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10 anos de TTT
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Um desafio proposto por um grupo de corredores, uma prova que começou com pretensões modestas e hoje é a competição mais aguardada do verão gaúcho. A Travessia Torres Tramandaí (TTT) chegou à sua décima edição com número recorde atletas, 2.600 inscritos. Mas você sabe como iniciou e quem deu a “passada” inicial? Nossa equipe foi atrás e trás para você leitor o depoimento de Tânia Caleffi, idealizadora da TTT, além da super cobertura fotográfica da corrida deste ano, considerada a mais difícil de todas. Na edição de verão - janeiro e fevereiro - da Transpire Overline Edition você confere confere também belíssimas imagens da Conquistadores Race, em Canela, tem Duathlon em Canoas, Torneio Open de Natação e muito mais. Boa leitura e até a próxima! Equipe Transpire agenda
09.03
RS Triathlon Longa Distância Osório/RS www.fgtri.org.br
1º Desafio Nova Petrópolis - Corrida de Aventura Nova Petrópolis/RS www.facebook.com/EkonovaAdventure
15.03
POA Night Run Porto Alegre/RS
www.poanightrun.com.br
23.03
Golden Four Asics Porto Alegre/RS
www.asics.com.br/golden4asics
30.03
Triathlon Cidade de Torres Torres/RS www.fgtri.org.br
Corrida de Aniversário de Porto Alegre curtas
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Porto Alegre/RS www.corpa.esp.br
Campeonato de Rústicas da Redenção 2014 já está com as datas definidas. A competição ocorre anualmente, sempre aos sábados à tarde. O percurso (foto à dir.) é realizado na pista interna da Redenção, com 2.000 metros. O circuito é composto por duas etapas com cinco provas de 8km cada. Confira as datas abaixo: I etapa (22 de março - 17h; 12 de abril - 17h; 17 de maio - 16h; 07 de junho - 16h; e 05 de julho - 16h) II etapa (16 de agosto - 16h, 13 de setembro - 16h; 04 de outubro - 17h; 08 de novembro - 17h; e 06 de dezembro - 17h) As inscrições de cada etapa devem ser efetuadas no dia do evento, no Parque Ramiro Souto, até 10 minutos antes do início. O atleta deve apresentar documento de identidade e doar 1kg de alimento não perecível. Informações no site www.portoalegre.rs.gov.br/sme 2
Expediente Editora e Jornalista Responsável Stéphanie Perrone - MTB 15.577 jornalismo@transpire.com.br Diretor de Fotografia Guto Oliveira guto@transpire.com.br CONTATO contato@transpire.com.br (51) 3026-4037 www.transpire.com.br COMERCIAL comercial@transpire.com.br Curta nossa Fanpage facebook.com/transpire.esporte
Capa Travessia Torres Tramandaí Foto Guto Oliveira A Transpire Overline Edition não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios veiculados. Opiniões e conceitos emitidos pelos colunistas não representam, necessariamente, os da revista.
Internacional de Santos
drops Foto: Luis Pires/Fotokump
Uma das provas de triathlon mais tradicionais do calendário nacional foi marcada, este ano, pelo mar mexido, chuva, atrasos e desencontro de informações por parte da organização para a etapa da natação, fazendo com que alguns atletas nadassem e outros não. Mesmo assim, o 23º Triathlon Internacional de Santos transcorreu até o final. Carla Moreno e Marcus Fernandes (foto) foram os grandes vencedores da elite. Rodrigo Bodanese, Carlos Alberto Viecili Goulart, Clayton de Melo Rodrigues, Miriam Fernandes Magalhães e Romulo Cunha Muller representaram o Rio Grande do Sul na competição. Destaque para Rodrigo que conquistou o 3º lugar na 25-29 masculino, com 1h52min01s. Na mesma categoria, Carlos Alberto concluiu em 1h58min44s, ficando em 9º lugar, e Romulo em 2h17min46s. Miriam foi a 17º da 25-29 anos feminino, com 2h29min43s; e Clayton terminou em 9º lugar na faixa 30-34 anos, com 1h36min12s.
Foto: Satiro Sodré/Divulgação CBDA
Maratona aquática O gaúcho Samuel de Bona iniciou, no dia 23 de fevereiro, a busca pelo seu terceiro título nacional na maratona aquática. A primeira prova do Circuito Brasileiro 2014 foi disputada em Porto Belo, Santa Catarina, na distância de 5km. O atleta do Grêmio Náutico União (GNU) conquistou a segunda colocação. Allan do Carmo foi o primeiro e Diogo Villarinho o terceiro. No feminino, vitória de Ana Marcela Cunha. Betina Lorscheitter, do GNU, ficou com a prata e Mariana Serrano de Souza com o bronze. O clube de Porto Alegre também esteve presente no pódio com Fernando Ponte, quinto colocado, Gabriela Cordeiro Ferreira e Viviane Jungblut, quarta e quinta colocadas, respectivamente.
Hegemonia brasileira na Disney
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Foto: Preston Mack/Disney, photographer
Foi com jogo de equipe que o Brasil conquistou a dobradinha na Maratona da Disney. Fredison Costa e Adriano Bastos deixaram a rivalidade de lado e acertaram na estratégia. Adriano, que buscava o nono título da prova, sentiu uma lesão que o afastou dos treinos por alguns meses e terminou na segunda colocação, com 2h22min55s. Fredison venceu pela terceira vez consecutiva, com 2h21min39s. Em terceiro lugar chegou o atleta da Guatemala, Alfredo Arevalo, com 2h23min19s. A Maratona da Disney reúne anualmente milhares de corredores dispostos a passar um final de semana mágico no local. Além dos 42km, há também a meia maratona, uma prova de 10km e a family run.
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Selva!
Foto: Fábio Piva – Red Bull Content Pool
Foto: Marcelo Maragni – Red Bull Content Pool
irimbawa para os índios da Amazônia significa um processo pelo qual o guerreiro, bravo e audacioso, busca sua evolução espiritual. Com este pensamento, aconteceu no dia sete de dezembro, no coração da Floresta Amazônica, o Red Bull Kirimbawa, prova multiesportes que reuniu noventa competidores, divididos em trinta times de três participantes cada. As modalidades envolvidas: corrida, mountain bike e canoagem. Os participantes foram escolhidos pela organização, levando em consideração os resultados dos últimos três anos em seus respectivos esportes. Os times foram formados por sorteio. Mas se engana quem pensa que o evento foi uma simples competição reunindo três modalidades. A largada, durante a madrugada, de dentro da tribo Inhaã-bé já dava a prévia do que seriam os 50km de corrida. Após, 104km de ciclismo passando pelo “quadrilátero da morte” e outros pontos desafiadores da floresta. Para finalizar, 50km de canoagem contra a corrente para enfim a chegada na orla da Ponta Negra, em Manaus. Das 31 equipes que largaram - 30 de atletas e uma formada por nativos - apenas 21 completaram o desafio. A grande campeã foi a equipe Xingu, com 11h52min.
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Foto: Marcelo Maragni – Red Bull Content Pool
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Naquele momento o calor já não era o maior adversário e sim a dor dos tombos que procurava absorver pensando nas inúmeras mensagens de carinho dos alunos, amigos e da minha amada Babi. Foi uma luta comigo mesmo até o dia amanhecer.
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O corredor Cleimar Rodrigo Tomazelli (foto acima), que participou na equipe Parentins, junto com o ciclista Rubinho Valeriano e o canoísta Franck Souza, conta para os leitores da Transpire Overline Edition como foi enfrentar esta aventura em meio à selva. Eles terminaram na 12ª colocação, com 14h31min de prova. “Chegamos na tribo, localizada cerca de uma hora de barco de Manaus, pelas 23 horas. Descansamos em redes de selva do exército até as duas horas da manhã, quando foi Foto: Marcelo Maragni – Red Bull Content Pool
aventura
dado o toque de alvorada para nos prepararmos para a largada, realizada pontualmente as três horas. Já desci do barco me ferrando, pois a tábua que nos conduzia até terra firme escorregou e eu só não cai no rio Amazonas porque consegui me agarrar na embarcação, mas mesmo assim ralei o braço e o tornozelo. Passado o susto fui descansar. Após, o cacique nos apresentou a aldeia e as índias nos deram boas vindas com um lindo cântico.” Iniciado o desafio, cabia a cada atleta encontrar sua estratégia. “Procurei ser con-
servador, pois o percurso consistia em dois quilômetros de trilhas com muitos buracos, troncos e tocos na floresta, mais 39km de um estradão que parecia um tobogã de parque aquático de tanto sobe e desce que iam te minando no meio da mata e mais nove quilômetros de trilhas fechadíssimas com pântanos e um rio com correnteza muito forte para atravessar, antes de passarmos a responsabilidade para o ciclista.” Para enfrentar a escuridão da mata nas primeiras 2h30min de corrida - em Manaus o sol nasce pelas 5h30min - a organização distribuiu lanternas. Mas isso não significava facilidades no trajeto. “Logo no primeiro quilômetro perdi a lanterna e fui obrigado a correr na trilha fechada às cegas, tentando me orientar pelas lanternas dos companheiros que estavam por perto. Foi inevitável três tombos até completar o Km 2 e chegar no estradão. Num deles bati de frente num tronco e fiz um pequeno corte no tornozelo. Ao sair da trilha dei graças a Deus, pois pelo menos não teria mais os troncos pelo caminho”, conta. Os maiores adversários dos corredores foram o calor infernal, cerca de 30ºC, aliado à alta umidade e à escuridão do percurso o que ocasionou diversas quedas. “Acompa-
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e segui sozinho em busnhei um manauara ca da chegada. Perto do até perto do Km 8, Foi um verdadeiro teste Km 43 estava rodando porém o ritmo dele de determinação e foco, em uma parte com barro estava muito forte e pois diante de todas as e quase perdi o tênis, foi resolvi reduzir mesdificuldades o corpo pedia quando a atleta Rosália mo que fosse ficar de Camargo - experiente no escuro. Logo que para eu desistir mas o ele se distanciou e cérebro me conduzia para maratonista com diversas participações no circuito eu fiquei sem luz, muito além do que eu mundial K42 - me alcanveio uma descida podia aguentar. çou e me fez reagir, pois fortíssima e esburaestava acabado. Seguicada, foi fatal o tombo. Cheguei a cair de lado e bati o cotovelo, mos juntos até o rio, onde a puxei até o outro o atleta olhou e nem perguntou se eu estava lado com segurança como retribuição ao que bem. No mesmo momento levantei e prome- fez por mim.” Sobre a experiência, Cleimar finaliza. ti que tombo, fratura, desmaio ou convulsão “Sem dúvida alguma esta foi a prova mais alguma me tirariam da prova”, relembra. Amanheceu e a corrida prosseguia. Para inesquecível que já participei, pois além de Cleimar ainda faltavam cerca de 11 quilôme- realizar um sonho de correr na Floresta Amatros de estrada e o trecho nas trilhas fecha- zônica, também tive como parceiros de prodas da floresta até chegar à parte final, com va atletas de altíssimo nível.” Outro gaúcho, o tricampeão da Traveso pântano e a travessia do rio. Ele conta que ficou do Km 30 ao Km 41 sem beber água, sia Torres-Tramandaí, Tiago de Melo, tamtinha apenas isotônico na mochila e isto não bém participou do desafio na corrida, terestava mais lhe fazendo bem. “Quando en- minando o percurso com o quinto melhor contrei o posto de hidratação na entrada tempo. Entretanto, na etapa da canoagem da trilha estava muito desgastado. Tomei a equipe que ele integrava optou por não uns seis copos de água com muita vontade concluir a competição.
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Natação e corrida na bela Itajaí
á é tradição, os triatletas gaúchos alcançarem bons resultados no Campeonato Brasileiro de Aquathlon, prova que reúne as modalidades de natação e corrida. Este ano não foi diferente e a delegação, composta por oito atletas, que representou o Estado em Itajaí, Santa Catarina, no dia 22 de fevereiro, voltou cheia de medalhas e com vaga garantida para o Campeonato Mundial de Aquathlon, no mês de agosto, em Edmonton, no Canadá. Apesar do mar agitado, que desde cedo preocupava os participantes, a prova manteve seu formato original, com percurso de 2.5km de corrida, 1.000m de natação e novamente 2.5km de corrida. Somente a etapa de natação sofreu alteração, sendo realizada com uma volta única. O destaque foi Uiliam Jonatan Corrêa, da equipe Gush, que após liderar o ranking na categoria 25-29 anos em 2013, pela primeira vez disputou a prova na elite e a estreia não poderia ter sido melhor. O atleta de Novo Hamburgo conquistou a quinta colocação, competindo ao lado de grandes no-
Uiliam Jonatan Corrêa conquistou a quinta colocação em sua estreia na categoria elite.
mes do triathlon nacional, como Diego Sclebin, que representou o Brasil no triathlon das Olimpíadas de Londres 2012, vencedor da prova. Pedro Arieta foi o segundo e Luiz Francisco Ferreira o terceiro. No feminino, Carolina Furriela cruzou a linha de chegada em primeiro, seguida de Gisele Bertucci e Jéssica Natália Souza Santos.
Os demais gaúchos competiram em suas faixas etárias: Carlos André Senna (3º lugar 4044 anos), Daniela Ongaratto (vice-campeã 25-29 anos), Diego Borges Schardosim (4º lugar 35-39 anos), Emílio Kerber Filho (9º lugar 35-39 anos), Jairson Pruss Lovatto (6º lugar 45-49 anos), Márcio Spinato Scotti (campeão 45-49 anos) e Stéphanie Perrone (campeã 25-29 anos).
Fotos: Arquivo Pessoal
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Os melhores nadadores do Brasil em águas gaúchas
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Parque Aquático do Grêmio Náutico União foi sede do Campeonato Brasileiro Sênior e IX Troféu Open de Natação. Há 43 anos Porto Alegre não recebia um evento deste porte da modalidade. A competição reuniu na capital gaúcha os principais nomes da natação brasileira. Disputado em dois turnos, na parte da manhã os atletas competiam pelo Campeonato Brasileiro Sênior e à tarde, os oito melhores tempos retornavam à piscina para as provas do Open. Confira o que rolou nos quatro dias de evento.
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Fotos: Guto Oliveira/Transpire
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Nova geração em destaque
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Outro destaque foi Matheus Santana, também com 17 anos. Diabético, o nadador deu a volta por cima após ser cortado da seleção brasileira que disputou o Mundial Júnior de Dubai. Os exames de controle exigidos pela Federação Internacional para atletas que fazem uso de insulina apontaram taxas elevadas e o risco era muito grande para o esforço que ele teria pela frente. Passado o susto, Matheus mudou o comportamento e desde então vem colhendo os frutos de tamanha dedicação. No Brasileiro Júnior de Verão 2013, quebrou os recordes de campeonato dos 50m e 100m livre. Visto como o “novo Cielo”, no Torneio Open, em Porto Alegre, ele conquistou a medalha de prata nos 100m livre.
Foto: Satiro Sodré/SS Press
Foto: Satiro Sodré/SS Press
s jovens talentos da natação brasileira mostraram sua força na competição em Porto Alegre. Natália de Luccas, de apenas 17 anos, é a atual recordista sul-americana júnior dos 200m costas e na capital gaúcha levou a medalha de ouro na mesma prova, além da prata nos 100m costas. Por vezes comparada à Fabíola Molina, a jovem vê na ex-nadadora uma inspiração. “Eu me espelho nela. É um grande ídolo para mim. Não ligo para a pressão que possa vir. Sei que tenho que abrir mão de algumas coisas que meninas da minha idade fazem, mas está valendo a pena. A natação em todo o mundo está em fase de renovação, e aqui no Brasil estamos treinando para evoluir e buscar força para 2016”, ressalta.
Nadando em casa
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adando no “quintal de casa”, a equipe do Grêmio Náutico União fez bonito. Composto por 27 atletas, o time unionista conquistou 16 medalhas no total, sendo sete medalhas no Brasileiro Sênior e nove no Torneio Open. Destaque para as mulheres que segundo o coordenador e técnico de natação do clube, Christiano Klaser, tiveram um desempenho acima das expectativas. Graciele Herrmann venceu os 100m livre e conquistou a prata nos 50m livre. Julia Volkmann foi ouro nos 200m medley e
prata nos 400m medley. Betina Lorscheitter ficou com o bronze nos 800m livre e nos 1500m livre. Guilherme Roth dos Santos foi bronze nos 50m borboleta. No Open, além de Graciele, subiram ao pódio também, Florência Perotti, ouro nos 200m medley, bronze nos 100m costas e prata nos 200m costas e nos 400m medley; Julia Volkmann, bronze nos 200m medley e nos 200m livre; e Viviane Jungblut, bronze nos 400m livre.
O futuro do esporte de olho nos ídolos
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idades entre nove e 14 anos. Eles se dividiram em duas equipes de trabalho para atender as disputas da manhã e tarde. Atentos a tudo, os jovens nadadores puderam acompanhar de perto os ídolos do esporte como Thiago Pereira, Poliana Okimoto e Nicholas Santos. De quebra aproveitaram para pedir autógrafos e tirar muitas fotos.
Fotos: Stéphanie Perrone
urante os quatro dias de competição, os “cestinhas” chamaram a atenção do público que acompanhou as provas no Parque Aquático do Grêmio Náutico União. A cada queda n’água lá estavam eles com suas camisetas amarelas e seus cestos vermelhos onde os atletas colocavam seus pertences antes da largada. O grupo de 50 “cestinhas” foi formado por nadadores do clube anfitrião, todos integrantes das equipes mirim, petiz e infantil, com
Elas têm a força E sobre os sacrifícios necessários pelo sonho de ser atleta proElas são jovens, bonitas e têm uma grande responsabilidade nas mãos, ou melhor, nas braçadas: elevar o nível da natação feminina fissional, Alessandra resume. “Quando você faz o que você ama, após a aponsentadoria de nomes que foram referência na modalidade, não é sacrifício nenhum”. como Fabíola Molina, Flávia Delaroli, Gabriella Silva e Tatiana Lemos. A gaúcha Graciele Herrmann (21 anos), a curitibana Alessandra Marchioro (20 anos) e a catarinense Carolina Bergamaschi (19 anos) sonham alto e projetam bons resultados já para as Olímpiadas do Rio, em 2016. “Estamos crescendo e a nova geração está vindo com força, com uma energia boa. Vamos buscar nosso lugar e é o que queremos, nadar feliz, nas provas individuais e nos revezamentos”, comenta Graciele. Adversárias em tantas provas, elas acabam aprendendo e evoluindo juntas. “Eu, Alessandra e Graciele estamos crescendo juntas, e nas competições uma quer chegar na frente da outra. Isso vai ajudar muito a elevar o nível nas provas de velocidade. Uma puxa a outra”, admitiu Carolina.
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Velocidade máxima
s provas de velocidade, em especial os 50m livre, eram as mais aguardadas pelo público que lotou as arquibancadas. A vinda do tricampeão mundial Cesar Cielo era tida como a grande atração, mas foi Graciele Herrmann, atleta do Grêmio Náutico União, que roubou a cena ao vencer os 100 e 50m livre do Torneio Open. Na última, ela voou na piscina e marcou 25s04, melhor tempo de sua carreira e atrás apenas quatro centésimos do recorde brasileiro de Flávia Delaroli (24s98, de 2009). Com o resultado, Graciele alcançou o índice para participação no Pan-Pacífico que será realizado na Austrália. “Foi um ótimo tempo, para fechar o ano com chave de ouro. E competir aqui, com esta torcida me apoiando é melhor ainda. Faltou pouco para chegar na casa dos 24 segundos e ao recorde nacional. Mas foi muito bom, e como não seria com este parque aquático lotado, em minha casa e com este dia bonito e com o tempo que fiz. Estou muito feliz”, vibrou a gaúcha.
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Cielo fora do Open
pós conquistar o segundo lugar no Brasileiro Sênior, Cesar Cielo desistiu de disputar a mesma prova no Open. Alegando ter sentido cansaço e estar em um período de treinamento que não justificaria o esforço, Cielo deixou o caminho livre para Bruno Fratus que já havia vencido no turno da manhã. Vindo de um período de seis meses de recuperação após uma cirurgia no ombro direito, Bruno venceu com o tempo de 21s80. “É um peso que eu tiro das costas e me deixa feliz. Já sabia que estava recuperado pois no dia a dia já dava pra notar isto, mas é diferente de quando a gente vê no placar”, contou após a vitória. Em segundo lugar ficou Alan Vitória (22s25) e em terceiro Nicholas Santos (22s34).
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Fotos: Guto Oliveira/Transpire
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Canoas, 40ºC Fotos: Guto Oliveira/Transpire
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Parque Eduardo Gomes (Parcão), em Canoas, foi o palco para a última etapa do Campeonato Estadual de Duathlon 2013, no dia 15 de dezembro. Com largada às 14 horas, o forte calor castigou os competidores que precisaram de muita água para manter a hidratação. Daniel Jonatas Cerda, da Academia Centter, venceu na elite masculina e Luisa Saft, da Gush, na elite feminina. Na disputa por equipes, a Gush de São Leopoldo foi a grande vencedora. Confira os resultados: ELITE MASCULINA 1) Daniel Jonatas Cerda - 1h00min47s 2) Leandro Castagna - 1h03min 45s 3) Ricardo Nilson - 1h03min51 seg 4) Rodrigo Quevedo - 1h05min08s 5) Gustavo Bitencourt - 1h05min25s ELITE FEMININA 1) Luisa Saft - 1h12min05s 2) Carolina de Ávila Rodrigues - 1h 17min26s 3) Carolina Chevarria - 1h27min27s 4) Stéphanie Perrone - 1h27min40s 5) Sarah Ahumada - 1h47min42s
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Triathon indoor
RaiaSul junto com a BikeTech, o Studio Lagartixa Bike Fit e a Ótica Coliseu promoveu, no dia 11 de fevereiro, o Coquetel de Lançamento de Treino de Triathlon Indoor. O evento integrou a programação do projeto #MaisVerãoIguatemi! e reuniu atletas, técnicos, profissionais da área esportiva e simpatizantes. Durante o coquetel houve demonstração da aula de ciclismo indoor realizada em rolos com medidores de potência. A RaiaSul Assessoria Esportiva conta desde o dia 12 com dois horários de aula de ciclismo indoor na sede localizada no Clube do Comércio, em Porto Alegre. Informações no site www.raiasul.com.br
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blitz
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www.kicarrao.com.br
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TTT
a mais difícil
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ma das principais provas de corrida do Estado completou uma década de existência em janeiro. Após 10 anos, a TTT (Travessia Torres Tramandaí) e seus 82 quilômetros segue desafiando atletas profissionais e amadores. Cada edição é uma caixinha de surpresas e este ano não foi diferente. Com o predomínio do vento sul, chuva e frio, em nada lembrou os dias de calor que antecederam o sábado, 25 de janeiro. Ainda estava escuro quando as primeiras duplas, quartetos e octetos começaram a largar, às 5h30min. Para eles, os cinco primeiros trechos - de Torres a Capão da Canoa - são realizados no sistema contrarrelógio, onde as equipes largam conforme o ritmo de corrida e devem encerrar a etapa ao meio-dia, tendo 30 minutos de tolerância para mais ou para menos. Pontualmente às 6 horas os atletas que competiram na categoria
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solo iniciaram o desafio. Os ultramaratonistas não são obrigados a fazer a parada técnica no final da manhã, podendo seguir direto para Imbé. “A prova de hoje foi dura desde o começo. Apesar disso, consegui um bom resultado nesta minha quarta edição. A gente vai conseguindo evoluir e estou super feliz por isto”, disse o campeão da prova Individual Masculina, André Brüch, que cruzou a linha de chegada após 7h56min de prova, comprovando a extrema dificuldade deste ano (em 2013, o campeão chegou com 6h15min). Em seu perfil no Facebook, andré relatou a solidariedade que ocorreu entre os atletas do individual. “Apesar de estarmos todos competindo entre si, assim que entramos na praia em Torres e vimos a situação que estava, formamos um grupo de 7 atletas que foram se protegendo do vento, e dividindo a comida e a bebida, ja que todos os nossos ciclistas nao conseguiram pedalar com aquele vento e chuva”.
Fotos: Guto Oliveira/Transpire
2014
dos últimos anos
Confira os resultados da ultramaratona: No feminino, a jornalista Daniela Santarosa conquistou um feito inédito. Ao concluir o percurso em 8h11min, ela se tornou tricam- INDIVIDUAL MASCULINO 1) André Brüch - 7h56min01s peã da prova e ainda foi a terceira colocada no geral, atrás apenas 2) Jonathan Matheus Grahl - 8h07min10s de André Bruch e Jonathan Grahl. “Sofri do início ao fim, estava frio 3) Niumar Velho - 8h26min36 seg e os primeiros 30km foram pesadíssimos. A chuva parecia tempes4) Mois Carmona Torres - 8h37min08s tade”, comentou a corredora após a competição. 5) Ronan Domingos Dami - 8h43min18s Em seu site, a jornalista também comentou sobre o espírito de coleguismo que imperou na comeptição deste ano. “Uma TTT para ficar na história. Foi dura? Sim. Sofremos? Sim. Mas pensando aqui INDIVIDUAL FEMININO 1) Daniela Santarosa - 8h11min29s com meus cadarços: foi a melhor de todas. Quem enfrentou essa pe2) Eloiza Testolin Rodrigues - 8h53min18s dreira terá uma história eletrizante para contar durante a vida inteira.” 3) Siria Bitencourt da Costa - 9h59min21s Ao término do cerimonial de premiação, a organização confirmou 4) Renata Mariania - 10h03min51s a edição 2015 para o dia 31 de janeiro. Nas páginas a seguir acompa5) Gabriela Andrade - 10h35min01s nhe a cobertura fotográfica completa realizada pela Transpire. 21
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Uma década de TTT Intregrante do grupo de 24 corredores que deram a pisada inicial para o sonho de atravessar Torres a Tramandaí correndo, a empresária gaúcha Tânia Caleffi conta como começou no esporte e a alegria que sente em ver a evolução da prova, que nasceu da vontade de reunir a equipe para treinar no litoral norte do Rio Grande do Sul e há dez anos desafia os corredores.
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paixão de Tânia pela corrida veio do período em que fez intercâmbio cultural em Weston, cidade próxima de Boston, nos Estados Unidos. “Todos os dias, com sol, neve, chuva ou o que se apresentasse estava eu lá fazendo meus 30 minutos diários depois do turno da escola. Era o momento que eu encontrava para falar comigo, dar um alívio para o inglês já que de brasileira eu era a única da cidade, e ainda ser uma forma de manter-me ‘fit’ para compensar a culinária que aprendia nas aulas de chef e estar com um condicionamento razoável para a chegada da temporada de esqui”, conta. Em menos de três meses, o hábito virou vício e perdura até hoje. “Já corri cinco maratonas internacionais no período de 2002 a 2006. Hoje tento participar de provas de 21Km, que considero a distância ideal para a famosa expressão em latim ‘mens sana in corpore sano’.” O último desafio da gaúcha foi a meia maratona do Camboja, em dezembro do ano passado. E da mania de correr por aí surgiu a ideia de percorrer Torres a Tramandaí, originando
a, hoje conhecida, TTT. “A prova surgiu pela minha própria mania e a do meu parceiro de corridas, viagens e de vida - meu ex-companheiro Antonio João Freire - conhecido também como Janjão (nas pistas de corridas de carro e de a pé), de estarmos sempre inventando algo, buscando o inusitado. Na época tínhamos um grupo de corrida, talvez o pioneiro da cidade, o ChimaZrunners, e todos já estavam em estágios de treinamento que o limite era o percurso que aparecia na frente, sendo que nos verões cada um corria na sua praia. A partir disso pensamos em um jeito amistoso de nos reunirmos para nos divertir correndo cada um no seu próprio desafio. Conseguimos patrocínio da ‘Claro-Benoit’, que nos possibilitou a compra das camisetas para os 24 atletas e o aluguel de três vans. Pronto! O circo estava armado e faltava apenas distribuir o grupo homogeneamente”, relembra. Os atletas foram divididos em três equipes de oito componentes, levando em consideração o condicionamento físico de cada um para as equipes ficarem mais ou menos parelhas. Dez anos se passaram, a TTT foi ganhando adeptos e acabou por se tornar o desafio
mais aguardado do verão gaúcho. “Realmente ela virou uma corrida especial, charmosa, desafiante e muito desejada no calendário nacional pelos atletas de vários estados. Já até ouvi de terceiros comentários dessa prova ser uma das preferidas no ranking das corridas de revezamento que, desde os últimos anos, já contou com muitos atletas que foram além de seus limites percorrendo sozinhos os 82Km. Só nosso Estado possui a peculiaridade tão rara de ter um litoral tão extenso, sem interrupções e totalmente plano”, conta. E mesmo morando há quatro anos na China, a empresária ainda pensa em voltar a participar da prova. “Já a corri fazendo trechos de 10km, com dois de 10Km (totalizando 20km), por que não um dia dividí-la com uma dupla, resultando numa maratona (42km)?”. Para finalizar, Tânia deixa um recado para os organizadores e os participantes da competição. “Parabenizo aqui além de todos os atletas que já correram a TTT, também o profissional e amigo Paulo Silva, empreendedor sério e competente, atuante no ramo de corridas há décadas e que vem mantendo a prova em altíssimo nível. Assim, o meu desejo é vida longa para a TTT!”
Fotos: A
rquivo P essoal
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Espaço Nutrinforma
por Renata Rudoi Schwartz
Conheça a Leucina
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minoácido (AA) essencial, a Leucina não é sintetizada pelo organismo e deve ser adquirida a partir da dieta. Em conjunto com a Isoleucina e a Valina formam os aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA), porém, este aminoácido tem maior taxa de oxidação comparado com os outros componentes do BCAA. A Leucina proporciona um aumento da síntese proteica e inibe a proteólise do músculo esquelético. Alguns estudos relatam que é possível recuperar completamente o nível de glicogênio e a síntese proteica do músculo esquelético no pós-exercício. Ao realizar exercícios aeróbicos, anaeróbicos láticos e exercícios prolongados, há uma diminuição de 22%, 6,5% e 30%, respectivamente, nos níveis séricos de Leucina. Ao utilizar a suplementação isolada deste AA, também são encontrados benefícios com relação a inibição da proteólise (a dependente de ATP e a lisossomal) do músculo esquelético e ao aumento da síntese protéica (a partir do estímulo da proteína cinase mTOR). O aumento da massa muscular e melhora do rendimento nem sempre são observados com a suplementação crônica deste AA de maneira isolada, o que demonstra que para a sua eficácia é necessário a presença de outros aminoácidos. Para a recuperação da síntese proteica no músculo deve-se ter uma dieta rica em proteína ou consumir BCAA, para que os níveis de Leucina aumentem a fim de ativar a sinalização da proteína quinase mTOR e resultar na fosforilação da proteína ribosomal S6K1 e do complexo do fator 4, duas proteínas contidas na fase de iniciação da síntese proteica. A suplementação deste AA não apresentou efeitos adversos nem interações medicamentosas conforme a literatura pesquisada. A recomendação diária de Leucina é de 50mg/kg/dia. É importante o consumo de BCAA com 30 a 35% de Leucina antes e durante exercícios de endurance para prevenir ou diminuir a degradação proteica e melhorar a performance mental e física, não negligenciando o consumo adequado de carboidrato, o que faria a degradação protéica acentuar-se. A ingestão de carboidrato, proteína e Leucina livre nos 45 minutos após a atividade física apresenta melhora no balanço corpóreo de proteínas nos atletas que praticam exercícios de resistência.
Renata Rudoi Schwartz - Nutricionista, CRN 2/7396 Mestre em Metabolismo pela Universidade de Barcelona; Pós-graduada emNutriçãoePatologias;ProprietáriadaClínicaNutriskin-RuaMostardeiro, 5 / sala 810 e 812 - Fone: (51) 3314-8520 - www.nutriskin.com.br 35
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O triathlon subiu a serra
Fotos: Guto Oliveira e Stéphanie Perrone/Transpire
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elo segundo ano consecutivo, O Fazenda Parque da Serra e as belas paisagens da encantadora cidade de Canela, na Serra Gaúcha, foram o palco para um grande desafio esportivo. O Conquistadores Race (anteriormente chamada de E100K), competição que envolveu 1.500m de natação, 77.5km de ciclismo e 21km de corrida, trouxe grandes nomes do triathlon nacional para o Estado. O gaúcho Frank Silvestrin e a paraibana Karine Ximenes Monteiro foram os grandes campeões da prova principal. Além dos 100K, foi disputado também um triathlon sprint (750m de natação, 28km de ciclismo e 5km de corrida). Santiago Mendonça e Carolina de Ávila Rodrigues cuzaram a linha de chegada em primeiro. Uma corrida trail com três opções de distância - 5km, 10km e 21km encerrou as atividades. Mais de 250 atletas participaram do evento, que valeu como etapa dos Cameponatos Estaduais de Triathlon e Triathlon Longa Distância. Confira os vencedores do Conquistadores Race 100K: ELITE MASCULINA 1) Frank Silvestrin - 3h48min41s 2) Felipe Manente - 3h52min32s 3) Thiago Menuci - 3h58min25s 4) Roberto Melo de Lemos - 3h58min29s 5) Lucas Pretto - 4h06min21s ELITE FEMININA 1) Karine Ximenes - 4h10min32s 2) Ana Lídia Borba - 4h29min03s 3) Valéria Rossati - 4h52min28s 4) Luisa Saft - 5h01min26s 5) Júlia Romariz - 5h05min09s 36 36
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Percurso de bike realizado na estrada entre Canela e SĂŁo Francisco mostrou aos atletas as belas paisagens da Serra GaĂşcha e trouxe um dos grandes desafios da prova: a altimetria.
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A etapa de corrida ocorreu em meio Ă natureza, pelas estradas e trilhas de Canela. 40 40
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Foto: sxc.hu
treinamento
Funcional para surf
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por Clayton Westphal Campos - Professor de Educação Física e surfista
Fotos: Guto Oliveira/Transpire
surf tem se desenvolvido muito nas últimas décadas e influenciado milhões de praticantes e simpatizantes pelo mundo. Desta forma, é imprescindível que haja uma maior profissionalização dos atletas e dos praticantes e amantes deste esporte fascinante. Grande parte dos surfistas, profissionais ou não, ainda realizam seu treinamento de forma empírica, seja pela dificuldade de encontrar um local com treinamento especializado e direcionado para a modalidade ou, ainda, pela ausência de uma formação acadêmica dos treinadores, que muitas vezes são ex-atletas. Uma nova alternativa na preparação física dos atletas do surf e, principalmente, para praticantes amadores é o treinamento funcional. Surfistas profissionais como Kelly Slater e Laird Hamilton já aderiram à técnica. Esta metodologia de treinamento visa desenvolver as capacidades físicas mais importantes na prática da modalidade, priorizando os exercícios que se assemelham aos movimentos característicos do esporte. Isto porque por meio do treinamento funcional, um conjunto de exercícios reproduz ações motoras que serão utilizadas pelo surfista na prática esportiva, seja este atleta ou não. Com isso ocorre a melhora no padrão do movimento, na flexibilidade, na mobilidade e na estabilidade corporal, contribuindo para a eficácia do desempenho do atleta, resultando em um baixo índice de lesão. Além disso, existem outros benefícios como: melhora da força, coordenação motora, equilíbrio, flexibilidade, potência, agilidade, velocidade.
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Na 303WOD você encontra profissionais especializados e prontos para aplicar esse treinamento específico para o surf, o TFS (treinamento funcional para surf), baseado no treinamento funcional e focado na preparação física da modalidade, tanto para profissionais quanto para amadores. As aulas ocorrem todas as terças e quintas, às 20 horas. E há também um diferencial, em duas quintas-feiras alternadas no mês as aulas são ministradas na piscina térmica da Academia Sport Center, com treinamento de natação (sobrevivência sem a prancha), apnéia (wipe out), resistência de remada (entrada no mar), potência de remada (entrada na onda), joelhinho e outros fundamentos básicos e essenciais para a prática. Como os surfistas gaúchos têm a dificuldade de “não morar na praia”, aumentando, e muito, a dificuldade de se manter no “RIP” (em forma), o TFS é parte importante do treinamento. Com o aprimoramento do surfista através da sua preparação física também durante a semana, haverá não só uma manutenção como uma evolução em seu treinamento e sua performance no esporte. Contem conosco para treinamento e evolução. Boas Ondas!
Rua João Walig, 303 (51) 3208-0684 ou (51) 8450-2894 Horários: segunda a sexta, das 6h às 22h sábado, das 9h às 15h
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