Pecado Capital ed 2

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Pecado w w w. p l a n o b r a s i l i a . c o m . b r

capital

a primeira revista masculina de brasília

E D I T ORA

Tatiana Gutierres Ela invade nossos sonhos e rouba nosso sono

ENTREVISTA Alexandre Ribondi fala de Sexo aos 60 e outras mentiras

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DEZembro 2011 I nº2I R$ 5,30

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Preguiça Sexo virtual é bom? pode gerar ciúmes? SAÚDE conheça os vários tipos de camisinhas Pecado Capital 1

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Saúde por Flávia Umpierre ILUSTRAÇÃO DIEGO FERNANDES

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*Exceto feriados DEZembro JUNHO 2010 2011

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SUMÁRIO

capa Foto Vini Goulart/Magneto Produção Executiva Débora Soares e Natália Balbé (Magneto) Modelo Tatiana Gutierres (Scouting) Beauty Lidiana Queiroz Assistência de fotografia João Queirolo e Carol de Goes

28 Ensaio da Capa Tatiana Gutierres surge durante a noite para invadir os seus sonhos, e você vai implorar pra ela não ir embora 10 Entrevista Alexandre Ribondi, jornalista e precursor do “stand up comedy” na capital fala sobre sua peça “Sexo aos 60 e outras mentiras” 42 Soberba Conquistar é uma arte, e a perfeição se alcança com a prática.

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46 Saúde Com sabor, que esquenta, mais fina: conheça os vários tipos de camisinhas 48 Estilo Ser bonito pode ser sorte, mas ser estiloso é simplesmente talento

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Gastronomia Erótica Ambientes introspectivos perfeitos para um encontro a dois

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O que pesa na hora de pagar a conta? Cavalheirismo ou igualdade?

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O que irrita os homens na cama Falar ao celular na hora do sexo, palavrões em exagero, tem de tudo.

54 Esporte O pôquer vem se popularizando na capital federal 56 Lingerie A peça feminina preferida pela maiora dos homens. 58 Frases 60 Tá lendo o que? 62 Diz aí mané

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Sexo Virtual Doença? Vício? Traição? Onde se enquadra cada caso?

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Praticamente Zeus Que estereótipos masculinos agradam as mulheres

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Barba e Bigode Ser vaidoso não é uma exclusividade feminina

64 Poesia Erótica “Meio Seio”, por Nicolas Behr. 66 Sacanagem


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editorial

Pecado Capital EDITORA

DIRETOR EXECUTIVO Edson Crisóstomo crisostomo@planobrasilia.com.br DIRETORA DE PROJETOS ESPECIAIS Nubia Paula nubiapaula@planobrasilia.com.br

Pecado capital

Editora-Chefe Elisa de Alencar

Caro leitor, Você acaba de receber a segunda edição da revista Pecado Capital. Desta vez, trazemos a estonteante Tatiana Gutierres para um ensaio que é uma verdadeira luxúria e, ainda, uma matéria com dicas de como um mero mortal pode se tornar um “Adônis perfeito” e provocar inveja, muita inveja... O pecado da “Ira” vem ilustrado nesta edição com a

Chefe de Redação Joaquim Jodelle

matéria“O que irrita os homens na cama”, quebrando mi-

DESIGN GRÁFICO Camila Soares, Eward Bonasser Jr, Líbio Matni e Raphaela Christina

tos e paradigmas. Já a “Gula” está representada pelos bis-

ESTAGIÁRIA DE CRIAÇÃO Paula Alvim Fotografia Fábio Pinheiro e Victor Hugo Bonfim EQUIPE DE REPORTAGEM Alexandra Dias, Pedro Wolf, Tássia Navarro e Verônica Soares

trôs Rayuella e Café Antiquário, dois lugares onde se come muito bem na capital. A “Soberba” aparece na reportagem que conta histórias reais de conquistas e sedução. A discussão sobre sexo virtual continua em todas as ro-

Estagiários Fernanda Azevedo, Railde Nascimento, Tatiane Barbosa e Wellington Beltrão

das de conversa. Vamos saber como é esse sexo moderno,

COLABORADORES Cerino, Liana Alagemovits, Nicolas Behr, e Vini Goulart

para falar sobre a vaidade. Desta vez, abordaremos a vai-

IMPRESSÃO RR Donnelley TIRAGEM 30.000 exemplares REDAÇÃO Comentários sobre o conteúdo editorial, sugestões e críticas às matérias: redacao@planobrasilia.com.br AVISO AO LEITOR Acesse o site da editora Plano Brasília para conferir na íntegra o conteúdo de todas as revistas da editora www.planobrasilia.com.br PLANO BRASÍLIA EDITORA LTDA. SCLN 413 Bl. D Sl. 201 CEP: 70876-540, Brasília-DF Comercial: 61 3041.3313 | 3034.0011 Redação: 61 3202.1357 revista@planobrasilia.com.br Não é permitida a reprodução parcial ou total das matérias sem a prévia autorização dos editores. A Plano Brasília Editora não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados.

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sem toque, sem beijo e sem pele. Aproveitamos também dade masculina, com dicas de como os homens devem cuidar da pele, da barba e do bigode, entre outros. O pecador desta edição é o premiado ator, escritor e jornalista Alexandre Ribondi, que vai contar tudo sobre “Sexo aos 60”. Você ainda vai se deleitar com a poesia erótica de Nicholas Behr e muito mais. Aproveite cada página e cada pecado com muito prazer.


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o pecador

Por Elisa de Alencar e Liana Alagemovits Fotos Victor HUGO Bonfim

SEXO AOS 60 E OUTRAs MENTIRAS

Precursor do “stand up comedy” na capital, o jornalista Alexandre Ribondi é um dos autores mais consagrados do teatro brasiliense.

C

apixaba de nascimento e brasiliense por adoção, Ribondi veio para Brasília em 1968. Formou-se em comunicação social na UnB, foi ativista estudantil, saiu de Brasília e, depois, do Brasil na época da ditadura, mas voltou para a capital e aqui construiu uma carreira sólida no teatro e no cinema candangos. Tem dois livros escritos, “Na Companhia dos Homens” de 1999 e “Da Vida dos Pássaros” de 2009. Este ano, viu sua peça “Cru” ir para as telas e ganhar o prêmio de melhor filme no último Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, em setembro. Está em cartaz com a peça “Sexo aos 60 e outras mentiras”. O que mais te excita? A pessoa tímida. Você tranca a porta do quarto, fecha as cortinas e ela muda. Muda por completo. Porque a timidez é um pouco hipócrita.

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Como assim? Ela tem que continuar tímida ou não? Não. Ninguém mais precisa ficar sabendo. Isso é o que é bom, sabe? Tem que fechar a porta da sala, a porta do quarto, mesmo que não tenha ninguém em casa. Puxar as cortinas. Meia luz. Aí, tem uma sevilhana dentro, sabe, assim? Que começa a dançar. Vai por mim, vai por mim que, ó, dá o maior flamengo. E a mulher que fica fazendo doce na hora H? Bom, acho que a gente pode lamber o doce, né? (risos) As pessoas que fazem doce... Bem, vai depender muito da sua vontade. Pode ser uma dificuldade a transpor ou uma dificuldade que você deixa para lá, dane-se, não quero, está exagerando. Vai depender do seu desejo pela outra pessoa. Isso é inevitável. Acho que com

todo mundo deve acontecer mais ou menos assim, né não? Você acha que a qualidade do sexo muda com o tempo? A qualidade muda, o quer não quer dizer que é melhor ou pior. Mas muda, porque o tempo vai passando, porque nós temos uma contingência física, né? A peça foi inspirada na vida real então? Tudo o que eu escrevo na minha vida, seja dramaturgia, seja romance, poesia, tem um toque de pessoal. Claro que eu questiono a vida, eu olho a vida, eu observo o mundo, é natural. Mas também, principalmente, a peça “Sexo aos 60 e outras mentiras” é uma conversa com os homens que estão chegando nessa idade e também com os jovens que acham que pau duro é para o resto da vida. Não é! Não é! {risos}


A sua primeira vez, você lembra como é que foi? Eu tinha uns sete anos mais ou menos e não sei o que me passou pela cabeça. Tinha uma menina que morava na casa em frente, chamada Magnólia. Magnólia: loirinha, bem capixaba, italianinha capixaba, tímida, muito bonitinha e tal. Eu morava em uma casa em cima da padaria e tinha que subir uma escada. Fomos para lá e eu levei ela para o quarto de despensa. Eu olhei para ela e falei: “Magnólia, você quer ver meu pinto?”. E ela: “Quero não, quero não”. E eu falei: “Eu quero te mostrar”. E eu abaixei o calção e mostrei e falei: “Pega aqui”. Ela saiu correndo, levou um tombo na escada e quebrou o nariz. Sangrando, corre mãe e pronto. Passados muitos anos, quando a gente tava lá com uns 26 ou 27 anos, eu já morava aqui em Brasília nessa época. Volto ao Espírito Santo e reencontro a Magnólia. Linda, linda! Uma loira, capixaba, das mais lindas, com uma cicatriz no nariz. Fui eu! {risos} E depois, a minha primeira vez, de verdade, aquela com tudo, foi no que é hoje chamado L2 Norte, no meio do asfalto. Nos anos 60, Brasília acabava na 406 Norte, a L2 ia até lá. A partir da 406 Norte tinha cerrado, não tinha asfalto, tinha cerrado. E aqui tinha os blocos que hoje são a 406, na época não era, e numerados de 1 a 64, e eu morava no bloco 50, que hoje é a 406. E do outro lado, tinha uma obra, que agora é o hospital da universidade. Ali, no asfalto. Deitado no asfalto, às duas da manhã, foi a primeira vez, com direito a tudo. Não deu medo de broxar? Acho que aos 15, 16 anos, você não pensa em broxar, você está é nervoso, mas não broxa. Com quinze anos nada faz você broxar. Pelo contrário, é até difícil, né? Porque tem uma hora que tem que broxar. Ônibus movimentando, faz ficar de pau duro, não é? Você está ali na escola ouvindo a professora falar, seu pensamento vai lá e “toin”. E parece que a professora advinha e fala: “Alexandre, levanta!” {risos}. Ah, é mão no bolso na hora. É aquela história do menino com a mão no bolso que a professora pergunta: “cinco mais cinco são quanto?” E o menino: “onze”. Porque está sempre ali. A gente só pensa nisso. Qual é a posição que você prefere? A posição que eu prefiro? É para dizer mesmo? De quatro na beirinha da cama e eu em pé. Você perguntou, eu respondi. Eu adoro, eu acho lindo. Porque eu acho que bunda é mais bonito que maçã. Não

existe, a natureza não fez nada mais bonito que uma bunda, um par de bundas, porque são duas assim. Não existe nada mais bonito do que bunda. Você seria a favor de plástica, um botoxizinho, um silicone? Olha, isso é muito complicado. Em 1972, morei no Peru. E lá, tive um começo, não foi um namoro, mas foi quase um namoro com uma limenha chamada Marisa, Marisa Biso. Há dois anos, voltei ao Peru, ou seja, 40 anos depois. Ela foi ao hotel me buscar. Eu estava com a minha sobrinha. Eu estava no banheiro e a minha sobrinha falou: “A sua Marisa já chegou”. E eu, de dentro do banheiro, perguntei

Os jovens acham que pau duro é para o resto da vida. Não é! Não é

para ela assim: “E como é que ela está?” (tinham-se passado 40 anos). E ela respondeu: “Botox do cabelo às unhas”. Na hora que cheguei no hall do hotel e vi, era verdade. Ela estava uma mulher da minha idade com os seios durões, um decote, uma cara toda lisa e tal. Eu olhei e falei: “Cadê a Marisa?”. A gente saiu e aí depois, conversando, a Marisa estava lá dentro, aquela Marisa que tinha me encantando 40 anos antes estava lá dentro, na conversa, dentro do botox, naquele mar de botox, ela estava lá dentro. E maravilhosa do mesmo jeito, sabe? Eu acho que depende da qualidade da pessoa lá dentro. Se bem que a gente tem a tendência a achar que se põe muito botox não tem nada dentro, né? Mas ela tem. Na época da geração dos que hoje são sessentões, o grande objeto do desejo era Sônia Braga, Catherine Deneuve, Vera Fisher. E agora, quem é? Eu continuo achando, em termos femininos, a Vera Fisher a mulher mais bonita do Brasil. Eu olho para aquela mulher, sabe que a gente é do mesmo dia, mês e ano, né? Por isso que eu sou o homem mais bonito do Brasil {risos}. A Vera Fisher para mim continua sendo a mulher mais bonita. Não pode ter nada mais bonito que a Catherine Deneuve, né? Ela é linda mesmo. De homem muito bonito: Alain Delon. Isso é antigo, né? Você vê um filme com Alain Delon: “Caramba, como ele é lindo”. Ele é lindo, né? Hoje em dia, eu acho que o estilo de beleza vai modificando. Eu gosto muito da beleza clássica, dos traços mais clássicos. Hoje em dia tem uma beleza pop que está na moda. Você não gosta? Eu não vejo muita graça, não. Nada pode ser mais bonito do que Ava Gardner no filme “A Noite do Iguana”, ela era belíssima. Odete Lara é belíssima. Alain Delon, super bonito. Mastroianni, belíssimo, que se achava feio porque tinha nariz pequeno. Ele dizia: “homem, para ser homem, tem que ter nariz grande e o meu é pequeno”. Ó, ninguém está feliz com o que tem, né? Mas eu acho que eu ainda prefiro as belezas da minha geração. Eu acho que elas são mais clássicas, elas têm mais volume, elas são menos pop, sabe? Esse pop passa pelo mercadológico, o que precisa ser vendido? A beleza está na imperfeição, não está? A beleza está na imperfeição. Vai tudo bem, tudo ali, e é

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narigudo. E você olha assim e fala: “está errado, tem um errinho”. A moça toda bonita, quando senta faz um volumezinho. Aí você olha e humm, pegar ali... A beleza está na imperfeição. Você falou de sua namorada peruana, você encontra os antigos amores? Já teve um flash back? No início dos anos 70, eu fiz universidade na França, lá eu conheci uma moça chamada Cristine Olivier, uma francesa, linda. E na época eu era casado, e ela também era casada, e mesmo assim a gente teve um caso. Eu voltei para o Brasil, o tempo se passou e no ano passado, em Portugal, a gente se reencontrou. E depois do início de conversa, do encontro, beber um vinho, bater um papo, ela chegou perto de mim, no meu ouvido, e falou: “já estamos ficando velhos, não podemos esperar mais 40 anos para voltar a nos ver”. Aí eu olhei para a Cris, ela olhou para mim: recomeçou. Está recomeçado. Ela está vindo mês que vem. Um sexo bom tem que ter amor? Você já curtiu bons momentos só de sexo? Já, já curti bons momentos só de sexo, já, claro! Quem é que não, ao longo da vida, né? Mas eu já curti momentos maravilhosos com sexo e gostar da pessoa. Eu acho, talvez por deformação de boa família, mas eu sou dos homens que dizem isso: “Trepar apaixonado é bom”. Não é? Existe um termo usado pelos jovens de hoje que é PA - pinto amigo. Significa que é a pessoa para fazer sexo casual, sem sentimento. Você já teve uma pessoa assim? Já foi PA de alguém? Já, já fui PA de alguém sim e, no início, eu não sabia que eu era apenas um PA, fui percebendo que era apenas um PA , depois de um certo tempo. Um ano mais ou menos, de PAzão, eu disse: “não quero mais, não. Quero mais não porque eu sinto falta de outras coisas e eu não estou me sentindo confortável nessa situação, estou me sentindo usado, entende?”. Objeto sexual? E eram boas transas, eram, eram muito simpáticas, agradáveis. Mas quando acabava, sabe aquela situação constrangedora de esperar o táxi dentro de casa? Sabe aquela coisa assim: “quer que eu chame um táxi?”, aí fica esperando. E não tem mais nada o que falar. Eu digo que essa situação é tão constrangedora como a

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de dois cães que depois ficam grudados sem ter o que dizer um para o outro. Esperando desgrudar. É o momento de chamar o táxi. E aí era muito desagradável. Sexo ainda é tabu? É um tema que ainda mexe com as pessoas, apesar de ser tão discutido pela mídia? Ainda mexe. Existe uma infantilidade congênita ao se falar de sexo. Sexo é tabu? É. Não provoca o escândalo que provocava antes, mas provoca a mesma curiosidade infantil. “Oba, ele vai falar de sexo!”, como se as pessoas não fizessem, sabe? O título da peça “Sexo aos 60” garantia, todas as noites, 50% da audiência, da plateia, sabe? Porque é

Eu adoro as pessoas soberbas que sabem ser soberbas

sexo, eu quero ouvir falar de sexo. A gente tem um relacionamento infantil com esse assunto. Nunca vai amadurecer. Existe uma hipervalorização do sexo, como se o sexo fosse o motivo, o fim e a salvação de tudo. E quando a gente vai entrando aos 60 anos, a gente começa a desconfiar que existem outras coisas que garantem o amor, a ternura e o relacionamento, além do sexo. A minha geração hipervalorizou o sexo. O que é natural, porque a gente vem de uma época de imensa repressão e nós somos os bois de piranha, nós fomos na frente. Bois de piranha é ótimo para falar de sexo, né?{risos}. Nós somos as piranhas, a gente disparou a trepar com todo mundo. Mas há uma hipervalorização do sexo, de achar que o sexo está escondido atrás de tudo, e todas as motivações são sexuais. Às vezes não são. Eu acho que é legal repensar isso. Existe uma polêmica aí em relação ao Rafinha Bastos, aquele rapaz do CQC, que faz stand up comedy. Você é um precursor dessa área, tem mais de trinta anos que você faz stand up comedy no Brasil. Que antigamente chamava monólogo. Isso. Em um dos programas que apresenta, ele falou que gostaria de comer uma cantora que está grávida e o filho que ela carregava na barriga, achando que isso fosse engraçado. E não foi engraçado. Houve uma reação muito grande. Você acha que ele passou do ponto? A comédia tem esse perigo de passar do ponto? Íxi, eu penso demais nisso. Eu me considero um Ator, um ator cômico. Quando eu dirijo, posso dirigir um drama, uma peça mais introspectiva e tudo, mas quando eu subo no palco eu gosto de fazer comédia. Minha grande preocupação, permanente, como ator cômico, é o limite. Como perceber que a partir dali você não vai, não por tabu, não por repressão, mas por uma questão de bom-senso, por uma questão de elegância. A elegância no humor é fundamental. Você pode dizer o palavrão mais cabeludo que tiver, mas você diz com elegância, no momento certo, com graciosidade. Não fica chocante, não fica agressivo. A gente não está ali só para dar um tapa na cara da pessoa da plateia que nunca falou aquele palavrão na vida. Não! É para rir junto. Então eu acho que têm determinadas piadas que ultrapassam o limi-


Como um anão que vi de botinha de salto, terno cor de abóbora, gravata verde, no ponto, esperando o ônibus e falando para o amigo: Eu sou muito exigente com as mulheres.”

tem todo esse envolvimento pessoal meu. Essa amargura minha inclusive de saber que a peça é dedicada ao meu sobrinho. Mas ela só tem me dado alegria. Para onde vai, ganha prêmios. Ela já colecionou 15 prêmios em 4 festivais. Foi a única peça a ser chamada para representar o Brasil nas comemorações dos 50 anos de Brasília na Itália. Aí, de repente, o Jimi Figueiredo vai ver a peça e me fala no final: “Vamos transformar isso em filme?”. E você sabe que, em Brasília, de noite, em bar, todos os projetos culturais existem. Nós vamos salvar o mundo, inclusive, não é? {risos}. Eu falei: “Legal”, sem acreditar muito. De repente, tinha dinheiro. Pouco, mas tinha. Tínhamos o elenco. Já estávamos com a adaptação para a linguagem de cinema. Fizemos o filme. É um filme feito à mão. O maior trabalho para editar, para montar, fazer a música. Entramos no festival e ganhamos o festival. Não é inacreditável?

te, que se tornam grosseiras por si sós, não tem discussão, sabe?

Vamos falar dos pecados de todos nós. O que é a gula para você? Gula? Tripas à moda do porto. É o meu prato predileto.

O Filme “Cru”, ao qual você está intimamente ligado como autor, ator e roteirista foi vencedor do festival de Brasília. Qual é a história do filme? Olha, a peça Cru foi escrita em 2009. Como trabalhos de outros artistas em Brasília, é a demonstração da maturidade das artes na capital, nesse caso específico, o teatro. É uma peça que trata de um tema extremamente agressivo, que é justamente a violência causada, não por injustiça social, mas a violência depositada na alma da pessoa, independente das injustiças sociais, não é por ele ser pobre ou rico. É a violência que é colocada dentro da alma. Quando é que uma alma se torna violenta? Por que ela se torna violenta, né? É uma peça extremamente violenta sobre a violência, que a gente montou aqui com um elenco maravilhoso, do qual fez parte o Chico Santana, o grande Chico Santana; Célio Sartori, que é um ator maravilhoso; e, agora, Vinícius Marques, que entrou no elenco também. E é uma peça que é dedicada ao meu sobrinho, Leo Ribondi, que foi assassinado pela polícia brasileira. Então,

Avareza Eu pensei em uma pessoa que eu me recuso a dizer o nome. Avareza? Monstruosidade. Luxúria É bom demais. É bom demais viver em luxúria. Ira A ira santa, eu tenho o maior respeito por ela. Inveja. Ah, me enche o saco. Preguiça Preguiça é bom demais. Viver é um ócio permanente. Soberba. É o defeito que eu mais admiro nas pessoas. Eu adoro as pessoas soberbas, que sabem ser soberbas. Como um anão que vi de botinha de salto, terno cor de abóbora, gravata verde, no ponto, esperando o ônibus e falando assim para o amigo: “Eu sou muito exigente com mulheres”. Eu olhei e pensei, mas como? Não é maravilhoso ser soberbo?

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GULA por Fernanda Azevedo fotos Victor Hugo Bonfim

Café

Antiquário Um charme a beira do lago

isoto de camarão ao R molho de limão siciliano

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S

aborear um jantar à luz de velas, na beira do lago, ao som do jazz. Clima perfeito para a conquista. Localizado no Pontão, às margens do Paranoá, o Café Antiquário oferece aos românticos de plantão todos os ingredientes para uma noite de sucesso. Desde o cardápio saboroso ao ambiente requintado com um ar praiano. Inspirado nos bistrôs franceses e no estilo litorâneo, o Café, que começou com um antiquário, abriga todo um charme. O piso de ardósia e o teto de palha complementam o estilo. Para a proprietária do local, Cora Guimarães, o Café mistura glamour e despretensão. Afinal, se for da vontade do cliente, pode-se comer nas mesas que ficam próximas ao lago. Ideal para um jantarzinho a dois. “Para os amantes que gostam de luaus na beira da praia, o clima de penumbra é perfeito”, diz Cora. Para combinar com o estilo romântico, uma ótima escolha no cardápio do Café Antiquário é o prato francês risoto de camarão ao molho de limão siciliano. Para acompanhar, um bom vinho branco é ótima sugestão. Para quem quer agradar o parceiro, a sugestão não deixa nada a desejar. O Café oferece, ainda, diversas opções gastronômicas. Desde um simples sanduíche, a um prato sofisticado como o risoto. O ambiente é frequentado por diversos públicos, principalmente aqueles que gostam de uma boa música tocada no piano, nos estilos MPB, jazz e bossa nova.

À noite, o Café Antiquário é um ambiente ideal para namorar

Desde um simples sanduiche, a um prato sofisticado como o risoto. O ambiente é frequentado por diversos públicos, principalmente aqueles que gostam de uma boa música tocada no piano, nos estilos MPB, Jazz e bossa nova.

[ serviço ] Café Antiquário SHIS QL 10, Pontão Lago Sul (61) 3248.7755 (aceita reservas) Horário de funcionamento: Domingo a quinta; 12h às 24h, Sexta e sábado; 12h a 01h.

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GULA

Rayuela Bistr么 cultural a luz de velas

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nspirado no estilo glamoroso da cidade de Londres, o restaurante cultural Rayuela é uma boa dica para o casal amante da cultura. O bistrô mistura arte e gastronomia em uma sintonia que tem dado certo. À disposição do cliente, livros, revistas e música de todas as partes do mundo que completam o clima cultural e aconchegante da casa. Para a proprietária, Juliana Monteiro, o Rayuela é uma mistura da Europa e do Brasil. “Eu considero o restaurante uma colcha de retalhos. Um pedaço de cada lugar interessante por onde eu passei durante as minhas viagens”, diz. Na gastronomia, o Rayuela estende o clima cosmopolita ao paladar. No cardápio, combinações de sabores de todos os continentes e muitas opções para os casais. O clima de velas sobre as mesas e o ambiente decorado com quadros, livros e capas de discos são perfeitos para o casal adepto às artes. O formato do cardápio também merece destaque. Em forma de jornal, ele traz notícias culturais e trechos de livros, enquanto os pratos são batizados com títulos de obras consagradas. Como o Nexus, livro de Henry Miller lançado na década de 60, famoso por chocar a sociedade conservadora da época com sua literatura erótica. O Nexus é composto por um risoto de camarão ao curry flambado, famoso tempero exótico e picante originário da Índia. Sua textura picante combina com o sabor suave de álcool. Uma delícia. Vale a pena provar.

Risoto de camarão ao curry flambado

Na gastronomia, o Rayuela estende o clima cosmopolita ao paladar. No cardápio, combinações de sabores de todos os continentes e muitas opções para os casais.

[ serviço ] Rayuela Restaurante Cultural, Livraria e Bistrô CLS 412 Sul Bls. A e B Lj. 37 (61) 3346.9006 (Aceita reservas) Horário de funcionamento: Todos os dias a partir das 9h Segunda até 24h terça a quinta até 01h sexta e sábado até 02h

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avareza

por Railde Nascimento Ilustração Eward Bonasser Jr.

O que pesa na hora de pagar a conta:

cavalheirismo ou igualdade? Em tempos de independência feminina a dúvida permanece

E

sse é um depoimento recorrente entre mulheres: em um belo dia, encontram o cara perfeito. Sorriso encantador, educado, atencioso e está a fim de sair. Chega o primeiro encontro. Uma bebida, duas e o jantar. Conversa vai, conversa vem, o clima pede a ida para um lugar mais aconchegante. Pede-se a conta. Quando ela chega, tudo silencia. Sem nenhuma manifestação da outra parte, a mulher decide pagar.

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O homem? Faz um rostinho de bom moço e não diz nada. Parece até conto de revista feminista, mas ao contrário do que muitos pensam isso é quase comum. Entretanto, por ser um assunto delicado, surge uma grande diferença de opiniões. No famoso site de relacionamentos Orkut, por exemplo, a comunidade “Mulheres Também Pagam a Conta” tem 6.174 membros. Já sua adversária


direta, a comunidade “Mulheres Não Pagam a Conta”, tem 1.139 integrantes. Para a psicóloga Fabiana Cassimiro, 27 anos, os tempos mudaram. “Antes, a cultura determinava que o homem pagava as contas, enquanto a mulher cuidava da casa. Atualmente, as mulheres vêm lutando cada vez mais pela igualdade de direitos. Porém, em determinadas situações, elas ainda buscam aquele homem provedor e romântico de alguns tempos atrás”, ressalta. Para a funcionária pública Dalila Gonzaga, 44 anos, pagar a conta não é incômodo. Ela diz que certa vez saiu com um ex-namorado para um restaurante e quando pediram a conta ele ficou um pouco envergonhado, pois havia esquecido a carteira em casa. Segundo ela, na época, quase não se usava o cartão de crédito ou débito, pagar em dinheiro era mais comum. Sem se preocupar, ela pagou tudo sozinha e depois do episódio ganhou admiração do ex. “Ele disse que nunca nenhuma mulher havia pagado a conta quando saiu com ele. Já eu, não me importo, pois nunca ninguém me deu nada na vida. Eu acho até melhor dividir a conta e, inclusive, as despesas da casa”, afirma. Apesar de ser a favor dos direitos iguais para homens e mulheres, a estudante Fernanda Klein, 23, ficou surpresa quando saiu pela segunda vez com o paquera. A conta, que havia dado 85 reais, teve que ser dividida por sugestão do rapaz. “Ele pediu para dividirmos a conta. Como eu não levei dinheiro, resolvi usar o bom humor perguntando quando podia começar a lavar os pratos”. Segundo o ditado, “para bom entendedor, meia palavra basta”. Dessa forma não ficaram dúvidas para ele de que ela estava sem dinheiro. “No carro contei a verdade e ele disse que eu poderia ter falado antes”. Fernanda ainda diz que após o incidente riram muito da situação.

Afinal, o que diz a etiqueta? Jussiara Macedo, 55, é professora e especialista em regras de etiqueta. Para ela a regra é clara: quem convida é que tem que pagar, independente de ser o primeiro encontro ou não. “Em encontros formais, quem convida é quem paga; já em encontros entre amigos, cada um tem que pagar o seu. O homem tem o direito de pedir para rachar a conta, neste caso é recomendável que a mulher esteja prevenida com dinheiro na bolsa”, recomenda. Porém, a especialista deixa um alerta para os homens: “Se o homem convida a mulher e já no primeiro encontro pede para

que ela pague toda a conta, neste caso as chances de um segundo encontro são quase nulas”.

E a conta do motel? Se para algumas mulheres é desagradável pagar a conta do restaurante, imagine ter que pagar a conta do motel? Foi o que aconteceu com a assessora *Leila Ferreira, 33. Ela conta que se relacionava com um cara por quem era completamente apaixonada. Todas as vezes que eles saíam para algum lugar, ela sempre era obrigada a arcar com todas as despesas. Porém, Leila tinha certeza de que se um dia fossem para o motel, ele pagaria a conta. Mas ela se enganou. “Tivemos uma noite maravilhosa, mas na hora de pagar, o cara sequer levantou da cama. Eu queria enforcá-lo de tanto ódio”. Depois disso, a assessora nunca mais atendeu os telefonemas e muito menos gosta de lembrar o que aconteceu. A psicóloga Fabiana Cassimiro afirma que não há problemas em um casal dividir a conta do motel, desde que seja combinado antes. Entretanto, ela ressalta ser extremamente gentil da parte do homem pagá-la. Por outro lado, algumas mulheres acreditam que deixar que o homem pague sempre a conta é indicativo de deixar ser levada para o motel. No entanto, para a psicóloga Fabiana as duas situações não têm relação uma com a outra. “O comportamento do casal é que vai dar indícios de que o encontro vai passar para um algo a mais”.

Direito de resposta Túlio Marques Júnior é mestre em economia e tem dois pontos de vista a respeito do assunto: o masculino e o de economista. Do ponto de vista masculino, diz que ambos os sexos estão completamente perdidos. “Antes, se eu te convidasse para sair e não tivesse dinheiro eu nem te convidava. Hoje a situação é diferente. Pois ao mesmo tempo em que a mulher quer que o homem banque a conta, por outro lado ela se pergunta se não está sendo uma exploradora”, aponta. Na parte econômica, ele explica que, se um indivíduo investe tempo e dinheiro em uma determinada coisa, ele vai querer um retorno. Neste caso, não financeiro mas, sim, sentimental. “Em relacionamentos o retorno é completo: pago ou não pago? Tem outro lado: se estou investindo, o que eu quero de retorno? Para preservar a identidade da entrevistada, o nome Leila é fictício.

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ira por Tássia Navarro Fotos Victor Hugo Bonfim ilustração eward bonasser jr.

O que irrita os homens

na cama Engana-se quem pensa que todos eles gostam de tapas, palavras de baixo calão e puxões de cabelo na hora “H”

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H

á uma espécie de pensamento comum na hora “H”. “O que eu percebo no meu entre as mulheres a respeito do que é consultório que mais incomoda os homens o sexo para os homens. Uma opinião é aquela mulher que cobra demais e critica. predomina entre a grande maioria, que é Essas mulheres acabam trazendo alguma a de que, para eles, sexo é bom com qual- insegurança para os homens”, relata. quer mulher e de qualquer jeito. “Sendo De acordo com a profissional, a princimulher tá bom pra eles”, opina a adminis- pal reclamação dos que se consultam com tradora Helen Cruz, 28 anos. De certa for- ela é com relação àquelas mulheres que se ma, acreditar nesse conceito é como tornar acham muito poderosas, que acabam deialgo bom e prazeroso – o sexo – em uma xando o homem inseguro, com medo de espécie de fórmula para não ser capaz apenas obter satisfação de satisfazer a parmomentânea. Mas os ceira. “Muitos homens homens garantem que se preocupam em agranão é exatamente asdar as mulheres com sim. “Nós procuramos sua performance, seu conteúdo, com certeza. corpo. Mas com esse É um conjunto de pretipo de mulher eles dicados”, assegura o adperdem a segurança”, vogado Cléber Almeida, conta. No caso do fun33 anos. cionário público JonaEssa generalização thas Alencar, 28 anos, do que é o sexo para os o complicado é quanhomens faz pensar que do a mulher é muito de qualquer forma eles segura de si na hora poderão se satisfazer na do sexo e quer tomar cama. O que é um equío controle da situação. voco. Conforme a sexó“O sexo é uma relação loga Vânia Kussmaul de a dois, então tem que Freitas, alguns homens haver um equilíbrio e se sentem inibidos por não a mulher controlar Jonathas Alencar, funcionário público determinadas mulheres tudo”, comenta.

O sexo é uma relação a dois, então tem que haver um equilíbrio e não a mulher controlar tudo.

“Os homens reclamam das mulheres que acreditam que o homem é quem tem que dar prazer a ela”, diz a sexóloga Vânia Kussmaul de Freitas

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mento das duas partes e Entretanto, a mulher com muita calma. “Sexo que durante o ato sexusó para dar prazer pode al não interage ou, em ter graça quando se é notermos claros, fica paravinho, está descobrindo da, também causa insea coisa. Mas depois você gurança e desconforto. percebe que uma relação Segundo a sexóloga, a de harmonia com uma mulher que não consemulher pode ser muito gue buscar o próprio mais gostosa”, confessa prazer, que acha que é Cléber. “Carinho tamo homem que tem que bém dá prazer, é só manfazer isso por ela, é moter o equilíbrio entre o tivo de muito desagrado carnal e o sentimental”, para a grande maioria completa Jonathas. de seus pacientes. “Eles Ainda existem as sinão gostam mesmo, tuações menos comuns, muitos dizem que não como no caso contado têm tesão na hora da pelo estudante de 24 transa com esse tipo de anos, Ricardo Porto. Ele mulher”, afirma. Vânia Kussmaul, sexóloga relata ter levado uma exOutro tabu entre quatro paredes, os famosos tapas, puxões -namorada para um motel, logo no início de cabelos, mordidas e xingamentos, tam- do namoro e, quando começaram as prelibém não agradam a todos os homens. Assim minares, o celular da garota tocou. Ele diz como as mulheres, alguns chegam a dizer que ela atendeu e continuou o ato sexual que isso torna o ato vulgar. O advogado enquanto falava ao telefone. “Isso aconteCléber e o funcionário público Jonathas di- ceu de novo umas duas vezes no mesmo dia. videm a mesma opinião. Para eles, o sexo Sinceramente, achei ruim, me senti um obtem que ser feito em sintonia, com envolvi- jeto”, confessa.

O que eu percebo no meu consultório que mais incomoda os homens é aquela mulher que cobra demais e critica

[ serviço ] Vânia Kussmaul de Freitas SRTV Norte Ed. Rádio Center Sobreloja 62 (61) 3328.1707/ 8485.8888

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preguiça

por Tássia Navarro Ilustração Eward Bonasser Jr.

Sexo virtual

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Loucura, prazer, traição, vício ou doença?

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ia chat, skype, msn, webcam. A internet dispõe de inúmeras possibilidades. A dois ou a sós, tudo começa com um “oi, quer tc?”, na maioria das vezes, o desejo carnal de se satisfazer sexualmente. Mensagens, cenas e imagens eróticas são trocadas e saciam a vontade de quem quer algo sem compromisso, tem dificuldades de se relacionar pessoalmente ou, até mesmo, está distante de seu parceiro na ocasião. Tudo isso é sexo virtual. A psicóloga Fabiana Cassimiro define o sexo virtual como a busca do prazer por meio da internet. Algo que evita o contato pessoal e proporciona a omissão de defeitos com maior facilidade. “É saudável, contanto que a pessoa não substitua todas as outras fontes de prazer que tem na vida”, declara. Entretanto, a profissional salienta a possibilidade do surgimento de dificuldades nos relacionamentos sociais do dia a dia. O fato de a pessoa se acostumar a falar e fazer o que quer pode torná-la vulnerável nas relações pessoais. “A internet ainda proporciona que ela dê ao ato o limite que pretende, sem que a outra pessoa possa tentar ‘avançar’ um pouco mais”, explica. Fabiana observa ainda que o relacionamento virtual possa ser considerado mais fácil pelo fato de o indivíduo não precisar se expor. “Tem uma tela entre as pessoas que limita o contato. Nem sempre é necessário estabelecer um vínculo com o parceiro sexual”, afirma. Porém, às vezes, uma pessoa sabe lidar muito bem com isso, outras não. Outra questão polêmica é se o sexo virtual caracteriza ou não uma traição. Conforme Fabiana, algumas pessoas que usam o sexo virtual para cometer adultério querem experimentar coisas diferentes, que às vezes o parceiro não se dispõe a fazer. Como o caso de casal em crise tratado no consultório da psicóloga. A esposa sabia das traições virtuais do marido, mas ele afirmava que aquilo não era traição, pois só seria se fosse uma relação pessoal e não virtual. “Para a mulher era um enorme incômodo, pois o marido ia todas as noites para o computador, mas não admitia que estava traindo”, conta. Vários motivos podem levar uma pessoa a praticar o sexo virtual. Insatisfação no relacionamento atual, o fato de não saber se relacionar fisicamente com as pessoas, vício e até

mesmo a distância do parceiro real pode levar à prática. A auxiliar administrativa *Amanda Silva mora em Brasília e seu namorado, em Goiânia. Ela confessa que de vez em quando a vontade bate e a solução é usar a webcam. Ela conta que depois que o namorado se mudou, passaram a se ver apenas em alguns finais de semana, então resolveram experimentar o sexo virtual. “A primeira vez foi super natural, começamos a conversar no msn (rede de relacionamentos) e, quando vi, já estávamos em um clima ‘quente’”, revela. Segundo a psicóloga Fabiana Cassimiro, até certo ponto a prática pode ser saudável. Mas a partir do momento em que se torna constante, perde-se o controle e torna-se um vício. “O sexo virtual pode levar a compulsão, pois é uma coisa que traz prazer, é agradável e conveniente. Muita coisa boa, pouca responsabilidade envolvida, pouco comprometimento, muitas vezes não há relacionamento”, relata. A profissional informa ainda que, em muitos casos, as pessoas procuram a prática porque no virtual tudo é lindo. “Cada um fala o que o outro deve fazer, se satisfazem sem pressões ou vergonha. Pessoalmente, existem as diferenças, tem gente que não sabe lidar com o que não gosta, não sabe conversar e prefere se satisfazer virtualmente”, esclarece a profissional. O sexo virtual pode acarretar outros transtornos sexuais, como o voyeurismo, por exemplo. Ele acontece quando o indivíduo não interage com o objeto, obtém prazer sexual ao olhar outras pessoas em trajes íntimos, sensuais, nuas ou em relação sexual. “O sexo virtual pode ser, também, quando a pessoa vicia em assistir vídeos pornôs na internet”, comenta Fabiana. O tratamento adequado é a terapia comportamental direcionada a cada caso. Uma espécie de investigação acerca de tudo o que está envolvido na busca pelo sexo virtual, suas variáveis e qual a função disso na vida do paciente. “Tenho que descobrir o que ele busca com isso, quais as dificuldades que ele enfrenta no dia a dia para poder auxiliar a pessoa em como se comportar para mudar o vício”, encerra a psicóloga. Para preservar a identidade dos entrevistados, os nomes são fictícios.

[ serviço ] Consultório Dra. Fabiana Cassimiro www.fabianacassimiro. psc.br

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INVEJA por Tatiane Barbosa fotos Victor Bonfim ilustra莽茫o Raphaela christinaa

Um mero mortal pode se tornar um

Ad么nis perfeito

Que estere贸tipos masculinos mais atraem as mulheres 26 Pecado Capital

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a mitologia grega, Adônis, jovem deÉ natural que haja atração física, mas notável formosura, era filho de uma só isso não é suficiente para sustentar um relação incestuosa do Rei Cíniras de relacionamento duradouro e, conforme Chipre com Mirra, sua filha. Tal beleza foi os anos avançam, mulheres costumam capaz de atrair Afrodite, deusa do amor, exigir menos dos homens na questão fíe Perséfone, deusa da terra. Por sua bela sica. “Gosto de um homem moreno, alto, aparência, é considerado o bonito e sensual, mas é modelo de beleza masculinecessário que ele seja na no Olimpo. amigo e companheiro, Já no mundo dos mortais, pois, sendo assim, isso vai pode-se definir o homem superar qualquer feiúra”, idealizado pelo imaginário brinca Regina Araújo, 43 feminino como loiro, alto, anos e solteira. olhos azuis, forte, educado De acordo com Dornee bem sucedido. Mas, atrás las, com o passar dos anos, desses estereótipos mascuo que é mais exigido pelas linos existem muitas expecmulheres não está necestativas, apesar da ciência ter sariamente relacionado ao comprovado que isso é um aspecto físico do parceiro, mito. “Enquanto o homem mas, sim, a uma demonsé atraído pelo ver, a mulher tração do interesse dele por é mais pelo ouvir”, afirma o seus valores pessoais. “A sexólogo Gilberto Dornelas. mulher gosta de ser notada Só o físico não é o bastante para a A publicitária Juliane publicitária Juliane Barbosa e elogiada, principalmente Barbosa, 21 anos, conta alquando faz alguma mudangumas características físicas do homem que ça como pintar os cabelos, unhas ou mesmo idealiza, porém, segundo ela, só o físico não quando está com uma roupa diferente. Isso é suficiente. “É bom que seja magro, tenha faz parte do bom relacionamento”, garante cabelos escuros, boca fina e um sorriso bo- o sexólogo. nito, mas o carinho e o respeito são fundaAdequar-se um ao outro pode ser um mentais, o resto é consequência”, ressalta. processo demorado e difícil, porém nada Em contrapartida, há mulheres que conside- que esteja além da possibilidade de cada ram mais atraente a beleza física do homem. um. Então, oferecer-se para ajudar na limCristiane Araújo, 23 anos, afirma que o as- peza da casa, preparar um jantar especial pecto físico pesa mais na hora de definir seu no sábado à noite ou mesmo fazer as comideal masculino. “A simpatia e a beleza são pras no supermercado podem transformar essenciais, mas seria bom que fosse alto, edu- o mais mortais dos homens em um Adônis cado, arrumado, cheiroso e elegante”, diz. que toda mulher deseja.

Gilberto Dornelas sexólogo

[ serviço ] FitoClínica QSD 25 Lt. 13 Taguatinga Sul 61) 3563.7901 psicosexual@psicosexual.com.br

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luxúria

“Noturna” Ela invade nossos sonhos e rouba nosso sono. Flashes do inconsciente, pura manifestação do erotismo feminino, ela é Tatiana Gutierres; materialização dos nossos desejos mais profundos… por Vini Goulart/Magneto Fotografia

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PRODUÇÃO EXECUTIVA: Débora Soares (Magneto) Natália Balbé (Magneto) ASSISTÊNCIA DE FOTOGRAFIA: João Queirolo Carol de Goes BELEZA: Lidiana Queiroz MODELO: Tatiana Gutierres (Scouting) AGRADECIMENTOS: Ação Dall’Oca Imóveis (QI 13 Lago Sul) Scouting (514 Sul) Ortiga (309 Norte) Thais Gusmão (Shopping Iguatemi) Nunca Fui Santa (112 Sul) Scala (Shopping Iguatemi)

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soberba por Fernanda azevedo

ilustração Eward Bonasser Jr.

A arte da conquista Os homens estão indo além do simples buquê de flores para chamar a atenção

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uitos homens são capazes de fazer verdadeiras loucuras para conquistar uma mulher. Eles vão além dos buquês de rosas e dos clássicos jantares para seduzir e conquistar. Hoje, não são raras as notícias de estripulias inconcebíveis em nome do amor. O italiano Alessandro Martinisi di Sanfelice, 30 anos, é um exemplo. Ele largou tudo em sua terra natal, emprego, família e amigos para vir ao Brasil. O motivo: a brasileira Janaina Vieira, sua atual noiva. Sanfelice conheceu Janaina em um evento na Itália, e em quatro meses, resolveu transformar toda a sua vida em nome desse romance. Mudou-se para o país, namorou e noivou com Janaina em uma festa surpresa para a amada, com direito a aliança e tudo. “Foi paixão à primeira vista”, explica o italiano. Janaina parece concordar. “Foi o momento mais lindo de minha vida, nunca vou esquecer”, revela a brasileira plenamente conquistada, que garante: “Alessandro é o homem da minha vida”. Ari Dias Pinheiro, 21 anos, passou dois meses escrevendo e decorando um caderno de poemas, com fotos dele e da ex-namorada. No momento, ele está se preparando para viajar 3.490 km até Manaus, no Amazonas, para tentar reconquistar a ex. Pinheiro terminou o relacionamento com a namorada quando veio para Brasília trabalhar de carregador. Mas, mesmo com o passar do tempo, não conseguiu esquecê-la. Após um sonho que, segundo Ari, revelou que a ex-namorada – cujo nome ele prefere não revelar¬- é a mulher com quem gostaria de ter uma família, está decidido a fazer de tudo para reconquistá-la. “Eu vou lá falar para ela que eu a amo muito, que ela é a mulher da minha vida”, garante. Algumas mulheres gostam desse tipo de conquista. Ana Clara Moura de Sousa, 23 anos, foi pedida em casamento pelo namorado, Lauro Tramontini, 27 anos, em uma festa surpresa. Para ela foi emocionante. “Um dos dias mais felizes de minha vida”, conta. Ana Clara não esperava o pedido, foi realmente surpreendida. Conforme ela, apesar da atitude

repentina, o noivo a conquistou de vez naquele momento. Ela se sente muito mais ligada a ele do que antes do noivado. Certamente a surpresa ajudou a sedimentar o relacionamento.

Seduzir e Conquistar Os casos acima parecem coisas de filmes de romance, daqueles que as mulheres gostam. Mas para muitos homens, conquistar uma mulher é assunto sério. Tanto que existem muitos sites e blogs com dicas para os machos de plantão seduzirem a parceira. Caso do “Atitude de Homem”, que ensina que a sedução pode ser dividida em 5 partes: “puxe assunto com a mulher desejada; gere atração em meio à conversa; seduza através de elogios certos, evite qualificar a aparência, elogie algo da personalidade da mulher, por exemplo; crie uma conexão emocional. Pergunte coisas a respeito dela e fale coisas sobre você; e saiba a hora de finalizar a conquista, é muito importante deixar a parceira à vontade com você. Se a mulher se sentir pressionada, é muito provável que a conquista fracasse”. Já o site “Como Conquistar uma Mulher” ensina como recuperar o interesse da parceira. Se você está saindo com uma mulher e parece que ela perdeu o interesse em você, conforme o autor, a solução é dar espaço. Isso mesmo, muitas vezes usar táticas como: ficar um tempo sem ligar ou mandar mensagens, parecer ocupado e deixar a mulher tomar a iniciativa, podem resolver o problema. Mas, conforme o autor, o tempo passado com a mulher, mesmo que curto, deve ser um tempo de qualidade, para chamar a atenção dela. Ou seja, não adianta nada você fazer “doce” se a parceira não está interessada em passar algum tempo com você. É preciso que ela sinta sua falta, e saiba que você também sente, mas tem vida própria. Que a sua vida não vai girar em torno dela. Mas atenção: o autor do site adverte que é só enquanto você está tentando recuperar a atração da parceira que tais estratégias funcionam. Elas não são recomendáveis em um relacionamento saudável.

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vaidade por Railde Nascimento fotos Victor HUGO Bonfim Ilustração Eward Bonasser Jr.

Barba e

bigode

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Vaidade não faz parte somente do universo feminino. Com dicas básicas, homens podem mostrar que também sabem se cuidar

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palavra spa vem do latim sanus per aqua, que significa “saúde advinda da água”. É também o nome de uma cidade belga, Spa Francochamps, famosa por suas nascentes de águas quentes. Em torno dessas informações gira a dúvida de qual delas influenciou a designação do que hoje conhecemos por spa: centros que oferecem tratamentos estéticos e relaxantes, muito apreciados, principalmente pelas mulheres. Os “adereços” muito utilizados no passado como símbolo de força e autoridade não perderam espaço nos tempos atuais. E se engana quem associa o uso do bigode e da barba como algo ultrapassado ou falta de higiene. Alguns homens aderem ao visual no dia a dia, seja por uma questão de estilo, moda ou costume. Outros, não desfazem deste fiel companheiro por anos a fio. Como é o caso do vendedor Leandro Moura, 40, que usa bigode e cavanhaque. “Uso porque gosto do estilo e, ao contrário do que dizem, eu nunca tive problemas com mulheres que não gostassem, pelo contrário”, afirma. As formas de uso são as mais diversas: cavanhaque, costeleta, barbicha, barba rala (mais aparada) e outros modelos que surgem de acordo com a criatividade de cada um. Como prova de que tendências da moda não são exclusividades do universo feminino, alguns homens também aderem ao visual usando como referência as celebridades. O estudante Victor Monteiro, 20, é amante do cinema e resolveu imitar


Para o cabeleireiro Pedro Francisco não é bom usar álcool ou sabonete. As substâncias são fortes e irritam a pele

o visual do ator norte americano Johnny Depp. “O cara é um grande ator e usa um estilo de barba meio que largado, do jeito que eu gosto, pois tenho muita preguiça de fazer”, fala aos risos. Porém, a praticidade masculina ainda fala mais alto. Na Barbearia do Onofre, situada no Sudoeste, os clientes chegam e já sabem o que querem fazer. “Não procuramos induzir serviço. O cliente é quem escolhe qual estilo quer usar, deixamos a critério dele. O homem em si é muito prático e de poucas palavras”, explica a proprietária Maria Vilma Peixoto da Costa, 52. Ela ainda afirma que o estilo vem de acordo com a época. “No momento, homens com barba são mais comuns que homens sem”. Usar barba causa um impasse entre os homens: por um lado, alguns não tiram por causa da preguiça. Por outro, tirar a barba gera um alívio devido ao calor e ao incômodo. Caso do jornalista Ailton Mesquita, 25. “Creio que este seja um motivo comum para a galera que usa barba. Gosto de usar, mas tenho preguiça de tirar quando preciso. Sem contar que eu sou “branquelo” e a lâmina do barbeador irrita muito”, explica. O cabelei-

reiro Pedro Francisco Lima do Santos, 24, Alerta: para que a pele não fique manchada, álcool ou sabonete jamais devem ser utilizados. “Ambos os produtos contêm substâncias fortes e podem causar irritações”, informa. Para o pós-barba, o profissional aconselha que o rosto seja lavado com água corrente e que, como os poros ficam abertos, não se deve usar creme logo em seguida. Outra alternativa para peles sensíveis é tirar a barba com cera. Para a depiladora Ione Alexandre de Jesus, 46, a maior vantagem da técnica é que os fios demoram mais para nascer novamente. “Além disso, com a passar do tempo, a depilação com cera faz com que os fios tendam a diminuir”, garante Ione. Os resultados também são eficazes na região do peito e costas, mas nem todos os homens encaram o sacrifício em nome da vaidade.

Dicas para tirar a barba em casa Lave o rosto com água e sabão ou comece a se barbear após o banho. Desta forma, os pelos ficarão mais fáceis de tirar depois. Fazer relaxamento no rosto passando uma toalha molhada com água quente é outra opção. O procedimento ajuda a suavizar, relaxar e amolecer os pelos. É recomendado começar a barbear de acordo com a direção dos pelos, para não encravar depois. Lâminas são descartáveis: após o uso devem ser jogadas fora.

[ Serviço ] Barbearia do Onofre Qd. 103 Bl. B lj. 28 e 50 Sudoeste (61) 3344.2451 Salão do Alírio Av. Bahia Qd. 88 lt. 01 – Planaltina (61) 3388.5010 (61) 9225.4001

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Saúde por veronica soares Fotos Fábio pinheiro ilustração Raphaela christina

camisinha Cores, sabores e texturas

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xistem no mercado muitos apetrechos para apimentar os momentos de intimidade entre os parceiros durante o ato sexual. E, nessa hora, vale de tudo para tornar esse momento o mais prazeroso possível. Gel especial, algemas, lingerie sensual, óleos aromáticos, fantasias especiais. As opções aumentam proporcionalmente à ousadia do casal. Mas, mesmo entre os mais recatados, um item é sempre universal: a camisinha.. Mas a camisinha não é exatamente campeã de popularidade por suas atribuições apimentadas. Na verdade, muita gente costuma se queixar que ela atrapalha a sensibilidade na hora do ato sexual. Como se sabe, a principal função da camisinha é prevenir a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis, como a AIDS e a sífilis, além de ser um dos métodos contraceptivos mais seguros. Por isso a indústria do sexo resolveu investir em tecnologias que tornem o uso da camisinha uma experiência mais divertida. Seja pela cor, sabor ou, até mesmo, a textura, as camisinhas diferenciadas viraram moda. E cada vez mais, estão conquistando a cabeça de homens e mulheres que gostam do sexo seguro. Segundo o proprietário de um sex shop da cidade, Luiz Fernando Gonçalves, 28 anos, cada vez mais, os fabricantes de camisinhas desenvolvem novidades que melhoram a eficiência do produto. Somente em sua loja são vendidas aproximadamente 15 variedades de camisinhas. “O brasileiro gosta de fazer a diferença na cama. E quando essa inovação está ligada ao sexo seguro, ele não pensa duas vezes antes de investir”, ressalta.

Para todos os gostos e sabores Sem Látex Uma das principais inovações é a camisinha que não contem látex. O preservativo é feito de polisopreno sintético e silicone (lubrificante). Além de agradar às pessoas que não gostam do cheiro da borracha, o modelo também é ideal para aquelas que têm alergia ao látex. Outra novidade é que esta camisinha, mais fina e lisa, proporciona mais prazer. Extra-Fina Feito de látex fino e liso, o preservativo é tão resistente quanto os tradicionais. O grande diferencial é a sensibilidade que ele proporciona. O material é tão fino que se torna quase imperceptível. Apesar disso, o reservatório oferece proteção total contra vazamento. Devido à sensibilidade, o modelo o modelo proporciona mais prazer ao casal.

prazer prolongado Um dos maiores medos dos homens é falhar na hora H. De acordo com o fabricante, ao entrar em contato com o pênis, o lubrificante especial dessa camisinha prolonga o tempo de ereção. Ela é recomendada também para quem sofre de ejaculação precoce.

Coloridas e aromatizadas Que sabor você quer? Chocolate ou morango? Talvez as coloridas e com sabores sejam as camisinhas diferenciais mais conhecidas dos brasileiros. Há bastante tempo no mercado, esses modelos com sabores e cores variadas sugerem uma relação sexual mais divertida. Hoje, também já é possível encontrar no mercado camisinhas com desenhos temáticos, como natal, halloween e com as cores do arco íris. hot Como o nome já diz, ela possui um gel na parte externa que esquenta na hora da penetração. É o único preservativo que vem com um agente umectante que dá a sensação de calor. Feita de látex, esta camisinha proporciona prazer tanto para o homem quanto para mulher, pois o gel age no preservativo por dentro e por fora, para esquentar de verdade a relação.

“O brasileiro gosta de fazer a diferença na cama”, diz o empresário Luiz Fernando Gonçalves.

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Estilo fotos João Queirolo/Magneto Fotografia

private club

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uitos dizem que elegância é uma qualidade nata. A Plano Brasília invadiu o cenário desse grupo privado de homens ditos finos e trouxe aos leitores um gostinho para apurar o estilo.

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ELE Costume, R$ 5.185 e Cachecol, R$ 370, ZZEGNA Camisa, R$ 280 e Cinto, R$ 140, SERGIO K Gravata, R$ 59, LUIGI BERTOLLI ELA Vestido, R$ 718, PELU PARA ORTIGA Bolsa, R$ 925, ORTIGA Faixa tule, R$ 50, THAIS GUSMテグ

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ELE Casaco, R$ 2.295, BURBERRY Estola, R$ 299, ORTIGA jeans, R$ 905, Sueter, R$ 1.270 e Coturno, R$ 1.785, ZZEGNA Camisa, R$189, FORUM ELA Pulseiras, R$ 219, Brincos, R$ 59 e Colar de pテゥrolas, ORTIGA, R$ 59 Regata de renda, R$ 189, PELU PARA ORTIGA Oxford de salto, R$ 345, SHURTZ PARA ORTIGA Corselet, R$ 399, FORUM Calcinha, R$ 72, THAIS GUSMテグ

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ELE Terno, R$ 4.595, SuĂŠter, R$ 359, Cinto, R$ 895 e gravata, R$ 395, BURBERRY Camisa, R$ 820, ZZEGNA Sapato, R$ 259, FORUM

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ELE Blaser, R$ 220, LUIGI BERTOLLI Camisa, R$ 280, SERGIO K Echarpe, R$ 825, BURBERRY Calテァa, R$ 299, FORUM ELA Sutiテ」, R$ 158, THAIS GUSMテグ Colar, R$ 164, ORTIGA

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ELE Casaco, R$ 4.195 e mala, R$ 2.595, BURBERRY Camisa, R$ 39, LUIGI BERTOLLI Cashemere, R$ 2.150, ZZEGNA

PRODUÇÃO EXECUTIVA: Débora Soares (Magneto) Natália Balbé (Magneto) Beleza: Lidiana Queiroz Modelos: Márcia Marques (Scouting) Rodolfo Rodrigues (Scouting) Agradecimento: Golden Tulip Hotels

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esporte por Wellington Beltrão FOTOS Gustavo Lima

Do Velho Oeste ao Centro-Oeste O carteado americano que conquistou os brasilienses

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uando se fala em pôquer, a primeira cena que vem à mente é a dos filmes americanos de faroeste. Os cowboys se sentavam à mesa com suas bebidas, cigarros e um baralho, a fim de passar horas jogando e apostando todo seu dinheiro, até que saíssem de lá ricos ou pobres. Deixando de lado a terra do tio Sam,no Brasil, o carteado está ganhando cada vez mais adeptos. Aos que consideram o pôquer um jogo de azar, é importante deixar claro que ele só é proibido quando feitas apostas informais. Mas em forma de torneio ele é permitido. Os torneios brasileiros ganharam mais espaço desde que o jogo entrou para a Associação Internacional de Esportes da Mente, em 2010. E, desde então, estes en-

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contros estão se tornando um bom negócio para muitos jogadores. Para o empresário Leonardo Montedônio, 39 anos, um dos organizadores da Primeira Associação DF Pôquer, e que está de passaporte garantido para disputar a Copa Caesars Tower Fest de pôquer em Las Vegas, o esporte ganhou mais admiradores no Brasil devido aos grandes torneios que têm campeões brasileiros. “Em junho, o jogador André Akkari foi campeão do World Series of Poker, WSOP, torneio de pôquer realizado em Las Vegas e o mais conhecido do mundo. Depois dessa notícia, muitas pessoas começaram a admirar e querer praticar o esporte”, celebra.


Leonardo acredita que, além das grandes associações, existem vários grupos formados para jogar entre família, amigos e internet, que buscam no pôquer apenas diversão. “Além das três associações brasilienses, com certeza existem grupinhos de pessoas que jogam por aí como passatempo”, afirma Leonardo. Para Rafael Rodrigues, 27 anos, presidente e diretor de torneios da Associação Brasiliense de Esportes da Mente, ASBEM, a internet é uma boa opção para quem está iniciando. “Certamente o pôquer online foi a porta de entrada para grande parte dos jogadores. Muitos que começam no online se interessam pelo real. Vêm disputar nossos torneios e ficam encantados”, analisa.

Para se tornar um grande campeão Para Rafael, o pôquer é um esporte em que não é preciso apenas sorte para ganhar. “O jogador precisa usar a habilidade de fazer complexos cálculos matemáticos, estudar o perfil dos adversários e estabelecer uma estratégia para vencer. Estes jogadores tendem a lucrar bastante”, aconselha. A sorte é algo necessário para os jogadores, mas o cara habilidoso, aquele que sabe usar bem a tática chamada blefe – fingir ter as cartas que não tem –, é o que, geralmente, leva a grana para casa deixando milhares de competidores para trás. Para o iniciante, primeiro é necessário aprender as regras e as técnicas. Estudar e observar outros jogadores faz parte da etapa inicial. Quando chegar sua hora de jogar, tente começar com amigos ou em sites gratuitos, afinal você não vai querer perder seu dinheiro à toa. Lembre-se que grandes campeões também jogam em sites por diversão, então procure observá-los. O último passo é o torneio. Para chegar à final e levar o almejado prêmio, é necessário que você estude seus oponentes, crie um raciocínio lógico das partidas e que tenha em mente quando seguir em uma partida ou apenas esperar a próxima. É bom lembrar que o blefe é uma tática e você não vai conseguir usar em todas as partidas.

As regras básicas do pôquer Existem grandes variações de estilo no pôquer. Estas regras valem para o estilo Texas Hold’em que é o mais conhecido no Brasil e o mais fácil de jogar. Antes de receber as cartas do dealer (jogador que distribui as cartas), o small blind (apostador inicial da vez) faz uma aposta

obrigatória de um valor pré-determinado. O big Blind, jogador que fica ao lado do small blind, deve fazer a aposta com o dobro do valor. Assim que os blinds apostarem, o dealer distribui duas cartas para todos os jogadores. Se as cartas forem ruins, o jogador pode fugir sem fazer apostas. Se o blind fugir, ele não poderá pegar o valor de sua aposta. Se o jogador tiver saído com cartas boas, pode igualar a aposta ou subir o valor. Se quiser subir o valor da aposta, todos os outros devem igualar, aumentar ou fugir. O grande vencedor é aquele que tiver a melhor combinação comcinco cartas ou que não tenha desistido da partida.

Dicas de quem sabe Rafael dá algumas dicas para quem está iniciando no pôquer: O jogador deve ter disposição para se atualizar constantemente, porque o pôquer é um esporte muito dinâmico.Por exemplo, a jogada que era boa quando um livro foi escrito já pode estar obsoleta quando ele chegar às livrarias. É por isso que alguns grandes campeões do passado já não apresentam bons resultados. Estar sempre descansado e focado no jogo. Como um esporte da mente, o pôquer é mais bem jogado quando sua mente está voltada para a ação na mesa, e não assuntos alheios. Quem leva o pôquer mais a sério deve buscar fazer um treinamento - chamado de coaching - com um jogador mais experiente. Diversos jogadores lucrativos atribuem a um bom coaching a razão do seu sucesso.

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Lingerie

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O Romantismo da Renda

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á três anos com as portas abertas para o charme, a Lelusk é responsável pela beleza da intimidade das mulheres. Trazendo sempre peças confortáveis, hoje a loja é campeã de venda, em Brasília, da marca mineira Maria Cândida e é conhecida por suas peças, de inspiração francesa, que abusam do conforto e da leveza das rendas.

O corpete também realça as curvas

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A oncinha, mesmo que discreta, sempre agrada

O verde azulado da renda contrasta com a oncinha de cada mulher

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FRASES

“Quando o assunto é sexo, todos mentem.” Jerry Seinfeld

“Meu negócio agora é sexo e amizade. Acho esse negócio de amor uma coisa muito chata”. Caetano Veloso

“Sexo é a coisa mais divertida que eu já fiz sem rir”. Woody Allen

“Se você não conseguir fazer com que as palavras trepem, não as masturbe”. Henry Miller

“Um casal de velhos tem o mesmo sexo”. Vergílio Ferreira

“Se todos conhecessem a intimidade sexual uns dos outros, ninguém cumprimentaria ninguém” Nelson Rodrigues “Você é o seu sexo. Todo o seu corpo é um órgão sexual, com exceção talvez das clavículas”.

“O sujeito que pensa em sexo o dia inteiro é muito saudável.” Dias Gomes

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“Quando duas pessoas fazem amor, não estão apenas fazendo amor, estão dando corda ao relógio do mundo”.

“Sexo é hereditário. Se seus pais nunca fizeram, você não fará.”

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TÁ LENDO O QUE?

Um livro muito interessante, surpreendente. Trata-se de uma história de suspense que fala sobre o desrespeito às mulheres, o abuso sexual na própria família, e de um crime que só é desvendado no final, por um jornalista investigativo. É um livro que prende a sua atenção do início ao fim.

Dione da Silva Siqueira Pedagoga e Promoter da noite de flashback do Chamas Grill Livro: Os homens que não amavam as mulheres Autor: Stieg Larsson Editora: Companhia das Letras

Dediquei o último mês às biografias. Gênero pelo qual sou apaixonado. Indico três, que me arrebataram por motivos diferentes. A primeira é “Minha Fama de Mau”, do Erasmos Carlos. Escrita num tom quase “naif”, é leitura fácil e agradável. Repleta de boas histórias de um dos maiores compositores da música brasileira. A segunda é “50 Anos a Mil”, do Lobão. Divertidíssima e, como era de se esperar, recheada de polêmicas e situações absurdas, mas reais. Já a última é “Eric Clapton – A Autobiografia”. Uma baita história de vida, muito bem escrita, de um dos maiores guitarristas de todos os tempos. Todos os três livros são daqueles que você começa a ler e não quer mais parar. Carlos Grillo Vice-presidente de criação da Monumenta Comunicação e Estratégias Sociais

Momento em Pekim narra a saga de uma família chinesa, em meio à guerra Japão-China, no início do século XX. O livro retrata, nos mínimos detalhes, a cultura chinesa da época, assim como apresenta as dificuldades econômicas e os dramas familiares daquele tempo. Pelo seu realismo, pelo seu alcance social, sua intensidade trágica, sua calma filosófica, esse magnífico livro de LinYutang é uma leitura imperdível.

Carolina Beraldi Consultora em Administração Livro: Momento em Pekim Autor: LinYutang Editora: Companhia Editora Nacional

O livro conta a história de uma ressuscitadora, e temida caçadora de vampiros nas horas vagas, que procura meios de destruir a vampira-mestre da cidade em que ela mora. Durante a sua jornada contra o mal, ela acaba se envolvendo com um vampiro sedutor, que divide a mesma sede de vingança. O livro é sensual, misterioso e instigante do início ao fim. Douglas Mesquita Analista de sistemas da Fenacon Livro: Prazeres Malditos Autor: Laurell K. Hamilton Editora Rocco

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diz ai mané

Nos dias de hoje a educação está muito precoce. A Terra é um dos planetas mais conhecidos no mundo.. O Brasil é um País abastardo com um futuro promissório. A principal função da raiz é se enterrar. O sol nos dá luz, calor e turistas As aves tem na boca um dente chamado bico. A insônia consiste em dormir ao contrario. As múmias tinham um profundo conhecimento de anatomia

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A diferença entre o Romantismo e o Realismo é que os românticos escrevem romances e os realistas nos mostram como está a situação do pais.


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poesia erótica por Nicolas Behr

Meio Seio

POEMA PRA ALCINA

muito sexo e pouco texto ...

... amorzinho me deixou amorzinho tem um defeito

eu te amo e daqui pra frente tudo será só decepção

não pode ver homem ....

...

a pele esticada a pele enrugada

teus seios meus anseios

os seios tesos os seios murchos

e estas letras a tatear palavras no escuro

o pau duro o pau indiferente o poema bom o poema ruim

.... você, que não sabe o que é voyeur imagine

.... quer ler meus poemas? não quero ler teus seios teus seios eu entendo

....

...

... plantar teus seios no meu peito enraizar em ti o meu desejo para alcina ..... sob os lençóis

CONFESSIONÁRIO

eu voyeur ela exibicionista

meu pecado é desejá-la

o poema bate punheta

brancas colinas

minha penitência é não tê-la

...

....

comece pelos pés termine nas mãos esqueça o corpo

a poesia fácil de vida fácil se entregou ao lápis

... essa obsessão por seios

trás-os-montes

....

tão comum nos homens

a pen-is

alcina eu te amo

...

inexistente nos poetas

deste poema - sim, isto é um poema ( ou não é?) o que é um poema? o que é o amor?

a flor sonha com pólens e estames

.... o fim do nosso amor nos levou ao fundo do poço que também estava seco

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deste poema alcina vai gostar ( não gostou)

e acorda toda molhadinha

poemas inéditos de Nicolas Behr


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sacanagem por cerino

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