Backstage News nº. 31 Tracker Consultoria (14/10)

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Brasília, 14 de outubro de 2015. Edição: nº. 31

Os bastidores da notícia no DF!

Editor: José Maurício dos Santos Coeditora: Hulda Rode

CORREIO BRAZILIENSE Eixo Capital Ana Maria Campos Pressão total sobre Joe Valle Às 15h50 de ontem, quando o governador Rodrigo Rollemberg começou a anunciar as novidades no secretariado, a cúpula do PDT do Distrito Federal se reunia em clima de tensão em um restaurante do Brasília Palace Hotel. No discurso do governador faltou um nome – e esse era justamente o assunto do encontro dos pedetistas. O senador Cristovam Buarque, a presidente da Câmara, Celina Leão e os distritais Joe Valle e Reginaldo Veras tentavam chegar a um consenso sobre a indicação do partido para a Secretaria de Trabalho, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos. A primeira rodada de conversas não teve êxito. Entre os pedetistas, ainda há esperança de que Joe aceite o cargo. Apesar de ter recusado o posto, ele está balançado e pode voltar atrás. Resistências Os outros nomes do PDT cotados para o posto podem enfrentar resistências. Peniel Pacheco é evangélico e a pasta engloba temas como a defesa de direitos LGBT. Fábio Barcellos é policial civil, o que também pode suscitar resistências entre os defensores dos direitos humanos. José Carlos Vasconcelos, suplente do senador Reguffe, não é unanimidade na legenda e o distrital Reginaldo Veras registrou em cartório um compromisso de que cumpriria o mandato integralmente. Faltam opções e sobram questionamentos. Otimismo O administrador do Plano Piloto, Igor Tokarski, vai assumir a articulação política com a difícil missão de domar a base aliada e negociar a aprovação de projetos importantes para o governo. Apesar do clima de insurgência na Casa, o socialista está otimista. “Tenho certeza de que manteremos uma relação de alto nível com a Câmara”, diz Tokarksi. Dia do fico A manutenção da Secretaria de Gestão do Território e Habitação separada da área de meio ambiente foi uma das surpresas do anúncio de ontem. Thiago Andrade fica no primeiro escalão, com o apoio de entidades como o Instituto de Arquitetos do Brasil, que divulgou uma nota em defesa de sua permanência na Segeth. André Lima, que é da Rede, estava cotado para administrar as duas áreas. Também pesou na


decisão a resistência do setor produtivo em ver um ambientalista no comando da emissão das licenças e alvarás. Barrados no baile Além do PRB, que perdeu cargo no primeiro escalão, o Solidariedade é outro partido aliado que foi ignorado mais uma vez na composição do secretariado. Presidente regional da legenda, o deputado federal Augusto Carvalho não esconde a insatisfação com o governo. A legenda apoiou a eleição de Rollemberg desde o primeiro turno. “O governador parece estar decidido a nos tratar como adversários. Concordo com o senador Cristovam quando ele diz que o Rodrigo erra muito ao ouvir pouco”. Seis por meia dúzia O governador aproveitou a reforma para trocar a titular da Secretaria da Criança, Jane Klebia. Representantes de mais de 30 entidades sociais haviam assinado uma petição pedindo a saída da delegada da Polícia Civil. A confusão em torno das eleições para os conselhos tutelares foi a gota d'água. Do ponto de vista político, entretanto, Rollemberg trocou seis por meia dúzia: o historiador Aurélio de Paula Guedes Araújo também é indicação do deputado Israel Batista (PV).

CB. Poder Helena Mader, Ana Maria Campos, Guilherme Pera e Matheus Teixeira Oposição promete obstruir projetos do Executivo Os deputados do PT, do PMDB e o líder da Minoria, Bispo Renato Andrade (PR) apresentaram, no plenário, comunicado de obstrução aos projetos do Executivo enquanto o GDF não resolver a situação dos reajustes a 32 categorias do serviço público. No documento, os distritais prometem barrar quaisquer proposições de interesse do governo por tempo indeterminado. “Enquanto o governo não agir com seriedade e conceder esses reajustes, não vamos votar nada”, afirmou o líder da oposição, Chico Vigilante (PT). Para Wellington Luiz, líder do PMDB, o Executivo “empurra com a barriga a relação com o servidor público”. Wasny de Roure (PT) disse que o GDF “não construiu uma interlocução com a população”. Durante o anúncio da reforma do secretariado, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) mais uma vez citou a falta de dinheiro para conceder os aumentos concedidos pelo ex-mandatário Agnelo Queiroz (PT) e aprovados na Câmara Legislativa. O socialista fez um “apelo para todos se unirem”. Com o anúncio do bloqueio da pauta pela oposição e sem formar uma base consolidada, o chefe do Executivo não teve o pedido atendido. E deve continuar com vida difícil na Câmara Legislativa. Depois de recusar secretaria, Joe Valle pode voltar atrás O distrital Joe Valle (PDT) recusou o convite para a Secretaria de Trabalho, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos. Mas, pressionado por correligionários, o pedetista pode surpreender e aceitar a missão. A pasta é forte e terá visibilidade. Joe Valle vai ouvir aliados e acompanhar a repercussão do novo secretariado nas redes sociais para tomar a decisão.

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JORNAL DE BRASÍLIA Do Alto da Torre Eduardo Britto Interesse nacional Até o presidente do PDT nacional, Carlos Lupi, entrou no jogo de pressão para fazer com que o deputado distrital Joe Valle assuma a secretaria de Trabalho, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do GDF. É um naco importante para abrigar aliados e Valle teria condições de fazer um trabalho que dê vemiz executivo a seu currículo. Pode ser que hoje ele diga sim. ...afinal... O governador Rollemberg fez a parte dele e já atendeu à principal reivindicação de Joe Valle na reforma: manteve a secretaria de Agricultura como estava, inclusive com o secretário José Guilherme Leal, indicado pelo deputado.

Ponto do Servidor Milena Lopes Setores de grandes hospitais serão fechados hoje Depois de o governo anunciar o corte no ponto dos servidores em greve, sindicatos resolvem endurecer ainda mais as paralisações. O SindSaúde anunciou que fechará, a partir das 6h de hoje, setores importantes dos hospitais públicos, como lavanderia, laboratório, ambulatório, arquivos, marcação de consultas e exames e informática. Serão afetados os hospitais de Base, HRan, HMib, HRT, o de Ceilândia, do Gama e Santa Maria. "O governo só vê ilegalidade quando convém. A greve é justamente para lutar pelo cumprimento da lei dos reajustes", destacou a presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues, reiterando que o sindicato ainda não foi notificado oficialmente pela Justiça sobre a ilegalidade da greve. E decidiu, em assembleia realizada ontem, manter a paralisação. Na Câmara, obstrução Para pressionar o governador Rodrigo Rollemberg a negociar com as categorias - que exigem a última parcela dos reajustes salariais aprovados em 2012 e que começaram a valer em 2013 - os deputados distritais decidiram suspender as votações de proposições de interesse do Poder Executivo na Casa. Democratização do Judiciário A Federação dos Servidores do Poder Judiciário nos Estados (Fenajud) organiza uma mobilização na Praça dos Três Poderes, na próxima terça-feira, em prol da democratização do Poder Judiciário brasileiro. O intuito é chamar a população para a defesa da Proposta de Emenda Parlamentar (PEC) 526/2010, que prevê a eleição, por meio do voto, dos trabalhadores do Judiciário nos estados. Pela convocação no Metrô-DF Aprovados no último concurso do Metrô-DF foram à Câmara Legislativa ontem reivindicar a convocação dos seguranças metroviários. Apesar da insuficiência no quadro, os concursados argumentam que o órgão celebrou novamente um contrato com uma empresa terceirizada em detrimento da convocação.

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Contas O valor do contrato com uma empresa terceirizada, segundo as contas dos aprovados, ultrapassa R$ 12 milhões semestrais. Já a convocação dos 237 aprovados custaria em média R$ 9 milhões anualmente R$ 3 milhões a menos do que está sendo gasto em apenas seis meses. O deputado distrital Reginaldo Veras (PDT) abraçou a causa e tem reunião marcada para hoje com o presidente do Tribunal de Contas do DF, Renato Rainha, para tratar do tema.

TRACKER CONSULTORIA Riscos e Tendências José Maurício dos Santos ANÁLISE POLÍTICA: os desafios de Rollemberg após a reforma administrativa *Por José Maurício dos Santos O governador Rodrigo Rollemberg anunciou na tarde desta terça-feira (13) a tão esperada reforma administrativa que reduz o número de secretarias de 24 para 17. A falta de conformidade com a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) diante da falta de um senso realista do governo no início do mandato levou Rollemberg a fazer esses cortes que afetarão diretamente a sua popularidade. Segundo o relatório de gestão fiscal, referente ao segundo quadrimestre de 2015, aponta que o Executivo atingiu 50,8% da receita corrente líquida com o pagamento de pessoal, quando o tolerável pela LRF é 49%. Diante desta situação, o governo pode reduzir até 20% dos cargos comissionados, que será realizada gradualmente. O anúncio foi mais negativo do que positivo para o Buriti de acordo com aliados. Os novos secretários devem tomar posse na terça-feira (20). As decisões de Rollemberg serão o tema da semana e a Tracker Consultoria fez algumas ponderações. Acabou a novela, pelo menos por hora, em torno do nome do deputado distrital Joe Valle (PDT) como Supersecretário do governador Rodrigo Rollemberg. O deputado recusou o convite do governador apesar de Rollemberg ter mantido a Agricultura com o status de secretaria, e o secretário José Guilherme Leal, como havia sugerido o distrital. No entanto, o motivo alegado por Joe Valle para não assumir a pasta o aproxima novamente da Rede, de Marina Silva. O parlamentar não poupou Rollemberg e disse que recusou o convite porque era meramente político, sem levar em consideração a sua capacidade técnica. Rollemberg se elegeu com o discurso de pôr fim no “toma lá da cá” de cargos públicos em troca de favores ou submissões, os chamados clientelismo e fisiologismo. Marina havia alertado que a Rede é um partido que traz em seu Estatuto a vedação ao fisiologismo, ou seja, proíbe que parlamentares da Rede assumam cargos no Executivo com pena de expulsão e perda do mandato, como prevê a legislação eleitoral, salvo por deliberação da Executiva Nacional. A Tracker entrou em contato com o parlamentar e sua assessoria não descartou a sua ida para a Rede. Ele tem até o dia 22 de outubro para se filiar a um novo partido sem que seja acionado por infidelidade partidária. A decisão de Joe Valle também frustrou os planos do governador de fortalecer a sua bancada com a possível ida do 1º suplente da coligação PSB-PDT-SD, Roosvelt Vilela (PSB) para o lugar do pedetista. As únicas possibilidades agora para Rollemberg seria indicar os deputados Reginaldo Veras (PDT) ou Sandra Faraj (SD) para a Secretaria de Trabalho, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos a fim de abrir a vaga para Vilela.

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O tom do pedetista não foi ameno. Isso põe em dúvida a possibilidade de o deputado assumir a liderança do governo na Câmara com a iminente saída de Júlio César (PRB). Joe que é o nome em evidência do PDT na Casa, ao lado da presidente Celina Leão, que não pode acumular as duas funções. No entanto, resta saber se Rollemberg vai seguir o critério de manter o líder do mesmo partido ou coligação, abrindo a possibilidade de escolher Agaciel Maia (PTC) como novo líder do governo. Outros três nomes que correm por fora e podem ser escolhidos para a liderança do governo, por motivos distintos, é o retorno de Raimundo Ribeiro (PSDB) que está em conflito com o seu partido, o de Liliane Roriz (PRTB) ou de Rodrigo Delmasso (PTN). Mas a falta de confiança em seus pares é outro desfio de Rollemberg que deve enfrentar forte rebelião nos próximos dias na Câmara. Joe Valle também almeja suceder Celina Leão no comando da Câmara para o biênio de 2017-2018. E isso independe da sua permanência no PDT, haja vista que a Rede também é da base aliada e, com a ida de Joe Valle para a nova legenda, ela se tornará a maior bancada com quatro parlamentares, o que lhe credencia naturalmente em disputar a presidência. Quem também está de olho nessas oportunidades são os distritais Luzia de Paula (Rede) e Claudio Abrantes (Rede), haja vista que Chico Leite acaba de receber a presidência da Rede-DF. Até hoje nesta 7ª Legislatura, apenas o PT não formou blocos partidários na Câmara para efeito de cálculo do princípio da proporcionalidade (distribuição de cargos na Casa - Comissões e Mesa Diretora). O que deverá ser revisto pela bancada de oposição para fins estratégicos. Rollemberg se indispôs com o seu próprio partido ao preterir o presidente e o vice do PSB, Marcos Dantas e Jaime Recena, por técnicos em áreas em que ambos estavam desempenhando papéis satisfatórios dentro da realidade da atual conjuntura. Como previu a Tracker, Rollemberg deixou o consultor legislativo da Câmara dos Deputados, Sérgio Sampaio, com características técnicas, na coordenação política. Rollemberg já havia escolhido anteriormente o consultor legislativo do Senado, Flávio Gondim, para a Saúde. Gondim que não tem características técnicas da área e nem de agregado fator político. Ao contrário do presidente do Sindicato dos Médicos do DF, e 2º suplente da coligação PSB-PDT-SD, na Câmara Legislativa, Dr. Gutemberg Fialho (PSB). Jaime Recena está sem destino por enquanto, apesar de ter como eventual opção uma ofuscada e discreta diretoria na Terracap. Outro que teve que deixar o governo e também deve ter uma diretoria em uma estatal como consolo é o ex-chefe de gabinete de Rollemberg, Rômulo Neves. O problema é que ambos visam algo maior em 2018 e cargos como estes não dão visibilidade, apesar do alto salário. Em contra partida, ingressaram para o governo o secretário de Políticas para Crianças, Adolescentes e Juventude, o historiador pernambucano e morador de Brasília há 30 anos, Aurélio de Paula Guedes Araújo; e o auditor mineiro do Tribunal de Contas da união (TCU), Henrique Moraes Ziller, para a controladoria-geral. Pelo visto Rollemberg está se garantindo no apoio declarado por Marina Silva, a presidenciável mais votada do DF no primeiro turno das eleições de 2014. Não é um aliado qualquer. A legenda chegou para fazer mudanças substanciais na política local e nacional. No entanto, com a possibilidade de ainda aumentar a sua bancada na Câmara Legislativa, a Rede ainda precisa ter a sua fidelidade ao Buriti posta à prova, uma vez que Marina não é uma pessoa fácil de lidar. PT e o próprio PSB que digam, por divergirem muitas vezes da ex-ministra do Meio Ambiente quando a mesma era filiada. Com a recusa de Joe Valle, Rollemberg se desgastou com o parlamentar e perdeu a chance de fortalecer a sua bancada na Casa. Agora, o cenário é outro. E quem estará com a situação sob controle pode ser o pedetista. Mesmo insatisfeito com a sua exposição, Joe Valle, que poderia abrir uma vaga para um parlamentar do PSB na Câmara Legislativa, é agora forte nome para assumir a liderança do governo,

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seja na Rede ou no PDT. Assim como para suceder Celina Leão na presidência da Casa. Ou, no melhor dos cenários, as duas coisas em seu devido tempo. Rollemberg insiste em atender às forças ocultas, que nunca deixaram o governo, do que aos anseios daqueles que podem garantir a sua governabilidade. Aliás, a comunicação não é o forte do governo. Com a inabilidade e inoperância de Rollemberg e seus gurus em torno da articulação política, a sorte está lançada em meio a uma crise econômica, política e social. Sendo as duas últimas consequências da crise econômica que o governador não conseguiu lidar no primeiro ano, justamente pela falta de diálogo que resultou num clima hostil para aprovação de projetos de interesse do Executivo na Casa Legislativa. *José Maurício dos Santos - Bacharel em Comunicação Social, especialista em Marketing Político e graduando em Ciência Política. É consultor político ABCOP e chefe do Departamento de Análise Política da Tracker Consultoria e Assessoria. Contato: +55 (61) 8107-4883

ONs&OFFs Celson Bianchi Bate e Rebate O GDF anunciou que vai cortar o ponto dos servidores que insistirem em continuar em greve. O assunto gerou troca de farpas. Rodrigo Rollemberg, governador “Isso é uma determinação judicial e nós temos que cumprir também a decisão judicial. Então, se a greve é ilegal, o servidor é obrigado a trabalhar. Se ele não for trabalhar, certamente o seu chefe terá que cortar o seu ponto”. Marli Rodrigues, presidente do SindSaúde “A greve é justamente pelo cumprimento de uma lei, a do reajuste, que o governo insiste em ignorar. É no mínimo contraditório o governador tentar virar o jogo e querer colocar a ilegalidade nas costas do servidor. Esse governo só recorre à legalidade quando convém”. Mais uma A Vara de Falências, Recuperações Judiciais, Insolvência Civil e Litígios Empresariais do DF proferiu decisão deferindo o processamento de recuperação judicial da sociedade empresarial Frigorífico Frigoalpha Indústria e Comércio de Gêneros Alimentícios. A empresa, afirmando estar em crise econômico-financeira, ajuizou pedido de recuperação judicial. Para finalizar Cerca de 56 mil estudantes do Distrito Federal reprovaram o ano escolar em 2014. Os índices são altos principalmente nas séries finais do ensino fundamental e no ensino médio: 15% de reprovação.

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METRÓPOLES Grande Angular Lilian Tahan Greve de voto na Câmara Legislativa Deputados distritais decidiram obstruir a votação de todos os projetos de autoria do Executivo que cheguem à Câmara Legislativa. A decisão foi tomada na tarde desta terça-feira (13/10) para pressionar o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) a negociar com os servidores do GDF o pagamento dos reajustes salariais. A medida, de iniciativa do distrital Ricardo Vale (PT), foi tomada logo depois do anúncio da reforma administrativa do Governo do Distrito Federal, que deixou muitos distritais insatisfeitos. A decisão começa a valer imediatamente porque três líderes de blocos, Chico Vigilante (PT), Wellington Luiz (PMDB) e Bispo Renato (PR), aprovaram a medida. Quem não assinou não está impedido de votar, mas os distritais continuam recolhendo assinaturas dos parlamentares para que a adesão seja completa.

BLOG DO DONNY SILVA Liliane Roriz quer informações sobre contrato com Cingapura A vice-presidente da Câmara Legislativa, deputada distrital Liliane Roriz, protocolou nesta terça-feira, 13 de outubro, Requerimento de Informação endereçado ao Governo do Distrito Federal. No documento, a parlamentar dá 30 dias ao GDF para que seja informado os rumos do Projeto Brasília 2060 – contrato firmado entre o GDF e a empresa Consultoria Jurong, de Cingapura. Liliane quer tornar público o valor pago à empresa, os resultados apresentados pela Jurong ao GDF e saber o que o governo fez até agora. Segundo Liliane, embora a contratação da empresa tenha sido divulgada pela imprensa, o estudo que foi apresentado pela Jurong ao GDF em 2014, ainda não é conhecido pela população. “Estamos falando de dinheiro público, de contrato sem licitação. Não podemos nos esquecer e deixar essa contratação irresponsável cair no esquecimento”, ressalta. O ex-governador Agnelo Queiroz, do PT, contratou, em 2012, a empresa estrangeira por R$ 12 milhões. A proposta, de acordo com o antigo governador era de que a Jurong iria planejar o crescimento de Brasília para os próximos 50 anos. “A execução do contrato tem que se tornar pública. O povo do Distrito Federal tem o direito de saber quanto foi pago, afinal, quem está arcando com todos os custos da crise provocada pelo governo PT somos nós, a população do DF”, destaca Liliane. Em 2014, o resultado do trabalho da Jurong foi apresentado pelo governo Agnelo com a definição de ações a serem executadas. A previsão de gastos chegava a casa dos R$ 235 bilhões por parte do governo. O ex-secretário do GDF, Hélio Doyle, chegou a criticar o estudo quando coordenava a transição do governo, após derrota de Agnelo nas últimas eleições. De lá para cá, pouco se falou sobre o projeto. “O GDF não ouviu a população, os arquitetos e urbanistas que vivem a cidade e foi contratar uma empresa de Cingapura para ‘pensar Brasília’. Já passou da hora de o governo divulgar para todos o que foi ‘pensado’ e o que foi pago para a Jurong pensar”, criticou Liliane. “Temos que saber quem será responsabilizado por jogar R$ 12 milhões do dinheiro público no ralo”, completa.

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BLOG DO CALLADO Governo faz o dever de casa, mas segue conselhos errados Saiu a tão falada reforma administrativa. Política e futebol se assemelham em alguns pontos. Quando um time vai mal troca-se o técnico e busca-se reforços para a equipe. A troca do professor na política não é tão fácil assim. E se deve obedecer a escolha democrática. Mesmo que haja frustração. E apostar que pode dar certo. Quem acompanha política há muito tempo, sabe o que significa uma reforma administrativa. Quando um governo vai mal, anuncia-se mudanças no secretariado. A intenção é desviar a atenção da mídia. Faz parte da velha política. A consultoria externa do governador sabe disso. E pratica isso. Já implantou o mesmo modelo no governo Roriz. Previsível e risível. A tática é tão manjada que deveria se envergonhar quem propõe isso a um governo. Como a ideia foi aceita, é torcer que o governo melhore. O efeito do troca-troca de secretários dura até quinta-feira. Ai a pauta retorna a ser as reivindicações dos servidores públicos. E o caos financeiro. Se a ideia era aproximar a Câmara Legislativa, a ação não deve surtir efeito. Foi o mais do mesmo. Não conseguiu um apoio a mais. E alguns parlamentares se sentiram preteridos. Criou-se uma expectativa, e mais nada. Ponto para a consultoria externa do governador. Consegue isolar o Buriti mais uma vez. O PDT, que já tem espaço no governo e garante os votos aos projetos de interesse do Buriti, pode abriu mão de uma cadeira na Câmara. Basta o deputado Joe Valle encerrar a brincadeira de não-sei-se-vouou-não-se-fico e aceitar uma supersecretaria no GDF. Se for, abre uma vaga ao PSB no Legislativo, para o suplente Roosevelt Vilela. E acalma o partido do governador, o grande derrotado na reforma junto com o PRB, do líder do governo, deputado Júlio Cesar. O novo responsável pelas relações institucionais, Igor Torkarski, terá um baita desafio. Além de começar o trabalho do zero. Iniciar com descontentamento dos deputados com o a reforma é um ingrediente a parte para Igor. Vai precisar de jogo de cintura. A reforma, se de um lado não ajuda a desviar o foco, permite que o governo tenha mais recursos para atividades fins. A fusão de secretarias gera economia. E tudo que o governo precisa agora é melhorar o caixa. E ter paz para conseguir apoio de entidades sindicais e do Legislativo. E não de incendiários. Quanto será a economia? Nem o governo sabe. “Só vamos saber a economia das secretarias com o passar dos meses. Isso permite, de cara, uma redução muito grande nas estruturas administrativas”, afirmou Rollemberg durante a coletiva desta terça-feira. A comunicação não funcionou. Entre os destaques, a ida do secretário de Mobilidade, Carlos Tomé, para a chefia de gabinete do governador. E a de Marcos Dantas para a Mobilidade. As mudanças serão publicadas no Diário Oficial desta quarta-feira (14) e a posse dos novos secretários está marcada para o dia 20. O governo pretende reduzir gastos com salários de funcionários em cargos de confiança. Que me perdoe os sindicatos, mas em algumas secretarias é o comissionado que carrega o piano. O gasto mensal com esses servidores em todo o governo está em torno de R$ 40 milhões. Rollemberg busca uma redução de R$ 8 milhões. É pingo num oceano. Mas não deixa de ser uma economia. A ideia não é da cabeça de nenhum burocrata nem de fora ou de dentro do Executivo. O Buriti está amparado na Lei de Responsabilidade Fiscal que manda cortar 20% das despesas com cargos comissionados. O governador tem a consciência e a sensibilidade que isso deve ser feito se forma paulatina. E evitar um colapso na máquina. Nesta quarta-feira começam os cortes. As primeiras publicações das reduções das estruturas e exonerações. O clima é de terror para quem está dentro do governo.

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Rollemberg avalia se é melhor reduzir o valor dos cargos e reduzir as comissões, para evitar ao máximo as demissões. É preciso agir com a razão, mas também com o coração. E acredito que o governador saberá o que fazer. Sem consultorias, é claro. Um ponto a se lamentar na reforma foi a mudança na Controladoria-Geral. Não pelo anúncio de Henrique Ziller, que tem currículo para ocupar o cargo. Mas pela saída do controlador Djacyr Cavalcanti de Arruda Filho, um dos melhores nomes do governo.

BLOG DO FRED LIMA CLDF: Acaba a trégua da oposição com o governo Rollemberg Até o momento, o governo Rodrigo Rollemberg vinha contando com a ajuda de uma oposição amena na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), formada por quatro a cinco deputados distritais, que muitas vezes ajudaram o governo mais do que alguns distritais da própria base. A trégua parece ter chegado ao fim ontem (13), após ter sido protocolado um comunicado que visa a obstrução das votações na Casa, até que o Buriti pague os reajustes salariais das diversas categorias do serviço público do DF. Assinaram o documento os deputados Bispo Renato (PR), Chico Leite (PT), Ricardo Vale (PT), Wasny de Roure (PT) e Wellington Luiz (PMDB). Um distrital da base afirmou ao blog que “apesar de Rollemberg ter pego um cenário econômico desfavorável, na Câmara a conjuntura foi outra”. Segundo o parlamentar, “Rollemberg surfou até agora nas ondas vindas do Legislativo. Agora elas devem começar a cessar”. ‘Não tenho o peso que me atribuem’, afirma Hélio Doyle O blog conversou com o ex-chefe da Casa Civil do Governo de Brasília, Hélio Doyle. Alguns profissionais da imprensa local estão atribuindo a ele a não nomeação de nenhum deputado distrital (por enquanto) para as secretarias. O ex-supersecretário de Rollemberg foi taxativo: “De jeito nenhum. Não tenho este peso que me atribuem. É mais uma intriga”. “Se eu tivesse o poder que me atribuem, o número de secretarias seria menor e alguns dos indicados estariam longe do governo”, concluiu Doyle.

BLOG DO ODIR RIBEIRO Reforma de Rollemberg foi mais do mesmo A tão esperada reforma do secretariado teve poucas surpresas. Alguns sorriram e outros poucos choraram. A verdade é que as modificações foram uma espécie de troca de cadeiras. Ou melhor, remanejamento apenas, e nada mais. Continuam os mesmos nomes e é bem provável, pelo jeito, que os mesmos problemas permanecerão. O que ficou claro é que o governador Rodrigo Rollemberg não quis de forma alguma desagradar o PDT, a Rede e o seu próprio partido, o PSB. Um exemplo é Artur Bernardes, secretário de Desenvolvimento Econômico que teve acrescentado o Turismo em sua pasta. A cúpula do PSD-DF ficou muito feliz. A vitória da Rede foi ter deixado a Secretaria de Meio-Ambiente fora das fusões. Já o PDT, por influência do deputado distrital Joe Valle, conseguiu manter intacta a Secretaria de Agricultura. E disse, em plenário, que embora tenha recebido convite, não irá para o Executivo, até que Rollemberg resolva a "confusão" que está o governo e suas mudanças.

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O partido mais reclamão da base ainda abocanhou a supersecretaria de Trabalho. O nome ainda não foi indicado, mas a legenda dos senadores Cristovam Buarque e Reguffe podem indicar o nome de sua preferencia. Quem saiu perdendo foi o PRB-DF, partido do líder do governo Júlio César. A Secretaria de Esportes foi fundida com a pasta de Educação e Leila Barros virou uma mera adjunta. O sentimento é que a legenda foi injustiçada nesse arranjo. Júlio não quis comentar muito sobre o assunto. "O Esporte continuará como nossa bandeira. Avalio que o PRB deu a sua contribuição," resumiu. Mas, nas entrelinhas, Júlio César espera mais do governo para sua legenda a partir do início do próximo ano. A Câmara Legislativa não recebeu bem a reforma do secretariado. G7 promete aprontar e deixar Rollemberg sem graça Independência. Esse é o principal lema de parte dos deputados na Câmara Legislativa. Na próxima quinta-feira, 15, quatro distritais se reúnem em um apetitoso almoço para criar um novo bloco partidário dentro da Casa. Eles se consideram insatisfeitos com o andamento das relações da CLDF com o Palácio do Buriti. Num primeiro momento, o bloco tem garantido quatro parlamentares, entre base e oposição. Mas a ideia é que cheguem mais três integrantes. O grupo dos 7 pretende aumentar a dor de cabeça do governador Rodrigo Rollemberg.

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