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HISTORIAS ELEGENDAS
from O Tico-Tico
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Alberto,quetemvintee cincoannos,éum bonitomoçoe deseja casarse, mas estáem duvida.Quizeracaparcomuma moça. que ofizera feliz,ereceiaenganar-senaescolha.
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Elle vai então tercomseu amigo mais velho na aldeia, umbomhomemaquemtodos pedem conselhos nos casos complicados, Alberto expiicalheoseucaso.Obomvelhoentrega-lheumnovello delinha, horrivelmenteembaraçado.
Serásfeliz—dizelle—secasarescomamulherque consigadesembaraçar estenovello.
Alberto guardou onovello. agra.leccu ao velho e poz-se emcampo.
Foiprimeiroacasa deDyonisia.conhecidaporsua belle:-a.Essa moça não tinhamai eeraellaquemcuidavadacasa deseupai.
Recebeu muitobem ovisi '.ante.poremeste reparou que asala.para onde oconvidaramaentrar,estavamalarrumada,tinharoupaporcimadas cadeiras,utensíliosdomésticos. espalhadosportodososlogares.Eochão eslava sujoeos vidrosdajanellaquebrados.
Vim perguntará senhoritaDvonisia—disse-Albertose mepuderfazer ofavordedeembaraçar estenovellodeliiihade que estou precisando.
E,tirando onovello doboiso, itrouo.
Dvonisiadeu umagargalha- da. ' Oli: c impossível! Edepoisnãovaleria apena:Preti-10dar-lheumciosmeus.
çal-o;tenho muitos empregadoseporissonãoseitrabalhar!
Albertodesculpou-se de seu pedidoindiscreto, eretirou-se.
E'pena,Catharinaétãorica! Francisca,Dirige-seentãoparaacasade amoçamaistrabaIhadoraesensatadaaldeia,ao quedizem.
Nomomentoemqueentrava, orapazouviuumavozcolérica epelagrade,viuFráncisca maltratarumacriadinha.Gomtudo, entrou. Diante d'elle amoça acalmou-seêlevou-oparajunto de seus pais. Alberto pensou
—E' pena. Fráncisca étão trabalhadoraetãoasseiadal Essasexperiênciastiraram a coragemaorapaz,quedecidiu, poressedia, voltar socegadamentepara casa. Indo porém paracasa.passouporum barraçãoondehabitavaumapobre viuva enferma,que viviacom suafilha,Solange.Albertoentrouparasaber ^como passava adoente,queerasuaconhecida.
Solangecosiasentadajuntoá cama.
Nãoeraumtypo debeneza, Solange, porém, era syrnpa- entãoqueFránciscamereciaa famadequegozava.:Tudoalli estavaemordemeasseio; sómenteellapareciaterumcaracterumpoucoviolento.
Solangecosiapertodacama thica,bôa eamável. Seuvestido,já bastanteusado, estava muitolimpo.
Aofimdealguns momentos deconversação,omoçotirado bolsoonovello.
Obarracão épequeno,mas como tudoestavaalli tãoem ordem!
Alberto,entretanto,não teria pensadoescolher paraesposa, Procurou em todososlo°-a- —A senhoraqueétãohábil, essamoça pobre eobscura res seus novellbs delinha, e acabou porencontrarumden-trodeumchinelo.
A; oudelicadamente, agradeceu e sahiu, suspirând
)•;'pena.Dyoniziaétãobonitaetãoàlegi lhe—Lastimonãopoderprestaiessefavor,Sr.Alberto,porém, não saberia desembara-
Orapazfoiemseguidaacasa dasenhoritaCatharina.filhade um rico proprietário. Denovo expôzofimdesuavisita.
Catharinasorriu,desdenhosamente.
Fráncisca, poderá me lazer p favor detentardesembaraçar estenovello?
Entretanto,quiztentar.
—Senhorita Soiange—disse elle--eis aquium novello,bem embaraçado,nãoacha?
Fránciscanão gostou muito dopedido, porémtomouono- vello, sacudiu-o bruscamente, puxou para a direita, puxou páraaesquerda,rebenlouali-penar nha.coro dedespeito,impaci- embaraçal-oAcreditaquesejapossíveldesr Quem sabe se não valea
—Oh!vale-respondeuamoentou-se: ca'.-Nao se deve desperdiçar " —issoéridículo—exclamou cousaalguma.Eseriatristeescila,atirandoaochãoonovello. tragartaoboalinha Deixever 1:sahiupatendocomaporta, seposso desembaraçal-o.
Seuspais trataram de des- Emquanto Alberjo converculparafilha eAlbertodespe- sava com a enferma lentadiu-se,dissilludido, mais uma mente,pacientemente, elladesvez, embaraçou onovello.
—Prompto-disse ao fimde trezquartosdehora,estendendo aomoçoonovellodelinhaperfeito—vêquenãoeratãodillicil assim;dependiaapenasdeum poucociepaciência etrabalho.
Seis semanas depois desse dia,Albertocasavacomapobre Solange. Enuncatevedequesearrepender.
Historia De Um C O
Numa província de França, vivia ha muito tempo um camponez chamado Antonio, com seu filho Paulo.
O camponez era conhecido na província rumohomemmuitomauedegênioirascivel. Tinha quarenta annos de edade,. era furte evermelho etinhaunsmúsculosque ímttiammedoatodagente.
<>seu filho Paulo,aocontrario, era fracn.muitobom,caridosoepor essemotivo, toda a gente que o conhecia, estimava-o muito. Tinha 13 annos de edade. cahellos negros condeados, olhospretos, hoeca rcguiar.
Ora, Paulo tinhaumcão,quesechamava Leão.
Esse Leão estimava muito seu pequeno dono, pois dava muitas provas disso: A qualquer pessoa que quizesse fazer mal a Paulo, elle avançava resoluto, mostrando seus dentes alvos e aguçados.
Paulo, como de costume, ia todos os dias pela manhã a casa de sua uvó.-iuhu, visitaí-a. acompanhado de seu fiel /.(-.;<>.
Certodia.ocãoquenãotiuhavistoPau|o saliir ficou cmcasa.
Por fatalidade, aconteceu que Antônio esquecesse _m pequeno pedaço de carne em cima de um banco.
/.. 1 acarne, como estava cofn muita fome.enguliu-adeumsóbocado.
Vendo isto, o impiedoso Antônio ficou furioso. Enumgestoinconsciente, deuum formidável pontapé no estômago do pobre irracional, que elle rolou porterra.
Antônio quiz reparar a sua falta; mas já era tarde.
Leão, ganindo dolorosamente, foi se arrastandopelasflorestasatéchegaracasa da avó de Paulo.
listava Paulo conversando alegremente llereulano de Toledo Cabral
11111 sua avósinh; mal sabia que d'alli a minutos elle veria uma scena impressionante.
Com effeito, pouco tempo não sehavia ido,quando Paulosentiutocaráporta.
Surprezo, foiabril-a,equalnãofoioseu espantoetristeza, aoveragonisanteoseu fiel Leão, oúnico amigo desde a sua infancia!
Dalli a poucos minutos morria o pobre cão, gemendo dolorosamente enomeio de dores atrozes.
Mas, antes de morrer, Leão num esforço supremo, lambeu asmãos deseujoven amigo.
Se Paulo reparasse nasuaavósinha, veria que pelas suas faces murchas rolava uma lagrima de dôr.
CORRESPONDÊNCIA DO DR. SABETUDO
Agenor (Conceição)—Escrevc-se John epronuncia-seDjonn.No2"nomepronuncia-se Joséph.
M. L.—Napoleão nasceu emAjaccio, na ilha da Corsega, em 1769. 2"—Nem nem nenhum outro romance de Escrich é de leitura recommendavcl.
Marcilio Gonçalves (S. Paulo)—Tinta autographica faz-se com fuligem cgraxa. Oprocessodefabricoémuitocomplicad. e principalmente muito pouco asseiado para queoexecuteemcasa.
A' sua outra pergunta: Não acredito que se adeante alguma cousa com semelhantes livros sem ter estudos medicos.
Lúcia Dias—Tintura de benjoim faz-se com a resina aromatica do mesmo nome. 2°—Acreditar em feitiços? E' uma tolice.
RaulDias—02°império foiproclamado revolucionariamente em França, pelo principe Luiz Napoleão, que era então presidente da Republica, no dia 20 de Dezcmbrode1851.
NeusaC.Fraga—Roupa folgadaquelhe deixe o corpo á vontade. Penteados bem simples.Issoéomaisconvenienteeomais eleganteparaumasenhoritadesuaedade.
SebastiãoReis—Sefosseleitord'0 TicoTicojáestaria fartodesabercomoseenchem frascos de Iança-perfume, por que jáensineinestasecçãovarias vezes.Jásab«_ria também que lenho aconselhado a meusamiguinhosquenãosemettamafa* zerisso,porqueseminstallaçãopropria,esse trabalho é muito perigoso. Uma explosão pôdedesfigural-o. Emais: Apropósito de Max Muller, acausa se explica de modo muito simples. Asecção não sahiu nonumero anterior, mas sahiu no outro precedente.
Nyjynsky Roodky (S. Paulo)—Já respondi no numero passado a pergunta semelhante.
Rodolpho Souto—Em portuguez nãoconheço uma bôa historia de Napoleão. Em francez haos livros de Frederic Masson, que estudam todasasphases desuavida; asobrasdeHenri Hossayc—1814e1815 e adeAlbert \andai—L''Avéncment deBon naparte. 2"—O romance O Conde deChaivgnac é original de Georges Owry.
Dr. Sabetudo
A Lapiseira
Petüeo este conto ao meu amigo Landsman
Lauro pelo Natal, por sua tia, foi presenteado com uma bonita lapiseira. de prata.
No collegio, Lauro mostrou-a a todos os seus collegas, que aacharam linda!
Ora,nessaescolahaviaoRinaldo, rapaz de maus costumes, que, ao vêr alapiseira de Lauro, planejou logo uma acção infame.
Emquanto Lauro eseus camaradas, corriam pelo recreio, Rinaldo entrou na sala de aulas c roubou a lapiseira!
Lauro indo procural-a, c, não a encontrando deuqueixaaoprofessor, queres 1veuprocederlogoumarevistaemtodosos alumnos.
Rinaldo temendo ser encontrada alajiiseira em seu bolso, collocou-a nobolsode Marcos,umseucollega.
Oprofessor revistando obolso deMarCos encontrou alapiseira.
Marcos foijulgadoumladrão pelossius collegas; já oprofessor ia suspendcl-o de iraaula durante quinze dias. quando. Rinaldo, arrependido do malque tinha feito, confessou tudo ao professor, que o perdoou, tornando-se Rinaldo, desde esse dia. um bom alumno.
Taubatc.
José Benedicto de Andrade
^-_^ 'OtCnanc... V
A professora passa um "pito" no "Chi* quinho", mas este não se importa, pote)* que lhepregou umapeça,como oshito* resestão vendo,
1) Pedroeraohomemmais po- bre da aldeia. A'svezes estando comfomeenãotendoque comer, enganava oestômago roendo as dropriasbotinas.
^i Masa sorte nao desampara aospobres,ePedro,protegidopor ella,seguiuporumaestrada.
deitou-se3jPorfimcansadodejtantoandar
pordetrazdeumapedra,queseachavanafloresta.
41 Momentos depois chegaram quatrohomensdeaspectoasssustador, mas felizmente nãoviram Pedro...
5) ...que,oculto pordetraz da pedra,conseguiusaber que eram salteadores, e ouvi-os dizeronde guardavamascousasfurtadas.
G) Pedrodeixouqueelles seretirassem,cdepoisdirigiu-seaesse logar,queeraumacaverna.
7)Semperdade tempo,encheu doquequizumlenço, que levava presoaobordão;depois voltou á cidadesemperigo...
8)...on.le fez bons negóciose tornou-serico.OmesmonãoaconteceucomAntônioque,sendoavarentoesabendodofactooccorrido, resolveuiratéácaverna.
9)Nodiaseguinte, Antônio levantou-sebemcedo.Estava ainda muitoe-curo;montadoemumburroseguiuocaminhoindicado por Pedro, dos10)Osladrões,queforamlograpelaprimeira vez, resolveram vingar-se etodososdias etodas asnoitesficavaumdepromptidao occultopordetrazdapedra.
11)Antônioquenãocontavacom operigo,quelheestavareservado, foiíurprehendidopelosbandidos, eestesderam-lhe uma surra que quasiomataram.
12)Masoburro,sentindooseu lombotambémpegarJogo,corru tãoligeiro,quesalvouseuamoque, chegandoácidadeficou envergo- nhadoefugiu para um paiz Droximo.