Plano Brasilia 82

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Plano

01 de fevereiro de 2011 Ano 9 · Edição 82 · R$ 5,30

BRASÍLIA BR w w w. p l a n o b r a s i l i a . c o m . b r

EDITORA

Cirurgia Plástica Beleza ideal ao seu alcance

Entrevista Messias de Souza JUSTIÇA Sérgio Alonso

82

Ponto de vista Cláudio Abrantes





Conferência pela Internet: Já Chegou, Funciona e Gera Muita Economia! Os gastos com viagens e videoconferências, destinados a reuniões, conferências e encontros, são expressivos. O webAula Conference, surgiu para reduzir custos empresariais. Em seu ambiente virtual é possível a interação palestrante /participante, por meio de áudio, vídeo, Power Point, compartilhamento da área de trabalho, área de desenho, etc.

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Dar uma passadinha em Hogwarts, andar em loops gigantescos das maiores montanha-russas do mundo, ser salvo pelo Homem-Aranha. Enfim, com a galera da JANOT isso é apenas o começo, quando o assunto é ir a Disney

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Sumário

13 46 12 Cartas

38

29 48

38 Cotidiano

62

64 Mundo Animal

13 Entrevista

40 Planos e Negócios

66 Jornalista Aprendiz

16 Panorama Político

42 Automóvel

68 Mercado Imobiliário

18 Brasília e Coisa & Tal

44 Vida Moderna

70 Propaganda e Marketing

20 Política Brasília

46 Esporte

72 Tá Lendo o Quê?

22 Dinheiro

48 Personagem

73 Nutrição

24 Capa

50 Saúde

74 Frases

28 Cidadania

52 Moda

75 Justiça

30 Gente

54 Comportamento

76 Diz aí, Mané

32 Cidade

56 Cultura

78 Cresça e Apareça

34 Educação

60 Gastronomia

80 Ponto de Vista

36 Tecnologia

62 Música

82 Charge


VOCÊ JÁ COMBATEU A DENGUE HOJE? Todos os anos milhares de brasileiros pegam dengue, uma doença séria que pode ser evitada com medidas simples. Reúna amigos, parentes e vizinhos e ajude a eliminar os focos do mosquito. Com todos unidos, conseguiremos vencer essa luta.

Mantenha a caixa d’água bem fechada. Coloque também uma tela no ladrão da caixa d´água.

CUIDE DA SUA CASA.

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Coloque o lixo em sacos plásticos e mantenha a lixeira bem fechada.

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Expediente

Carta ao leitor Prezado leitor,

DIRETOR EXECUTIVO Edson Crisóstomo crisostomo@planobrasilia.com.br DIRETORA DE PROJETOS ESPECIAIS Nubia Paula nubiapaula@planobrasilia.com.br DIRETOR ADMINISTRATIVO Alex Dias alex.dias@planobrasilia.com.br

Plano

BRASÍLIA CHEFIA DE REDAÇÃO Afrânio Pedreira DIRETOR DE ARTE Theo Speciale

DESIGN GRÁFICO Camila Penha, Eward Bonasser Jr. e Monique Valente Fotografia Gustavo Lima EQUIPE DE REPORTAGEM Alessandra Bacelar, Fernanda Azevedo, Larissa Galvão, Maíra Elluké, Michel Aleixo, Natasha Dal Molin, Ricardo Borges e Tássia Navarro COLABORADORES Adriana Marques, Bohumil Med, Carlos Grillo, Carlos Hiram Bentes David, Claudio Abrantes, Cerino,Heitor Albernaz, Luis Turiba, Mauro Castro, Regina Ivete Lopes, Ricardo Movits, Romário Schettino, Sérgio Alonso, Tarcísio Holanda. IMPRESSÃO Prol Editora Gráfica TIRAGEM 60.000 exemplares REDAÇÃO Comentários sobre o conteúdo editorial, sugestões e críticas às matérias redacao@planobrasilia.com.br AVISO AO LEITOR Acesse o site da editora Plano Brasília para conferir na íntegra o conteúdo de todas as revistas da editora www.planobrasilia.com.br PLANO BRASÍLIA EDITORA LTDA. SCLN 413 Bl. D Sl. 201 CEP: 70876-540, Brasília-DF Comercial: 61 3041.3313 | 3034.0011 Redação: 61 3202.1357 Administração: 61 3039.4003 revista@planobrasilia.com.br Não é permitida a reprodução parcial ou total das matérias sem a prévia autorização dos editores. A Plano Brasília Editora não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados.

Aqui estamos nós com mais uma edição, feita exclusivamente para você que sempre nos prestigia. A nossa matéria de capa, em quatro páginas, traz um assunto que acreditamos ser do interesse de todos: a beleza e as cirurgias plásticas, não só como correção da aparência, mas também como um recurso de recuperação de autoestima. E, como já dizia o grande poetinha Vinícius de Moares: “as feias que me desculpem, mas beleza é fundamental. E não é só ele que acha isso. Dados revelam que, embora se declarando alheios ao estético, as pessoas não deixam de apreciar o belo. E é fato que, à medida que o tempo passa mudam também os padrões de beleza da sociedade. Durante séculos, a estética esteve ligada à geometria. Na Grécia, teorias matemáticas ditavam as formas do conceito de beleza. E, o grande naturalista inglês Charles Darwin, que revolucionou o mundo com a sua teoria da evolução, associou a beleza ao fator biológico necessário à reprodução. Essa teoria perdura até hoje, podendo ser percebido, por exemplo, no estereótipo de mulheres com cintura fina e largos quadris, que produz a idéia de fertilidade. Enquanto o modelo de homens altos e fortes são atributos de bons provedores e defensores da família. E, como não poderia deixar de ser, atualmente, o querer ser belo está ao alcance da mão, graças à medicina que tem feito narizes, bocas, bustos, bumbuns e outras partes do corpo, esteticamente perfeitos e a gosto do cliente. O número de pessoas que já recorreram à cirurgias plásticas no país, até o início deste ano, já atingiram a marca de mais de 700 mil, colocando o Brasil como recordista mundial no assunto. A matéria “Mão Amiga”, da editoria Cidadania, mostra como a população de Brasília sabe muito bem conjugar o verbo solidariezar. Nesse momento, o brasiliense está mobilizado para ajudar aos desabrigados da Região Serrana do Rio de Janeiro. As arrecadações já passam de 100 toneladas. Na nossa Editoria de Cidade, você leitor, temos certeza de que vai se sentir maravilhado por morar na capital do país. Uma cidade que oferece, entre tantas coisas, pomares no meio da rua para delírio dos olhos e adocicamento do paladar. As árvores frutíferas estão aí carregadíssimas de frutos. A estimativa é de que, na capital federal, existam cerca de cinco milhões de árvores e 30% delas são frutíferas. Na matéria “Coloridos e estilosos”, a bola da vez são os adolescentes que adotam cores e inúmeros acessórios no visual para criar estilos inconfundíveis. E o motivo desse comportamento, conforme especialistas são, em grande parte, ditado por bandas de sucesso no Brasil e no mundo, como a Restart e Hori, do vocalista Fiuk , filho do cantor Fábio Jr. E nessa nova tendência, as meninas costumam usar pulseiras, tênis coloridos, meia fina da cor preta, colares e maquiagens fortes e os meninos, calças bem justas e roupas muito coloridas. É isso leitor. Nós da Revista Plano Brasília esperamos que você goste. Boa leitura e nos falamos na próxima semana. Até lá.


Razões para o

sucesso das revistas 1 Revista é importante fonte de informação e análise. 2 O leitor de revista gosta de inovação. 3 Revista atinge todos os segmentos da sociedade. 4 São mais de 4500 títulos para atender aos interesses do leitor. 5 O leitor de revista tem poder de compra.

6 Revista é o primeiro passo para criar o hábito de leitura. 7 O leitor de revista valoriza a publicidade. 8 Revista gera credibilidade para produtos e marcas. 9 A combinação de revistas com outras mídias resulta em melhores resultados. 10 Revistas duram mais, seus anúncios também.

ANER: CONTEúdO é O NOssO fORTE. fonte: ANER e MPA – The Association of Magazine Media


Cartas

Fale conosco

Senhor Redator, ao dizer que tem cota pessoal para nomeações em seu governo, bastante limitada, diga-se de passagem, o governador Agnelo confessou seu limitado poder de governar. A nomeação para todos os cargos do governo deveriam ser de livre escolha do governador, que os distribuiria ainda que fosse para atender pretensões partidárias. O atual sistema de cotas, tanto a nível federal como regional, é o maior cancro que corroe a administração pública. Elizio Nilo Caliman Lago Norte Prezados redatores da Plano Brasília, recebemos hoje, primeiro exemplar da revista, com excelente matéria de capa, Solidariedade. A escolha não podia ter sido melhor nesta 1ª. Edição do ano e, que por toda parte, a solidariedade se faz tão necessária. Nós da ABE – Academia Brasileira de Estudos Espirituais apoiamos francamente a iniciativa da revista, que vai com certeza motivar este nobre sentimento no coração da nossa gente generosa. Por aqui, além da solidariedade material, pensamos ser de muita importância a solidariedade do sentimento, aquela que envolve os relacionamentos de toda ordem. Que contribui no esclarecimento, mais que isso, na reeducação do ser e, sobretudo na sua libertação íntima. Sim! Porque enquanto houver dúvidas existenciais, haverá sofrimento, ang[ustia e medo. Uma pessoa que vive assim é escrava de todos esses sentimentos ruins, não é mesmo? A ABE é uma organização irrestritamente ecumênica e universalista. Estudamos e trabalhamos para que todos sejamos cada dia mais felizes. Daí, o nosso entusiasmo com a matéria publicada. Parabéns! Que Deus abençoe a todos vocês da Plano Brasília. José Carlos Silva – presidente

Cartas e e-mails para a redação da Plano Brasília devem ser endereçadas para: SCLN 413 Bl. D Sl. 201, CEP 70876-540 Brasília-DF Fones: (61) 3202.1357 / 3202.1257 redacao@planobrasilia.com.br As cartas devem ser encaminhadas com assinatura, identificação, endereço e telefone do remetente. A Plano Brasília reserva-se o direito de selecioná-las e resumi-las para publicação. Mensagens pela internet sem identificação completa serão desconsideradas.


Messias de Souza Administrador de Brasília

O

novo administrador de Brasília sabe da imensa responsabilidade da tarefa que assumiu nesse início de ano. Mas sua indicação para o cargo foi bem pensada e demonstrou, no meio político, ser também bastante acertada. Isso porque Messias de Souza é uma pessoa bem preparada. Advogado, ele já foi presidente regional do PCdoB e teve também importantes cargos no governo federal. Pessoa próxima de Agnelo, ele tem nas mãos a missão de deixar a cidade com o aspecto que ela merece: bem cuidada, moderna, arejada, planejada. Nesta entrevista exclusiva à Plano Brasília, Messias fala de seus principais projetos para a cidade e conta o que já está sendo feito. Confira. Plano Brasília> O senhor estava agora, pouco antes da entrevista, em uma reunião com o governador Agnelo Queiroz (PT). O que foi tratado no encontro? Messias de Souza> Tivemos uma reunião importante sobre o Parque Tecnológico Capital Digital, que é um grande empreendimento que vem há anos sendo discutido por vários segmentos do setor produtivo, da área acadêmica e de governo. E agora, o governador Agnelo tinha o compromisso de tocar esse projeto e promoveu esse grande encontro. O parque tem um cronograma estabelecido. Vai ser coordenado pela Secretaria de Ciência e Tecnologia, com a participação de vários órgãos do governo. Ele está na área de jurisdição da Administração de Brasília, então vamos colaborar muito com a parte da escritura, do licenciamento, dos alvarás. Vamos procurar agilizar para que o cronograma seja cumprido em várias

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área, que prestem um bom serviço e qualificação para a comunidade usuária, que de resto são os moradores do Plano Piloto.

etapas. Tem o módulo I que já está sendo encaminhado. Vai ter processo de licitação, creio que até o meio do ano. Desta vez o parque vai sair do papel. Já tem alguns empreendimentos agendados para esta primeira fase do projeto. Quais problemas o senhor encontrou ao chegar na Administração de Brasília? Eu acho que Brasília, a olhos vistos, estava muito maltratada. A cidade inteira, com um verdadeiro matagal, muitos buracos nas ruas, com muitas muretas de pontes quebradas, com bocas de lobo entupidas. Desse ponto de vista, a cidade estava muito maltratada, estragada. Parques infantis nas quadras, vários equipamentos urbanos depredados e estragados. Esse é o cenário de Brasília que encontramos. Haverá um grande esforço para colocar a cidade na normalidade. Não temos ainda nem um mês de governo e de nova administração, mas o senhor poderia destacar o que já foi feito nesses vinte e poucos dias? A condição de normalidade da cidade. É um processo que ainda está em curso. As equipes da Novacap e da Administração estão trabalhando de domingo a domingo. Ainda não foi concluído porque toda a cidade estava em estado deplorável. O saldo que nós temos é a recuperação de várias quadras, do gramado, tapagem dos buracos. Isso tem um saldo já efetivo e nós começamos pelos de maior gravidade e aos poucos vamos fechando a cidade inteira. Nós temos enfrentado outros problemas de natureza estrutural, promovendo já o debate e o diálogo em torno de questões chaves como os “puxadinhos” da Asa Sul, que tem um prazo legal, até abril. Já promovemos reuniões com representações da comunidade, empresários e a Agência de Fiscalização (Agefis). São muitas reuniões. Então fecharia o circuito de contatos com todas as entidades governamentais que têm interesse direto, fazendo a interface com os moradores e empresários. Depois irei convidar a todos para uma mesa redonda de diálogos. A Administração incentivará esse diálogo para encontrarmos uma saída negociada.

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Eu acho que Brasília estava muito maltratada O prazo que a Lei estabelece é um prazo curto. Dificilmente todos poderão se adequar a este prazo. No que depende da Administração, estamos acelerando para que aqueles que entraram com o requerimento de regularização na Administração e que atenderam às exigências da Lei, esses serão deferidos mais rapidamente. Mas há outros que têm dificuldades. Cada quadra tem uma característica específica. Algumas têm problemas de natureza dominial, os donos estão foras da cidade e não têm interesse direto. Então, às vezes, o interesse do empreendedor que aluga o ponto não coincide com a presteza e a iniciativa do dono do imóvel. São vários problemas que estamos recolhendo e queremos que, a partir desse grande diálogo haja um consenso que permita um novo cronograma de cumprimento das metas da Lei. Ao mesmo tempo, tem áreas de maior conflito, como os bares de esquina, que da mesma forma só teremos uma solução se for uma negociação entre as partes para garantir a mobilidade das pessoas e ao mesmo tempo garanta que haja empreendimentos produtivos na

Além da questão dos “puxadinhos”, que outros pontos de conflitos o senhor prevê aqui na cidade? No caso dos puxadinhos é apenas um contencioso antigo que se arrasta há mais de 20 anos. Mas nós teremos problema semelhante, com características físicas diferentes, que são as ocupações diferentes dos “puxadinhos” da Asa Norte, que pela disposição dos prédios, o conflito é diferente. Eles avançam na área pública na frente das lojas e, sobretudo ocupam as calçadas. Mas nós temos outros conflitos de interesse entre os moradores e o comércio que insiste ilegalmente em se estabelecer nas 700 da Asa Sul, Na 700 da Asa Norte tem também a questão da adequação do tipo de comércio existente lá, que foge da destinação originária e gera conflito. Qual é a destinação errada ali para o local? Ali tinham muitas lojas de revendas de automóveis. Elas foram retiradas com a construção da Cidade do Automóvel. Oficinas, que foram transferidas para o Setor de Oficinas. Mas esses empreendimentos aos poucos começam a voltar. Isso não deve ser estimulado. A Administração não estimulará e nem concederá alvarás de licença para atividades que não estão previstas para aquela área. Esse tipo de atividade, muitas vezes, gera conflitos com a população, porque afeta a qualidade de vida da região. E em relação à Ponte JK? Essa é uma discussão na qual a Administração também está participando? Sim, nós temos interesse no acompanhamento das soluções técnicas da Ponte JK porque é uma grande via de acesso à Brasília, ao Plano Piloto. Agora a gestão disso se dá a partir da Secretaria de Obras e da Novacap, que é quem tem a incumbência de fazer a manutenção. Conversando com o secretário de Obras,


sei que providências foram tomadas para a contratação de empresas que dêem a manutenção não só daquela ponte, como das outras de acesso a Brasília. As duas pontes antigas que se verificou como herança das gestões anteriores, uma falta manutenção de muitos anos. No caso da Ponte JK, nunca houve manutenção após a inauguração. Então se vê que, determinados equipamentos, tipo pontes e viadutos precisam de uma manutenção permanente. Não basta fazer obras e inaugurá-las. A cidade precisa daquilo que eu chamo de voltar à regularidade, à normalidade quanto aos aspectos de segurança. É preciso que tudo isso seja acompanhado permanentemente pelos órgãos do governo para que estejam sempre disponíveis e em segurança para a população de Brasília. O senhor tem nas mãos uma grande responsabilidade, já que Brasília é a capital da República e está repleta de problemas. Quais são os planos a curto e a longo prazo para a cidade? A curto prazo, já me referi a algumas. Outras dizem respeito à conduta de administração. Eu me refiro, sobretudo, à utilização abusiva da Esplanada dos Ministérios. É uma determinação desta gestão: nós queremos que a Esplanada cumpra sua finalidade de ser um ambiente monumental, símbolo da República. Portanto, ali ocorram apenas atividades de eventos cívicos. Esses eventos de natureza de shows e esportivos que historicamente vinham ocorrendo ali e que levam à degradação do ambiente da escala urbanística da Esplanada dos Ministérios, que essas atividades sejam destinadas a outros ambientes. Brasília tem muitos espaços que podem ser melhor ocupados por essas manifestações culturais e artísticas. Nós temos áreas verdes imensas. Temos muitos parques e todas as condições para que esses eventos ocorram na cidade sem afetar o bem estar da população e o patrimônio urbanístico e histórico, como é o caso da Esplanada. Essas são ações de curto prazo e nós já estamos indeferindo ações nesses locais e ao mesmo tempo sugerindo outros mais

W3 Sul. Esse conjunto, se nós chegarmos à Copa do Mundo com esse centro revitalizado, teremos outra imagem para os seus habitantes, para ser apresentada para o público internacional.

Nós queremos que a Esplanada cumpra sua finalidade de ser um ambiente monumental, símbolo da República adequados. A longo prazo, nós pretendemos enfrentar e aí é meta fundamental dessa gestão: esperamos que nos quatro anos do governo Agnelo nós possamos revitalizar e recuperar o centro da cidade para o cidadão. Que as pessoas possam caminhar no centro da cidade, possam ter praças, lugares aprazíveis e calçadas que garantam a locomoção das pessoas. Inclusive daquelas que têm dificuldade na locomoção, os cadeirantes. Com isso, diminuindo essa necessidade absurda de utilização de automóvel para deslocamentos de pequenas distâncias. Para isso, é preciso a construção de estacionamentos subterrâneos como opção, permitindo que as pessoas estacionem em locais mais remotos e caminhem no centro da cidade como no Setor Comercial Sul e Norte, o Setor Bancário Sul e Norte e a Avenida

E por falar em Copa do Mundo, qual papel caberá à Administração em relação a esse importante evento? A Administração terá um papel importante. Porque tem a parte das obras que o governo está conduzindo. Grandes reformas pela Secretaria de Obras e Novacap. Há muitas questões urbanas a ser enfrentadas. Essa revitalização do centro é a principal - o acesso do Setor Hoteleiro ao centro da cidade. Mas há outras ações de cunho educativo e cultural que a Administração irá atuar em parceria com a área de Educação que é estimular a preparação da mão-de- obra para atender adequadamente, civilizadamente, esse contingente de turistas que chega. Desde os visitantes que estarão nas ruas, às iniciativas de civilidade como é em Brasília a questão do respeito à faixa de pedestres, eu diria a correta utilização das lixeiras, da cidade limpa. Essas ações serão em parceria com os empresários da hotelaria, para que os serviços da cidade sejam feitos com muita qualidade. E nós iremos contribuir com isso, com a concessão dos alvarás, a destinação correta de acordo com as finalidades. Há ações também na área de Turismo, na utilização das feiras, shopping populares, ambulantes, para que isso seja um serviço auxiliar ao consumidor e não uma coisa que se contraponha ao turista. Se o senhor fosse resumir em uma palavra a Brasília que quer implantar, qual seria? Eu diria que a palavra-chave é uma Brasília moderna. Moderna significa uma qualidade de vida avançada, muito melhor do que nós temos hoje. Nós temos hoje um conjunto arquitetônico que é dito modernista. Nós queremos que esse conjunto arquitetônico torne a cidade moderna na sua concepção de vida, na sua utilização no dia a dia e na qualidade de vida das pessoas.

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Panorama Político

tarcísio holanda

Dilma Rousseff ainda se

não

Q

mostrou

uem poderá fazer um prognóstico seguro sobre como será o governo de Dilma Rousseff? Só um mágico. A nova presidente da República conheceu a máquina do governo brasileiro, comandando-a em nome de Lula, nos últimos quatro anos. Os que a conhecem dizem que ela é uma perfeccionista, que costuma delegar missões e cobrar com energia. Não se sabe, porém, se possui a sensibilidade própria dos estadistas para comandar as forças políticas que a apóiam no Congresso e ganhar a confiança do país. Só o tempo poderá mostrar quem é Dilma Rousseff e como será seu governo. O economista Delfim Netto, alguém que conhece o país, como poucos, acredita que ela reúne qualidades para realizar um bom governo. “Antes de mais nada, ela tem virtudes que fortalecem essa expectativa. E é uma tecnocrata.” – diz aquele que comandou a economia brasileira por quase 15 anos e conhece as sutilezas do poder. Depois de conviver com um marqueteiro natural nesses últimos oito anos, o país se depara com uma presidente da República mais discreta e reservada, cuja personalidade não está habituada às práticas publicitárias do ex-presidente.

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É notório que se trata de uma pessoa que gosta do trabalho. Os que com ela conviveram e convivem testemunham essa virtude da sucessora de Lula. Dilma não tem hora para trabalhar e isso certamente servirá de exemplo aos seus auxiliares. Porém, presidente da República não é só uma pessoa dinâmica, um pé de boi, como se diz na linguagem comum. Precisa ter aquela visão que só o estadista possui e que permite identificar as realizações mais reclamadas pelo país. É essa virtude que Dilma Rousseff terá de demonstrar se possui ou não nos seus quatro anos de mandato. Surgem problemas agora com as eleições para renovação das Mesas Diretoras das duas Casas do Congresso. No Senado, uma Casa de apenas 81 integrantes, o problema é menor. Mas a escolha do presidente da Câmara dos Deputados é sempre cheia de problemas. Basta lembrar que o lançamento de vários nomes ligados ao governo acabou facilitando a eleição de uma figura singular – o então deputado Severino Cavalcanti, que criou grave problema político, no primeiro mandato de Lula. Os tempos são outros, mas convém ficar atento. A candidatura que está posta na bancada do PT é a do deputado

gaúcho Marco Maia, 1º vice-presidente, que ganhou a presidência com a escolha de Michel Temer para vice-presidente da República. Marco Maia atraiu o apoio do PCdoB à sua candidatura, esvaziando a candidatura do deputado Aldo Rebelo. Mas o deputado Sandro Mabel decidiu lançar-se candidato e não está dando a menor importância á ameaça de seu partido, o PR, de expulsá-lo, se mantiver o nome no páreo. E isso insere o imprevisível na disputa pela presidência da Câmara nas eleições do dia 2 de fevereiro.

DISCRETA E RESERVADA Não há dúvida de que em pouco mais de um mês que está no poder, Dilma Rousseff demonstrou que gosta de cultivar a discrição em matéria de Estado. Essa representa uma mudança radical que se verifica no seu governo em relação ao de Lula, que fazia, ele mesmo, o papel de marqueteiro-mor do Palácio do Planalto. Enquanto PT e PMDB brigam por cargos e posições, ao seu redor, a presidente Dilma se mantém em absoluto silêncio, sem fazer nenhum comentário a respeito. Ela só fez comentários, até agora, sobre a tragédia da região serrana do Rio. Sobre o mais, calou. Já se diz que ela vai acabar falando de público para anunciar que remé-


dios para hipertensão e diabetes serão distribuídos gratuitamente através da Farmácia Popular. Cumpre, assim, uma de suas promessas de campanha. O subsídio é de 90%, atualmente.

O PR, partido de Mabel, está apoiando a candidatura de Marco Maia. Seu presidente, Alfredo Nascimento, que assumiu compromisso com o Palácio do Planalto, ameaça expulsar o deputado Sandro Mabel do partido. Acreditava-se que, sem o apoio de seu partido, Mabel retiraria sua candidatura. Ocorreu o contrário. Mabel manteve seu nome e promete não retirá-lo. Alfredo Nascimento já marcou uma reunião da Executiva Nacional do PR para segunda-feira a fim de expulsar o deputado goiano. E deu um prazo de cinco dias a Mabel para retirar-se da disputa. Alfredo Nascimento sustenta que a Executiva Nacional do PR, na reunião prevista para a próxima segunda-feira, vai transformar o apoio ao deputado Marco Maia em uma “questão fechada”. O fechamento da questão obriga os filiados ao PR a cumprirem a decisão partidária. Consoante os termos da legislação vigente, o filiado que se insurge contra a deliberação pode ser expulso da legenda. Nesse caso, a Executiva Nacional do PR requereria ao Tribunal Superior Eleitoral a expulsão do deputado Sandro Mabel de seus quadros.

que o ex-presidente Lula é favorável à volta aos quadros do PT de Delúbio Soares, o ex-tesoureiro que deixou o partido quando eclodiu o escândalo do Mensalão, cujos envolvidos estão sendo processados no Supremo Tribunal Federal. O próprio presidente Lula já disse, em várias oportunidades, que o Mensalão foi uma tentativa de golpe de Estado arquitetado pela grande mídia para afastá-lo do governo e que aquele escândalo não passou de uma verdadeira farsa contra ele e seu governo. Convém lembrar que o ex-todo-poderoso Chefe da Casa Civil de Lula, o ex-deputado José Dirceu, depois de tomar um café-da-manhã no Palácio da Alvorada, no final do ano passado, anunciara que, fora do poder, Lula se dedicaria a demonstrar que o Mensalão foi uma farsa. Agora, o deputado André Vargas, que é do PT do Paraná, revelou que o pedido de filiação de Delúbio será examinado pelo PT entre março e abril. E claro que será aprovado pelos dirigentes petistas. “Como é que nós vamos dizer que o Delúbio não pode se filiar ao partido? Nenhum de nós tem condição moral ou política para dizer que ele não pode voltar a militar no PT” – disse Vargas, acrescentando: “Se qualquer evidência de caixa dois servir para excluir alguém do PT, tem que dar uma excluída boa, geral. Do PT, ou do PTB, do PMDB”...

Delúbio de volta ao PT

DISPUTA NO DEM

O secretário de Comunicação do PT, André Vargas, acaba de anunciar

O deputado mineiro Marcos Montes acaba de emitir uma nota

Ameaça

oficial para anunciar que renunciou à sua candidatura a líder da bancada do DEM na Câmara. Ele estava disputando a posição com o deputado ACM Neto, da Bahia. Montes revelou que vai se lançar candidato a líder do DEM, em seu lugar, o deputado paranaense Eduardo Sciarra. A luta pela liderança se inscreve na disputa pela presidência do partido, que será decidida na Convenção Nacional marcada para o dia 15 de março. Marcos Montes havia sido lançado pelo grupo fiel à liderança de Jorge Bornhausen e do prefeito Gilberto Kassab. Os dois estão defendendo a escolha do ex-senador Marco Maciel para presidente nacional do DEM. Acontece que ACM Neto é candidato apoiado pelo atual presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia, filho do ex-prefeito do Rio de Janeiro, César Maia, que está articulando abertamente a candidatura do senador Agripino Maia para presidente nacional do partido. José Agripino, do Rio Grande do Norte, é o líder da bancada do DEM no Senado. Marcos Montes acusa Rodrigo Maia de estar antecipando o debate em torno da sucessão de 2014 no DEM, ao patrocinar a candidatura de ACM Neto para líder da bancada partidária na Câmara dos Deputados. Curioso é que o senador eleito Aécio Neves, que é do PSDB, acabou apoiando ACM, certo de que Jorge Bornhausen e Gilberto Kassab estão trabalhando em favor do governador José Serra.

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Brasília e Coisa & Tal

Romário Schettino

A salvação do BRB O novo presidente do Banco de Brasília (BRB), Edmilson Gama da Silva, a ser sabatinado na Câmara Legislativa, na primeira semana de fevereiro, já está trabalhando. Enquanto espera a aprovação dos deputados distritais, Edmilson participa da transição na direção do banco. O novo presidente do BRB é experiente técnico da Caixa Econômica Federal, já foi diretor da Caixa Vida e Previdência, da Caixa Capitalização e da Caixa Seguros. Antes de ser escolhido pelo governador Agnelo Queiroz, ocupava a Superintendência Nacional de Atendimento e Distribuição. O BRB, sim, tem salvação!

Demissão de Abramovay

Mezzi, jornalista de La Presse, um jornal prestigioso que, sob Ben Ali, havia sido submetido às ordens de sua camarilha. “Nós constituímos dois comitês de redação, um para o La Presse, em francês, e outro para o Essahafa, cotidiano do mesmo grupo, em árabe, explica a senhora Mezzi, acrescentando que o diretor-geral do grupo está confinado, no momento, ao papel daquele que “assina os cheques” a fim de garantir o andamento da empresa. A tomada do poder aconteceu igualmente na Radio Mosaique FM, que pertence a pessoas próximas de Ben Ali. “Decidimos tomar em nossas mãos a linha editorial da rádio para que ela possa transmitir a voz dos tunisinos, sejam quais forem as suas opiniões e a que agrupamento pertençam” anunciaram num comunicado os novos dirigentes, os jornalistas e os empregados da emissora.

Divulgação

Divulgação

É inexplicável a demissão do secretário Nacional de Justiça Pedro Abramovay. A suposta quebra de hierarquia não tem nada a ver, pois o cargo permite que ele tenha opinião própria. A tese dele é correta – não se deve tratar o pequeno traficante com o mesmo rigor dedicado aos grandes – e tem que ser debatida pela sociedade e pelo governo. A não ser que se queira estabelecer a hipocrisia como critério. O mundo inteiro está discutindo a legalização da maconha e o Brasil tem que sair do seu acanhado conservadorismo cretino.

Revolução do Jasmim Na Tunísia, com a “Revolução do Jasmim”, jornalistas tomam o poder nas redações. Com este título, o jornal francês L´Humanité descreve o papel que os jornalistas tunisinos, silenciados e amordaçados sob o regime do presidente deposto Ben Ali (foto), assumiram na revolução. Comitês de redação foram formados nos meios de comunicação do Estado, nos jornais privados considerados próximos do antigo regime e até naqueles do partido União Constitucional Democrática (RCD, sigla em francês), cuja dissolução o povo está exigindo nas ruas. “Somos nós que vamos decidir doravante a linha editorial”, declarou Faouzia

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Ben Ali

Um funk politizado Quem disse que o funk não pode ser politizado? Adolescentes sobem em um ônibus da Avenida Nossa Senhora de Copacabana, no Rio de Janeiro e abrem o verbo: “Te cuida, te cuida imperialista, a América Latina será toda socialista”. Genial.


Comunicando TV só para crianças A Argentina avança na democratização da comunicação a passos largos. Depois de aprovar uma nova lei que regulamenta o setor da Comunicação Social do país, Cristina Kirschner prepara para botar no ar um canal de TV pública exclusivamente para as crianças da Argentina e da América Latina. Pakapaka é o nome deste canal. Vejam o anúncio desta novidade no Youtube.

Equipe de Ana no MinC A ministra da Cultura Ana de Hollanda, definiu a equipe com quem vai implementar as políticas culturais do governo da presidenta Dilma Rousseff. São duas as mudanças estruturais. Uma é a criação de uma Secretaria da Economia Criativa. “Não é possível ignorar, neste início do século XXI, a importância da economia da cultura para a construção de uma nação desenvolvida. Por isso, decidimos criar uma estrutura que possa pensar todas as potencialidades desta área no Brasil”, afirma a ministra. A segunda alteração é a unificação das atuais Secretaria de Cidadania Cultural e Secretaria da Identidade e Diversidade na nova Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural. “A nova secretaria terá áreas específicas para cuidar de cada tema, mas ganhará em eficiência por meio da integração das políticas voltadas ao cidadão, que antes eram executadas em secretarias diferentes”, explica a ministra. A seguir, alguns dos nomes que comandarão as secretarias e órgãos do MinC: Vitor Ortiz, secretário-executivo; Roberto Peixe, secretário de Articulação Institucional; Ana Paula Santana, secretária do Audiovisual; Marta Porto, secretária da Cidadania e da Diversidade Cultural; Cláudia Leitão, secretária da Economia Criativa; Henilton Menezes, secretário de Fomento e Incentivo à Cultura; Manoel Rangel, diretor-geral da Agência Nacional de Cinema; Galeno Amorim, presidente da Fundação Biblioteca Nacional; Emir Sader, presidente da Fundação Casa de Rui Barbosa; Eloi Ferreira, presidente da Fundação Cultural Palmares; Antonio Grassi, presidente da Fundação Nacional das Artes (Funarte); José do Nascimento Jr, presidente do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram); Luiz Fernando de Almeida, presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan);

Livro mais barato Novo presidente da Biblioteca Nacional, Galeno Amorim, pretende estimular a produção de obras mais baratas e sonha com livrarias populares. O sonho de Amorim é fazer do livro um artigo acessível a todos. Ele vai administrar a distribuição de obras para seis mil unidades públicas gerenciadas por prefeituras, além de traçar os rumos da oitava maior biblioteca do mundo em acervo. A Biblioteca de Brasília espera pelo MinC para existir efetivamente e não continuar sendo apenas mais um prédio mal-assombrado na Esplanada dos Ministérios.

Ação no STF A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Comunicação e Publicidade (Contcop) protocolou Ação de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO 11) no Supremo Tribunal Federal (STF). O objetivo da ADO é chamar a atenção da sociedade civil e dos órgãos do Estado para o fato de que, 22 anos após a promulgação da Constituição vigente, alguns dispositivos constitucionais - no caso, referentes aos meios de comunicação de massa (mcm) - imprensa, rádio e televisão - ainda carecem de regulação por lei. Três pontos são especialmente relevantes: 1- a garantia do direito de resposta a qualquer pessoa ofendida através dos mcm; 2- a proibição do monopólio e do oligopólio no setor e 3- o cumprimento, pelas emissoras de rádio e TV, da obrigação constitucional de dar preferência a programação de conteúdo informativo, educativo e artístico, além de priorizar finalidades culturais nacionais e regionais.

Cuba, apesar do bloqueio O jornalista Mário Augusto Jakobskind lança novo livro sobre Cuba. “Cuba, Apesar do Bloqueio”, da Editora Booklink, é uma análise do cerco midiático que a ilha caribenha sofre desde o início de sua revolução, antes mesmo de declaração de que o país optou pelo socialismo. Segundo Jakobskind, “nos noticiários dos principais jornais do eixo Rio-São Paulo, Cuba só aparece como uma “ditadura dos Castros”, em referência a Fidel e Raul, o atual presidente. Em termos jornalísticos há um total desconhecimento sobre o que acontece na ilha caribenha, para não falar em preconceito. De modo geral, as notícias se baseiam em fontes que não têm interesse em mostrar os fatos como realmente são. O autor decidiu escrever o livro abordando os 25 anos da Revolução, ou seja, até 1984, e outra parte relacionada com os últimos 26 anos. “Cuba, Apesar do Bloqueio” é uma vasta reportagem, com uma linguagem jornalística que a mídia conservadora latino-americana se nega a fazer. As mudanças no sistema econômico da ilha aliadas ao apoio da Venezuela, que acaba de instalar um cabo submarino ligando os dois países com internet de alta velocidade, prometem modernizar Cuba sem destruir sua independência. E-mail: romario@abordo.com.br

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Política Brasília

Natasha Dal Molin

Semana ativa ainda no recesso

Mesmo estando no período de recesso legislativo, alguns deputados distritais começaram o ano trabalhando ativamente. Imbuídos do sentimento de mudar a imagem da Câmara, esses aguerridos parlamentares arregaçaram as mangas e saíram para a batalha. A maioria desse seleto grupo de deputados atuantes ainda no recesso é de blocos de oposição ao atual governo. A exceção é Rejane Pitanga (PT), que já assumiu assinando a criação de frentes parlamentares e audiências públicas. Ela pretende criar a Frente Parlamentar Contra a Homofobia e já marcou uma audiência pública para discutir a Educação no DF. Dos de oposição, os mais atuantes nas férias foram: Washinton Mesquita (PSDB), Wellington Luiz (PSC), Eliana Pedrosa (DEM), Olair Francisco (PTdoB) e Celina Leão (PMN). Destes, apenas Pedrosa já é veterana. Cabe também a ressalva de que ela não é oposição absoluta, mas uma das coordenadoras do Grupo dos 14, bloco que atuará de forma mais independente. Todos lutam para demonstrar que a renovação na Casa nessas eleições pode ter sido pequena em número de deputados, mas será grande na postura.

Paulo Goularte

Quem manda na selva é o Leão Dos oposicionistas, chama a

atenção o ímpeto e garra da deputada Celina Leão, que chegou demonstrando que não pretende chamar a atenção apenas pela joviabilidade e beleza. Aguerrida e bem municiada de assessores, (todos voluntários, pois ela também sofre com a liminar que proíbe contratações), ela não deixou passar até agora nenhuma vírgula mal colocada pelo governador Agnelo Queiroz (PT), dando a entender que a oposição será atuante e que, acima de tudo, estará atenta. Celina já foi ao Ministério Público questionar a criação de novas secretarias por Agnelo, o que ela diz ser inconstitucional. Além disso,

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Para equiparar os Poderes Olair Francisco também se adiantou e apresentou um projeto de emenda para que as indicações para o Executivo também sigam o critério da Ficha Limpa, adotado desde as últimas eleições para o Legislativo. A proposta, que é uma promessa de Agnelo, ofereceria o mesmo peso e medida para os Poderes. “Entendemos que as pessoas que vão trabalhar nas administrações, nas secretarias e nas estatais, como a CEB e a Caesb não podem estar envolvidas em falcatruas”, avaliou o deputado, que conta desde já com o apoio de entidades sociais para a proposta.

Adote um Distrital A adoção dos critérios de Ficha Limpa contará com a torcida da turma do Adote um Distrital (www.adoteumdistrital.com.br), cujo idealizador, Diego Ramalho, foi entrevistado pela Plano Brasília na última edição. Os coordenadores do projeto irão esta semana à Câmara para pressionar os deputados a apoiarem a proposta, assim como o primeiro projeto do deputado Raad Massouh (DEM) apresentado este ano. Trata-se da extinção dos 14° e 15° salários dos parlamentares, que já ganhou a adesão dos membros da Mesa Diretora. A proposta tem um quê de apelo moral, além de representar economia efetiva. O único lamento é que ela não impacta na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que hoje é um dos problemas enfrentados pela Casa e que impede a contratação de pessoal.

Todos unidos contra o crack O deputado Wellington Luiz (PSC) protocolou na Câmara a criação da Frente Parlamentar de Combate ao Crack e à Dependência Química. “Sou policial há 10 anos e a gente sempre percebe que o combate ao tráfico e ao consumo de drogas isoladamente não é eficaz. A idéia é ir além do combate policial e investir mais em ações sócio-educativas”, afirmou o distrital.

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também contestou a forma como as contratações para o Hospital de Santa Maria foram feitas, de forma “sem critérios”, como avaliou.


Na caixa de mensagens

Nó na garganta Já o secretário da Justiça, Alírio Neto (PPS) adiou um pouco a posse na pasta por causa de uma cirurgia para corrigir um problema de apnéia do sono, feita na região da garganta. Na Câmara Legislativa, onde fora reeleito, ele apresentou um atestado médico de 15 dias. No período, ficou praticamente sem falar. Seu telefone era atendido, no horário do expediente por assessores. De volta ao posto, agora a Secretaria de Justiça, ele abriu vaga na Câmara para Luzia de Paula (PPS). A deputada prometeu lutar pela Ceilândia, região que a elegeu, com foco principalmente nas causas sociais.

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Ele pretende que a Frente possa promover discussões, palestras, fóruns e audiências públicas sobre o combate à dependência química, além de sugerir políticas públicas e projetos de prevenção ao consumo de drogas. Outros parlamentares também assinaram embaixo, como Dr. Michel (PSL) e Rejane Pitanga (PT). “Essa foi a nossa primeira ação, fiz questão porque essa vai ser uma das nossas principais bandeiras. A idéia é usar o Parlamento para atuar nesse combate. Contamos com o apoio de todos os colegas, mesmo os que não assinaram porque estavam fora nesse recesso. Estamos todos dispostos a entrar nessa guerra contra o tráfico”, disse Wellington, que pretende no final do mandato ter acabado ou estar a caminho de pôr fim ao crack no DF. O presidente da Casa, deputado Patrício (PT), também apoiou a criação, que deve ser oficializada com o início das sessões, em fevereiro.

Para mostrar serviço A vontade e o ímpeto de começar a agir logo, o quanto antes, ao iniciar um novo governo, segundo o professor de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB) Leonardo Barreto, ocorre sempre, a cada eleição. “O primeiro ministro inglês Churchill conta que os cem primeiros dias são essenciais para o mandato. É ali que se conquista a simpatia da população. Governo e secretários - que também almejam uma carreira política - levam isso a ferro e fogo”, analisa o especialista, que diz que isso ainda é potencializado pelo fato de o PT estar longe do GDF há 12 anos. “Isso faz com que eles venham com uma dose extra de motivação”, destaca. A enorme rapidez com que os trabalhos do novo governo começaram (logo um dia após a posse, ainda no domingo) também teve a ver com a particularidade da situação. “A cidade estava desamparada e serviço é o que não faltava”, avalia, acrescentando que ainda há, após os escândalos políticos do último ano, a necessidade de se legitimar perante à população.

O deputado federal do DF mais bem votado na última eleição, Reguffe (PDT), tirou merecidas férias no período de recesso legislativo. Após atuação de destaque na Câmara Legislativa – que se viu lameada na última legislatura – o distrital curtiu uma praia na Paraíba. Conhecido por ser sempre atencioso com a imprensa e com os eleitores que o procuram, ele desligou o aparelho celular nos dias de férias. Quem ligava, se deparava imediatamente com a seguinte mensagem na secretária eletrônica: “Aqui é o Reguffe. Depois de quatro anos de muito trabalho, no momento estou descansando. Estou viajando, mas quero desejar a todos um feliz 2011! Que todos tenham um ano de muita saúde e paz! Que Deus abençoe a todos! Muito obrigado”. Reguffe retornou para Brasília no dia 20.

Liderança Petista E para encerrar, o PT já definiu quem será o líder da bancada na Câmara: o distrital Chico Vigilante. Falta agora o governador Agnelo Queiroz indicar quem será o líder de governo na Casa. Pode ser que seja um petista, ou ainda um deputado ou deputada da base aliada.

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Dinheiro

J

CASA NA PRAIA

aneiro encerrado e muita gente volta para Brasília com gosto de mar. Para algumas pessoas a paixão pela praia e mar é tamanha que com a bagagem vem acompanhado um desejo profundo de adquirir uma casa na beira da praia. Um sonho justo e merecido para quem trabalha tanto na nossa metrópole federal. Porém, os planos passam longe de preparação e avaliação. Tudo fica no imaginário e por conta das oportunidades futuras. Uma conversa com um colega ou amigo e as notícias vão aparecendo nas comunidades virtuais e coisas parecidas. Até que, por encanto, aparece uma chance única. Uma casa maravilhosa perto da praia, numa sossegada vila de pescadores. A casa é uma delícia e está sendo vendida por conta de desencontros familiares do vendedor. Ora, como perder uma chance dessas. O comprador sonhador não pensa duas vezes e abre negociação. Solicita informações, fotos, emails e detalhes. Depois de algumas conversas em casa com os filhos e cônjuge fica acertado o negócio. A casa está comprada. O sonho de ter um ponto fixo na praia está concretizado. Um grande negócio? Não para todos os casos, mas há histórias de felizes famílias por trás desses impulsos. No entanto, quando se conversa com pessoas residentes nessas praias paradisíacas percebe-se outra face dessa moeda. Tive a oportunidade de conversar com Claudio, proprietário de uma belíssima pousada em Sítio do

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mauro castro

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Conde – litoral norte da Bahia. Claudio contou histórias de como perder dinheiro, paciência e família, por conta da famosa casa na praia. Muito longe de ser um oportunista por conta de sua pousada, Claudio mostrou na prática o que acontece na cidade. A história é simples. O novo proprietário chega, se instala, decora a casa e traz toda a família e até amigos. Dois a três anos a história se repete. Depois a freqüência começa a diminuir. Os filhos começam a crescer e escolhem outros destinos, algumas vezes com outras pessoas. A casa começa a ser dividida com estações para aluguel, deixar alguns meses para ela se pagar – coisa difícil de acontecer. Até que o próprio comprador começa a desistir de freqüentar a mesma praia. Resultado final: VENDE-SE. A placa é recorrente nas praias do litoral brasileiro. Basta olhar com atenção a quantidade de casas que estão à disposição da primeira oferta. E são boas ofertas, afinal, o proprietário quer se desfazer rápido como quando adquiriu o imóvel. A boa notícia para este vendedor é que sempre aparecerá um incauto com o objetivo de ser feliz à beira da praia. A má notícia é que terá enterrado muito dinheiro na beira do mar. Por conta disso, tudo é que o desejoso comprador de um imóvel a beira da praia, logo após sua merecidas férias, deve pensar, planejar e olhar em longo prazo. Considerando todas as variáveis, inclusive a financeira.



Capa

Por: Alessandra Bacelar | Fotos: Gustavo Lima

CIRURGIA PL

VIVA A BE


LÁSTICA

ELEZA!

S

empre almejada, a beleza é algo encantador. Ela provoca estímulos nas pessoas e para muitas delas, é considerada essencial em suas vidas. Já dizia Vinicius de Moraes “As feias que me desculpem, mas beleza é fundamental.” O poeta se referia ao campo puramente estético. Nesta área, o belo hoje não foi exatamente o considerado ontem. E provavelmente, não será o mesmo de amanhã. À medida que o tempo passa mudam também os padrões de beleza da sociedade. Durante séculos, a estética esteve ligada à geometria. Surgidas na Grécia, teorias matemáticas ditavam as formas ideais para o conceito de belo. Já no século XIX, a estética recebe a definição de Charles Darwin, de ser um fator biológico necessário à reprodução. Essa teoria perdura até hoje, podendo ser percebido, por exemplo, no estereótipo de mulheres com cintura fina e largos quadris, que produz a idéia de fertilidade. Enquanto o modelo de homens altos e fortes são atributos de bons provedores e defensores da família. Hoje, o querer ser belo está ao alcance da mão, graças à medicina. O Brasil é recordista mundial em cirurgias plásticas. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, o país passou à frente até dos Estados Unidos, que ocupavam o primeiro lugar na área. As estatísticas revelam que até início de 2011, mais de 700 mil pessoas se submeteram a operações apenas por razões estéticas. Assim, o Brasil virou referência mundial. Com a procura aumentando, multiplicaram-se também os profissionais da área e os cursos de especialização. As tecnologias se aprimoraram. Na capital federal já chegou a novidade que possibilita ao paciente ter ideia de sua aparência após a cirurgia. Por meio do computador é possível mostrar simulações de resultados finais da operação desejada. Até agora, o método é somente utilizado para casos de cirurgias mamárias, mas devido à procura, o procedimento está em grande expansão. Além de trazer mais segurança quanto ao resultado final, ajuda o paciente a decidir se quer mesmo passar pelo procedimento cirúrgico e qual será a opção mais adequada. O método em 3D, E-Estetix é bastante utilizado na clínica do cirurgião plástico Gustavo Guimarães. “Muitos vêm à clínica com uma fantasia na cabeça. Com fotos de artistas famosos para ter um corpo semelhante ou para atingir medidas que não combinam com seu biotipo. O E-Estetix ajuda o paciente a ter noção da realidade.”, assegura o médico. Aumentar ou diminuir seios, glúteos, remodelar narizes, rejuvenescimento facial, as procuras são muitas e vão além da vaidade. Fazer uma cirurgia plástica significa recuperar a autoestima, deixando para trás aquele complexo indesejado. Para muitos, o importante é estar bem consigo mesmo. Mas exageros devem ser evitados. Pessoas que recorrem à cirurgia como único meio de ter um corpo perfeito ou se tornar semelhante a algum artista famoso, sem respeitar seus próprios limites são a grande

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preocupação dos especialistas. Outro fator preocupante é quando o paciente não observa seu biotipo e recorre ao bisturi para corrigir defeitos que só existem na sua mente. Por isso, ao procurar o médico é necessário antes uma boa conversa. Os profissionais da área devem primeiro orientar seu paciente quanto à necessidade da operação para depois falar sobre os riscos de todo o procedimento. Além disso, é preciso ter consciência da hora de parar. Tudo em excesso pode trazer resultados indesejados tanto na estética quanto para a saúde. A enfermeira Cíntia Galvão, 29 anos, já vai para a sua terceira cirurgia. “Minha primeira plástica foi no nariz. Quando vi um bom resultado resolvi também pôr silicone nos seios e já marquei uma lipo para este ano. Cirurgia plástica vicia! Quanto mais a pessoa faz, mais tem vontade de mudar algo”, conta ela. Enquanto uns não sabem ainda quando vão parar, alguns se arrependem de ter feito. É o caso da administradora Isabel Soares, 50 anos, que fez a cirurgia de redução dos seios sem orientação de um cirurgião antes

A cirurgia atende a uma necessidade íntima das pessoas. Há traumas aparentes e invisíveis. Quando você repara o corpo físico também está reparando a alma

do procedimento. “Quando fiz a cirurgia, não tinha necessidade dela. Meus seios eram bonitos. Só queria diminuir um pouco o tamanho. Mas não compensou. Por causa da operação, não pude amamentar meu filho, além de ficar com uma cicatriz indesejada”, desabafa. Especialistas afirmam que, para a realização da cirurgia nos seios após a gravidez, é necessário aguardar no mínimo seis meses depois do período da amamentação. Assim, o volume das mamas estará em seu real tamanho, sem nenhuma alteração hormonal. Não comprometendo a saúde do paciente, nem a do bebê. Adequar o sonho à realidade não é tão simples. Segundo o Dr. Carlos Carpaneda, a maioria dos pacientes já chega ao consultório com uma ideia pré-estabelecida na cabeça, e mudá-la é uma das coisas mais difíceis. “Nosso objetivo é conhecer os desejos do paciente e trazer os subsídios cabíveis para realizá-los. Mas respeitar o gosto de cada um não é sempre concordar com ele. O processo de conscientização muitas vezes é um choque. Aí acontece

PRINCIPAIS TIPOS DE OPERAÇÕES FACE O QUE É

TIPOS DE ANESTESIA DURAÇÃO DA CIRURGIA RECUPERAÇÃO

Ritidoplastia – rejuvenescimento facial para melhorar a flacidez da pele do rosto e pescoço.

Local e sedação ou geral.

2 a 4 horas.

De 10 a 14 dias.

Lipoaspiração cervical - retirada da gordura acumulada embaixo do queixo e no pescoço (papada).

Local e sedação.

1 hora.

Uma semana

Lift de mento – levantamento do queixo caído ou “queixo de bruxa” como é conhecido. Pode ser feito cirurgicamente através de técnicas diferentes. A escolha dependerá do caso.

Local e sedação.

1 hora.

De 5 a 7 dias.

Bardotização – remodelação do contorno dos lábios na boca, aumentando sua espessura.

Local e sedação ou geral.

1 hora.

De 7 a 10 dias.

Redução de lábios – diminuição da espessura de lábios grossos.

Local e sedação ou geral.

1 hora.

De 7 a 10 dias.

Rinoplastia – remodelagem do nariz, redução ou aumento do tamanho para melhorar a harmonia deste com a face.

Local e sedação ou geral.

1 a 2 horas.

De 7 a 14 dias.

Rinossepnoplastia – Correção de desvio do septo e cornetos, associada à rinoplastia estética. Procedimento que alia26o funcionalismo com a DE remodelagem. PLANO BRASÍLIAdo 01nariz DE FEVEREIRO 2011

Local e sedação.

2 a 3 horas.

De 7 a 14 dias; exercícios físicos: 1 a 2 meses.


CORPO O QUE É

TIPOS DE ANESTESIA DURAÇÃO DA CIRURGIA RECUPERAÇÃO

Lipoaspiração – Procedimento empregado para remodelar o contorno corporal e remover a gordura depositada em diversas regiões do corpo. É feito com cânulas especiais conectadas a um aparelho que as aspira sob pressão negativa. A principal indicação é para a aspiração de gordura localizada resistente aos exercícios físicos.

local e sedação, peridural ou geral, conforme o caso.

1 a 4 horas.

De 1 a 2 semanas.

Miniabdominoplastia - Usado para a retirada de pequenos excessos de pele e gordura que se localizem na porção inferior do abdome, abaixo do umbigo.

peridural ou geral, dependendo do caso.

1 a 2 horas.

De 3 a 4 semanas.

Prótese de glúteo - As próteses de glúteo são usadas para aumento do volume no "bumbum" e melhoria do seu contorno.

peridural ou geral.

1 a 3 horas.

Após 2 semanas.

Lipoenxertia – Mais conhecido como enxerto de gordura. É um procedimento que começa com a aspiração de gordura em uma região chamada de área doadora, a qual será transferida com uma seringa e cânula fina a outra região com depressão e falta de gordura. O cirurgião decide a região doadora da gordura que carece em outra parte do corpo.

local e sedação, peridural ou geral.

1 a 2 horas.

De 1 a 2 semanas.

Lift de coxa – Usado para corrigir a flacidez no terço superior das coxas.

peridural.

1 hora.

Após 1 semana.

Prótese de panturrilha – Utilizado para dar maior volume ao contorno da perna e para corrigir irregularidades causadas por malformações congênitas ou seqüelas de doenças neurológicas, traumatismos entre outros.

peridural ou geral, dependendo do caso.

1 a 2 horas.

Após 2 semanas.

a rejeição da realidade” conta o médico. Ele também afirma que todos vêm com um problema a ser vencido, mas a maioria deles nada tem a ver com a cirurgia plástica. “É comum achar que conflitos pessoais se resolvem com a cirurgia plástica. É um mito”, ressalta. Conforme ele, problemas conjugais entre outros familiares, autoaceitação ou melhor imagem social são fatores que podem ser a causa da escolha pela cirurgia, que passa a se tornar um recurso para a resolução desses problemas. Vale lembrar que o pretendente a uma cirurgia plástica deve colher referências sobre a qualificação e especialização profissional do médico. Assim como depoimentos de pacientes que se submeteram a intervenções com o mesmo. Nesses casos, vale inclusive avaliar a visão técnica e a sensibilidade do especialista quanto aos diferentes casos. Afinal, a questão envolve anseios, medos e tem todo um caráter pessoal que tem que ser analisado individualmente. Se contar todo o contexto social que deve ser ouvido e devidamente avaliado.

O cirurgião plástico deve mostrar também ao paciente, os riscos que implica o processo operatório, as precauções a serem tomadas e como o paciente deve proceder após a cirurgia. O acompanhamento não acaba após a operação. É preciso observar todos os cuidados que devem ser tomados depois do processo. A Clínica Carpaneda disponibiliza aos seus pacientes um manual de esclarecimentos sobre as dúvidas mais frequentes e encaminha a pessoa ao especialista mais adequado à sua necessidade. Cada pessoa possui uma autoimagem. É preciso que haja aceitação de cada um quanto a seu próprio “eu”. Mas nem sempre isso acontece. Existem pessoas que não se aceitam como são. Segundo o médico José Carlos Daher, essas pessoas são as que mais visitam o consultório estético. “A cirurgia atende a uma necessidade íntima das pessoas. Há traumas aparentes e invisíveis. Quando você repara o corpo físico também está reparando a alma”, conta o médico. Além da própria aceitação, outro fator que preocupa o ser humano é

a aceitação do grupo social. Especialistas afirmam que a autoestima é um conjunto de fatores interligados. A autoaceitação, muitas vezes, depende da forma como a pessoa é vista no meio social onde está inserida. “O ser humano precisa ser admirado para se sentir reconhecido na sociedade” afirma a psicóloga Fátima Rodrigues. A mídia também contribui para que certos padrões de beleza sejam considerados ideais. Padrões esses, muitas vezes impossíveis de serem alcançados apenas com dietas e atividades físicas. A cirurgia passa a ser então, uma imposição da moda. Ao invés de reparadora de uma imagem pessoal. Entretanto, quando a pessoa entende que cada corpo tem seu potencial de transformação e que características pessoais devem ser respeitadas, a cirurgia plástica pode se tornar o caminho certo para a resolução do problema. Além de retirar aquele defeitinho que incomoda tanto, o bisturi também ajuda a acabar com os complexos ocultos da paciente. A transformação não é apenas visível. A mente também muda.

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Cidadania

Por: Fernanda Azevedo | Fotos: Paulo Negreiros

Mão amiga Brasiliense ajuda as vitimas do Rio de janeiro. Arrecadações já somam 100 toneladas

A

solidariedade, sentimento nobre que move as pessoas a ajudarem umas as outras, com certeza é uma das características mais marcantes do povo brasileiro. Tanto é, que o tema foi matéria de capa da edição n° 80 da Revista Plano Brasília. Numa época em que o país inteiro se mobiliza para ajudar pessoas que foram vitimadas e que perderam tudo na vida em virtude das enchentes na região serrana do estado do Rio de Janeiro, entre os brasilienses não foi diferente. Grande parte da população do DF está mobilizada para arrecadar alimentos, roupas e outros para minorar a vida daqueles que ora estão desabrigados. As arrecadações no DF, contabilizadas pela Cruz Vermelha Brasileira já giram em torno de mais de 100 toneladas em apenas seis dias de campanha. O sentimento solidário, conforme as doações está, definitivamente, instalado entre a população de Brasília. “Eu decidi ajudar as vitimas por solidariedade, simples e pura. Sempre que tem uma campanha eu costumo colaborar”, disse a funcionaria publica Ana Maria Neves Bliesener. Para ela, as imagens da catástrofe no Rio de Janeiro que foram mostradas pela televisão foram chocantes e a comoveu profundamente. Conhecedora do local quando foi a passeio, Ana Maria chegou a não acreditar no que estava vendo. “A área ficou totalmente destruída. Uma pena”, lamentou. Para

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as vítimas da região serrana do Rio a funcionária pública doou roupas e mantimentos não perecíveis. Para o funcionário publico Ricardo Martins Azevedo, a decisão de ajudar as vitimas foi mais pessoal. Parte do trabalho de Azevedo é no Rio de Janeiro, por isso tinha muito contato com as regiões atingidas. “Eu tenho amigos que moram em Teresópolis, Petrópolis e Nova Friburgo. Ia muito lá”, conta ele. Além de doar mantimentos e roupas, ele ofereceu transporte para levar as doações da Cruz Vermelha até o caminhão que as levará para o Rio de Janeiro. O coronel Paulo José Barbosa de Sousa, presidente da Cruz Vermelha de Brasília, diante da triste situação apela para que o brasiliense que quer ajudar as regiões atingidas pela tragédia, parem de doar roupas e calçados e passem a doar produtos de limpeza, fraldas descartáveis e água que é o que população atingida está mais precisando no momento. Conforme ele, nesse momento, o que a Cruz Vermelha está mais necessitando é de voluntários para ajudar na organização das doações. Para quem estiver interessado, basta se candidatar na Sede da Cruz Vermelha, localizada na 715 norte. Conforme o militar, não existe, ainda, nenhuma previsão de quando as regiões atingidas vão voltar à normalidade. E, consequentemente, até quando das vitimas


vão precisar da ajuda de todos os brasileiros. “A experiência mostra. Um exemplo é o Haiti. Nesse mês completa um ano da tragédia e situação lá continua um caos”, lembra. Apesar da necessidade dos desabrigados, a coleta de doações no DF, feita pela Cruz Vermelha vai ser encerrada. Os depósitos arrecadadores no estado do Rio estão abarrotados. Mas, em caso de necessidade, Sousa assegura que as arrecadações serão retomadas. A dificuldade maior do momento, segundo o co-

Eu decidi ajudar as vitimas por solidariedade, simples e pura. Sempre que tem uma campanha eu costumo colaborar ronel, está sendo a distribuição do que foi arrecadado. “As ruas estão intransitáveis. Muitas pessoas ainda estão ilhadas”, lamentou. Mais ainda há tempo de fazer doações ou ser um voluntário. Para as pessoas que preferem fazer doação em dinheiro, o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e o Bradesco abriram contas em nome das regiões atingidas e a Igreja Católica montou uma campanha pelas vitimas junto à Cáritas Arquidiocesana.

Veja onde e como fazer suas doações: Beneficiário: Prefeitura de Teresópolis Banco: Banco do Brasil Agência: 0741-2 Conta corrente: 110000-9

Ana Maria Neves Bliesener

Beneficiário: Prefeitura de Nova Friburgo Banco: Banco do Brasil Agência: 0335-2 Conta corrente: 120.000-3 Defesa Civil – RJ Banco: Caixa Econômica Federal Agência: 0199 Operação: 006 Conta: 2011-0 Fundo Estadual de Assistência Social do Estado do Rio de Janeiro CNPJ 02932524/0001-46 Banco: Itaú Agência: 5673 Conta: 00594-7

Ricardo Martins Azevedo

Campanha SOS Sudeste (CNBB e Cáritas Brasileira) Banco: Caixa Econômica Federal Agência: 1041 Operação: 003 Conta: 1490-8 ou Banco: Banco do Brasil Agência: 3475-4 Conta: 32.000-5

Coronel Paulo José barbosa de Sousa

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Gente

Por: Edson Crisóstomo

Simone e Tonny Alves, Wander Azevedo e André Nóbrega

Cezar Alvarez, Jain Piero, Dudu Camargo e Augusto Pereira

Equipe GNP

Gabriel Pereira, Erik Bezerra, e Tadeu Lery, Claudio Laranjeira e Liziane Biterncourt

Política Presidentes Metralha Os ex-presidentes do ICS- Instituto Candango de Solidariedade, Ronan Batista, Lazaro Severo e Adilson Campos, foram condenados pela 1ª vara criminal do DF por contratação indevida de mão- de – obra e desvio de recursos públicos. E tem gente que pensa que é incrível! Lembrancinha de Natal O diretor da divisão especial de repressão aos crimes contra a ordem pública, delegado Flamarion Araújo. Em inquérito, apontou como responsável o ex- governador José Roberto Arruda (sem partido), pela ajudinha de R$ 1 milhão no natal de 2008 ao deputado Benedito Domingos (PP) pelo serviçinho extra de decoração em 17 administrações regionais. O serviço de gosto duvidoso foi realizado por empresas do filho do deputado, tudo sem licitação. Depois do panetone, mais grana para meias, cuecas e demais vestimentas.

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Sabrina Estrella, Voriques Oliveira e Luciana Roscoe

Dejanira Camargo e Marcia Oliveira

Roberto Caldas, Martita Icó e José Delvinei cuidando do patrimonio histórico brasiliense

Jose Augusto Falcao, Katiuscia Marini e Valentino Valentino

Caixa Rápido Indo às compras O todo poderoso presidente executivo do Banco do Brasil, Ademir Bendine, calcula para o final de fevereiro a aquisição de uma pequena instituição bancária na Costa Leste dos Estados Unidos para aí começar o processo de expansão do BB em terras do Tio Sam.

Geleia Geral Haja emprego O volume de empregos com carteira assinada gerados no ano passado foi o maior em 18 anos, desde 1992, quando foi criado o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho. Nunca se gerou tanto emprego no país e Brasília não ficou de fora das demandas de vagas.

Vai lá A curadora Karla Osório avisa que o público brasiliense poderá visitar até o dia 20 de fevereiro, no Espaço Cultural Contemporâneo (ECCO), as exposições da artista plástica Aline Ogliari e do fotógrafo sueco Gustav Liliequist.

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Cidade

Por: Larissa Galvão | Fotos: Larissa Galvão

Mangueira no eixão norte

Jamelão na 313 norte

Brasília tem pomares de brinde aos habitantes

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ue Brasília é uma cidade com muito verde, ninguém discute. Prova disto são as árvores de médio e grande porte que podem facilmente ser vistas em cartões postais da cidade como a Esplanada dos Ministérios, Memorial JK e dos Povos Indígenas, Praça do Buriti e outros. Principalmente nessa época do ano, o diferencial desse verde é que ele está carregado de frutas. São jacas, mangas, jamelões, limões, jenipapos e muitas outras que são motivo de “espanto” para quem visita a capital federal pela primeira vez. “É impressionante. Na minha cidade isto não acontece. O povo arrancaria tudo”, confessou o piauiense Carlos Alberto, 42 anos que está em Brasília de férias. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), a capital federal conta com,

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aproximadamente, 2,5 milhões de habitantes. O governo local estima que existam, em média, cinco milhões de árvores no DF, sendo 30% delas de espécies frutíferas. Considerando que estas árvores frutíferas não dão apenas um fruto, os moradores de Brasília podem usufruir à vontade das delícias do cerrado durante todo o ano. Na 114 Norte, o que não falta em meio à quadra são pés de limão e de caju. Já na 108/109 Norte, o que impera é o fruto nativo mais característico da região Centro Oeste, o famoso e falado pequi. Comumente usado na culinária goiana e mineira no frango e arroz. Nas proximidades do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), região central da cidade, um pé de pitanga carregado e vários pés de jamelão enfeitam e decoram a

paisagem para quem quiser apreciar e, porque não saborear os frutos? “É um presente de Brasília para os brasilienses e os turistas brasileiros que aqui vem”, constatou a bancária Socorro Alves, 31 anos. Para quem atravessa a via que intermedia o Setor Sudoeste Econômico e o Cruzeiro Novo, não tem como se deslumbrar com a visão extraordinária que se tem da Avenida das Jaqueiras. A impressão que se tem é que o local foi reservado exclusivamente para o plantio do fruto, tamanha é a quantidade delas no local. Conforme a Administração Regional do Cruzeiro, as árvores foram plantadas pelo governo local e as mesmas estão ali desde 1980. “Eu acho lindo essas jaqueiras totalmente carregadas. Sempre passo por aqui quando faço caminhadas e fico maravilhadas”, ressaltou a


Jenipapo na 515 norte

universitária Maria Eduarda Silva, 21 anos. Segundo ela, o mais impressionante é o grau de educação do brasiliense que nunca retiram as frutas quando verdes. “Acho isso muito legal”, ressalta. Já num dos pulmões verde de Brasília, o Parque da Cidade é possível saborear variedades de mangas, goiabas, romãs, jamelão e outras nativas. Bom para os moradores da vizinhança que não perdem a oportunidade para colhê-las “in-natura”. O aposentado Donizetti Farias, 52 anos é um deles. Pela manhã, ao sair para a caminhada matinal, ele já vai preparado com uma sacola plástica no bolso. “Sempre tem uma fruta pra colher”, garante. Já a moradora da 115 Norte, identificada apenas

Jaqueira na 416 norte

como Clara, confessa que não resiste em saborear algumas frutas que ela encontra pelo caminho quando dos passeios com o seu cachorro. Conforme ela, ao longo do trajeto que costuma fazer diariamente, existem mais de 50 pés de jenipapo. “Eu sempre saboreio alguns. São muito gostosos”, confessa. Segundo ela, a maioria das árvores frutíferas que existem na sua chácara foram de mudas colhidas nas entrequadras de Brasília. Devido à quantidade de árvores frutíferas na capital federal, tem gente que consegue ter o privilégio de num simples gesto de esticar o braço da janela do quarto de seu apartamento poder colher mangas no pé, sem precisar sair da comodidade de sua casa. Gisele Soares, 43

FRUTAS

anos, moradora da 415 Norte, goza desse privilégio. “As mangas são muito saborosas. É uma benção de Deus em nossa cidade”, declara. Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Cerrados), as frutas encontradas nas avenidas são aproveitadas para a produção de doces e geléias, que não são vendidos e sim doados a instituições carentes ou para estabelecimentos que oferecem cursos de culinária. Especialistas em frutas e ervas garantem que a flora de Brasília é rica em variedades. E, para quem não sabe, embora o melhor seja mesmo consultar o médico, as furtas tem sempre seus efeitos medicinais. Confira:

Utilidades medicinais

Abacate

Afta ,amigdalite bronquite cansaço, diarréia, digestão, dor de cabeça, tosse, verminoses

Amora

Afta, amigdalite, bronquite, queda de cabelo, catarro, doenças das cordas vocais, diarréia

Caju

Afta, calo, escorbuto, gripe, verrugas

Jaca

Anemia, tosse

Jenipapo

Asma, enterite crônica

Limão

Acne, amigdalite, asma, enjôo, estomatite, faringite, febre, feridas, gastrenterite, gripe, soluço

Informações tiradas do livro ‘As Frutas na Medicina Natural’ de Alfons Balbach e Daniel S. F. Boarim, edição Vida Plena.

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Educação

Por: Paulo Mesquita | Fotos: Divulgação

A

Pós-graduação torna-se cada vez mais necessária ao bom profissional

velocidade e a facilidade de adquirir novas informações têm trazido uma nova demanda aos profissionais das mais diferentes áreas: especializar-se cada vez mais. O diploma de graduação não é mais garantia de um bom profissional. Desta maneira, após o término da universidade, os estudantes têm buscado os cursos de pós-graduação para mais conhecimento e especialização. Na área do Direito, o Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP) vem, há doze anos, marcando seu espaço como referência em cursos de pós-graduação. “Nosso propósito é trazer qualidade à educação de nossos alunos. No IDP, os estudantes aprendem com quem, efetivamente, faz doutrina e jurisprudência no Brasil. Nossos professores são ministros de tribunais superiores, procuradores, advogados, consultores jurídicos de diversos órgãos, públicos e privados”, explica a diretora-geral do IDP, Dalide Barbosa Alves Corrêa. Fundado pelos juristas Gilmar Ferreira Mendes, Ministro do STF, Inocêncio Mártires Coelho, ex-Procurador-Geral da República, e Paulo Gonet, Procurador da República, o Instituto Brasiliense de Direito Público – IDP oferece nove cursos de pós-graduação. Para este primeiro semestre de 2011, a novidade é o curso de Direito, Políticas Publicas e Gestão Judiciária. O curso tem por objetivo capacitar operadores jurídicos e servidores públicos, especial-

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mente aqueles em funções gerenciais, para atuarem como agentes estratégicos no aprimoramento das instituições do Judiciário. “A idéia é formar especialistas preparados para o exercício de cargos de direção e assessoramento de alto nível”, explica a diretora do IDP.

O CURSO Sob coordenação dos professores Rubens Curado Silveira e Neide de Sordi, a programação do curso inclui aulas interdisciplinares nas áreas de Direito, Administração, Finanças Públicas e Ciências Sociais. O curso também compreende o estudo de questões ligadas ao funcionamento da justiça, tais como a estruturação dos tribunais e a profissionalização da sua gestão; Adv. Dalide Barbosa Alves Corrêa, diretora do IDP

a adoção da cultura de resultados nas áreas administrativa e judiciária por meio de ferramentas de informação de desempenho; a informatização dos serviços judiciários; a desburocratização e a simplificação de procedimentos; a relação do sistema judicial com os seus clientes, sob os ângulos da qualidade dos serviços prestados, custos, condições de acesso e duração dos processos; e a imprescindível prestação de contas (“accountability”). “A interdisciplinaridade do curso proporciona a formação de um gestor extremamente capacitado para atuar na área jurídico-administrativa de órgãos como os conselhos fiscalizadores, tribunais superiores, entre outros”, diz a coordenadora do curso Neide de Sordi, ex-diretora executiva do departamento de pesquisa judiciária do Conselho Nacional de Justiça. Segundo ela, há uma carência gestores judiciários capacitados para atuar nas áreas administrativas das instituições e órgãos jurídicos. A pós em Direito, Políticas Públicas e Gestão Judiciária é dividida em três módulos básicos de aula, com duração de até três semestres letivos e carga horária de 360 horas/aula. O título de especialista em Políticas Públicas e Gestão Judiciária é conferido aos que cursarem, com aproveitamento, o mínimo de 360 créditos, tendo, pelo menos, 75% de frequência, aprovação em avaliações periódicas e na monografia ao final do curso. Os dois primeiros semestres do curso são destinados ao acompanhamento das


aulas, oficinas, seminários e palestras e o último para a elaboração do trabalho de conclusão de curso (TCC).

CORPO DOCENTE Rubens Curado é Mestre em Direito, Estado e Constituição e Especialista em Direito Constitucional pela Universidade de Brasília. É juiz do Trabalho do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região. Foi Secretário Geral do Conselho Nacional de Justiça. A Professora Neide de Sordi é mestre em Ciência da Informação pela Universidade de Brasília, foi Diretora-Executiva do Departamento de Pesquisas Judiciárias do Conselho Nacional de Justiça e Secretária de Pesquisa e Informação Jurídicas do Centro de Estudos Judiciários do Conselho da Justiça Federal. O corpo docente da nova pós-graduação mantém a qualidade e o nível dos professores do IDP. Fazem parte do curso mestres e doutores como Gilmar Mendes, Inocêncio Mártires Coelho, Antônio Umberto de Souza Júnior, Flavio Unes Pereira, Vladimir Passos de Freitas, Aline Sueli Salles Santos e Celso de Barros Correia Neto.

OUTROS CURSOS Além da pós-graduação em Direito, Políticas Públicas e Gestão Judiciária, o IDP oferece outras oito opções de cursos: Contratos e Responsabilidade Civil, Direito Penal e Processo Penal, Direito Administrativo, Direito Constitucional, Direito de Regulação, Direito do Tra-

balho e Processo do Trabalho, Direito Processual Civil e Direito Tributário e Finanças Públicas. Todos os cursos contam com corpo docente composto por mestres e doutores, ministros de tribunais superiores, procuradores da república, advogados, consultores e assessores jurídicos. O Instituto Brasiliense de Direito Público também oferece o Mestrado Acadêmico em Direito Constitucional, cursos de Extensão e cursos “on-line”, todos na área do Direito. Em 2011, também deu início à graduação em Direito com o lançamento da Escola de Direito de Brasília. A proposta da nova faculdade, que tem como coordenador pedagógico o ministro do STF Gilmar Ferreira Mendes, é proporcionar aos seus alunos mais conhecimento prático alinhado às teorias ensinadas em sala de aula. Tudo isso, envolvendo a interdisciplinaridade com áreas como economia, filosofia, ciência política, antropologia e psicologia. O primeiro vestibular da EDB aconteceu no dia 30 de janeiro de 2011. O corpo docente do IDP, reconhecido como um dos melhores do Brasil, também se integra à EDB na busca por um ensino de qualidade e que proporcione aos alunos a possibilidade de uma melhor qualificação profissional. Serviço Instituto Brasiliense de Direito Público SGAS 607 Módulo 49, L2 Sul (61) 3535.6565 www.idp.edu.br

Sede do IDP

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Tecnologia

Por: Afrânio Pedreira | Fotos: Divulgação

Controles remotos

A facilidade do ligar e desligar eletroeletrônicos

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a residência da dona-de-casa Eliane Silva, 54 anos, o que não falta são controles remotos para quase tudo. Para todos os televisores, vídeo, som, ar condicionado e portão tem sempre alguma “engenhoca” cheia de botões. “Eu acho uma maravilha. Acho que hoje eu não saberia viver sem eles. Para onde quer que eu vá dentro de casa é com alguns deles nas mãos. Às vezes, perco alguns pelo caminho”, confessa. Para ela, o fato do ligar e desligar os eletroeletrônicos com um simples apertar de botão a faz sentir-se “antenada e poderosa”. A sensação dela é também compartilhada por muita gente. A estudante de direito, Fabíola Flávio, 22 anos, é uma dessas pessoas. Urbana confesso, diz que tem verdadeira fixação por tudo que se refere a tecnologia de ponta. “Como minha selva é de pedra, adoro tudo que venha a facilitar minha vida”, afirma. Para ela, as novidades do mundo tecnológico só ajudam na otimização de tudo. “É o progresso!”, categoriza. Sabendo da existência desse segmento de adoradores das novidades do mundo tecnológico é que o mercado está sempre se inovando e se superando. Afinal, vivemos em um mundo cada vez mais automatizado e conectado. Se o assunto é controle remoto, os universais se tornaram a sensação do momento. E, se outrora, cada remoto funcionava sozinho, hoje, a tendência é a acoplação de vários itens em um só aparelho. A novidade da Phillips é o controle remoto para cinco eletrônicos: TV, DVD, videocassete, receptores

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por satélite e TV a cabo. O aparelho oferece funções avançadas de DVD e receptor por satélite, além da função de aprendizado. Inclui, também, timer de desligamento automático, closed caption, entrada, PIP e alternância de troca, menu integral e memória permanente. A fonte de alimentação do controle são duas pilhas alcalinas, altura de 28.2 cm; 10.6 cm de largura e 80 gramas de peso. O valor do aparelho no mercado nacional é, em média, de R$ 70. A aposta de sucesso da Logitech é o charmoso controle remoto Harmony 1100 de tela brilhante e colorida de 3,5 polegadas, com sensibilidade ao toque. Com o aparelho é possível ligar tudo o que for necessário num clique, sendo possível a personalização dos controles para obtenção de mais comandos. O controle é compatível para TV, DVD, TV a cabo, aparelho som e home theater. A fonte de alimentação são bateriais de íon-lítio recarregáveis. O aparelho pesa 1.33 quilos, tem 8.1 cm de altura, 26.9 cm de largura e 18.4 cm de comprimento. Comercialmente, a novidade está estimada em R$ 3 mil. O Harmony 880, também da empresa suiça Logitech International S.A, uma das líderes do mercado mundial dos periféricos, é uma aposta que promete. O aparelho, com monior colorido, é compatível para TV, DVD, TV a cabo, som, home heater e, ainda, permite adicionar novas funções em suas teclas. O controle remoto no mercado brasileiro está custando cerca de R$ 900. Tem altura de 3.5 cm, 5.5 cm de largura e peso de 550 gramas.


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Cotidiano

Divulgação

Por: Maíra Elluké | Fotos: Gustavo Lima

Segurança

na volta às aulas O

Campanha visa conscientizar a população sobre a importância de respeitar as leis de trânsito

início do ano letivo é sempre marcado pelo aumento significativo de veículos nas vias do Distrito Federal. Além do trânsito pesado e da já conhecida correria da volta às aulas, o aumento do número de acidentes é evidenciado. Se comparados com outros tipos de imprevistos, as fatalidades no trânsito representam a principal causa de morte entre crianças de até 14 anos de idade. Os últimos dados divulgados pelo Ministério da Saúde, 2.134 crianças morreram vítimas de acidentes de trânsito. Deste total, 44% dos casos correspondem a atropelamentos. Sendo que o restante também inclui crianças na condição de passageiro em veículos e bicicletas. Com o objetivo de evitar que os alarmantes números se repitam, o Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) iniciou nessa última semana a operação “Volta às Aulas”, com o objetivo de orientar pais, crianças e condutores de transporte escolar sobre os cuidados

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necessários próximo às escolas. O objetivo é evitar acidentes e reforçar as condições de segurança. Para a diretora interina de Educação do Trânsito do Detran, Andréa Costa, é preciso levar as leis com seriedade não só pelas crianças, mas também por jovens e adultos. “Os pequenos são o nosso maior condutor de educação do trânsito. É a partir do aprendizado deles que os pais se conscientizam sobre o uso do celular ao volante, ultrapassagens e até sobre avanço de sinais vermelhos”, afirmou. A campanha está sendo realizada em três importantes eixos: distribuição de material informativo nas proximidades das escolas e em pontos estratégicos da cidade; palestras para os alunos (blitz educativas) e teatralização de assuntos relacionados à segurança no trânsito e respeito às leis. Andréa citou, ainda, a importância do lúdico para educar. “Ao usar uma linguagem jovem e de fácil entendimento, abordamos temas importantes como a travessia correta

de pedestres, além das noções de normas de obediência e respeito à legislação de trânsito. Dessa forma, educar fica mais fácil”, completa.

Transporte escolar com segurança Além de gostar de crianças, para ser condutor de transporte escolar é preciso seguir uma série de exigências. O chefe do Núcleo de Campanhas Educativas do Detran, Erandir Silva afirmou que os pais devem ser cautelosos na hora de contratar um serviço de transporte escolar. “O que está em jogo é a vida da criança. Os responsáveis precisam investigar a condição do condutor antes de assinar um contrato de prestação de serviço”, destaca. Possuir habilitação na categoria D é apenas o primeiro passo para garantir o direito de transportar crianças. O motorista de veículo destinado à condução escolar deve ter idade superior a 21 anos, possuir habilitação adequada para vans, microônibus e ônibus e ter certifi-


cado em curso de especialização na área e não ter cometido nenhuma infração grave ou gravíssima durante os últimos 12 meses e apresentar certidão negativa criminal. A legislação estabelece, ainda, que o condutor do veículo escolar deve portar uma relação atualizada com os seguintes dados: Nome completo do aluno transportado, data de nascimento e telefone dos responsáveis. Outra orientação aos pais que pretendem contratar o serviço de transporte escolar é buscar referências do motorista, da empresa ou cooperativa, na própria escola ou no Detran, verificar a documentação pessoal do condutor, além de examinar as condições do veículo. Foi o que fez a auxiliar administrativa e moradora de Taguatinga Angélica Ferreira, 35 anos. Ela procurou saber de todos os detalhes antes de contratar o serviço. Dessa forma, ela diz se sentir mais segura em relação a seu filho, João Paulo, 11 anos, que é usuário de transporte escolar desde os quatro anos de idade. Angélica disse, ainda, que uma inspeção mais efetiva da polícia e do Detran ajuda a diminuir o número de transportes clandestinos. “Acredito que com a fiscalização mais intensa, nossos filhos ficarão mais seguros. A campanha é importante, já que nem todos os motoristas têm consciência do que é ser responsável no trânsito”, opinou. Exemplo de cuidado e responsabilidade é o da administradora Lígia Barros, 42 anos, que deixou a

empresa privada em que trabalhou durante quinze anos para se dedicar somente ao transporte escolar. Há doze anos tem o prazer e a responsabilidade de conduzir crianças de diversas escolas em Taguatinga. Ela conta que não mede esforços para manter as crianças seguras. “Não vacilo com relação à integridade física das crianças. Cinto de segurança e cuidado na hora de transportá-las é mais do que essencial. Cuido de cada aluno como se fossem meus próprios filhos”, destacou.

O que diz a lei Erandir Silva, Núcleo de Campanhas Educativas Andréa Costa, dir. interina de Educação do Trânsito

O Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) prevê multa de R$ 191,54, apreensão do veículo e a inclusão de sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação - o que caracteriza infração gravíssima - para quem for flagrado fazendo transporte escolar clandestino de crianças menores de 10 anos. Ainda de acordo com a nova legislação, crianças de até um ano de idade devem ser transportadas – obrigatoriamente – no bebê conforto, sendo que o dispositivo deve estar posicionado de costas para o sentido do movimento do carro. No caso de crianças entre um e quatro anos, a famosa cadeirinha é o item indicado. Já para os maiores de sete anos, a segurança fica por conta de um assento de elevação. Porém, o uso destes equipamentos não é obrigatório em veículos de transporte escolar, táxi e ônibus, ao contrário dos demais veículos.


Planos e Negócios

alex dias

Damel Há cinco anos a Damel – Pães de Mel vem adoçando a vida dos brasilienses. Os deliciosos pães de mel personalizados, assinados por Melina Moretti, podem ser encontrados nos sabores maracujá, ameixa, limão, doce de leite, damasco, doce de leite com castanhas, doce de leite com chocolate, coco, leite condensado, brigadeiro, brigadeiro com castanhas, trufa de chocolate e trufa de café. Melina Moretti, que é administradora e pós-graduada em Gestão de Negócios com ênfase em Marketing chega a produzir mais de sete mil pães de mel por mês. Hoje, seus clientes fixos e encomendas para festas corporativas, aniversários, bodas, formaturas, batizados, lembrancinhas de maternidade, entre outras, estão crescendo exponencialmente graças às novas parcerias junto a cerimoniais e buffets que provaram e aprovaram o produto. Segundo Melina, o seu objetivo é proporcionar satisfação e prazer aos apreciadores de pães de mel fornecendo produtos de qualidade com soluções personalizadas.

Serviço Mais informações e lista de onde encontrar: www.paodamel.com.br (61) 8470.4287 :: 4101.0600

CLINIC ART Há 15 anos a Clinic Art Odontologia cuida da saúde bucal de seus pacientes. Com um atendimento personalizado, qualificado e com uma equipe de profissionais especialistas proporciona conforto e segurança a todos que buscam um sorriso saudável e consequentemente uma melhora na qualidade de vida. Destaque para o Atendimento Express, que é ideal para quem quer ou precisa de um tratamento ágil e seguro a ser executado no menor tempo possível, preventivo infantil e 3ª Idade, odontologia do trabalho e atendimento de urgência 24 horas. À frente da Clinic Art está a Dra. Renata Azeredo (CRO-DF 3050), que é sócia-gerente e responsável técnica, especialista em Endodontia, Odontologia em Saúde Coletiva, Odontologia do Trabalho e em Ciclo de Política e Estratégia e pós-graduada em Odontopediatria.

Serviço Mais informações e agendamento de consultas: (61) 3346 3304 e www.clinicart.com.br

Café Fontenelle A plantação do Café Fontenelle existe em Brasília há 15 anos. Há aproximadamente um ano foi iniciada a torrefação Fontenelle, com o intuito de classificar rigorosamente os grãos do café arábica, tornando-o mais saboroso. Com todas essas características o café Fontenelle pode ser encontrado nos melhores supermercados e restaurantes de Brasília. Plantado, classificado e torrado exclusivamente na fazenda Santa Rosa, há mil metros de altitude, por meio de rigorosa seleção dos mais perfeitos grãos, o café Fontenelle é triplamente selecionado por tamanho, peso e leitura óptica-eletrônica. Atendendo assim os mais exigentes padrões do mercado mundial. É um produto

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classificado como café gourmet, digno de ser apreciado pelos mais requintados paladares. A procura por cafés especiais, sejam eles cafés do sul de Minas, Mogiana ou do Cerrado, vem aumentando no Brasil em torno de 15%. Por esse motivo o café Fontenelle está sempre aperfeiçoando sua classificação para agradar clientelas muito exigentes.

Serviço Fazenda Santa Rosa BR 51, Km 55, Rodovia Unaí (61) 3501.1119 www.cafefontenelle.com.br


RELP Turismo ComChocolat A Rogerbras gosta do que faz e faz com excelência. Assim, realiza pesquisas de mercado para oferecer aos potenciais parceiros e clientes as melhores oportunidades e vantagens que a economia atual possa oferecer no campo imobiliário. Nosso atendimento, avaliação e comercialização de imóveis são personalizados, com grande desempenho de qualidade. A elaboração de soluções comerciais é o eixo dos ótimos resultados alcançados. Sintetizando, a Rogerbras não perde negócio. Empresa preparada para enfrentar novos desafios, em um mercado cada vez mais exigente, dinâmico e competitivo, a Rogerbras está preparada, criando sempre soluções para cada tipo de negócio. Sua área de atuação está direcionada para: • Intermediação de compra e venda imobiliária, aluguel e avaliação, principalmente nos setores de mansões Park Way, Lagos Sul e Norte, Plano Piloto, Sudoeste, Águas Claras, Cruzeiro, Octogonal e Guará. Seu know how engloba a comercialização de imóveis residenciais, comerciais e industriais. • Assessoria em formações de condomínios e fracionamentos em setores como SMDB, SMPW, CH Lagos Sul e Norte.

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Automóvel

Da Redação | Fotos: Divulgação

Peugeot 300 Segurança e velocidade aliadas

O

s apaixonados por carro que se segurem! A francesa Peugeot acaba de lançar no mercado brasileiro o novo crossover 3008. Entre 12 concorrentes o modelo foi eleito o "Melhor Crossover" no prêmio "O Melhor de Auto Press 2011. No país há dois meses, o Peugeot 3008 chegou para se tornar uma referência entre os modelos da categoria. A idéia é valorizar a marca e abrir espaço no segmento nacional. Para o presidente da marca no país, Guillaume Couzy, é muito mais do que um “trabalho de imagem. É um novo produto no mercado brasileiro ”. O modelo já arrebatou 14 prêmios internacionais.

Design O carro foi desenhado com carroceria de minivan, composta por uma enorme grelha frontal, linhas mais salientes na lateral e apliques em preto no pára-choque dianteiro. O carro reúne também características de um utilitário esportivo, por isso recebeu o nome “crossover”. O estilo menos destacado é o suv, que tem a aparência de minivan, devido à sua suspensão não elevada e a ausência de tração nas quatro rodas. Nesse estilo, o 3008 herda a praticidade interna. No assoalho traseiro há espaçosos portas-objeto. Enquanto o motorista conta com seu próprio porta-luvas, abaixo da coluna de direção. O mais criativo e funcional do veículo é o arranjo do porta-malas modular, que pode ser “dividido” em três andares.

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Velocidade e segurança O automóvel alia a velocidade e a segurança. O Peugeot 3008 possui motor 1.6 turbo de injeção direta de gasolina. Gera 156 cv, graças à tecnologia avançada e o câmbio de seis marchas não fica atrás. Entrega o torque máximo de 24 kgfm a apenas 1.400 rpm. O ótimo conjunto mecânico é o ponto alto do 3008. O novo Peugeot possui elevado nível de segurança com oito airbags, "head-up display", uma telinha acrílica acima do painel que mostra informações sobre a velocidade. Em cima do retrovisor há um display com a indicação de cada um dos assentos que informa ao condutor se algum dos cinco passageiros está sem o cinto de segurança. No quesito segurança, o 3008 tem também freios ABS com controle de


08 estabilidade (ESP), sistema que evita derrapagens (ASR), dispositivo de assistência de frenagem (AFU) que aplica uma força adicional nos freios em situações de emergência e uma barra estabilizadora hidráulica, composta por três amortecedores que equalizam a inclinação da carroceria nas curvas. O carro é preparado para situações perigosas como trechos de solo irregular e chuvas que fazem do asfalto escorregadio.

Luxo e conforte em itens de serie Dentro do carro, o motorista tem o conforto de itens de luxo e segurança como aviso sonoro para combustível na reserva;direção eletro-hidráulico; faróis com ajuste elétrico; lanterna traseira de neblina isolada; limpador dos pára-brisas com temporizador "speed-sensitive"; limpador do vidro traseiro automático em marcha ré; retrovisores externos com anti-imbaçante; sensor de distância traseira para estacionamento; sistema auxiliar para partida em aclives; sistema de alarme ultrasom; vidros elétricos com sistema anti-esmagamento e ar-condicionado automático com controles. O crossover possui também freio de estacionamento

automático que dispensa o uso de alavancas. Ao pisar no acelerador ou desligar o carro, o dispositivo é desativado ou acionado automaticamente. Em termos de tecnologia, design, modularidade, qualidade e comportamento dinâmico, o automóvel é dotado de arquitetura única e uma excelente utilização de seu interior. O console central mais alto separa motorista e o passageiro dianteiro. O banco dianteiro possui regulagem manual de altura LD, filtro de ar do habitáculo com carvão ativado; proteção solar nos vidros laterais traseiros; relógio de horas digital,; saídas de ar no porta-objeto do console; tampa traseira bipartida e viva-voz com sistema bluetooth. Na versão Allure, o carro custa- R$ 79.900 e R$ 86.900 na Griffe, que oferece teto panorâmico em vidro, bancos em couro e acendimento automático dos faróis, entre outros itens exclusivos. A garantia da fábrica é de 3 anos. A Peugeot pretende vender 200 unidades mensais do crossover. O máximo que a filial brasileira conseguiu da fábrica na França. “Já fiz muitos inimigos para conseguir esses 200 carros. A demanda deverá ser alta para justificar mais importações e novos inimigos”, brinca Couzy. Serviço G3 Comunicação. SRTVS 701, Conjunto L. Lote 38, Bloco I, Salas 302, 304.

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Vida Moderna

Por: Alessandra Bacelar | Ilustração: Eward Bonasser Jr.

Compras à noite Maneira fácil e descomplicada para encher os “carrinhos”

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vida dos brasileiros anda cada vez mais corrida. Trabalho, estudos, família, não é fácil equilibrar todas as coisas. Com a falta de tempo do consumidor, uma nova medida foi adotada pelo comércio: são as compras noturnas. Em horários nada comuns, supermercados, lojas de departamento e farmácias ficam abertas para atender melhor o cliente. Há locais que costumam ficar abertos até mais tarde e outros que funcionam até por 24 horas ininterruptas. Além da falta de tempo, outros fatores que também levam as pessoas a preferirem essa forma de comprar são o trânsito mais tranqüilo da madrugada e a ausência de filas nos caixas. Sem contar que muitas lojas que abrem fora dos horários convencionais costumam lançar ofertas especiais para o período. Assim, o cliente além de pesquisar melhor os produtos, economiza. A caixa do período noturno, do super-

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mercado Extra, Carolina Silva, afirma que as compras noturnas tendem a ser mais tranqüilas. “Os consumidores escolhem melhor os produtos porque não estão preocupados com o tamanho da fila a ser enfrentada. Dessa forma é mais fácil para eles descobrir onde estão as ofertas”, comenta. Sempre atarefada por causa dos cinco filhos, a dona de casa, Maria do Socorro prefere fazer suas compras de supermercado à noite. Ela afirma que, além da vantagem de ser mais fácil e prático nesse turno, devido a calmaria do local é possível analisar e descobrir defeitos de utensílios domésticos e perceber a qualidade dos alimentos. “Para mim é menos corrido fazer compras à noite. Posso observar melhor tudo a ser comprado. Percebo detalhes que passariam despercebidos se estivesse comprando na pressa,” garante. Mais do que vantagens financeiras, as compras à noite podem trazer benefícios à saúde das pessoas. Samara Oliveira, 24 anos, mãe da pequena Natália de três meses,


afirma depender das farmácias 24 horas quase toda noite. “Minha filha sente cólicas de madrugada, além de freqüentes problemas respiratórios. Na maioria das vezes, não tenho por perto o medicamento adequado. Tenho que ligar, tarde da noite, para o serviço de entrega da farmácia mais próxima”, conta. Na rua das farmácias, como é conhecida a lateral da quadra 502 Sul, existem mais de quinze farmácias, funcionando 24 horas e fornecendo o serviço de entrega de medicamentos. Segundo o Sindicato das Farmácias do DF, esse atendimento noturno é fundamental para a vida das pessoas, pois existem problemas de saúde que se agravam mais no período noturno. Além disso, conforme a entidade, o serviço de teleentrega chega a ser um compromisso social que as farmácias têm para com seus clientes. Para o sindicato, a necessidade é quem dita as regras, por ser um trabalho que envolve a vida das pessoas. Independente do serviço prestado, a ampla disponibilidade do comércio em atender o cliente é uma vantagem que, além de beneficiar o consumidor, também contribui para o crescimento da empresa, pois facilidades como estas, costumam refletir no aumento das vendas. Além do lucro, abrem-se as portas para novas contratações. O cliente fica mais satisfeito e o vendedor tem mais uma oportunidade de emprego, movimentando mais a economia do país.

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Esporte

Por: Michel Aleixo | Fotos: Gustavo Lima

Brasília Rugb Um dos esportes mais democráticos do mundo é jogado aqui

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ascido na Inglaterra no início do século XIX, o rúgbi é o segundo esporte coletivo mais praticado no mundo, ficando atrás apenas do futebol. Apesar de disputados num campo com as mesmas dimensões, as semelhanças entre os dois esportes terminam aí. O rúgbi é um jogo de embate físico, em que o objetivo é levar a bola oval até os limites do campo do adversário. “Ele é um dos esportes mais sociais que existe. O rúgbi agrega valores importantes na vida cotidiana, como coletividade e companheirismo. Como você só pode passar a bola para trás, está sempre acompanhando seu parceiro. É um

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jogo de disciplina”, explica Raphael Rizzo, 30 anos. O publicitário é o capitão do Brasília Rugby, único clube da capital. O time local que hoje tem 30 atletas no masculino e quatro no feminino é sinônimo de raça apresentada no esporte. “A primeira versão do time começou no ano 2000, com um grupo de estrangeiros e brasileiros que já praticavam o esporte fora do país. Entre os vários campeonatos regionais, já participamos do Brasileiro e por um ponto, não subimos para a série A”, lembra Raphael. Por se tratar de um esporte pouco conhecido, o Brasília Rugby não tem


campo próprio e o gramado onde costumam treinar, no Parque da Cidade, está se tornando inviável. “Chegamos aqui hoje e nos deparamos com essas árvores recém plantadas. Não falamos com a administração, mas pelo visto, nossa área de treino está com os dias contados”, desabafa. O time é formado basicamente por atletas que conheceram o esporte pela TV e descobriram o time brasiliense pela internet. É o caso da consultora Bianca Ferreira, 29 anos e da estudante Ellen Mello, 24 anos. Elas compõem a metade do time feminino da cidade. Devido ao baixo número de jogadoras, as mulheres do Brasília Rugby ainda não conseguiram disputar nenhum jogo. “Espero que mais garotas se interessem”, afirma Bianca. “O rúgbi é o esporte mais democrático que existe. Porque tem espaço para os gordinhos e magrinhos. Uns fazem a defesa, os outros correm para o ataque. Tem gente que tem medo de jogar porque acha que vai se machucar, mas não é nada disso. Nem todos os jogadores vão para o confronto”, explica a jogadora. E Ellen acrescenta que, além de ser um esporte social é também integrador. Segundo ela, o time não funciona se pelo menos um jogador não estiver bem. “Na saída de bola, você se segura em seu companheiro e ele em você. Então tem que haver confiança em quem está do seu lado”, justifica. O rúgbi vai participar dos jogos olímpicos pela primeira vez em 2016, no Rio de Janeiro, na versão “seven”, mais simplificada. O jogo tradicional tem 15 jogadores de cada lado e dois tempos de 40 minutos. Na categoria seven, as equipes são formadas por

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sete jogadores, com tempos de sete minutos de duração. “Enquanto o jogo tradicional exige mais combate físico e o seven é mais correria”, explica a jogadora. Apesar disso, Ellen esclarece que o esporte não é violento. “O rúgbi é um jogo de contato e não de contusão. Como regra, no futebol o contato deve ser só com a bola, mas no rúgbi o contato físico é previsto. Então você já joga sabendo que alguém vai te acertar. Você tem que estar preparado pra isso”. “É jogo de muito mais raça”, enfatiza Bianca. “É como se fosse o futebol dos anos 60 e 70. Hoje, quando um jogador leva um encontrão no futebol, cai no chão, faz cena. No rúgbi os jogadores profissionais se contundem, mas jogam enfaixados, porque sabem que o time precisa deles”, esclarece. Para conhecer e participar do Brasília Rúgby não existe limite de idade, peso ou sexo. A participação é gratuita e quem compra a ideia do time, eventualmente ajuda a comprar bolas e equipamentos. “Temos apostilas feitas especialmente para os novatos. Qualquer um é bem-vindo”, convida Raphael. Os treinos do Rúgby acontecem às terças, quintas e sábados, geralmente no Parque da Cidade. Os interessados podem se informar no site www.brasiliarugby.com.br.

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Personagem

Por: Tássia Navarro | Fotos: Gustavo Lima

Multiplicador de

Conhecimentos Abastece de saber povo carente do nordeste

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vida de muitos habitantes de cidades do interior do Ceará, como Juazeiro e Farias Brito, na região do Crato, hoje está cheia de boas obras literárias e com mais cultura. Isto, só se tornou possível por meio do sonho de um funcionário público que , há 15 anos, arrecada livros em Brasília e os envia para a região do Cariri, no Ceará. A atitude do cearense Elmano Rodrigues Pinheiro, 61 anos, se deu quando ele descobriu, na Casa do Ceará, o projeto “Padarias Espirituais”. Movimento modernista no final do século XIX que significa abastecer bibliotecas com publicações literárias e outros títulos, levando saber a populações carentes do nordeste. Juntar livros de obras literárias, científicas, artísticas entre outras, e depois distribuí-las pelos Brasil a fora é a vida do senhor Elmano. Nascido na pequena cidade de Farias Brito, a 44 quilômetros da cidade do Crato, veio para Brasília em 1979. Em 1958, quando tinha oito anos, teve o pai, Enoch Rodrigues, político da época, assassinado. Sua mãe, com sete filhos para criar, decidiu montar uma escola para manter o sustento da família e em homenagem ao esposo batizou a mesma com o seu nome. Foi assim que Elmano começou a se encantar com os livros. “Na biblioteca da escola, onde grande parte dos livros tinha sido antes da biblioteca particular do meu pai, eu me interessava cada vez mais pelas obras”, lembra. Agora, ele sente a necessidade de passar todo o conhecimento e cultura que os livros contém, para aqueles mais necessitados no interior de seu Estado. Ele se tornou um multiplicador de

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conhecimentos e ajuda, assim, a ampliar os horizontes de muita gente. Hoje, Elmano trabalha na Editora da Universidade de Brasília (UnB). “Foi onde aumentei a minha paixão pelas publicações”, confessa. Publicitário de formação, por meio de seu trabalho teve contato com muitos títulos. “Obras nem sempre bem aproveitadas, que eu via e pensava que no meu Estado, muitas pessoas carentes poderiam estar aproveitando”. Mas como em toda boa ação sempre há obstáculos, a maior dificuldade encontrada por esse homem de visão foi na hora de enviar os livros arrecadados para o sertão do Ceará. Afinal, são quase dois mil quilômetros de distância que separa Brasília da cidade do Crato. Mas, como até hoje, graças a ajuda de vários amigos, o funcionário público consegue dá um jeitinho e os livros acabam chegando aos seus destinos finais. Fazendo a alegria de um povo sedento por conhecimentos. “Às vezes passa alguém de viagem por aqui e eu separo uma quantidade considerável de livros para que levem. Graças a Deus sempre arrumo uma forma de enviá-los”, relata. A estimativa é de que, anualmente, Elmano arrecade cerca de 50 mil livros. Para custear os fretes, o multiplicador de conhecimentos já vendeu um apartamento no Rio de janeiro e um carro. Segundo ele, a recompensa maior é ver gente simples devorando e se deliciado com os livros. Se no início, Elmano conseguia as doações batendo de porta em porta, inclusive nas editoras, hoje a sua fama de doador de livros se espalhou pelo Brasil e ele costuma receber publicações de todo o país. “Hoje as pessoas me ligam. Sempre que um político quer se desfazer da sua biblioteca particular me procuram para doar. São obras em bom estado de conservação”, conta. Para quem começou fazendo doações para bibliotecas já montadas e hoje consegue abrir novos espaços de leitura, muitos dizem que Elmano é um “cabra” corajoso, que teve a ousadia de sonhar um sonho em que o coletivo sempre foi evidenciado.

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Saúde

Por: Tássia Navarro | Fotos: Gustavo Lima

Auriculoterapia Sementes que auxiliam no tratamento de doenças

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auriculoterapia tem ganhado espaço em clínicas médicas ultimamente. A técnica de acupuntura é, provavelmente, uma das mais antigas. Têm-se notícias de que três mil anos antes de Cristo ela já era praticada. O método terapêutico é feito por meio dos quase 200 pontos de acupuntura localizados na orelha. Conforme Máuria Pereira Franco, psicóloga e acupunturista há mais de 20 anos, a auriculoterapia é um método tradicional de tratamento por meio da fixação de sementes ou pequenas esferas em pontos previamente selecionados no pavilhão auricular (orelha). “Esses pontos têm relação direta com outros órgãos e vísceras do corpo humano”, assegura. Para a especialista, devido a área auricular ser muito rica em nervos e ter ligações diretas com o sistema nervoso central, com a atuação nos pontos é possível efetuar estímulos em outras partes do corpo. Aproveitando o reflexo que a orelha exerce sobre órgão nervoso, ao realizar a estimulação de um ponto, o cérebro recebe um impulso que desencadeia numa série de fenômenos físicos, relacionados com a área do corpo correspondente ao ponto estimulado , que produz equilíbrio e bem estar ao paciente. A acupunturista garante que mais de 200 enfermidades podem ser tratadas por meio da auriculoterapia. Como doenças de caráter funcional, neurótico e psicótico. As cefaléias,

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A região auricular é o foco da técnica


Máuria Pereira Franco, psicóloga e acupunturista

insônia, problemas gastrintestinais e obesidade, são alguns exemplos. Segundo ela, o tratamento é simples e os procedimentos podem ser repetidos e continuados em casa. “Basta pressionar as sementes ou esferas na região auricular. Isto vai estimular os pontos para atuar nos órgãos que estão com algum tipo de doença,”, esclarece. A jornalista Talita Freitas, 25 anos, conta que conheceu a técnica da auriculoterapia na época em que estava concluindo seu curso superior. A monografia, o trabalho e ainda ter que arrumar tempo para cuidar da filha a deixavam muito estressada e sem nenhum estímulo. “Foi uma amiga quem me falou da auriculoterapia. Resolvi experimentar. Realmente fez efeito. Eu me senti mais tranqüila e passei a me alimentar melhor”, garante. Máuria ainda explica que a auriculoterapia é um tratamento de fácil manejo, com menos efeitos secundários e que pode ser associado a outros tipos de tratamentos. “Uma pessoa obesa que faz um tratamento com dietas, por exemplo, pode receber

indicação para complementar o tratamento com a auriculoterapia. Nesse caso, os pontos que vão ser estimulados serão os relacionados com a fome, ansiedade, dentre outros”, explica. Conforme ela, o tratamento é de grande eficiência. A auriculoterapia tem constituído sua própria teoria e os pontos auriculares funcionam como uma memória do histórico de doenças das pessoas. “Por isso, é possível o diagnóstico de processos patológicos que ainda não se manifestaram clinicamente”, afirma. Atualmente, a auriculoterapia tem ganhado enorme espaço no campo da medicina. Segundo a especialista, o diagnóstico do tratamento auriculoterápico tem valor, pois a semiologia – sinais e sintomas da doença – é muito próximo do diagnóstico realizado por meio do pulso e da observação da língua na medicina tradicional chinesa. Serviço IMPI SHIS QI 5, chácara 85 Lago Sul (61) 3327.1970

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Moda Por: Camila Penha | Fotos: Estúdio Dephot e Divulgação

Momento de

Comprar

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uitas lojas já colocaram suas coleções de verão em promoção, já que nessa semana começam os previews das coleções de inverno da maioria delas. É o perfeito momento para comprar novas peças com precinhos ótimos e poder usá-las ainda nesta estação. Dê preferência à itens que durem mais de um verão e que, com os acessórios certos, se transformem na roupa ideal para qualquer momento do dia, ou da noite.

Batom Yves Saint Laurent na Lord

Macaquinho Santa

Carteira Empório Bijux

Sandália Carmin para Santa

Óculos Voriques Eyewear

Biquini Santa

Short Santa

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Perfume Aire Loco Loewe na Lord


Colar Empório Bijux

Cinto Santa

Vestido Santa

Vestido Santa

Óculos Voriques Eyewear

Sandália Empório Bijux Saída de praia Santa

Perfume Summer by Kenzo na Lord

Biquini Santa

Serviço Empório Bijux Pier 21 (61) 3322.4065

Lord Perfumaria Boulevard Shopping (61) 3556.6641

Santa Gilberto Salomão (61) 3248.5890

Voriques Gilberto Salomão (61) 3248.6952

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Comportamento

Por: Larissa Galvão | Fotos: Divulgação

Coloridos e estilosos Nova geração de adolescentes adota cores e inúmeros acessórios para criar um estilo inconfundível

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ivemos em um mundo em que as pessoas desejam ser únicas. Seja no estilo, nas roupas ou no corte de cabelo. Quem é que não quer ser exclusivo onde quer que esteja? Hoje, a moda está em tudo que fazemos e aonde vamos. E como já dizia o estudioso fashion Maurício Azevedo: “A moda é o cérebro por fora”. Pessoas com roupas e calçados diferentes, fazem as criações da moda ir além das expectativas do mercado. Os cabelos também estão cada vez mais com formatos e cores diferentes. Essa nova tendência surge ao lado do estilo ditado por algumas bandas de sucesso no Brasil e no mundo – que usam e abusam de figurinos extravagantes e sempre com muitos acessórios coloridos. As bandas Restart e Hori – do vocalista Fiuk – são as principais influências entre os adolescentes que apostam cada vez mais nesta forma de se vestir. Meninas costumam usar pulseiras, tênis coloridos, uma meia fina da cor preta, colares e uma maquiagem bem forte. Meninos costumam usar calças bem justas e seguir o estilo de roupas muito coloridas. Ainda tem aquelas pessoas que tem como fonte de inspiração celebridades internacionais como as cantoras Amy Winehouse e Lady Gaga, abusando de um estilo mais black, cheio de roupas escuras e maquiagem bastante pesada - com os inconfundíveis delineadores

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marcantes e exagerados. Os cabelos também estão cada vez mais diferentes e tem como influências os penteados de celebridades que viraram febre como o momento do cantor teen Justin Bieber. A estudante Lays Venâncio, 16 anos, diz que segue o estilo, porém muda de acordo com a fase da sua vida e até mesmo com o seu humor. “Não gosto muito de seguir padrões de beleza, então eu me inspiro no estilo de várias pessoas que eu gosto e formo o meu próprio”, revela. Ela diz que com o seu cabelo não é diferente. “Eu já tive o cabelo de várias formas, talvez eu seria ainda mais louca, se não fosse pela minha família. Já fiz até um moicano”, conta. Bruna Muniz, 14 anos, diz que este estilo não foi escolhido por ela e até acha que foi o estilo que a escolheu. Além disso, a estudante revelou que sua família não se importa com suas escolhas e não há nenhum preconceito. “Todos em minha casa são muito alternativos. Então eles não falam nada sobre o meu jeito de ser e vestir”, confessa. E, na hora da produção, Bruna tem como inspiração o lado gótico das vampiras. “Para me arrumar não costumo me inspirar em ninguém, mas em relação à maquiagem e cabelo, gosto de copiar o estilo da Taylor Momsen - atriz do seriado


Gossip Girls. Ela tem um look meio vamp”, conta. Fã da vj e apresentadora da MTV, MariMoon, conhecida por seus cabelos coloridos e cortes de cabelos exóticos, Fernanda também ousa quando o assunto são suas madeixas. “Eu acho que mulher de cabelo curto é sexy”, afirma. Em sua página da rede social Orkut, ela participa de comunidades como: “Tão olhando pra nóis” e “Estilo próprio”, o que mostra a consciência da garota de apenas 17 anos e de estilo não é muito aceito pela sociedade. Amandah Rafaela, 17 anos, afirma que este estilo expressa liberdade para se vestir como quiser. “Acredito que minhas roupas expressam a minha rebeldia. Visto-me assim independentemente se as pessoas gostam ou não”, garante. Na hora de se vestir, Amandah diz que se inspira na polêmica cantora Lady Gaga. Colaboração: Maíra Elluké

A banda Restart que influencia os adolescentes.

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Cultura

luis turiba

A palavra brilhou e deu cambalhotas O poeta Chacal brilha em evento no SESC-Copa

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á muito tempo a Poesia Carioca não reunia de uma só lapada tantos poetas de palavras e atitudes no mesmo poetário-ambiente. “A Palavra Toda”, festival bem bolado pela pesquisadora-editora Heloísa Buarque de Hollanda, ganhou vida na segunda e terça desta semana (24 e 25 de janeiro) deixando o auditório do Espaço SESC-Copacabana impregnado de rimas, tiradas, metáforas, performances, poemas ditos, cantados, falados e vividos, poesia em todos os ritmos e calibres. Foi uma calibrada noite de múltiplas linguagens. Helô vibro! O poeta Chacal – ele, sempre ele – foi o MC da noitada de estréia, desempenhando a função com graça, maestria e poesia, tendo como companheiro de empreitada o jovem poeta Ramon Mello. Uma dupla dinâmica, quase Batman e Robin, que levou o festival até o cume da satisfação poética. Como se tocasse em alto mar uma Nau Catarineta, Chacal avisava o tempo todo ao distinto público que o evento tinha como “objetivo montar um amplo painel dos possíveis suportes da palavra”. De verso em verso, ele levou a encrenca por quase quatro horas seguidas, sempre mantendo a palavra na crista da onda, pois “ela se apropria do suporte para melhor soar”. E assim zoou, a palavra reinou e redimiu-se para a eternidade neste verão de 2011. O poeta criador de “Quampérius” já tinha avisado pelos jornais: “o Rio está com saudade de poesia e pensamentos. Vamos nos reunir para pensar a cidade”. Foi o que foi feito. Deu gosto assistir aos recitais de poetas jovens, outros nem tantos, bardos

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experientes da linguagem como Carlito Azevedo, Letuce e Viviane Mosé, cada qual no seu quadrado e estilo. Mas o circo pegou fogo mesmo quando adentrou a arena sesquiana quatro veteranos no trato das palavras como ferramentas basilares para a construção de seus petardos poéticos: Charles, um dos fundadores da Nuvem Cigana nos anos 70; Ricardo Santos, idem; Antônio Cícero, autor do inesquecível verso “meu amor, vem cá....sai dessa”; e o diplomata Francisco Alvim, o grande Chico Alvim, como seus perfurantes “poeminutos”, quase flashes luminares como se fossem hai-cai cadentes. Pra melhor sacudir a massa, num lance de dados quase anti-tecnológico, Chacal transformou um velho gravador cassete em instrumento da poesia e todos ouvimos a ressoante voz do poeta Armando Freitas Filho. Antes, porém, a linguagem anarco-zaún de Zuca Sardang, poetíssimo que mora em Munique, Alemanha, mas vive no mundo da lua com seus Dragões Cascatinhas, Piratas do Além e Princesas Vespusas e outros personagens de seu maravilhoso circo de linguagem. O público delirou com seu concerto desconcertante à base de marteladas, bate-panelas e sons de descargas. Foi sem dúvida uma noite poética de gala, onde tive a honra de assistir sentadinho da platéia em total sintonia e regozijo com o poetariado presente. Dei-me ao trabalho de presentear alguns dos partícipes, aqui e ali, com meu pequeno livro “Luísa Lulusa, a atriz principal” e alguns exemplares do “Meiaoito”.

Satisfeito com a re-entrada no mundo das palavras do Rio, comi pizzas e bebi vinhos para saudar a nova-velha Poesia Carioca. Há muito tempo a Poesia Carioca não reunia de uma só lapada tantos poetas de palavras e atitudes no mesmo poetário-ambiente. “A Palavra Toda”, festival bem bolado pela pesquisadora-editora Heloísa Buarque de Hollanda, ganhou vida na segunda e terça desta semana (24 e 25 de janeiro) deixando o auditório do Espaço SESC-Copacabana impregnado de rimas, tiradas, metáforas, performances, poemas ditos, cantados, falados e vividos, poesia em todos os ritmos e calibres. Foi uma calibrada noite de múltiplas linguagens. Helô vibro! O poeta Chacal – ele, sempre ele – foi o MC da noitada de estréia, desempenhando a função com graça, maestria e poesia, tendo como companheiro de empreitada o jovem poeta Ramon Mello. Uma dupla dinâmica, quase Batman e Robin, que levou o festival até o cume da satisfação poética. Como se tocasse em alto mar uma Nau Catarineta, Chacal avisava o tempo todo ao distinto público que o evento tinha como “objetivo montar um amplo painel dos possíveis suportes da palavra”. De verso em verso, ele levou a encrenca por quase quatro horas seguidas, sempre mantendo a palavra na crista da onda, pois “ela se apropria do suporte para melhor soar”. E assim zoou, a palavra reinou e redimiu-se para a eternidade neste verão de 2011. O poeta criador de “Quampérius” já tinha avisado pelos jornais: “o Rio está com saudade de


poesia e pensamentos. Vamos nos reunir para pensar a cidade”. Foi o que foi feito. Deu gosto assistir aos recitais de poetas jovens, outros nem tantos, bardos experientes da linguagem como Carlito Azevedo, Letuce e Viviane Mosé, cada qual no seu quadrado e estilo. Mas o circo pegou fogo mesmo quando adentrou a arena sesquiana quatro veteranos no trato das palavras como ferramentas basilares para a construção de seus petardos poéticos: Charles, um dos fundadores da Nuvem Cigana nos anos 70; Ricardo Santos, idem; Antônio Cícero, autor do inesquecível verso “meu amor, vem cá....sai dessa”; e o diplomata Francisco Alvim, o grande Chico Alvim, como seus perfurantes “poeminutos”, quase flashes luminares como se fossem hai-cai cadentes. Pra melhor sacudir a massa, num lance de dados quase anti-tecnológico, Chacal transformou um velho gravador cassete em instrumento da poesia e todos ouvimos a ressoante voz do poeta Armando Freitas Filho. Antes, porém, a linguagem anarco-zaún de Zuca Sardang, poetíssimo que mora em Munique, Alemanha, mas vive no mundo da lua com seus Dragões Cascatinhas, Piratas do Além e Princesas Vespusas e outros personagens de seu maravilhoso circo de linguagem. O público delirou com seu concerto desconcertante à base de marteladas, bate-panelas e sons de descargas. Foi sem dúvida uma noite poética de gala, onde tive a honra de assistir sentadinho da platéia em total sintonia e regozijo com o poetariado presente. Dei-me ao trabalho de presentear alguns dos partícipes, aqui e ali, com meu pequeno livro “Luísa Lulusa, a atriz principal” e alguns exemplares do “Meiaoito”. Satisfeito com a re-entrada no mundo das palavras do Rio, comi pizzas e bebi vinhos para saudar a nova-velha Poesia Carioca. O cantor, pensador, filósofo e ex-ministro da Cultura do governo Lula, Gilberto Gil, será protagonista do

documentário “Connecting South, The New World” – Conectando o Sul, o novo mundo segundo Gilberto Gil,, um filme totalmente dedicado a ele que começa a ser gravado nesse carnaval em Salvador, pelos cinegrafistas Pierre-Yves Borgeaud e Emmanuel Gétaz, um suíço, outro francês; com produção brasileira de Daniel Rodriguez. No filme, Gil viajará pela conexão política-geográfica que começa a unir ainda fragilmente países e povos do eixo sul do planeta, expondo, discutindo e refletindo suas experiências existenciais, musicais, poéticas, políticas e filosóficas com gente da mesma raiz sulista. Depois de Salvador, o filho de Gandhi autor de “Babá Alapalá” visitará terreiros de candomblé e afoxés carnavalescos, irá à África do Sul, onde tem encontros marcados com artista e pensadores locais, entre os quais o Bispo Desmond Tutu. De lá, segue para a Austrália onde se encontrará com poetas como Roberta Sykes e Peter Garrets, além de líderes e cantores aborígenes australianos. Segundo o jornal baiano Correio, o cineasta suiço Pierre-Yves, hoje com 46 anos, lembra bem quando ouviu Gilberto Gil cantar no Festival de Montreux, em Genebra, o canção “Baba Alapalá” com os versos: “O filho perguntou pro pai/ onde é que está tataravô/ Tataravô,

bisavô, avô/ Pai Xangô, Aganju/ Viva egum. Babá Alapalá”. Agora, esses versos fazem total sentido para ele: “É fantástico como Gil fala da ancestralidade de uma forma tão simples e criativa”, declarou o cineasta ao jornal. Pierre-Yves e Emmanuel Gétaz são autores do documentário “Retorno de Gorré” sobre o cantor e compositor senegales Youssou N´Dour, produção franco-suiça, distribuído e vendido em todo o mundo.

AMAZONIA A volta de Gil ao Brasil será pelo Alto Amazonas, onde visitará tribos yanomanis e de outras etnias localizadas nas imediações da cidade de São Gabriel da Cachoeira, próxima a fronteira com a Venezuela.

PARABOLICAMARÁ Tudo é muito simbólico, cheio de significados. Com os indígenas da Amazônia, Gil participará de encontros no mais distante Ponto de Cultura criado pelo Ministério da Cultura, a maloca Casa do Conhecimento. Uma antena parabólica será levada até a região de Itacotiara-Mirim, onde ele deverá fazer um show com transmissão via lep-top para as principais cidades do mundo.

Gilberto Gil e mãe Stella

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Cultura Por: Michel Aleixo | Fotos: Gustavo Lima

Cultura no lugar do espetáculo Novo secretário fala dos planos do governo para o setor

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os últimos anos, a política de cultura do Distrito Federal resumiu-se a contratação de artistas populares para mega shows na Esplanada. Diversos espaços públicos encontram-se deteriorados e o FAC, Fundo de Apoio a Cultura funciona de forma precária, com atrasos e insuficiência de recursos. Desde o dia 3 de janeiro, tomou posse o novo Secretário de Cultura do Distrito Federal, Hamilton Pereira. Militante político e poeta premiado, o secretário concedeu entrevista exclusiva à Revista Plano Brasília, onde fala sobre as propostas do atual governo para o setor. “Ocorre que num primeiro momento, temos que tratar de emergências. São várias as edificações sob nossa responsabilidade correndo risco. Afinal, somos os guardiões de um patrimônio da UNESCO. Nós encontramos o governo do Distrito Federal falido. Não apenas do ponto de vista político, mas também do ponto de vista institucional. Então temos que lidar com isso”, afirma. O Secretário se refere aos espaços públicos que se encontram em péssimo estado de conservação, como a Concha Acústica e o Cine Brasília.

PRÉ-CONFERÊNCIAS DE CULTURA Diferente da política de grandes obras – ou no caso, grandes shows – como característica básica de um governo de esquerda, Hamilton expõe

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que a nova gestão será baseada numa conversa franca com a sociedade. “A política pública de cultura foi reduzida a dimensão do entretenimento. É uma dimensão necessária, mas não pode ser encarada como o conjunto de toda a política do setor. Esse é um grande prejuízo para a sociedade”. Como primeiro projeto, a secretaria vai realizar em todas as regiões administrativas do DF, pré-conferências de cultura. O objetivo é iniciar o diálogo com agentes culturais, artistas e a sociedade para o planejamento de um conjunto de políticas que vão servir de base para as ações do governo. “Vamos trabalhar com as diversas linguagens da arte, como a música, cinema, teatro, etc. Mas, enquanto estamos preparando a conferência, nós temos que tomar certas medidas emergenciais. Afinal, temos um calendário cultural na cidade”, lembra.

setor. “A circulação e a distribuição dos produtos culturais são a chave desse diálogo. A cidade tem de se ver na televisão e se ouvir nas rádios. Ocupar praças e auditórios com toda a riqueza e diversidade cultural que temos”, espera. Para Hamilton, a burocracia é uma necessidade do Estado moderno. E a justificativa para a dificuldade de diálogo e, consequentemente, ocupação dos espaços está na falta de políticas de base. “É importante dizer que o Estado não cria cultura. Mas ele tem um papel fundamental como indutor dos processos culturais. Então nosso investimento será no sentido de oferecer condições para que as expressões culturais aconteçam. O Estado não pode sufocar a sociedade. Deve deixar que a ela crie. Ela faz isso bem. Às vezes até contra o próprio Estado. É a democracia”, explica o secretário.

RELAÇÃO COM OS ARTISTAS

O calcanhar de Aquiles do Governo do Distrito Federal no setor, sempre foi a funcionalidade do FAC. Criado em 1991, o Fundo de Apoio à Cultura oferece recursos financeiros a artistas e músicos em geral, para produzir obras ou realizar eventos culturais. Entre os maiores problemas estão o repasse dos valores devidos aos beneficiados e a falta de compromisso do governo em viabilizar acesso ao valor total do

Entre as maiores queixas dos artistas, músicos e produtores locais, sempre esteve a burocracia para a utilização de espaços públicos. O maestro e produtor Renio Quintas, um dos organizadores do “Brasília Anos 50”, série de shows gratuitos que comemorou o cinquentenário da cidade sem fazer parte da programação oficial, aposta que a nova gestão vai dar ouvidos aos agentes do

FUNDO DE APOIO À CULTURA


recurso, que hoje é de 0,3% de toda a receita corrente líquida do governo. Para Renio Quintas, o FAC é resultado da luta da classe artística, além de ser a única política pública para a cultura do DF. “Temos que chegar ao ideal de 2% do orçamento como prevê o Sistema Nacional de Cultura”. Já o poeta Nicolas Behr acredita que os artistas não devem depender apenas de apoio governamental. “Precisamos levantar recursos no empresariado local. Cultura não é só o palco e o artista, é também visibilidade. Os empresários têm que entender que investir vai lhes trazer retornos”. O Secretário de Cultura vê o FAC como um instrumento privilegiado que padece de insuficiências. “Nós vamos investir no sentido de equipá-lo. Ele deve oferecer um recurso considerável, com agilidade e a transparência necessária. Vamos à Câmara Legislativa cobrar dos parlamentares a regulamentação da lei que o criou”. Hamilton também enfatiza a importância da sociedade conhecer o produto que está sendo financiado pelo programa. “Uma de nossas idéias é pegar o que de melhor e mais significativo já foi patrocinado pelo FAC e apresentar esses trabalhos para as pessoas na forma de um festival. Assim, a cidade vai ter ideia do que ela está pagando através do programa”, conta.

CACHÊS Seja o Carnaval, aniversário da cidade ou festas de fim de ano, sempre que a Secretaria de Cultura anuncia a programação das datas comemorativas, a imprensa, sociedade e os artistas locais queixam-se das cifras. Especialmente os valores pagos aos grandes artistas contratados. Só no último réveillon, dos R$ 6,8 milhões gastos divulgação

com a festa, R$ 3,6 milhões foram pagos em cachês. “Transformaremos a secretaria do espetáculo numa secretaria de cultura. Todos esses erros que envergonham a sociedade são decorrentes da falta de políticas que eu mencionei anteriormente. Mas, manteremos o direito do cidadão de

Nós encontramos o governo do Distrito Federal falido. Não apenas do ponto de vista político, mas também do ponto de vista institucional receber grandes shows. Na condição de capital da república, Brasília tem a vocação de receber apresentações que circulam por todo o país, sem prejuízo de abrir espaço para a produção local”, garante.

TRABALHO CONJUNTO Hamilton Pereira procura buscar como ponto de referência de seu futuro trabalho, a lacuna de 12 anos existente entre o governo de Cristovam Buarque e a gestão de Agnelo. Para o secretário, nesse divulgação

Renato Matos, Renio Quintas, músico maestro, compositor “Chega de depen“Minha expectativa é de muito otimismo. der do que vem de A equipe que o secretário montou tem fora. Se o governo amplo conhecimento dos maus tratos que a classe sofreu nos últimos anos. Vamos esperar que investir em saúde e cultura, não vai os pontos de cultura sejam concretizados, com investimen- precisar investir em segurança.” tos para todas as linguagens da arte. Espero ver também, a criação de prêmios e a correta circulação e distribuição dos produtos culturais do DF.”

período ocorreu “uma deliberada política de demolição na área cultural”, desserviço que ele pretende corrigir. Uma de suas propostas é o trabalho conjunto com outras pastas do governo, como as secretarias de educação, segurança pública e cidadania. “Acho fundamental a estreita articulação das políticas públicas de cultura e da rede escolar. Já estamos trabalhando com a Secretaria de Educação, no sentido de resgatarmos a criação da Escola Integral. Outra questão importante é a da violência urbana, que está estritamente ligada a falta de valores culturais”. Em função de tais problemas, o secretário é reticente em fazer promessas e anunciar projetos. “Nesse período de 12 anos fomos afetados por uma revolução tecnológica. Isso tem um significado que não pode passar despercebido. Eu preferia guardar propostas para uma próxima entrevista. Porque como nós estamos numa situação de muita precariedade, eu não quero gerar expectativas que eu não possa cumprir”, confessa. A primeira prova de fogo da nova gestão será a realização do Carnaval 2011. Hamilton adianta que este será um carnaval emergencial, e que já discutiu a situação com as escolas de samba. “Pretendemos ter um diálogo bastante franco com os meios de comunicação e sociedade, de modo que, com essa transparência, a gente possa cumprir adequadamente nosso papel como governo. E eu falo isso não é pra pedir complacência. Nós queremos é estabelecer um novo padrão de relações com a sociedade, em que ela se sinta responsável pelo governo que tem. Cobrando e eventualmente apoiando aquilo que julgar acertado como política”. divulgação

Nicolas Behr, poeta e escritor “Espero ver o novo secretário brigando pelo setor. Não tenho ilusão de que a cultura é prioridade pra nenhum governo, mas ela tem recursos e merece atenção. A classe artística tem que fazer sua parte, mas a sociedade também. O artista não é ninguém sem público”. PLANO BRASÍLIA 01 DE FEVEREIRO DE 2011

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Gastronomia Por: Fernanda Azevedo | Fotos: Paulo Negreiros

Brasil Vexado

Culinária nordestina no modelo fastfood faz sucesso em Brasília

O

Brasil Vexado nasceu para agradar ao paladar daqueles que tinham saudade da culinária da sua terrinha e ao mesmo tempo se adaptar à rapidez cotidiana das grandes capitais. No começo, em 2003 o restaurante funcionava somente como tele entrega. Em 2005, passou a atender aos clientes no estabelecimento. A partir desta data, ninguém mais segurou o Brasil Vexado, que se tornou uma cadeia de lojas espalhadas pela cidade. O restaurante possui cardápio variado, com gastronomia regional acentuada. Considerado carro chefe da casa, a famosa carne de sol, acompanhada dos bem casados, feijão e arroz, regados a uma suculenta manteiga de garrafa e farofa é, disparado, o prato de maior saída. “É o que faz mais sucesso na casa”, garante um dos proprietários, Cleber Vale Teixeira. Além da maravilha gastronômica, o Brasil Vexado oferece também outros pratos como “deliciosas” picanha, filé e frango. Há também outros quitutes da culinária nordestina como as tapiocas. E, também, massas, saladas, sanduíches e escondidinhos de deixar qualquer um com água na boca. O local oferece também espetinhos e pasteizinhos variados. Outro diferencial do Brasil Vexado é o serviço de “delivery”, a entrega em casa.

Carne de sol acompanhada dos bem casados feijão de corda e arroz

Serviço Brasil Vexado Asa Sul CLS 302 Bl D s/n lj 34 (61) 3323.1222 Sudoeste CLSW 105, Bl C s/n lj 56 (061) 3233.4443 Taguatinga Shopping QS 1, Rua 210 s/n (61) 3562-0160

Café Savana

Um Bistrô charmoso e aconchegante na capital do país

N

o mesmo estilo dos bistrôs de Paris, o café Savana, localizado na Asa Norte relembra muito os famosos cafés de São Paulo que abrigavam os artistas modernistas nos anos 20. O piso quadriculado e as pinturas nas paredes já dizem tudo. Conforme um dos sócios do local, Marcelo Melo a idéia do café é fazer com que o cliente faça uma refeição sadia em um ambiente mais informal. “O cliente pode sentar enquanto toma um café e lê as noticias sobre o que esta acontecendo na cidade”, diz ele. A gastronomia do restaurante é a mesma dos pequenos bistrôs, com filés, patês, sanduíches e molhos da cozinha

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Sanduiche de filé mignon com café Amanda


internacional. E, principalmente os cafés elaborados artisticamente. O cliente também pode optar por salada ou refeição, enquanto toma um vinho da própria adega do restaurante, que abriga vinhos nacionais e importados. Entre eles, os argentinos, chilenos e até mesmo franceses. “Um cardápio a francesa, sofisticado e por um preço razoável”, garante Melo. O prato principal do Café Savana é o sanduíche de filé mignon e páprica combinado com café Amanda. O sanduíche, artisticamente elaborado é uma combinação de pão italiano, filé mignon, páprica, bacon, champion e pimentão. A refeição serve até duas pessoas. O café Amanda é um café tradicional com licor de amêndoas e leite. Para os admiradores da gastronomia de bistrôs, o prato é uma ótima sugestão. Para Melo, o Café Savana é um restaurante dinâmico, que une a vida corrida das pessoas à arte. O estabelecimento possui uma galeria para os artistas que quiserem expor suas obras. “Há exposição de fotos, quadros, lançamentos de livros, que vem casar com a idéia do café como centro gastronômico cultural” assegura. Serviço Café Savana SHCN 416 Bl. A lj. 4 (61) 3347.9408

Nosso Mar

A tradicional culinária do litoral ao alcance do brasiliense

Principal prato da casa “Conglio Rosa”

P

ara quem gosta das tradicionais e saborosas gastronomias regadas a muito peixe, camarão, mariscos, mexilhões e outros frutos do mar, o endereço certo é, sem dúvida, o restaurante “Nosso Mar”, que desde 1989 vem ganhando e conquistando mais clientes pelo paladar. “Por aqui já passaram três gerações: o avô, pai e neto”, informa orgulhoso o dono do local, Carlos Henrique Pinheiro. E o que não falta no Nosso Mar são as maravilhas que a água salgada carrega em suas águas. O principal prato da casa não poderia deixar de ser a mariscada, refeição que reúne frutos do mar e peixes. Entre eles está o famoso “Conglio Rosa”, peixe muito apreciado pelos amantes da culinária do litoral. “Nós trabalhamos com esse peixe que quase ninguém tem a coragem de trabalhar, devido ao alto custo. Se o cliente quer comer uma comi-

da mais diferenciada ele vem para cá”, conta Pinheiro. No Nosso Mar é servida também a famosa bacalhoada que é uma das mais pedidas no estabelecimento. O cliente também pode comer caranguejo fresquinho, pois o restaurante disponibiliza um tangue dos crustáceos vivos. Para quem sente saudade do restaurante da beira da Praia, o Nosso Mar tem todo um clima amistoso e calmo. Perfeito para relembrar as férias no litoral. O restaurante é aberto de terça a domingo, das 11h à 0h. Para uma boa indicação gastronômica, basta solicitar ao Pinheiro, mais conhecido como Carlinhos, que é um autêntico mestre da culinária do mar. Vale a pena seguir os conselhos dele. Serviço Nosso Mar CLN 115, Bl. B, Lojas 3/77 (61) 3349.6556

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Música

Por: Maíra Elluké | Foto: Davi Carvalho

Do rock ao reggae, do pop ao alternativo

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Há cinco anos o estilo singular da banda Di Boresti agita a capital

nfluenciada por uma gama de estilos musicais que vão do rock ao reggae e passam pela música pop e alternativa, a banda Di Boresti conquistou uma identidade própria e tem se destacado na cena da música independente de Brasília. No circuito musical desde 2005, a banda, formada por RoneyBoy (vocal e guitarra), Darell (guitarra), Alex Duran (baixo) e Joobas (bateria), imprime em suas letras a diversidade musical e cultural característica dos grupos nascidos na capital. Apesar de dispensarem qualquer tipo de bairrismo e afirmarem que sua música é “do mundo”, os jovens integrantes da banda – com média de 30 anos – vivem intensamente, desde pequenos, o cotidiano brasiliense. Sem se render a estereótipos e rótulos, o quarteto faz questão de espalhar sua principal missão durante os shows – transmitir uma ideia positiva da vida, com mensagens do dia-a-dia, divulgando a harmonia e a paz sem deixar de lado a irreverência e as preocupações sociais. Questionado sobre o significado do nome de batismo da banda, o guitarrista Darell foi enfático. “A expressão Di Boresti tem a conotação de “estar numa boa, tranquilo, na

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paz”, revelou. Darell destacou, ainda, que suas músicas são feitas para “transmitirmos a ideia de tranquilidade no palco e na vida”, completou. O primeiro CD da banda, intitulado Bem Vindo ao Meu Mundo – lançado no segundo semestre de 2009 – traz dez músicas próprias e uma versão da conhecida Tempo Perdido, da Legião Urbana. O renomado produtor musical Guilherme Negrão foi o responsável por guiar os passos dos músicos durante a concepção da primeira obra da banda. O ano de 2009 guardou várias surpresas positivas para a banda. Em junho foi selecionada em primeiro lugar - por meio de voto popular - para participar do Festival de Inverno de Brasília. A vitória do grupo diante do gosto popular fez com que os jovens pudessem dividir o palco do evento com grandes nomes da música brasileira como Nando Reis, Jorge Ben Jor, Lulu Santos e Biquíni Cavadão. Depois da aclamada apresentação no Festival – elogiada pela crítica e público presente – a Di Boresti seguiu para o interior de São Paulo, onde participou do II Unifest Rock - Festival Universitário de Bandas de Campinas, em setembro do mesmo

ano. Única representante de Brasília, a banda tocou ao lado das antológicas Cachorro Grande e Velhas Virgens.

O futuro O lançamento do segundo CD – que já está em fase de pré-produção – e a gravação do primeiro DVD estão entre os principais planos da Di Boresti para 2011. Darell afirmou que a banda cogita passar uma temporada fora de Brasília, em busca de novas oportunidades. “O mercado daqui é muito limitado. As grandes gravadoras estão em São Paulo. Acredito que lá tem mais espaço para nós”, conclui. Dessa forma, a banda Di Boresti segue o seu caminho e seu ritmo, com novos sonhos e novas perspectivas, divulgando suas músicas e sua arte por onde quer que passem. Como diz a letra de “Deixa o bicho pegar”, independente de qualquer situação, eles seguem “em frente como boa gente... Sem dinheiro, mas sempre à disposição”. Serviço Banda Di Boresti www.myspace.com/diboresti Contato para shows: (61) 7816.7035


Bohumil Med*

Música Erudita em Brasília “Música é uma linguagem universal. Não precisa ser traduzida.” H.W.Longfellow

A

cidade viveu, nos últimos dias, um clima de muita música proporcionado pelo 33o. Curso Internacional de Verão da Escola de Música de Brasília. Além, é claro, dos concertos apresentados, um bom programa foi circular pelos corredores da escola, entre os participantes do evento. O ambiente era de alto astral e total descontração. Gente de todas as idades e estilos pra lá e pra cá portando diversos tipos e tamanhos de instrumentos. Uns tocando sozinhos, outros ensaiando em grupo e alguns colocando o papo em dia. No meio dessa alegre babel musical, Jonas Correia da Silva, diretor da escola e coordenador do curso, encontrou um tempinho para um rápido bate-papo.

tempo para tratar com muitas pessoas, muitas situações e muitos imprevistos” concluiu.

TROMBONISTA OU COORDENADOR?

CONCERTOS REALIZADOS

Formado pela UnB, antes de se dedicar à regência e à direção da escola (assumida no ano passado com a morte de Carlos Galvão), Jonas atuava como trombonista. Segundo ele, são atribuições distintas. “Quando se toca, existe uma relação quase íntima entre os dois – o músico e o instrumento. Já a função de coordenador exige mais envolvimento pessoal direto e, principalmente, mais

DIFICULDADES ENFRENTADAS “A maior dificuldade para organizar um evento deste porte é a fase preparatória que começa muitos meses antes. São contatos e negociações com patrocinadores, hotéis, companhias de transportes e, principalmente, a garantia e a liberação da verba do principal patrocinador que é a Secretaria de Educação do DF. Essa fase burocrática é, infelizmente, muito lenta” disse o coordenador, lamentando o atraso na contratação de professores e na divulgação do curso motivado pela demora da verba que só se confirmou em novembro.

Dos trezentos concertos programados, somente cento e cinquenta foram executados. A mudança de governo e a falta de autoridades competentes para as autorizações comprometeram a realização de muitos eventos externos. “Uma situação constrangedora aconteceu na Rodoviária. A direção da escola procurou várias vezes o administrador para solicitar uma autorização. Ele nunca estava. Mas

quando o conjunto começou a tocar, ele apareceu imediatamente e, em vez de aplaudir, mandou suspender a apresentação e proibiu a continuação.” Ocorrência comum na idade Média.

IMPORTÂNCIA DO CURSO “O curso é o primeiro grande evento cultural de todos os anos na cidade. Mas a importância não é só musical. Também colabora para o fluxo de turistas trazendo conseqüências econômicas positivas. Os cursos já fazem parte da história do DF”. Mesmo com muitas dificuldades, Jonas afirmou que coordenaria novamente o curso no ano que vem. “Eu batalho pela música. Na minha formação eu tive vários mestres, entre eles você, que me ensinaram isso e me viciaram em música”. Também se candidataria às próximas eleições para diretor de uma escola atípica, com professores artistas extremamente individualistas, alunos bastante flutuantes, falta de verbas, problemas intermináveis. “É um desafio interessante. Eu gosto de desafios. Me sinto preparado para enfrentá-los”.

*Bohumil Med professor emérito da Universidade de Brasília

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Mundo Animal

Por: Ricardo Borges | Fotos: Paulo Negreiros

Dr. Paulo Tapanez no atendimento a Doly da raça Dachshund

Atendimento especializado aos animais

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Clinica Veterinária prioriza qualidade de vida a animais doentes

odos nós sabemos que os seres humanos precisam de amor, carinho e cuidados médicos. Mas, muitas vezes, esquecemos que os animais também precisam de cuidados especiais. Na busca por esses ideais, a Clínica Veterinária Prontovet vem se destacando no setor em Brasília. Fundada em 2002, a clínica busca dar aos seus “pacientes” o tratamento adequado para cura de suas enfermidades. Composta por uma equipe de nove veterinários, a Prontovet atende por dia de 20 a 30 animais, entre gatos e cachorros. Segundo a veterinária Patricia Arrais, os principais atendimentos da Clínica são: atropelamento e perfuração ocular. “Nossa Clínica é um hospital. Fazemos consultas, internações e, nos casos especiais, dispo-

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mos de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI)”, comenta a veterinária. Outro benefício da clínica é a agilidade no atendimento. “Em cinco minutos fazemos a maioria dos exames no animal. Antes de terminar a consulta, sabemos o que o animal tem e quais os procedimentos que iremos fazer”, esclarece a especialista. A clínica dispõem de um laboratório, dois consultórios, uma unidade intensiva, uma maternidade e atendimento 24h. Para o atendimento, é aberto um prontuário médico, onde são registrados dados como nome, raça, idade e peso dos animais.

Adoção Nos casos especiais, quando um animal é encontrado na rua com

alguma doença e é levado por algum popular para o hospital, os profissionais da clínica, depois do atendimento ambulatorial, costuma incentivar a pessoa a adotar o animal de forma temporária. “Queremos que as pessoas não emburrem os animais. Pedimos que elas adotem esse animais por um certo tempo e encontre alguém para adoção permanente. Existem Organizações Não Governamentais (ONG) de proteção aos animais que costumam acolher os mesmos”, explica Patrícia Arrais. Seguindo o exemplo, a advogada Antoniana Ottoni, sensibilizada, adotou um cachorro, após ter passado pelo processo do lar temporário que é incentivado pela Prontovet. Conforme ela, a atitude da adoção foi incentivada quando a ONG ProAnima, que estimula


Rosangela Martins acaricia Bagu antes da cirurgia

a adoção de animais recebeu 40 cachorros e 20 gatos, empreendeu campanha de busca de lares temporários para abrigar os bichanos. “Os animais estavam precisando de lares temporários. Resolvi pegar uma cadela, a Sissi e não consigo mais largar dela. Agora mesmo a trouxe aqui na Prontovet para ver como anda a saúde dela”, informou. A Proanima existe desde outubro de 2003 e é uma entidade sem fins lucrativos.

Amor aos animais O filósofo alemão Arthur Schopenhauer dizia que:“A compaixão pelos animais está intimamente ligada à bondade de caráter das pessoas, e pode ser seguramente afirmado que quem é cruel com os animais não pode ser um bom homem”. Seguindo esse exemplo, Rosangela Martins, funcionária pública, vem demonstrando um amor imenso aos animais, principalmente, os excluídos da sociedade. Aqueles que ninguém quer e vivem perambulando pelas ruas à cata de comida e água em lixeiras e esgoto. Ela que é dona de quatro cachorros (Bagu,Vitoria, Menina e

Morena) e quatro gatos ( um macho e três fêmeas) busca dar todo amor e carinho aos animais. Na última quarta-feira (26), a funcionária pública foi até a Prontovet para que a cadela Bagu fizesse uma cirurgia na mama. “Os médicos da clínica tem um tratamento humanizado. Embora modesta, a qualidade dos profissionais e atendimento aos animais são de primeira”, assegura. A história de Bagu (11 anos) com Rosangela começou há seis anos, quando Rosangela foi à Zoonose buscar um animal de grande porte, doente e rejeitado pela sociedade. “Assim que entrei na primeira baia, Bagu me escolheu. O pessoal da Zoonose brincava falando que eu fui pegar meu animal”, conta. Assim como Bagu, as histórias da adoção dos outros animais de Rosângela têm diferenciais e um elemento único: a bilateriedade do amor. Serviço Clínica Veterinária PRONTOVET CLN 413 Bl. A Lj. 30/40 (61) 3447.4455 / 3447.8786

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Jornalista Aprendiz

Por: Heitor Albernaz | Ilustrações: Eward Bonasser

Capital dos

Forrozeiros Brasília oferece inúmeros locais para os amantes do estilo caírem na dança

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ois pra lá, dois pra cá. Pronto, você já está preparado para dançar juntinho ao som da sanfona, do zabumba e do triângulo. O forró tem ganhado cada vez mais adeptos na cidade e as festas que levam esse nome não param de surgir. Atraídos pelo som animado e pelos passos decorados, os forrozeiros encontram agora em Brasília diversas opções para curtir um dos ritmos mais famosos do Brasil. Com origens nordestinas, o forró também é conhecido como arrasta-pé, bate-chinela, fobó e forrobodó. A esse último, atribui-se a origem do próprio nome forró. Se você já ouviu a versão de que forró é uma aportuguesada de “for all”, não passe a informação adiante. O termo vem mesmo de forrobodó e se firmou desde o final do século XIX, significando divertimento, festas animadas. No começo, ele designava apenas uma dança, mas com o passar do tempo, virou sinônimo de ritmo musical e hoje abarca a quadrilha, o xaxado e o baião. Este, em especial, tem como pai o grande Luiz Gonzaga, um dos principais responsáveis pela popularização do ritmo e detentor do titulo de Rei do Baião. Com o crescimento de outras vertentes musicais, como o rock e a bossa nova, o forró acabou sendo marginalizado, tomado como música para gente pobre e desfavorecida. Só nos anos 90, com o surgimento do chamado forró universitário, em São

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Paulo, que o ritmo voltou, adaptado à vida nas grandes cidades. Junto com ele, novas vertentes apareceram, como o forró pé-de-serra e o eletrônico. Este adicionou o baixo, a guitarra, a bateria e o teclado ao som do forró, sendo criticado por muitos por ter mudado a essência do triângulo, da zabumba e da sanfona. Essa crítica acabou por incentivar uma volta às raízes do forró e a valorização do ritmo que havia sido menosprezado. Os jovens abastados que antes viam o forró como algo sem valor, hoje encaram como uma importante produção cultural do nosso país e buscam avidamente conhecer o passado do ritmo. O estudante de jornalismo, Alexandre Bastos, 21 anos, afirma que muito dessa revisitação se dá pela pluralidade do nosso país, sempre há novas produções culturais para se descobrir e se utilizar como referencia. Quando perguntado se ele também se enquadrava nessa tendência, ele foi enfático. “Claro. Eu mesmo tenho Zé Kéti [tradicional sambista carioca, homenageado pelo prêmio TIM em 2007] aqui no meu computador. Já vi um pessoal da UnB que revisita as raízes da música brasileira assim como os Novos Baianos fizeram. A música brasileira ganha um patamar até erudito, e o forró segue essa linha”. O ritmo tomou o Brasil com o grande êxodo dos nordestinos para cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília. A capital, em espe-


cial, se tornou um reduto dos nordestinos vindos para a realização dos planos de Lúcio Costa e do modernismo de Oscar Niemayer. Antes famosa pelo sucesso de suas bandas de rock, como Legião Urbana e Capital Inicial, Brasília hoje começa a se tornar relevante no cenário do forró e atrai cada vez mais pessoas para a dança. Só durante a semana, existem diversas opções na cidade, incluindo clubes que só tocam o ritmo. Nas festas, a partir dos 18 anos, não tem idade máxima. Não é raro encontrar casais comemorando 30 anos de casamento e 30 anos de forró. Esse é o caso do corretor de imóveis Carlos Roberto, de 49 anos, que encontrou em um baile em Natal sua esposa e até hoje, dançam o forró para relembrar os velhos tempos. “Se não fosse o forró, não estaríamos juntos. Se pudesse, pedia pro Luiz Gonzaga ser nosso padrinho. Seria perfeito”, conta. Para os mais jovens, as festas são ótimas opções para sair e encontrar os amigos. A publicitária Alessandra Cavendish, de 21 anos, que já foi em vários eventos do estilo; falou sobre a importância do forró para a cidade. “Na primeira vez que eu fui deu pra ver que tem público. Quem não curte as outras baladas agora tem uma opção”, declara.

Serviço Heitor Albernaz é aluno do 8º semestre de Jornalismo da Universidade de Brasília

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Mercado Imobiliário

Carlos Hiram *

SECOVI esclarece sobre transmissão da DIRF/2011 E

m 2010, a Receita Federal editou instrução normativa determinando a obrigatoriedade de transmissão de diversas declarações, mediante utilização de certificado digital válido por todas as pessoas jurídicas. Anualmente, não só as empresas, mas os condomínios estão obrigados a declarar à Receita Federal (RF), através da DIRF os valores de Imposto de Renda retidos pelos serviços que foram prestados no condomínio. Portanto, existia uma grande dúvida até o final do ano passado quanto à necessidade dos condomínios terem que entregar esta declaração com o uso do certificado digital. Diante das dúvidas surgidas quanto à obrigatoriedade da observância desta norma por parte dos condomínios, foi feita uma consulta à Receita Federal. A Receita esclareceu que, ao estabelecer as normas para transmissão da DIRF/2011, excluiu os condomínios dessa obrigação, ficando a obrigatoriedade da entrega da declaração com o uso do certificado digital só para as pessoas jurídicas, conforme informação disponível no “site” da Receita Federal, no módulo de perguntas e respostas DIRF/ 2011.

Passo-a-passo A forma de transmissão da DIRF, sem a utilização do certificado digital, deverá ser procedida de forma individual. Sendo necessário que esteja instalado no mesmo computador onde foi gerado e gravado o arquivo da DIRF/2011, o programa Receitanet, obtido no endereço eletrônico http://www.receita.fazenda.gov.br No momento da transmissão, após gerar e gravar o arquivo, o sistema abre uma janela com o campo onde deverá ser assinalado se a transmissão é com

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certificação digital ou não. Portanto, basta deixar em branco o campo “transmitir utilizando certificação digital”. A DIRF, sem aplicação de multa, deverá ser entregue até o dia 28/02/2011, através do programa disponibilizado no site acima. Vale ressaltar que, além das pessoas jurídicas e dos condomínios, estão obrigados a entrega da DIRF, as inscritas no Simples Nacional, as entidades sem fins lucrativos e as pessoas físicas. Também precisam entregar a declaração, as pessoas jurídicas que tenham efetuado retenção, ainda que em um único mês do ano-calendário a que se referir a DIRF, da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) e da Contribuição para o PIS/PASEP sobre pagamentos efetuados a outras pessoas jurídicas. É importante lembrar que os optantes do Simples Nacional também estão desobrigados da transmissão da DIRF através do Certificado Digital.

*Carlos Hiram Bentes David Presidente do Secovi-DF


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Propaganda e Marketing

Carlos Grillo*

BEM-VINDOS À REDE SEU ZÉ DE TELECOMUNICAÇÕES C

erta feita um dos meus sócios, Eduardo Peres, disse que nosso grande desafio daqui para frente seria repensar o marketing num tempo em que o espectador deixou de ser público-alvo e tornou-se mídia. Achei a frase estranha e, talvez por isso, passei a refletir sobre ela. Logo ficou claro para mim que a internet, as redes sociais e o acesso à banda larga, alçada ao nível de política pública, realmente haviam transformado as pessoas em veículos de comunicação completos e independentes. Os consumidores conquistaram o poder não só de selecionar o conteúdo com o qual gostariam de interagir, mas também de produzi-lo e de veiculá-lo. A questão colocada pelo meu sócio fazia todo sentido e, mais do que isso, era estimulante. Para citar apenas os casos mais patentes, hoje as agências de notícias disputam espaço com blogs e microblogs. Muitas vezes escritos por gente que nunca pisou em uma redação. A indústria fonográfica foi impelida a repensar seu negócio pelos sites de download de músicas. Produtores de cinema e vídeo ganharam a companhia de talentos despretensiosos mundo afora. Os poderosos canais de TV foram obrigados a encarar a concorrência dos portais de compartilhamento de vídeos. As enormes enciclopédias Barsa desapareceram das

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estantes e ressurgiram nas telas dos computadores. Dessa vez, com verbetes escritos, conferidos e ilustrados por pessoas comuns como é na Wikipédia, um dos mais belos exemplos da força do conteúdo colaborativo. O custo cada vez mais baixo de câmeras digitais, filmadoras de alta definição, lap tops, smartphones, tablets, hard disks e softwares aliado à oferta gratuita de ferramentas como Youtube, Twitter, Facebook, MySpace e Flickr tornaram a produção e a difusão de conteúdo acessíveis a grande parcela da sociedade. Um contingente que deve aumentar de forma ainda mais significativa no Brasil em 2011, sobretudo após a implementação do Plano Nacional de Banda Larga, recém proposto pelo Ministério das Comunicações. A famosa máxima de Andy Warhol sobre os 15 minutos de fama ganhou novos contornos. Uma multidão de anônimos, meio sem porquê, tomou de assalto a web e fez dela o seu canal particular, porém plural, de comunicação. Movida por nuances de altruísmo essa massa de indivíduos tornou-se responsável pela criação da Rede Seu Zé de Telecomunicações, da Estação Dona Maria de Radiodifusão, do Canal Francisco de TV e outros tantos meios de expressão. São empresários do acaso. Por seu trabalho recebem, quando muito, um quinhão

de reconhecimento e um afago no ego. Nos raros casos em que a sorte tropeça na insistência chegam até a ser remunerados por empresas mais antenadas na busca da audiência qualificada e democrática, que navega ao sabor dos bits pelo mundo virtual. Nesse cenário de conteúdo pulverizado, mas fácil de encontrar como nunca, os conceitos de credibilidade e de relevância da informação alcançaram outros vultos. Inclusive como contraponto à palavrinha mágica do momento: share. Em bom português: dividir, compartilhar, distribuir. Seja conhecimento ou experiências. Oportunidades ou desejos. Fatos ou pensamentos. O que for. Esse é, enfim, o retrato da nova dinâmica que impôs aos profissionais de marketing a necessidade de reinventar suas atuações e aprenderem a lidar com essa mídia pós-moderna chamada consumidor. A Editora Carlos Grillo S/A, parceira da Revista Plano Brasília, hoje fica por aqui. A resposta prática para o dilema proposto por Eduardo Peres você encontrará no artigo da próxima semana, em que apresentarei dez dicas para enfrentá-lo.

*Carlos Grillo Sócio Diretor da Monumenta Comunicação e Estratégias Sociais Email: grillo@monumenta.com.br Twitter: @carlosgrillo


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Boa leitura com um bom café

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Danielle Moreira

Aroldo Cardoso

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Proprietário da Empório Bijux

Pres. da Associação Comercial do DF

Diretor da QualyCream

Livro Tudo Sobre Arte

Livro O monge e o Executivo

Livro Uma breve história do seculo XX

Livro A Cabana

Autor Richard Cork e Stephen Farthing

Autor James C. Hunter

Autor Geoffrey Blainey

Autor William Young

Esse livro reúne várias características positivas: é muito bonito, repleto de informações relevantes e ilustrado com imagens das mais belas obras do mundo inteiro, em todos os tempos. Espécie de guia, ou mesmo um dicionário de Arte, nos conduz pelos mais importantes artistas ao longo da História. Resume a evolução artística dos primórdios até a arte contemporânea. Traz informações dos clássicos do Ocidente e de movimentos que se destacaram nas culturas longínquas. Descreve movimentos, tendências, perfil dos artistas e ainda traz informações sobre as obras em si. É um livro para termos sempre à mão, para consultas e pesquisas.

Com princípios fundamentais sobre liderança, a obra traz ao leitor uma história envolvente e um completo ensinamento para quem quer se relacionar melhor no trabalho, em casa e com os amigos. Esse livro trouxe uma nova visão para gerir minha empresa. É impossível ler sem sair transformado. O Monge e o Executivo é, sobretudo, uma lição sobre como se tornar uma pessoa melhor.

Como o titulo já diz, de maneira bastante simplista e sem comentários pessoais, o autor nos relembra fatos históricos importantes e que, no decorrer do tempo, vieram a influenciar e justificar os acontecimentos atuais. Existe na narrativa uma alternância entre o cotidiano da vida das pessoas de uma determinada sociedade (mas não entendida como uma estrutura de classes sociais antagônicas) e a descrição de batalhas importantes, entremeada ainda com a biografia dos principais vultos históricos do século XX, como Churchill, Roosevelt, Stalin, Hitler, Mussolini etc.

Achei o livro super envolvente, renovador de valores em um mundo cheio de preconceitos e superficialidades. Achei que tem características de auto-ajuda para pessoas que perderam seus entes queridos. Serve também para parar, pensar e analisar a vida de uma forma espiritual. Aconselho as pessoas a ler o livro. È uma historia fascinante.

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PLANO BRASÍLIA 2ª SEMANA DEZEMBRO 2010


Nutrição

Dr. Renato França*

Quando comer é tão importante quanto o que comer N

o ciclo de crescimento muscular, durante as 24 horas do dia há períodos onde o músculo está envolvido em produção de energia, reconstrução ou reparo muscular, e crescimento muscular. Para cada fase desse ciclo se desenvolver adequadamente, é necessário o consumo de nutrientes específicos. A partir daí, surge o conceito de “nutrient timing”. Ou seja, o momento ideal para se ingerir determinado nutriente. Caso sejam fornecidas essas exigências, feitas pelos músculos em quantidade, qualidade e horário certos, o resultado será uma melhor recuperação muscular em resposta aos treinos e melhora no crescimento e força musculares. Muitas vezes, o foco da alimentação de praticantes de musculação é sobre os tipos de nutrientes que são melhores. E, rapidamente, vem à cabeça o conceito de que os mesmos necessitam de maior ingestão de proteína em relação aos sedentários. Muitos pensam: “Se proteína é bom para hipertrofia muscular, então quanto mais proteína , melhor”. Porém, se os músculos não estiverem metabolicamente preparados para recebê-la naquele momento, a maior parte dela será perdida. O que muitos estudos mostram, na maioria das vezes, é que o consumo protéico de atletas de força profissionais ou recreativos está adequado em termos quantitativos. Entretanto, mal-distribuídos ao longo do dia. Sob esse ponto de vista, pode-se dividir o dia em três fases:

Fase energética: Compreende o fornecimento de energia, antes ou durante o treino. Suficiente para a contração muscular, para execução do exercício. O consumo de carboidratos pré-treino é recomendável por auxiliar na manutenção dos níveis séricos de glicose adequados e retardar a fadiga. A associação de aminoácidos e/ ou proteínas e antioxidantes ao carboidrato antes e durante o treino reduz o dano muscular e resulta em uma recuperação ao exercício mais rápido. Recursos que podem ser utilizados: Maltodextrina, whey protein, leucina, AKG, creatina, vitaminas C e E.

Fase anabólica: Esse período compreende a transição entre consumo de proteína muscular e glicogênio e o início do processo de reparo ao dano muscular e ressíntese dos estoques de glicogênio. Imediatamente após o exercício o corpo promove várias adaptações fisiológicas para iniciar o reparo dos músculos. Para um melhor aproveitamento desse momento, os carboidratos devem ser repostos dentro da primeira hora após o treino e as proteínas e aminoácidos, de preferência, até 30 minutos após o treino. O consumo de antioxidantes como vitamina C e E, podem acelerar a reconstrução muscular por combaterem os efeitos deletérios dos radicais livres (produzidos durante o treino) aos músculos.

Recursos que podem ser utilizados: Maltodextrina ou dextrose, leucina, whey protein, glutamina peptídeo, creatina, vitaminas C e E. Fase de crescimento muscular: Essa fase compreende desde o final da fase anabólica até o início do treino seguinte. Primeiro momento - 4h após o treino - É importante manter a sensibilidade muscular à insulina para manutenção do estado anabólico. Pode ser utilizado um shake ou uma refeição sólida combinando carboidrato de alto índice glicêmico e proteína, 2h após a refeição pós-treino. Segundo momento - 16 a 18 horas após o treino: O foco deve ser a manutenção do balanço nitrogenado positivo. Nessa fase é importante garantir de 3 em 3 horas o fornecimento de refeições completas (carboidratos, proteínas e lipídeos). Discutimos alguns pontos importantes mostrando que quando comer é tão importante quanto o que comer, mas esse artigo não é suficiente para a organização de um plano alimentar adequado e individualizado. O mais seguro para sua saúde é procurar um bom nutricionista esportivo que irá levar em consideração esses e outros fatores para embasar a prescrição de sua dieta. *Dr. Renato França CRN/1 5340 Nutricionista Funcional e Esportivo Clínica Renato França - Centro Clínico Santa Helena - Edifício Jaime Leal, Sala 117 (61) 3349-1101 (61) 8152-6767 renatonutricao@gmail.com

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Frases Pobre não é o que tem pouco, mas sim o que deseja mais.

Sorte é aquilo que acontece quando a preparação encontra a oportunidade.

Lucio Anneo Seneca

Elmer Letterman

Se os teus sonhos estiverem nas nuvens, não te preocupes, pois estão no lugar certo; agora começa construir os alicerces.

O difícil não é subir, mas, ao subir, continuarmos a ser quem somos.

Autor desconhecido

Vencer não é nada, se não se teve muito trabalho; fracassar não é nada se se fez o melhor possível. Nadia Boulanger

Eu não sei qual o segredo do sucesso, mas o segredo do fracasso é tentar agradar a toda a gente. Bill Cosby

Jules Michelet

Na luta conhece-se o soldado; só na vitória se conhece o cavalheiro. Jacinto Benavente

Força de ânimo e coragem na adversidade servem, para conquistar o êxito, mais do que um exército. John Dryden

Se queres vencer na vida, consulta três velhos.

Se nunca tiveste um grande êxito, não sabes o que vales; o êxito é a pedra de toque do carácter.

Provérbio Chinês

Amado Nervo

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Justiça

Sérgio Alonso*

Céus Abertos

e o fim anunciado da aviação comercial internacional brasileira N

o dia 6 de dezembro de 2010, Brasil e Estados Unidos assinaram acordo bilateral internacional de “Céus Abertos”. Por este acordo, as tarifas e as freqüências de vôo, entre os dois países, que até então eram reguladas pelas suas autoridades aeronáuticas, sendo limitadas a 154 freqüências semanais para cada um dos Estados Contratantes, passam a ser paulatinamente liberadas, até atingir em outubro de 2015, a total liberdade tarifaria, freqüências de vôos e destinos entre os mesmos. Em 2015, os Céus entre Brasil e Estados Unidos estarão totalmente abertos. Ou seja, qualquer empresa aérea brasileira ou americana poderá voar para qualquer cidade de um destes países, com quantas freqüências desejarem, cobrando tarifas que quiserem e ofertando número irrestrito de assentos em qualquer tipo de aeronave, sem a exigência de reciprocidade. Este acordo substituirá o sistema da Convenção de Chicago de 1944, onde os direitos de trafego aéreo internacional eram rigorosamente divididos entre os estados contratantes. As freqüências de vôos, as tarifas e os tipos de aeronaves eram previamente acordados entre os dois, que designavam suas empresas de bandeira, que tinham assegurados 50% dos direitos de trafego. No Brasil, a Varig era nossa empresa de Bandeira. Quando da discussão diplomática da Convenção de

Chicago, os Estados Unidos tentaram impor a política de “Céus Abertos”, pois com o final da segunda guerra mundial dispunham de grande excedentes de aeronaves. Os Estados Unidos queriam ser os senhores dos Céus do Mundo como os ingleses foram os donos do mar no século XIX (com a política de mar aberto). Curiosamente, foram os ingleses que barraram a pretensão americana, afirmando que nenhum estado nacional conseguiria competir com os Estados Unidos. Decorridos 66 anos, os americanos conseguem seu intento. Em 1989, na era Collor, o Brasil renovou acordo bilateral com os Estados Unidos, permitindo que além da Varig, a Transbrasil, Vasp e Tam pudessem voar para lá. Como contrapartida, o Brasil teve que admitir a United, American, Delta e Continental voando para cá. A consequência do fim do monopólio da Varig foi a quebra da Vasp, Transbrasil e da própria Varig. Note-se que, a quebra das três companhias ocorreu apesar da regulação de tarifas e freqüências de vôos. Com este acordo, a situação das empresas nacionais ficará insustentável, pois será impossível elas concorrerem com as megas empresas americanas. Para citar somente um exemplo, a United tem 580 aeronaves. Só ela, tem mais aeronaves do que todas as nacionais juntas. Por outro lado, os Estados Unidos que detém 50% do trafego aéreo

mundial, tem a maior indústria aeronáutica de aviônicos e componentes aéreos espaciais. As megas empresas americanas são tão fortes que poderão fazer “dumping” contra as nacionais, cobrando tarifas abaixo do preço de custo. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a negociadora deste acordo pelo governo brasileiro, defendeu sua assinatura alegando uma maior concorrência que beneficiaria os usuários do transporte aéreo com a redução de tarifas. A Comunidade Européia também politicamente está pressionando o Brasil para assinatura de acordo semelhante. Do exposto, fica evidente o fim ou a insignificância que a aviação comercial internacional brasileira será reduzida, implicando na perda de empregos, de divisas e poder estratégico. Uma indagação deve ser feita: por que um acordo destes é assinado com os Estados Unidos, sem protestos das empresas brasileiras, dos políticos, das autoridades e da população? Será que é porque os Estados Unidos são os Estados Unidos e o Brasil é o Brasil? Serviço Riedel de Figueiredo Advogados Associados SCS Qd. 4, Bl. A, Sl. 401 a 405 Ed. Embaixador (61) 3225.5988 *Sérgio Alonso é advogado especialista em Direito Aeronáutico

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Diz Aí, Mané

O terremoto é um pequeno movimento de terras não cultivadas.

A principal função da raiz é se enterrar.

O petróleo apareceu há muitos séculos, numa época em que os peixes se afogavam dentro d’água.

Lavoisier foi guilhotinado por ter inventado o oxigênio. Os egípcios antigos desenvolveram a arte funerária para que os mortos pudessem viver melhor.

A igreja, ultimamente, vem perdendo muita clientela. O vento é uma imensa quantidade de ar.

Péricles foi o principal ditador da democracia grega.

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A harpa é uma asa que toca.

O problema fundamental do terceiro mundo é a superabundância de necessidades.


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Cresça e Apareça

Adriana Marques*

Respeitar é

sempre bom D

esde pequenos somos ensinados sobre a importância de sermos educados e respeitarmos os mais velhos, a nossa família, os amigos que fazemos. Crescemos com a idéia de que respeitar alguém significa não mostrar o que realmente pensamos. Muitas vezes não concordar com a opinião alheia pode parecer desacato, orgulho ou vaidade excessiva. E isso nos leva a uma questão; se tentamos expor e defender nossas posições podemos ser taxados de pessoas difíceis e intransigentes. Por outro lado, se tentamos evitar possíveis confrontos e deixamos de transparecer o que realmente pensamos viramos, ao longo do tempo, as famosas Maria-vai-com-as-outras. É difícil escolher o que fazer. Afinal, qual deve ser a nossa conduta para evitar desavenças? Quando estamos no nosso ambiente familiar é um pouco mais fácil. Os laços são indissolúveis; as relações serão eternas – gostemos disso ou não. Isso nos dá lastro para mostrarmos quem realmente somos e, muitas vezes, para entrarmos em um confronto de idéias que logo será esquecido. E no ambiente profissional, aonde as relações são mais delicadas, as pessoas se conhecem parcialmente e, não necessariamente, gostam umas das outras incondicionalmente? Ser taxado de “difícil“ é melhor do que ser o “’banana”? Ser reconhecido como alguém que precisa de fortes argumentos para se convencer dá mais créditos do que ser aquele que parece não estar conectado e, por isso, é mais fácil de lidar? Se tentarmos só agradar permanentemente os outros, corremos o risco de nos sentirmos infelizes. Isso vem da falta de coerência entre o que achamos e o que assistimos diante de nossos olhos. Com o tempo, esta insatisfação fica pesada demais, nos levando a desistir de nosso trabalho, sentirmonos deprimidos ou simplesmente agir como se todos os dias fossem iguais, sem sabor nem graça. Então expressar-se é mais valioso ou calar-se e abster-se de dar certas opiniões é mais frutífero?

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A minha dica é a seguinte; não importa se você concorda ou não com o que as pessoas dizem. O que realmente importa é se elas vão sentir-se ouvidas. Importa se você não vai julgá-las de certas ou erradas; piores ou melhores. Pessoas precisam sentir-se importantes e queridas. É assim que nossas boas relações são construídas. Para isso, concordando ou não com o que está sendo dito, crie espaço para que todos falem e todos sejam ouvidos. Parece simples mas funciona; lembre as pessoas que todos têm direito à própria opinião. Que não concordar não significa brigar. Discórdia pode significar crescimento. É a chance de entendermos o raciocínio sob outra perspectiva e reavaliarmos nossas opiniões pré-concebidas. No final das contas, o que vale é que você seja você mesmo. Com todas as características, pontos de melhoria e qualidades únicas, que só você tem. Viva as suas escolhas, defenda sua opinião, preze pelo respeito as opções alheias. Ouça para depois ser ouvido. Fale pensando em contribuir e não simplesmente para não ficar calado. Nunca abandone quem você é. Seja autêntico! O mundo trata melhor aqueles que vivem pelos seus valores... *Adriana Marques é Business Coaching pela Sociedade Brasileira de Coaching master Coach pelo Behavioral Coaching Institute e presidente do CoachingClub.


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Ponto de Vista

*Cláudio Abrantes

Resgatar a Região

Norte O

sonho de Dom Bosco e a esperança de Juscelino Kubitschek que anteviram Brasília e o Distrito Federal como terra de promissão, de paz, de realizações precisa ser interpretado à luz de que todas as áreas desse quadrilátero precisam de atenção no que se refere às políticas públicas. É flagrante, que nos dias atuais, as atenções à região Norte tem sido relegada a um segundo plano. A começar por Planaltina, que completará 152 anos de existência. Essa região que recebeu, em 1892, a Missão Cruls, a fim de demarcar a já cogitada capital federal, apesar de todo o seu potencial não tem merecido a devida atenção dos governos locais. Planaltina com todas as suas possibilidades econômicas precisa de mais boa vontade traduzida em ações na área da saúde, segurança pública, educação e transporte público. A região é nacionalmente conhecida pela sua vocação ao turismo místico, onde sobressaem as atividades do Morro da Capelinha e do Vale do Amanhecer e que também conta com importantes eventos evangélicos. A riqueza da cidade não se resume a essas vertentes. A produção agrícola de Planaltina se destaca. A cidade também reúne riquezas na área do meio ambiente, a mais conhecida é o Parque das Águas Emendadas. Todas essas informações são argumentos de sobra para atrair mais prioridades. A região Norte do Distrito Federal não se resume a Planaltina. Sobradinho tem, igualmente, o seu valor. A cidade que nasceu planejada e que foi pensada para ser exemplo de região serrana em Brasília tem despontado no ecoturismo. Dotada de diversidade paisagística, com muitos morros e cachoeiras, clima ameno, belezas naturais e

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tranqüilidade, Sobradinho tem se especializado para ser opção de lazer a quem quer se ausentar do estresse da cidade e com a vantagem de estar a poucos quilômetros do Plano Piloto. A região Norte requer investimentos sociais e na área da infraestrutura. Utilizemos o exemplo do metrô que atualmente tem seu itinerário partindo da Rodoviária do Plano Piloto em direção às cidades da região Sul do Distrito Federal – sequer percorre a Asa Norte. Em razão da Copa do Mundo de 2014, há projetos de transporte público para interligar o Plano Piloto ao Aeroporto Internacional o que é importante. Mas e quanto à região Norte? Enquanto deputado distrital, essa será uma de minhas diretrizes, ou seja, resgatar a devida importância da região Norte, para que não fique durante mais tempo relegada a um segundo plano. Do meu ponto de vista, agir assim significa ser coerente com o que se sonhou para esse quadrilátero Dom Bosco e Juscelino Kubitschek. *Cláudio Abrantes, Deputado Distrital (PPS)


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Charge

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Eixo Monumental

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