade Toca de Assis e damos graças a Deus, pois sabemos que ela é uma pessoa feliz e realizada no seu propósito de vida, e nós também somos felizes por vê-la feliz e claro, aprendendo a cada dia com esse Carisma a amar Jesus Sacramentado e as pessoas que mais precisam. Louvo a Deus por todos que fazem parte desta família Toca de Assis!

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Legenda das fotos 1 - Irmã Nínive em sua Profissão de Votos em 2007. 2 - Filhas da Pobreza do Santíssimo Sacramento da Missão de Niterói-RJ

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Que Deus abençoe a todos nós!

ANGELA MARIA F. VIEIRA ceres-go

Fotografia 1 e 2 Arquivo Filhas da Pobreza do Santíssimo Sacramento.

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Há quanto tempo você não participa da Santa Missa? Ofereçam seus corpos como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus (cf. Rm 12,1)

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m certos momentos da nossa vida, especialmente diante da correria cotidiana, deixamos algumas coisas de lado, umas mais importantes, outras menos, vamos abrindo portas que nunca fechamos e acabamos ficando sempre com inúmeras situações a serem resolvidas no trabalho, nos estudos, no casamento... até mesmo a mídia pode entrar como certa “ocupação” que vai aos poucos tomando lugar em nosso dia.

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11 Bendita Ă rvore da Cruz. Por Sideny Paco.


deríamos formular uma lista interminável de motivos que afastam as pessoas da Missa. Obviamente, um local de fraternidade e coerência é o que se espera de uma comunidade paroquial, todos sonham com isso, mas essa comunhão ideal, no aspecto humano de uma celebração cheia de alegria e tranquilidade, de uma homilia maravilhosa onde sejamos arrebatados emocionalmente, e de pessoas totalmente acolhedoras, não deve ser o centro principal de nossa participação na Santa missa. Vejamos os motivos. Não é nossa intenção, visto que seria impossível em poucas linhas mergulhar em uma explicação sobre o Mistério da Missa do Senhor, mas queremos tomar pelo menos um pequeno, mas muito importante aspecto do sentido da nossa participação na Missa, que certamente não se reduz a um bem-estar psicológico como ressaltamos acima.

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Destrinchando isso, poderíamos perguntar para aqueles que dizem professar a fé católica: E a Santa Missa? Há quanto tempo você não participa? Ela faz parte do seu dia a dia? Se ao avaliar-se você percebeu que faz muito ou pouco tempo, e especialmente para você que está pensando em voltar a participar da Missa, este artigo é para você! Se sentiu a necessidade de retornar, mas está com medo e com certa insegurança, não se preocupe! Jesus está esperando que você se aproxime novamente de seu Mistério maior e deseja te abraçar como o pai misericordioso da parábola do filho pródigo, fazendo festa no Céu. 12

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Entretanto, sabemos que muitas vezes, existem outros motivos, muitas vezes humanos, que impedem algumas pessoas a retomarem o maior ato de amor de um cristão, que é a participação do Santo Sacrifício da Missa. Poderíamos elencar vários motivos: Alguns reclamam do acolhimento, seja do sacerdote, da paróquia, ou ainda dos fiéis que não é muito caloroso; outros sentem que as pessoas estão comentando ou “fofocando” algo sobre eles ou que, ao participar de pastorais e serviços perceberam que alguns estão na Igreja somente atrás de poder e status; enxergam a homilia do Padre como monótona, enfim, de fato po-

O apóstolo Paulo, em sua carta aos Romanos diz: “Irmãos, pela misericórdia de Deus eu lhes peço: ofereçam seus corpos como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, pois este é o culto espiritual que vocês devem prestar” (Rm 12, 1). De forma irresistível, essas palavras de São Paulo nos lembram as que Jesus disse

"Oferecemos o que Cristo ofereceu: a vida e a morte."

na última Ceia: “Tomai e comei, este é o meu Corpo oferecido por vós em sacrifício”. Quando o apóstolo nos exorta a oferecer nossos corpos em sacrifício nos convida, na verdade,


a fazer a mesma coisa que Cristo fez: “Fazei-vos também vós eucaristia por Deus!”. Nós somos o seu Corpo e seus membros (cf. I Cor 12, 12 ss.), por isso o sentido que dá as palavras de Cristo é esse: Permiti que eu ofereça ao Pai o meu Corpo que sois também vós. Sendo assim, nos perguntemos - o que nos toca participar da Santa Eucaristia e o que oferecemos com Cristo na Missa quando oferecemos também nosso “corpo” e nosso “sangue”? - Oferecemos o que Cristo ofereceu: a vida e a morte. Com nosso corpo damos tudo o que concretamente constitui a vida corporal, como nosso tempo, saúde, energias, capacidades, afeições e até mesmo nosso sorriso; já com o sangue expressamos a oferta da nossa morte, não necessariamente a morte definitiva, mas o que nos prepara a ela, como as humilhações, insucessos, doenças que nos prostram, limitações associadas a idade, ou seja, tudo o que nos mortifica. É surpreendente imaginar o que aconteceria se participássemos pessoalmente da celebração da Missa, e todos disséssemos na hora da consagração, uns em voz alta, outros no coração, conforme o ministério de cada um - Tomai! Comei! - Verdadeiramente junto a Jesus e depois, de fato, nos entregássemos com Ele e como Ele se entregou. Como? A mãe de família “celebra” assim sua missa no Domingo, depois toda sua semana e no seu dia a dia, em meio a todas as muitas coisinhas aparentemente sem significado pode ser uma eucaristia com Cristo!

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Sua vida pode ser adoração! Um irmão ou uma irmã consagrada vive assim também sua Missa e depois se põe no meio dos pobres, doentes, idosos... Sua vida pode, em meio a milhares de coisas que faz e que poderia definir como algo insignificante, aparentemente um tempo perdido, ser uma vivência da missa “fora” dela. Um padre celebra assim também sua missa, depois vai, anuncia, ensina, confessa, escuta, aconselha e todo seu dia é adoração e eucaristia, tal qual nossa identidade no seu Corpo Místico!

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Que maravilha participar da missa! Pois faz com que nossas vidas não sejam mais vidas “inúteis”. Se participarmos do Sacrifício de Cristo ninguém mais vai poder dizer: para que serve minha vida? Por que estou no mundo? Estamos no mundo para sermos o que há de mais sublime: Ser um sacrifício vivo, ser uma eucaristia, ser adoração com Cristo!

Legenda das fotos 1 - Bendita Árvore da Cruz, Cotia-SP. 2 - Casa São Pio, Fortaleza-CE. 3 e 4- Pastoral de rua, Fortaleza-CE. Fotografia 1 por Sidney Paco e 2 a 4 por Anima Comunicação.

ir. belem

filhos da pobreza do santíssimo sacramento

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Compartilhando vivências “A misericórdia do Pai se inclina até nós por meio de Jesus Cristo elevando-nos à dignidade de filhos de Deus.”

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esus Cristo sempre acolhia as pessoas que O buscavam, primeiramente com o Seu olhar, depois com Suas palavras           e atitudes. Há alguns meses tenho participado de um grupo composto por moradores e ex-moradores de rua, voluntários, religiosos e profissionais, a comunidade “Amigos de Rua”, dentro da Pastoral de Rua da Arquidiocese de Belo Horizonte. Um espaço “de encontro”, em que os irmãos podem expressar suas experiências vividas nas ruas, aprendendo uns com os outros, buscando meios para superar seus sofrimentos e dificuldades, além de abordagem de temas sugeridos por eles, tais como: saúde, direitos, atuação política, formação humana, entre outros, utilizando a dinâmica da “roda de conversa” onde todos têm voz e vez.

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Compartilhando um pouco dessa experiência, a coordenação da Pastoral do Povo da Rua concedeu ao “De Olho na Rua” um breve relato da sua história de atuação e contribuição para o “alívio” dos sofredores de rua. “A Pastoral do Povo da Rua e a luta por políticas públicas” “A Pastoral parte do seguinte pressuposto: a luta pela mudança da realidade do povo da rua e pela conquista de direitos passa, necessariamente, pela luta por políticas públicas. As pessoas passam a viver nas ruas por inúmeras causas, quase sempre relacionadas ao desempre14

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últimas décadas. Outro aspecto importante é a ação da Pastoral pautando o tema população de rua em vários espaços estratégicos na sociedade e na Igreja, constituindo rede de apoiadores, e incidindo diretamente na elaboração, implementação e monitoramento de políticas públicas que atendam o povo da rua.

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go, desestruturação familiar e violência urbana. Como pano de fundo dessas exclusões, tem um sistema econômico e um modelo de desenvolvimento que acirram a pobreza e a segregação nas cidades. E, atualmente, o instrumento que se tem para garantir a promoção e a defesa dos direitos de todos é a partir da implementação de políticas públicas. Nessa ampla caminhada, alguns passos importantes foram dados, e é possível apontar conquistas que ocorreram a partir dessa luta. No que tange à organização social, desde 2004, existe o Movimento Nacional da População de Rua que participa de várias instâncias de incidência política e luta por direitos. A Pastoral teve um papel importante no processo de empoderamento do povo da rua, formação de lideranças e articulação com o poder público nas Legenda das fotos 1 - Celebração da Semana Santa. 2 - Projeto de Geração de Renda para o povo da rua. 3 - Capacitação com o povo da rua.

Nesse sentido, destaca-se a participação da Pastoral no Comitê que monitora a implementação da Política Nacional para a População em Situação de Rua e em vários outros espaços com o mesmo fim. É através dessa incidência que são forjadas conquistas importantes, como por exemplo, a garantia da gratuidade da alimentação para o povo da rua em Belo Horizonte. Não obstante, várias ações na perspectiva da saúde, habitação, geração de trabalho e renda foram implantadas ou estão sendo pensadas em várias cidades do país. Contudo, de forma alguma estamos diante de conquistas definitivas, muito ainda é preciso caminhar. Além do cenário de negação de direitos e preconceito apresentado acima, há a situação de que o tema “povo da rua” ainda é novidade para muitos setores da sociedade e do poder público. As pessoas em situação de rua ainda são percebidas como estorvo ou ‘coitadinhos’, e não como sujeitos de direitos. Nesse sentido, muitos desafios a serem superados ainda se apresentam. Por isso consideramos importante seguir lutando para que, cada vez mais, o povo da rua se organize, lute por seus direitos

e legitimem passos para que as políticas públicas contemplem a todas as pessoas. Só assim teremos cidades mais justas, onde a cidadania inclui a todos e todas. Essa luta, a nosso ver, contribui para a construção do Reino, rompendo com a dureza do asfalto.” Agradecemos a Deus por iniciativas, como a Pastoral do Povo da Rua, que vivem sua missão de ser instrumento de misericórdia na vida de tantos irmãos e irmãs sofredores e que a Virgem Maria nos conduza a sempre “olhar” e “agir” como seu Filho Jesus Cristo.

Sobre a Pastoral do Povo de Rua A Pastoral do Povo da Rua, ação da Igreja, é membro da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz, da CNBB, e tem como Missão: “Ser presença junto à população em situação de rua e dos lixões, reconhecer e celebrar os sinais de Deus presentes na sua história e desenvolver ações que transformem a situação de exclusão em projetos de vida para todos”. A Pastoral atua com o povo em situação de rua desde o final da década de 1980. Trata-se de um grupo de pessoas que vivem numa situação de extrema vulnerabilidade social, cercado de preconceito e violência das mais variadas formas. Não são poucos os casos de recusa de atendimento em instituições públicas, violação de direitos em serviços de acolhimento institucional e, até mesmo, assassinato com uso de extrema violência. Em linhas gerais, a ação da Pastoral se dá no sentido de estimular o protagonismo e a organização social das pessoas que vivem em situação de rua, visando a mudança dessa situação de negação de direitos.

ir. Maria de Deus do Imaculado Coração filhas da popreza do santíssimo sacramento

Fotografias do arquivo da Pastoral do Povo de rua. JUNHO de 2016 | toca de assis

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toca de assis | junho de 2016

Imagem de SĂŁo Francisco por BartolomĂŠ Esteban Perez.


São Francisco e o Espírito Santo “Onipotente, eterno, justo e misericordioso Deus, dá a nós, miseráveis, fazer, por ti mesmo, o que sabemos que tu queres, e sempre querer o que te apraz, para que, interiormente purificados, interiormente iluminados, e acesos no fogo do Santo Espírito, possamos seguir os vestígios de teu amado Filho, nosso Senhor Jesus Cristo.” (Carta aos Fiéis 50-51)

C

omo sabemos, São Francisco era muito intenso em tudo o que ele fazia e extremamente sensível, isso o tornava uma pessoa muito atenta às inspirações do Espírito Santo, para ele o Espírito era o movimento do amor de Pai e do Filho, o Espírito que dá a vida, o Espírito que o Pai soprou para dar vida a Adão, o Espírito que desceu sobre a Virgem Maria, o Espírito Santo que desceu sobre Jesus no batismo confirmando a missão de Jesus, O Espírito Santo que conduziu Jesus ao deserto, o Espírito Santo que fez Jesus exultar de alegria porque o Pai revela as coisas aos pequenos, o Espírito Santo que desceu sobre os apóstolos no cenáculo em Jerusalém, o Espírito Santo que está ligado intimamente à ação do Pai e do Filho.

essa união orante em Deus, que nos torna sensíveis as luzes do Espírito, São Francisco era acima de tudo um homem de oração.

"O Espírito Santo é movimento, é ação, transformação, renovação, e por isso um carisma nunca morre, o carisma franciscano se perpetua até hoje."

São Francisco estava sempre atento as inspirações do Espírito, conforme consta nos seus escritos: “O Espírito de Deus que o ungira, juntamente com "Cristo, poder e sabedoria de Deus" (1Cor 1,24), estava sempre com Francisco.” (Legenda Menor 5,1).

“Jamais desprezava por negligência qualquer visita do Espírito; mas ao contrário, sempre que elas se apresentavam, seguia -as cuidadosamente e, enquanto duravam, procurava gozar da doçura que lhe comunicavam. Por isso, se estivesse caminhando e sentisse alguns movimentos do Espírito divino, parava um momento, deixando passar os companheiros, para gozar mais intensamente da nova inspiração e não receber em vão a graça celeste (cf. 2Cor 6,1).” (Legenda Maior 10,2).

São Francisco era uma pessoa livre e aberta as inspirações do Espírito, e sabia agarrar estas oportunidades e não titubeava em realizar as inspirações que Deus lhe dava, devemos ter esse abandono, essa coragem e disposição que Francisco tinha, e também

São Francisco nos ensina como agir impulsionados pela força do Espírito Santo que não nos deixa parados, o Espírito Santo é movimento, é ação, transformação, renovação, e por isso um carisma nunca morre, o carisma franciscano se perpetua até hoje

mesmo diante dos desafios que ele enfretou durante os 800 anos de sua existência, passando por reformas e conflitos. O Espírito Santo continua suscitando novos carismas, para cada tempo e necessidade da humanidade, e nós hoje somos chamados a viver este momento da Igreja, essa renovação ao qual o Espírito Santo nos impulsiona. Sejamos como São Francisco e agarremos esta oport unidade que o Espírito nos concede!

Invocação ao Espírito Santo Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do Vosso amor. Enviai, Senhor, o Vosso Espírito, e tudo será criado, e renovareis a face da terra. Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos rectamente todas as coisas e gozemos sempre da sua consolação. Por nosso Senhor Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo. Amém.

IR. VERÔNICA

Filhas da pobreza do Santíssimo sacramento

JUNHO de 2016 | toca de assis

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toca de assis | junho de 2016


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